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DEZ ANOS DE FOTOGRAFIA ESPANHOLA CONTEMPORâNEA.
                       COLEÇÃO FUNDAÇÃO COCA-COLA

                    MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA | SETEMBRO | 2011
SANTIAGO SIERRA. 133 personas remuneradas para teñir su pelo de rubio, 2001
O contato com a produção artística contemporânea possibilita ao público local a elabo-
                             ração de um conhecimento próprio. Promover o diálogo efetivo, a troca de experiências
                             e viabilizar uma relação mais participativa do espectador são algumas das prioridades
                             para a atual gestão do Museu de Arte Moderna da Bahia.

                             Neste sentido, a exposição Dez Anos de Fotografia Espanhola Contemporânea – Coleção
                             Fundação Coca-Cola, que traz a Salvador fotografias e vídeos de 26 artistas espanhóis,
                             nos possibilita refletir sobre algumas destas questões.

                             Para compreendermos o contexto em que uma produção simbólica é realizada, é pre-
                             ciso entender a relação da obra de arte com a sociedade e a cultura local, e lançar um
                             olhar atento sobre a estrutura do sistema da arte e suas complexas ligações. As obras
                             presentes nesta exposição nos mostram não só a pluralidade de técnicas, processos
                             formais e interpretações subjetivas da realidade espanhola: nos permitem entender o
                             papel que a cultura desempenha no âmbito político e econômico de um país. Assim,
                             dando continuidade a um debate iniciado com a realização, no início deste ano, da
                             itinerância da 29ª Bienal de São Paulo: Obras Selecionadas – Salvador, voltamos a
                             provocar a reflexão sobre arte e política, além de incentivar a discussão a respeito do
                             sistema da arte, abordando as especificidades da prática curatorial, da produção artís-
                             tica, além do multiculturalismo, e, entre todos estes fatores, o papel do espectador e a
                             fruição da arte.




CONCHA PÉREZ. Olvido, 2008
                             Os desdobramentos elaborados pelo núcleo de Arte e Educação do MAM-BA para esta
                             exposição buscam acompanhar o público neste processo reflexivo. Convido a todos a
                             participarem ativamente destas ações, após conhecerem um recorte significativo da
                             produção contemporânea espanhola presente nesta exposição.


                             Stella Carrozzo
                             Diretora
                             Museu de Arte Moderna da Bahia
DEZ ANOS DE FOTOGRAFIA ESPANHOLA CONTEMPORÂNEA
                                                                                  COLEÇÃO FUNDAÇÃO COCA-COLA


                                         As imagens são nosso patrimônio. Dos cinco sentidos, o que se vê é o que faz parte da
                                         nossa memória mais viva sobre tudo aquilo que nos torna seres humanos providos de
                                         biografia. A cada hora centenas de imagens impactam em nossa retina, destas só uma
                                         pequena parte ficará armazenada em nosso cérebro como recordação. Depois de anos,
                                         muito poucas terão permanecido e, nesse processo de seleção e arquivo, se determina
                                         aquilo que é memorável.

                                         Para esta exposição foram selecionadas as imagens criadas nos últimos dez anos por
                                         um importante grupo de artistas que fazem parte do panorama nacional espanhol. Não
                                         se trata de mostrar características próprias de um país, mas sim de confrontar diferentes
                                         interpretações forjadas nos universos próprios de artistas com as interpretações que os
                                         espectadores de outro país têm de uma realidade que a cada dia é mais e mais comum.
                                         O olhar do público brasileiro em direção ao interior dos discursos artísticos que têm lu-
                                         gar hoje em dia dentro das fronteiras espanholas e a comparação com os discursos que
                                         estão sendo feitos no terreno artístico brasileiro será sem dúvida muito enriquecedora.

                                         Quis realizar esta exposição como um conjunto diverso de possibilidades da imagem
                                         dentro da arte. Assim podemos nos deparar com - sem nenhuma pretensão de fazer uma
                                         classificação fechada, mas apenas sugestões de interpretação - a imagem testemunho,
                                         como no caso da obra de Santiago Sierra, que nos fala do que já aconteceu, neste caso
                                         uma performance; a imagem arquivo, exemplificada na obra de Lara Almárcegui na




JUANDE JARILLO. Sin título (Mar), 2008
                                         qual se busca uma coleta de realidades sob uma ideia comum; a imagem sonho, como
                                         a de Pablo Genovés, que recorre a uma ficção evidente para experimentar a beleza do
                                         que não aconteceu; a imagem lembrança, como é o caso da obra de Maider López, na
                                         qual a paisagem capturada tem desejos de imortalidade; a imagem biográfica, como
                                         a de Félix Curto, na qual os objetos relembram uma história narrada em primeira pes-
                                         soa; a imagem detida, como a de Miren Doiz que fixa o efêmero transformando-o em
                                         atemporal… ou tantas outras, todas as obras da exposição, fotografia e vídeo, tem uma
                                         razão essencial de ser imagem, todas elas possuem uma dívida com o real da qual não
                                         conseguiram se desprender.

                                         A itinerância da Colección Coca-Cola no Brasil organizada pelo Instituto Cervantes é
                                         uma prova do compromisso com a arte jovem e com as coleções que se ocupam de
                                         promover o enorme talento da arte contemporânea espanhola.

                                         Lorena Martínez de Corral
                                         Curadora
                                         Janeiro de 2011
ARTISTAS



AMPARO GARRIDO (1962)
O olhar de Garrido é dirigido ao privado, à nossa realidade mais íntima, aos
lares ou lugares de convivência de um modo geral. As casas representadas




                                                                                 CRISTINA MARTÍN LARA. Ween ich nur wüsste woran das liegt, 2005
em suas séries fotográficas, que aliam uma complexidade de conteúdos à
perfeição formal, são a viva imagem de seus moradores, e por isso a presença
da figura humana é quase sempre abolida. Sua obra é relacionada ao novo
pictorialismo e equilibra-se entre a crítica social e a beleza.
http://www.amparogarrido.com/


CARLES CONGOST (1970)
O artista combina diferentes meios e suportes como o vídeo, a música, a fo-
tonovela, o desenho e a fotografia para falar, sempre de forma irônica, sobre
identidade, o universo clubber, a estética pop. Sua obra estabelece relações
com os subgêneros televisivo e cinematográfico, e através dos códigos da es-
tética adolescente norte-americana revisa o debate entre alta e baixa cultura,
adotando, também, uma posição crítica ao próprio mundo da arte.
http://carlescongost.blogspot.com/


CARMELA GARCIA (1970)
Após ter explorado a nostalgia do paraíso perdido, o sofrimento e a reden-
ção da mulher, a artista evoca a natureza essencial e eterna das coisas e                                                                          CONCHA PEREZ (1969)
dos seres. Inscreve seu propósito dentro da representação do futuro, desbor-                                                                       Sua obra reflete sobre a questão do visível e seus significados, abordando
dando o espaço próprio da imagem e do quadro para construir um universo                                                                            temas como natureza, território, paisagem, cidade, arquitetura e a própria
tridimensional mais amplo, que permite não só a contemplação da obra mas                                                                           fotografia. Diz Perez: “A minha é uma proposta de trabalho sobre as cidades,
a experimentá-la fisicamente. Adota, assim, a postura de muitos artistas                                                                           dos espaços transitáveis dentro e fora das cidades, e de como eles vão se
contemporâneos, que propõem ao espectador que compartilhe com eles a                                                                               transformando continuamente, através da ação das pessoas que os ocupam
experiência física.                                                                                                                                e por eles transitam. É uma crítica à forma de interagir com tudo aquilo que
http://www.carmelagarcia.com/main.html                                                                                                             nos rodeia”.
                                                                                                                                                   http://conchaperez.net/

CHEMA ALvARGONZÁLEZ (1960-2009)
Fotógrafo e artista multimídia, sua obra, de abordagem conceitual, é resul-                                                                        CRISTINA FONTSARÉ (1970)
tado de uma profunda investigação sobre o homem moderno na sociedade                                                                               Iniciou suas atividades artísticas como escultora, trabalhando atualmente
pós-industrial. As cidades foram uma fonte de inspiração constante, per-                                                                           com fotografia. Sua série de paisagens noturnas mostra a vastidão de um es-
cebidas pelo artista como contexto vital ao ser humano. A urbe era, para                                                                           paço selvagem, apenas marcado pelo homem. Sua obra nos dá a sensação de
Alvargonzález, o reflexo do estado coletivo do homem; daí veio o seu interesse                                                                     estar assistindo mais a uma aparição de presenças fugazes que a um registro
pela arquitetura, os distintos elementos urbanos e a luz artificial.                                                                               de acontecimentos específicos, remetendo à falta de limites precisos entre a
http://www.chemaalvargonzalez.com/                                                                                                                 experiência da realidade e sua evocação fantástica ou fantasmagórica.
CRISTINA MARTÍN LARA (1972).                                                      juANDE jARILLO (1969)
A artista faz parte de um importante movimento de artistas andaluzes que          Seu trabalho, de uma maneira quase inadvertida e casual, alude a uma re-
emergiu no final dos anos 90. Suas imagens fotográficas, através da in-           alidade que deixou de ser compreensível. Suas séries mais conhecidas apre-
quietante visão de personagens que protagonizam uma humanidade con-               sentam imagens que reproduzem as aparências de forma verossímil, mas
trovertida, falam do isolamento da humanidade, da solidão, do vazio, da           através de procedimentos digitais de manipulação, se introduz um elemento
inconsciência das incertezas, da falta de esperança e de comunicação. Em          delirante: planos inclinados que rompem com a coerência da imagem, ex-
seu trabalho, a artista usa a informação de maneira fragmentada, como um          pressando a ideia de perda da percepção do mundo como um sistema coer-
quebra-cabeças, fazendo com que o espectador preencha, através de sua             ente e racional.
própria experiência, os vazios deixados.

                                                                                  LARA ALMARCEGuI (1965)
FÉLIx CuRTO (1967)                                                                Desde 1995, Almarcegui explora as relações entre a arquitetura e o urbanismo,
A ideia da viagem, tanto como experiência como construção da memória,             focando sua pesquisa em espaços abandonados, edifícios deteriorados e
está intimamente ligada ao trabalho de Curto. Utilizando o meio fotográfico e     descampados. Em seus projetos, ela examina alguns lugares e situações de
objetos que encontra e coleciona, o artista revive os aspectos poéticos e nos-    forma pessoal e intuitiva; às vezes, a representação se dá após uma minuci-
tálgicos do passado recente. Seus trabalhos apresentam temas recorrentes          osa e cuidadosa pesquisa. Retrata ruínas, no entanto, não pelo seu interesse
como motéis, carros velhos, auto estradas e paisagens, e têm forte influência     em um mundo que desapareceu, e sim pelo tempo que é revelado através
dos road-movies.                                                                  destes processos.
http://www.kunsthaus.org.mx/felix/felhtml/texto.html

                                                                                  MAbEL PALACÍN (1965)
jOSÉ MANuEL bALLESTER (1960)                                                      Seu trabalho reflete a relação que mantemos com as imagens, e de como
É considerado um dos expoentes da fotografia contemporânea. O caráter mu-         estas atuam como mediações para a realidade. Desde o começo de sua car-
tante, característico da mobilidade da vida contemporânea, está presente na       reira, vem realizando fotografias, vídeos e instalações, interessando-se pela
obra de Ballester, quase sempre focada nos espaços vazios, públicos, zonas        multiplicidade de formatos pelos quais uma imagem pode se manifestar.
indústriais, locais em obras ou em processo de transformação. Sua visão foi       Influenciada pela arte conceitual, sua obra apresenta múltiplas camadas de
fortemente influenciada por sua experiência como pintor, e, além deste meio,      leitura, mas que permite um olhar centrado no deleite estético da imagem.
continua trabalhando com gravura e vídeo instalações.
http://www.josemanuelballester.com/
                                                                                  MAIDER LÓPEZ (1975)
                                                                                  O trabalho de López nos convida a reexaminar o ambiente em que vivemos,
juAN LÓPEZ (1979)                                                                 seja nas ruas, nos campos, em algum estacionamento ou praia, além dos
Através da instalação e do vídeo, põe em contato direto a linguagem urbana        nossos códigos de comportamento urbano. Trabalhando em dois diferentes
com os diferentes códigos artísticos próprios dos âmbitos privado e institu-      campos, o macro espaço e a arquitetura íntima, suas obras interagem com
cional. Assim, suas produções estão permeadas por elementos que fazem             espaços e situações. A artista é conhecida pelos seus trabalhos em espaços
referência ao espaço urbano, usando materiais efêmeros e descartáveis,            públicos envolvendo um grande número de participantes.
como o grafitti, pôsteres, cartazes, fotocópias e fanzines. São características   http://www.maiderlopez.com/
marcantes de seu trabalho as instalações realizadas com fita isolante e a
alusão aos espaços cotidianos através do vídeo.
JOSÉ MANUEL BALLESTER. Ah, mio cor, 2008
MANOLO bAuTISTA (1974)
Com ironia e humor, Manolo Bautista expõe suas fotografias e brinca com
os sentidos do espectador através de espaços inusitados, que não envolvem
muita lógica ou realidade, mas que no entanto, apresentam uma forte nar-
rativa do sobrenatural. Especializado em escultura e novas mídias, o ar-
tista recentemente tem focado seu trabalho nas interações de espaços ar-
quitetônicos, utilizando uma complexa estrutura de animação virtual para
esta proposta.
http://www.manolobautista.com


MANu ARREGuIN (1970)
Pertence a uma nova geração de artistas que vê a arte como um instrumento
para a transformação social, um aparato que interage com outros meios como
o cinema, a publicidade, a moda, a música popular etc. Sua obra questiona
noções estabelecidas de sexualidade e gênero. No vídeo “Un impulso lírico
del alma” integra imagens reais e virtuais, utilizando sólida base teórica
feminista.
http://www.manuarregui.com/


MIGuEL ÁNGEL GAüECA (1967)
O artista usa seu próprio corpo como ponto de partida para muitas de suas
obras, realizando falsas campanhas publicitárias onde explicita seu entendi-
mento sobre as armadilhas a que somos submetidos pela sociedade de con-
sumo, refletindo também sobre o mundo da arte e sua própria condição de
artista. Convida o espectador a introduzir-se em seu mundo pessoal, pro-
jetando-se e identificando-se nele, abordando assim a construção do sujeito
contemporâneo.


MIREN DOIZ (1980)




                                                                                FÉLIX CURTO. Gram Parsons, 2001
A artista transforma o espaço misturando varias técnicas: fotografia, insta-
lação e pintura. Alguns de seus quadros e fotografias se convertem em es-
paços habitáveis de quatro dimensões. Sua série “Capriccio” é um exemplo
de intervenção pictórica que precede a fotografia: foi realizada num edifício
desabitado que foi pintado pela artista e posteriormente fotografado.
MIREyA MASÓ (1963)                                                               SANTIAGO SIERRA (1966)
Característica constante no trabalho de Mireya Masó é a relação homem/           A produção de Sierra se dá através de variadas técnicas e meios: fotografia,
natureza. Sua fotografia é direta, tentando incidir o menos possível na reali-   vídeo, música, performances, instalações. Através do minimalismo formal,
dade, evitando qualquer interferência na cena ou objeto retratado. Sua obra,     suas obras propõem uma leitura do contexto geopolítico em que elas se pro-
tanto audiovisual quanto fotográfica, mostra as intervenções humanas no          duzem, sublinhando a função social do artista e os limites e as restrições
meio ambiente e as tentativas dos seres humanos de humanizar a natureza.         impostas pela sociedade contemporânea. Suas ações orbitam no universo
Na série apresentada nesta exposição, Masó foca na relação do homem com          dos “invisíveis” (marginalizados, imigrantes, explorados) esmagados pela he-
a natureza artificial dos parques londrinos.                                     gemonia do poder capitalista.
http://www.mireyamaso.com/index.php                                              http://www.santiago-sierra.com/index_1024.php


MÓNICA FuSTER (1967)                                                             SERGIO bELINCHÓN (1971)
Artista multidisciplinar, trabalha com fotografia, gravura, livros de artistas   As obras de Belinchón, descrevendo o ambiente urbano que nos rodeia, colo-
e desenho. É sobretudo no suporte de papel, espaço que a artista define          cam uma questão: até que ponto a arte pode determinar uma discussão
como “espaço de liberdade absoluta”, que a imagem fotográfica e o desenho        crítica sobre o real? Fotógrafo e artista plástico, a maioria da suas obras
fundem-se gradualmente. Corpo humano, ciência orgânica, natureza e ar-           mostra paisagens urbanas, edifícios em construção ou estruturas abandona-
quitetura são referências fundamentais em seu trabalho. A obra exposta,          das, espaços esquecidos por causa da expansão urbana descontrolada. Sua
fotografia de uma instalação realizada em 2010, é fruto de um projeto que        câmera capta a desumanização destas áreas em que a natureza desaparece
unificou os campos da arte, da arquitetura e da ciência.                         e o homem reaparece através da sua ausência.
http://monicafuster.es/                                                          http://www.sergiobelinchon.com/


PAbLO GENOvÉS (1959)                                                             SERGIO PREGO (1969)
Utiliza fotografias pré-existentes e estampas antigas para transformá-las        Sua obra questiona noções de espaço e desenvolvimento do tempo linear,
com a técnica digital, libertando a imagem fotográfica da sua vida eterna,       combinando diferentes meios e técnicas. Prego trabalha com seu próprio
fornecendo aos elementos do passado um novo poder evocativo. Nas suas            corpo, de forma a abordar determinadas relações do indivíduo com o espaço
imagens, a luta entre natureza e cultura torna-se eterna e não é mais pos-       de representação. Toda sua obra está relacionada com a escultura, mas o
sível discernir de onde parte a agressão. A luta pela apropriação do espaço      artista utiliza-se, frequentemente, de outros meios para fazê-la. A tecnologia
transforma-se em cena de destruição, numa estética do apocalipse.                empregada em seus trabalhos está sempre posta a serviço do conceito.
http://www.pablogenoves.com/

                                                                                 TERE RECARENS (1967)
RuTH GÓMEZ (1976)                                                                Muitas vezes não se percebe a fronteira entre arte e vida na obra de Recarens
As imagens da videoartista Ruth Gómez são influenciadas pela publicidade,        – a obra aparece na medida em que existe a possibilidade de negá-la, como
a estética dos vídeos-clipes e a animação japonesa. Há vários pontos comuns      resposta a uma situação ou simplesmente como afirmação em si mesma. O
que atravessam suas criações animadas: a maneira em que as figuras são           trabalho da artista está intimamente ligado ao desejo de marcar o seu próp-
concebidas, as cores utilizadas que sempre tendem para o rosa, a necessi-        rio território, de mostrar o lado lúdico da própria arte. Neste jogo, a artista
dade de narrar o cotidiano. Suas criações têm um cunho autobiográfico e          convida o espectador a participar deste universo festivo, que implica uma
oferecem uma maneira pessoal de compreender o mundo e o que se passa             vontade de quebrar as regras estabelecidas.
ao seu redor.
A IMAGEM COMO POTêNCIA DE TROCAS


 (...) a arte é o meio mais direto de se unir ao Um, ao princípio de todas as coisas. Nela, por ela,   Com a exposição Dez Anos de Fotografia Espanhola Contemporânea - Coleção Fundação
 conjugam-se com efeito o sensível e a ideia, um elo que, do mundo das percepções, vai direto à        Coca-Cola a oportunidade de confrontar culturas distintas e ao mesmo tempo inseridas
                                         alma do universo. A arte se abre sobre uma visão do todo.     num mundo cada vez mais próximo é o grande mote para as reflexões intermediadas
                                                                                   Anne Cauquelin      com o público, que resultarão em experimentos e fazeres poéticos ligados à imagem. A
                                                                                                       memória, o olhar detalhado e o momento inusitado são estímulos que as fotografias e
O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), fundado em 1959, foi concebido por                          os vídeos possibilitam e ampliam as relações estabelecidas pelo público com as obras
sua primeira diretora, Lina Bo Bardi, como espaço de criação e mostra, de interlocução                 e seu próprio contexto.
entre a cidade, a universidade, as escolas, os artistas, os artesãos, irradiando-se para o
interior do estado. Lina Bo Bardi pensou e propôs estratégias para o que hoje denomi-                  Assim, a discussão sobre os espaços expositivos, o fomento da produção de arte contem-
namos de mediação cultural. A mediação cultural aqui é compreendida como proposta                      porânea e a relação que o público estabelece com essa produção entram na conversa
educacional, para a experimentação e vivência sobre os processos de criação em artes                   com as curadoras Maria de Corral e Lorena Martínez de Corral sob o tema Curadoria e
visuais, de forma dialógica, consciente e contextualizada.                                             espaços de exibição: instituições museais e bienais no fomento à produção artística
                                                                                                       contemporânea, nas últimas décadas. E, além da visita mediada, quando o público tem
Esta proposta inicial de Lina Bo Bardi se adensou com a criação das Oficinas de Arte                   contato com as obras e é estimulado pelos mediadores culturais a ampliar a percepção
em Série, funcionando no Galpão das Oficinas no MAM-BA, na década de 1980, a partir                    e refletir sobre o conteúdo exposto, acontecem também as ações desenvolvidas num
de projeto dos artistas Juarez Paraíso e Francisco Liberato, então diretor do MAM-BA.                  espaço preparado especialmente para potencializar a relação da reflexão e a prática
Mas, se já possuímos um local para criação, conhecimento das técnicas e sua utili-                     poética.
zação – espaço que proporciona uma formação continuada –, como potencializar ações
educativas a partir das propostas das exposições e mostras do MAM-BA? A importância                    Roseli Amado e Priscila Lolata
para a criação de caminhos para esta aproximação ganhou um direcionamento mais                         Equipe de Coordenação do Núcleo de Arte-Eduacação
efetivo a partir de 2007.




                                                                                                                                        CRISTINA FONTSARÉ. A los ocho ãnos: Serie: No te prometo un mundo maravilloso, 2006
PROGRAMAÇÃO EDuCATIvA DO MuSEu DE ARTE MODERNA DA bAHIA
                                                                                           A utilizAção dos processos fotográficos nA poéticA dA grAvurA
                                                                                           convidAdo: renAto fonsecA
progrAmA inter.mediAções                                                                   A partir de sua experiência, Renato Fonseca apresentará a utilização de processos fo-
                                                                                           tográficos como técnica e poética na criação de gravuras em litogravura e gravura em
conversAs soBre Arte                                                                       metal.
Curadoria e espaços de exibição: instituições museais e bienais no fomento à produção      30 de setembro > sexta-feira
artística contemporânea, nas últimas décadas.                                              Das 15h às 17h
Convidadas: Maria de Corral e Lorena Martínez de Corral                                    Galpão das Oficinas do MAM
Mediação: Alejandra Muñoz                                                                  renatofonseca0@gmail.com
Representantes de duas gerações, as curadoras Lorena Martínez de Corral e Maria de
Corral apresentarão suas experiências em curadoria dialogando com os espaços de ex-        A fotogrAfiA como ApontAmento: experiênciAs e processos de criAção.
ibição e mostra e a produção artística contemporânea, frente às transformações sócio-      convidAdo: zé de rochA
político-culturais e econômicas.                                                           O artista Zé de Rocha apresentará suas experiências com a utilização dos processos
17 de setembro > sábado                                                                    fotográficos na realização de suas obras em gravura e desenho.
Das 15h às 17h                                                                             20 de outubro > quinta-feira
Cinema do MAM-BA                                                                           Das 15h às 17h
                                                                                           Galpão das Oficinas do MAM
                                                                                           www.zederocha.blogspot.com
lorenA mArtínez de corrAl
é historiadora de arte e curadora independente. é diretora da coleção de arte contem-      A pesquisA em Artes visuAis: fotogrAfiA/imAgem
porânea da Fundación Coca-Cola Juan Manuel Sáinz de Vicuña. Foi co-diretora do pro-        convidAdo: eriel ArAújo
jeto Escultura en Espacios Públicos da Ciudad Financiera Banco Santander, em Boar-         Eriel Araújo apresentará um recorte de sua pesquisa de doutoramento realizada na Es-
dilla del Monte. Foi coordenadora de exposições da Fundación Caja Madrid. Ao longo         panha, que integra o processo criativo de sua prática final.
dos últimos anos foi curadora, entre outras, das exposições Adquisiciones Recientes        27 de outubro > quinta-feira
Fundación Coca-Cola, Salzillo21, co-curadora da exposição Realidades, Fotografías de       Das 15h às 17h
Pierre Gonnord, Circuitos: Arte Joven de la Comunidad de Madrid e Olafur Eliasson:         Galeria 3
Caminos de Naturaleza.                                                                     http://www.misterpink.net

mAríA de corrAl                                                                            A imAgem nAs poéticAs digitAis
é crítica de arte e curadora independente. é coordenadora da coleção de arte contem-       convidAdA: KArlA Brunet
porânea do Museo Patio Herreriano de Valladolid e curadora sênior no Dallas Museum         Karla Brunet apresentará suas propostas artísticas, dando ênfase às questões da ima-
of Art. Entre outras atividades desenvolvidas, foi diretora da Bienal de Veneza de 2005;   gem, das TIC’s – Tecnologias da Informação e Comunicação –, e também da interativi-
diretora do Comitê Assessor das coleções da Fundación Telefônica; diretora da coleção      dade.
de arte contemporânea da Fundación “la Caixa”; diretora do Museo Nacional Centro de
                                                                                           9 de novembro > quarta-feira
Arte Reina Sofía e diretora de artes plásticas da Fundación “la Caixa”. Foi presidente
                                                                                           Das 15h às 17h
do EUROPAN (Programa Europeu de Concursos de Arquitetura). Entre as distinções
                                                                                           Galeria 3
recebidas, figuram: LEO Award New York, Preis Art Cologne, prêmio KOINé, Verona;
                                                                                           http://karlabru.net
CHEVALIER y OFFICIER de l’Ordre des ARTS ET DES LETTRES da República Francesa;
Medalha de Ouro do Círculo de Bellas Artes.
o diA do pinhole                                                                                                                visitAs mediAdAs
Durante o mês de novembro, às quintas-feiras ofereceremos experimentações com a                                                 Agendamentos de escolas, instituições e grupos para visitas mediadas à exposição. Dias
câmera pinhole, tendo o acompanhamento de educadores do MAM-BA. Os partici-                                                     para a realização das visitas mediadas: quartas e sextas-feiras
pantes poderão trazer suas câmeras pinhole ou criar a mesma durante a experimentação                                            Horários > 14h e 16h
no museu.                                                                                                                       Mais informações > 71 3117 6141 / educativomam@gmail.com
Galeria 3 e Galpão das Oficinas do MAM
Das 15h às 18h                                                                                                                  visitAs espontâneAs
10 vagas                                                                                                                        Os visitantes que, ao chegarem ao museu, desejarem orientações acerca da exposição
Inscrições > educativomam@gmail.com                                                                                             ou sítio arquitetônico do Solar do Unhão podem se inscrever na loja do museu.

projeto zoom.in zoom.out
O projeto Zoom.in Zoom.out busca estreitar relações entre o museu e a cidade, esta-
belecendo vínculos com o entorno e a região metropolitana. Para preparar as visitas ao
museu, tornando-as mais interessantes e proveitosas para os participantes, uma equipe
de educadores do MAM-BA vai até as escolas e instituições para a realização de ativi-
dades de sensibilização estético-artísticas e de educação patrimonial. Posteriormente
os estudantes e seus professores realizam visitas mediadas aos espaços expositivos e ao
sítio arquitetônico do Solar do Unhão. No momento, as visitas ao museu acontecem de
acordo com a disponibilidade de transporte de cada instituição participante.
Turno: matutino (nas escolas e instituições) e vespertino (no museu)
Mais informações > 71 3117 6141 / educativomam@gmail.com

pinte no mAm
Projeto de autoria e coordenação do artista plástico Maninho que tem como objetivo
proporcionar lazer às crianças e aos seus familiares, através da pintura livre no Museu
de Arte Moderna da Bahia. Busca incentivar de forma lúdica o encontro do público com
o universo das artes.
Pátio do MAM-BA
Domingos > das 15h às 18h

redes mágicAs no mAm




                                                                                          MAIDER LÓPEZ. Playa Itzurun 4, 2005
Atividade proposta pela arte educadora Ana Rachel Schimiti e arte educadores do Nú-
cleo de Arte Educação do MAM BA, com visitas aos espaços expositivos e posterior
realização de ação poética, voltado ao público infanto-juvenil.
Galeria 3
Domingos > das 16h às 18h.
ExPOSIÇÃO DEZ ANOS DE FOTOGRAFIA
                                                               ESPANHOLA CONTEMPORÂNEA
                                                               COLEÇÃO FUNDAÇÃO COCA-COLA


                                                               ORGANIZAÇÃO                         COORDENAÇÃO
                                                               Instituto Cervantes                 NÚCLEO DE MUSEOLOGIA
                                                               Fundação Coca-Cola                  Sandra Regina Jesus
                                                               Juan Manuel Sáinz de Vicuña
                                                                                                   ACOMPANHAMENTO
                                                               CURADORIA                           MUSEOLÓGICO
                                                               Lorena Martínez de Corral           Rogério Sousa
                                                               ASSISTENTE DE CURADORIA             COORDENAÇÃO
                                                               Estefanía Gil Rodríguez de Clara    NÚCLEO DE ARTE EDUCAÇÃO
                                                                                                   Roseli Amado
                                                               COORDENAÇÃO GERAL
                                                               María José Magaña Clemente          COORDENAÇÃO
                                                               Alberto Tuá Carulla                 NÚCLEO DE PRODUÇÃO
                                                               (Instituto Cervantes de Salvador)   Carolina Câmara
                                                               DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA            PRODUÇÃO
                                                               E AUDIOVISUAL                       Carmen Palumbo
                                                               Fundação Coca-Cola
                                                               Juan Manuel Sáinz de Vicuña         COORDENAÇÃO
                                                                                                   NÚCLEO DE MONTAGEM
                                                               INSTITUTO CERVANTES SALVADOR        Daiane Oliveira
                                                               Diretor
                                                               Anastasio Sánchez Zamorano          PRODUÇÃO DE MONTAGEM




MIGUEL ANGEL GAÜECA. Nobody knows Vermeer told me this, 2004
                                                                                                   Lia Cunha
                                                               FUNDAÇAO COCA-COLA
                                                               JUAN MANUEL SÁINZ DE VICUÑA         MONTADORES
                                                               Presidente                          Agnaldo Santos
                                                               José Núñez Cervera                  Jairo Morais
                                                                                                   Marlon Santana

                                                                                                   COORDENAÇÃO
                                                               MAM-bA                              NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO
                                                                                                   Ana Rodrigues
                                                               DIREÇÃO
                                                               Stella Carrozzo                     DESIGN GRÁFICO
                                                                                                   Dinha Ferrero
                                                               ASSESSORIA TÉCNICA
                                                               Luciana Moniz                       ASSISTENTE DE DESIGN
                                                                                                   Ângelo Serravalle
                                                               ASSISTENTE DE DIREÇÃO
                                                               Liane Brück Heckert                 REDAÇÃO E MÍDIAS ONLINE
                                                                                                   Allysson Viana

                                                                                                   COORDENAÇÃO
                                                                                                   NÚCLEO ADMINISTRATIVO
                                                                                                   Dércio Santana
MuSEu DE ARTE MODERNA DA bAHIA                                                                                                                          GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

                                                                                                                                                              Governo do Estado da Bahia
DIREÇÃO Stella Carrozzo                                                                                                                                                   Jaques Wagner
ASSESSORIA TÉCNICA Luciana Moniz
ASSISTENTE DE DIREÇÃO Liane Brück Heckert
                                                                                                                                                 Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
                                                                                                                                                                            Albino Rubim
NÚCLEO DE MuSEOLOGIA
Coordenação Sandra Regina Jesus Museólogos Rogério de Sousa e Janaína Ilara Estagiária Cremilda Sampaio
Restauro Maria Lúcia Lyrio | Alberto Ribeiro Walfredo Neto Supervisão de Guardas de Acervo Diego da Silva |                                     Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural
Emile Ribeiro | Luiz Henrique Oliveira Guardas de Acervo Derilene Pinho | Diogo Vasconcelos | Fábio Messias |                                                              da Bahia - IPAC
Gil Cleber Moreira | Gilson Assis | Jackson Queiroz | José Mario de Jesus | Robson José de Jesus | Sílvio Sérgio                                                      Frederico Mendonça
Silva Tamires Carvalho | Wilkens de Jesus Santos
                                                                                                                                                                       Diretoria de Museus
NÚCLEO ARTE EDuCAÇÃO                                                                                                                                     Maria Célia Teixeira Moura Santos
Coordenação Roseli Amado Assistente de Coordenação Priscila Lolata Assistentes Eliane Silveira Garcia | Leila
Regina dos Santos Produção do Educativo Eduardo Santana Estagiária Tássia Mirela Correia Gomes Supervisão
das Oficinas do MAM Lica Moniz de Aragão Assistentes Oficinas Antonio Bento Antonio Cruz | José da Hora | Rai-
mundo Bento | Sebastião Ferreira | Valter Lopes Costa | Ana Cláudia Muniz | Professores Barbara Suzarte | Maria
Betânia Vargas | Evandro Sybine | Florival Oliveira | Hilda Salomão | Renato Fonseca | Marlice Almeida Supervisão
Mediação Cultural | Adriana Araújo | Mediadores Culturais Aldemiro Rodrigues Brandão | Daniel Almeida Costa
Ednaldo Gonçalves Junior | Janaina Silva Chavier | Luis Augusto Silva Gonçalves Margareth Maria Sales de Abreu
Roseli Costa Rocha Biblioteca Vera Bezerra

NÚCLEO DE PRODuÇÃO
Coordenação Carolina Câmara Desenvolvimento de Projetos Cristiane Delecrode | Carolina Almeida Produção
Executiva Marcela Costa Produtora Cultural Clara Trigo Produção Carmen Palumbo | Ernani Victor | Paulo Tosta
Paulo Victor Machado

NÚCLEO DE MONTAGEM
Coordenação Daiane Oliveira Produção de Montagem Lia Cunha Montadores Agnaldo Santos | Jairo Morais
Marlon Santana

NÚCLEO DE COMuNICAÇÃO
Coordenação Ana Rodrigues Redação e Mídias Online Allysson Viana Assistente de Design Angelo Serravalle                                                                     ABERTURA
Produção de Comunicação Nara Pino Assistente Fábio Vasquez Estagiário de Comunicação Luiz Oliveira                                                                         19.09.2011
                                                                                                                                                                    SEGUNDA-FEIRA 19H
NÚCLEO ADMINISTRATIvO
Coordenação Dércio Santana Moreira Recepção Antonieta Pontes Assistentes Administrativos Alexsandro Muniz                                                                      VISITAÇÃO
| Carlos Costa | Edmundo Galdino Fernando Nascimento Lopes | Júlio Cesar Santos Secretárias Cristiane Moreira                                                        20.09 a 20.11.2011
| Sandra Cristina Moura | Valdete Moreira Silva Almoxarifado Antônio Mascarenhas | Jocimar Lopes Loja Adriano                                             TERÇA a DOMINGO 13h às 19h
Silva | Nadiene Lopes Supervisores de Manutenção Ramon Maciel | Sergio Sena Pereira Marcenaria Marcos                                                               SÁBADOS 13h às 21h
Antônio da Silva Pintores Antonio Jorge Ferreira | Ademir Ferreira dos Santos | Cid Eduardo Ferreira Eletricistas                             Casarão Térreo > Galeria Subsolo > Galeria 1
Jorge Bispo dos Santos | José de Assis Alecrim Jardineiro Claudio Pinheiro de Almeida Pedreiros Francisco Vitório
| José Inácio Santos Copa Ângela Maria Pereira Limpeza Antonio Lourenço de Jesus | Emanuel Rubens Oliveira
                                                                                                                                                  MuSEu DE ARTE MODERNA DA bAHIA
Isidro da Silva Cruz | Jean Lobo dos Santos | Jorge Luiz Mendes | Jussara Reis de Souza | Raimundo José | Rei-
                                                                                                                    Av.Contorno, s/n Solar do Unhão, Salvador - Bahia - Brasil - 40060-060
naldo Querino | Sueli Conceição dos Santos | Vera Lúcia Ferreira
                                                                                                                           www.mam.ba.gov.br mam@mam.ba.gov.br 51 71 3117 6139
REALIZAÇÃO                          CO-PRODUÇÃO




REALIZAÇÃO




MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA
Av. Contorno s/n Solar Do Unhão - Salvador.Bahia.Brasil - 40060-060
www.mam.ba.gov.br mam@mam.ba.gov.br 71.3117.6139

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Dez anos de fotografia espanhola contemporânea

  • 1. DEZ ANOS DE FOTOGRAFIA ESPANHOLA CONTEMPORâNEA. COLEÇÃO FUNDAÇÃO COCA-COLA MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA | SETEMBRO | 2011
  • 2. SANTIAGO SIERRA. 133 personas remuneradas para teñir su pelo de rubio, 2001
  • 3. O contato com a produção artística contemporânea possibilita ao público local a elabo- ração de um conhecimento próprio. Promover o diálogo efetivo, a troca de experiências e viabilizar uma relação mais participativa do espectador são algumas das prioridades para a atual gestão do Museu de Arte Moderna da Bahia. Neste sentido, a exposição Dez Anos de Fotografia Espanhola Contemporânea – Coleção Fundação Coca-Cola, que traz a Salvador fotografias e vídeos de 26 artistas espanhóis, nos possibilita refletir sobre algumas destas questões. Para compreendermos o contexto em que uma produção simbólica é realizada, é pre- ciso entender a relação da obra de arte com a sociedade e a cultura local, e lançar um olhar atento sobre a estrutura do sistema da arte e suas complexas ligações. As obras presentes nesta exposição nos mostram não só a pluralidade de técnicas, processos formais e interpretações subjetivas da realidade espanhola: nos permitem entender o papel que a cultura desempenha no âmbito político e econômico de um país. Assim, dando continuidade a um debate iniciado com a realização, no início deste ano, da itinerância da 29ª Bienal de São Paulo: Obras Selecionadas – Salvador, voltamos a provocar a reflexão sobre arte e política, além de incentivar a discussão a respeito do sistema da arte, abordando as especificidades da prática curatorial, da produção artís- tica, além do multiculturalismo, e, entre todos estes fatores, o papel do espectador e a fruição da arte. CONCHA PÉREZ. Olvido, 2008 Os desdobramentos elaborados pelo núcleo de Arte e Educação do MAM-BA para esta exposição buscam acompanhar o público neste processo reflexivo. Convido a todos a participarem ativamente destas ações, após conhecerem um recorte significativo da produção contemporânea espanhola presente nesta exposição. Stella Carrozzo Diretora Museu de Arte Moderna da Bahia
  • 4. DEZ ANOS DE FOTOGRAFIA ESPANHOLA CONTEMPORÂNEA COLEÇÃO FUNDAÇÃO COCA-COLA As imagens são nosso patrimônio. Dos cinco sentidos, o que se vê é o que faz parte da nossa memória mais viva sobre tudo aquilo que nos torna seres humanos providos de biografia. A cada hora centenas de imagens impactam em nossa retina, destas só uma pequena parte ficará armazenada em nosso cérebro como recordação. Depois de anos, muito poucas terão permanecido e, nesse processo de seleção e arquivo, se determina aquilo que é memorável. Para esta exposição foram selecionadas as imagens criadas nos últimos dez anos por um importante grupo de artistas que fazem parte do panorama nacional espanhol. Não se trata de mostrar características próprias de um país, mas sim de confrontar diferentes interpretações forjadas nos universos próprios de artistas com as interpretações que os espectadores de outro país têm de uma realidade que a cada dia é mais e mais comum. O olhar do público brasileiro em direção ao interior dos discursos artísticos que têm lu- gar hoje em dia dentro das fronteiras espanholas e a comparação com os discursos que estão sendo feitos no terreno artístico brasileiro será sem dúvida muito enriquecedora. Quis realizar esta exposição como um conjunto diverso de possibilidades da imagem dentro da arte. Assim podemos nos deparar com - sem nenhuma pretensão de fazer uma classificação fechada, mas apenas sugestões de interpretação - a imagem testemunho, como no caso da obra de Santiago Sierra, que nos fala do que já aconteceu, neste caso uma performance; a imagem arquivo, exemplificada na obra de Lara Almárcegui na JUANDE JARILLO. Sin título (Mar), 2008 qual se busca uma coleta de realidades sob uma ideia comum; a imagem sonho, como a de Pablo Genovés, que recorre a uma ficção evidente para experimentar a beleza do que não aconteceu; a imagem lembrança, como é o caso da obra de Maider López, na qual a paisagem capturada tem desejos de imortalidade; a imagem biográfica, como a de Félix Curto, na qual os objetos relembram uma história narrada em primeira pes- soa; a imagem detida, como a de Miren Doiz que fixa o efêmero transformando-o em atemporal… ou tantas outras, todas as obras da exposição, fotografia e vídeo, tem uma razão essencial de ser imagem, todas elas possuem uma dívida com o real da qual não conseguiram se desprender. A itinerância da Colección Coca-Cola no Brasil organizada pelo Instituto Cervantes é uma prova do compromisso com a arte jovem e com as coleções que se ocupam de promover o enorme talento da arte contemporânea espanhola. Lorena Martínez de Corral Curadora Janeiro de 2011
  • 5. ARTISTAS AMPARO GARRIDO (1962) O olhar de Garrido é dirigido ao privado, à nossa realidade mais íntima, aos lares ou lugares de convivência de um modo geral. As casas representadas CRISTINA MARTÍN LARA. Ween ich nur wüsste woran das liegt, 2005 em suas séries fotográficas, que aliam uma complexidade de conteúdos à perfeição formal, são a viva imagem de seus moradores, e por isso a presença da figura humana é quase sempre abolida. Sua obra é relacionada ao novo pictorialismo e equilibra-se entre a crítica social e a beleza. http://www.amparogarrido.com/ CARLES CONGOST (1970) O artista combina diferentes meios e suportes como o vídeo, a música, a fo- tonovela, o desenho e a fotografia para falar, sempre de forma irônica, sobre identidade, o universo clubber, a estética pop. Sua obra estabelece relações com os subgêneros televisivo e cinematográfico, e através dos códigos da es- tética adolescente norte-americana revisa o debate entre alta e baixa cultura, adotando, também, uma posição crítica ao próprio mundo da arte. http://carlescongost.blogspot.com/ CARMELA GARCIA (1970) Após ter explorado a nostalgia do paraíso perdido, o sofrimento e a reden- ção da mulher, a artista evoca a natureza essencial e eterna das coisas e CONCHA PEREZ (1969) dos seres. Inscreve seu propósito dentro da representação do futuro, desbor- Sua obra reflete sobre a questão do visível e seus significados, abordando dando o espaço próprio da imagem e do quadro para construir um universo temas como natureza, território, paisagem, cidade, arquitetura e a própria tridimensional mais amplo, que permite não só a contemplação da obra mas fotografia. Diz Perez: “A minha é uma proposta de trabalho sobre as cidades, a experimentá-la fisicamente. Adota, assim, a postura de muitos artistas dos espaços transitáveis dentro e fora das cidades, e de como eles vão se contemporâneos, que propõem ao espectador que compartilhe com eles a transformando continuamente, através da ação das pessoas que os ocupam experiência física. e por eles transitam. É uma crítica à forma de interagir com tudo aquilo que http://www.carmelagarcia.com/main.html nos rodeia”. http://conchaperez.net/ CHEMA ALvARGONZÁLEZ (1960-2009) Fotógrafo e artista multimídia, sua obra, de abordagem conceitual, é resul- CRISTINA FONTSARÉ (1970) tado de uma profunda investigação sobre o homem moderno na sociedade Iniciou suas atividades artísticas como escultora, trabalhando atualmente pós-industrial. As cidades foram uma fonte de inspiração constante, per- com fotografia. Sua série de paisagens noturnas mostra a vastidão de um es- cebidas pelo artista como contexto vital ao ser humano. A urbe era, para paço selvagem, apenas marcado pelo homem. Sua obra nos dá a sensação de Alvargonzález, o reflexo do estado coletivo do homem; daí veio o seu interesse estar assistindo mais a uma aparição de presenças fugazes que a um registro pela arquitetura, os distintos elementos urbanos e a luz artificial. de acontecimentos específicos, remetendo à falta de limites precisos entre a http://www.chemaalvargonzalez.com/ experiência da realidade e sua evocação fantástica ou fantasmagórica.
  • 6. CRISTINA MARTÍN LARA (1972). juANDE jARILLO (1969) A artista faz parte de um importante movimento de artistas andaluzes que Seu trabalho, de uma maneira quase inadvertida e casual, alude a uma re- emergiu no final dos anos 90. Suas imagens fotográficas, através da in- alidade que deixou de ser compreensível. Suas séries mais conhecidas apre- quietante visão de personagens que protagonizam uma humanidade con- sentam imagens que reproduzem as aparências de forma verossímil, mas trovertida, falam do isolamento da humanidade, da solidão, do vazio, da através de procedimentos digitais de manipulação, se introduz um elemento inconsciência das incertezas, da falta de esperança e de comunicação. Em delirante: planos inclinados que rompem com a coerência da imagem, ex- seu trabalho, a artista usa a informação de maneira fragmentada, como um pressando a ideia de perda da percepção do mundo como um sistema coer- quebra-cabeças, fazendo com que o espectador preencha, através de sua ente e racional. própria experiência, os vazios deixados. LARA ALMARCEGuI (1965) FÉLIx CuRTO (1967) Desde 1995, Almarcegui explora as relações entre a arquitetura e o urbanismo, A ideia da viagem, tanto como experiência como construção da memória, focando sua pesquisa em espaços abandonados, edifícios deteriorados e está intimamente ligada ao trabalho de Curto. Utilizando o meio fotográfico e descampados. Em seus projetos, ela examina alguns lugares e situações de objetos que encontra e coleciona, o artista revive os aspectos poéticos e nos- forma pessoal e intuitiva; às vezes, a representação se dá após uma minuci- tálgicos do passado recente. Seus trabalhos apresentam temas recorrentes osa e cuidadosa pesquisa. Retrata ruínas, no entanto, não pelo seu interesse como motéis, carros velhos, auto estradas e paisagens, e têm forte influência em um mundo que desapareceu, e sim pelo tempo que é revelado através dos road-movies. destes processos. http://www.kunsthaus.org.mx/felix/felhtml/texto.html MAbEL PALACÍN (1965) jOSÉ MANuEL bALLESTER (1960) Seu trabalho reflete a relação que mantemos com as imagens, e de como É considerado um dos expoentes da fotografia contemporânea. O caráter mu- estas atuam como mediações para a realidade. Desde o começo de sua car- tante, característico da mobilidade da vida contemporânea, está presente na reira, vem realizando fotografias, vídeos e instalações, interessando-se pela obra de Ballester, quase sempre focada nos espaços vazios, públicos, zonas multiplicidade de formatos pelos quais uma imagem pode se manifestar. indústriais, locais em obras ou em processo de transformação. Sua visão foi Influenciada pela arte conceitual, sua obra apresenta múltiplas camadas de fortemente influenciada por sua experiência como pintor, e, além deste meio, leitura, mas que permite um olhar centrado no deleite estético da imagem. continua trabalhando com gravura e vídeo instalações. http://www.josemanuelballester.com/ MAIDER LÓPEZ (1975) O trabalho de López nos convida a reexaminar o ambiente em que vivemos, juAN LÓPEZ (1979) seja nas ruas, nos campos, em algum estacionamento ou praia, além dos Através da instalação e do vídeo, põe em contato direto a linguagem urbana nossos códigos de comportamento urbano. Trabalhando em dois diferentes com os diferentes códigos artísticos próprios dos âmbitos privado e institu- campos, o macro espaço e a arquitetura íntima, suas obras interagem com cional. Assim, suas produções estão permeadas por elementos que fazem espaços e situações. A artista é conhecida pelos seus trabalhos em espaços referência ao espaço urbano, usando materiais efêmeros e descartáveis, públicos envolvendo um grande número de participantes. como o grafitti, pôsteres, cartazes, fotocópias e fanzines. São características http://www.maiderlopez.com/ marcantes de seu trabalho as instalações realizadas com fita isolante e a alusão aos espaços cotidianos através do vídeo.
  • 7. JOSÉ MANUEL BALLESTER. Ah, mio cor, 2008
  • 8. MANOLO bAuTISTA (1974) Com ironia e humor, Manolo Bautista expõe suas fotografias e brinca com os sentidos do espectador através de espaços inusitados, que não envolvem muita lógica ou realidade, mas que no entanto, apresentam uma forte nar- rativa do sobrenatural. Especializado em escultura e novas mídias, o ar- tista recentemente tem focado seu trabalho nas interações de espaços ar- quitetônicos, utilizando uma complexa estrutura de animação virtual para esta proposta. http://www.manolobautista.com MANu ARREGuIN (1970) Pertence a uma nova geração de artistas que vê a arte como um instrumento para a transformação social, um aparato que interage com outros meios como o cinema, a publicidade, a moda, a música popular etc. Sua obra questiona noções estabelecidas de sexualidade e gênero. No vídeo “Un impulso lírico del alma” integra imagens reais e virtuais, utilizando sólida base teórica feminista. http://www.manuarregui.com/ MIGuEL ÁNGEL GAüECA (1967) O artista usa seu próprio corpo como ponto de partida para muitas de suas obras, realizando falsas campanhas publicitárias onde explicita seu entendi- mento sobre as armadilhas a que somos submetidos pela sociedade de con- sumo, refletindo também sobre o mundo da arte e sua própria condição de artista. Convida o espectador a introduzir-se em seu mundo pessoal, pro- jetando-se e identificando-se nele, abordando assim a construção do sujeito contemporâneo. MIREN DOIZ (1980) FÉLIX CURTO. Gram Parsons, 2001 A artista transforma o espaço misturando varias técnicas: fotografia, insta- lação e pintura. Alguns de seus quadros e fotografias se convertem em es- paços habitáveis de quatro dimensões. Sua série “Capriccio” é um exemplo de intervenção pictórica que precede a fotografia: foi realizada num edifício desabitado que foi pintado pela artista e posteriormente fotografado.
  • 9. MIREyA MASÓ (1963) SANTIAGO SIERRA (1966) Característica constante no trabalho de Mireya Masó é a relação homem/ A produção de Sierra se dá através de variadas técnicas e meios: fotografia, natureza. Sua fotografia é direta, tentando incidir o menos possível na reali- vídeo, música, performances, instalações. Através do minimalismo formal, dade, evitando qualquer interferência na cena ou objeto retratado. Sua obra, suas obras propõem uma leitura do contexto geopolítico em que elas se pro- tanto audiovisual quanto fotográfica, mostra as intervenções humanas no duzem, sublinhando a função social do artista e os limites e as restrições meio ambiente e as tentativas dos seres humanos de humanizar a natureza. impostas pela sociedade contemporânea. Suas ações orbitam no universo Na série apresentada nesta exposição, Masó foca na relação do homem com dos “invisíveis” (marginalizados, imigrantes, explorados) esmagados pela he- a natureza artificial dos parques londrinos. gemonia do poder capitalista. http://www.mireyamaso.com/index.php http://www.santiago-sierra.com/index_1024.php MÓNICA FuSTER (1967) SERGIO bELINCHÓN (1971) Artista multidisciplinar, trabalha com fotografia, gravura, livros de artistas As obras de Belinchón, descrevendo o ambiente urbano que nos rodeia, colo- e desenho. É sobretudo no suporte de papel, espaço que a artista define cam uma questão: até que ponto a arte pode determinar uma discussão como “espaço de liberdade absoluta”, que a imagem fotográfica e o desenho crítica sobre o real? Fotógrafo e artista plástico, a maioria da suas obras fundem-se gradualmente. Corpo humano, ciência orgânica, natureza e ar- mostra paisagens urbanas, edifícios em construção ou estruturas abandona- quitetura são referências fundamentais em seu trabalho. A obra exposta, das, espaços esquecidos por causa da expansão urbana descontrolada. Sua fotografia de uma instalação realizada em 2010, é fruto de um projeto que câmera capta a desumanização destas áreas em que a natureza desaparece unificou os campos da arte, da arquitetura e da ciência. e o homem reaparece através da sua ausência. http://monicafuster.es/ http://www.sergiobelinchon.com/ PAbLO GENOvÉS (1959) SERGIO PREGO (1969) Utiliza fotografias pré-existentes e estampas antigas para transformá-las Sua obra questiona noções de espaço e desenvolvimento do tempo linear, com a técnica digital, libertando a imagem fotográfica da sua vida eterna, combinando diferentes meios e técnicas. Prego trabalha com seu próprio fornecendo aos elementos do passado um novo poder evocativo. Nas suas corpo, de forma a abordar determinadas relações do indivíduo com o espaço imagens, a luta entre natureza e cultura torna-se eterna e não é mais pos- de representação. Toda sua obra está relacionada com a escultura, mas o sível discernir de onde parte a agressão. A luta pela apropriação do espaço artista utiliza-se, frequentemente, de outros meios para fazê-la. A tecnologia transforma-se em cena de destruição, numa estética do apocalipse. empregada em seus trabalhos está sempre posta a serviço do conceito. http://www.pablogenoves.com/ TERE RECARENS (1967) RuTH GÓMEZ (1976) Muitas vezes não se percebe a fronteira entre arte e vida na obra de Recarens As imagens da videoartista Ruth Gómez são influenciadas pela publicidade, – a obra aparece na medida em que existe a possibilidade de negá-la, como a estética dos vídeos-clipes e a animação japonesa. Há vários pontos comuns resposta a uma situação ou simplesmente como afirmação em si mesma. O que atravessam suas criações animadas: a maneira em que as figuras são trabalho da artista está intimamente ligado ao desejo de marcar o seu próp- concebidas, as cores utilizadas que sempre tendem para o rosa, a necessi- rio território, de mostrar o lado lúdico da própria arte. Neste jogo, a artista dade de narrar o cotidiano. Suas criações têm um cunho autobiográfico e convida o espectador a participar deste universo festivo, que implica uma oferecem uma maneira pessoal de compreender o mundo e o que se passa vontade de quebrar as regras estabelecidas. ao seu redor.
  • 10. A IMAGEM COMO POTêNCIA DE TROCAS (...) a arte é o meio mais direto de se unir ao Um, ao princípio de todas as coisas. Nela, por ela, Com a exposição Dez Anos de Fotografia Espanhola Contemporânea - Coleção Fundação conjugam-se com efeito o sensível e a ideia, um elo que, do mundo das percepções, vai direto à Coca-Cola a oportunidade de confrontar culturas distintas e ao mesmo tempo inseridas alma do universo. A arte se abre sobre uma visão do todo. num mundo cada vez mais próximo é o grande mote para as reflexões intermediadas Anne Cauquelin com o público, que resultarão em experimentos e fazeres poéticos ligados à imagem. A memória, o olhar detalhado e o momento inusitado são estímulos que as fotografias e O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), fundado em 1959, foi concebido por os vídeos possibilitam e ampliam as relações estabelecidas pelo público com as obras sua primeira diretora, Lina Bo Bardi, como espaço de criação e mostra, de interlocução e seu próprio contexto. entre a cidade, a universidade, as escolas, os artistas, os artesãos, irradiando-se para o interior do estado. Lina Bo Bardi pensou e propôs estratégias para o que hoje denomi- Assim, a discussão sobre os espaços expositivos, o fomento da produção de arte contem- namos de mediação cultural. A mediação cultural aqui é compreendida como proposta porânea e a relação que o público estabelece com essa produção entram na conversa educacional, para a experimentação e vivência sobre os processos de criação em artes com as curadoras Maria de Corral e Lorena Martínez de Corral sob o tema Curadoria e visuais, de forma dialógica, consciente e contextualizada. espaços de exibição: instituições museais e bienais no fomento à produção artística contemporânea, nas últimas décadas. E, além da visita mediada, quando o público tem Esta proposta inicial de Lina Bo Bardi se adensou com a criação das Oficinas de Arte contato com as obras e é estimulado pelos mediadores culturais a ampliar a percepção em Série, funcionando no Galpão das Oficinas no MAM-BA, na década de 1980, a partir e refletir sobre o conteúdo exposto, acontecem também as ações desenvolvidas num de projeto dos artistas Juarez Paraíso e Francisco Liberato, então diretor do MAM-BA. espaço preparado especialmente para potencializar a relação da reflexão e a prática Mas, se já possuímos um local para criação, conhecimento das técnicas e sua utili- poética. zação – espaço que proporciona uma formação continuada –, como potencializar ações educativas a partir das propostas das exposições e mostras do MAM-BA? A importância Roseli Amado e Priscila Lolata para a criação de caminhos para esta aproximação ganhou um direcionamento mais Equipe de Coordenação do Núcleo de Arte-Eduacação efetivo a partir de 2007. CRISTINA FONTSARÉ. A los ocho ãnos: Serie: No te prometo un mundo maravilloso, 2006
  • 11. PROGRAMAÇÃO EDuCATIvA DO MuSEu DE ARTE MODERNA DA bAHIA A utilizAção dos processos fotográficos nA poéticA dA grAvurA convidAdo: renAto fonsecA progrAmA inter.mediAções A partir de sua experiência, Renato Fonseca apresentará a utilização de processos fo- tográficos como técnica e poética na criação de gravuras em litogravura e gravura em conversAs soBre Arte metal. Curadoria e espaços de exibição: instituições museais e bienais no fomento à produção 30 de setembro > sexta-feira artística contemporânea, nas últimas décadas. Das 15h às 17h Convidadas: Maria de Corral e Lorena Martínez de Corral Galpão das Oficinas do MAM Mediação: Alejandra Muñoz renatofonseca0@gmail.com Representantes de duas gerações, as curadoras Lorena Martínez de Corral e Maria de Corral apresentarão suas experiências em curadoria dialogando com os espaços de ex- A fotogrAfiA como ApontAmento: experiênciAs e processos de criAção. ibição e mostra e a produção artística contemporânea, frente às transformações sócio- convidAdo: zé de rochA político-culturais e econômicas. O artista Zé de Rocha apresentará suas experiências com a utilização dos processos 17 de setembro > sábado fotográficos na realização de suas obras em gravura e desenho. Das 15h às 17h 20 de outubro > quinta-feira Cinema do MAM-BA Das 15h às 17h Galpão das Oficinas do MAM www.zederocha.blogspot.com lorenA mArtínez de corrAl é historiadora de arte e curadora independente. é diretora da coleção de arte contem- A pesquisA em Artes visuAis: fotogrAfiA/imAgem porânea da Fundación Coca-Cola Juan Manuel Sáinz de Vicuña. Foi co-diretora do pro- convidAdo: eriel ArAújo jeto Escultura en Espacios Públicos da Ciudad Financiera Banco Santander, em Boar- Eriel Araújo apresentará um recorte de sua pesquisa de doutoramento realizada na Es- dilla del Monte. Foi coordenadora de exposições da Fundación Caja Madrid. Ao longo panha, que integra o processo criativo de sua prática final. dos últimos anos foi curadora, entre outras, das exposições Adquisiciones Recientes 27 de outubro > quinta-feira Fundación Coca-Cola, Salzillo21, co-curadora da exposição Realidades, Fotografías de Das 15h às 17h Pierre Gonnord, Circuitos: Arte Joven de la Comunidad de Madrid e Olafur Eliasson: Galeria 3 Caminos de Naturaleza. http://www.misterpink.net mAríA de corrAl A imAgem nAs poéticAs digitAis é crítica de arte e curadora independente. é coordenadora da coleção de arte contem- convidAdA: KArlA Brunet porânea do Museo Patio Herreriano de Valladolid e curadora sênior no Dallas Museum Karla Brunet apresentará suas propostas artísticas, dando ênfase às questões da ima- of Art. Entre outras atividades desenvolvidas, foi diretora da Bienal de Veneza de 2005; gem, das TIC’s – Tecnologias da Informação e Comunicação –, e também da interativi- diretora do Comitê Assessor das coleções da Fundación Telefônica; diretora da coleção dade. de arte contemporânea da Fundación “la Caixa”; diretora do Museo Nacional Centro de 9 de novembro > quarta-feira Arte Reina Sofía e diretora de artes plásticas da Fundación “la Caixa”. Foi presidente Das 15h às 17h do EUROPAN (Programa Europeu de Concursos de Arquitetura). Entre as distinções Galeria 3 recebidas, figuram: LEO Award New York, Preis Art Cologne, prêmio KOINé, Verona; http://karlabru.net CHEVALIER y OFFICIER de l’Ordre des ARTS ET DES LETTRES da República Francesa; Medalha de Ouro do Círculo de Bellas Artes.
  • 12. o diA do pinhole visitAs mediAdAs Durante o mês de novembro, às quintas-feiras ofereceremos experimentações com a Agendamentos de escolas, instituições e grupos para visitas mediadas à exposição. Dias câmera pinhole, tendo o acompanhamento de educadores do MAM-BA. Os partici- para a realização das visitas mediadas: quartas e sextas-feiras pantes poderão trazer suas câmeras pinhole ou criar a mesma durante a experimentação Horários > 14h e 16h no museu. Mais informações > 71 3117 6141 / educativomam@gmail.com Galeria 3 e Galpão das Oficinas do MAM Das 15h às 18h visitAs espontâneAs 10 vagas Os visitantes que, ao chegarem ao museu, desejarem orientações acerca da exposição Inscrições > educativomam@gmail.com ou sítio arquitetônico do Solar do Unhão podem se inscrever na loja do museu. projeto zoom.in zoom.out O projeto Zoom.in Zoom.out busca estreitar relações entre o museu e a cidade, esta- belecendo vínculos com o entorno e a região metropolitana. Para preparar as visitas ao museu, tornando-as mais interessantes e proveitosas para os participantes, uma equipe de educadores do MAM-BA vai até as escolas e instituições para a realização de ativi- dades de sensibilização estético-artísticas e de educação patrimonial. Posteriormente os estudantes e seus professores realizam visitas mediadas aos espaços expositivos e ao sítio arquitetônico do Solar do Unhão. No momento, as visitas ao museu acontecem de acordo com a disponibilidade de transporte de cada instituição participante. Turno: matutino (nas escolas e instituições) e vespertino (no museu) Mais informações > 71 3117 6141 / educativomam@gmail.com pinte no mAm Projeto de autoria e coordenação do artista plástico Maninho que tem como objetivo proporcionar lazer às crianças e aos seus familiares, através da pintura livre no Museu de Arte Moderna da Bahia. Busca incentivar de forma lúdica o encontro do público com o universo das artes. Pátio do MAM-BA Domingos > das 15h às 18h redes mágicAs no mAm MAIDER LÓPEZ. Playa Itzurun 4, 2005 Atividade proposta pela arte educadora Ana Rachel Schimiti e arte educadores do Nú- cleo de Arte Educação do MAM BA, com visitas aos espaços expositivos e posterior realização de ação poética, voltado ao público infanto-juvenil. Galeria 3 Domingos > das 16h às 18h.
  • 13. ExPOSIÇÃO DEZ ANOS DE FOTOGRAFIA ESPANHOLA CONTEMPORÂNEA COLEÇÃO FUNDAÇÃO COCA-COLA ORGANIZAÇÃO COORDENAÇÃO Instituto Cervantes NÚCLEO DE MUSEOLOGIA Fundação Coca-Cola Sandra Regina Jesus Juan Manuel Sáinz de Vicuña ACOMPANHAMENTO CURADORIA MUSEOLÓGICO Lorena Martínez de Corral Rogério Sousa ASSISTENTE DE CURADORIA COORDENAÇÃO Estefanía Gil Rodríguez de Clara NÚCLEO DE ARTE EDUCAÇÃO Roseli Amado COORDENAÇÃO GERAL María José Magaña Clemente COORDENAÇÃO Alberto Tuá Carulla NÚCLEO DE PRODUÇÃO (Instituto Cervantes de Salvador) Carolina Câmara DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA PRODUÇÃO E AUDIOVISUAL Carmen Palumbo Fundação Coca-Cola Juan Manuel Sáinz de Vicuña COORDENAÇÃO NÚCLEO DE MONTAGEM INSTITUTO CERVANTES SALVADOR Daiane Oliveira Diretor Anastasio Sánchez Zamorano PRODUÇÃO DE MONTAGEM MIGUEL ANGEL GAÜECA. Nobody knows Vermeer told me this, 2004 Lia Cunha FUNDAÇAO COCA-COLA JUAN MANUEL SÁINZ DE VICUÑA MONTADORES Presidente Agnaldo Santos José Núñez Cervera Jairo Morais Marlon Santana COORDENAÇÃO MAM-bA NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO Ana Rodrigues DIREÇÃO Stella Carrozzo DESIGN GRÁFICO Dinha Ferrero ASSESSORIA TÉCNICA Luciana Moniz ASSISTENTE DE DESIGN Ângelo Serravalle ASSISTENTE DE DIREÇÃO Liane Brück Heckert REDAÇÃO E MÍDIAS ONLINE Allysson Viana COORDENAÇÃO NÚCLEO ADMINISTRATIVO Dércio Santana
  • 14. MuSEu DE ARTE MODERNA DA bAHIA GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Governo do Estado da Bahia DIREÇÃO Stella Carrozzo Jaques Wagner ASSESSORIA TÉCNICA Luciana Moniz ASSISTENTE DE DIREÇÃO Liane Brück Heckert Secretaria de Cultura do Estado da Bahia Albino Rubim NÚCLEO DE MuSEOLOGIA Coordenação Sandra Regina Jesus Museólogos Rogério de Sousa e Janaína Ilara Estagiária Cremilda Sampaio Restauro Maria Lúcia Lyrio | Alberto Ribeiro Walfredo Neto Supervisão de Guardas de Acervo Diego da Silva | Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural Emile Ribeiro | Luiz Henrique Oliveira Guardas de Acervo Derilene Pinho | Diogo Vasconcelos | Fábio Messias | da Bahia - IPAC Gil Cleber Moreira | Gilson Assis | Jackson Queiroz | José Mario de Jesus | Robson José de Jesus | Sílvio Sérgio Frederico Mendonça Silva Tamires Carvalho | Wilkens de Jesus Santos Diretoria de Museus NÚCLEO ARTE EDuCAÇÃO Maria Célia Teixeira Moura Santos Coordenação Roseli Amado Assistente de Coordenação Priscila Lolata Assistentes Eliane Silveira Garcia | Leila Regina dos Santos Produção do Educativo Eduardo Santana Estagiária Tássia Mirela Correia Gomes Supervisão das Oficinas do MAM Lica Moniz de Aragão Assistentes Oficinas Antonio Bento Antonio Cruz | José da Hora | Rai- mundo Bento | Sebastião Ferreira | Valter Lopes Costa | Ana Cláudia Muniz | Professores Barbara Suzarte | Maria Betânia Vargas | Evandro Sybine | Florival Oliveira | Hilda Salomão | Renato Fonseca | Marlice Almeida Supervisão Mediação Cultural | Adriana Araújo | Mediadores Culturais Aldemiro Rodrigues Brandão | Daniel Almeida Costa Ednaldo Gonçalves Junior | Janaina Silva Chavier | Luis Augusto Silva Gonçalves Margareth Maria Sales de Abreu Roseli Costa Rocha Biblioteca Vera Bezerra NÚCLEO DE PRODuÇÃO Coordenação Carolina Câmara Desenvolvimento de Projetos Cristiane Delecrode | Carolina Almeida Produção Executiva Marcela Costa Produtora Cultural Clara Trigo Produção Carmen Palumbo | Ernani Victor | Paulo Tosta Paulo Victor Machado NÚCLEO DE MONTAGEM Coordenação Daiane Oliveira Produção de Montagem Lia Cunha Montadores Agnaldo Santos | Jairo Morais Marlon Santana NÚCLEO DE COMuNICAÇÃO Coordenação Ana Rodrigues Redação e Mídias Online Allysson Viana Assistente de Design Angelo Serravalle ABERTURA Produção de Comunicação Nara Pino Assistente Fábio Vasquez Estagiário de Comunicação Luiz Oliveira 19.09.2011 SEGUNDA-FEIRA 19H NÚCLEO ADMINISTRATIvO Coordenação Dércio Santana Moreira Recepção Antonieta Pontes Assistentes Administrativos Alexsandro Muniz VISITAÇÃO | Carlos Costa | Edmundo Galdino Fernando Nascimento Lopes | Júlio Cesar Santos Secretárias Cristiane Moreira 20.09 a 20.11.2011 | Sandra Cristina Moura | Valdete Moreira Silva Almoxarifado Antônio Mascarenhas | Jocimar Lopes Loja Adriano TERÇA a DOMINGO 13h às 19h Silva | Nadiene Lopes Supervisores de Manutenção Ramon Maciel | Sergio Sena Pereira Marcenaria Marcos SÁBADOS 13h às 21h Antônio da Silva Pintores Antonio Jorge Ferreira | Ademir Ferreira dos Santos | Cid Eduardo Ferreira Eletricistas Casarão Térreo > Galeria Subsolo > Galeria 1 Jorge Bispo dos Santos | José de Assis Alecrim Jardineiro Claudio Pinheiro de Almeida Pedreiros Francisco Vitório | José Inácio Santos Copa Ângela Maria Pereira Limpeza Antonio Lourenço de Jesus | Emanuel Rubens Oliveira MuSEu DE ARTE MODERNA DA bAHIA Isidro da Silva Cruz | Jean Lobo dos Santos | Jorge Luiz Mendes | Jussara Reis de Souza | Raimundo José | Rei- Av.Contorno, s/n Solar do Unhão, Salvador - Bahia - Brasil - 40060-060 naldo Querino | Sueli Conceição dos Santos | Vera Lúcia Ferreira www.mam.ba.gov.br mam@mam.ba.gov.br 51 71 3117 6139
  • 15. REALIZAÇÃO CO-PRODUÇÃO REALIZAÇÃO MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA Av. Contorno s/n Solar Do Unhão - Salvador.Bahia.Brasil - 40060-060 www.mam.ba.gov.br mam@mam.ba.gov.br 71.3117.6139