SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  18
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
RESIDÊNCIA MÉDICA EM PEDIATRIA
R2 Juliana Duarte de Figueiredo
Natal/RN
Abril/14
Orientador:
Dr. José Jorge Maciel Neto
SESSÃO ANÁTOMO-CLÍNICA
HISTIOCITOSES
• Introdução:
– Doenças proliferativas relacionadas ao histiócito
(medula óssea):
• Macrófagos;
• Células dendríticas (células apresentadoras de
antígenos): dendrócitos, dérmicos, células de
Langerhans e células indeterminadas.
– Classificação:
• Células Langerhans;
• Células não Langerhans;
• Maligna.
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS
LANGERHANS
 Proliferação de células com características particulares
→ Grânulos de Birbeck intracitoplasmático, marcador de
superfície CD1a e proteína S100;
 Pode haver infiltração histiocítica de lesões
extraesqueléticas → Pele, gânglios linfáticos, pulmões,
timo, fígado, baço, medula óssea, ou no sistema nervoso
central;
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS
LANGERHANS
• Epidemiologia:
– Sub-diagnosticada;
– Mais comum em crianças de 1-3 anos;
– Incidência:
• Crianças → 3-5 casos por milhão;
• Adultos → 1-2 casos por milhão.
– Predominância no sexo masculino;
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS
LANGERHANS
• Etiologia:
– Desconhecida;
– Estímulo antigênico exacerbado (desconhecido)
ou resposta celular ineficaz → Anomalias de
regulação da resposta imunológica;
– Proliferação monoclonal (neoplasia) X processo
reativo (Infecção? Trauma? Auto imune?
Genético?).
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS
LANGERHANS
 Quadro Clínico:
◦ Localizada
 Qualquer idade;
 Ausência de sintomas sistêmicos;
 Tumoração → Osso, pele, linfonodos, pulmões, sistema
nervoso central, tireóide, timo.
◦ Disseminada aguda:
 Dois ou mais órgãos/sistemas;
 Fígado e/ou baço→ Pior prognóstico;
 + Comum em crianças <3 anos;
 Erupção cutânea, dispnéia ou taquipnéia, polidipsia e poliúria,
dor óssea, linfadenopatia, perda ponderal, febre, hipertrofia
gengival, ataxia, déficit de memória.
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS
LANGERHANS
• Quadro Clínico:
– Lesões ósseas:
• Acomete 80% dos casos;
• Líticas;
• Assintomáticas;
• Dor localizada;
• Crânio (40%), fêmur, costelas, vértebras e úmero;
• Complicações: Lesões da coluna vertebral, edema facial,
convulsões, perda da audição, otite média recorrente,
sangramento gengival, proptose, diabetes insipidus e
paralisia de nervos cranianos;
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS
LANGERHANS
• Quadro Clínico:
– Pele:
• 50% dos casos;
• Pústulas, púrpuras, petéquias, vesicular, pápula, nódulo.
– Fígado:
• 20% dos casos;
• Lesões císticas, hepatomegalia, disfunção hepática,
hiperbilirrubinemia, e/ou deficiências dos fatores de coagulação;
• + Complicação: Colangite esclerosante.
– Pulmão:
• 10% dos casos;
• Pneumotórax espontâneo, tosse não produtiva, dispnéia, dor
torácica;
• + comum em adultos.
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS
LANGERHANS
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS
LANGERHANS
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS
LANGERHANS
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS
LANGERHANS
• Quadro Clínico:
– Sistema Nervoso Central:
• 6% dos casos;
• Diabetes insípido, proptose, e sintomas de
neurodegeneração (ataxia, disfunção cognitiva).
– Linfonodos e sistema hematopoiético:
• Acomete 3% dos casos;
• + Cervicais;
• Timo, mediastino.
– Cavidade oral:
• Gengivite, úlceras, dor e massa.
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS
LANGERHANS
• Diagnóstico:
– Imunohistoquímica → Grânulos de Birbeck
intracitoplasmático, marcador de superfície
CD 1a e proteína S100.
– Histopatológico:
• Biópsia de tecido envolvido → Coleções
heterogêneas de células de Langerhans com
eosinófilos, neutrófilos, linfócitos pequenos e
histiócitos (que podem formar células gigantes
multinucleadas).
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS
LANGERHANS
• Exames pré tratamanto:
– Hemograma, função hepática e renal,
eletrólitos, albumina e sumário de urina,
coagulograma;
– Aspirado de medula óssea → Doença
multissistêmica;
– Radiografia de crânio e tórax, TC/RNM,
cintilografia óssea, PET scan.
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS
LANGERHANS
• Tratamento:
– Estratificação de risco:
• Histiocitose de Células de Langerhan (HCL) de
único sistema;
• HCL multissistêmico de baixo risco;
• HCL multissistêmico com envolvimento de órgãos
de risco.
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS
LANGERHANS
• Tratamento:
– Prednisona isolada por 6 semanas;
– Prednisona por 6 semanas + Vimblastina por
12 semanas;
– Prednisona + Mercaptina / Ciclofosfomida /
Metotrexato;
– Etoposídeo por 3 dias;
– Exsérese cirúrgica.
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS
LANGERHANS
• Prognóstico:
– Idade < 2 anos;
– Localização → Disseminada;
– Órgão afetado → Fígado, baço, TGI, medula
óssea ou pulmão.
 Sobrevida global: 90%;
 Mortalidade → 50%.
DIAGNÓSTICO
• Sindrômico→Tumoração de partes moles;
• Topográfico → Região frontal de crânio;
• Radiológico → Lesão lítica de crânio;
• Etiológico → Histiocitose de Células de
Langerhans.

Contenu connexe

Tendances

Febre reumática
Febre reumáticaFebre reumática
Febre reumática
dapab
 
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticasUltrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Fernanda Hiebra Gonçalves
 
Bloqueio de condução
Bloqueio de conduçãoBloqueio de condução
Bloqueio de condução
resenfe2013
 
Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...
Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...
Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...
douglas silva
 

Tendances (20)

Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA)
Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA)Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA)
Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA)
 
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica CirúrgicaPancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
 
Febre reumática
Febre reumáticaFebre reumática
Febre reumática
 
Febre reumática
Febre reumáticaFebre reumática
Febre reumática
 
Insuficiencia hepatica
Insuficiencia hepaticaInsuficiencia hepatica
Insuficiencia hepatica
 
Desequilibrios hidroeletroliticos
Desequilibrios hidroeletroliticosDesequilibrios hidroeletroliticos
Desequilibrios hidroeletroliticos
 
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticasUltrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
 
Doenças+exantemática
Doenças+exantemáticaDoenças+exantemática
Doenças+exantemática
 
Neuropatias Periféricas
Neuropatias PeriféricasNeuropatias Periféricas
Neuropatias Periféricas
 
Aneurisma Cerebral
Aneurisma CerebralAneurisma Cerebral
Aneurisma Cerebral
 
Aula Litíase Renal
Aula Litíase Renal Aula Litíase Renal
Aula Litíase Renal
 
Sarcoidose
SarcoidoseSarcoidose
Sarcoidose
 
Bloqueio de condução
Bloqueio de conduçãoBloqueio de condução
Bloqueio de condução
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronariana
 
Aula 6 - B
Aula 6 - BAula 6 - B
Aula 6 - B
 
Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...
Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...
Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...
 
Cirrose hepática
Cirrose hepáticaCirrose hepática
Cirrose hepática
 
Sindromes nefrotico nefritica 18
Sindromes nefrotico nefritica 18Sindromes nefrotico nefritica 18
Sindromes nefrotico nefritica 18
 
Angina instável e iam sem supra do segmento
Angina instável e iam sem supra do segmentoAngina instável e iam sem supra do segmento
Angina instável e iam sem supra do segmento
 
Hipertensao Arterial Caso Clínico Professor Robson
Hipertensao Arterial   Caso Clínico    Professor RobsonHipertensao Arterial   Caso Clínico    Professor Robson
Hipertensao Arterial Caso Clínico Professor Robson
 

Similaire à Histiocitose de Células de Langerhans

Abordadgem ao paciente_hematolgico_gilberto
Abordadgem ao paciente_hematolgico_gilbertoAbordadgem ao paciente_hematolgico_gilberto
Abordadgem ao paciente_hematolgico_gilberto
Glauce Trevisan
 
1 - Anamnese e historia clínica.pdf
1 - Anamnese e historia clínica.pdf1 - Anamnese e historia clínica.pdf
1 - Anamnese e historia clínica.pdf
Marcio Domingues
 
Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)
Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)
Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)
caduanselmi
 
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
janinemagalhaes
 
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
janinemagalhaes
 
Um caso de Hemorragia Digestiva Alta
Um caso de Hemorragia Digestiva AltaUm caso de Hemorragia Digestiva Alta
Um caso de Hemorragia Digestiva Alta
Bruno Castro
 

Similaire à Histiocitose de Células de Langerhans (20)

Hemato
HematoHemato
Hemato
 
Tu snc bruna
Tu snc  brunaTu snc  bruna
Tu snc bruna
 
Abordadgem ao paciente_hematolgico_gilberto
Abordadgem ao paciente_hematolgico_gilbertoAbordadgem ao paciente_hematolgico_gilberto
Abordadgem ao paciente_hematolgico_gilberto
 
Síndrome de sjogren
Síndrome de sjogrenSíndrome de sjogren
Síndrome de sjogren
 
Animaispeconhentos.ppt
Animaispeconhentos.pptAnimaispeconhentos.ppt
Animaispeconhentos.ppt
 
Acidentes por animais peçonhentos.ppt
Acidentes por animais peçonhentos.pptAcidentes por animais peçonhentos.ppt
Acidentes por animais peçonhentos.ppt
 
1692034819777.pdf
1692034819777.pdf1692034819777.pdf
1692034819777.pdf
 
1 - Anamnese e historia clínica.pdf
1 - Anamnese e historia clínica.pdf1 - Anamnese e historia clínica.pdf
1 - Anamnese e historia clínica.pdf
 
Sessão caso
Sessão  casoSessão  caso
Sessão caso
 
Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)
Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)
Medicina Nuclear - Cérebro (Graduação)
 
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
 
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
 
Sessão caso
Sessão  casoSessão  caso
Sessão caso
 
Hemorragia intraventricular e Hemorragia Subependimal
Hemorragia intraventricular e Hemorragia SubependimalHemorragia intraventricular e Hemorragia Subependimal
Hemorragia intraventricular e Hemorragia Subependimal
 
Manifestações orais de doenças sistêmicas
Manifestações orais de doenças sistêmicasManifestações orais de doenças sistêmicas
Manifestações orais de doenças sistêmicas
 
Xantogranuloma Juvenil
Xantogranuloma Juvenil Xantogranuloma Juvenil
Xantogranuloma Juvenil
 
Neoplasias fígado
Neoplasias fígadoNeoplasias fígado
Neoplasias fígado
 
Um caso de Hemorragia Digestiva Alta
Um caso de Hemorragia Digestiva AltaUm caso de Hemorragia Digestiva Alta
Um caso de Hemorragia Digestiva Alta
 
Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idosos
 
Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idosos
 

Plus de blogped1

Plus de blogped1 (20)

Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
 
Roteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de PuericulturaRoteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de Puericultura
 
Febre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota InformativaFebre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota Informativa
 
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
 
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
 
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de VidaABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
 
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciaDiagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
 
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
 
Psoríase na infância
Psoríase na infânciaPsoríase na infância
Psoríase na infância
 
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesRevised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
 
Sinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana AgudaSinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana Aguda
 
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites MediaOtite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
 
Paralisia Facial
Paralisia FacialParalisia Facial
Paralisia Facial
 
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
 
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomaGiant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
 
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
 
Hipoglicemia Neonatal
Hipoglicemia  Neonatal Hipoglicemia  Neonatal
Hipoglicemia Neonatal
 
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
 
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
 
Icterícia neonatal
 Icterícia neonatal  Icterícia neonatal
Icterícia neonatal
 

Dernier

8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
Leila Fortes
 

Dernier (7)

Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 

Histiocitose de Células de Langerhans

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE RESIDÊNCIA MÉDICA EM PEDIATRIA R2 Juliana Duarte de Figueiredo Natal/RN Abril/14 Orientador: Dr. José Jorge Maciel Neto SESSÃO ANÁTOMO-CLÍNICA
  • 2. HISTIOCITOSES • Introdução: – Doenças proliferativas relacionadas ao histiócito (medula óssea): • Macrófagos; • Células dendríticas (células apresentadoras de antígenos): dendrócitos, dérmicos, células de Langerhans e células indeterminadas. – Classificação: • Células Langerhans; • Células não Langerhans; • Maligna.
  • 3. HISTIOCITOSE DE CÉLULAS LANGERHANS  Proliferação de células com características particulares → Grânulos de Birbeck intracitoplasmático, marcador de superfície CD1a e proteína S100;  Pode haver infiltração histiocítica de lesões extraesqueléticas → Pele, gânglios linfáticos, pulmões, timo, fígado, baço, medula óssea, ou no sistema nervoso central;
  • 4. HISTIOCITOSE DE CÉLULAS LANGERHANS • Epidemiologia: – Sub-diagnosticada; – Mais comum em crianças de 1-3 anos; – Incidência: • Crianças → 3-5 casos por milhão; • Adultos → 1-2 casos por milhão. – Predominância no sexo masculino;
  • 5. HISTIOCITOSE DE CÉLULAS LANGERHANS • Etiologia: – Desconhecida; – Estímulo antigênico exacerbado (desconhecido) ou resposta celular ineficaz → Anomalias de regulação da resposta imunológica; – Proliferação monoclonal (neoplasia) X processo reativo (Infecção? Trauma? Auto imune? Genético?).
  • 6. HISTIOCITOSE DE CÉLULAS LANGERHANS  Quadro Clínico: ◦ Localizada  Qualquer idade;  Ausência de sintomas sistêmicos;  Tumoração → Osso, pele, linfonodos, pulmões, sistema nervoso central, tireóide, timo. ◦ Disseminada aguda:  Dois ou mais órgãos/sistemas;  Fígado e/ou baço→ Pior prognóstico;  + Comum em crianças <3 anos;  Erupção cutânea, dispnéia ou taquipnéia, polidipsia e poliúria, dor óssea, linfadenopatia, perda ponderal, febre, hipertrofia gengival, ataxia, déficit de memória.
  • 7. HISTIOCITOSE DE CÉLULAS LANGERHANS • Quadro Clínico: – Lesões ósseas: • Acomete 80% dos casos; • Líticas; • Assintomáticas; • Dor localizada; • Crânio (40%), fêmur, costelas, vértebras e úmero; • Complicações: Lesões da coluna vertebral, edema facial, convulsões, perda da audição, otite média recorrente, sangramento gengival, proptose, diabetes insipidus e paralisia de nervos cranianos;
  • 8. HISTIOCITOSE DE CÉLULAS LANGERHANS • Quadro Clínico: – Pele: • 50% dos casos; • Pústulas, púrpuras, petéquias, vesicular, pápula, nódulo. – Fígado: • 20% dos casos; • Lesões císticas, hepatomegalia, disfunção hepática, hiperbilirrubinemia, e/ou deficiências dos fatores de coagulação; • + Complicação: Colangite esclerosante. – Pulmão: • 10% dos casos; • Pneumotórax espontâneo, tosse não produtiva, dispnéia, dor torácica; • + comum em adultos.
  • 12. HISTIOCITOSE DE CÉLULAS LANGERHANS • Quadro Clínico: – Sistema Nervoso Central: • 6% dos casos; • Diabetes insípido, proptose, e sintomas de neurodegeneração (ataxia, disfunção cognitiva). – Linfonodos e sistema hematopoiético: • Acomete 3% dos casos; • + Cervicais; • Timo, mediastino. – Cavidade oral: • Gengivite, úlceras, dor e massa.
  • 13. HISTIOCITOSE DE CÉLULAS LANGERHANS • Diagnóstico: – Imunohistoquímica → Grânulos de Birbeck intracitoplasmático, marcador de superfície CD 1a e proteína S100. – Histopatológico: • Biópsia de tecido envolvido → Coleções heterogêneas de células de Langerhans com eosinófilos, neutrófilos, linfócitos pequenos e histiócitos (que podem formar células gigantes multinucleadas).
  • 14. HISTIOCITOSE DE CÉLULAS LANGERHANS • Exames pré tratamanto: – Hemograma, função hepática e renal, eletrólitos, albumina e sumário de urina, coagulograma; – Aspirado de medula óssea → Doença multissistêmica; – Radiografia de crânio e tórax, TC/RNM, cintilografia óssea, PET scan.
  • 15. HISTIOCITOSE DE CÉLULAS LANGERHANS • Tratamento: – Estratificação de risco: • Histiocitose de Células de Langerhan (HCL) de único sistema; • HCL multissistêmico de baixo risco; • HCL multissistêmico com envolvimento de órgãos de risco.
  • 16. HISTIOCITOSE DE CÉLULAS LANGERHANS • Tratamento: – Prednisona isolada por 6 semanas; – Prednisona por 6 semanas + Vimblastina por 12 semanas; – Prednisona + Mercaptina / Ciclofosfomida / Metotrexato; – Etoposídeo por 3 dias; – Exsérese cirúrgica.
  • 17. HISTIOCITOSE DE CÉLULAS LANGERHANS • Prognóstico: – Idade < 2 anos; – Localização → Disseminada; – Órgão afetado → Fígado, baço, TGI, medula óssea ou pulmão.  Sobrevida global: 90%;  Mortalidade → 50%.
  • 18. DIAGNÓSTICO • Sindrômico→Tumoração de partes moles; • Topográfico → Região frontal de crânio; • Radiológico → Lesão lítica de crânio; • Etiológico → Histiocitose de Células de Langerhans.