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Avaliação da Classe 5 da
coleção da biblioteca da Escola
Secundária du Bocage
A professora bibliotecária,
Dulce Gomes
2
Índice
Índice de tabelas ..........................................................................................................................3
Introdução....................................................................................................................................4
Metodologia.................................................................................................................................5
A biblioteca ..................................................................................................................................5
A coleção......................................................................................................................................7
A classe 5....................................................................................................................................11
Processos de análise ..................................................................................................................12
Análise crítica aos resultados .....................................................................................................21
Bibliografia.................................................................................................................................24
3
Índice de tabelas
Tabela 1 - Tipologia dos documentos ............................................................... 9
Tabela 2 - Distribuição das monografias segundo a CDU ................................. 9
Tabela 3 - Distribuição da coleção digital segundo a CDU.............................. 10
Tabela 4 - Taxas de rotação (empréstimos presenciais, domiciliários e para
sala de aula) ................................................................................................... 10
Tabela 5 - Taxa de renovação da coleção ...................................................... 10
Tabela 6 - Classe 5 e subclasses - Distribuição dos documentos por tipologia13
Tabela 7 - Mapeamento da classe 5 ............................................................... 14
Tabela 8 - Distribuição de títulos e aplicações consultadas com a respetiva
articulação curricular....................................................................................... 15
Tabela 9 - Comparação entre as requisições da coleção e da classe 5 .......... 16
Tabela 10 - Taxas de rotação, de renovação e de eliminação ........................ 16
Tabela 11 - Identificação dos pontos fortes e fracos da classe 5 .................... 22
4
Introdução
Com este trabalho pretendemos dar cumprimento ao estipulado na
Política de Desenvolvimento da Coleção da Escola Secundária du Bocage
(Setúbal) e que consiste na realização da avaliação da coleção. A nossa
inexperiência nesta matéria ditou-nos que seria prudente começar por uma
parte que nos possibilitasse o conhecimento e o domínio das técnicas e
métodos a estender e aplicar, mais tarde, a toda a coleção. Este trabalho
centra--se, por isso, na avaliação da classe 5 da coleção da biblioteca escolar
coordenada pela professora bibliotecária em funções.
Avaliar a coleção não é uma prática instituída pela Rede de Bibliotecas
Escolares (RBE), apesar de ser referida como um processo a realizar e estar
prevista na Política de Desenvolvimento da Coleção. Contudo, esta prática não
encontra eco nas bibliotecas do município a que esta biblioteca pertence, pelo
que a realização deste trabalho contou essencialmente com o estudo teórico
dos recursos disponibilizados pela Rede de Bibliotecas Escolares, bem como
de outras leituras complementares que lhe serviram de suporte, que permitiram
conhecer os métodos e processos preconizados para esta tarefa pelos
investigadores especializados na matéria em estudo.
Neste âmbito, numa primeira fase, procedemos à caracterização da
escola e da biblioteca onde está sediada a coleção e à definição do perfil dos
seus utilizadores. Seguidamente, encetámos um processo de inventariação dos
documentos que constituem as classes e subclasses da coleção, para termos
uma perspetiva das relações que estas estabelecem entre si. Posteriormente,
fizemos contagens parciais das subclasses, comparámos as existências com
listas temáticas, verificámos a articulação curricular, definimos taxas de
rotação, de renovação e de eliminação, auscultámos utilizadores e, finalmente,
tomámos decisões quanto à conservação e restauro, ao abate e às aquisições.
Nas considerações finais, apresentamos algumas propostas quanto ao
investimento, à melhoria da taxa de rotação, à divulgação e à otimização dos
recursos existentes.
5
Metodologia
A metodologia utilizada para a realização deste trabalho é de ordem
quantitativa e qualitativa. Para a realização de estatísticas foram utilizadas
folhas de Excel e formulários do Google Docs que devolveram os resultados
em percentagens ou em gráficos. Este processo de recolha e armazenamento
de informação é extremamente válido e permite-nos confirmar muita
informação que conhecíamos de forma intuitiva. Paralelamente, recorremos à
apreciação qualitativa quando nos detivemos na observação atenta dos
documentos para verificar a sua atualidade científica, as prováveis articulações
curriculares, a seleção e escolha para restauro e os exemplares que serão
eliminados.
A biblioteca
A Escola Secundária du Bocage e a sua biblioteca estão focadas no
cumprimento da sua missão, que consiste em elevar o sucesso pessoal e
académico dos alunos. Dando igualmente cumprimento às coordenadas da
American Library Association (ALA), a biblioteca assume-se como um serviço
formativo e pedagógico, que disponibiliza conteúdos informacionais que vão ao
encontro das necessidades dos seus utilizadores. A sua principal vocação
centra-se na dinamização de atividades de promoção da leitura e na
construção e desenvolvimento de projetos de articulação curricular com os
diferentes grupos disciplinares, de forma a dar apoio ao trabalho desenvolvido
em sala de aula e aos alunos que se deslocam, em grupo ou individualmente, à
biblioteca.
Tendo definido, em 2012, uma Política de Desenvolvimento da Coleção,
a biblioteca desenvolve um trabalho de planificação da política de aquisições e
de avaliação da coleção, que agora executa faseadamente. O principal objetivo
é conhecer detalhadamente a coleção, que cresce e envelhece, e fazer opções
documentadas, com informação precisa sobre o que se tem, o que se precisa e
o que se pode ter para assegurar a sua dinamização e renovação.
6
A biblioteca da Escola Secundária du Bocage está integrada no espaço
escolar da Escola Secundária com 3º ciclo, com o mesmo nome, e serve,
atualmente, uma população com cerca de 1400 alunos (47 turmas), 110
professores e 24 funcionários. Trata-se de uma escola não agrupada, com
contrato de autonomia e com protocolos firmados entre as escolas do ensino
articulado da música da cidade e o estabelecimento prisional de Setúbal. A
escola foi fundada em 1949, com uma construção típica dos antigos liceus,
sediada na freguesia de S. Julião, numa zona urbana central da cidade de
Setúbal, cuja população residente pertence a um nível socioeconómico médio-
alto, manifestando um forte sentimento de pertença à escola e com elevadas
expectativas em relação à formação dos educandos. A oferta formativa do
ensino secundário incide maioritariamente sobre os cursos científico-
humanísticos.
O espaço inicial destinado à biblioteca está localizado no 1º andar do
edifício e foi ampliado em 1993, com a integração de um corredor, onde
atualmente está localizada a coleção de livre acesso e a zona de atendimento.
Dispõe de serviços em linha: email, moodle, blogue e perfil de Facebook.
Faculta o acesso ao catálogo em linha, não totalmente atualizado, em 15
postos de acesso informático com ligação à Internet, equipamento vídeo e
áudio, além de estar organizada em áreas funcionais. A biblioteca funciona em
horário contínuo, desde as 8:30 às 18:30, cobrindo todo o horário letivo, e
desenvolve, esporadicamente, atividades após este horário, em função das
necessidades dos utentes, ou atividades que envolvam outros membros da
comunidade educativa. Durante as interrupções letivas, a biblioteca funciona
com o mesmo horário, encerrando apenas em agosto.
A biblioteca conta, desde há quatro anos, com bibliotecários com
formação especializada na área da biblioteconomia e possui os documentos
essenciais à gestão e organização, tais como: o regulamento interno, a política
de desenvolvimento da coleção, o conteúdo funcional da equipa, o plano anual
de atividades e o plano de melhoria. Faz parte da RBE desde o ano 2000. A
atual equipa da biblioteca é constituída pela professora bibliotecária, que
leciona uma turma e dá apoio à biblioteca do estabelecimento prisional; três
docentes, um de cada departamento disciplinar, com um total de 35 tempos
7
letivos; e duas funcionárias, ambas a tempo inteiro. Todos os elementos da
equipa têm formação específica na área das bibliotecas, ainda que não seja a
suficiente. Hoje, este espaço é reconhecido como um espaço dinâmico, de
acesso ao conhecimento, de articulação curricular, de lazer e de convívio. O
documento “Política de Desenvolvimento da Coleção”, que estará em vigor até
ao ano letivo 2015/2016, apresenta, no preâmbulo, a missão e os objetivos da
biblioteca, bem como a sua articulação com os objetivos do projeto educativo e
o projeto curricular de escola. A Direção da escola colabora frequentemente
nas atividades promovidas pelo serviço e apoia pedagógica e financeiramente
todas as iniciativas, difundindo e dando visibilidade ao trabalho que aí se
desenvolve, junto dos seus parceiros, da comunidade educativa e na página
web da escola. A afetação de um professor informático ao serviço ajudou
significativamente a manter e a melhorar o serviço de atendimento aos
utilizadores.
A coleção
Segundo a ALA, a avaliação da coleção corresponde a um conjunto de
estudos e operações que a biblioteca desenvolve para comprovar até que
ponto a mesma responde às necessidades dos seus utilizadores. Kay Bishop
(2007:141) defende que este procedimento deve constar da Política de
Desenvolvimento da Coleção e basear-se na forma como a coleção responde
às necessidades dos utilizadores. Massísimo e Boado (2002) reforçam
igualmente esse aspeto e colocam a ênfase nos elementos que configuram a
informação, destacando os pontos fracos e fortes que permitirão tomar
decisões mais adequadas, com o propósito de rentabilizar os recursos durante
o seu ciclo de vida.
Considerámos, igualmente, a informação constante da norma ISO 11620,
de 2004, que marca um passo decisivo na avaliação das bibliotecas. A sua
principal função reside na construção e implementação do processo regular de
avaliação, no âmbito dos serviços de informação prestados aos utilizadores. A
uniformização de procedimentos é feita pela adoção de uma terminologia
8
normalizada, no plano da descrição dos serviços ou atividades medidas, e de
indicadores de desempenho, enfatizando as questões da eficácia e da
eficiência. Carbone (1998) defende a integração desses indicadores na prática
regular da planificação e da avaliação, contando com a participação de todos
os envolvidos no processo e tendo por base a política de desenvolvimento da
biblioteca.
Conhecer e avaliar uma subclasse de determinada coleção permitir-nos-
-á obter informação quantitativa e qualitativa para a consciente tomada de
decisões relativamente à aquisição, ao desbaste e a outros aspetos que se
revistam de interesse e visem a otimização da mesma. Em suma, porque
consideramos que é essencial atender às necessidades dos nossos
utilizadores e queremos otimizar ao máximo os recursos materiais e
financeiros, decidimos encetar este processo e, deste modo, aprender a
realizar uma avaliação parcial da coleção.
De acordo com a definição proposta pela RBE, a coleção corresponde
ao “conjunto de recursos documentais da biblioteca escolar, em diferentes
suportes (livro, não livro e documentação em linha), geridos por esta e de
acesso local ou remoto.” (2008:2). Cientes da abrangência desta definição e da
sugerida por Kay Bishop (2007:1) “a media center collection is defined as a
group of information sources (print, nonprint, and electronic) selected and
managed by the media specialist for a defined user community (students,
faculty, and sometimes parents in a school).”, propusemo-nos estudar apenas a
dimensão tangível da coleção, uma vez que ainda não dispomos de meios
técnicos nem de formação específica para organizar e disponibilizar a
componente digital e online da nossa coleção. Nos termos do documento
“Gestão e organização da coleção digital” da RBE, listámos para a classe em
análise os recursos digitais que compreendem software para Ipad e os ebooks.
Começámos por recolher os dados gerais da coleção para depois nos
centrarmos nos aspetos que serão alvo de um estudo mais particularizado e
atento. A biblioteca da Escola Secundária du Bocage possui um fundo
documental em livre acesso totalmente registado, classificado e etiquetado. Em
reserva, está o fundo antigo que foi tratado tecnicamente por uma funcionária
especializada da Biblioteca Municipal de Setúbal. De acordo com o mais
9
recente inventário, realizado em maio de 2014, existem 12 498 documentos,
que estão distribuídos da seguinte forma, na tabela 1:
Tipologia do documento Quantidade Percentagem
Cassetes VHS 0 0%
CD-Áudio 228 2%
CD-ROM 153 1%
Documentos/aplicações em formato digital
(ebooks, aplicações para Ipad)
174 1%
DVD 373 3%
Publicações periódicas 3 0%
Monografias 4581 37%
Monografias em reserva e livro antigo 7000 56%
Total 12498 100%
Tabela 1 - Tipologia dos documentos
Pela informação constante na tabela 1, verifica-se que 93% da coleção
corresponde a material livro, denotando um fraco reforço ao nível do material
não livro e digital.
As monografias, constantes da tabela 2, distribuem-se da seguinte
forma, de acordo com a classificação CDU:
Classes da CDU Quantidade Percentagem
0.Generalidades 243 5%
1.Filosofia 372 8%
2.Religião 32 0%
3.Ciências Sociais 329 7%
5.Ciências Puras/Matemática/Ciências
Naturais
359 8%
6.Ciências Aplicadas /Medicina/Tecnologias 121 3%
7.Arte/Desporto 462 10%
8.Língua/Linguística/Literatura 2170 47%
9.Biografia/Geografia/História/Fundo local 493 11%
Tabela 2 - Distribuição das monografias segundo a CDU
A coleção digital, apresentada na tabela 3, constituída por DVD’s,
aplicações para Ipad e ebooks, distribui-se da seguinte forma, de acordo com a
classificação CDU:
Classes da CDU Quantidade Percentagem
0.Generalidades 17 0%
10
1.Filosofia 0 0%
2.Religião 0 0%
3.Ciências Sociais 0 0%
5.Ciências Puras/Matemática/Ciências
Naturais
120 32%
6.Ciências Aplicadas/Medicina/Tecnologias 8 5%
7.Arte/Desporto 0 0%
8.Língua/Linguística/Literatura 392 57%
9.Biografia/Geografia/História/Fundo local 10 6%
Total 547 100%
Tabela 3 - Distribuição da coleção digital segundo a CDU
A coleção digital é bastante recente, tendo em conta a idade geral da
coleção, e a proveniência do material é diversa. Os DVD’s têm sido adquiridos
ou doados desde há cerca de dez anos. As aplicações para os Ipads, bem
como os suportes de leitura, foram adquiridos no âmbito de um projeto
financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, em 2012, intitulado “V@mos
Ler Ciênci@”. Por sua vez, os ebooks foram quase todos obtidos online, de
forma gratuita, uma vez que são textos que se encontram no domínio público.
Os idiomas que prevalecem são o Português e o Inglês.
Relativamente à utilização da coleção, no ano letivo 2013/2014,
apurámos os dados referentes às requisições, que figuram na tabela 4,
considerando que temos 6 000 documentos disponíveis para requisição:
Nº de requisições
domiciliárias
Taxa de
rotação
Nº de requisições
presenciais
Taxa de
rotação
Nº de requisições
p/sala de aula
Taxa de
rotação
1014 16,9% 1065 8,31% 1091 8,51%
Tabela 4 - Taxas de rotação (empréstimos presenciais, domiciliários e para
sala de aula)
O total de livros que deram entrada na coleção (adquiridos, doados,
financiados por projetos) constam da tabela 5 e correspondem a uma taxa de
renovação de 5,2%.
Nº de entradas Taxa de renovação
342 5,2%
Tabela 5 - Taxa de renovação da coleção
11
A classe 5
Quando nos propusemos realizar esta tarefa, refletimos bastante sobre
qual seria a classe ou subclasse que iria merecer a nossa análise e
procedemos ao levantamento dos argumentos que melhor poderiam justificar a
sua escolha e que passamos a elencar:
1. Número muito significativo de utilizadores:
- 24 turmas do ensino básico: 100% dos alunos do ensino básico, nas
disciplinas de Matemática, Ciências Naturais, Físico-Química e a oferta
complementar de Literacia Científica, no 9º ano; e
- 12 turmas do ensino secundário, do Curso Científico-Humanístico: 50%
dos alunos – 10º, 11º e 12º anos, nas disciplinas de Matemática, Físico-
-Química A, Biologia e Física.
2. Perfil dos utilizadores:
- Grupo disciplinar proactivo, que faz recorrentemente articulação
curricular com a biblioteca, envolvendo-se em projetos internos e
externos, em parceria com o Plano Nacional de Leitura e a RBE (“Ler
Ciênci@”, “Newton gostava de ler” e “Dormir + para ler melhor”) e com
organizações parceiras, tais como a Fundação Calouste Gulbenkian, a
Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa, e
o Instituto Politécnico de Setúbal.
3. Articulação curricular:
- desenvolvimento de iniciativas no domínio científico, que envolvem a
maioria das turmas, com a realização da “Semana das Ciências” e
frequentes exposições sobre temas e leituras de caráter científico;
- elevado número de atividades articuladas entre o grupo de Ciências
Naturais e Biologia/Geologia e a biblioteca;
- manifesta preocupação com a atualização científica dos conteúdos e
dos formatos a disponibilizar; e
12
- interesse em possuir os documentos constantes na lista de sugestões
de leitura de temas de caráter científico.
4. Pressupostos técnico-logísticos:
- atualização do rácio proposto pela International Federation
of Library Associations (IFLA): 60% do fundo documental deve
corresponder a recursos de não ficção relacionados com o currículo;
- atualização dos dados relativos ao número de documentos por aluno,
considerando que na última avaliação, em 2012, existiam apenas 4
documentos por aluno. Este rácio considera apenas os documentos que
se encontram em livre acesso, uma vez que o fundo em reserva é
demasiado antigo e carece, na grande maioria, de tratamento técnico.
Os argumentos aduzidos para a nossa escolha vão ao encontro
das questões orientadoras apresentadas por Kay Bishop (2007:141-142)
sobre as razões que justificam e devem orientar a realização de uma
avaliação da coleção: “ Before beginning an evaluation project, one must
identify what information to collect, how to record it, how to analyse it,
how to use it, and with whom to share it and why.”
Processos de análise
Por sugestão da investigadora Kay Bishop (2007:144-155),
relativamente às técnicas para medir a coleção, a escolha ajustada à avaliação
da nossa coleção incidiu sobre:
- o uso de estatísticas sobre: os documentos existentes, o idioma, a idade da
coleção, os documentos adquiridos, as requisições domiciliárias/sala de aula e
a articulação curricular;
- o exame direto ao estado físico da coleção para avaliar a idade, a atualidade
do conteúdo, a qualidade e o estado de conservação;
- a comparação de listas de livros recomendados pelo PNL para leitura
autónoma de temas científicos;
- a auscultação dos utilizadores relativamente aos recursos disponíveis; e
- a definição de taxas de rotação, de renovação e de eliminação.
13
Começámos por efetuar a contagem dos documentos existentes em
cada subclasse e por tipologia. Na tabela 6, indicamos o total de documentos
por tipologia da classe 5.
Subclasses da classe 5
Livros
Classe 5
DVD’s
Classe 5
Aplicações
50 61
51 52
52 19
53 54
54 19
55 18
56 1
57 83
58 30
59 22
359 64 56
75% 13% 12%
Total=479
100%
Tabela 6 - Classe 5 e subclasses - Distribuição dos documentos por tipologia
Pela análise da tabela 6, constatamos que prevalece a existência de
documentos-livros (75%), existindo um fraco investimento noutros formatos.
Seguidamente, procedemos ao mapeamento da classe 5, tabela 7:
Média de idade das subclasses da classe
5
Documento livro
Idade
50 2000 14
51 1990 24
52 1995 19
53 1986 18
54 1993 21
55 1990 24
56 1998 16
14
57 1992 22
58 1986 18
59 1992 22
Total de livros= 359
Nº de livros por estudante= 4
Média de idade= 1992
Tabela 7 - Mapeamento da classe 5
A observação atenta da tabela 7 permite-nos concluir que a subclasse
50 possui um acervo mais atualizado, facto que decorre do maior investimento
financeiro com as verbas afetadas pelos projetos e pela dinâmica que
carateriza o grupo disciplinar que mais articula com a biblioteca. Conforme
refere Bishop (2007:156), este tipo de mapeamento permite obter uma leitura
rápida e de fácil interpretação das suas fraquezas e potencialidades, bem como
indicar áreas prioritárias de intervenção.
Ao comparar a lista de livros (25 títulos) recomendados pelo PNL (julho
2012) para leitura autónoma sobre temas de caráter científico, verifica-se que a
classe 5 detém apenas 13 títulos (52%) do referido material.
Durante o ano transato, a verba atribuída pela Direção serviu
essencialmente para cobrir as necessidades relativas à generalidade da
coleção e, na classe 5, a maioria dos livros adquiridos foi feita com a verba
atribuída pelo PLN no âmbito do projeto “Dormir + para ler melhor”, tendo dado
entrada 25 livros e 4 revistas especializadas para a classe 5. O restante
material entrou para as classes 6 e 8. No presente ano letivo, não foi feito
nenhum investimento em material digital na classe 5.
Pelo exame direto à classe 5, constata-se que a maioria dos livros é
graficamente pouco apelativa, alguns conteúdos científicos estão
desatualizados e vários livros apresentam um aspeto envelhecido e antiquado,
sobretudo no que se refere às ilustrações e às fotografias. Podemos afirmar
que o estado físico da classe 5 é de qualidade média, uma vez que há uma
grande preocupação em conservar os livros.
Na sequência desta análise direta, foram reservados 25 livros para
restauro e 13 para abate. Nesta seleção, há livros que estão desatualizados do
ponto de vista científico e outros estão muito degradados, pelo que serão
15
eliminados. Alguns dos que serão eliminados já os substituímos por edições
mais recentes.
Um outro aspeto que merece particular destaque é o estudo da
articulação curricular entre as subclasses, os níveis de ensino e os documentos
consultados. Até ao momento, não foi possível realizar o estudo de todas as
prováveis articulações com a Matemática, a Físico-Química e Física e Química
A e a Física. A oferta complementar de escola intitulada Literacia Científica
desenvolve muitos trabalhos de pesquisa na biblioteca, daí ser possível
proceder ao registo das obras requisitadas. Os Ipads só são requisitados
localmente e foram especialmente utilizados durante a realização da “Semana
das Ciências”.
Articulação curricular Número de títulos
consultados
Número de aplicações Ipad
consultadas
Ciências Naturais 7º 19 Transversal
8º 16 Transversal
9º 3 Transversal
Biologia e Geologia 10 61 14
11º 40 Transversal
Biologia 12º 4 Transversal
Matemática 7º Sem dados Transversal
8º Sem dados Transversal
9º Sem dados Transversal
10º Sem dados Transversal
11º Sem dados Transversal
12º Sem dados Transversal
Físico-Química 7º Sem dados Transversal
8º Sem dados Transversal
9º Sem dados Transversal
Física e Química A 10º Sem dados 17
11º Sem dados Transversal
Física 12º Sem dados 3
Geral/Literacia
Científica
--- 102 Sem dados
Tabela 8 - Distribuição de títulos e aplicações consultadas com a respetiva
articulação curricular
O idioma predominante nos documentos livro é o Português e nas
aplicações para o Ipad é o Inglês.
16
A intervenção seguinte residiu na recolha de dados sobre a comparação
do número de requisições domiciliárias de livros da coleção em geral e das
requisições domiciliárias de livros relativas à classe 5 (tabela 9). Verifica-se que
a taxa de requisições da classe 5 é um pouco inferior à da coleção em geral,
sabendo-se que é uma das mais altas, comparando com outras classes que
têm taxas muito inferiores, como por exemplo as classes 1 e 2.
Requisições domiciliárias da coleção e da classe 5
Ano Letivo
Requisições domiciliárias de livros
(totalidade da coleção)
Requisições domiciliárias de livros da
classe 5
Nº de
requisições
Nº de
utilizadores
Livros
p/utilizador
Nº de
requisições
Nº de
utilizadores
Livros
p/utilizador
2013/2014 2105 550 3,82% 234 102 2,29%
Tabela 9 - Comparação entre as requisições da coleção e da classe 5
O apuramento de dados sobre o número de requisições, de entradas de
livros e de propostas para desbaste (tabela 10) permite-nos definir taxas
relativas à rotação, renovação e eliminação, devolvendo informação objetiva
sobre estes aspetos tão importantes da coleção.
Classe 5
Ano Letivo
Nº de
requisições
Taxa de
rotação
Nº de
entradas
Taxa de
renovação
Nº livros p/
desbaste
Taxa de
eliminação
2013/2014 184 39% 25 5,2% 38 8%
Tabela 10 - Taxas de rotação, de renovação e de eliminação
A taxa de rotação da classe 5 é muito superior à taxa média de rotação
da generalidade das classes, à exceção da classe 8, que tem a taxa mais alta
de rotação: 52%.
Da auscultação efetuada a 41 alunos, no final do presente ano letivo, a
partir do questionário proposto pelo modelo de autoavaliação da biblioteca
escolar, em formulário do Google Docs, sobre os recursos da biblioteca, em
especial sobre a coleção, obtivemos os seguintes resultados:
17
Recursos da biblioteca
Os livros e os recursos são adequados aos teus interesses e necessidades de
leitura e de aprendizagem
sim 37 90%
não 4 10%
Os recursos existentes na biblioteca ou que esta faz circular na tua escola
muito bom 7 17%
bom 15 37%
médio 17 41%
fraco 2 5%
18
Obras de referência, de consulta e de apoio ao estudo (enciclopédias,
dicionários, obras didáticas, cadernos de atividades, provas de avaliação,…)
muito bom 8 20%
bom 20 49%
médio 11 27%
fraco 2 5%
Livros
muito bom 7 17%
bom 27 66%
médio 6 15%
fraco 1 2%
19
Jornais e revistas
muito bom 8 20%
bom 14 34%
médio 15 37%
fraco 4 10%
Vídeos
muito bom 4 10%
bom 18 44%
médio 15 37%
fraco 4 10%
20
Recursos digitais (Escola Virtual, Aula Digital, Software educativo, ebooks,
aplicações Ipad, vídeojogos,...)
muito bom 4 10%
bom 18 44%
médio 11 27%
fraco 8 20%
Informação organizada pela biblioteca, acessível através da Internet
muito bom 6 15%
bom 17 41%
médio 16 39%
fraco 2 5%
21
Os resultados obtidos nos questionários permitem-nos afirmar que o
grau de satisfação, por parte dos alunos, em relação aos recursos da biblioteca
é muito razoável. Colhem menos agrado os recursos digitais, que não estão
disponíveis para domicílio nem para a sala de aula. Estes recursos só podem
ser usados na biblioteca com a supervisão de um professor.
Da auscultação efetuada ao Departamento de Ciências e aos grupos
disciplinares representados nas subclasses da classe 5, recolhemos
informação sobre os recursos a adquirir e solicitações de formação na área da
literacia da informação.
Análise crítica aos resultados
Nesta rubrica, fazemos a identificação, com a clareza e objetividade
desejáveis, dos pontos fortes e fracos da classe 5 e registamos as principais
decisões que serão tomadas no início do próximo ano letivo.
Por ser a primeira vez que estamos a realizar este trabalho e não
dispormos de dados dos anos anteriores, não podemos fazer inferências sobre
metas e objetivos. Por outro lado, não temos um termo de comparação com
outras bibliotecas de perfil similar, facto que invalida uma apreciação que nos
permita posicionar-nos num nível desejável ou apontar estratégias de melhoria.
A nível internacional, há standards definidos para todo o tipo de bibliotecas que
nos podem guiar e assegurar um nível de desempenho que corresponda às
necessidades dos utilizadores, que contenha variedade de formatos e que
responda às listas de apoio bibliográfico das disciplinas e dos seus conteúdos
programáticos. Desconhecemos a definição desses parâmetros que nos
permitam balizar o nosso desempenho e esperamos contar com os resultados
dos próximos anos para fazermos comparações connosco próprios e
esperando que a avaliação da coleção se torne uma prática generalizada na
maioria das bibliotecas escolares. Não obstante a intuição que se tem quando
se trabalha quotidianamente numa biblioteca, a estatística mostra-nos que esta
classe tem uma elevada taxa de rotação, comparativamente com outras
classes, e que a idade e taxa de rotação também estão acima da média da
taxa de rotação global da coleção. A taxa de rotação poderia ser mais elevada,
22
mas é condicionada pelo facto de os utilizadores pertencerem a um nível
socioeconómico elevado, que lhes permite adquirir muitos dos livros sugeridos,
ao invés de os requisitarem na biblioteca. A venda de livros na Feira do Livro
de Natal mostrou claramente essa opção.
Nesta perspetiva, considerámos que a classe 5 em análise tem uma
idade avançada (22 anos), embora a subclasse 51 esteja muito abaixo da
média de idade (14 anos). Este facto deve-se ao investimento realizado,
mediante a concretização de projetos, nos últimos dois anos, que contribuiu
decisivamente para a renovação/atualização de algumas subclasses. O estado
de conservação dos livros é médio e há uma preocupação com o seu restauro
e preservação. A realização sistemática de articulação curricular com o grupo
disciplinar de Ciências Naturais e Biologia e Geologia promove claramente o
aumento da taxa de rotação.
Ainda há alguma resistência ao desbaste, dado que não há muitas
verbas para rejuvenescer a classe, cujos livros são maioritariamente técnicos e
com preços elevados. Aposta-se na conservação e na atenção redobrada da
atualização do conteúdo científico, que é complementada com o acesso a
fontes eletrónicas em linha.
Sistematizamos na tabela 11 os pontos fortes e fracos da classe 5:
Classe 5
Pontos fortes Pontos fracos
Articulação curricular dos grupos de
Ciências/Biologia/Geologia
Idade
Desenvolvimento de projetos/participação em
concursos
Utilização dos recursos digitais
Financiamento suplementar através de
projetos
Articulação curricular dos grupos de
Matemática/Física/Química
Difusão do acervo documental (Catálogo,
Moodle, Facebook, Blogue)
Lista de obras recomendadas pelo PNL
Realização de iniciativas leitoras + sessões
experimentais
Desbaste limitado
Estado de conservação Subclasse 56 - Paleontologia
Rácio de livros por aluno (ALA/RBE)
Tabela 11 - Identificação dos pontos fortes e fracos da classe 5
23
Elencamos, de seguida, as medidas que, em nosso entender, devem ser
implementadas ao nível da classe 5 no próximo ano letivo, tendo em vista a
sua conservação, renovação e otimização geral:
- proporcionar formação e divulgação dos recursos digitais, sobretudo
das aplicações dos Ipads;
- fomentar a articulação/colaboração dos grupos disciplinares de
Matemática/Física/Química;
- adquirir mais livros da lista sugerida pelo PNL, na área dos temas
científicos;
- continuar a apoiar o desenvolvimento de projetos;
- promover a divulgação dos recursos disponíveis;
- adquirir mais alguns títulos para a subclasse 56, que está muito
desequilibrada em relação às restantes; e
- realizar uma Feira do Livro Manuseado com os livros abatidos, cuja
verba reverterá para a aquisição de novidades de caráter científico e que
constam das sugestões apresentadas pelos professores e alunos.
Além disso, consideramos que devem ser implementadas medidas
complementares extensíveis a toda a coleção e que visam a sua
otimização, a saber:
- construir instrumentos/aplicações de recolha de informação sobre a
utilização da coleção em suporte digital;
- dedicar mais tempo à catalogação e proceder à catalogação dos
recursos digitais;
- iniciar o funcionamento do módulo de empréstimo Usewin; e
- criar códigos de barras para leitura ótica, de forma a obter registos
fidedignos e que agilizem a recolha de informação da utilização da
coleção.
24
Gostaríamos de terminar este trabalho com um especial reconhecimento
pela oportunidade de realizar esta tarefa, que constituiu uma ocasião única
para conhecer detalhadamente esta classe da coleção e para reunir as
ferramentas, aplicar a metodologia e dominar os processos inerentes à
realização da avaliação de uma coleção.
Bibliografia
ALA. (s.d.). Americam Library Association. Obtido em 01 de 07 de 2014, de
ALA: http://www.ala.org/ala/cite (Accessed July 3, 2014)
Bishop, K. (2007). The collection program in schools: concepts, practices and
information sources. Westport: Libraries Unlimited.
Carbone, P. (1998). Évaluer la performance des bibliothèques. Bulletin des
bibliothèques de France, 40-45. Paris. Obtido em 2014, de
http://bbf.enssib.fr/consulter/05-carbone.pdf
Massísimo, A., & Boado, S. d. (2002). Evaluación de colecciones en las
bibliotecas universitarias (I). Métodos basados en el estudio de la
colección. . Anales De DocumentacióN, 5, 245-272. Barcelona,
Espanha. doi:10.6018/2111
Rodrigues, E., & Carvalho, J. (2008). Gestão e organização da colecção digital
3. (B. RBE, Ed.) Lisboa.

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Avaliação da classe 5 da coleção da BE da ESB

  • 1. Avaliação da Classe 5 da coleção da biblioteca da Escola Secundária du Bocage A professora bibliotecária, Dulce Gomes
  • 2. 2 Índice Índice de tabelas ..........................................................................................................................3 Introdução....................................................................................................................................4 Metodologia.................................................................................................................................5 A biblioteca ..................................................................................................................................5 A coleção......................................................................................................................................7 A classe 5....................................................................................................................................11 Processos de análise ..................................................................................................................12 Análise crítica aos resultados .....................................................................................................21 Bibliografia.................................................................................................................................24
  • 3. 3 Índice de tabelas Tabela 1 - Tipologia dos documentos ............................................................... 9 Tabela 2 - Distribuição das monografias segundo a CDU ................................. 9 Tabela 3 - Distribuição da coleção digital segundo a CDU.............................. 10 Tabela 4 - Taxas de rotação (empréstimos presenciais, domiciliários e para sala de aula) ................................................................................................... 10 Tabela 5 - Taxa de renovação da coleção ...................................................... 10 Tabela 6 - Classe 5 e subclasses - Distribuição dos documentos por tipologia13 Tabela 7 - Mapeamento da classe 5 ............................................................... 14 Tabela 8 - Distribuição de títulos e aplicações consultadas com a respetiva articulação curricular....................................................................................... 15 Tabela 9 - Comparação entre as requisições da coleção e da classe 5 .......... 16 Tabela 10 - Taxas de rotação, de renovação e de eliminação ........................ 16 Tabela 11 - Identificação dos pontos fortes e fracos da classe 5 .................... 22
  • 4. 4 Introdução Com este trabalho pretendemos dar cumprimento ao estipulado na Política de Desenvolvimento da Coleção da Escola Secundária du Bocage (Setúbal) e que consiste na realização da avaliação da coleção. A nossa inexperiência nesta matéria ditou-nos que seria prudente começar por uma parte que nos possibilitasse o conhecimento e o domínio das técnicas e métodos a estender e aplicar, mais tarde, a toda a coleção. Este trabalho centra--se, por isso, na avaliação da classe 5 da coleção da biblioteca escolar coordenada pela professora bibliotecária em funções. Avaliar a coleção não é uma prática instituída pela Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), apesar de ser referida como um processo a realizar e estar prevista na Política de Desenvolvimento da Coleção. Contudo, esta prática não encontra eco nas bibliotecas do município a que esta biblioteca pertence, pelo que a realização deste trabalho contou essencialmente com o estudo teórico dos recursos disponibilizados pela Rede de Bibliotecas Escolares, bem como de outras leituras complementares que lhe serviram de suporte, que permitiram conhecer os métodos e processos preconizados para esta tarefa pelos investigadores especializados na matéria em estudo. Neste âmbito, numa primeira fase, procedemos à caracterização da escola e da biblioteca onde está sediada a coleção e à definição do perfil dos seus utilizadores. Seguidamente, encetámos um processo de inventariação dos documentos que constituem as classes e subclasses da coleção, para termos uma perspetiva das relações que estas estabelecem entre si. Posteriormente, fizemos contagens parciais das subclasses, comparámos as existências com listas temáticas, verificámos a articulação curricular, definimos taxas de rotação, de renovação e de eliminação, auscultámos utilizadores e, finalmente, tomámos decisões quanto à conservação e restauro, ao abate e às aquisições. Nas considerações finais, apresentamos algumas propostas quanto ao investimento, à melhoria da taxa de rotação, à divulgação e à otimização dos recursos existentes.
  • 5. 5 Metodologia A metodologia utilizada para a realização deste trabalho é de ordem quantitativa e qualitativa. Para a realização de estatísticas foram utilizadas folhas de Excel e formulários do Google Docs que devolveram os resultados em percentagens ou em gráficos. Este processo de recolha e armazenamento de informação é extremamente válido e permite-nos confirmar muita informação que conhecíamos de forma intuitiva. Paralelamente, recorremos à apreciação qualitativa quando nos detivemos na observação atenta dos documentos para verificar a sua atualidade científica, as prováveis articulações curriculares, a seleção e escolha para restauro e os exemplares que serão eliminados. A biblioteca A Escola Secundária du Bocage e a sua biblioteca estão focadas no cumprimento da sua missão, que consiste em elevar o sucesso pessoal e académico dos alunos. Dando igualmente cumprimento às coordenadas da American Library Association (ALA), a biblioteca assume-se como um serviço formativo e pedagógico, que disponibiliza conteúdos informacionais que vão ao encontro das necessidades dos seus utilizadores. A sua principal vocação centra-se na dinamização de atividades de promoção da leitura e na construção e desenvolvimento de projetos de articulação curricular com os diferentes grupos disciplinares, de forma a dar apoio ao trabalho desenvolvido em sala de aula e aos alunos que se deslocam, em grupo ou individualmente, à biblioteca. Tendo definido, em 2012, uma Política de Desenvolvimento da Coleção, a biblioteca desenvolve um trabalho de planificação da política de aquisições e de avaliação da coleção, que agora executa faseadamente. O principal objetivo é conhecer detalhadamente a coleção, que cresce e envelhece, e fazer opções documentadas, com informação precisa sobre o que se tem, o que se precisa e o que se pode ter para assegurar a sua dinamização e renovação.
  • 6. 6 A biblioteca da Escola Secundária du Bocage está integrada no espaço escolar da Escola Secundária com 3º ciclo, com o mesmo nome, e serve, atualmente, uma população com cerca de 1400 alunos (47 turmas), 110 professores e 24 funcionários. Trata-se de uma escola não agrupada, com contrato de autonomia e com protocolos firmados entre as escolas do ensino articulado da música da cidade e o estabelecimento prisional de Setúbal. A escola foi fundada em 1949, com uma construção típica dos antigos liceus, sediada na freguesia de S. Julião, numa zona urbana central da cidade de Setúbal, cuja população residente pertence a um nível socioeconómico médio- alto, manifestando um forte sentimento de pertença à escola e com elevadas expectativas em relação à formação dos educandos. A oferta formativa do ensino secundário incide maioritariamente sobre os cursos científico- humanísticos. O espaço inicial destinado à biblioteca está localizado no 1º andar do edifício e foi ampliado em 1993, com a integração de um corredor, onde atualmente está localizada a coleção de livre acesso e a zona de atendimento. Dispõe de serviços em linha: email, moodle, blogue e perfil de Facebook. Faculta o acesso ao catálogo em linha, não totalmente atualizado, em 15 postos de acesso informático com ligação à Internet, equipamento vídeo e áudio, além de estar organizada em áreas funcionais. A biblioteca funciona em horário contínuo, desde as 8:30 às 18:30, cobrindo todo o horário letivo, e desenvolve, esporadicamente, atividades após este horário, em função das necessidades dos utentes, ou atividades que envolvam outros membros da comunidade educativa. Durante as interrupções letivas, a biblioteca funciona com o mesmo horário, encerrando apenas em agosto. A biblioteca conta, desde há quatro anos, com bibliotecários com formação especializada na área da biblioteconomia e possui os documentos essenciais à gestão e organização, tais como: o regulamento interno, a política de desenvolvimento da coleção, o conteúdo funcional da equipa, o plano anual de atividades e o plano de melhoria. Faz parte da RBE desde o ano 2000. A atual equipa da biblioteca é constituída pela professora bibliotecária, que leciona uma turma e dá apoio à biblioteca do estabelecimento prisional; três docentes, um de cada departamento disciplinar, com um total de 35 tempos
  • 7. 7 letivos; e duas funcionárias, ambas a tempo inteiro. Todos os elementos da equipa têm formação específica na área das bibliotecas, ainda que não seja a suficiente. Hoje, este espaço é reconhecido como um espaço dinâmico, de acesso ao conhecimento, de articulação curricular, de lazer e de convívio. O documento “Política de Desenvolvimento da Coleção”, que estará em vigor até ao ano letivo 2015/2016, apresenta, no preâmbulo, a missão e os objetivos da biblioteca, bem como a sua articulação com os objetivos do projeto educativo e o projeto curricular de escola. A Direção da escola colabora frequentemente nas atividades promovidas pelo serviço e apoia pedagógica e financeiramente todas as iniciativas, difundindo e dando visibilidade ao trabalho que aí se desenvolve, junto dos seus parceiros, da comunidade educativa e na página web da escola. A afetação de um professor informático ao serviço ajudou significativamente a manter e a melhorar o serviço de atendimento aos utilizadores. A coleção Segundo a ALA, a avaliação da coleção corresponde a um conjunto de estudos e operações que a biblioteca desenvolve para comprovar até que ponto a mesma responde às necessidades dos seus utilizadores. Kay Bishop (2007:141) defende que este procedimento deve constar da Política de Desenvolvimento da Coleção e basear-se na forma como a coleção responde às necessidades dos utilizadores. Massísimo e Boado (2002) reforçam igualmente esse aspeto e colocam a ênfase nos elementos que configuram a informação, destacando os pontos fracos e fortes que permitirão tomar decisões mais adequadas, com o propósito de rentabilizar os recursos durante o seu ciclo de vida. Considerámos, igualmente, a informação constante da norma ISO 11620, de 2004, que marca um passo decisivo na avaliação das bibliotecas. A sua principal função reside na construção e implementação do processo regular de avaliação, no âmbito dos serviços de informação prestados aos utilizadores. A uniformização de procedimentos é feita pela adoção de uma terminologia
  • 8. 8 normalizada, no plano da descrição dos serviços ou atividades medidas, e de indicadores de desempenho, enfatizando as questões da eficácia e da eficiência. Carbone (1998) defende a integração desses indicadores na prática regular da planificação e da avaliação, contando com a participação de todos os envolvidos no processo e tendo por base a política de desenvolvimento da biblioteca. Conhecer e avaliar uma subclasse de determinada coleção permitir-nos- -á obter informação quantitativa e qualitativa para a consciente tomada de decisões relativamente à aquisição, ao desbaste e a outros aspetos que se revistam de interesse e visem a otimização da mesma. Em suma, porque consideramos que é essencial atender às necessidades dos nossos utilizadores e queremos otimizar ao máximo os recursos materiais e financeiros, decidimos encetar este processo e, deste modo, aprender a realizar uma avaliação parcial da coleção. De acordo com a definição proposta pela RBE, a coleção corresponde ao “conjunto de recursos documentais da biblioteca escolar, em diferentes suportes (livro, não livro e documentação em linha), geridos por esta e de acesso local ou remoto.” (2008:2). Cientes da abrangência desta definição e da sugerida por Kay Bishop (2007:1) “a media center collection is defined as a group of information sources (print, nonprint, and electronic) selected and managed by the media specialist for a defined user community (students, faculty, and sometimes parents in a school).”, propusemo-nos estudar apenas a dimensão tangível da coleção, uma vez que ainda não dispomos de meios técnicos nem de formação específica para organizar e disponibilizar a componente digital e online da nossa coleção. Nos termos do documento “Gestão e organização da coleção digital” da RBE, listámos para a classe em análise os recursos digitais que compreendem software para Ipad e os ebooks. Começámos por recolher os dados gerais da coleção para depois nos centrarmos nos aspetos que serão alvo de um estudo mais particularizado e atento. A biblioteca da Escola Secundária du Bocage possui um fundo documental em livre acesso totalmente registado, classificado e etiquetado. Em reserva, está o fundo antigo que foi tratado tecnicamente por uma funcionária especializada da Biblioteca Municipal de Setúbal. De acordo com o mais
  • 9. 9 recente inventário, realizado em maio de 2014, existem 12 498 documentos, que estão distribuídos da seguinte forma, na tabela 1: Tipologia do documento Quantidade Percentagem Cassetes VHS 0 0% CD-Áudio 228 2% CD-ROM 153 1% Documentos/aplicações em formato digital (ebooks, aplicações para Ipad) 174 1% DVD 373 3% Publicações periódicas 3 0% Monografias 4581 37% Monografias em reserva e livro antigo 7000 56% Total 12498 100% Tabela 1 - Tipologia dos documentos Pela informação constante na tabela 1, verifica-se que 93% da coleção corresponde a material livro, denotando um fraco reforço ao nível do material não livro e digital. As monografias, constantes da tabela 2, distribuem-se da seguinte forma, de acordo com a classificação CDU: Classes da CDU Quantidade Percentagem 0.Generalidades 243 5% 1.Filosofia 372 8% 2.Religião 32 0% 3.Ciências Sociais 329 7% 5.Ciências Puras/Matemática/Ciências Naturais 359 8% 6.Ciências Aplicadas /Medicina/Tecnologias 121 3% 7.Arte/Desporto 462 10% 8.Língua/Linguística/Literatura 2170 47% 9.Biografia/Geografia/História/Fundo local 493 11% Tabela 2 - Distribuição das monografias segundo a CDU A coleção digital, apresentada na tabela 3, constituída por DVD’s, aplicações para Ipad e ebooks, distribui-se da seguinte forma, de acordo com a classificação CDU: Classes da CDU Quantidade Percentagem 0.Generalidades 17 0%
  • 10. 10 1.Filosofia 0 0% 2.Religião 0 0% 3.Ciências Sociais 0 0% 5.Ciências Puras/Matemática/Ciências Naturais 120 32% 6.Ciências Aplicadas/Medicina/Tecnologias 8 5% 7.Arte/Desporto 0 0% 8.Língua/Linguística/Literatura 392 57% 9.Biografia/Geografia/História/Fundo local 10 6% Total 547 100% Tabela 3 - Distribuição da coleção digital segundo a CDU A coleção digital é bastante recente, tendo em conta a idade geral da coleção, e a proveniência do material é diversa. Os DVD’s têm sido adquiridos ou doados desde há cerca de dez anos. As aplicações para os Ipads, bem como os suportes de leitura, foram adquiridos no âmbito de um projeto financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, em 2012, intitulado “V@mos Ler Ciênci@”. Por sua vez, os ebooks foram quase todos obtidos online, de forma gratuita, uma vez que são textos que se encontram no domínio público. Os idiomas que prevalecem são o Português e o Inglês. Relativamente à utilização da coleção, no ano letivo 2013/2014, apurámos os dados referentes às requisições, que figuram na tabela 4, considerando que temos 6 000 documentos disponíveis para requisição: Nº de requisições domiciliárias Taxa de rotação Nº de requisições presenciais Taxa de rotação Nº de requisições p/sala de aula Taxa de rotação 1014 16,9% 1065 8,31% 1091 8,51% Tabela 4 - Taxas de rotação (empréstimos presenciais, domiciliários e para sala de aula) O total de livros que deram entrada na coleção (adquiridos, doados, financiados por projetos) constam da tabela 5 e correspondem a uma taxa de renovação de 5,2%. Nº de entradas Taxa de renovação 342 5,2% Tabela 5 - Taxa de renovação da coleção
  • 11. 11 A classe 5 Quando nos propusemos realizar esta tarefa, refletimos bastante sobre qual seria a classe ou subclasse que iria merecer a nossa análise e procedemos ao levantamento dos argumentos que melhor poderiam justificar a sua escolha e que passamos a elencar: 1. Número muito significativo de utilizadores: - 24 turmas do ensino básico: 100% dos alunos do ensino básico, nas disciplinas de Matemática, Ciências Naturais, Físico-Química e a oferta complementar de Literacia Científica, no 9º ano; e - 12 turmas do ensino secundário, do Curso Científico-Humanístico: 50% dos alunos – 10º, 11º e 12º anos, nas disciplinas de Matemática, Físico- -Química A, Biologia e Física. 2. Perfil dos utilizadores: - Grupo disciplinar proactivo, que faz recorrentemente articulação curricular com a biblioteca, envolvendo-se em projetos internos e externos, em parceria com o Plano Nacional de Leitura e a RBE (“Ler Ciênci@”, “Newton gostava de ler” e “Dormir + para ler melhor”) e com organizações parceiras, tais como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa, e o Instituto Politécnico de Setúbal. 3. Articulação curricular: - desenvolvimento de iniciativas no domínio científico, que envolvem a maioria das turmas, com a realização da “Semana das Ciências” e frequentes exposições sobre temas e leituras de caráter científico; - elevado número de atividades articuladas entre o grupo de Ciências Naturais e Biologia/Geologia e a biblioteca; - manifesta preocupação com a atualização científica dos conteúdos e dos formatos a disponibilizar; e
  • 12. 12 - interesse em possuir os documentos constantes na lista de sugestões de leitura de temas de caráter científico. 4. Pressupostos técnico-logísticos: - atualização do rácio proposto pela International Federation of Library Associations (IFLA): 60% do fundo documental deve corresponder a recursos de não ficção relacionados com o currículo; - atualização dos dados relativos ao número de documentos por aluno, considerando que na última avaliação, em 2012, existiam apenas 4 documentos por aluno. Este rácio considera apenas os documentos que se encontram em livre acesso, uma vez que o fundo em reserva é demasiado antigo e carece, na grande maioria, de tratamento técnico. Os argumentos aduzidos para a nossa escolha vão ao encontro das questões orientadoras apresentadas por Kay Bishop (2007:141-142) sobre as razões que justificam e devem orientar a realização de uma avaliação da coleção: “ Before beginning an evaluation project, one must identify what information to collect, how to record it, how to analyse it, how to use it, and with whom to share it and why.” Processos de análise Por sugestão da investigadora Kay Bishop (2007:144-155), relativamente às técnicas para medir a coleção, a escolha ajustada à avaliação da nossa coleção incidiu sobre: - o uso de estatísticas sobre: os documentos existentes, o idioma, a idade da coleção, os documentos adquiridos, as requisições domiciliárias/sala de aula e a articulação curricular; - o exame direto ao estado físico da coleção para avaliar a idade, a atualidade do conteúdo, a qualidade e o estado de conservação; - a comparação de listas de livros recomendados pelo PNL para leitura autónoma de temas científicos; - a auscultação dos utilizadores relativamente aos recursos disponíveis; e - a definição de taxas de rotação, de renovação e de eliminação.
  • 13. 13 Começámos por efetuar a contagem dos documentos existentes em cada subclasse e por tipologia. Na tabela 6, indicamos o total de documentos por tipologia da classe 5. Subclasses da classe 5 Livros Classe 5 DVD’s Classe 5 Aplicações 50 61 51 52 52 19 53 54 54 19 55 18 56 1 57 83 58 30 59 22 359 64 56 75% 13% 12% Total=479 100% Tabela 6 - Classe 5 e subclasses - Distribuição dos documentos por tipologia Pela análise da tabela 6, constatamos que prevalece a existência de documentos-livros (75%), existindo um fraco investimento noutros formatos. Seguidamente, procedemos ao mapeamento da classe 5, tabela 7: Média de idade das subclasses da classe 5 Documento livro Idade 50 2000 14 51 1990 24 52 1995 19 53 1986 18 54 1993 21 55 1990 24 56 1998 16
  • 14. 14 57 1992 22 58 1986 18 59 1992 22 Total de livros= 359 Nº de livros por estudante= 4 Média de idade= 1992 Tabela 7 - Mapeamento da classe 5 A observação atenta da tabela 7 permite-nos concluir que a subclasse 50 possui um acervo mais atualizado, facto que decorre do maior investimento financeiro com as verbas afetadas pelos projetos e pela dinâmica que carateriza o grupo disciplinar que mais articula com a biblioteca. Conforme refere Bishop (2007:156), este tipo de mapeamento permite obter uma leitura rápida e de fácil interpretação das suas fraquezas e potencialidades, bem como indicar áreas prioritárias de intervenção. Ao comparar a lista de livros (25 títulos) recomendados pelo PNL (julho 2012) para leitura autónoma sobre temas de caráter científico, verifica-se que a classe 5 detém apenas 13 títulos (52%) do referido material. Durante o ano transato, a verba atribuída pela Direção serviu essencialmente para cobrir as necessidades relativas à generalidade da coleção e, na classe 5, a maioria dos livros adquiridos foi feita com a verba atribuída pelo PLN no âmbito do projeto “Dormir + para ler melhor”, tendo dado entrada 25 livros e 4 revistas especializadas para a classe 5. O restante material entrou para as classes 6 e 8. No presente ano letivo, não foi feito nenhum investimento em material digital na classe 5. Pelo exame direto à classe 5, constata-se que a maioria dos livros é graficamente pouco apelativa, alguns conteúdos científicos estão desatualizados e vários livros apresentam um aspeto envelhecido e antiquado, sobretudo no que se refere às ilustrações e às fotografias. Podemos afirmar que o estado físico da classe 5 é de qualidade média, uma vez que há uma grande preocupação em conservar os livros. Na sequência desta análise direta, foram reservados 25 livros para restauro e 13 para abate. Nesta seleção, há livros que estão desatualizados do ponto de vista científico e outros estão muito degradados, pelo que serão
  • 15. 15 eliminados. Alguns dos que serão eliminados já os substituímos por edições mais recentes. Um outro aspeto que merece particular destaque é o estudo da articulação curricular entre as subclasses, os níveis de ensino e os documentos consultados. Até ao momento, não foi possível realizar o estudo de todas as prováveis articulações com a Matemática, a Físico-Química e Física e Química A e a Física. A oferta complementar de escola intitulada Literacia Científica desenvolve muitos trabalhos de pesquisa na biblioteca, daí ser possível proceder ao registo das obras requisitadas. Os Ipads só são requisitados localmente e foram especialmente utilizados durante a realização da “Semana das Ciências”. Articulação curricular Número de títulos consultados Número de aplicações Ipad consultadas Ciências Naturais 7º 19 Transversal 8º 16 Transversal 9º 3 Transversal Biologia e Geologia 10 61 14 11º 40 Transversal Biologia 12º 4 Transversal Matemática 7º Sem dados Transversal 8º Sem dados Transversal 9º Sem dados Transversal 10º Sem dados Transversal 11º Sem dados Transversal 12º Sem dados Transversal Físico-Química 7º Sem dados Transversal 8º Sem dados Transversal 9º Sem dados Transversal Física e Química A 10º Sem dados 17 11º Sem dados Transversal Física 12º Sem dados 3 Geral/Literacia Científica --- 102 Sem dados Tabela 8 - Distribuição de títulos e aplicações consultadas com a respetiva articulação curricular O idioma predominante nos documentos livro é o Português e nas aplicações para o Ipad é o Inglês.
  • 16. 16 A intervenção seguinte residiu na recolha de dados sobre a comparação do número de requisições domiciliárias de livros da coleção em geral e das requisições domiciliárias de livros relativas à classe 5 (tabela 9). Verifica-se que a taxa de requisições da classe 5 é um pouco inferior à da coleção em geral, sabendo-se que é uma das mais altas, comparando com outras classes que têm taxas muito inferiores, como por exemplo as classes 1 e 2. Requisições domiciliárias da coleção e da classe 5 Ano Letivo Requisições domiciliárias de livros (totalidade da coleção) Requisições domiciliárias de livros da classe 5 Nº de requisições Nº de utilizadores Livros p/utilizador Nº de requisições Nº de utilizadores Livros p/utilizador 2013/2014 2105 550 3,82% 234 102 2,29% Tabela 9 - Comparação entre as requisições da coleção e da classe 5 O apuramento de dados sobre o número de requisições, de entradas de livros e de propostas para desbaste (tabela 10) permite-nos definir taxas relativas à rotação, renovação e eliminação, devolvendo informação objetiva sobre estes aspetos tão importantes da coleção. Classe 5 Ano Letivo Nº de requisições Taxa de rotação Nº de entradas Taxa de renovação Nº livros p/ desbaste Taxa de eliminação 2013/2014 184 39% 25 5,2% 38 8% Tabela 10 - Taxas de rotação, de renovação e de eliminação A taxa de rotação da classe 5 é muito superior à taxa média de rotação da generalidade das classes, à exceção da classe 8, que tem a taxa mais alta de rotação: 52%. Da auscultação efetuada a 41 alunos, no final do presente ano letivo, a partir do questionário proposto pelo modelo de autoavaliação da biblioteca escolar, em formulário do Google Docs, sobre os recursos da biblioteca, em especial sobre a coleção, obtivemos os seguintes resultados:
  • 17. 17 Recursos da biblioteca Os livros e os recursos são adequados aos teus interesses e necessidades de leitura e de aprendizagem sim 37 90% não 4 10% Os recursos existentes na biblioteca ou que esta faz circular na tua escola muito bom 7 17% bom 15 37% médio 17 41% fraco 2 5%
  • 18. 18 Obras de referência, de consulta e de apoio ao estudo (enciclopédias, dicionários, obras didáticas, cadernos de atividades, provas de avaliação,…) muito bom 8 20% bom 20 49% médio 11 27% fraco 2 5% Livros muito bom 7 17% bom 27 66% médio 6 15% fraco 1 2%
  • 19. 19 Jornais e revistas muito bom 8 20% bom 14 34% médio 15 37% fraco 4 10% Vídeos muito bom 4 10% bom 18 44% médio 15 37% fraco 4 10%
  • 20. 20 Recursos digitais (Escola Virtual, Aula Digital, Software educativo, ebooks, aplicações Ipad, vídeojogos,...) muito bom 4 10% bom 18 44% médio 11 27% fraco 8 20% Informação organizada pela biblioteca, acessível através da Internet muito bom 6 15% bom 17 41% médio 16 39% fraco 2 5%
  • 21. 21 Os resultados obtidos nos questionários permitem-nos afirmar que o grau de satisfação, por parte dos alunos, em relação aos recursos da biblioteca é muito razoável. Colhem menos agrado os recursos digitais, que não estão disponíveis para domicílio nem para a sala de aula. Estes recursos só podem ser usados na biblioteca com a supervisão de um professor. Da auscultação efetuada ao Departamento de Ciências e aos grupos disciplinares representados nas subclasses da classe 5, recolhemos informação sobre os recursos a adquirir e solicitações de formação na área da literacia da informação. Análise crítica aos resultados Nesta rubrica, fazemos a identificação, com a clareza e objetividade desejáveis, dos pontos fortes e fracos da classe 5 e registamos as principais decisões que serão tomadas no início do próximo ano letivo. Por ser a primeira vez que estamos a realizar este trabalho e não dispormos de dados dos anos anteriores, não podemos fazer inferências sobre metas e objetivos. Por outro lado, não temos um termo de comparação com outras bibliotecas de perfil similar, facto que invalida uma apreciação que nos permita posicionar-nos num nível desejável ou apontar estratégias de melhoria. A nível internacional, há standards definidos para todo o tipo de bibliotecas que nos podem guiar e assegurar um nível de desempenho que corresponda às necessidades dos utilizadores, que contenha variedade de formatos e que responda às listas de apoio bibliográfico das disciplinas e dos seus conteúdos programáticos. Desconhecemos a definição desses parâmetros que nos permitam balizar o nosso desempenho e esperamos contar com os resultados dos próximos anos para fazermos comparações connosco próprios e esperando que a avaliação da coleção se torne uma prática generalizada na maioria das bibliotecas escolares. Não obstante a intuição que se tem quando se trabalha quotidianamente numa biblioteca, a estatística mostra-nos que esta classe tem uma elevada taxa de rotação, comparativamente com outras classes, e que a idade e taxa de rotação também estão acima da média da taxa de rotação global da coleção. A taxa de rotação poderia ser mais elevada,
  • 22. 22 mas é condicionada pelo facto de os utilizadores pertencerem a um nível socioeconómico elevado, que lhes permite adquirir muitos dos livros sugeridos, ao invés de os requisitarem na biblioteca. A venda de livros na Feira do Livro de Natal mostrou claramente essa opção. Nesta perspetiva, considerámos que a classe 5 em análise tem uma idade avançada (22 anos), embora a subclasse 51 esteja muito abaixo da média de idade (14 anos). Este facto deve-se ao investimento realizado, mediante a concretização de projetos, nos últimos dois anos, que contribuiu decisivamente para a renovação/atualização de algumas subclasses. O estado de conservação dos livros é médio e há uma preocupação com o seu restauro e preservação. A realização sistemática de articulação curricular com o grupo disciplinar de Ciências Naturais e Biologia e Geologia promove claramente o aumento da taxa de rotação. Ainda há alguma resistência ao desbaste, dado que não há muitas verbas para rejuvenescer a classe, cujos livros são maioritariamente técnicos e com preços elevados. Aposta-se na conservação e na atenção redobrada da atualização do conteúdo científico, que é complementada com o acesso a fontes eletrónicas em linha. Sistematizamos na tabela 11 os pontos fortes e fracos da classe 5: Classe 5 Pontos fortes Pontos fracos Articulação curricular dos grupos de Ciências/Biologia/Geologia Idade Desenvolvimento de projetos/participação em concursos Utilização dos recursos digitais Financiamento suplementar através de projetos Articulação curricular dos grupos de Matemática/Física/Química Difusão do acervo documental (Catálogo, Moodle, Facebook, Blogue) Lista de obras recomendadas pelo PNL Realização de iniciativas leitoras + sessões experimentais Desbaste limitado Estado de conservação Subclasse 56 - Paleontologia Rácio de livros por aluno (ALA/RBE) Tabela 11 - Identificação dos pontos fortes e fracos da classe 5
  • 23. 23 Elencamos, de seguida, as medidas que, em nosso entender, devem ser implementadas ao nível da classe 5 no próximo ano letivo, tendo em vista a sua conservação, renovação e otimização geral: - proporcionar formação e divulgação dos recursos digitais, sobretudo das aplicações dos Ipads; - fomentar a articulação/colaboração dos grupos disciplinares de Matemática/Física/Química; - adquirir mais livros da lista sugerida pelo PNL, na área dos temas científicos; - continuar a apoiar o desenvolvimento de projetos; - promover a divulgação dos recursos disponíveis; - adquirir mais alguns títulos para a subclasse 56, que está muito desequilibrada em relação às restantes; e - realizar uma Feira do Livro Manuseado com os livros abatidos, cuja verba reverterá para a aquisição de novidades de caráter científico e que constam das sugestões apresentadas pelos professores e alunos. Além disso, consideramos que devem ser implementadas medidas complementares extensíveis a toda a coleção e que visam a sua otimização, a saber: - construir instrumentos/aplicações de recolha de informação sobre a utilização da coleção em suporte digital; - dedicar mais tempo à catalogação e proceder à catalogação dos recursos digitais; - iniciar o funcionamento do módulo de empréstimo Usewin; e - criar códigos de barras para leitura ótica, de forma a obter registos fidedignos e que agilizem a recolha de informação da utilização da coleção.
  • 24. 24 Gostaríamos de terminar este trabalho com um especial reconhecimento pela oportunidade de realizar esta tarefa, que constituiu uma ocasião única para conhecer detalhadamente esta classe da coleção e para reunir as ferramentas, aplicar a metodologia e dominar os processos inerentes à realização da avaliação de uma coleção. Bibliografia ALA. (s.d.). Americam Library Association. Obtido em 01 de 07 de 2014, de ALA: http://www.ala.org/ala/cite (Accessed July 3, 2014) Bishop, K. (2007). The collection program in schools: concepts, practices and information sources. Westport: Libraries Unlimited. Carbone, P. (1998). Évaluer la performance des bibliothèques. Bulletin des bibliothèques de France, 40-45. Paris. Obtido em 2014, de http://bbf.enssib.fr/consulter/05-carbone.pdf Massísimo, A., & Boado, S. d. (2002). Evaluación de colecciones en las bibliotecas universitarias (I). Métodos basados en el estudio de la colección. . Anales De DocumentacióN, 5, 245-272. Barcelona, Espanha. doi:10.6018/2111 Rodrigues, E., & Carvalho, J. (2008). Gestão e organização da colecção digital 3. (B. RBE, Ed.) Lisboa.