1. Anemia Ferropriva
Doutorandos:
Alyson Halley
Antônio Anderson
Antônio Maxsuelton
Filipe Medeiros
Marcela Samille
Priscilla Melo
Orientador: Dr. Hélcio Maranhão
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA
INTERNATO EM PEDIATRIA I – PED I
2. Anemia Ferropriva
• Anemia Ferropriva e Deficiência de Ferro
• Carência nutricional mais prevalente do
mundo
– OMS: mais de 50% nos < 4 anos
– População mais susceptível: baixa
renda, desnutrição
intrauterina, prematuridade, baixo peso ao
nascer, gemelaridade, abandono prematuro do
leite materno, substituição do leite materno pelo
leite de vaca sem reposição de ferro, parasitismo...
3. Anemia Ferropriva
• RNT em AME
– Aporte suficiente de ferro até 4-6 meses
• RNPT e BP
– Reservas pobres de ferro, que se esgotam
rapidamente, mesmo em AME
– Necessidade de suplementação de ferro
4. Anemia Ferropriva
• 6-18 meses
– Maior risco deficiência de ferro
• Período de crescimento rápido
• Estoques reduzidos de ferro, ingestão inadequada, perda
gastrointestinal crônica
• Período pré-escolar/escolar
– Diminuição do risco
• Diminuição da velocidade de crescimento
• Dietas mais equilibradas
• Adolescência
– Aumento do risco
• Crescimento púbere
• Alimentação inadequada
7. Hematopoiese
• Eritropoiese
– Período mesoblástico (1ªs semanas de vida
embrionária)
• Saco vitelino
– Período Hepático (2º T da gestação)
• Fígado (baço e linfonodos)
– Período Mielóide (Estágios finais da vida fetal)
• MO
– Após o nascimento: MO (exclusivamente)
• Até os 5 anos: todos os ossos do corpo
• Idade adulta: pelve, esterno, crânio, arcos costais, vértebras
e epífises femorais e umerais
8. Hematopoiese
• Eritropoetina
– Alta produção no período fetal
• St O2 = 45%
– Ao nascimento – Queda dos níveis de
eritropoetina
• St O2 > 95%
9. Anemia Fisiológica da Infância
• Queda dos níveis de eritropoetina
• A partir do 7º dia
– Diminuição da Hb, hemácias e reticulócitos
• Não existe déficit de oxigenação celular
– HbA x HbF
– 2,3 bifosfoglicerato
10. Anemia Fisiológica da Infância
• Nadir: 6-8ª semana
– Hb 9-11 mg/dl
– Estímulo síntese eritropoetina
• Todos os estoques de ferro são utilizados
nesta fase de eritropoiese ativa e se esgostam
em torno da 15-20ª semana se não forem
repostos
11. Metabolismo do Ferro
• Ferritina:
– Produção hepática; reagente de fase aguda
– Compartimento armazenador (25%)
– Concentração sérica diretamente proporcional às reservas de
ferro
– 20 a 200 ng/mL
• Hemossiderina:
– Derivado da ferritina, também armazenador
– Mobiliza lentamente
• Transferrina:
– Produção hepática
– Transporte, liga os compartimentos armazenadores
– 2%
12. Metabolismo do Ferro
• Ferro alimentar
– Forma heme: animal; 30%, absorvido
diretamente, sem influências
– Forma não-heme: vegetal; absorvido como
Fe+2, 10%.
– Conversão férrico->ferroso: ácidos
estimulam, cereais prejudicam (quelantes)
13. Metabolismo do Ferro
• Ciclo do ferro
FERRO
ABSORVIDO
FERROPORTINAFERRITINA
MUCOSA INTESTINAL
RECEPTORES
MEDULA E FIGADO
DESCAMAÇÃO
E ELIMINAÇÃO
TRANSFERRINA
PLASMÁTICA
14. Metabolismo do Ferro
• Ciclo do ferro
TRANSFERRINA FERRO
FERRITINA
PROTOPORFIRINA
ENDOCITOSE-
EXOCITOSE
MEDULA ÓSSEA
HEMOGLOBINA
HEME MITOCÔNDRIA
15. Metabolismo do Ferro
• Ciclo do ferro
HEMOGLOBINA
FERRO+BILIVERDINA
FERRITINATRANSFERRINA
PLASMÁTICA
GLOBINA+HEME
BAÇO
17. Laboratório do Ferro
Depleção de estoques de Ferritina
Elevação da Transferrina
Elevação do TIBC
Fe Sérico diminuído
Diminuição da quant./qual. Hb
(hipo/micro)
18. Laboratório do Ferro
• Ferritina
- VR: 20 – 200ng/ml
- Armazenamento
- Primeira a se alterar
- Diminui nas condições que reduz o ferro corporal
19. Laboratório do Ferro
• Transferrina
- VR: 200 – 400 mg/dl
- Cada molécula capta 2 moléculas de Fe
- Aumenta produção hepática na anemia ferropriva
20. Laboratório do Ferro
• TIBC
- VR: 250 -360 mcg/dl
- Capacidade de ligação total do ferro pela
transferrina
- Aumenta em situações que eleva-se a Transferrina
23. Laboratório do Ferro
• Índice de saturação de transferrina
- VR: 30 – 40%
- Sítio da transferrina ligadas ao ferro/ Sítios totais
da transferrina
=
- Fe Sérico/ TIBC
25. Manifestações Clínicas
• Relacionados à anemia
– astenia, fadiga indisposição física, insônia, palpitações e
cefaleia;
– pode descompensar uma patologia de base, cursando angina
pectoris, insuficiência cardíaca, dispneia e rebaixamento do
nível de consciencia;
– o exame físico revela: palidez cutaneomucosa e sopro sistólico
de hiperfluxo.
• Relacionados a Ferropenia
– anorexia, irritabilidade, prejuízo no DNPM, glossite, queilite
angular, coiloníquia, escleras azuladas
(15%), esplenomegalia, perversão do apetite;
– síndrome de Plummer- Vinson
26. Diagnóstico laboratorial
• Hemograma:
- inicialmente anemia “normo-
normo”, convertendo-se em “hipo-micro”
- hemoglobina média de 8g/dl, VCM médio
74 fL, CHCM 28g/dl
-RDW elevado > 14%
27. • Ferro sérico
- Em média < 30mg/dl (eleva-se rapidamente
após reposição oral e parenteral)
• Ferritina sérica
- Tipicamente < 15 ng/ml
• TIBC elevado ( > 400)
• Saturação de transferrina diminuída (15%)
Diagnóstico laboratorial
28. Tratamento
• Oral
– 3-5 mg/kg/dia de ferro elementar
– 30 min antes ou 2 horas após dieta
– Manter 3-4 meses ou 2 meses após normalização Hb
• Parenteral
– Síndrome de má absorção
– Refratariedade
– Reposição imediata
• Transfusão
31. 1. Criança de 3 anos, com palidez intensa e astenia
há um mês. Ao exame:
hipocorado, anictérico, taquicárdico e taquipnéico.
ACV com sopro sistólico em foco mitral.
Hb=4,5g/dl, VCM=52, RDW=25, leucócitos=4500(N40
5/L45%/E15%), plaquetas=650.000. O diagnóstico e
tratamento imediato recomendado, são:
a) Talassemia e transfusão de concentrado de hemácias
b) Anemia ferropriva e sulfato ferroso endovenoso
c) Anemia ferropriva e transfusão de concentrado de hemácias
d) Anemia falciforme e transfusão de concentrado de hemácias
32. 1. Criança de 3 anos, com palidez intensa e astenia
há um mês. Ao exame: hipocorado, anictérico,
taquicárdico e taquipnéico. ACV com sopro sistólico
em foco mitral. Hb=4,5g/dl, VCM=52, RDW=25,
leucócitos=4500(N405/L45%/E15%),
plaquetas=650.000. O diagnóstico e tratamento
imediato recomendado, são:
a) Talassemia e transfusão de concentrado de hemácias
b) Anemia ferropriva e sulfato ferroso endovenoso
c) Anemia ferropriva e transfusão de concentrado de
hemácias
d) Anemia falciforme e transfusão de concentrado de hemácias
33. 2. A anemia por deficiência de ferro
caracteriza-se por:
a)macrocitose, hipocromia e neutrófilos grandes com
núcleo hipersegmentado.
b)microcitose, hipocromia e RDW alto
c)microcitose, hipocromia, células em alvo e pontilhado
basófilo no esfregaçõ de sangue periférico
d)microcitose, hipocromia e RDW normal
e)normocitose, hipocromia e RDW alto
34. 2. A anemia por deficiência de ferro
caracteriza-se por:
a)macrocitose, hipocromia e neutrófilos grandes com
núcleo hipersegmentado.
b)microcitose, hipocromia e RDW alto
c)microcitose, hipocromia, células em alvo e pontilhado
basófilo no esfregaçõ de sangue periférico
d)microcitose, hipocromia e RDW normal
e)normocitose, hipocromia e RDW alto
35. 3. Em relação a anemia ferropriva
podemos afirmar:
a) Níveis séricos de ferritina normais afastam a
possibilidade de doença
b) A prevenção de anemia ferropriva, de acordo com o
MS, deverá ser iniciada no desmame e ser continuada
até os 18 meses, sendo utilizado ferro oral em dose
única diária
c) As faixas etárias de maior risco são pré-escolar e
adolescentes
d) NDA
36. 3. Em relação a anemia ferropriva
podemos afirmar:
a) Níveis séricos de ferritina normais afastam a
possibilidade de doença
b) A prevenção de anemia ferropriva, de acordo com o
MS, deverá ser iniciada no desmame e ser continuada
até os 18 meses, sendo utilizado ferro oral em dose
única diária
c) As faixas etárias de maior risco são pré-escolar e
adolescentes
d) NDA
37. 4. Na dieta pobre em ferro qual o primeiro
exame a alterar-se?
a) Hemoglobina
b) Ferritina
c) TIBC
d) Hepcidina
e) Volume corpuscular médio
38. 4. Na dieta pobre em ferro qual o primeiro
exame a alterar-se?
a) Hemoglobina
b) Ferritina
c) TIBC
d) Hepcidina
e) Volume corpuscular médio
39. 5. Qual alternativa melhor descreve as etapas
envolvidas na instalação de um quadro de anemia
ferropriva na ordem cronológica:
a) Balanço de ferro negativo, anemia por deficiência de ferro e
eritropoiese deficiente em ferro.
b) Anemia por deficiência de ferro, balanço de ferro negativo e
eritropoiese deficiente em ferro.
c) Anemia por deficiência de ferro, eritropoiese deficiente em ferro
e balanço de ferro negativo.
d) Eritropoiese deficiente em ferro, balanço de ferro negativo e
anemia por deficiência de ferro
e) Balanço de ferro negativo, eritropoiese deficiente em ferro e
anemia por deficiência de ferro
40. 5. Qual alternativa melhor descreve as etapas
envolvidas na instalação de um quadro de anemia
ferropriva na ordem cronológica:
a) Balanço de ferro negativo, anemia por deficiência de ferro e
eritropoiese deficiente em ferro.
b) Anemia por deficiência de ferro, balanço de ferro negativo e
eritropoiese deficiente em ferro.
c) Anemia por deficiência de ferro, eritropoiese deficiente em ferro
e balanço de ferro negativo.
d) Eritropoiese deficiente em ferro, balanço de ferro negativo e
anemia por deficiência de ferro
e) Balanço de ferro negativo, eritropoiese deficiente em ferro e
anemia por deficiência de ferro
41. 6. Paciente de 14 meses de idade, sexo
masculino, história de palidez cutaneo-
mucosa, sem icterícia ou hepatoesplenomegalia;
Ht=35%,Hb=11,7g/dl,sem
reticulocitose,leucócitos=8000(N40%/L60%),plaqu
etas=235.000/mm3, ferritina=9ng/ml. Qual a
principal hipótese diagnóstica?
a) Anemia fisiológica
b) Anemia ferropriva
c) Anemia aplástica
d) Traço talassêmico
e) Deficiência de ferro
42. 6. Paciente de 14 meses de idade, sexo
masculino, história de palidez cutaneo-
mucosa, sem icterícia ou hepatoesplenomegalia;
Ht=35%,Hb=11,7g/dl,sem
reticulocitose,leucócitos=8000(N40%/L60%),plaqu
etas=235.000/mm3, ferritina=9ng/ml. Qual a
principal hipótese diagnóstica?
a) Anemia fisiológica
b) Anemia ferropriva
c) Anemia aplástica
d) Traço talassêmico
e) Deficiência de ferro
43. 7. Em relação à anemia ferropriva, podemos afirmar que:
a) A OMS considera anemia ferropriva quando a Hb<9g/dl para
crianças menores de 5 anos.
b) O pico de reticulócitos após o início do tratamento ocorre após um
mês do uso de ferro
c) A dose terapêutica do ferro é calculada na forma de ferro
elementar e varia nos diferentes sais
d) O aumento da Hb de 1 g/dl ocorre 3 meses após o inpicio do
tratamento, quando deverá ser reavaliada a dose
e) A anemia ferropriva é do tipo macrocítica e hipocrômica e faz
diagnóstico diferencial apenas com as infecções crônicas.
44. 7. Em relação à anemia ferropriva, podemos afirmar que:
a) A OMS considera anemia ferropriva quando a Hb<9g/dl para
crianças menores de 5 anos.
b) O pico de reticulócitos após o início do tratamento ocorre após um
mês do uso de ferro
c) A dose terapêutica do ferro é calculada na forma de ferro
elementar e varia nos diferentes sais
d) O aumento da Hb de 1 g/dl ocorre 3 meses após o inicio do
tratamento, quando deverá ser reavaliada a dose
e) A anemia ferropriva é do tipo macrocítica e hipocrômica e faz
diagnóstico diferencial apenas com as infecções crônicas.