O documento resume a história de Olga Benário, uma militante comunista alemã que se apaixonou por Luís Carlos Prestes. Os dois foram presos pelo regime nazista na Alemanha e Olga foi deportada grávida para um campo de concentração, onde deu à luz mas teve sua filha tirada. Olga acabou sendo executada no campo em 1942.

1. Olga
“Nada deve ser feito contra uma mulher que decide ser
mãe.” Elen Key
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2. Olga Benário nasceu na cidade de Munique na Alemanha.
Seu pai (Leo Benário) era um famoso advogado social
democrata que defendia muitos trabalhadores carenciados.
A mãe de Olga era uma senhora da alta sociedade. Olga
nasceu a doze de Fevereiro de 1908.
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3. Desde muito cedo, Olga aprendeu a questionar o meio
burguês em que nasceu.
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4. Olga tornou-se uma forte opositora ao regime Nazi. Em
muitas circunstâncias Olga recorreu à violência para
enfrentar os Nazis como na cinematográfica libertação do
professor Otto Braun, acusado de incitar a greve e a
desobediência às leis racistas dos Nazis.
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5. Entretanto, num país de um outro continente, um rapaz
pobre questionava por que razão tantos sofriam a fome
enquanto tão poucos usufruíam de uma riqueza
desmedida. Este jovem era brasileiro e liderou uma
marcha que percorreu vastas regiões durante dois anos e
dois meses (coluna Prestes que percorreu 25.000 km).
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6. Este jovem chamava-se Luís Carlos Prestes e liderou a
mais longa marcha levada a cabo por seres humanos.
Como tinha ideias sobre a justiça e a igualdade, Luís
tornou-se perigoso por advogar a partilha da riqueza. Por
isso, teve de fugir do seu país.
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7. Na União Soviética, Luís Carlos conheceu uma jovem que
o escoltaria de volta ao Brasil e seria a sua guarda costas.
Esta jovem era Olga.
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8. Os dois deviam viajar disfarçados de marido e mulher
para o Brasil onde continuariam a luta por uma sociedade
mais justa e menos desigual. Os dois acabaram por se
apaixonar.
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9. Mas Olga e Luís Carlos eram observados por espiões
fascistas que tudo fizeram para os capturar.
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10. Um dia, quando Olga já estava grávida de sete meses, os
guardas invadiram a pequena casa em que viviam e
prenderam-nos. O casal foi separado e levado para prisões
diferentes.
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11. Desde essa altura, o casal nunca mais voltou a estar junto
e Olga acabou por ser deportada para a Alemanha.
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12. A mãe de Luís Carlos fez uma dura crítica às autoridades
nazis que não demonstraram humanidade face à situação de
Olga. Dona Leocádia era uma mulher muito determinada e se não
fosse o início da Segunda Guerra Mundial que fez com que muitos
países se preocupassem apenas com a sua defesa, esta senhora
teria protestado , sem tréguas, contra esta situação.
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13. Olga teve uma bebé muito bonita já no campo de
concentração. A normas do campo apenas autorizavam que
a mãe ficasse junto da filha até a criança completar catorze
meses.
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14. A pequena Anita foi separada de sua mãe e entregue a sua
avó que a protegeu juntamente com a irmã de Luís Carlos
(Lígia) até que os pais fossem libertados.
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15. Olga sentiu uma dor dilacerante, mas nunca esqueceu os
seus ideais e enquanto esteve no campo de concentração
lutou pelos direitos das prisioneiras, sendo muitas vezes
castigada
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16. Olga foi gaseada no campo de concentração de Bernburg
no início de 1942. Antes de ser executada, Olga deixou uma
carta à sua família que escondeu na bainha da sua saia e que
as prisioneiras que sobreviveram fizeram chegar a Luís
Carlos após o final da guerra.
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17. Mais tarde, Luís Carlos visitou o campo de concentração
em que Olga viveu os últimos anos da sua vida.
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18. Esta foi a câmara em que muitas mulheres foram
gaseadas no campo de Bernburg.
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19. “A maioria de todas as coisas belas da vida vêm em pares,
em dúzias, dezenas ou centenas. Muitas rosas, estrelas, sol
arco-íris, irmãos, irmãs, primos e primas, camaradas e
amigos- mas apenas uma única mãe em todo o mundo”-Kate
Douglas
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