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É Natal

É Natal e por esse Mundo,         Pedirei Paz para o Mundo
Quantos Corações sem Esperança    Muito Amor para os
Quantas Lágrimas Rolando          Pequeninos
Num Rostinho de Criança           Alegria para os que Choram
                                  E Pão para os Pobrezinhos
Quanta Criança Descalça,
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Apelando para o Mundo             A Cada um Dando a Mão
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                                  Com mais Paz no Coração
Ah se eu fosse Poderosa
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Não Haveria no Mundo                      Maria da Luz Pedrosa
Uma Criança a Sofrer

Por isso meu Bom Jesus
Quando o Sino Badalar
Vou fazer uma Oração
Tua Imagem Adorar
Hoje é dia de Natal
               Mas o Menino Jesus
               Nem sequer tem uma cama,
Dia de Natal
               Dorme na palha onde o pus.
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               Pobre Menino Jesus,
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               Comi bacalhau e bolos,
               Peru, pinhões e pudim.
               Só ele não comeu nada
               Do que me deram a mim.
               Os reis de longe lhe trazem
               Tesouro, incenso e mirra.
               Se me dessem tais presentes,
               Eu cá fazia uma birra.
               Às escondidas de todos
               Vou pegar-lhe pela mão
               E sentá-lo no meu colo
               Para ver televisão.
                          Luísa Ducla Soares
É Natal



        É dia de ser bom.                 Pedido de Natal
É dia de passar a mão pelo rosto
          das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso
               tom,                     No Pinheirinho de Natal
  de abraçar toda a gente e de          Com estrelinhas a brilhar
      oferecer lembranças.             Tantas, tantas prendinhas
  É dia de pensar nos outros e,          O Natal está a chegar
  também, nos que padecem,                 Coloco o sapatinho
                                         Junto Árvore de Natal
de perdoar aos nossos inimigos,
                                      Pedi para ser um bom menino
 mesmo aos que não merecem.
                                           E não me portar mal.

                     António Gedeão
A palavra mais bela
              Fui ver ao dicionário de sinónimos
              A palavra mais bela sem igual
              Perfeita como a nave dos Jerónimos...
              E o dicionário disse-me NATAL.
              Perguntei aos poetas que releio:
              Gabriela, Régio, Goethe, Poe, Quental,
              Lorca, Olegário... e a resposta veio:
              Christmas... Noel... Natividad...Natal...
              Interroguei o firmamento todo!
              Cobras, formigas, pássaros, chacal!
              O aço em chispa, o «pipe-line», o lodo!
              E a voz das coisas respondeu NATAL.
              Cânticos, sinos, lágrimas e versos:
              Um N, um A, um T, um A, um L...
              Perguntei a mim próprio e fiquei mudo...
              Qual a mais bela das palavras, qual?
              Para que perguntar se tudo, tudo,
              Diz Natal, diz Natal, e diz Natal?!
                                             Adolfo Simões Muller
Noite de Natal
     Noite de natal
  chego à porta e bato
 vou meter prendinhas,
    no vosso sapato
    Pus o sapatinho,
    junto à chaminé
E o Pai Natal deu-me um
      chimpanzé.

   Mas para alegrar
     o meu caracol
      O Pai Natal,
 deu-me um guarda sol
  Zangou-se comigo,
   levou-se da breca
 Puxou-me os cabelos,
   e eu fiquei careca.
Natal Africano


Não há pinheiros nem há neve,         Nem luz, nem cores, nem lembranças
Nada do que é convencional,           Da hora única e imortal.

Nada daquilo que se escreve           Somente o riso das crianças
                                      Que em toda a parte é sempre igual.
Ou que se diz... Mas é Natal.




Que ar abafado! A chuva banha         Não há pastores nem ovelhas,
A terra, morna e vertical.            Nada do que é tradicional.
Plantas da flora mais estranha,       As orações, porém, são velhas

Aves da fauna tropical.               E a noite é Noite de Natal.
                                                                      Cabral do Nascimento
«Quando a gente desta casa.
Fios brilhantes
                                   Estiver toda deitada.
                                   Aranhas, tendes licença.
O Natal já vinha perto.
                                   De ir ver a árvore enfeitada.»
E, em casa, que confusão.
Toda a gente atarefada.
                                    As aranhas, uma a uma.
Com a vassoura na mão.
                                    Saíram lá do seu canto.
E as aranhas perseguidas.
                                    E foram ver o pinheiro.
Fugiam a oito patas.
                                    Que estava mesmo um encanto.
E iam esconder-se no sótão.
                                    Mas, ao andarem pelos ramos,
Com os ratos e as baratas.
                                    As pobres aranhas feias
Lá em cima, muito tristes.
                                    Deixavam atrás de si
Lamentavam o seu mal:
                                    Os fios cinzentos das teias!
                                    O Deus Menino, porém.
- Ai, se ao menos nos deixassem.
                                    Estendeu sua mão bendita.
Ver a árvore de Natal!
                                    Transformando em fios de prata.
Mas, o Menino Jesus.
                                    Os sinais dessa visita.
Mandou-lhes este recado,
                                    Dizem que foi desde então,
Por uma estrela que brilhava.
                                    Que se tornou habitual.
Entre as frestas do telhado.
                                    Enfeitar com fios brilhantes.
                                    As árvores de Natal.
                                                 Maria Isabel Mendonça Soares
A noite de Natal

Em a noite de Natal
Alegram-se os pequenitos;
Pois sabem que o bom Jesus
Costuma dar-lhes bonitos.

Vão se deitar os lindinhos
Mas nem dormem de contentes
                                          .
E somente às dez horas
Adormecem inocentes.

Perguntam logo à criada
Quando acorde de manhã
Se Jesus lhes não deu nada

– Deu-lhes sim, muitos bonitos.
– Queremo-nos já levantar
Respondem os pequenitos.
                   Mário de Sá-Carneiro
NATAL



É urgente o amor
É urgente um barco no mar
É urgente destruir certas palavras,
Ódio, solidão e crueldade,
Alguns lamentos,
Muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
Multiplicar os beijos, as searas,
É urgente descobrir rosas e rios
E manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
Impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
Permanecer.

                        Eugénio de Andrade

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Paragem aLer+_ dezembro.2012

  • 1.
  • 2. É Natal É Natal e por esse Mundo, Pedirei Paz para o Mundo Quantos Corações sem Esperança Muito Amor para os Quantas Lágrimas Rolando Pequeninos Num Rostinho de Criança Alegria para os que Choram E Pão para os Pobrezinhos Quanta Criança Descalça, Rotinha, Magra, Faminta, E Ajudando os que Sofrem Apelando para o Mundo A Cada um Dando a Mão Na Rua Estende a Mãozita... Passaremos um Natal Com mais Paz no Coração Ah se eu fosse Poderosa Bem Mais do que um Simples Ser, Não Haveria no Mundo Maria da Luz Pedrosa Uma Criança a Sofrer Por isso meu Bom Jesus Quando o Sino Badalar Vou fazer uma Oração Tua Imagem Adorar
  • 3. Hoje é dia de Natal Mas o Menino Jesus Nem sequer tem uma cama, Dia de Natal Dorme na palha onde o pus. Recebi cinco brinquedos Mais um casaco comprido. Pobre Menino Jesus, Faz anos e está despido. Comi bacalhau e bolos, Peru, pinhões e pudim. Só ele não comeu nada Do que me deram a mim. Os reis de longe lhe trazem Tesouro, incenso e mirra. Se me dessem tais presentes, Eu cá fazia uma birra. Às escondidas de todos Vou pegar-lhe pela mão E sentá-lo no meu colo Para ver televisão. Luísa Ducla Soares
  • 4. É Natal É dia de ser bom. Pedido de Natal É dia de passar a mão pelo rosto das crianças, de falar e de ouvir com mavioso tom, No Pinheirinho de Natal de abraçar toda a gente e de Com estrelinhas a brilhar oferecer lembranças. Tantas, tantas prendinhas É dia de pensar nos outros e, O Natal está a chegar também, nos que padecem, Coloco o sapatinho Junto Árvore de Natal de perdoar aos nossos inimigos, Pedi para ser um bom menino mesmo aos que não merecem. E não me portar mal. António Gedeão
  • 5. A palavra mais bela Fui ver ao dicionário de sinónimos A palavra mais bela sem igual Perfeita como a nave dos Jerónimos... E o dicionário disse-me NATAL. Perguntei aos poetas que releio: Gabriela, Régio, Goethe, Poe, Quental, Lorca, Olegário... e a resposta veio: Christmas... Noel... Natividad...Natal... Interroguei o firmamento todo! Cobras, formigas, pássaros, chacal! O aço em chispa, o «pipe-line», o lodo! E a voz das coisas respondeu NATAL. Cânticos, sinos, lágrimas e versos: Um N, um A, um T, um A, um L... Perguntei a mim próprio e fiquei mudo... Qual a mais bela das palavras, qual? Para que perguntar se tudo, tudo, Diz Natal, diz Natal, e diz Natal?! Adolfo Simões Muller
  • 6. Noite de Natal Noite de natal chego à porta e bato vou meter prendinhas, no vosso sapato Pus o sapatinho, junto à chaminé E o Pai Natal deu-me um chimpanzé. Mas para alegrar o meu caracol O Pai Natal, deu-me um guarda sol Zangou-se comigo, levou-se da breca Puxou-me os cabelos, e eu fiquei careca.
  • 7. Natal Africano Não há pinheiros nem há neve, Nem luz, nem cores, nem lembranças Nada do que é convencional, Da hora única e imortal. Nada daquilo que se escreve Somente o riso das crianças Que em toda a parte é sempre igual. Ou que se diz... Mas é Natal. Que ar abafado! A chuva banha Não há pastores nem ovelhas, A terra, morna e vertical. Nada do que é tradicional. Plantas da flora mais estranha, As orações, porém, são velhas Aves da fauna tropical. E a noite é Noite de Natal. Cabral do Nascimento
  • 8. «Quando a gente desta casa. Fios brilhantes Estiver toda deitada. Aranhas, tendes licença. O Natal já vinha perto. De ir ver a árvore enfeitada.» E, em casa, que confusão. Toda a gente atarefada. As aranhas, uma a uma. Com a vassoura na mão. Saíram lá do seu canto. E as aranhas perseguidas. E foram ver o pinheiro. Fugiam a oito patas. Que estava mesmo um encanto. E iam esconder-se no sótão. Mas, ao andarem pelos ramos, Com os ratos e as baratas. As pobres aranhas feias Lá em cima, muito tristes. Deixavam atrás de si Lamentavam o seu mal: Os fios cinzentos das teias! O Deus Menino, porém. - Ai, se ao menos nos deixassem. Estendeu sua mão bendita. Ver a árvore de Natal! Transformando em fios de prata. Mas, o Menino Jesus. Os sinais dessa visita. Mandou-lhes este recado, Dizem que foi desde então, Por uma estrela que brilhava. Que se tornou habitual. Entre as frestas do telhado. Enfeitar com fios brilhantes. As árvores de Natal. Maria Isabel Mendonça Soares
  • 9. A noite de Natal Em a noite de Natal Alegram-se os pequenitos; Pois sabem que o bom Jesus Costuma dar-lhes bonitos. Vão se deitar os lindinhos Mas nem dormem de contentes . E somente às dez horas Adormecem inocentes. Perguntam logo à criada Quando acorde de manhã Se Jesus lhes não deu nada – Deu-lhes sim, muitos bonitos. – Queremo-nos já levantar Respondem os pequenitos. Mário de Sá-Carneiro
  • 10. NATAL É urgente o amor É urgente um barco no mar É urgente destruir certas palavras, Ódio, solidão e crueldade, Alguns lamentos, Muitas espadas. É urgente inventar alegria, Multiplicar os beijos, as searas, É urgente descobrir rosas e rios E manhãs claras. Cai o silêncio nos ombros e a luz Impura, até doer. É urgente o amor, é urgente Permanecer. Eugénio de Andrade