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Faro há 50 anos atrás
Na Praça Ferreira de Almeida e arredores  encontravam-se os moços de fretes, os estivadores que carregavam e descarregavam os barcos da doca, os carroceiros que implicavam a presença do ferrador, o albardeiro, o abegão, o aguadeiro, o latoeiro, os ardinas, os vendedores de lotaria, os carvoeiros, os varredores, os caiadores, os vendedores de produtos da ria, o limpa chaminés… e tantos… tantos outros, cuja actividade desapareceu por não ser necessária. Faro retratos
Imagens antigas Aeroporto de Faro, anos 60 Inauguração do comboio em Faro Faro “o progresso” Faro -Palácio do Lã
Era escolhida a maior divisão da casa, tapavam-se  os móveis impossíveis de retirar com lençóis brancos, colocavam-se cadeiras à volta e o corpo do defunto ao centro, rodeado de flores e velas. Velar o morto implicava o tempo necessário, dia e noite, até ao enterramento. Todos, no velório, vestiam-se de preto e, com um rosário nas mãos, dedilhavam o terço, continuadamente. As velas acesas, as flores, as lágrimas, as preces, o negro das roupas impunham profunda solenidade ao velório.  Como se fazia um funeral?
    A morte de uma pessoa bem colocada na sociedade transformava-se numa verdadeira pompa fúnebre  (preparativos para um funeral), sendo depois transportada por numa charrete (carro de funeral puxada por cavalos).
Uma verdadeira homenagem a um homem de bem, é uma atitude justa e de bom exemplo. O respeito aos mortos implica enterrar e ocultar o corpo. A degradação que se segue não pode ser visível, o enterramento do ente querido alivia a dor da perda física. Havia igualmente o hábito de vestir um mendigo com roupas de falecido, para que os pecados cometidos, durante o tempo de vida, fossem aliviados ou perdoados pela justiça divina .
Ao sétimo dia os parentes mandam, por norma, rezar uma missa por alma do morto, acontecendo o mesmo passado um mês. O número de missas e de terços rezados implica o perdão e a esperança de alcançar o céu. Actualmente, nota-se um afastamento dos jovens das tradições comuns à morte. Nota-se, igualmente, que as celebrações se desviam dos rituais religiosos, sentimentais e emocionais.
Avenida do liceu ( Av. 5 de Outubro )  Em 1950 ( há 60 anos ), o percurso pela avenida até ao liceu, partindo da pontinha, era totalmente diferente da actualidade .  Não existia o “ cimento “ que descaracterizou toda a área, apenas casas térreas, algumas de primeiro andar e uma ou duas de segundo (em faro não existia construção em altura).  A Pontinha, ponto de encontro de várias ruas, apresenta igualmente , uma diferença abismal .
Rapazes e raparigas não subiam juntos a avenida: eles  andavam para um lado, e elas para  outro .  Em 1950 a família , a escola e a igreja impunham as suas regras e os jovens tinham que obedecer .  Não existiam os chamados tempos livres institucionalizados para ocupar a juventude.
Os moços de fretes eram essencialmente carregadores, mas também faziam recados, entregavam cartas, transportavam encomendas e bagagens.Faziam as mudanças a pau e corda. Percorriam por vezes a cidade de uma ponta à outra a executar mudanças, das quais algumas demoravam três ou quatro dias de trabalho duro.Os moços de fretes, para exercerem a sua profissão, tinham de estar inscritos no Governo Civil. Em 1921, o edital camarário determina a sua inscrição na Câmara Municipal de Lisboa. A inscrição na Câmara efectuou-se a partir de 22 de Julho de 1922, e constava da data, do número de ordem da matrícula, o nome do indivíduo, o número da matrícula do Governo Civil, a morada e o local onde exercia a actividade. Moços de fretes
Com a introdução das camionetas no mercado, as mudanças feitas pelos moços de fretes decaíram a pique.A entrega de recados, de cartas de amor e de cartas de negócios feitas outrora por estas figuras de esquina deixaram também de se realizar, pois foram substituídas pelas mensagens telefónicas.
Carros de emergências                Postais antigos de Faro Imagens  antigas
Os carroceiros O albardeiro                             Aguadeiro
Beatriz Nora                   Nº   6 Catarina Anacleto          Nº   8 Beatriz Rodrigues          Nº    7 Tiago Coelho                  Nº  27 André Silvestre               Nº   4 Trabalho realizado por:

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Faro 27,6,4,8,7

  • 1. Faro há 50 anos atrás
  • 2. Na Praça Ferreira de Almeida e arredores encontravam-se os moços de fretes, os estivadores que carregavam e descarregavam os barcos da doca, os carroceiros que implicavam a presença do ferrador, o albardeiro, o abegão, o aguadeiro, o latoeiro, os ardinas, os vendedores de lotaria, os carvoeiros, os varredores, os caiadores, os vendedores de produtos da ria, o limpa chaminés… e tantos… tantos outros, cuja actividade desapareceu por não ser necessária. Faro retratos
  • 3. Imagens antigas Aeroporto de Faro, anos 60 Inauguração do comboio em Faro Faro “o progresso” Faro -Palácio do Lã
  • 4. Era escolhida a maior divisão da casa, tapavam-se os móveis impossíveis de retirar com lençóis brancos, colocavam-se cadeiras à volta e o corpo do defunto ao centro, rodeado de flores e velas. Velar o morto implicava o tempo necessário, dia e noite, até ao enterramento. Todos, no velório, vestiam-se de preto e, com um rosário nas mãos, dedilhavam o terço, continuadamente. As velas acesas, as flores, as lágrimas, as preces, o negro das roupas impunham profunda solenidade ao velório. Como se fazia um funeral?
  • 5. A morte de uma pessoa bem colocada na sociedade transformava-se numa verdadeira pompa fúnebre (preparativos para um funeral), sendo depois transportada por numa charrete (carro de funeral puxada por cavalos).
  • 6. Uma verdadeira homenagem a um homem de bem, é uma atitude justa e de bom exemplo. O respeito aos mortos implica enterrar e ocultar o corpo. A degradação que se segue não pode ser visível, o enterramento do ente querido alivia a dor da perda física. Havia igualmente o hábito de vestir um mendigo com roupas de falecido, para que os pecados cometidos, durante o tempo de vida, fossem aliviados ou perdoados pela justiça divina .
  • 7. Ao sétimo dia os parentes mandam, por norma, rezar uma missa por alma do morto, acontecendo o mesmo passado um mês. O número de missas e de terços rezados implica o perdão e a esperança de alcançar o céu. Actualmente, nota-se um afastamento dos jovens das tradições comuns à morte. Nota-se, igualmente, que as celebrações se desviam dos rituais religiosos, sentimentais e emocionais.
  • 8. Avenida do liceu ( Av. 5 de Outubro ) Em 1950 ( há 60 anos ), o percurso pela avenida até ao liceu, partindo da pontinha, era totalmente diferente da actualidade . Não existia o “ cimento “ que descaracterizou toda a área, apenas casas térreas, algumas de primeiro andar e uma ou duas de segundo (em faro não existia construção em altura). A Pontinha, ponto de encontro de várias ruas, apresenta igualmente , uma diferença abismal .
  • 9. Rapazes e raparigas não subiam juntos a avenida: eles andavam para um lado, e elas para outro . Em 1950 a família , a escola e a igreja impunham as suas regras e os jovens tinham que obedecer . Não existiam os chamados tempos livres institucionalizados para ocupar a juventude.
  • 10. Os moços de fretes eram essencialmente carregadores, mas também faziam recados, entregavam cartas, transportavam encomendas e bagagens.Faziam as mudanças a pau e corda. Percorriam por vezes a cidade de uma ponta à outra a executar mudanças, das quais algumas demoravam três ou quatro dias de trabalho duro.Os moços de fretes, para exercerem a sua profissão, tinham de estar inscritos no Governo Civil. Em 1921, o edital camarário determina a sua inscrição na Câmara Municipal de Lisboa. A inscrição na Câmara efectuou-se a partir de 22 de Julho de 1922, e constava da data, do número de ordem da matrícula, o nome do indivíduo, o número da matrícula do Governo Civil, a morada e o local onde exercia a actividade. Moços de fretes
  • 11. Com a introdução das camionetas no mercado, as mudanças feitas pelos moços de fretes decaíram a pique.A entrega de recados, de cartas de amor e de cartas de negócios feitas outrora por estas figuras de esquina deixaram também de se realizar, pois foram substituídas pelas mensagens telefónicas.
  • 12. Carros de emergências Postais antigos de Faro Imagens antigas
  • 13. Os carroceiros O albardeiro Aguadeiro
  • 14. Beatriz Nora Nº 6 Catarina Anacleto Nº 8 Beatriz Rodrigues Nº 7 Tiago Coelho Nº 27 André Silvestre Nº 4 Trabalho realizado por: