O Dr. Fausto descobre uma estranha planta em sua plantação que se reproduz rapidamente no seu laboratório. As plantas continuam a crescer descontroladamente até serem transportadas para uma praia, onde quatro cientistas trabalham para criar um antídoto. Após serem encolhidos acidentalmente, os cientistas são salvos por uma criança e juntos criam um antídoto que reduz as plantas ao tamanho normal.
2. Prefácio
Esta história andou
alguns meses a voar
sobre as escolas do
Agrupamento de S.
Martinho do Porto e
pousou em todas as
turmas do 3º, 4º e 5º
ano, onde foi crescendo,
crescendo, crescendo…
Finalmente, em maio, deu por terminada a sua
viagem. Nessa altura, encheu-se de cor e sofreu a sua
última transformação.
Agora está pronta a tornar a voar, as vezes que
quiseres. Leva-a contigo e voa com ela também!
Guilherme Sábio - EB1 Casal velho
3. A sua especialidade era a Botânica e, neste
momento, ele trabalhava com a beringela, pois
considerava que este era um legume que, para além de
saboroso, podia contribuir para minimizar a fome no
mundo. Com os seus trabalhos, ele pretendia encontrar
uma espécie mais produtiva e mais nutritiva.
O Dr. Fausto era
um conceituado
cientista que dedicava
a sua vida à ciência.
Simão Ferreira- EB1 Casal velho
Simão Ferreira - EB1 Casal Velho
4. Naquele dia, o Dr. Fausto dirigia-se para a sua
enorme plantação de beringelas, quando se deparou
com uma planta que ele nunca tinha visto. Intrigado,
voltou ao laboratório e, exaustivamente, procurou nos
seus livros alguma informação sobre aquela planta que,
para ele, era desconhecida.
Eva Costa - EB1 S.M. Porto
5. Mas não encontrou nada que o esclarecesse.
Pediu ajuda a outros cientistas que, como ele, se
dedicavam ao estudo das plantas, mas parecia que
ninguém tinha alguma vez ouvido falar daquela
estranha planta.
Matilde Ferreira- EB1 Alfeizerão
6. Após acesas discussões, o Dr.
Tobias pediu então a palavra e
disse:
Beatriz Rodrigues
5ºD
– Esta planta só pode ser
uma berinfela! Reparem e
acompanhem o meu pensamen-
to: a planta que estamos a
estudar tem um pouco de Berin e
um pouco de fim-fim-nela, daí eu
achar que é uma rara berinfela!
Tânia Batista
5ºD
7. – Caro colega, desculpe, mas discordo! – disse o
Dr. Fobias – Eu acho que se trata, nada mais nada
menos, do que uma raríssima berinela, tem sabor a
beringela e uma forma de panela!
Diogo Gonçalves - EB1 AS.M. Porto
8. – Nanananão! –
interveio, gaguejando, o Dr.
Zobias – Não falem do que
não conhecem. O que de-
vemos fazer é examinar
minuciosamente, esta plan-
ta, para compararmos o
seu ADN com o da
beringela. O que acha
desta ideia, meu caro Dr.
Fausto?
Tomás Silva- EB1 S.M. Porto
9. – Concordo plenamente, vamos imediatamente
para o meu laboratório.
Guilherme Fialho - EB1 Casal Velho
10. Os quatro botânicos dirigiram-se para o
laboratório do Dr. Fausto e, quando abriram a porta,
pararam estupefactos. A misteriosa planta tinha-se
reproduzido! Agora, em vez de uma, havia dezenas e
dezenas delas!
11. – Mas o que é ISTO?! – exclamaram todos em
coro quando se depararam com aqueles seres vegetais
estranhos e esquisitos. Aquelas beringelas, berinelas,
berinfelas ou lá o que fossem, pareciam um “exército”
hortícola multicolor.
Alexandre Madeira - EB1 S.M. Porto
12. – Mas o que aconteceu aqui?? O que é que vamos
fazer? – questionou o Dr. Fobias, meio preocupado, meio
baralhado, sem saber muito bem o que dizer ou fazer com
aqueles seres que, entretanto, começavam a movimentar-
-se, saltitando de mesa em mesa, entre os tubos de
ensaio.
João Pedro - EB1 S.M. Porto
Helloisa Dias- EB1 S.M. Porto
13. O Dr. Fobias e o Dr. Zobias pegaram numa rede
que se encontrava ao fundo do laboratório e tentaram
«pescá-las», enquanto o Tobias e o Fausto caçavam as
restantes, com vasos. Após árdua batalha,
conseguiram juntá-las e colocá-las em gaiolas.
As beringelas,
berinfelas, beri-
nelas ou lá o
que fossem não
paravam de
saltitar.
Beatriz Almeida - EB1 S.M. Porto
14. O Dr. Zobias, espantado, questionou o Dr. Fausto:
– Cari-ri-ri-íssimo colega, aplicaste algum
produto nestas «não sei o quê»?
Matilde Andrade - EB1 S.M. Porto
15. Quando o cientista se preparava para explicar…
recuou e ficou mais branco que o branco, pois lembrou-
se que, na água com que as regara, havia adicionado
“Reprodoplanta XXL” e “Químico X”, dois produtos de
sua criação. O primeiro permitia que as plantas se
reproduzissem rapidamente e o segundo possibilitava
que as plantas absorvessem ADN de outros seres.
Joice Ferreira- EB1 Cela
16. Infelizmente, no seu laboratório, existiam muitas
plantas carnívoras e as beringelas, berinfelas, berinelas
ou lá o que fossem, para além de não pararem de
saltitar, de minuto em minuto, os “seus dentinhos”
cresciam um centímetro e elas roíam furiosamente as
gaiolas de madeira, tentando fugir …
Mafalda Silva - EB1 Cela
17. Cada vez mais assustados, os cientistas saíram do
laboratório e bloquearam a porta, com mobiliário. As
beringelas continuaram a crescer até que rebentaram o
teto do laboratório. Tinha surgido um brilho roxo à sua
volta, que deixou os cientistas aterrorizados… O brilho
formou um feixe, como um raio, que transportou as
beringelas para um portal, na baía de São Martinho do
Porto.
Rodrigo Inácio - EB1 Cela
18. Enquanto as beringelas, berinelas e berinfelas
surfavam, os cientistas procuraram-nas e encontraram-nas.
Mafalda Silva- EB1 Cela
Diogo Salgueiro- Casal Velho
Luna Fernandes- EB1 S.M. Porto
19. Estupefactos viram que estes estranhos legumes
cresciam, cresciam e cresciam…até avistarem um pé de
feijão e treparam-no.
Soraia Luís - EB1 Cela
20. No cimo do pé de feijão encontraram um
laboratório de gigantes. Decidiram ofertá-lo aos
cientistas que entretanto chegaram.
Samuel Marques - EB1 Cela
21. Neste laboratório, os quatro experientes
botânicos instalaram-se e começaram a trabalhar,
fazendo todos os testes de ADN.
Era urgente criar um antídoto, porque o
crescimento daquela espécie vegetal era tão rápido,
que corriam o risco de o Planeta ser invadido
rapidamente.
22. Os cientistas encontraram alguns obstáculos,
como por exemplo, manusearem os enormes
equipamentos e objetos existentes no laboratório
gigante, mas os gigantes ofereceram-se para os ajudar.
Junjie Cheng- EB1 S.M. Porto
23. Combinaram que os cientistas desceriam o
pé de feijão e iriam recolher, nos quintais dos
habitantes de S. Martinho do Porto, produtos
hortícolas para fazer o antídoto, enquanto os gigantes
preparavam os produtos químicos no seu laboratório.
24. Visto que as
beringelas,
berinfelas, berinelas
ou lá o que fossem
continuavam a cres-
cer, todos traba-
lharam incansavel-
mente e, ao fim de
dois dias, consegui-
ram! O antídoto
estava pronto! Agora
era só aplicá-lo!
Leonor Silva - EB1 S.M. Porto
25. Então, sem eles saberem, uma planta mais
pequena e mais inteligente, levou o antídoto para o
meio das plantas gigantes mas, pelo caminho, o
antídoto foi-se espalhando pelo chão. Os cientistas, ao
perceberem que o antídoto tinha desaparecido, foram
ver o que tinha acontecido.
Leonor Garcia - EB1 S.M. Porto
26. Os cientistas seguiram o rasto que a planta
pequena deixara para observarem o resultado, mas
ao pisarem o rasto do antídoto no chão, os cientistas
também encolheram e caíram num buraco na areia.
Solange Pereira - EB1 Cela
27. Entretanto, uma criança, que brincava na praia,
ouviu os gritos de socorro dos cientistas e retirou-os do
buraco. Os quatro cientistas agradeceram-lhe imenso a
ajuda e pediram-lhe para os levar, no seu balde, ao
laboratório.
Soraia Marques - EB1 Cela
28. O Dr. Zobias pediu à criança
que os ajudasse a fazer o antídoto de
crescimento. Beberam o antídoto e …
“normais” novamente!
Mateus Costa- EB1 S.M. Porto
Beatriz Rodrigues – 5ºD
Martim Cruz – EB1 S.M. Porto
29. Então correram para a praia e procuraram as
beringelas, berinfelas, berinelas, ou lá o que fossem,
quando verificaram que mais de metade da praia tinha
sido ocupada pelas estranhas criaturas.
Beatriz Silva- EB1 Cela
Rita Ascenção- EB1 Alfeizerão
30. Subitamente, levantou-se um
vento forte e quente. O mar
começou a ficar agitado, ergueu-se
uma onda gigante de um azul
profundo que se atirou sobre a
praia ocupada pelas beringelas,
berinfelas, berinelas ou lá o que
fossem.
Inês Esteves- EB1 Alfeizerão
Matilde Costa - EB1 Cela
33. Passados alguns
minutos, ainda não
refeitos do susto
provocado pela onda, os
cientistas verificaram,
com espanto, que as
beringelas berinfelas,
berinelas ou lá o que
fossem começavam a
diminuir de tamanho,
até atingirem o seu
aspeto original.
Maria Mota- EB1 Alfeizerão
34. Imediatamente, os cientistas começaram a trocar
impressões sobre o que se possa ter passado. Até que o
doutor Fausto concluiu:
– É sabido que as beringelas não gostam de água
salgada. Como é que não me lembrei disto há mais
tempo?! O sal neutralizou, então, o efeito dos químicos
que as tinham feito crescer.
João Silva- EB1 S.M. Porto
35. – Temos um problema resolvido! – respiraram
aliviados os cientistas – Mas agora o que vamos fazer com
estas beringelas, berinfelas, berinelas, ou lá o que são?
Denise Forreta - EB1 Alfeizerão
Maria Luís - EB1 Casal Velho
36. – Tenho uma ideia!
– E eu tenho fome…
– Vamos cozinhá-las! – disseram todos em coro.
Ruby - EB1 S.M. Porto
37. Se bem pensaram, bem fizeram. E assim nasceu
uma nova, suculenta e saborosa especialidade
gastronómica de São Martinho, a “Martinela”. Hoje é
possível encontrá-la em qualquer restaurante desta vila
maravilhosa.
Tiago Cardoso - EB1 Casal Velho
38. No quarto de dormir do Gustavo, a mãe fechou o
livro e disse:
– Pronto, filho, agora vais dormir que amanhã é
mais um dia de escola.
39. – Gostei desta história, mãe. Amanhã contas-ma
outra vez?
– Não posso, filho. Esta é uma “História com
Asas” e já voou…