Este documento discute um modelo de autoavaliação para bibliotecas escolares no Brasil. O modelo avalia o impacto dos serviços da biblioteca e sua eficácia na aprendizagem dos alunos, orientando um programa de melhoria contínua. O documento também descreve os desafios na aplicação deste modelo, como a dificuldade em medir resultados e envolver a comunidade escolar no processo.
2. O modelo como instrumento pedagógico e de
melhoria de práticas
Avalia o trabalho desenvolvido pela BE;
Avalia o impacto dos serviços prestados pela BE e a sua
eficácia nas aprendizagens dos alunos ;
Instrumento regulador do trabalho da BE: partindo da
definição dos factores críticos e dos factores de sucesso,
orienta no programa de acção a seguir, permitindo uma
melhoria contínua na qualidade dos serviços prestados;
Gera um processo de auto-responsabilização de toda a
Comunidade Educativa (não apenas da BE e do PB)
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3. Ideias - chave que presidem ao modelo
Noção de valor: não apenas o valor intrínseco do trabalho
desenvolvido, mas principalmente o valor – eficácia , o
impacto dos serviços prestados pela BE( as mais-valias e os
outcomes, R.Todd);
Práticas de pesquisa – acção: evidências baseadas na
prática e recolha sistemática de evidências ( esta , segundo
R.Todd, é uma questão central, que dá ao PB a sua razão de
ser);
Processo: avaliar não é um fim, mas um processo
programado para cada 4 anos.
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4. Pertinência da existência de um modelo de
avaliação para as Bibliotecas Escolares
Perspectivas de desenvolvimento organizacional
(prática de avaliação das organizações);
Cultura de avaliação
(medir impactos, benefícios, outcomes );
Pressões económicas
(o poder político define e valida políticas a partir de resultados);
Instrumento de afirmação e de reconhecimento da
BE ( se não mostrarmos o nosso valor, não teremos futuro,
R.Todd).
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5. Organização estrutural e funcional
Organizado em 4 grandes domínios, subdomínios
e indicadores:
A – Apoio ao Desenvolvimento Curricular
A1 . Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas
e os docentes
A2 . Desenvolvimento da literacia da informação
B – Leitura e Literacia
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6. C - Projectos, parcerias e actividades livres e de abertura à
comunidade
C1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de
enriquecimento curricular
C2. Projectos e Parcerias
D – Gestão da BE
D1. Articulação da BE com a Escola.
D2. Condições humanas e materiais para a prestação de serviços
D3. Gestão da colecção
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7. Competências do professor bibliotecário e
estratégias implicadas na sua aplicação
Ao PB cabe a tarefa e a responsabilidade de
implementação de todo o processo:
-Identifica o domínio a avaliar;
-Coordena a recolha ( sistemática e diversificada) de evidências;
-Coordena o tratamento dos resultados;
-Analisa o impacto da BE nessa área;
-Informa a Comunidade Escolar acerca desses resultados;
-Reavalia e redirecciona o plano estratégico da BE;
-Cria pontos de intersecção entre esta auto-avaliação, a auto-
avaliação da Escola e a avaliação externa.
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8. Ao PB é exigido um perfil multifacetado:
- tutor, professor, avaliador
- proactivo
- liderança forte
- visão e gestão estratégica
- excelente comunicador (…)
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9. Aplicação à realidade da Escola;
Constrangimentos
Dificuldades específicas:
Dois anos de obras de modernização, com parte dos “inputs”
às costas, em caixotes, em contentores.
Dificuldades gerais:
Capacidade para medir/quantificar a transformação dos
recursos em produtos/resultados;
Medir o valor educacional da BE:
Tempo para todo o processo de AABE;
P. Educativo: vago na clarificação do papel da BE e das
literacias na promoção do sucesso educativo;
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10. Dificuldades na mobilização da Escola (neste momento as
Escolas vivem problemas muito complexos e estão inundadas
de burocracia… além da incipiente prática de trabalho
colaborativo);
Fazer tanto em tão pouco tempo: a história da BE portuguesa
é muito recente (história muito recente de práticas de livre
acesso, de integração da BE na Escola…);
Mostrar resultados visíveis ao fim de um ano ( num ano
podemos “dar impulso”, “trabalhar a favor”, “motivar”;parece
pouco tempo para promover eficazmente , por exemplo, as
literacias)
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11. (…)o desempenho da BE não depende da acção isolada da
própria BE, estando envolvidos outros actores, como o
Conselho Executivo e os professores de sala de aula, pelo que
a avaliação da BE acaba, de facto, por envolver e implicar
toda a Escola.
RBE, Modelo de auto-avaliação da BE
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