2. A abertura de um texto literário deve ser
encarada como um convite ao leitor; um
momento nobre do ato de escrever que deve
avaliar minuciosamente qual a melhor
estratégia de retórica para “sedução” do leitor
3. 1) Divisão
2) Citação Direta
3) Citação Indireta
4) Pergunta
5) Frase Nominal
6) Alusão a um romance, filme, conto, etc.
7) Narração de um fato
8) Narração - descrição por flashes
4. Quando se cita alguns elementos que serão
explorados ao longo do texto.
É uma fórmula bastante utilizada na abertura
de artigos
5. A falta que faz a leitura
Quando assumi o cargo de Editor de Qualidade no JB, em 1º de outubro
de 1995 (deixei-o em 15 de outubro de 1996, para tornar-me, com
grande alegria para mim, um auxiliar do velho amigo Orivaldo Perin no
trabalho de dar forma final à 1ª página), tinha três preocupações
básicas: 1. o empobrecimento da linguagem de jornal; 2. a vulgarização
da linguagem de jornal; 3. a correção dessa mesma linguagem.
A característica básica do empobrecimento é a preguiça, a falta de
imaginação ou de originalidade, e, finalmente, a falta de informação
literária ou de intimidade com o idioma, pois (...)
Vamos ao segundo item, a vulgarização da linguagem, que busquei
combater sempre nos relatórios a que minha função de Editor de
Qualidade me obrigava.
Marcos de Castro
Revista de Comunicação, maio, 97
6. É a abertura com uma frase. Deve ser
utilizada em casos especiais
Possui um caráter argumentativo muito forte,
pois vem respaldado na frase de um
personagem importante dentro da história
7. Mais amigável
"Os computadores não são máquinas simpáticas", diz o
canadense Sidney Fels, professor da Universidade da
Colúmbia Britâncica. "Poucos conseguem interagir com o
micro com a mesma intimidade com que um pintor usa
um pincel." Em busca de uma melhor interação, o cientista
desenvolveu o Glove Talk, uma espécie de luva feita por
realidade virtual que é capaz de transformar sons em
linguagem de sinais, usada por sudos-mudos. Fels
também é o inventor do Iamascope, um caleidoscópio que
identifica o rosto do usuário e toca melodias conforme
este se movimenta.
Época
29 de junho de 1998
8. É a utilização do discurso indireto na abertura
do texto.
Indicada quando não se lembra literalmente
da uma frase
9. Ser ou não
Disse Alexandre Dumas que Shakespeare, depois de Deus, foi o
poeta que mais criou. Aos 37 anos, já escrevera 21 peças e
inventara uma forma de soneto. Era um rico proprietário de
terras e sócio do Globe Theatre, de Londres. Suas peças eram
representadas regularmente para a rainha Elizabeth I.
Na Tragégia de Hamlet, Prícipe da Dinamarca, publicada em
1603, Shakespeare superou a si mesmo, tomando uma antiga
história escandinava de fraticídio e vingança e transformou-a
numa tragédia sombria sobre a condição humana, traduzida
quase 1000 vezes e encenada sem cessar. Sarah Bernhardt, John
Gielgud, Laurence Olivier, John Barrymore e Kenneth Branagh,
todos buscaram entender o melancólico dinamarquês.
Veja - especial do Milênio
10. Recurso que desperta o interesse do leitor,
pois o leva a refletir sobre a indagação que
está sendo feita
11. Onde estão os melhores programas da TV a cabo? Que
programas merecem que se reserve um bom tempo para a
televisão? Quais as diferenças entre canais que oferecem
programação do mesmo gênero? Onde encontrar bons
documentários, filmes inéditos, notícias ao vivo,
transmissões esportivas? A equipe da revista da TV
sentou-se na frente da televisão, de controle remoto em
punho, e apresenta este número especial, concebido como
um guia da TV que os gaúchos assinam.
Que ninguém se enrosque nos cabos, nas antenas ou
na informação. Televisão por assinatura é toda modalidade
que se paga pra acessar. (...)
Zero Hora, 27 de junho de 1999
12. Quando utilizamos uma ou duas frases
nominais para explicá-la na sequência do
texto
13. Decepção. Foi o que os moradores de
Pelotas e distritos sentiram após o anúncio
do plano rodoviário do governo do Estado
para 1999. Nenhuma das estradas com a
conclusão prevista para este ano passa pelo
município. (...)
Zero Hora - 30 de maio de 1999
14. Garra. Determinação. Entusiasmo. Esse é o
espírito que parece estar de volta ao Estádio
Olímpico. Desde os tempos de Felipão como
técnico do tricolor não se via um time com
tanto afinco no gramado do Olímpico.
Zero Hora - 21 de junho de 1999
15. Quando se realiza a alusão a um determinado
referencial do leitor (filme, conto, romance
etc)
16. Fui ao cinema ver Michelle Pfeifer em Nas Profundezas
do Mar sem Fim, que conta a história de uma mãe que
perde um de seus filhos, de três anos, num saguão de
hotel e só volta a encontrá-lo nove anos mais tarde. O
roteiro preguiçoso resultou num filme raso, mas uma frase
dita pela personagem de Whoopi Goldberg me trouxe até
aqui. Depois de todos os abalos familiares decorrentes do
desaparecimento do filho do meio, a mãe vivida por
Michelle Pfeifer se refaz e constrói, aos poucos, o que a
detetive vivida por Whoopi chama de "uma boa imitação de
vida".
Zero Hora, 20 de julho de 1999
Martha Medeiros
17. Fórmula que explora o realismo em forma de
narrativa
18. A nave se prepara para pousar. Da escotilha enxerga-se o solo
arenoso e acidentado da Lua. É dia. O Sol brilha, intenso e
dourado, como você o vê aqui da Terra, só que cercado de
estrelas, num céu completamente negro. É que na Lua não existe
atmosfera e, sem atmosfera, não tem os gases que, espalhando
a luz solar, nos dão a ilusão de que o céu é azul. Na Lua, o
firmamento é sempre escuro. A nave se aproxima ainda mais. Dá
para ver, lá em baixo, jipes e robôs que zanzam pelas colinas.
Homens vestindo macacões super-refrigerados e capacetes com
oxigênio caminham pela planície como que em câmera lenta. É
que lá a gravidade é uma lei mais fraca, mal corresponde a um
sexto da gravidade que nos prende à Terra. O foguete pousa
suavemente. Os passageiros se preparam para desembarcar.
Colocam suas roupas com proteção térmica. Fora da cúpula
protetora da primeira colônia terráquea, a temperatura atinge
esturricantes 123 gruas Celsius.
19. Quando se introduz narrando um sequência
de acontecimentos (flashes). O texto, neste
caso, é bem cinematográfico
20. Chegam à casa ao entardecer. São um pequeno
grupo de policiais. Todos uniformizados. Passeiam
pela sala e olham a biblioteca. Riem com sarcasmo.
Pegam o livro História da Diplomacia. "Assim que os
kosovares descendentes de albaneses também
querem ser diplomatas?" Mudam o tom da conversa.
Gritam. "Nos dê chaves", exigem. "Pegue uma mala",
ordenam. "Deixa o resto. Tens 10 minutos. Logo irás
para a Albânia e nunca mais voltarás. Nem sequer
poderás voltar a sonhar com Kosovo", profetizam.
Zero Hora, 16 de junho de 1999
Martha Medeiros
21. A partir do vídeo exibido em sala de aula,
escreva um parágrafo de abertura para um
possível texto literário.
22. SCARTON, Gilberto. Guia de Produção
Textual. Disponível em Fonte:
http://www.pucrs.br/gpt/index.php. Acesso
em 5.ago.2011