Este documento descreve a história da igreja paroquial e capela de São Sebastião na aldeia de Vilar de Ferreiros em Portugal. A igreja data do século XVII e está localizada em uma antiga rota entre o Atlântico e o Pacífico. A área ao redor fazia parte de propriedades dos jesuítas nos séculos XVI e XVII. O documento também celebra a restauração recente da residência paroquial na aldeia.
Igreja paroquial, cruzeiro e capela de São Sebastião em Vilar de Ferreiros
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2. A igreja paroquial de Vilar de Ferreiros, tem
na fachada da entrada principal do
templo a data de 1669 portanto a sua
construção ainda é do Século XVII. Para
além da igreja e do cruzeiro paroquial com
seu brasão, existe também a capela de
São Sebastião, século XVIII, com alpendre e
um pequeno adro. Assim a Igreja
paroquial, cruzeiro e capela de São
Sebastião, formam no todo um conjunto
patrimonial a ser visitado na aldeia de São
Pedro de Vilar de Ferreiros.
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4. Sua história e a do terreno que a envolve estariam ligados
aos jesuítas, aos Bandeirantes e pode remontar à
Fundação da Vila de Piratininga por Martim Afonso de
Sousa, em 1532, como indica o mapa elaborado por
Wilson Maia Fina no livro "O Chão de Piratininga".
Está à margem de um antigo caminho transcontinental
que vai do oceano Atlântico ao Peru, Equador e ao
oceano Pacífico. Atrás da Capela corria um ribeiro.
A área que hoje abriga a Academia da Polícia Militar
está apontada no mapa de Wilson Maia Fina como
sendo propriedade de João Maciel em 1595 e o local da
Capela de São Sebastião, terras de Antonio
Nunes, propriedade também seiscentista. Houve em
época remota um desmembramento, havendo notícia
da existência de uma Fazenda Barro Branco na região.
Toda a região norte fazia parte da Fazenda Santana da
Companhia de Jesus de Santo Inácio de Loiola.
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8. Vilar de Ferreiros é uma freguesia
portuguesa do concelho de Mondim de
Basto, com 16,15 km² de área e 1 136
habitantes (2011). Densidade: 70,3
hab/km². A freguesia de Vilar de
Ferreiros é constituída pelas aldeias de
Vilarinho, Vilar de Ferreiros, Pedreira, Vila
Chã e Covas, decrescentemente. A
Junta de Freguesia é actualmente
presidida pelo Sr. José Pinto Queirós.
9. É uma freg. muito antiga e cujos limites
são anteriores aos da própria
Nacionalidade. Para além da ermida de
NªSª da Graça é digna duma visita, em
Vilar: a igreja paroquial de São Pedro, o
brasonado cruzeiro, no adro, e a capela
de São Sebasti�
10. Residência, cruzeiro e cadeira paroquial de Vilar de
Ferreiros são peças que além do seu valor patrimonial
marcam o que parece ser construções da mesma
epoca e postas então ao dispor da igreja local. Na
residência destacava-se uma grande chaminé que fazia
lembrar Alcobaça, já o artístico cruzeiro, assim como a
cadeira paroquial, é um curioso brasão similar a dar-lhes
mais realce artístico. Mas isto para dizer que mais uma vez
o povo de Vilar de Ferreiros está de parabéns; pois
se desfez em generosidade para dar resposta a uma
lacuna que há muito carecia de ser resolvida e que por
empenho de uma Comissão Fabriqueira muito diligente, e
a colaboração das forças vivas do concelho, e não
só, lá conseguiram levar a bom termo o restauro da
Residência Paroquial e assim darem a merecida
comodidade ao Sr. Padre Correia Guedes.
11. O feito mereceu uma visita às renovadas
instalações por parte das forças vivas da freguesia e
do concelho, ocorrida no passado dia 10 de
Dezembro e aqual contou com a presença do
Sr.Presidente da Câmara de Mondim, Humberto
Cerqueira; do arquitecto João de Almeida e do
Sr.Paulo Mota. Da freguesia além do presidente da
Junta e sua esposa, também os presidentes dos
Conselhos de Baldios de Vilar, Sr. Joaquim Costa; e
de Vilarinho, Sr. José Lopes, se fizeram representar. A
Comissão Fabriqueira formada pelo pároco Sr. Padre
Guedes, Mário Lopes e António Mourão e alargada
a diversos outros paroquianos, esteve na sua maioria
presente, com o pároco como seu presidente a
representar também o Sr. Bispo, D. Amândio.
12. Muito mais há que fazer em prol da
protecção, conservação e melhoramento
do património paroquial desta remota
paroquia e freguesia de São Pedro de Vilar
de Ferreiros, como arranjar espaço
condigno para expor algumas das suas
memórias de interesse consultivo ou visual
ao dispor do estudioso ou mero
apreciador. Um museu-biblioteca, era
como ouro sobre azul, no todo da obra
que um dia vier a ser concluida graças ao
zelo do abade Correia Guedes.