1. O documento analisa a segurança do trabalho em canteiros de obra na Fiocruz, realizando um estudo de caso de 8 empresas construtoras.
2. Foram identificadas as atividades de construção relacionadas a acidentes e feita uma análise preliminar de riscos nas atividades mais relevantes.
3. Também foi levantado o número de acidentes na construção civil no campus da Fiocruz para apoiar o desenvolvimento de um modelo de gestão de segurança e saúde ocupacional.
Avaliação da segurança do trabalho em canteiros de obra na Fiocruz
1. 2, 3 e 4 de Julho de 2009
ISSN 1984-9354
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DO
TRABALHO PARA CANTEIROS DE
OBRA - CASO FIOCRUZ
Daniele de Araujo Vecchione
Fiocruz
Fernando Toledo Ferraz
UFF
Resumo
A construção civil é reconhecidamente um dos segmentos da indústria
nacional responsável por elevados índices de acidentes de trabalho, em
sua maioria de natureza grave, resultando em dano incapacitante ou
fatal. Esta realidade, em grande parte, decorre de condições de
trabalho inseguras, do modo degradado de produção, de políticas
ineficazes de segurança, da improvisação de canteiros de obras, de
investimento escasso em equipamentos de proteção individual e
coletivo, entre outros fatores que inflam de modo importante os já
elevados índices de acidentes.
No estudo de caso a segurança e saúde do trabalho, a presente
pesquisa explora aspectos de segurança do trabalho nos canteiros de
obra no campus da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de
Janeiro, a partir de um estudo de caso apoiado na coleta de
informações, durante o ano de 2007, de oito empresas terceirizadas na
construção civil atuantes na Instituição, tendo sido facilitada pela
experiência acadêmica e profissional da autora, pela contribuição de
um grupo de técnicos e estagiários, e pelo apoio da Diretoria de
Administração do Campus (DIRAC).
Palavras-chaves: construção civil; saúde e segurança ocupacional,
modelo de sistema de gestão.
2. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
1. FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA
O processo de produção da construção civil apresenta algumas características
peculiares e interessantes que o diferenciam dos demais processos industriais. O Brasil ainda
apresenta uma forma rudimentar de atividade no setor, com uso de ferramentas
essencialmente manuais, não sendo também comuns os casos em que uma única equipe
responsável elabore e acompanhe o processo como um todo. Em vez disso, observa-se uma
tendência marcante para a terceirização de serviços. Os empreendimentos deste segmento são
únicos, utilizam mão-de-obra com baixa qualificação e envolvem grande quantidade de
insumos.
Pode-se considerar, assim, que indústria da construção civil não vem acompanhando o
mesmo desenvolvimento tecnológico e gerencial observado em outras áreas. Verifica-se, por
exemplo, que as inovações tecnológicas relacionadas ao projeto, aos materiais e às técnicas
construtivas vêm crescendo nos últimos anos, mas o mesmo não pode ser dito sobre a
execução e as condições de trabalho. Conforme apontado por Silva et al. (1993), existe uma
grande diferenciação no que diz respeito à concepção do projeto, sua execução e às condições
de trabalho. Enquanto os projetos, especificações de materiais e técnicas construtivas, tendem
a uma crescente sofisticação, em contrapartida, a execução, as ferramentas disponíveis e as
condições de trabalho permanecem, muitas vezes, rudimentares e improvisadas.
Adicionalmente, o gerenciamento de segurança e saúde ocupacional ainda gera
problemas, especialmente devido à dificuldade da gerência em utilizar abordagens mais
modernas na concepção de ferramentas de apoio à gestão de risco, além do pouco suporte
teórico oferecido ao setor, e da ampla difusão de uma cultura de negação do risco. (CRUZ,
1998).
Esses fatores acabam por dificultar não apenas o gerenciamento de um
empreendimento, mas principalmente o gerenciamento dos riscos ocupacionais inerentes a
ele. De modo geral, e em grande parte como conseqüência disso, a própria dinâmica do
processo construtivo não favorece uma abordagem apropriada para a atenção que seria
necessária à segurança do trabalhador.
Por outro lado, o desejo de modernizar o setor da construção civil, através da
incorporação às suas atividades tradicionais de novas tecnologias de processo e de novas
2
3. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
abordagens sobre riscos e segurança do trabalhador, tem demonstrado alguns avanços
promissores.
Para Massera (2005), a gestão em saúde e segurança do trabalho não pode ser
alcançada apenas com programas, mas com mudanças contínuas de comportamento. Na visão
de Geller 1994, fatores comportamentais e pessoais representam a dinâmica humana da
segurança ocupacional.
Em grande medida, os profissionais da área de segurança começaram a assumir este
posicionamento, o que representa um momento oportuno para construir um bloco de cultura,
estratégia organizacional, liderança com desempenho, e comportamento organizacional ou,
em outros termos, para salientar a importância do envolvimento de toda a força de trabalho
para o sucesso no gerenciamento de risco.
É sobre esses aspectos que a presente pesquisa se concentra. Mais especificamente,
ela explora aspectos de segurança do trabalho nos canteiros de obra no campus da Fundação
Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro, a partir de um estudo de caso apoiado na coleta
de informações durante o ano de 2007, e na experiência da autora, arquiteta, vivida neste
ambiente de trabalho nos últimos quatro anos.
A seguinte questão norteia a pesquisa: observa-se uma cultura de saúde e segurança
nos canteiros de obras da FIOCRUZ
1.1. OBJETIVOS DO ESTUDO
1.1.1. OBJETIVO GERAL
Elaborar uma análise preliminar de risco nos canteiros de obras da FIOCRUZ quanto
ao número de acidentes, de forma a possibilita que os trabalhadores e as maquinas trabalhe
com segurança e eficácia, principalmente através de minimização e movimentação dos
materiais, produtos e mão de obra na construção civil.
1.1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar as atividades da construção relacionando-as aos acidentes de trabalho
nos canteiros de obra no campus da FIOCRUZ
3
4. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
Elaborar uma análise preliminar de risco para as atividades mais relevantes,
Fazer um levantamento dos números relativos a acidentes na construção civil no
campus da FIOCRUZ
Levantar elementos para futura elaboração de um modelo de implantação de
sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional na FIOCRUZ.
2. A IMPORTÂNCIA SOCIAL DA CONSTRUÇÃO CIVIL
A importância social da construção civil decorre principalmente da grande absorção da
mão-de-obra do setor e do poder de gerar empregos diretos e indiretos. A contratação dos
operários é feita a partir de um processo de seleção seguido de treinamento pelas empresas,
que acabam agregando valores novos de comunicação e estrutura organizacional aos hábitos
dos operários, estando a tarefa de treinamento centralizada, na maioria das vezes, no mestre
de obras. Apesar dos operários serem "formados" no local de trabalho, isto é, nos canteiros de
obra, as empresas interferem muito pouco nesta formação, dando somente seu aval a essa
estrutura, com a admissão dos trabalhadores que se submetem à disciplina e às condições de
trabalho subjacentes (VARGAS, 1981).
A estrutura empresarial moderna tem procurado estabelecer uma lógica entre a
socialização e a força de trabalho, contidos nas estruturas dos canteiros de obras, de modo que
se acaba criando um conceito de qualificação preso à educação formal, dando origem à idéia
de que trabalhador da construção civil é desqualificado.
Segundo Mascaró (1981) a relação entre operários especializados e não especializados
é de quase 1/3 e, como a forma predominante de qualificação continua ocorrendo no próprio
ambiente de trabalho, o tempo mínimo de aprendizado seria de 5 a 7 anos, com base na média
das idades dos operários no ingresso nas diferentes categorias.
Apesar do longo período de aprendizado, nem todos os operários conseguem
qualificação para atender a demanda das obras. Dos três operários não qualificados, somente
um deles terá possibilidade de aprender o ofício, os outros dois ou permanecem não
qualificados ou desistem da atividade (MASCARÓ, 1981).
Atualmente, ainda predomina na formação do trabalhador da construção civil o
aprendizado feito diretamente no canteiro de obra, ou seja, a iniciativa de formalizar o
processo de aquisição do saber requerido pela atividade de trabalho. A carreira começa pelo
4
5. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
posto de servente, passando depois de ajudante a oficial. Contudo, diferentemente das
corporações de artesãos da Idade Média, a passagem de ajudante a oficial não é assegurada
depois de um tempo de aprendizado. Além do conhecimento da profissão, é necessário
possuir as ferramentas essenciais ao seu trabalho (BENITE, 2004).
Para Lima (1993), o processo de formação ocorre através da iniciação e da
colaboração direta na execução das tarefas, havendo nesse sistema uma transmissão de
informações do trabalhador de ofício para seu ajudante, basicamente por empatia, por
impregnação dos conhecimentos produtivos e pela bagagem gestual.
Frente ao desafio colocado pela variabilidade, característica da atividade de
construção, os operários necessitam, além do aprendizado dos modos operativos,
desenvolverem a capacidade para o exercício da iniciativa. Na vivência do canteiro, ele
também aprende a se submeter a uma estrutura hierárquica rígida. Por outro lado, aprende
também a exercer controle sobre o trabalho de outros, função assumida em níveis crescentes
pelos oficiais, pelos encarregados de ofícios e por último, pelo mestre (BENITE, 2004).
Farah (1992) observa que em virtude da complexidade e da diversidade dos
conhecimentos que formam o repertório profissional dos ofícios, o aprendizado é um processo
de duração prolongada. O aperfeiçoamento do trabalhador é também um processo extensivo.
Por toda sua vida profissional, o trabalhador de ofício desenvolve a sua habilidade; sendo a
sua experiência proporcional ao tempo de serviço na profissão.
3. METODOLOGIA
No que se refere à sua natureza, esta pesquisa orienta-se pela compreensão e análise
teórica e prática de necessidades vivenciadas em canteiros de obras no que diz respeito à
segurança e saúde do trabalhador. A pesquisa tem caráter qualitativo e exploratório de dados
secundários, e foi realizada a partir da análise do ambiente de trabalho e das atividades ali
desenvolvidas (Yin, 2005).
Com respeito aos meios para o seu desenvolvimento, envolve:
Estudo sistematizado da literatura corrente sobre o tema
Estudo de caso compreendendo o campus de Manguinhos da Fundação
Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), com o propósito de avaliar as atividades
5
6. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
desenvolvidas nos canteiros de obras no que tange à cultura de saúde e
segurança do trabalho.
Para o seu desenvolvimento foram necessários: análise do ambiente de trabalho e
levantamento das normas regulamentadoras (NRs) pertinentes ao tema tratado.
Adicionalmente, buscou-se apresentar registros de serviços e de programas governamentais,
tais como PCMAT, PPRA, PCMSO E MAPA de RISCO. (YIN, 2005).
Para a coleta dos dados foi empregada a validade do constructo, utilizando fontes de
múltiplas evidências e estabelecendo encadeamento entre elas (Yin, 2005). Este método
desenvolveu-se através da observação participante, que consistiu em um convívio da autora
com as atividades estudadas, e estudo de notificações de acidentes do Núcleo de Saúde do
Trabalhador – NUST.
A observação participante foi utilizada no estudo de caso de oito empresas
terceirizadas na construção civil atuantes no campus da FIOCRUZ, tendo sido facilitada pela
experiência acadêmica e profissional da autora, pela contribuição de um grupo de técnicos e
estagiários, e pelo apoio da Diretoria de Administração do Campus (DIRAC).
Deste modo, o estudo foi realizado de forma descritiva e quantitativa bem como
através de triangulação, ou seja, utilizando fontes múltiplas de evidências.
4. ESTUDO DE CASO
4.1. CONHECENDO A DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO DO
CAMPUS (DIRAC)
Trata-se de uma unidade técnico-administrativa vinculada à Presidência da FIOCRUZ.
Fundada em 1986, é responsável pela infra-estrutura física no conjunto das atividades
desenvolvidas na Instituição.
Tem como objetivos planejar, coordenar, supervisionar e executar atividades de obras
e reformas prediais, manutenção preventiva e corretiva de equipamentos, cuidado da gestão
condominial, implementação de ações de gestão ambiental e de segurança do trabalho e,
ainda, cuida do campus através das atividades de limpeza, jardinagem, vigilância atendimento
ao público e transportes (ARAÚJO, 2008)
6
7. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
O Departamento de Projetos e Obras (DPO) pelo desenvolvimento de projetos na área
de arquitetura, projetos de instalações e fiscalização de obras. Atualmente, conta com 71
fiscais em segurança do trabalho responsáveis pelas obras em andamento, sendo destes 31
servidores e 40 terceirizados.
4.2. CONHECENDO O NÚCLEO DE SAÚDE DO TRABALHADOR
(NUST)
O NUST é gerenciado pela Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST), cabendo a
esta implementar e coordenar o conjunto de ações em Saúde do Trabalhador na Instituição.
Seu objetivo é prestar assistência médico-psico-social, assim como desenvolver programas de
prevenção à saúde do servidor. O núcleo é formado por uma equipe multidisciplinar de
médicos, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais, e é destinado a servidores e
colaboradores da FIOCRUZ.
É realizado no NUST atendimento e/ou acompanhamento médico-psico-social ao
servidor no que se refere à avaliação de laudos médicos; exames médicos periciais; licença
maternidade; licença acompanhamento familiar; readaptação funcional; aspectos sociais,
familiares e funcionais e notificações de acidentes de trabalho. O servidor também pode
contar com programas voltados à saúde como os educativos relacionados à dependência
química e à prevenção de DST/AIDS, e com programas de prevenção relacionados à
aposentadoria, absenteísmo e estresse (CST / NUST, 2006). Gama et, 2008.
4.3. FLUXOS DE ACIDENTES DE TRABALHO NA FIOCRUZ
Os acidentes de trabalho na FIOCRUZ respeitam um fluxo, onde todas as unidades
seguem o mesmo sistema de encaminhar o trabalhador acidentado para o Núcleo de Saúde do
Trabalhador (NUST). Caso o trabalhador precise ser removido, o Departamento de Recursos
Humanos (RH) entra em contato com a unidade do NUST onde o trabalhador se encontra e
solicita a remoção do mesmo, comunicando o acidente. Após este procedimento o NUST
notifica o acidente e posteriormente as equipes de saúde e segurança do trabalho de cada
unidade retira sua notificação para realização de investigações de acidentes de trabalho. Estas
investigações geram um banco de dados com as notificações e investigações dos acidentes
7
8. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
ocorridos na construção civil. Em 2007 foram notificados 20 acidentes entre as unidades do
NUST.
As ações de vigilância em saúde do trabalhador implantadas em 2003 incluem, além
da notificação, a investigação e acompanhamento dos acidentes e dos eventos através do
estabelecimento de rotinas específicas que envolvem diversos profissionais da área de saúde
do trabalhador e afins (CST, 2003).
Devido à deficiência na inspeção e vigilância dos ambientes do trabalho, os operários
da construção civil formam um grupo já tradicional expostos a acidentes, muitas vezes fatais.
Vecchione, 2005
Neste processo de precarização, a crescente terceirização do setor parece desempenhar
um papel central. “ Vem se intensificando a pratica da subcontratação e a tendência das
empresas em reduzir o número de trabalhadores “centrais”, empregado, cada vez mais, como
estratégias de redução de custo, uma força de trabalho dispensável, cada vez mais, como
estratégia de redução de vulnerabilidade. A terceirização do setor se estabelece por meios de
uma extensa rede de serviços contratados, repassados das principais organizações para
empreiteiras e destas organizações freqüentemente irregulares.
Os principais agentes causadores dos acidentes na construção civil estão relacionados
ao movimento do corpo (queda da própria altura, tropeções, dores por levantamento de peso,
etc.).
4.4. SAÚDE E SEGURANÇA NOS CANTEIROS DE OBRAS: DADOS
RELEVANTES
Esta seção apresenta dados das oito empresas em atividade na construção civil no
campus da FIOCRUZ no ano de 2007, levantados a partir de observação nos canteiros de
obras, apoiada por um instrumento elaborado para esta pesquisa (Anexo 1).
30%
25%
20%
Servidores
15%
Terceirizados
10%
5%
0%
Servidores Terceirizados
Gráfico 01 - Distribuição de funcionários, servidores e terceirizados, atuando na construção civil no ano de 2007 na FIOCRUZ
8
9. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
A partir do Gráfico 01 pode-se observar que o número de funcionários terceirizados
ultrapassa o de servidores. A maior parte dos servidores é composta por profissionais que
trabalham na fiscalização da construção civil (5%), e os terceirizados os que atuam em
alguma atividade nos canteiros (28%). A diferença em pontos percentuais mostra o
predomínio de trabalhadores terceirizados em atividade informal.Como notado por Vecchione
(2005), devido à deficiência na inspeção e vigilância dos ambientes de trabalho, os operários
do setor da construção civil formam um grupo exposto a acidentes de origem diversa, muitos
deles fatais
Neste processo de precarização, a crescente terceirização do setor parece desempenhar
um papel central. A prática da subcontratação e a tendência das empresas em reduzir o
número de trabalhadores “centrais” (empregado), vêm se intensificando cada vez mais como
estratégia de redução de custo. A terceirização do setor se estabelece por meio de uma extensa
rede de serviços contratados, repassados das principais organizações para empreiteiras, sendo
essas organizações algumas vezes irregulares.
Tabela 01 - Distribuição de acidentes de trabalho ocorridos nos canteiros de obra no ano de
2007.
Empresa 1º Semestre 2° Semestre
A 4 0
B 2 0
C 2 0
D 1 3
E 1 1
F 1 1
G 2 0
H 2 0
TOTAL 15 5
Tabela 01 - Distribuição de acidentes de trabalho ocorridos nos canteiros da construção civil no Ano
de 2007, segundo notificações do NUST.
A Tabela 01 aponta a distribuição dos acidentes de trabalho ocorridos e notificados
pelo NUST e investigado pela equipe de segurança do trabalho (DIRAC) no ano de 2007. No
universo de 20 acidentes apenas 01 não foi investigado pelo fato do trabalhador ter feito
somente um visita ao canteiro para realizar uma tarefa, e durante a mesma se acidentou.
No primeiro semestre foram notificados 15 acidentes, tendo um deles ocorrido com
servidor/fiscal da obra no desempenho da atividade. A causa foi queda da própria altura.
9
10. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
No segundo semestre foram notificados cinco acidentes, mais uma vez com ocorrência
de acidente com servidores fiscais no desempenho da atividade, sendo a causa, também
novamente, queda da própria altura.
A diminuição importante de acidentes entre o primeiro e segundo semestre pode ser
explicada pelo fato de nos meses de outubro, novembro e dezembro os acidentes nos canteiros
de obras terem sido reduzidos a zero. É possível que uma das razões desta diminuição esteja
relacionada à implantação dos Diálogos Diários de Segurança (DDS), de treinamentos
específicos para as atividades realizadas nas diferentes etapas da obra e à exigência da
DIRAC de um técnico de segurança nos canteiros de obras.
Gráfico 2 - Causas ou conseqüências relacionadas aos acidentes de trabalho
12%
10%
Acidente de transporte
8%
Exposição a forças inanimadas
6% Exposição a corrente eletrica
Queda
4%
Trajeto
2%
0%
Acidente de Exposição a Exposição a Queda Trajeto
transporte forças corrente
inanimadas eletrica
Como pode ser visto a partir do Gráfico 02, os acidentes de transporte representaram
2% do total no ano estudado. Este tipo de acidente decorre de manuseio inadequado de cargas
no ambiente de trabalho. A maior ocorrência de acidentes foi causada por exposição a forças
inanimadas (riscos mecânicos), que são efeitos gerados por máquinas, equipamentos e
condições físicas. Exposição à corrente elétrica e acidentes de trajeto representaram, como os
de transporte, 2% do total. A incidência de acidentes por queda ficou um pouco acima destes
últimos.
Como pode ser observado (Tabela 02), do total de 20 acidentes de trabalho ocorridos
nos canteiros de obras da FIOCRUZ no ano de 2007, 10 trabalhadores lesionaram os
membros superiores, 08 os membros inferiores e apenas 2 trabalhadores atingiram a cabeça.
10
11. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
Tabela 02 – Partes do corpo atingidas nos acidentes de trabalho notificados pelo NUST no ano
de 2007.
Partes do corpo atingidas
Membros Superiores 10
Membros Inferiores 8
Fase / Tórax 0
Dorso 0
Cabeça 2
Olhos 0
Múltiplas Partes 0
Pescoço 0
Abdômen 0
Outros 0
Não de Aplica 0
Ignorado 0
TOTAL 20
Gráfico 03 – Distribuição de Equipamento de proteção Individual utilizados nos
canteiros de obras.
9
8
7 Capacete
6 Oculos
5 Mascara
4
Luvas
3
2 Botas
1 Uniforme
0 Protetor Facial
Avental
e
s
l
ra
te
ra
l
as
M s
ta
ia
va
m
lo
ce
ei
ca
n
ac
ot
ro ifor
cu
Lu
ve
n
pa
as
B
Perneira
F
er
O
A
n
r
a
P
U
to
C
te
P
Das oito empresas estudadas, todas forneciam capacete, bota (calçado de segurança) e
uniforme, seguindo a NR06. Em um dos momentos da observação no local, quatro
trabalhadores utilizavam adequadamente óculos e luvas nas atividades que estavam
desenvolvendo (por exemplo, no corte de ferro para armação de vigas e colunas); apenas um
utilizava avental na utilização da serra circular, e nenhum utilizava perneira nem protetor
facial, pois não necessitavam desses equipamentos na atividade realizada (por exemplo, não
há necessidade de utilização de perneira ou protetor facial para colocação de tijolos).
11
12. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
Gráfico 04 - Conhecimento sobre a disponibilização de EPI nos acidentes notificados pelo NUST
12
10
8
Sim
6 Não
Ignorado
4
2
0
Sim Não Ignorado
De acordo com os laudos do NUST, os Equipamentos de Proteção Individual estavam
disponíveis no momento dos acidentes nos canteiros de obra. Dos 20 acidentes notificados no
ano de 2007, 10 trabalhadores relataram que existia equipamento de proteção individual nos
canteiros de obras; 6 relataram que não estavam disponíveis; e 4 relataram não saber da
existência dos mesmos.
A NR 6 recomenda que o trabalhador utilize este tipo de equipamento apenas para a
finalidade a que se desatina; seja responsável por sua guarda e conservação; e cumpra as
determinações do empregador. Já o empregador deve fornecer os EPIs para cada tipo de
atividade, orientar os trabalhadores sobre guarda, higienização e conservação dos mesmos,
substituir imediatamente quando danificado, e exigir o uso de forma correta a fim de proteger
o trabalhador em caso de acidente.
Gráfico 05 - Uso de EPI relacionado aos acidentes notificados pelo NUST, de acordo com relato
dos trabalhadores acidentados.
7,2
7
6,8
6,6
SIM
6,4
NÃO
6,2
IGNORADO
6
5,8
5,6
5,4
SIM NÃO IGNORADO
De acordo com os laudos do NUST, no momento do acidente de trabalho 7
trabalhadores acidentados relataram estar utilizando EPI, 7 relataram que não utilizavam; e 6
ignoravam o uso. Os 7 trabalhadores que relataram utilizar corretamente o equipamento
12
13. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
sofreram acidentes de forças inanimadas, ou seja, quando os efeitos são gerados por
máquinas, equipamentos e condições físicas, cujas características dependem do local de
trabalho. Os 7 que relataram não utilizar, justificaram a conduta com base na suposição de
que não estavam realizando atos inseguros. Os 6 trabalhadores restantes relataram não saber
que estavam expostos a algum risco na atividade que estavam desenvolvendo.
Gráfico 06 - Utilização de Equipamento de Proteção Coletiva nas empresas estudadas
8%
7%
6%
Andaimes
5%
Tapumes
4%
Tela de Proteção
3%
Elevador de Materiais
2%
1%
0%
Andaimes Tapumes Tela de Proteção Elevador de
Materiais
A NR 06 estabelece as diretrizes sobre o uso de EPC. De acordo com as observações
nos canteiros de obra (Gráfico 06), 1% das empresas utilizava andaimes. Deve ser notado que
o dimensionamento dos andaimes, sua estrutura de sustentação e fixação deve ser realizado
por profissional legalmente habilitado. Em relação aos outros equipamentos, foi observado
que 2% das empresas utilizavam elevador de materiais, os quais devem também ser
dimensionados por profissionais legalmente habilitados. Os equipamentos utilizados pela
maioria das empresas eram os tapumes (6% das empresas) e as telas de proteção (7%).
Gráfico 07 - Equipamentos elétricos utilizados nos canteiros de obras no ato da observação
9%
8%
7%
6%
5%
4%
3%
2%
1%
0%
Esmeril
Rompedor
Compressores
Furadeira
Maquina de
Talhadeira
Rosqueadeira
Serra Eletrica
Bombas
Lixadeira
Betoneira
Perfuratriz
Vibradores
dobrar
13
14. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
No ato da observação em todos os canteiros foram verificadas 8 furadeiras; 7 serras
circulares; 3 esmeris (ou esmerilhadeira, ou ainda policorte); 4 lixadeiras; 4 betoneiras; 2
perfuratrizes; 2 compressores; 1 rosqueadeira; 1 talhadeira; 1 rompedor; 2 máquinas de dobrar
ferro; e 1 bomba.
Gráfico 08 - Programas exigidos pela NR 9 – PPRA, NR 18 PCMAT, NR 05 Mapa de Risco e NR
23 Proteção contra incêndio.
8,5
PPRA
8
PCMAT
7,5
Mapa de Risco
7
Proteção Contra Incendio
6,5
PPRA PCMAT Mapa de Risco Proteção
Contra
Incendio
Na NR 9 sobre o programa de proteção de riscos ambientais , sempre que vários
empregados realizem simultaneamente atividades no mesmo local de trabalho terão o dever
de executar ações integradas para aplicar as medidas previstas no PPRA, visando a proteção
de todos os trabalhadores expostos aos riscos ambientais gerados.
Já na NR 05 que discorre sobre mapa de risco nos canteiros de obras, O mapa é um
levantamento dos pontos de risco nos diferentes setores das empresas. Trata-se de identificar
situações e locais potencialmente perigosos.
A NR 18 sobre a indústria da construção civil - Estabelece diretrizes de ordem
administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas
de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio
ambiente de trabalho na Industria da Construção.
E a NR 23 sobre proteção e combate a incêndio nos canteiros de obras.- Garantir a
segurança e a vida das pessoas que se encontrarem no interior de um edifício ou fábrica,
quando da ocorrência de um incêndio;
Constatou-se que as empresas apresentavam em seu quadro, trabalhadores contratados
pela empresa principal e trabalhadores em quadro de empresas terceirizadas. Entre os
canteiros visitados diariamente, três deles eram de empresas de grande porte com média de
300 a 500 funcionários no ápice da obra, e na construção de biblioteca e laboratórios em
diferentes fases, desde fundações, instalações de dry wall, instalações definitivas (hidráulica e
elétrica), fechamento de periferia de laje e acabamento de fachada.
14
15. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
Durante as visitas aos canteiros de obras eram observadas conformidades e não
conformidades com as Normas Regulamentadoras 05, 06, 07, 09, 18 e 23, e analisado os
PCMATs, PPRAs, Mapas de Risco, através da verificação de implementação dos mesmos,
com base no cronograma de execução e implementação das etapas estabelecidas.
Os canteiros tinham SESMT constituído e CIPA instalada e funcionando. Os
PCMATs, Mapas de Risco, PPRA e Sistema de Proteção Contra Incêndio apresentados eram
de responsabilidade da empresa principal, porém a confecção do programa era terceirizado na
parte dos projetos de proteção coletiva, estando sob responsabilidade do técnico de segurança
a execução e implementação dos mesmos nas obras.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos observar que as ações proativas e preventivas no campo da Segurança e
Saúde do trabalhador partiram principalmente de grandes empresas onde, por questões de
competitividade, iniciaram programas de qualidade. Estas têm a visão da importância da SST
associada a qualidade. As demais, pequenas e médias empresas acabam por vir a reboque,
limitando-se apenas ao cumprimento da legislação do Ministério do Trabalho, mesmo assim,
de forma precária.
Para a efetiva execução desses programas, se fazem necessárias duas coisas
fundamentais: Educação e Treinamento. Tanto em programas de qualidade quanto em
programas de segurança, um fator primordial é o ser humano. O trabalhador é a peça motriz
de uma cadeia produtiva, sendo também a chave do progresso ou fracasso da empresa. Daí a
necessidade do investimento no capital intelectual humano. As empresas que vêm adotando
políticas de qualidade e de segurança têm se caracterizado pela melhoria das relações de
trabalho, pelo maior envolvimento dos trabalhadores, com maior senso de coletividade e
companheirismo.
A terceirização ainda vem sendo uma questão difícil a ser resolvida, não só devido à
baixa qualidade de mão-de-obra, como também, em relação à rotatividade. Ainda há certa
dificuldade de integração dos fornecedores destes serviços, por estarem em conjunto à forma
tradicional e precária de trabalho sem os itens básicos como botina, capacete e uniforme.
Com base nesta pesquisa, a expectativa de mudança desta cultura continuará sendo
conduzida pelas empresas envolvidas estrategicamente com a SST.
15
16. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
Na verdade, o objetivo de toda a empresa é a maximização da riqueza e esta se obtém
através de estratégias e com pessoas capacitadas e satisfeitas em seus ambientes produtivos.
Além dos resultados financeiros contabilizados com a atividade, principal objetivo das
empresas, é preciso considerar também os seguintes resultados.
O ganho social: o operário trabalha mais satisfeito, mais saudável, mais produtivo
e com menos ausência. Há, ainda, uma redução das reclamações trabalhistas, visto
que o trabalhador se sente valorizado e satisfeito, não tendo o que reclamar.
A credibilidade: perante o governo e aos agentes financeiros, assim como a
confiabilidade adquirida junto aos clientes e fornecedores. A imagem de empresa é
valorizada.
A produtividade: tende a aumentar com trabalhadores conscientes na execução de
suas tarefas e devidamente equipados.
A qualidade: a produção, não pode dissociar o binômio qualidade e segurança.
A Flexibilidade: a empresa mais dinâmica e competitiva, facilmente adaptável às
variações do mercado, com abertura para incorporação de novas técnicas poderia
ser empregada.
Este trabalho enfatizou uma estratégia para gerenciamento da segurança e saúde no
trabalho para empresa da construção civil. Certamente, outras estratégias com a associação de
outras técnicas poderiam ser empregadas.
REFERÊNCIAS
BENITE, A .G - Sistema de gestão da segurança e saúde do trabalhador para empresas
construção. Dissertação Mestrado Escola Politécnica da Universidade de São Paulo –
Departamento de engenharia da construção civil. São Paulo, 2004.
CRUZ.S.M.S- Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional nas Empresas de Construção
Civil. Dissertação Mestrado – Uni Federal de Santa Catarina – Florianópolis, 1998.
FERREIRA, S. M. de A. Condições de exposição dos agentes de risco ocupacionais nos
campi da Fundação Oswaldo Cruz: um estudo de caso - Dissertação (Mestrado em Sistema
de Gestão) – Universidade Federal Fluminense, Niterói. 2008.
16
17. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
FRANCO, E. M. Gestão do Conhecimento na Construção Civil: Uma Aplicação dos
Mapas Cognitivos na Concepção Ergonômica da Tarefa de Gerenciamento dos Canteiros de
Obras. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção).
FARAH, M. F. S. Tecnologia processo de trabalho e construção habitacional. São Paulo:
Universidade de São Paulo , 1992, Tese (Doutorado em Sociologia).
FERRAZ, Fernando Toledo – Desatando um “Nó cego” : Gestão de frça de trabalho em
canteiros de obras. Rio de Janeiro, 1991. Engenharia de Produção – Dissertação –
Universidade Federal do Rio de Janeiro,COPPE/ UFRJ.
GAMA, A. P. de S. e Vecchione, D. de A. A comunicação como ferramenta para o
desenvolvimento sustentável no setor de saúde: Estudo de Caso no Núcleo de Saúde do
Trabalhador de uma instituição de Ciência e Tecnologia. Monografia (Gestão de Negócios
Sustentáveis) – Universidade Federal Fluminense, Niterói. 2008.
LIMA, G. B. A. Aspectos da produção civil na manutenção de edifícios. Dissertação
(Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 1993.
MASCARO - Caracteristica do setor da construção civil – cap 2. Disponivel em:
www.eps.ufsc.br/disserta/eliete/capit_2/capit_2.htm. Acessado em Março de 2008.
MASSERA, C. Soluções em comportamento, prevenção de acidentes e ergonomia.
Revista Proteção, Novo Hamburgo, RS, 2005.
MATTOS, U. A. º & FREITAS, N. B. B. Brazilian Risk Map: Limited Applicability of a
Worker Model. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 10 (2): 251-258, Apr/Jun, 1994.
MINISTERIO DO TRABALHO E EMPREGO -MTE- Disponivel em
www.mte.gov.br/legislação/normas_regulamentadoras .Acessado em julho de 2008.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.
VARGAS, N. Desenvolvimento de Modelos Físicos Reduzidos como Simuladores para a
Aplicação de Conceito de Produtividade, perdas, programação de obras de construção
civil. Florianópolis, UFSZ, 1998, Dissertação de Mestrado.
VECCHIONE, D. A de - As condições de trabalho informal na construção civil: O
trabalho informal na construção civil e reflexos na saúde do trabalhador engajado nos
canteiros de obras do campus Fiocruz - Monografia de Especialização em Saúde do
Trabalhador - Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca - ENSP. Centro de Estudos da
Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana - CESTEH, 2005.
17
18. V CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Gestão do Conhecimento para a Sustentabilidade
Niterói, RJ, Brasil, 2, 3 e 4 de julho de 2009
YIN, R. K. Estudo de Caso: planejamento e métodos. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
18