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A educação em uma sociedade em rede
      SEGUNDO SEMINÁRIO DA REDE VIVO EDUCAÇÃO
      A SOCIEDADE EM REDE E A EDUCAÇÃO
      São Paulo e arenas em ‘n’ outras cidades 14-16 /09/2010



SAIBA QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DO SEMINÁRIO

1 – O objetivo do segundo seminário é discutir novas formas de
aprendizagem na sociedade em rede. Isso compreende o auto-
didatismo e a livre-aprendizagem humana em uma sociedade cada
vez mais inteligente (em termos coletivos) e o alter-didatismo e a
comum-aprendizagem nas comunidades de aprendizagem em rede,
emergentes nos novos mundos altamente conectados do terceiro
milênio.


2 - Não é objetivo do segundo seminário discutir o ensino, o aparato
escolar (publico ou privado) e a situação do professor.


3 – Não é objetivo do segundo seminário pensar ou apresentar
soluções para os sistemas público ou privado de ensino, nem discutir
o papel dos governos na educação, nem discutir a situação
educacional do país ou de qualquer unidade da Federação ou
município.


4 – O segundo seminário não vai focalizar suas atenções no uso de
tecnologias de informação e comunicação (TICs) no ensino ou nas
escolas, nem na chamada EaD (educação à distância por meio de
plataformas interativas baseadas em software livre ou proprietário,
web ou não).

5 – O segundo seminário pretende ensejar conversações sobre idéias
inovadoras em educação, na linha do Texto de Referência abaixo:




                                 1
TEXTO DE REFERÊNCIA PARA SEGUNDO SEMINÁRIO
      A SOCIEDADE EM REDE E A EDUCAÇÃO


Não é novidade para ninguém que, no mundo atual, qualquer pessoa
que saiba ler e escrever e tenha acesso à Internet pode aprender
muito mais do que podia há dez anos. Sim, isso é fato. Uma
criança com noções rudimentares de um ou dois idiomas falados por
grandes contingentes populacionais (como o inglês ou o espanhol,
por exemplo), já é capaz de aprender muito mais – e com mais
velocidade – do que um jovem com o dobro da sua idade que, há dez
anos, estivesse matriculado em uma instituição de ensino altamente
conceituada. Diz-se agora que, se souber ler (e interpretar o que
leu), escrever, aplicar conhecimentos básicos de matemática na
solução de problemas cotidianos e… banda larga, qualquer um vai
sozinho.


A novidade é que isso não depende, nem apenas, nem
principalmente, da tecnologia stricto sensu e sim de novos padrões
de    organização   social   que     estão   se   configurando  na
contemporaneidade. Uma sociedade em rede está emergindo e,
progressivamente, tornando obsoletos as instituições e os processos
hierárquicos da velha sociedade de massa, inclusive as instituições e
processos educacionais. Novas tecnologias de informação e
comunicação – que permitem a interação horizontal ou entre pares
(pessoa-com-pessoa) em tempo real – estão acelerando esse
processo. Mas novas tecnologias sociais, tão ou mais importantes do
que essas (chamadas TICs), também estão contribuindo para mudar
radicalmente as condições de vida e convivência social neste dealbar
do século 21.

Tudo isso vai mudar, em parte já está mudando, a maneira como
executamos as nossas atividades empresariais, governamentais e
sociais. Vai mudar a maneira como nos organizamos para produzir e
comercializar, governar e legislar e conviver com as outras pessoas
na sociedade. E – como não poderia deixar de ser – isso também está
mudando a forma como aprendemos.



                                 2
O problema é que as instituições e os processos educativos que foram
pensados para um tipo de sociedade que está deixando de existir (à
medida que emerge uma nova sociedade cuja morfologia e dinâmica
já são, em grande parte, as de uma rede distribuída) ainda
remanescem e continuam aplicando seus velhos métodos. Em que
pese o papel fundamental que cumpriram nos últimos séculos, essas
instituições e processos já começam hoje a ser obstáculos à
criatividade e à inovação.

O que tivemos, pelo menos nos dois últimos séculos, foi, em grande
parte, uma educação massiva e repetitiva, voltada para enquadrar as
pessoas em um tipo insustentável de sociedade (instalando nas suas
mentes programas maliciosos, elaborados para infundir noções de
ordem, hierarquia, disciplina e obediência) e para adestrar a força de
trabalho, para que os indivíduos pudessem reproduzir habilidades
requeridas pelos velhos processos produtivos e administrativos e
executar rotinas determinadas.


Agora estamos, porém, vivendo a transição para outra época, para
uma nova era da informação e do conhecimento, na qual as
capacidades exigidas são outras também. Nesta nova sociedade do
conhecimento, o que se requer é que as pessoas sejam capazes de
criar e de inovar, mudando continuamente os processos de produção
e de gestão para descobrir maneiras melhores de fazer e organizar as
coisas. E isso elas só conseguirão na medida em que tiverem
autonomia para aprender o que quiserem, da forma como quiserem e
quando quiserem e para se relacionar produtivamente com outras
pessoas de sua escolha, gerando cada vez mais conhecimento – o
principal bem, conquanto intangível, deste novo mundo que já está
se configurando.

Faz-se necessário, pois, libertar o processo educativo das amarras
que tentam normatizá-lo de cima para baixo, em instituições
organizadas igualmente de cima para baixo, hierarquizadas,
burocratizadas e fechadas, desenhadas para guardar em caixinhas o
suposto conhecimento a ser transferido, de uma maneira pré-
determinada, para indivíduos que preencherem determinadas
condições (e, não raro, à revelia do que eles próprios desejariam de


                                  3
fato aprender). Ora, já se viu que o conhecimento é uma relação
social e não um objeto que possa ser estocado, transportado,
transferido ou transfundido de um emissor para um receptor. O
processo de geração e compartilhamento do conhecimento ocorre na
sociedade e torna-se cada vez mais difícil, custoso e improdutivo
quando tentamos parti-lo em pedaços para arquivá-lo nos escaninhos
de uma organização separada da sociedade por paredes opacas e
impermeáveis.

Assim, ao que tudo indica, novas formas de educação na sociedade
tenderão a envolver, cada vez mais, comunidades de aprendizagem,
quer dizer, pessoas conectadas com pessoas, interagindo livremente
em rede e compartilhando agendas de aprendizagem e, cada vez
menos, instituições fechadas e burocráticas voltadas ao ensino.


I N S C R I Ç Õ ES = h t t p : / / v i v o e d u c a . n i n g . c om




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Educação em rede e novas formas de aprendizagem

  • 1. A educação em uma sociedade em rede SEGUNDO SEMINÁRIO DA REDE VIVO EDUCAÇÃO A SOCIEDADE EM REDE E A EDUCAÇÃO São Paulo e arenas em ‘n’ outras cidades 14-16 /09/2010 SAIBA QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DO SEMINÁRIO 1 – O objetivo do segundo seminário é discutir novas formas de aprendizagem na sociedade em rede. Isso compreende o auto- didatismo e a livre-aprendizagem humana em uma sociedade cada vez mais inteligente (em termos coletivos) e o alter-didatismo e a comum-aprendizagem nas comunidades de aprendizagem em rede, emergentes nos novos mundos altamente conectados do terceiro milênio. 2 - Não é objetivo do segundo seminário discutir o ensino, o aparato escolar (publico ou privado) e a situação do professor. 3 – Não é objetivo do segundo seminário pensar ou apresentar soluções para os sistemas público ou privado de ensino, nem discutir o papel dos governos na educação, nem discutir a situação educacional do país ou de qualquer unidade da Federação ou município. 4 – O segundo seminário não vai focalizar suas atenções no uso de tecnologias de informação e comunicação (TICs) no ensino ou nas escolas, nem na chamada EaD (educação à distância por meio de plataformas interativas baseadas em software livre ou proprietário, web ou não). 5 – O segundo seminário pretende ensejar conversações sobre idéias inovadoras em educação, na linha do Texto de Referência abaixo: 1
  • 2. TEXTO DE REFERÊNCIA PARA SEGUNDO SEMINÁRIO A SOCIEDADE EM REDE E A EDUCAÇÃO Não é novidade para ninguém que, no mundo atual, qualquer pessoa que saiba ler e escrever e tenha acesso à Internet pode aprender muito mais do que podia há dez anos. Sim, isso é fato. Uma criança com noções rudimentares de um ou dois idiomas falados por grandes contingentes populacionais (como o inglês ou o espanhol, por exemplo), já é capaz de aprender muito mais – e com mais velocidade – do que um jovem com o dobro da sua idade que, há dez anos, estivesse matriculado em uma instituição de ensino altamente conceituada. Diz-se agora que, se souber ler (e interpretar o que leu), escrever, aplicar conhecimentos básicos de matemática na solução de problemas cotidianos e… banda larga, qualquer um vai sozinho. A novidade é que isso não depende, nem apenas, nem principalmente, da tecnologia stricto sensu e sim de novos padrões de organização social que estão se configurando na contemporaneidade. Uma sociedade em rede está emergindo e, progressivamente, tornando obsoletos as instituições e os processos hierárquicos da velha sociedade de massa, inclusive as instituições e processos educacionais. Novas tecnologias de informação e comunicação – que permitem a interação horizontal ou entre pares (pessoa-com-pessoa) em tempo real – estão acelerando esse processo. Mas novas tecnologias sociais, tão ou mais importantes do que essas (chamadas TICs), também estão contribuindo para mudar radicalmente as condições de vida e convivência social neste dealbar do século 21. Tudo isso vai mudar, em parte já está mudando, a maneira como executamos as nossas atividades empresariais, governamentais e sociais. Vai mudar a maneira como nos organizamos para produzir e comercializar, governar e legislar e conviver com as outras pessoas na sociedade. E – como não poderia deixar de ser – isso também está mudando a forma como aprendemos. 2
  • 3. O problema é que as instituições e os processos educativos que foram pensados para um tipo de sociedade que está deixando de existir (à medida que emerge uma nova sociedade cuja morfologia e dinâmica já são, em grande parte, as de uma rede distribuída) ainda remanescem e continuam aplicando seus velhos métodos. Em que pese o papel fundamental que cumpriram nos últimos séculos, essas instituições e processos já começam hoje a ser obstáculos à criatividade e à inovação. O que tivemos, pelo menos nos dois últimos séculos, foi, em grande parte, uma educação massiva e repetitiva, voltada para enquadrar as pessoas em um tipo insustentável de sociedade (instalando nas suas mentes programas maliciosos, elaborados para infundir noções de ordem, hierarquia, disciplina e obediência) e para adestrar a força de trabalho, para que os indivíduos pudessem reproduzir habilidades requeridas pelos velhos processos produtivos e administrativos e executar rotinas determinadas. Agora estamos, porém, vivendo a transição para outra época, para uma nova era da informação e do conhecimento, na qual as capacidades exigidas são outras também. Nesta nova sociedade do conhecimento, o que se requer é que as pessoas sejam capazes de criar e de inovar, mudando continuamente os processos de produção e de gestão para descobrir maneiras melhores de fazer e organizar as coisas. E isso elas só conseguirão na medida em que tiverem autonomia para aprender o que quiserem, da forma como quiserem e quando quiserem e para se relacionar produtivamente com outras pessoas de sua escolha, gerando cada vez mais conhecimento – o principal bem, conquanto intangível, deste novo mundo que já está se configurando. Faz-se necessário, pois, libertar o processo educativo das amarras que tentam normatizá-lo de cima para baixo, em instituições organizadas igualmente de cima para baixo, hierarquizadas, burocratizadas e fechadas, desenhadas para guardar em caixinhas o suposto conhecimento a ser transferido, de uma maneira pré- determinada, para indivíduos que preencherem determinadas condições (e, não raro, à revelia do que eles próprios desejariam de 3
  • 4. fato aprender). Ora, já se viu que o conhecimento é uma relação social e não um objeto que possa ser estocado, transportado, transferido ou transfundido de um emissor para um receptor. O processo de geração e compartilhamento do conhecimento ocorre na sociedade e torna-se cada vez mais difícil, custoso e improdutivo quando tentamos parti-lo em pedaços para arquivá-lo nos escaninhos de uma organização separada da sociedade por paredes opacas e impermeáveis. Assim, ao que tudo indica, novas formas de educação na sociedade tenderão a envolver, cada vez mais, comunidades de aprendizagem, quer dizer, pessoas conectadas com pessoas, interagindo livremente em rede e compartilhando agendas de aprendizagem e, cada vez menos, instituições fechadas e burocráticas voltadas ao ensino. I N S C R I Ç Õ ES = h t t p : / / v i v o e d u c a . n i n g . c om 4