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                                       PROJECTO
                                     EDUCATIVO



                                                                             2010 – 2013
Projecto Educativo




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Índice

Introdução ........................................................................................................................................................... 3
Capítulo I – Contextos ......................................................................................................................................... 4
     1.        Contexto local / socioeconómico ............................................................................................................ 4
     2.        Contexto escolar ...................................................................................................................................... 8
                    Jardim-de-Infância de S. Domingos ................................................................................................... 10
                    Jardim-de-Infância de Aldriz .............................................................................................................. 10
                    Jardim-de-Infância de Ordonhe......................................................................................................... 11
                    Jardim-de-Infância de Igreja .............................................................................................................. 11
                    Jardim-de-Infância de Candal ............................................................................................................ 12
                    Jardim-de-Infância de Souto.............................................................................................................. 12
                    Jardim-de-Infância de Pousadela ...................................................................................................... 13
                    EB /JI de Arraial.................................................................................................................................. 13
                    EB 1/JI de Carvalhal ........................................................................................................................... 14
                    EB 1 de Aldriz ..................................................................................................................................... 14
                    EB 1 de S. Domingos .......................................................................................................................... 15
                    EB 1 de Pousadela ............................................................................................................................. 15
                    EB 1 de Souto..................................................................................................................................... 16
                    EB 2/3 de Argoncilhe ......................................................................................................................... 16
                    Instalações e Grau de Conservação ................................................................................................... 17
Capítulo II – Filosofia e Valores ......................................................................................................................... 18
Capítulo III – Objectivos Gerais e Metas............................................................................................................ 21
Capítulo IV – Prioridades e Estratégias.............................................................................................................. 25
Capítulo V – Acompanhamento e Avaliação ..................................................................................................... 27
Conclusão .......................................................................................................................................................... 28
Referências Bibliográficas.................................................................................................................................. 29




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Introdução

                 O Projecto Educativo, enquanto instrumento do exercício de autonomia de uma instituição escolar, é um
documento que consagra, para um horizonte de três anos, a orientação educativa de um Agrupamento de Escolas,
explicitando os princípios, os valores, as metas e as estratégias que orientam o cumprimento da sua função educativa.
Desta forma, apresenta-se como a expressão da identidade da comunidade, como aglutinador da diversidade que a
compõe, impondo um sentido de acção educativa e afirmando a sua autonomia.
                 A organização escolar apresenta características específicas, onde se inter-relacionam várias estruturas e
múltiplos intervenientes: alunos, pessoal docente, pessoal não docente, pais e comunidade em geral (Brito, 1998: 12),
pelo que a sua autonomia não é um dado adquirido, mas sim algo que se vai construindo; consiste então na capacidade
que a escola tem, enquanto sistema da acção concreta, de gerir as relações com o exterior, e de produzir internamente a
sua identidade, a sua singularidade (Pinto, 2006: 30).
                 Sendo a expressão da identidade da escola, “ o Projecto Educativo de Escola funciona como ordenador de toda
a vida escolar, dotando-a de coerência e de uma intencionalidade clara” (Vilar, 1993: 52), sendo condição essencial a
sua planificação como eixo vertebrador e a luz que ilumina toda a vida da comunidade educativa de uma determinada
escola, pelo que deverá ser um produto específico que reflecte a realidade interna, embora tendo como referência um
contexto mais amplo que a influencia (Vilar, 1993: 30-31).
                 A elaboração deste documento partiu de um diagnóstico ao nível dos problemas e necessidades sentidos por
toda a comunidade educativa. Assim, começaremos por fazer a caracterização do meio onde se situa o Agrupamento de
Escolas de Argoncilhe, faremos uma breve apresentação do Agrupamento até aos nossos dias e procederemos à sua
caracterização, ainda que sumária. Apresentado o Agrupamento que temos, segue-se o Agrupamento que queremos,
sua missão e valores.
                 No quadro dos princípios e valores que orientam a acção educativa deste Agrupamento, definiremos objectivos
gerais, prioridades e estratégias. Por fim, estabeleceremos o modo como este projecto será avaliado.




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Capítulo I – Contextos
        1. Contexto local / socioeconómico
                 O Agrupamento de Escolas de Argoncilhe abarca as freguesias de Argoncilhe, Nogueira da Regedoura e
Sanguedo – de onde é oriunda a maioria dos alunos do Agrupamento. Estas três localidades situam-se no distrito de
Aveiro, a Noroeste do concelho de Santa Maria da Feira, ao qual pertencem, conforme ilustra a figura 1. Este integra a
área metropolitana do Porto, sendo que as freguesias de Argoncilhe, Sanguedo e Nogueira da Regedoura confinam com
os concelhos de Espinho e Vila Nova de Gaia.




                                                                Figura 1- Mapa do Concelho de Santa Maria da Feira.


                 As três freguesias, anteriormente referidas, compõem um núcleo populacional de dimensão substancial que, ao
longo dos anos, tem vindo a aumentar, conforme se expõe no quadro 1.
                                                                                  População Residente                 Projecção
                                                                              1991                   2001               2011
               Argoncilhe                                                     8318                   8605               9299
               Nogueira da Regedoura                                          4259                   5026               5755
               Sanguedo                                                       3154                   3542               4049

                  Quadro 1 - População residente em 1991 e 2001 e projecção da população em 2011, em número de
                                 habitantes (Fonte: Câmara Municipal de Santa Maria Feira, 2005).


                 Argoncilhe tem uma área de 8,7 Km2, cerca de 10 mil habitantes e é a freguesia do concelho de Santa Maria
da Feira mais próxima da cidade do Porto. Situada junto da EN1, está bem servida de acessos rodoviários, o que facilita
a mobilidade dos habitantes. A 14 de Abril de 1985, Argoncilhe ganha o estatuto de Vila, um marco determinante dado
que, desde essa data, tem vindo a apresentar um desenvolvimento significativo.

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                 A origem da Vila remonta a época pré-romana, tendo como característica, desde os tempos medievais, a sua
ligação a Grijó. Em 1093, Argoncilhe foi uma das sete terras doadas ao Mosteiro de Grijó. Desde sempre, a agricultura foi
a actividade principal de Argoncilhe, mas, a partir do século XX, surgiram as primeiras indústrias, na área das madeiras e
da serralharia. A partir dos anos 30, aparecem, em maior número, as pequenas indústrias. Nesta altura, ganha
importância o fabrico do prego para a tanoaria, responsável pela criação de um elevado número de postos de trabalho,
bem como pela difusão das artes para a construção civil. A exploração do volfrâmio foi também um marco muito
importante na história da vila, entre 1939 e 1945, responsável por grandes negócios, mas também pela emigração para a
Venezuela, Brasil, França e Alemanha. A chegada da electricidade à freguesia, em 1951, permitiu um avanço industrial e
possibilitou a mecanização e modernização na agricultura. Em 1960, surge em grande número a emigração
para França e Alemanha. Este fluxo emigratório trouxe a desvantagem da fuga da mão-de-obra, mas por outro
lado originou uma boa fase de desenvolvimento, uma vez que, para além do afluxo de dinheiro, trouxe também
novas ideias e processos mais desenvolvidos para o progresso em Argoncilhe.
                 Argoncilhe foi adquirindo condições de base para o desenvolvimento e progresso da sua terra.
Actualmente, existe um alargado conjunto de colectividades, iniciativas culturais e projectos, que promovem a
difusão do nome de Argoncilhe.
                 A construção da auto-estrada A32, que atravessa Argoncilhe, permite melhores acessos ao interior do
concelho e maior fluxo de tráfego a passar pela Vila, podendo constituir mais um importante marco na sua
evolução.
                 Argoncilhe destaca-se por ter o maior número de colectividades culturais e recreativas do concelho. São
associações prestigiadas o Rancho Regional de Argoncilhe, a Casa da Gaia (música regional; teatro; ballet; dança;
ginástica), o Grupo Musical Estrela de Argoncilhe (dança, música, desporto federado de atletismo e xadrez) e o grupo de
teatro amador A Flor de Aldriz.
                 Sanguedo tem 4,31 km² de área e cerca de 4 mil habitantes, de entre os quais se destacam comunidades
ciganas, que têm vindo a aumentar. Neste momento, ainda mantém o estatuto de Aldeia.
                 O nome „Sanguedo‟ surge de uma abundância da planta conhecida por „Sanguinho-Bravo‟ por aqueles lados.
Os documentos mais antigos já se referem a esta freguesia pelo ano de 897, com seu mosteiro de São Cristóvão e Santa
Eulália. A Igreja Matriz de Santa Eulália de Sanguedo é um edifício de proporções médias. A construção do imóvel
remonta ao século VIII, com a excepção da capela-mor e de uma torre, que só aparecem no século XIX. No alto do
monte de S. Bartolomeu, há uma capela do mesmo Santo e, ao longo do caminho que lhe dá acesso, podemos apreciar
um conjunto de catorze cruzes em granito, constituindo um Calvário. Esta freguesia deu outrora abrigo a uma
comunidade religiosa de freiras clarissas.
                 Num passado recente, Sanguedo terá vivido da agro-pecuária; hoje, porém, a realidade é diferente,
notabilizando-se a freguesia pela industrialização, da qual são exemplo as fábricas de cartão, e pela crescente
urbanização.


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                 Em Sanguedo, desenvolvem as suas actividades o CASTIIS (Centro de Assistência Social à Terceira Idade e
Infância de Sanguedo), a Biblioteca, a Juventude de Sanguedo, o Rancho Folclórico de Santa Eulália de Sanguedo, a
Cruz Vermelha, a Associação Desportiva e Cultural e a União Columbófila.
                 Nogueira da Regedoura situa-se no extremo Noroeste do concelho de Santa Maria da Feira, confinando com
Vila Nova de Gaia, a Norte, e Espinho, a Oeste. Tem uma área de 4,8 Km 2 e cerca de 5 mil habitantes. Adquiriu o
estatuto de Vila a 13 de Maio de 1999.
                 As origens da actual freguesia de Nogueira da Regedoura, remontam, segundo os registos mais
antigos, ao ano 1037, anterior, portanto, à própria nacionalidade, surgindo nesses documentos como Villa
Nugária e Villa de Pousada. A definição Regedoura, primeiro Rugidoura, deve-se certamente ao elevado número de
ribeiras que proliferavam pela pequena localidade.
                 A população era humilde, mas de uma grande dedicação ao trabalho, dedicando-se à produção do milho e do
feijão. Durante anos, Nogueira da Regedoura foi uma aldeia agrícola e de constante luta diária comum. O artesanato
granjeou um lugar de destaque nas actividades culturais da freguesia. A partir dos fins do século passado, as tecedeiras
nogueirenses carregavam à cabeça para o Porto as suas teias coloridas, saídas de teares ancestrais e manuais, de
algodão de cores, trabalhadas por autênticas mãos de fadas. No regresso a casa, as mesmas carregavam as tramas ou
fios para urdir as novas teias. Em Nogueira da Regedoura existiam também vários moinhos rústicos, bem como uma
fábrica de telha, que adquiriu prestígio a nível nacional, por volta dos séculos XVI e XVII. Esta freguesia evidenciou-se
ainda pelo fabrico de papel de embrulho, que mais tarde veio a ser aproveitado para o fabrico de sacos de papel.
Existiam na localidade pessoas dedicadas ao fabrico de bombas artesanais de tirar água, através de um furo num tronco
de pinheiro. As mulheres subiam aos pinheiros, para derrubar pinhas, que eram utilizadas nos fogões e fornos para cozer
o pão. Já os homens dedicavam-se a serrar e rachar pinheiros e eucaliptos, barrotes, ripas e tábuas, para o uso de
casas e mobílias. O ex-libris era, todavia, o tradicional fasquio, utilizado na construção de paredes de interiores das
casas e dos respectivos estuques. Nesta freguesia, havia quem se dedicasse à construção de carros de bois, canastros
e espigueiros. O comércio era quase inexistente.
                 Hoje em dia, Nogueira da Regedoura já não é apenas uma freguesia que vive só da agricultura. A sua
população cresceu significativamente e já dispõe de vários estabelecimentos comerciais e alguns serviços,
nomeadamente uma unidade de saúde, farmácia, vários consultórios, um laboratório de análises clínicas, o Centro Social
Luso Venezuelano, o Centro Social S. Cristovão , o Centro Cultural e Recreativo de Pousadela, o Rancho Folclórico S.
Cristovão, entre outros. Na indústria tem especial relevo a indústria transformadora da cortiça, as madeiras, a construção
civil, os têxteis e a indústria do artesanato.
                 Em suma, acompanhando o que se passa na maior parte do território português, o paradigma social e
económico destas freguesias tem-se alterado gradualmente ao longos dos anos. O tecido económico do meio é
composto por empresas do sector secundário e terciário. Ao nível da indústria, predominam as áreas da cortiça e da
cerâmica. Em termos de serviços, prevalecem as empresas ligadas à restauração e à indústria alimentar, nomeadamente
restaurantes, pastelarias e cafés. A mão-de-obra utilizada é, na grande maioria, pouco qualificada, reflectindo-se, não

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raro, em salários baixos, precariedade laboral e poucas expectativas profissionais. Concomitantemente, o meio
sociocultural é desfavorecido, sendo que, de um modo geral, as famílias apresentam níveis de literacia deficitários e
diminutas expectativas face à escola. Saliente-se, ainda, que, seguindo a tendência nacional, o desemprego é também
uma marca acentuada das freguesias desta região, pelo que um número considerável dos agregados familiares subsiste
do rendimento social de inserção.




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        2. Contexto escolar


                 O Agrupamento de Escolas de Argoncilhe é uma instituição de Ensino Público, da Educação Pré-Escolar ao 3.º
ciclo do Ensino Básico, que foi homologado por Despacho do Director Regional de Educação do Norte, datado de 19 de
Abril de 2002, tendo iniciado funções como tal no ano lectivo de 2002/2003. Dele fazem parte os jardins-de-infância da
rede pública e as escolas do 1.º ciclo das freguesias de Argoncilhe e Sanguedo. Mais recentemente, no ano lectivo de
2006/2007, os jardins-de-infância e estabelecimentos do 1.º ciclo de Pousadela e Souto, pertencentes à freguesia de
Nogueira da Regedoura, agruparam-se também, completando a constituição do Agrupamento. Por força da
reorganização curricular, a Escola EB 1 das Cavadas, em Argoncilhe, fechou no final do ano lectivo 2009/2010,
reduzindo o número total de escolas pertencentes ao Agrupamento para 14, distribuídas pelas três freguesias da forma
que se apresenta no quadro 2. Este Agrupamento tem como sede a Escola Básica 2/3 de Argoncilhe.



                                                                  AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ARGONCILHE

                                                                                                                                 NOGUEIRA DA
                                                       ARGONCILHE                                       SANGUEDO
                                                                                                                                 REGEDOURA

        JI
                              Aldriz                       Ordonhe           S. Domingos        Candal                Igreja   Pousadela         Souto

   JI/EB1                                                    Carvalhal                                   Arraial                 -----            -----


     EB1                                       Aldriz                        S.Domingos                  ----------            Pousadela         Souto


   EB2/3                                                                                   Argoncilhe

                            Quadro 2 - Estabelecimentos que fazem parte do Agrupamento de Escolas de Argoncilhe.




                                                                                                                                                          8
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                                                                  Figura 2 - Distribuição Geográfica do Agrupamento.



                 A figura 2 apresenta a distribuição geográfica dos estabelecimentos do Agrupamento, sendo que surgem
assinaladas com A os que pertencem à freguesia de Argoncilhe, com S os que se referem à freguesia de Sanguedo e
com N os que fazem parte da freguesia de Nogueira da Regedoura. A amarelo estão assinalados os jardins-de-infância;
a azul, as escolas do 1.º ciclo; a verde, os jardins-de-infância e escolas de 1.º ciclo que funcionam no mesmo espaço; e
a vermelho, a escola de 2.º e 3.º ciclos. Este estabelecimento surge assinalado com um símbolo destacado,
representando a sede do Agrupamento.




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                Jardim-de-Infância de S. Domingos

                                                                                        O Jardim-de-Infância de S. Domingos, situado na
                                                                             Freguesia de Argoncilhe, está instalado num edifício construído
                                                                             de raiz e inaugurado em 20/09/2003. É composto por um hall de
                                                                             entrada, três salas da aula, uma sala polivalente (que funciona
                                                                             como cantina e espaço de prolongamento) um gabinete
                                                                             destinado ao corpo docente ao atendimento dos Encarregados
                                                                             de Educação, uma cozinha e duas arrecadações, estando uma
                                                                             delas destinada para guarda do gás. Existem quatro casas de
                                                                             banho: duas para as crianças, uma para deficientes e uma para
   Jardim-de-Infância                                                        adultos.
  Praceta Eleito Local,
  4505-014 – Argoncilhe                                                                 Possui um recreio exterior e um parque infantil pouco
  Telf: 227448137                                                            equipado, atendendo a que apenas tem uma torre inserida numa
                                                                             área com pavimento almofadado.




                Jardim-de-Infância de Aldriz

                                                                                        O Jardim-de-Infância de Aldriz, situado na Freguesia de
                                                                             Argoncilhe, tem em funcionamento uma sala de aula, um
                                                                             gabinete de apoio aos alunos, duas casas de banho, uma para
                                                                             os adultos e outra para as crianças, uma arrecadação e um
                                                                             recreio. De salientar que, apesar de ser um espaço pequeno,
                                                                             está em bom estado de conservação.



      Jardim-de-Infância de Aldriz
      Travessa Augusto Sousa Pinto,
      4505-023 – Argoncilhe
      Telf: 227440733




                                                                                                                                              10
Projecto Educativo




eu, nós, o mundo: uma construção permanente
trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia




                    Jardim-de-Infância de Ordonhe

                                                                                      O Jardim-de-Infância de Ordonhe, situado na Freguesia
                                                                             de Argoncilhe, está instalado num edifício tipo Plano do
                                                                             Centenário1, composto por duas salas de actividades, duas
                                                                             salas de apoio e uma arrecadação.           Possui dois halls de
                                                                             entrada que dão acesso a cada uma das salas. Existem quatro
                                                                             casas de banho para crianças e duas para adultos. Possui um
                                                                             recreio exterior com parque infantil, balizas e um alpendre.


     Jardim-de-Infância de Ordonhe
    Rua das Escolas de Ordonhe,
    4535-093- Mozelos
    Telf: 227440699



                Jardim-de-Infância de Igreja

                                                                                      O Jardim-de-Infância de Igreja, situado na Freguesia de
                                                                             Sanguedo, está instalado num edifício construído sensivelmente
                                                                             há trinta anos. O edifício é composto por duas salas de
                                                                             actividades que não comunicam entre si pelo interior do edifício.
                                                                             A cada sala está anexo um estreito corredor e um gabinete
                                                                             multifuncional. Possui duas casas de banho não diferenciadas
                                                                             para crianças ou adultos. Existe um recreio exterior e um parque
                                                                             infantil com pavimento almofadado. A cantina funciona numa
         Jardim-de-Infância de Igreja
         Rua da Escola,                                                      sala modular instalada desde 2009 no recreio exterior.
        4505-601-Sanguedo
        Telf- 227440688




1 O Plano dos Centenários constituiu um projecto de construção de escolas em larga escala, levado a cabo pelo Estado Novo em Portugal, entre
as décadas de 1940 e de 1960. O plano deve o seu nome ao terceiro centenário da Restauração da Independência e ao oitavo centenário
da Independência de Portugal, comemorados, respectivamente em 1940 e1943. A construção das escolas foi levada a cabo pela Direcção-Geral
dos Edifícios e Monumentos Nacionais do Ministério das Obras Públicas. No âmbito do Plano dos Centenários, até ao final da década de 1950,
foram construídos mais de 7000 edifícios escolares novos, que incluíam um total superior a 12 000 salas de aula. A construção de escolas em larga
escala continuou até meados da década de 1960. Quase todas as cidades, vilas e aldeias de Portugal passaram a dispor de uma ou mais escolas
do Plano dos Centenários, o que permitiu diminuir acentuadamente o analfabetismo e aumentar o ensino obrigatório de três para quatro anos
em 1960 e para seis anos em 1967. As escolas do Plano dos Centenários, com a sua arquitectura típica, acabaram por se tornar numa imagem de
marca de Portugal, existindo pelo menos um exemplar em quase todas as povoações do país. As escolas foram construídas, segundo o estilo
arquitectónico conhecido como "Português Suave, incorporando características da arquitectura tradicional. Foram estabelecidas tipologias-base,
que seriam adaptadas às condições locais, segundo o número de alunos a receber e o clima da região. Normalmente, cada escola englobava duas
ou quatro salas de aula, uma cozinha, instalações sanitárias e um alpendre (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_dos_Centenários).

                                                                                                                                              11
Projecto Educativo




eu, nós, o mundo: uma construção permanente
trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia




                Jardim-de-Infância de Candal

                                                                                     O Jardim-de-Infância de Candal, situado na Freguesia
                                                                             de Sanguedo, está instalado num edifício tipo urbano, construído
                                                                             aproximadamente há doze anos.
                                                                                     O edifício é composto por um hall de entrada, uma sala
                                                                             de actividades, um gabinete de apoio para atendimento aos
                                                                             Encarregados de Educação, um refeitório, uma casa de banho
                                                                             para as crianças e uma para os adultos. Existe um recreio
                                                                             exterior e um pequeno parque infantil inserido       numa área
        Jardim-de-Infância de Candal
        Rua do Espinhal, nº 259,                                             restrita com pavimento almofadado.
       4505-616 – Sanguedo
       Telf- 227444219




                Jardim-de-Infância de Souto

                                                                                     O Jardim-de-Infância de Souto, situado na Freguesia de
                                                                             Nogueira da Regedoura, está instalado num edifício de raiz,
                                                                             composto por duas salas de actividades, uma cozinha e uma
                                                                             arrecadação, que funciona como sala de apoio. Existem dois
                                                                             halls de entrada que dão acesso a cada uma das salas, assim
                                                                             como duas casas de banho para as crianças e duas para os
                                                                             adultos. Possui um recreio exterior, um parque infantil, inserido
                                                                             numa área com pavimento almofadado e um logradouro. Este
        Jardim-de-Infância do Souto                                          Jardim-de-Infância aguarda transferência para novas instalações
       Rua Sr.ª da Hora, nº100,
       4500- 766 Nogueira da Regedoura                                       onde funcionará também a EB1 de Souto.
       Telf - 227641381




                                                                                                                                             12
Projecto Educativo




eu, nós, o mundo: uma construção permanente
trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia


                Jardim-de-Infância de Pousadela

                                                                                           O Jardim-de-Infância de Pousadela, situado na
                                                                                  freguesia de Nogueira da Regedoura, está instalado num edifício
                                                                                  tipo Plano Centenário, composto por duas salas de actividades,
                                                                                  dois halls de entrada, que dão acesso a cada uma das salas e
                                                                                  respectivas casas de banho. No exterior existe uma pequena
                                                                                  arrecadação bem como um recreio vedado, a rodear toda a
                                                                                  escola, no qual está inserida uma pequena área com pavimento
                                                                                  almofadado e um equipamento lúdico (escorregão). Existe
        Jardim-de-Infância de Pousadela Rua Joaquim
       Domingues Maia, nº1699                                                     também um baloiço, mas implantado numa área                     sem
       4500-744 Nogueira da Regedoura
       Telf- 227443491                                                            pavimento adequado.
                                                                                           Nas traseiras da escola havia um alpendre, que foi
                                                                                  fechado e transformado numa sala de apoio.




                EB /JI de Arraial

                                                                                      A EB de Arraial situada na Freguesia de Sanguedo. É um
                                                                             edifício de Plano Centenário, que se encontra em obras de restauro e
                                                                             ampliação. Inicialmente, a escola era composta por seis salas de
                                                                             aula, uma pequena sala para reuniões, nove casas de banho
                                                                             destinadas a alunos, dois halls de entrada, uma pequena área
                                                                             coberta nas traseiras do edifício, que em tempo de chuva servia de
                                                                             recreio e um outro espaço maior, exterior, também situado nas
      EB/JI de Arraial                                                       traseiras, para recreio. Existia ainda, um edifício contíguo destinado à
      Rua Principal, nº1361
      4505-583 Sanguedo                                                      cantina, não funcionando como tal. Nesse espaço estava instalada a
      Endereço Electrónico: eb1arraial@sapo.pt
      Telf. 910718544                                                        Biblioteca uma sala para o ensino Pré-escolar.

                 Actualmente, os alunos desta escola encontram-se distribuídos por dois pólos: Pólo do Campo de Futebol
e Pólo da Juventude de Sanguedo. No Pólo do Campo de Futebol funcionam cinco turmas do 1º ciclo e uma do
Pré-escolar, estando os alunos distribuídos por quatro salas modulares e duas salas de raíz. No Pólo da Juventude,
as restantes turmas ocupam três salas do edifício.
                 Futuramente projecta-se para esta escola um centro escolar com dez salas de aula, um gabinete para os
alunos, seis casas de banho, sendo duas para professores e quatro destinadas às crianças, uma cantina, dois recreios e
dois espaços, um destinado ao funcionamento de uma Biblioteca da Rede Escolar e outro como sala multiusos.


                                                                                                                                                    13
Projecto Educativo




eu, nós, o mundo: uma construção permanente
trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia




                EB 1/JI de Carvalhal


                                                                                      A EB de Carvalhal situada na Freguesia de Argoncilhe.
                                                                             É um edifício de Plano Centenário.
                                                                                      Esta escola é composta por quatro salas, sendo duas
                                                                             no rés-do-chão e duas no 1º andar. Possui ainda, dois cobertos
                                                                             fechados, onde um funciona como cantina e, três casas de
                                                                             banho, sendo uma para meninos, outra para meninas e uma
                                                                             outra para adultos. Existe um espaço exterior que serve de
     EB Rua das Escolas                                                      recreio, apetrechado com um parque infantil.
     4505-122 Argoncilhe
     Endereço Electrónico:
     eb1jicarvalhalargoncilhe@gmail.com
     Telf.: 227640650




                EB 1 de Aldriz

                                                                                      A EB de Aldriz, situada no lugar homónimo da freguesia
                                                                             de Argoncilhe. É composta por um edifício, um recreio, nas
                                                                             traseiras e, por alguns espaços verdes. No edifício existe quatro
                                                                             salas de aula, um outro espaço onde decorrem as sessões de
                                                                             apoio educativo, ensino especial e terapia da fala, um refeitório,
                                                                             um polivalente, seis casas de banho, quatro servem os alunos,
                                                                             uma para professores e assistentes operacionais e uma outra,
                                                                             para deficientes e um recreio exterior nas traseiras da escola.

      EB1 de Aldriz
      Rua do Teatro de Aldriz,
      4505- 110 Argoncilhe
      Telf – 227440697
      Endereço electrónico: eb1aldriz@gmail.com
      Blogue: http://eb1aldriz.blogspot.com/




                                                                                                                                               14
Projecto Educativo




eu, nós, o mundo: uma construção permanente
trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia




                EB 1 de S. Domingos

                                                                                     A escola EB de S. Domingos é um edifício de Plano
                                                                             Centenário.
                                                                                     Anteriormente, esta escola era composta por quatro
                                                                             salas de aula, um salão polivalente, onde funcionavam as aulas
                                                                             de apoio, biblioteca, informática e a cantina, um quarto de
                                                                             arrumos, uma casa de banho para meninos, outra para meninas
                                                                             e uma casa de banho para crianças com mobilidade física
                                                                             reduzida. Existia uma pequena área coberta de recreio além do
                                                                             espaço descoberto.
EB1 de S. Domingos
                                                                                     Neste momento, esta escola está a sofrer obras de
Rua Professora D. Clotilde, nº 575
                                                                             ampliação e remodelação, durante as quais as aulas estão a
4505-156 Argoncilhe
                                                                             funcionar em sete salas modulares, colocadas na EB2/3 de
                                                                             Argoncilhe. Os alunos usufruem das condições da EB2/3.
                 Futuramente, a escola será um Centro Escolar com oito salas de aula, sala de coordenação, ginásio, balneários,
sala polivalente, refeitório e sala de reuniões. Estes espaços serão distribuídos entre o rés-do-chão e o 1º andar. Haverá
ainda recreio coberto e descoberto.



                EB 1 de Pousadela
                                                                                     A Escola EB de Pousadela é um edifício constituído por
                                                                             dois sectores, com entradas independentes. Um dos sectores é
                                                                             constituído por quatro salas de aula, uma das quais está
                                                                             equipada com quadro interactivo, sendo utilizada como um
                                                                             espaço multifuncional. Ainda neste sector, existe um pequeno
                                                                             gabinete e instalações sanitárias. O outro sector é constituído
                                                                             por duas salas de aula, uma sala para refeitório e outra, a
                                                                             funcionar como biblioteca e um pequeno gabinete e duas casas
    EB1 de Pousadela                                                         de banho.
    Rua das Alminhas, nº 736
    4500 Nogueira da Regedoura                                                       A escola possui uma área de recreio descoberta e uma
    Telf - 227647741
                                                                             parte coberta e fechada nas traseiras, onde existe uma pequena
                                                                             sala que funciona como arrecadação.




                                                                                                                                            15
Projecto Educativo




eu, nós, o mundo: uma construção permanente
trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia


                EB 1 de Souto

                                                                                      A EB de Souto é um edifício de Plano Centenário, a
                                                                              sofrer obras de restauro e de ampliação.
                                                                                      Anteriormente, a escola possuía quatro salas, um pátio
                                                                              coberto, arrumos, cinco casas de banho, um refeitório, uma
                                                                              área aberta onde funcionava o recreio.
                                                                              Actualmente, as aulas funcionam em cinco salas modulares,
                                                                              existe um pavilhão para a cantina e dois espaços para casas
                                                                              de banho. Existe ainda um local para o apoio educativo e um
                                                                              terreno de terra batida que funciona como espaço de recreio.
    EB1 de Souto
   Rua das Camélias, nº225
                                                                              Futuramente, a escola será constituída por dois edifícios no
   4500 Nogueira da Regedoura                                                 mesmo espaço. Um de Plano Centenário, onde funcionarão
   Telf. 227647644 /9152220757
                                                                              quatro salas de aula, refeitório, espaços para arrumos e
                                                                              máquinas.

                 O novo edifício terá três salas para o ensino Pré-escolar Jardim, casas de banho, um espaço destinado a Artes
Plásticas, uma copa, uma sala de professores e outra para arrumos. Tudo no rés-do-chão.
                 No 1º andar, terá quatro salas de 1º ciclo, um polivalente, casas de banho, uma sala de professores, outra sala
de arrumos e ainda um espaço para o funcionamento de uma biblioteca da Rede Escolar. Os dois pisos comunicarão por
escadas exteriores e por um elevador. Haverá espaços exteriores para recreio.


                EB 2/3 de Argoncilhe
                                                                                     A EB 2/3 de Argoncilhe, que iniciou a sua actividade no
                                                                             ano lectivo de 1996/1997, é a escola sede do Agrupamento e
                                                                             nela funcionam os 2.º e 3.º ciclos de ensino. A escola dispõe de
                                                                             28 salas de aula, entre as quais se encontram os laboratórios
                                                                             onde são ministradas as disciplinas ligadas às Ciências, 6
                                                                             gabinetes de apoio à prática docente, 2 salas para os alunos, 6
                                                                             casas de banho para uso dos docentes, 10 para uso dos alunos,
                                                                             20 arrecadações, 1 cantina, 1 espaço exterior, relativamente
                                                                             grande, destinado aos momentos de lazer, e 1 sala de
      EB 2/3 de Argoncilhe                                                   professores.
      Praceta do Eleito Local
      4505-014 Argoncilhe
      Endereço Electrónico: info@argoncilhe.rcts.pt
      Página do Agrupamento : http://joomla.argoncilhe.rcts.pt/
      Telf. 227455803



                                                                                                                                             16
Projecto Educativo




eu, nós, o mundo: uma construção permanente
trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia




                 Existem, ainda, 1 pavilhão gimnodesportivo e 1 campo de jogos exterior, ambos destinados às aulas de
Educação Física. Os docentes desta área disciplinar têm um gabinete próprio, no espaço do pavilhão, que comporta,
igualmente, os balneários e 1 sala de ginástica. Os Cursos de Educação e Formação terão salas próprias,
nomeadamente os de Serviço de Mesa e Bar e de Pastelaria e Panificação, cuja especificidade das componentes
práticas assim o exige, mas que, no momento, estão em fase de construção.



                Instalações e Grau de Conservação

                 Os quadros que se seguem, números 3 e 4, esquematizam a situação actual do Agrupamento, ao nível das
instalações dos diferentes estabelecimentos e do seu grau de conservação.




                                                         Quadro 3 - Instalações das escolas do Agrupamento

                                      Salas                    Gabinetes                         Casas de Banho                                                          Sala de
                                                                                                                            Arrecadações       Cantina   Recreio
                                    de Aula           Docentes                Alunos        Docentes          Alunos                                                   Professores
    JI Aldriz                         Bom                                      Bom             Bom             Bom              Bom                        Bom
    JI Candal                      Razoável           Razoável                              Razoável         Razoável                         Razoável   Razoável
    JI Igreja                         Bom                Bom                                   Bom             Bom                               Bom       Bom
    JI Ordonhe                     Razoável                                  Razoável       Razoável         Razoável         Razoável        Razoável   Razoável
    JI Pousadela                   Razoável                                  Razoável                        Razoável            Mau                       Bom
    JI São Domingos                   Bom                Bom                                   Bom             Bom              Bom              Bom       Bom
    JI Souto                           Mau               Mau                                   Mau             Mau               Mau                       Mau
    EB 1 / JI Arraial                                              Em fase de requalificação. Funciona em salas modulares e espaços cedidos por associações.
    EB 1 / JI Carvalhal            Razoável           Razoável               Razoável       Razoável         Razoável         Razoável        Razoável   Razoável        Razoável
    EB 1 Aldriz                    Razoável           Razoável               Razoável       Razoável         Razoável         Razoável        Razoável   Razoável        Razoável
    EB 1 Pousadela                    Bom                Bom                   Bom          Razoável         Razoável         Razoável           Bom       Bom             Bom
    EB 1 S. Domingos                                                                 Em fase de requalificação. Funciona em salas modulares na EB 2,3.
    EB 1 Souto                                                     Em fase final de requalificação. Funciona em salas modulares num terreno contíguo à Escola.
    EB 2/3 de Argoncilhe           Razoável           Razoável               Razoável       Razoável         Razoável         Razoável        Razoável   Razoável        Razoável
                                         Quadro 4: Grau de conservação das instalações das escolas do Agrupamento




                                                                                                                                                                                     17
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Capítulo II – Filosofia e Valores

                 É um lugar-comum ouvir-se dizer que vivemos num mundo global, na sociedade da informação, na economia do
conhecimento. Porém, tais expressões não espelham senão a mais pura constatação de uma complexa e irreversível
realidade. Catalisada pelos progressos tecnológicos e científicos, a globalização do mundo trouxe inevitavelmente novos
desafios à vida das sociedades contemporâneas, exercendo sobre um dos núcleos nevrálgicos do seu desenvolvimento
– os sistemas educativos – uma maior pressão, sobretudo no que toca aos padrões de sucesso e de excelência.
Paralelamente, a massificação do ensino, no quadro de alguma fragmentação e complexidade das sociedades actuais,
tem confrontado a escola com a necessidade de cumprir um leque muito variado de missões sociais, gerando-se alguns
equívocos acerca do seu papel central: ensinar e fazer aprender o thesaurus cultural herdado, a par de uma cidadania
livre e responsável (Conselho Nacional de Educação, 2007: 158) e melhorar o nível das aprendizagens de todos os seus
alunos.
                 Neste contexto, pela transversalidade e importância que assumem na sociedade da informação em que vivemos
e no currículo escolar, as competências básicas da leitura, da escrita e do cálculo constituem instrumentos essenciais de
acesso e de sucesso em outras aprendizagens e saberes, bem como são factores de desenvolvimento individual e de
progresso colectivo. Por extensão, a Educação Pré-escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são o ponto de partida do
processo de ensino/aprendizagem dessas competências, onde se fundam os alicerces académicos de todo o edifício
escolar, assumindo, ao longo do percurso educativo dos nossos alunos, um papel crucial.
                 Na sociedade da tecnologia e da informação, a leitura é, cada vez mais, uma actividade fundamental e
incontornável. Num mundo com estas características, a ausência de leitura, tal como refere Morais (1997), constitui uma
amputação no plano cognitivo, ideológico, ético, emocional e estético.
                 “No planeta Bih não existem livros. O saber vende-se e consome-se em garrafas. A História é um líquido vermelho que
parece sumo de romã, a Geografia um líquido verde mentol, a Gramática é incolor e sabe a água mineral. Não existem escolas,
estuda-se em casa. Todas as manhãs as crianças, consoante a idade, têm de emborcar um copo de História, algumas colheradas de
Aritmética e assim por diante. (...) Para as crianças do infantário existem rebuçados instrutivos: com sabor a morango, a ananás, a
licor, e contendo algumas poesias, os nomes dos dias da semana, a numeração até dez” (Rodari, 1988: 78-79).
                 Se vivêssemos no planeta imaginário criado pelo autor de literatura infantil italiano Gianni Rodari, as nossas
considerações seriam certamente de outro “sabor”. Mas vivemos no planeta “Bit”, o planeta da informação, onde o saber
se vende e consome em sítios electrónicos, em blogues, em jornais, em revistas, em livros. A leitura é, portanto, neste
planeta real da palavra escrita, uma necessidade vital e inadiável.
                 No planeta da informação, saber ler – ler rápido, ler muito, ler bem – é um factor de desenvolvimento individual e
de progresso colectivo. Ao longo de toda a escolaridade, a actividade da leitura é um factor de sucesso, constituindo,
igualmente, um excelente preventivo de uma grande parte das dificuldades de aprendizagem. Cabe, pois, à escola, com
o apoio da família e de toda a comunidade, o estimulante desafio de cultivar o prazer da leitura e de despoletar o
interesse e o gosto pelo livro.

                                                                                                                                   18
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                 A cultura é indissociável da leitura, da pedagogia, do conhecimento. A escola básica tem como função acautelar
a todos os alunos, sobretudo aos que vivem em meios social e economicamente carenciados, o acesso a um saber
cultural mínimo garantido (Baudelot e Establet, 1994). A cultura é imperecível e intemporal, é um factor de identidade, de
dignidade e de qualidade de vida do ser humano. Com base neste pressuposto, defendemos uma preocupação com o
conhecimento e a cultura, de modo a garantir aos alunos um saber cultural de inserção, neste mundo cada vez mais
global e, não raro, desigual.
                 O desempenho cabal da missão central da escola requer um grande trabalho, esforço e envolvimento pessoal
por parte de cada criança, adolescente, jovem e adulto. Implica um comprometimento das famílias, uma crescente
participação destas no processo educativo e a abertura da escola a outros elementos da comunidade local, em especial
as associações culturais e cívicas e as autarquias.
                 A escola é um elo de ligação importante de uma vasta rede social, pelo que a sua missão de serviço público
apenas se concretizará quando articulada com os demais parceiros. Por conseguinte, defendemos a criação de laços
com o exterior e a cooperação mútua, o estabelecimento de parcerias e protocolos, bem como a participação em
projectos locais ou nacionais.
                 Enquanto instituições às quais está confiada uma missão de serviço público, é suposto que as escolas sejam
capazes de dotar cada um dos cidadãos das competências e conhecimentos indispensáveis à exploração plena das suas
capacidades, necessárias à sua integração futura na sociedade e, assim, contribuir activamente para a vida económica,
social e cultural do País. Ora, cumprir este importante desiderato, em condições de qualidade e de equidade, é uma
tarefa complexa que exige uma intervenção eficaz, bem como o trabalho e a participação de todos com vista a atingir a
mesma meta.
                 Espera-se, por um lado, que os docentes, enquanto agentes principais responsáveis pela condução do processo
de ensino e aprendizagem, promovam medidas de carácter pedagógico que estimulem o desenvolvimento harmonioso
da educação, quer nas actividades da sala de aula quer nas demais actividades da escola. Por outro, (pre)supõe-se que
o pessoal não docente colabore activamente no acompanhamento e integração dos alunos na comunidade educativa,
incentivando o respeito pelas regras de convivência, promovendo um bom ambiente educativo e contribuindo – em
articulação com os docentes, os pais e encarregados de educação – para a prevenção e resolução efectiva dos
problemas comportamentais e de aprendizagem. Para além dos educadores/professores e do pessoal não docente, os
pais e os encarregados de educação em especial têm a seu cargo a responsabilidade de dirigirem a educação dos
seus filhos e de promoverem o desenvolvimento físico e intelectual dos mesmos.
                 É tarefa de todos incutir nas crianças e jovens deste Agrupamento de Escolas valores essenciais à sua
formação enquanto indivíduos, para que se tornem seres autónomos e capazes de uma plena integração futura numa
sociedade em construção permanente. Assim sendo, é, igualmente, importante que os alunos se consciencializem da
necessidade de desenvolver hábitos de trabalho, e que adoptem uma postura de responsabilidade perante a escola.
Como tal, devem tornar-se indivíduos competentes, cujo comportamento se pauta por uma participação activa e pelo



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respeito ao próximo através de uma atitude que fomenta o diálogo, sem descurar a ecologia como um valor basilar na
sociedade actual.
                 Pretende-se, no fundo, gerar uma cultura de “equipa” onde cada indivíduo conta, “veste a camisola”, sabe qual é
a sua função no todo, se revê no Projecto Educativo e trabalha para o mesmo fim: a qualidade das aprendizagens e dos
resultados escolares.
                 Por conseguinte, defendemos como lema do Projecto Educativo – “Eu, nós, o mundo: uma construção
permanente” –, visando a participação de todos, em conjunto e sintonia, para educar aqueles que são hoje o sonho de
amanhã tornado realidade. Assumimos, nesta linha, como valores que orientam a nossa acção o trabalho, o respeito, a
responsabilidade, o diálogo, a participação, a ecologia.
                 Se, tal como expressa o provérbio africano, “É preciso toda uma aldeia para educar uma criança”; na era da
globalização, para educar uma criança é preciso todo um mundo. É esta ideia de mundo, isto é, um mundo que se
compromete e age em harmonia lutando para o mesmo fim, que pretendemos transpor para a nossa escola.




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Capítulo III – Objectivos Gerais e Metas

                 No quadro da missão e dos valores assumidos pelo Agrupamento, assim como dos objectivos e linhas
orientadoras definidos nos programas estratégicos nacionais (Ministério da Educação, 2010), estabeleceram-se os
seguintes objectivos gerais:




              1.º Promover a qualidade das aprendizagens e a melhoria dos resultados escolares.

                         Adequar a oferta educativa e formativa, respondendo aos alunos com dificuldades de
              2.º aprendizagem e/ou com necessidade educativas especiais, às expectativas dos alunos e
                         das respectivas famílias e às necessidades da comunidade.

              3.º Promover uma postura responsável e adequada ao contexto escolar.



              4.º Reforçar a participação das famílias e das comunidades locais.


                         Incrementar o gosto pela cultura, pelo conhecimento, pela promoção da saúde e pela defesa
              5.º
                         dos valores ambientais.


              6.º Fomentar uma cultura de auto-avaliação contínua e sistemática.




                                                                                                                          21
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                 Para cada um destes seis objectivos foram estabelecidas as seguintes metas:
                                                1.º Promover a qualidade das aprendizagens e a melhoria dos resultados
               OBJECTIVO
                                                escolares.
                                                        a) Melhorar os resultados escolares:
                                                                   i) Aumentar a taxa de sucesso escolar das disciplinas com menor aproveitamento;
                                                                   ii) Aumentar as taxas de transição no 7.º ano;
                                                                   iii) Aumentar as taxas de transição e conclusão nos restantes anos;
                                                        b) Melhorar os resultados obtidos pelos alunos nas provas de avaliação
                                                                 externa:
                                                                   i) Aproximar os resultados dos exames nacionais aos da classificação interna final;
                    METAS
                                                                   ii) Melhorar as taxas de sucesso nas provas de aferição e nos exames nacionais de
                                                                             Matemática, no 6.º e no 9.º ano;
                                                                   iii) Manter as taxas de sucesso nas provas de aferição e nos exames nacionais de
                                                                             Língua Portuguesa;
                                                        c) Diminuir as taxas de abandono escolar;
                                                        d) Aumentar a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação
                                                                 (TIC) no processo de ensino/aprendizagem.




                          2.º Adequar a oferta educativa e formativa, respondendo aos alunos com
                          dificuldades de aprendizagem e/ou com necessidade educativas especiais,
                OBJECTIVO
                          às expectativas dos alunos e das respectivas famílias e às necessidades
                          da comunidade.
                                                         a) Diversificar as ofertas educativas / formativas adequando-as à realidade local;
                                                         b) Consolidar a oferta formativa que tenha correspondido às necessidades;
                                                         c) Estabelecer parcerias com entidades locais;
                     METAS
                                                         d) Rentabilizar os recursos disponibilizados para a prestação de aulas de apoio,
                                                                  tutoria, apoio dos Serviços de Psicologia e Orientação e Ensino Especial;
                                                         e) Iniciar o Ensino Secundário.




                                                                                                                                                              22
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                OBJECTIVO                                  3.º Promover uma postura responsável e adequada ao contexto escolar.
                                                         a) Diminuir o número de participações disciplinares;
                                                         b) Diminuir o número de procedimentos disciplinares,
                                                         c) Aumentar o número de actividades e iniciativas em que os alunos são co-
                     METAS                                        responsáveis na sua programação e dinamização;
                                                         d) Aumentar a frequência da utilização das TIC como forma de promover
                                                                  ambientes de aprendizagem que levem os alunos a participarem activamente
                                                                  na construção do seu próprio conhecimento.


                OBJECTIVO 4.º Reforçar a participação das famílias e das comunidades locais.
                                                         a) Aumentar a % da frequência dos encarregados de educação nas reuniões de
                                                                  entrega das avaliações;
                                                         b) Aumentar a vinda à escola dos encarregados de educação convocados pelos
                                                                  educadores/ professores/ directores de turma;
                                                         c) Aumentar o número de actividades em que os encarregados de educação são
                     METAS
                                                                  convidados a assistir, participam como intervenientes e/ou são os
                                                                  dinamizadores;
                                                         d) Estabelecer a prática do voluntariado;
                                                         e) Estabelecer parcerias – públicas, privadas, associativas – com a comunidade
                                                                  local.


                                                5.º Incrementar o gosto pela cultura, pelo conhecimento, pela promoção da saúde
                OBJECTIVO
                                                e pela defesa dos valores ambientais.
                                                         a) Aumentar as actividades que promovam o enriquecimento cultural;
                                                         b) Aumentar as actividades que envolvam a Biblioteca e os projectos existentes
                                                                  no Agrupamento;
                                                         c) Participar        em     concursos   e   iniciativas   externas   (locais,   nacionais,
                                                                  internacionais);
                     METAS                               d) Aumentar as actividades que promovam a educação para a saúde e a defesa
                                                                  do meio ambiente;
                                                         e) Aumentar o número de iniciativas promotoras da leitura em parceria com a
                                                                  Biblioteca Escolar e/ou outros agentes educativos;
                                                         f)       Dinamizar actividades com empresas, entidades e associações culturais e
                                                                  cívicas, de prevenção da saúde e de desenvolvimento sustentável.




                                                                                                                                                          23
Projecto Educativo




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trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia


                OBJECTIVO 6.º Promover uma cultura de auto-avaliação contínua e sistemática
                                                         a) Criar e aplicar um inquérito de satisfação do serviço educativo;
                                                         b) Analisar a evolução dos resultados para a tomada de decisões;
                                                         c) Identificar pontos fortes, fracos, oportunidades e constrangimentos;
                     METAS                               d) Analisar e divulgar os resultados do Plano de Acção da Biblioteca Escolar e
                                                                  dos projectos desenvolvidos;
                                                         e) Divulgar os resultados da auto-avaliação;
                                                         f)       Definir planos de acção para a melhoria da qualidade do serviço prestado.




                                                                                                                                                       24
Projecto Educativo




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Capítulo IV – Prioridades e Estratégias

                 Entendemos que as questões pedagógicas são o cerne da actividade de uma escola e, como tal, devem estar
no centro das preocupações de todos, razão pela qual se considera que a actuação prioritária a desenvolver se inscreve
no primeiro objectivo geral enunciado, nomeadamente na melhoria efectiva dos resultados de aprendizagem, na redução
da repetência e na prevenção da desistência.
                 Associadas às anteriores, as questões disciplinares continuarão a constituir uma área preferencial de acção,
seja na responsabilização e participação dos alunos; seja na adopção de estratégias pró-activas que previnam o
surgimento de comportamentos perturbadores, como a informação, a actuação uniforme e a vigilância; seja, ainda, no
rigor e na adequação do cumprimento dos direitos e deveres constantes no Regulamento Interno.
                 A melhoria dos resultados e a prestação de um serviço educativo de qualidade exigem da parte de todos os
intervenientes uma constante monitorização do seu trabalho e práticas consistentes de diálogo, de reflexão e de auto-
avaliação, devendo-se dar prioridade, já no primeiro ano de execução deste projecto, ao sexto objectivo geral definido –
promover uma cultura de auto-avaliação contínua e sistemática.
                 Por fim, mas não menos importante, o reforço da participação das famílias e das comunidades locais, previsto
no quarto objectivo, através da criação de laços com o exterior e da cooperação mútua, do estabelecimento de parcerias
e de protocolos, bem como da participação em projectos locais ou nacionais afigura-se como uma prioridade estratégica
para o Agrupamento.
                 A execução destas prioridades deve estar sempre enquadrada, como tudo o mais deste Projecto, nos valores
que se pretendem desenvolver neste agrupamento e no seu lema de actuação: “Eu, Nós, o Mundo: uma construção
permanente”.


                 Como estratégias para a realização deste projecto, considera-se necessário que haja:
                 a) uma revisão intercalar do Regulamento Interno com vista à introdução das alterações que se revelem
necessárias;
                 b) uma revisão de todos os normativos internos das várias estruturas de articulação, coordenação e supervisão
pedagógica e da Biblioteca, na procura da sua adequação aos objectivos e metas aqui traçados, de modo a permitir uma
actuação global mais coerente;
                 c) uma reavaliação/clarificação dos procedimentos e instrumentos de apoio (documentação, registos, etc.) com
vista a uma maior eficácia nas respostas necessárias ao cumprimento das metas e objectivos deste projecto;
                 d) uma orientação de todos os instrumentos para execução deste projecto que devem clarificar quais as acções
que estão a desenvolver para cada objectivo e meta deste projecto.
                 e) a criação/manutenção, como órgão de apoio à avaliação deste projecto, do Observatório do Desenvolvimento
e Operacionalização do Projecto Educativo (Observatório) em que a sua composição terá que respeitar a necessidade de
representação, pelo menos, de docentes e encarregados de educação e a representação dos vários órgãos de gestão e

                                                                                                                              25
Projecto Educativo




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trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia


administração do agrupamento (isto não deve invalidar a participação de outras entidades se tal forem consideradas
necessárias);
                 Para a concretização deste Projecto Educativo consideram-se os seguintes instrumentos:
                 a) Plano de Formação do pessoal docente e não docente que deverá reforçar as competências pedagógicas,
relacionais e domínio das novas tecnologias dos agentes envolvidos, conforme o seu caso;
                 b) Plano Anual e Plurianual de Actividades do Agrupamento que deverá executar actividades educativas
propostas e dinamizadas por e para todos os membros da comunidade educativa;
                 c) Projecto Curricular de Agrupamento que deverá, entre outros aspectos, adequar a oferta educativa / formativa
em termos da oferta curricular da escola, de cursos de educação e formação, abrindo-os a novos sectores consoante a
disponibilidade revelada pelo tecido empresarial local em colaborar, nomeadamente na componente de estágios e apoios
na formação;
                 d) Plano de Acção da Biblioteca Escolar que deverá dinamizar este espaço / recurso educativo;
                 e) Plano de Ocupação dos Tempos Escolares.




                                                                                                                                26
Projecto Educativo




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Capítulo V – Acompanhamento e Avaliação

             O processo de acompanhamento e avaliação deste projecto deverá ocorrer no final da execução do mesmo ou,
como forma de avaliação intermédia, quando qualquer órgão de gestão assim o solicitar. Esta última poderá ser global ou
centrada em determinados aspectos, servindo para fazer uma clarificação da situação a fim de que possam ser tomadas
medidas para a resolução dos obstáculos/dificuldades sentidas.


 MODALIDADES                                      MOMENTOS                               OBJECTIVOS                         INSTRUMENTOS




                                                                                                                   - Pareceres do Observatório;
                                                   Ao longo do
                                                                             Detectar obstáculos à concretização   - Resultados da avaliação sumativa
      Intermédia                                  desenrolar do
                                                                             do Projecto Educativo e definir       interna e externa, bem como da auto-
                                                      processo.
                                                                             formas de os superar.                 avaliação.




                                                                             Fazer o balanço do grau de            - Parecer do Observatório;
            Final                            No final do triénio.                                                  - Relatório de actividades;
                                                                             execução do Projecto Educativo.
                                                                                                                   - Parecer do Conselho Geral.




                                                                                                                                                        27
Projecto Educativo




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Conclusão

                 As contribuições e esforços dos diferentes elementos que constituem a comunidade educativa desencadeiam
um efeito sinérgico que optimiza as condições para uma educação de qualidade pela qual todos são responsáveis,
autores e actores.
                 O Projecto Educativo concretiza-se através das práticas diárias de todos os agentes educativos nele envolvidos
e das quais, depende o seu sucesso. Para que tal seja possível, impõe-se que os actores educativos compreendam e
aceitem os desafios de uma Escola capaz de motivar para a aprendizagem e para a realização das crianças e
adolescentes no seu todo. O seu desenvolvimento e êxito dependem, acima de tudo, de uma atitude autónoma das
escolas conquistada aos poucos e orientada para a necessidade do sucesso educativo de/para todos, através de uma
prática assumida.
                 O projecto deve ter em conta o imprevisto, ser capaz de mudar de direcção como resultado de uma avaliação
sistemática, mas, principalmente, devolver a cada indivíduo o seu espaço de criatividade e acção, por forma a que ele
veja e sinta reconhecida a sua actividade, compreenda as suas acções e as possa inscrever num todo que seja
significativo para ele. Neste sentido, a Escola não pode ser um espaço fechado de saberes e valores, antes deve ser um
contexto privilegiado na construção contínua de indivíduos que se pretende competentes, numa sociedade cada vez
mais global e em constante mudança:


                                                                             Eu, nós, o mundo: uma construção permanente.




                                                                                                                                           28
Projecto Educativo




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Referências Bibliográficas

                 BAUDELOT, C. & ESTABLET, R. (1994). O nível educativo sobe. Porto: Porto Editora.
                 BRITO, Carlos (1998). Gestão Escolar Participada: na escola todos somos gestores. 4.ª ed. Lisboa: Texto
Editora.
                 CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA MARIA DA FEIRA (2005). Carta Educativa do Concelho de Santa Maria da
Feira. Disponível em https://www.cm-feira.pt.
                 CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (2007). Debate Nacional sobre Educação – Relatório Final.
                 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (2010). Programa Educação 2015. Disponível em http://www.min-
edu.pt/np3content/?newsId=5163&fileName=estrategia_2015_directores.pdf.
                 MORAIS, J. (1997). A arte de ler – psicologia cognitiva da leitura. Lisboa: Cosmos.
                 PINTO, João (2006). Modelos de Direcção, Administração e Gestão Escolar. Contributos para uma nova gestão
financeira (Dissertação de Mestrado). Porto: Universidade Portucalense.
                 RODARI, G. (1988). Novas histórias ao telefone. Lisboa: Teorema.
                 VILAR, A. M. (1993). Inovação e mudança na Reforma Educativa. Porto: ASA.




                                                                                                                          29

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Projectoeducativo

  • 1. eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia PROJECTO EDUCATIVO 2010 – 2013
  • 2. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia Índice Introdução ........................................................................................................................................................... 3 Capítulo I – Contextos ......................................................................................................................................... 4 1. Contexto local / socioeconómico ............................................................................................................ 4 2. Contexto escolar ...................................................................................................................................... 8  Jardim-de-Infância de S. Domingos ................................................................................................... 10  Jardim-de-Infância de Aldriz .............................................................................................................. 10  Jardim-de-Infância de Ordonhe......................................................................................................... 11  Jardim-de-Infância de Igreja .............................................................................................................. 11  Jardim-de-Infância de Candal ............................................................................................................ 12  Jardim-de-Infância de Souto.............................................................................................................. 12  Jardim-de-Infância de Pousadela ...................................................................................................... 13  EB /JI de Arraial.................................................................................................................................. 13  EB 1/JI de Carvalhal ........................................................................................................................... 14  EB 1 de Aldriz ..................................................................................................................................... 14  EB 1 de S. Domingos .......................................................................................................................... 15  EB 1 de Pousadela ............................................................................................................................. 15  EB 1 de Souto..................................................................................................................................... 16  EB 2/3 de Argoncilhe ......................................................................................................................... 16  Instalações e Grau de Conservação ................................................................................................... 17 Capítulo II – Filosofia e Valores ......................................................................................................................... 18 Capítulo III – Objectivos Gerais e Metas............................................................................................................ 21 Capítulo IV – Prioridades e Estratégias.............................................................................................................. 25 Capítulo V – Acompanhamento e Avaliação ..................................................................................................... 27 Conclusão .......................................................................................................................................................... 28 Referências Bibliográficas.................................................................................................................................. 29 2
  • 3. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia Introdução O Projecto Educativo, enquanto instrumento do exercício de autonomia de uma instituição escolar, é um documento que consagra, para um horizonte de três anos, a orientação educativa de um Agrupamento de Escolas, explicitando os princípios, os valores, as metas e as estratégias que orientam o cumprimento da sua função educativa. Desta forma, apresenta-se como a expressão da identidade da comunidade, como aglutinador da diversidade que a compõe, impondo um sentido de acção educativa e afirmando a sua autonomia. A organização escolar apresenta características específicas, onde se inter-relacionam várias estruturas e múltiplos intervenientes: alunos, pessoal docente, pessoal não docente, pais e comunidade em geral (Brito, 1998: 12), pelo que a sua autonomia não é um dado adquirido, mas sim algo que se vai construindo; consiste então na capacidade que a escola tem, enquanto sistema da acção concreta, de gerir as relações com o exterior, e de produzir internamente a sua identidade, a sua singularidade (Pinto, 2006: 30). Sendo a expressão da identidade da escola, “ o Projecto Educativo de Escola funciona como ordenador de toda a vida escolar, dotando-a de coerência e de uma intencionalidade clara” (Vilar, 1993: 52), sendo condição essencial a sua planificação como eixo vertebrador e a luz que ilumina toda a vida da comunidade educativa de uma determinada escola, pelo que deverá ser um produto específico que reflecte a realidade interna, embora tendo como referência um contexto mais amplo que a influencia (Vilar, 1993: 30-31). A elaboração deste documento partiu de um diagnóstico ao nível dos problemas e necessidades sentidos por toda a comunidade educativa. Assim, começaremos por fazer a caracterização do meio onde se situa o Agrupamento de Escolas de Argoncilhe, faremos uma breve apresentação do Agrupamento até aos nossos dias e procederemos à sua caracterização, ainda que sumária. Apresentado o Agrupamento que temos, segue-se o Agrupamento que queremos, sua missão e valores. No quadro dos princípios e valores que orientam a acção educativa deste Agrupamento, definiremos objectivos gerais, prioridades e estratégias. Por fim, estabeleceremos o modo como este projecto será avaliado. 3
  • 4. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia Capítulo I – Contextos 1. Contexto local / socioeconómico O Agrupamento de Escolas de Argoncilhe abarca as freguesias de Argoncilhe, Nogueira da Regedoura e Sanguedo – de onde é oriunda a maioria dos alunos do Agrupamento. Estas três localidades situam-se no distrito de Aveiro, a Noroeste do concelho de Santa Maria da Feira, ao qual pertencem, conforme ilustra a figura 1. Este integra a área metropolitana do Porto, sendo que as freguesias de Argoncilhe, Sanguedo e Nogueira da Regedoura confinam com os concelhos de Espinho e Vila Nova de Gaia. Figura 1- Mapa do Concelho de Santa Maria da Feira. As três freguesias, anteriormente referidas, compõem um núcleo populacional de dimensão substancial que, ao longo dos anos, tem vindo a aumentar, conforme se expõe no quadro 1. População Residente Projecção 1991 2001 2011 Argoncilhe 8318 8605 9299 Nogueira da Regedoura 4259 5026 5755 Sanguedo 3154 3542 4049 Quadro 1 - População residente em 1991 e 2001 e projecção da população em 2011, em número de habitantes (Fonte: Câmara Municipal de Santa Maria Feira, 2005). Argoncilhe tem uma área de 8,7 Km2, cerca de 10 mil habitantes e é a freguesia do concelho de Santa Maria da Feira mais próxima da cidade do Porto. Situada junto da EN1, está bem servida de acessos rodoviários, o que facilita a mobilidade dos habitantes. A 14 de Abril de 1985, Argoncilhe ganha o estatuto de Vila, um marco determinante dado que, desde essa data, tem vindo a apresentar um desenvolvimento significativo. 4
  • 5. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia A origem da Vila remonta a época pré-romana, tendo como característica, desde os tempos medievais, a sua ligação a Grijó. Em 1093, Argoncilhe foi uma das sete terras doadas ao Mosteiro de Grijó. Desde sempre, a agricultura foi a actividade principal de Argoncilhe, mas, a partir do século XX, surgiram as primeiras indústrias, na área das madeiras e da serralharia. A partir dos anos 30, aparecem, em maior número, as pequenas indústrias. Nesta altura, ganha importância o fabrico do prego para a tanoaria, responsável pela criação de um elevado número de postos de trabalho, bem como pela difusão das artes para a construção civil. A exploração do volfrâmio foi também um marco muito importante na história da vila, entre 1939 e 1945, responsável por grandes negócios, mas também pela emigração para a Venezuela, Brasil, França e Alemanha. A chegada da electricidade à freguesia, em 1951, permitiu um avanço industrial e possibilitou a mecanização e modernização na agricultura. Em 1960, surge em grande número a emigração para França e Alemanha. Este fluxo emigratório trouxe a desvantagem da fuga da mão-de-obra, mas por outro lado originou uma boa fase de desenvolvimento, uma vez que, para além do afluxo de dinheiro, trouxe também novas ideias e processos mais desenvolvidos para o progresso em Argoncilhe. Argoncilhe foi adquirindo condições de base para o desenvolvimento e progresso da sua terra. Actualmente, existe um alargado conjunto de colectividades, iniciativas culturais e projectos, que promovem a difusão do nome de Argoncilhe. A construção da auto-estrada A32, que atravessa Argoncilhe, permite melhores acessos ao interior do concelho e maior fluxo de tráfego a passar pela Vila, podendo constituir mais um importante marco na sua evolução. Argoncilhe destaca-se por ter o maior número de colectividades culturais e recreativas do concelho. São associações prestigiadas o Rancho Regional de Argoncilhe, a Casa da Gaia (música regional; teatro; ballet; dança; ginástica), o Grupo Musical Estrela de Argoncilhe (dança, música, desporto federado de atletismo e xadrez) e o grupo de teatro amador A Flor de Aldriz. Sanguedo tem 4,31 km² de área e cerca de 4 mil habitantes, de entre os quais se destacam comunidades ciganas, que têm vindo a aumentar. Neste momento, ainda mantém o estatuto de Aldeia. O nome „Sanguedo‟ surge de uma abundância da planta conhecida por „Sanguinho-Bravo‟ por aqueles lados. Os documentos mais antigos já se referem a esta freguesia pelo ano de 897, com seu mosteiro de São Cristóvão e Santa Eulália. A Igreja Matriz de Santa Eulália de Sanguedo é um edifício de proporções médias. A construção do imóvel remonta ao século VIII, com a excepção da capela-mor e de uma torre, que só aparecem no século XIX. No alto do monte de S. Bartolomeu, há uma capela do mesmo Santo e, ao longo do caminho que lhe dá acesso, podemos apreciar um conjunto de catorze cruzes em granito, constituindo um Calvário. Esta freguesia deu outrora abrigo a uma comunidade religiosa de freiras clarissas. Num passado recente, Sanguedo terá vivido da agro-pecuária; hoje, porém, a realidade é diferente, notabilizando-se a freguesia pela industrialização, da qual são exemplo as fábricas de cartão, e pela crescente urbanização. 5
  • 6. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia Em Sanguedo, desenvolvem as suas actividades o CASTIIS (Centro de Assistência Social à Terceira Idade e Infância de Sanguedo), a Biblioteca, a Juventude de Sanguedo, o Rancho Folclórico de Santa Eulália de Sanguedo, a Cruz Vermelha, a Associação Desportiva e Cultural e a União Columbófila. Nogueira da Regedoura situa-se no extremo Noroeste do concelho de Santa Maria da Feira, confinando com Vila Nova de Gaia, a Norte, e Espinho, a Oeste. Tem uma área de 4,8 Km 2 e cerca de 5 mil habitantes. Adquiriu o estatuto de Vila a 13 de Maio de 1999. As origens da actual freguesia de Nogueira da Regedoura, remontam, segundo os registos mais antigos, ao ano 1037, anterior, portanto, à própria nacionalidade, surgindo nesses documentos como Villa Nugária e Villa de Pousada. A definição Regedoura, primeiro Rugidoura, deve-se certamente ao elevado número de ribeiras que proliferavam pela pequena localidade. A população era humilde, mas de uma grande dedicação ao trabalho, dedicando-se à produção do milho e do feijão. Durante anos, Nogueira da Regedoura foi uma aldeia agrícola e de constante luta diária comum. O artesanato granjeou um lugar de destaque nas actividades culturais da freguesia. A partir dos fins do século passado, as tecedeiras nogueirenses carregavam à cabeça para o Porto as suas teias coloridas, saídas de teares ancestrais e manuais, de algodão de cores, trabalhadas por autênticas mãos de fadas. No regresso a casa, as mesmas carregavam as tramas ou fios para urdir as novas teias. Em Nogueira da Regedoura existiam também vários moinhos rústicos, bem como uma fábrica de telha, que adquiriu prestígio a nível nacional, por volta dos séculos XVI e XVII. Esta freguesia evidenciou-se ainda pelo fabrico de papel de embrulho, que mais tarde veio a ser aproveitado para o fabrico de sacos de papel. Existiam na localidade pessoas dedicadas ao fabrico de bombas artesanais de tirar água, através de um furo num tronco de pinheiro. As mulheres subiam aos pinheiros, para derrubar pinhas, que eram utilizadas nos fogões e fornos para cozer o pão. Já os homens dedicavam-se a serrar e rachar pinheiros e eucaliptos, barrotes, ripas e tábuas, para o uso de casas e mobílias. O ex-libris era, todavia, o tradicional fasquio, utilizado na construção de paredes de interiores das casas e dos respectivos estuques. Nesta freguesia, havia quem se dedicasse à construção de carros de bois, canastros e espigueiros. O comércio era quase inexistente. Hoje em dia, Nogueira da Regedoura já não é apenas uma freguesia que vive só da agricultura. A sua população cresceu significativamente e já dispõe de vários estabelecimentos comerciais e alguns serviços, nomeadamente uma unidade de saúde, farmácia, vários consultórios, um laboratório de análises clínicas, o Centro Social Luso Venezuelano, o Centro Social S. Cristovão , o Centro Cultural e Recreativo de Pousadela, o Rancho Folclórico S. Cristovão, entre outros. Na indústria tem especial relevo a indústria transformadora da cortiça, as madeiras, a construção civil, os têxteis e a indústria do artesanato. Em suma, acompanhando o que se passa na maior parte do território português, o paradigma social e económico destas freguesias tem-se alterado gradualmente ao longos dos anos. O tecido económico do meio é composto por empresas do sector secundário e terciário. Ao nível da indústria, predominam as áreas da cortiça e da cerâmica. Em termos de serviços, prevalecem as empresas ligadas à restauração e à indústria alimentar, nomeadamente restaurantes, pastelarias e cafés. A mão-de-obra utilizada é, na grande maioria, pouco qualificada, reflectindo-se, não 6
  • 7. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia raro, em salários baixos, precariedade laboral e poucas expectativas profissionais. Concomitantemente, o meio sociocultural é desfavorecido, sendo que, de um modo geral, as famílias apresentam níveis de literacia deficitários e diminutas expectativas face à escola. Saliente-se, ainda, que, seguindo a tendência nacional, o desemprego é também uma marca acentuada das freguesias desta região, pelo que um número considerável dos agregados familiares subsiste do rendimento social de inserção. 7
  • 8. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia 2. Contexto escolar O Agrupamento de Escolas de Argoncilhe é uma instituição de Ensino Público, da Educação Pré-Escolar ao 3.º ciclo do Ensino Básico, que foi homologado por Despacho do Director Regional de Educação do Norte, datado de 19 de Abril de 2002, tendo iniciado funções como tal no ano lectivo de 2002/2003. Dele fazem parte os jardins-de-infância da rede pública e as escolas do 1.º ciclo das freguesias de Argoncilhe e Sanguedo. Mais recentemente, no ano lectivo de 2006/2007, os jardins-de-infância e estabelecimentos do 1.º ciclo de Pousadela e Souto, pertencentes à freguesia de Nogueira da Regedoura, agruparam-se também, completando a constituição do Agrupamento. Por força da reorganização curricular, a Escola EB 1 das Cavadas, em Argoncilhe, fechou no final do ano lectivo 2009/2010, reduzindo o número total de escolas pertencentes ao Agrupamento para 14, distribuídas pelas três freguesias da forma que se apresenta no quadro 2. Este Agrupamento tem como sede a Escola Básica 2/3 de Argoncilhe. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ARGONCILHE NOGUEIRA DA ARGONCILHE SANGUEDO REGEDOURA JI Aldriz Ordonhe S. Domingos Candal Igreja Pousadela Souto JI/EB1 Carvalhal Arraial ----- ----- EB1 Aldriz S.Domingos ---------- Pousadela Souto EB2/3 Argoncilhe Quadro 2 - Estabelecimentos que fazem parte do Agrupamento de Escolas de Argoncilhe. 8
  • 9. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia Figura 2 - Distribuição Geográfica do Agrupamento. A figura 2 apresenta a distribuição geográfica dos estabelecimentos do Agrupamento, sendo que surgem assinaladas com A os que pertencem à freguesia de Argoncilhe, com S os que se referem à freguesia de Sanguedo e com N os que fazem parte da freguesia de Nogueira da Regedoura. A amarelo estão assinalados os jardins-de-infância; a azul, as escolas do 1.º ciclo; a verde, os jardins-de-infância e escolas de 1.º ciclo que funcionam no mesmo espaço; e a vermelho, a escola de 2.º e 3.º ciclos. Este estabelecimento surge assinalado com um símbolo destacado, representando a sede do Agrupamento. 9
  • 10. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia  Jardim-de-Infância de S. Domingos O Jardim-de-Infância de S. Domingos, situado na Freguesia de Argoncilhe, está instalado num edifício construído de raiz e inaugurado em 20/09/2003. É composto por um hall de entrada, três salas da aula, uma sala polivalente (que funciona como cantina e espaço de prolongamento) um gabinete destinado ao corpo docente ao atendimento dos Encarregados de Educação, uma cozinha e duas arrecadações, estando uma delas destinada para guarda do gás. Existem quatro casas de banho: duas para as crianças, uma para deficientes e uma para Jardim-de-Infância adultos. Praceta Eleito Local, 4505-014 – Argoncilhe Possui um recreio exterior e um parque infantil pouco Telf: 227448137 equipado, atendendo a que apenas tem uma torre inserida numa área com pavimento almofadado.  Jardim-de-Infância de Aldriz O Jardim-de-Infância de Aldriz, situado na Freguesia de Argoncilhe, tem em funcionamento uma sala de aula, um gabinete de apoio aos alunos, duas casas de banho, uma para os adultos e outra para as crianças, uma arrecadação e um recreio. De salientar que, apesar de ser um espaço pequeno, está em bom estado de conservação. Jardim-de-Infância de Aldriz Travessa Augusto Sousa Pinto, 4505-023 – Argoncilhe Telf: 227440733 10
  • 11. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia  Jardim-de-Infância de Ordonhe O Jardim-de-Infância de Ordonhe, situado na Freguesia de Argoncilhe, está instalado num edifício tipo Plano do Centenário1, composto por duas salas de actividades, duas salas de apoio e uma arrecadação. Possui dois halls de entrada que dão acesso a cada uma das salas. Existem quatro casas de banho para crianças e duas para adultos. Possui um recreio exterior com parque infantil, balizas e um alpendre. Jardim-de-Infância de Ordonhe Rua das Escolas de Ordonhe, 4535-093- Mozelos Telf: 227440699  Jardim-de-Infância de Igreja O Jardim-de-Infância de Igreja, situado na Freguesia de Sanguedo, está instalado num edifício construído sensivelmente há trinta anos. O edifício é composto por duas salas de actividades que não comunicam entre si pelo interior do edifício. A cada sala está anexo um estreito corredor e um gabinete multifuncional. Possui duas casas de banho não diferenciadas para crianças ou adultos. Existe um recreio exterior e um parque infantil com pavimento almofadado. A cantina funciona numa Jardim-de-Infância de Igreja Rua da Escola, sala modular instalada desde 2009 no recreio exterior. 4505-601-Sanguedo Telf- 227440688 1 O Plano dos Centenários constituiu um projecto de construção de escolas em larga escala, levado a cabo pelo Estado Novo em Portugal, entre as décadas de 1940 e de 1960. O plano deve o seu nome ao terceiro centenário da Restauração da Independência e ao oitavo centenário da Independência de Portugal, comemorados, respectivamente em 1940 e1943. A construção das escolas foi levada a cabo pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais do Ministério das Obras Públicas. No âmbito do Plano dos Centenários, até ao final da década de 1950, foram construídos mais de 7000 edifícios escolares novos, que incluíam um total superior a 12 000 salas de aula. A construção de escolas em larga escala continuou até meados da década de 1960. Quase todas as cidades, vilas e aldeias de Portugal passaram a dispor de uma ou mais escolas do Plano dos Centenários, o que permitiu diminuir acentuadamente o analfabetismo e aumentar o ensino obrigatório de três para quatro anos em 1960 e para seis anos em 1967. As escolas do Plano dos Centenários, com a sua arquitectura típica, acabaram por se tornar numa imagem de marca de Portugal, existindo pelo menos um exemplar em quase todas as povoações do país. As escolas foram construídas, segundo o estilo arquitectónico conhecido como "Português Suave, incorporando características da arquitectura tradicional. Foram estabelecidas tipologias-base, que seriam adaptadas às condições locais, segundo o número de alunos a receber e o clima da região. Normalmente, cada escola englobava duas ou quatro salas de aula, uma cozinha, instalações sanitárias e um alpendre (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_dos_Centenários). 11
  • 12. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia  Jardim-de-Infância de Candal O Jardim-de-Infância de Candal, situado na Freguesia de Sanguedo, está instalado num edifício tipo urbano, construído aproximadamente há doze anos. O edifício é composto por um hall de entrada, uma sala de actividades, um gabinete de apoio para atendimento aos Encarregados de Educação, um refeitório, uma casa de banho para as crianças e uma para os adultos. Existe um recreio exterior e um pequeno parque infantil inserido numa área Jardim-de-Infância de Candal Rua do Espinhal, nº 259, restrita com pavimento almofadado. 4505-616 – Sanguedo Telf- 227444219  Jardim-de-Infância de Souto O Jardim-de-Infância de Souto, situado na Freguesia de Nogueira da Regedoura, está instalado num edifício de raiz, composto por duas salas de actividades, uma cozinha e uma arrecadação, que funciona como sala de apoio. Existem dois halls de entrada que dão acesso a cada uma das salas, assim como duas casas de banho para as crianças e duas para os adultos. Possui um recreio exterior, um parque infantil, inserido numa área com pavimento almofadado e um logradouro. Este Jardim-de-Infância do Souto Jardim-de-Infância aguarda transferência para novas instalações Rua Sr.ª da Hora, nº100, 4500- 766 Nogueira da Regedoura onde funcionará também a EB1 de Souto. Telf - 227641381 12
  • 13. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia  Jardim-de-Infância de Pousadela O Jardim-de-Infância de Pousadela, situado na freguesia de Nogueira da Regedoura, está instalado num edifício tipo Plano Centenário, composto por duas salas de actividades, dois halls de entrada, que dão acesso a cada uma das salas e respectivas casas de banho. No exterior existe uma pequena arrecadação bem como um recreio vedado, a rodear toda a escola, no qual está inserida uma pequena área com pavimento almofadado e um equipamento lúdico (escorregão). Existe Jardim-de-Infância de Pousadela Rua Joaquim Domingues Maia, nº1699 também um baloiço, mas implantado numa área sem 4500-744 Nogueira da Regedoura Telf- 227443491 pavimento adequado. Nas traseiras da escola havia um alpendre, que foi fechado e transformado numa sala de apoio.  EB /JI de Arraial A EB de Arraial situada na Freguesia de Sanguedo. É um edifício de Plano Centenário, que se encontra em obras de restauro e ampliação. Inicialmente, a escola era composta por seis salas de aula, uma pequena sala para reuniões, nove casas de banho destinadas a alunos, dois halls de entrada, uma pequena área coberta nas traseiras do edifício, que em tempo de chuva servia de recreio e um outro espaço maior, exterior, também situado nas EB/JI de Arraial traseiras, para recreio. Existia ainda, um edifício contíguo destinado à Rua Principal, nº1361 4505-583 Sanguedo cantina, não funcionando como tal. Nesse espaço estava instalada a Endereço Electrónico: eb1arraial@sapo.pt Telf. 910718544 Biblioteca uma sala para o ensino Pré-escolar. Actualmente, os alunos desta escola encontram-se distribuídos por dois pólos: Pólo do Campo de Futebol e Pólo da Juventude de Sanguedo. No Pólo do Campo de Futebol funcionam cinco turmas do 1º ciclo e uma do Pré-escolar, estando os alunos distribuídos por quatro salas modulares e duas salas de raíz. No Pólo da Juventude, as restantes turmas ocupam três salas do edifício. Futuramente projecta-se para esta escola um centro escolar com dez salas de aula, um gabinete para os alunos, seis casas de banho, sendo duas para professores e quatro destinadas às crianças, uma cantina, dois recreios e dois espaços, um destinado ao funcionamento de uma Biblioteca da Rede Escolar e outro como sala multiusos. 13
  • 14. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia  EB 1/JI de Carvalhal A EB de Carvalhal situada na Freguesia de Argoncilhe. É um edifício de Plano Centenário. Esta escola é composta por quatro salas, sendo duas no rés-do-chão e duas no 1º andar. Possui ainda, dois cobertos fechados, onde um funciona como cantina e, três casas de banho, sendo uma para meninos, outra para meninas e uma outra para adultos. Existe um espaço exterior que serve de EB Rua das Escolas recreio, apetrechado com um parque infantil. 4505-122 Argoncilhe Endereço Electrónico: eb1jicarvalhalargoncilhe@gmail.com Telf.: 227640650  EB 1 de Aldriz A EB de Aldriz, situada no lugar homónimo da freguesia de Argoncilhe. É composta por um edifício, um recreio, nas traseiras e, por alguns espaços verdes. No edifício existe quatro salas de aula, um outro espaço onde decorrem as sessões de apoio educativo, ensino especial e terapia da fala, um refeitório, um polivalente, seis casas de banho, quatro servem os alunos, uma para professores e assistentes operacionais e uma outra, para deficientes e um recreio exterior nas traseiras da escola. EB1 de Aldriz Rua do Teatro de Aldriz, 4505- 110 Argoncilhe Telf – 227440697 Endereço electrónico: eb1aldriz@gmail.com Blogue: http://eb1aldriz.blogspot.com/ 14
  • 15. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia  EB 1 de S. Domingos A escola EB de S. Domingos é um edifício de Plano Centenário. Anteriormente, esta escola era composta por quatro salas de aula, um salão polivalente, onde funcionavam as aulas de apoio, biblioteca, informática e a cantina, um quarto de arrumos, uma casa de banho para meninos, outra para meninas e uma casa de banho para crianças com mobilidade física reduzida. Existia uma pequena área coberta de recreio além do espaço descoberto. EB1 de S. Domingos Neste momento, esta escola está a sofrer obras de Rua Professora D. Clotilde, nº 575 ampliação e remodelação, durante as quais as aulas estão a 4505-156 Argoncilhe funcionar em sete salas modulares, colocadas na EB2/3 de Argoncilhe. Os alunos usufruem das condições da EB2/3. Futuramente, a escola será um Centro Escolar com oito salas de aula, sala de coordenação, ginásio, balneários, sala polivalente, refeitório e sala de reuniões. Estes espaços serão distribuídos entre o rés-do-chão e o 1º andar. Haverá ainda recreio coberto e descoberto.  EB 1 de Pousadela A Escola EB de Pousadela é um edifício constituído por dois sectores, com entradas independentes. Um dos sectores é constituído por quatro salas de aula, uma das quais está equipada com quadro interactivo, sendo utilizada como um espaço multifuncional. Ainda neste sector, existe um pequeno gabinete e instalações sanitárias. O outro sector é constituído por duas salas de aula, uma sala para refeitório e outra, a funcionar como biblioteca e um pequeno gabinete e duas casas EB1 de Pousadela de banho. Rua das Alminhas, nº 736 4500 Nogueira da Regedoura A escola possui uma área de recreio descoberta e uma Telf - 227647741 parte coberta e fechada nas traseiras, onde existe uma pequena sala que funciona como arrecadação. 15
  • 16. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia  EB 1 de Souto A EB de Souto é um edifício de Plano Centenário, a sofrer obras de restauro e de ampliação. Anteriormente, a escola possuía quatro salas, um pátio coberto, arrumos, cinco casas de banho, um refeitório, uma área aberta onde funcionava o recreio. Actualmente, as aulas funcionam em cinco salas modulares, existe um pavilhão para a cantina e dois espaços para casas de banho. Existe ainda um local para o apoio educativo e um terreno de terra batida que funciona como espaço de recreio. EB1 de Souto Rua das Camélias, nº225 Futuramente, a escola será constituída por dois edifícios no 4500 Nogueira da Regedoura mesmo espaço. Um de Plano Centenário, onde funcionarão Telf. 227647644 /9152220757 quatro salas de aula, refeitório, espaços para arrumos e máquinas. O novo edifício terá três salas para o ensino Pré-escolar Jardim, casas de banho, um espaço destinado a Artes Plásticas, uma copa, uma sala de professores e outra para arrumos. Tudo no rés-do-chão. No 1º andar, terá quatro salas de 1º ciclo, um polivalente, casas de banho, uma sala de professores, outra sala de arrumos e ainda um espaço para o funcionamento de uma biblioteca da Rede Escolar. Os dois pisos comunicarão por escadas exteriores e por um elevador. Haverá espaços exteriores para recreio.  EB 2/3 de Argoncilhe A EB 2/3 de Argoncilhe, que iniciou a sua actividade no ano lectivo de 1996/1997, é a escola sede do Agrupamento e nela funcionam os 2.º e 3.º ciclos de ensino. A escola dispõe de 28 salas de aula, entre as quais se encontram os laboratórios onde são ministradas as disciplinas ligadas às Ciências, 6 gabinetes de apoio à prática docente, 2 salas para os alunos, 6 casas de banho para uso dos docentes, 10 para uso dos alunos, 20 arrecadações, 1 cantina, 1 espaço exterior, relativamente grande, destinado aos momentos de lazer, e 1 sala de EB 2/3 de Argoncilhe professores. Praceta do Eleito Local 4505-014 Argoncilhe Endereço Electrónico: info@argoncilhe.rcts.pt Página do Agrupamento : http://joomla.argoncilhe.rcts.pt/ Telf. 227455803 16
  • 17. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia Existem, ainda, 1 pavilhão gimnodesportivo e 1 campo de jogos exterior, ambos destinados às aulas de Educação Física. Os docentes desta área disciplinar têm um gabinete próprio, no espaço do pavilhão, que comporta, igualmente, os balneários e 1 sala de ginástica. Os Cursos de Educação e Formação terão salas próprias, nomeadamente os de Serviço de Mesa e Bar e de Pastelaria e Panificação, cuja especificidade das componentes práticas assim o exige, mas que, no momento, estão em fase de construção.  Instalações e Grau de Conservação Os quadros que se seguem, números 3 e 4, esquematizam a situação actual do Agrupamento, ao nível das instalações dos diferentes estabelecimentos e do seu grau de conservação. Quadro 3 - Instalações das escolas do Agrupamento Salas Gabinetes Casas de Banho Sala de Arrecadações Cantina Recreio de Aula Docentes Alunos Docentes Alunos Professores JI Aldriz Bom Bom Bom Bom Bom Bom JI Candal Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável JI Igreja Bom Bom Bom Bom Bom Bom JI Ordonhe Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável JI Pousadela Razoável Razoável Razoável Mau Bom JI São Domingos Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom JI Souto Mau Mau Mau Mau Mau Mau EB 1 / JI Arraial Em fase de requalificação. Funciona em salas modulares e espaços cedidos por associações. EB 1 / JI Carvalhal Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável EB 1 Aldriz Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável EB 1 Pousadela Bom Bom Bom Razoável Razoável Razoável Bom Bom Bom EB 1 S. Domingos Em fase de requalificação. Funciona em salas modulares na EB 2,3. EB 1 Souto Em fase final de requalificação. Funciona em salas modulares num terreno contíguo à Escola. EB 2/3 de Argoncilhe Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Razoável Quadro 4: Grau de conservação das instalações das escolas do Agrupamento 17
  • 18. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia Capítulo II – Filosofia e Valores É um lugar-comum ouvir-se dizer que vivemos num mundo global, na sociedade da informação, na economia do conhecimento. Porém, tais expressões não espelham senão a mais pura constatação de uma complexa e irreversível realidade. Catalisada pelos progressos tecnológicos e científicos, a globalização do mundo trouxe inevitavelmente novos desafios à vida das sociedades contemporâneas, exercendo sobre um dos núcleos nevrálgicos do seu desenvolvimento – os sistemas educativos – uma maior pressão, sobretudo no que toca aos padrões de sucesso e de excelência. Paralelamente, a massificação do ensino, no quadro de alguma fragmentação e complexidade das sociedades actuais, tem confrontado a escola com a necessidade de cumprir um leque muito variado de missões sociais, gerando-se alguns equívocos acerca do seu papel central: ensinar e fazer aprender o thesaurus cultural herdado, a par de uma cidadania livre e responsável (Conselho Nacional de Educação, 2007: 158) e melhorar o nível das aprendizagens de todos os seus alunos. Neste contexto, pela transversalidade e importância que assumem na sociedade da informação em que vivemos e no currículo escolar, as competências básicas da leitura, da escrita e do cálculo constituem instrumentos essenciais de acesso e de sucesso em outras aprendizagens e saberes, bem como são factores de desenvolvimento individual e de progresso colectivo. Por extensão, a Educação Pré-escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são o ponto de partida do processo de ensino/aprendizagem dessas competências, onde se fundam os alicerces académicos de todo o edifício escolar, assumindo, ao longo do percurso educativo dos nossos alunos, um papel crucial. Na sociedade da tecnologia e da informação, a leitura é, cada vez mais, uma actividade fundamental e incontornável. Num mundo com estas características, a ausência de leitura, tal como refere Morais (1997), constitui uma amputação no plano cognitivo, ideológico, ético, emocional e estético. “No planeta Bih não existem livros. O saber vende-se e consome-se em garrafas. A História é um líquido vermelho que parece sumo de romã, a Geografia um líquido verde mentol, a Gramática é incolor e sabe a água mineral. Não existem escolas, estuda-se em casa. Todas as manhãs as crianças, consoante a idade, têm de emborcar um copo de História, algumas colheradas de Aritmética e assim por diante. (...) Para as crianças do infantário existem rebuçados instrutivos: com sabor a morango, a ananás, a licor, e contendo algumas poesias, os nomes dos dias da semana, a numeração até dez” (Rodari, 1988: 78-79). Se vivêssemos no planeta imaginário criado pelo autor de literatura infantil italiano Gianni Rodari, as nossas considerações seriam certamente de outro “sabor”. Mas vivemos no planeta “Bit”, o planeta da informação, onde o saber se vende e consome em sítios electrónicos, em blogues, em jornais, em revistas, em livros. A leitura é, portanto, neste planeta real da palavra escrita, uma necessidade vital e inadiável. No planeta da informação, saber ler – ler rápido, ler muito, ler bem – é um factor de desenvolvimento individual e de progresso colectivo. Ao longo de toda a escolaridade, a actividade da leitura é um factor de sucesso, constituindo, igualmente, um excelente preventivo de uma grande parte das dificuldades de aprendizagem. Cabe, pois, à escola, com o apoio da família e de toda a comunidade, o estimulante desafio de cultivar o prazer da leitura e de despoletar o interesse e o gosto pelo livro. 18
  • 19. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia A cultura é indissociável da leitura, da pedagogia, do conhecimento. A escola básica tem como função acautelar a todos os alunos, sobretudo aos que vivem em meios social e economicamente carenciados, o acesso a um saber cultural mínimo garantido (Baudelot e Establet, 1994). A cultura é imperecível e intemporal, é um factor de identidade, de dignidade e de qualidade de vida do ser humano. Com base neste pressuposto, defendemos uma preocupação com o conhecimento e a cultura, de modo a garantir aos alunos um saber cultural de inserção, neste mundo cada vez mais global e, não raro, desigual. O desempenho cabal da missão central da escola requer um grande trabalho, esforço e envolvimento pessoal por parte de cada criança, adolescente, jovem e adulto. Implica um comprometimento das famílias, uma crescente participação destas no processo educativo e a abertura da escola a outros elementos da comunidade local, em especial as associações culturais e cívicas e as autarquias. A escola é um elo de ligação importante de uma vasta rede social, pelo que a sua missão de serviço público apenas se concretizará quando articulada com os demais parceiros. Por conseguinte, defendemos a criação de laços com o exterior e a cooperação mútua, o estabelecimento de parcerias e protocolos, bem como a participação em projectos locais ou nacionais. Enquanto instituições às quais está confiada uma missão de serviço público, é suposto que as escolas sejam capazes de dotar cada um dos cidadãos das competências e conhecimentos indispensáveis à exploração plena das suas capacidades, necessárias à sua integração futura na sociedade e, assim, contribuir activamente para a vida económica, social e cultural do País. Ora, cumprir este importante desiderato, em condições de qualidade e de equidade, é uma tarefa complexa que exige uma intervenção eficaz, bem como o trabalho e a participação de todos com vista a atingir a mesma meta. Espera-se, por um lado, que os docentes, enquanto agentes principais responsáveis pela condução do processo de ensino e aprendizagem, promovam medidas de carácter pedagógico que estimulem o desenvolvimento harmonioso da educação, quer nas actividades da sala de aula quer nas demais actividades da escola. Por outro, (pre)supõe-se que o pessoal não docente colabore activamente no acompanhamento e integração dos alunos na comunidade educativa, incentivando o respeito pelas regras de convivência, promovendo um bom ambiente educativo e contribuindo – em articulação com os docentes, os pais e encarregados de educação – para a prevenção e resolução efectiva dos problemas comportamentais e de aprendizagem. Para além dos educadores/professores e do pessoal não docente, os pais e os encarregados de educação em especial têm a seu cargo a responsabilidade de dirigirem a educação dos seus filhos e de promoverem o desenvolvimento físico e intelectual dos mesmos. É tarefa de todos incutir nas crianças e jovens deste Agrupamento de Escolas valores essenciais à sua formação enquanto indivíduos, para que se tornem seres autónomos e capazes de uma plena integração futura numa sociedade em construção permanente. Assim sendo, é, igualmente, importante que os alunos se consciencializem da necessidade de desenvolver hábitos de trabalho, e que adoptem uma postura de responsabilidade perante a escola. Como tal, devem tornar-se indivíduos competentes, cujo comportamento se pauta por uma participação activa e pelo 19
  • 20. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia respeito ao próximo através de uma atitude que fomenta o diálogo, sem descurar a ecologia como um valor basilar na sociedade actual. Pretende-se, no fundo, gerar uma cultura de “equipa” onde cada indivíduo conta, “veste a camisola”, sabe qual é a sua função no todo, se revê no Projecto Educativo e trabalha para o mesmo fim: a qualidade das aprendizagens e dos resultados escolares. Por conseguinte, defendemos como lema do Projecto Educativo – “Eu, nós, o mundo: uma construção permanente” –, visando a participação de todos, em conjunto e sintonia, para educar aqueles que são hoje o sonho de amanhã tornado realidade. Assumimos, nesta linha, como valores que orientam a nossa acção o trabalho, o respeito, a responsabilidade, o diálogo, a participação, a ecologia. Se, tal como expressa o provérbio africano, “É preciso toda uma aldeia para educar uma criança”; na era da globalização, para educar uma criança é preciso todo um mundo. É esta ideia de mundo, isto é, um mundo que se compromete e age em harmonia lutando para o mesmo fim, que pretendemos transpor para a nossa escola. 20
  • 21. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia Capítulo III – Objectivos Gerais e Metas No quadro da missão e dos valores assumidos pelo Agrupamento, assim como dos objectivos e linhas orientadoras definidos nos programas estratégicos nacionais (Ministério da Educação, 2010), estabeleceram-se os seguintes objectivos gerais: 1.º Promover a qualidade das aprendizagens e a melhoria dos resultados escolares. Adequar a oferta educativa e formativa, respondendo aos alunos com dificuldades de 2.º aprendizagem e/ou com necessidade educativas especiais, às expectativas dos alunos e das respectivas famílias e às necessidades da comunidade. 3.º Promover uma postura responsável e adequada ao contexto escolar. 4.º Reforçar a participação das famílias e das comunidades locais. Incrementar o gosto pela cultura, pelo conhecimento, pela promoção da saúde e pela defesa 5.º dos valores ambientais. 6.º Fomentar uma cultura de auto-avaliação contínua e sistemática. 21
  • 22. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia Para cada um destes seis objectivos foram estabelecidas as seguintes metas: 1.º Promover a qualidade das aprendizagens e a melhoria dos resultados OBJECTIVO escolares. a) Melhorar os resultados escolares: i) Aumentar a taxa de sucesso escolar das disciplinas com menor aproveitamento; ii) Aumentar as taxas de transição no 7.º ano; iii) Aumentar as taxas de transição e conclusão nos restantes anos; b) Melhorar os resultados obtidos pelos alunos nas provas de avaliação externa: i) Aproximar os resultados dos exames nacionais aos da classificação interna final; METAS ii) Melhorar as taxas de sucesso nas provas de aferição e nos exames nacionais de Matemática, no 6.º e no 9.º ano; iii) Manter as taxas de sucesso nas provas de aferição e nos exames nacionais de Língua Portuguesa; c) Diminuir as taxas de abandono escolar; d) Aumentar a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no processo de ensino/aprendizagem. 2.º Adequar a oferta educativa e formativa, respondendo aos alunos com dificuldades de aprendizagem e/ou com necessidade educativas especiais, OBJECTIVO às expectativas dos alunos e das respectivas famílias e às necessidades da comunidade. a) Diversificar as ofertas educativas / formativas adequando-as à realidade local; b) Consolidar a oferta formativa que tenha correspondido às necessidades; c) Estabelecer parcerias com entidades locais; METAS d) Rentabilizar os recursos disponibilizados para a prestação de aulas de apoio, tutoria, apoio dos Serviços de Psicologia e Orientação e Ensino Especial; e) Iniciar o Ensino Secundário. 22
  • 23. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia OBJECTIVO 3.º Promover uma postura responsável e adequada ao contexto escolar. a) Diminuir o número de participações disciplinares; b) Diminuir o número de procedimentos disciplinares, c) Aumentar o número de actividades e iniciativas em que os alunos são co- METAS responsáveis na sua programação e dinamização; d) Aumentar a frequência da utilização das TIC como forma de promover ambientes de aprendizagem que levem os alunos a participarem activamente na construção do seu próprio conhecimento. OBJECTIVO 4.º Reforçar a participação das famílias e das comunidades locais. a) Aumentar a % da frequência dos encarregados de educação nas reuniões de entrega das avaliações; b) Aumentar a vinda à escola dos encarregados de educação convocados pelos educadores/ professores/ directores de turma; c) Aumentar o número de actividades em que os encarregados de educação são METAS convidados a assistir, participam como intervenientes e/ou são os dinamizadores; d) Estabelecer a prática do voluntariado; e) Estabelecer parcerias – públicas, privadas, associativas – com a comunidade local. 5.º Incrementar o gosto pela cultura, pelo conhecimento, pela promoção da saúde OBJECTIVO e pela defesa dos valores ambientais. a) Aumentar as actividades que promovam o enriquecimento cultural; b) Aumentar as actividades que envolvam a Biblioteca e os projectos existentes no Agrupamento; c) Participar em concursos e iniciativas externas (locais, nacionais, internacionais); METAS d) Aumentar as actividades que promovam a educação para a saúde e a defesa do meio ambiente; e) Aumentar o número de iniciativas promotoras da leitura em parceria com a Biblioteca Escolar e/ou outros agentes educativos; f) Dinamizar actividades com empresas, entidades e associações culturais e cívicas, de prevenção da saúde e de desenvolvimento sustentável. 23
  • 24. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia OBJECTIVO 6.º Promover uma cultura de auto-avaliação contínua e sistemática a) Criar e aplicar um inquérito de satisfação do serviço educativo; b) Analisar a evolução dos resultados para a tomada de decisões; c) Identificar pontos fortes, fracos, oportunidades e constrangimentos; METAS d) Analisar e divulgar os resultados do Plano de Acção da Biblioteca Escolar e dos projectos desenvolvidos; e) Divulgar os resultados da auto-avaliação; f) Definir planos de acção para a melhoria da qualidade do serviço prestado. 24
  • 25. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia Capítulo IV – Prioridades e Estratégias Entendemos que as questões pedagógicas são o cerne da actividade de uma escola e, como tal, devem estar no centro das preocupações de todos, razão pela qual se considera que a actuação prioritária a desenvolver se inscreve no primeiro objectivo geral enunciado, nomeadamente na melhoria efectiva dos resultados de aprendizagem, na redução da repetência e na prevenção da desistência. Associadas às anteriores, as questões disciplinares continuarão a constituir uma área preferencial de acção, seja na responsabilização e participação dos alunos; seja na adopção de estratégias pró-activas que previnam o surgimento de comportamentos perturbadores, como a informação, a actuação uniforme e a vigilância; seja, ainda, no rigor e na adequação do cumprimento dos direitos e deveres constantes no Regulamento Interno. A melhoria dos resultados e a prestação de um serviço educativo de qualidade exigem da parte de todos os intervenientes uma constante monitorização do seu trabalho e práticas consistentes de diálogo, de reflexão e de auto- avaliação, devendo-se dar prioridade, já no primeiro ano de execução deste projecto, ao sexto objectivo geral definido – promover uma cultura de auto-avaliação contínua e sistemática. Por fim, mas não menos importante, o reforço da participação das famílias e das comunidades locais, previsto no quarto objectivo, através da criação de laços com o exterior e da cooperação mútua, do estabelecimento de parcerias e de protocolos, bem como da participação em projectos locais ou nacionais afigura-se como uma prioridade estratégica para o Agrupamento. A execução destas prioridades deve estar sempre enquadrada, como tudo o mais deste Projecto, nos valores que se pretendem desenvolver neste agrupamento e no seu lema de actuação: “Eu, Nós, o Mundo: uma construção permanente”. Como estratégias para a realização deste projecto, considera-se necessário que haja: a) uma revisão intercalar do Regulamento Interno com vista à introdução das alterações que se revelem necessárias; b) uma revisão de todos os normativos internos das várias estruturas de articulação, coordenação e supervisão pedagógica e da Biblioteca, na procura da sua adequação aos objectivos e metas aqui traçados, de modo a permitir uma actuação global mais coerente; c) uma reavaliação/clarificação dos procedimentos e instrumentos de apoio (documentação, registos, etc.) com vista a uma maior eficácia nas respostas necessárias ao cumprimento das metas e objectivos deste projecto; d) uma orientação de todos os instrumentos para execução deste projecto que devem clarificar quais as acções que estão a desenvolver para cada objectivo e meta deste projecto. e) a criação/manutenção, como órgão de apoio à avaliação deste projecto, do Observatório do Desenvolvimento e Operacionalização do Projecto Educativo (Observatório) em que a sua composição terá que respeitar a necessidade de representação, pelo menos, de docentes e encarregados de educação e a representação dos vários órgãos de gestão e 25
  • 26. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia administração do agrupamento (isto não deve invalidar a participação de outras entidades se tal forem consideradas necessárias); Para a concretização deste Projecto Educativo consideram-se os seguintes instrumentos: a) Plano de Formação do pessoal docente e não docente que deverá reforçar as competências pedagógicas, relacionais e domínio das novas tecnologias dos agentes envolvidos, conforme o seu caso; b) Plano Anual e Plurianual de Actividades do Agrupamento que deverá executar actividades educativas propostas e dinamizadas por e para todos os membros da comunidade educativa; c) Projecto Curricular de Agrupamento que deverá, entre outros aspectos, adequar a oferta educativa / formativa em termos da oferta curricular da escola, de cursos de educação e formação, abrindo-os a novos sectores consoante a disponibilidade revelada pelo tecido empresarial local em colaborar, nomeadamente na componente de estágios e apoios na formação; d) Plano de Acção da Biblioteca Escolar que deverá dinamizar este espaço / recurso educativo; e) Plano de Ocupação dos Tempos Escolares. 26
  • 27. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia Capítulo V – Acompanhamento e Avaliação O processo de acompanhamento e avaliação deste projecto deverá ocorrer no final da execução do mesmo ou, como forma de avaliação intermédia, quando qualquer órgão de gestão assim o solicitar. Esta última poderá ser global ou centrada em determinados aspectos, servindo para fazer uma clarificação da situação a fim de que possam ser tomadas medidas para a resolução dos obstáculos/dificuldades sentidas. MODALIDADES MOMENTOS OBJECTIVOS INSTRUMENTOS - Pareceres do Observatório; Ao longo do Detectar obstáculos à concretização - Resultados da avaliação sumativa Intermédia desenrolar do do Projecto Educativo e definir interna e externa, bem como da auto- processo. formas de os superar. avaliação. Fazer o balanço do grau de - Parecer do Observatório; Final No final do triénio. - Relatório de actividades; execução do Projecto Educativo. - Parecer do Conselho Geral. 27
  • 28. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia Conclusão As contribuições e esforços dos diferentes elementos que constituem a comunidade educativa desencadeiam um efeito sinérgico que optimiza as condições para uma educação de qualidade pela qual todos são responsáveis, autores e actores. O Projecto Educativo concretiza-se através das práticas diárias de todos os agentes educativos nele envolvidos e das quais, depende o seu sucesso. Para que tal seja possível, impõe-se que os actores educativos compreendam e aceitem os desafios de uma Escola capaz de motivar para a aprendizagem e para a realização das crianças e adolescentes no seu todo. O seu desenvolvimento e êxito dependem, acima de tudo, de uma atitude autónoma das escolas conquistada aos poucos e orientada para a necessidade do sucesso educativo de/para todos, através de uma prática assumida. O projecto deve ter em conta o imprevisto, ser capaz de mudar de direcção como resultado de uma avaliação sistemática, mas, principalmente, devolver a cada indivíduo o seu espaço de criatividade e acção, por forma a que ele veja e sinta reconhecida a sua actividade, compreenda as suas acções e as possa inscrever num todo que seja significativo para ele. Neste sentido, a Escola não pode ser um espaço fechado de saberes e valores, antes deve ser um contexto privilegiado na construção contínua de indivíduos que se pretende competentes, numa sociedade cada vez mais global e em constante mudança: Eu, nós, o mundo: uma construção permanente. 28
  • 29. Projecto Educativo eu, nós, o mundo: uma construção permanente trabalho | respeito | responsabilidade | diálogo | participação | ecologia Referências Bibliográficas BAUDELOT, C. & ESTABLET, R. (1994). O nível educativo sobe. Porto: Porto Editora. BRITO, Carlos (1998). Gestão Escolar Participada: na escola todos somos gestores. 4.ª ed. Lisboa: Texto Editora. CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA MARIA DA FEIRA (2005). Carta Educativa do Concelho de Santa Maria da Feira. Disponível em https://www.cm-feira.pt. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (2007). Debate Nacional sobre Educação – Relatório Final. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (2010). Programa Educação 2015. Disponível em http://www.min- edu.pt/np3content/?newsId=5163&fileName=estrategia_2015_directores.pdf. MORAIS, J. (1997). A arte de ler – psicologia cognitiva da leitura. Lisboa: Cosmos. PINTO, João (2006). Modelos de Direcção, Administração e Gestão Escolar. Contributos para uma nova gestão financeira (Dissertação de Mestrado). Porto: Universidade Portucalense. RODARI, G. (1988). Novas histórias ao telefone. Lisboa: Teorema. VILAR, A. M. (1993). Inovação e mudança na Reforma Educativa. Porto: ASA. 29