SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  79
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
HOSPITAL DE PEDIATRIA PROF. HERIBERTO FERREIRA BEZERRA




Discussão Multiprofissional

        Tema: Abuso sexual na infância
Caso Clínico
• Paciente M.E.E.L, 8anos, natural e procedente de Jundiá,
  procurou este serviço no dia 21/07/12 queixando-se de
  sagramento genital vivo, associado a dor discreta em baixo
  ventre. Negava trauma e episódios anteriores.

• A mesma havia recebido alta deste serviço no mesmo dia,
  pela manhã, quando esteve internada por 04 dias para
  investigação de dor lombar à direita em salvas associada à
  vômitos esporádicos e disúria. Foi investigado litíase renal,
  entretanto todos os exames laboratoriais e de imagem foram
  negativos para esta hipótese, bem como o exame físico da
  paciente, que evidenciava uma dor cíclica, de pequena
  intensidade, que cedia com medicações analgésicas e
  antiespasmódica. É portadora de sídrome nefrótica cortico-
  sensível em acompanhamento irregular neste serviço desde
  -------------
Caso Clínico
• Foi encaminhada ao serviço de ginecologia da Maternidade
  Escola Januário Cicco, onde foram visualizadas lesões de
  aspecto papilar em intróito vaginal com ponto de
  sangramento discreto em borra de café, sugerindo
  condilomatose e sendo orientado investigação para abuso
  sexual.

• Foi encaminha ao ITEP para avaliação pericial que suspeitou
  de possível tumoração em região genital, solicitando novo
  exame ginecológio para elucidação.

• Endocrinologia Pediátrica descartou Puberdade Precoce
Caso Clínico
• Apresentou novos episódios de sangramento vaginal
  durante a evolução que cediam espontaneamente.
  Foram solicitadas sorologias para pesquisa de doenças
  sexualmente transmissíveis, sendo todas (VDRL, anti-
  HBsAg, HIV, anti-HCV) negativas. Aguardando apenas a
  sorologia para herpes simples.
Caso Clínico
• 02/08/12

  – A paciente foi submetida a exame ginecológico sob
    sedação, em que foram visualizadas lesões em fúrcula,
    intróito vaginal e periuretrais, todas verrucosas, sugestivas
    de condilomatose, as quais foram retiradas e enviadas
    para análise anatomopatológica. Realizado exame
    especular com espéculo de virgem sem visualização de
    lesões vaginais ou de colo do útero.Não foram
    visualizadas lesões anorretais.
Diagnóstico
CONDILOMATOSE VULVAR
         +
        NIV II




    ABUSO SEXUAL
Conceituação e Epidemiologia
Núcleo de Violência do HOSPED: dados
                atuais
     Residente: Enfª Karilena Pedrosa (R1)
        Orientadora: Enfª Juliana Jales
2. CONCEITUAÇÃO



       “Violência é o uso intencional da
força física ou do poder, real ou em
ameaça, contra si próprio, contra outra
pessoa, ou contra um grupo ou uma
comunidade, que resulte ou tenha
grande possibilidade de resultar em
lesão, morte, dano psicológico,
deficiência de desenvolvimento ou
privação”.

            (KRUG et al., 2002 apud BRASIL, 2010).
VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E
           ADOLESCENTES




“Quaisquer atos ou omissões dos pais,
parentes, responsáveis, instituições e, em
última instância, da sociedade em geral,
que redundam em dano físico,
emocional, sexual e moral às vítimas”.

                               (BRASIL, 2001).
TIPOS DE VIOLÊNCIA


        Física;

     Psicológica;

     Negligência;

       Sexual


                     (BRASIL, 2010).
2. CONCEITUAÇÃO
                        VIOLÊNCIA SEXUAL


 “É todo ato ou jogo sexual com intenção de estimular sexualmente a
 criança ou o adolescente, visando utilizá-lo para obter satisfação sexual,
 em que os autores da violência estão em estágio de desenvolvimento
 psicossexual mais adiantado que a criança ou adolescente. Abrange
 relações homo ou heterossexuais. Pode ocorrer em uma variedade de
 situações como: estupro, incesto, assédio sexual, exploração sexual, [...],
 práticas eróticas não consentidas e impostas e “voyeurismo” (obtenção de
 prazer sexual por meio da observação)”.



                                                            (BRASIL, 2004).
2. EPIDEMIOLOGIA


•Importante problema para a saúde pública, desde 1996;
•As causas externas (acidentes e violências) ocupam a primeira causa
de morte na faixa etária de 1 a 19 anos (BRASIL, 2009a).
•Crianças e adolescentes de ambos os sexos são igualmente
acometidas pela violência, embora sejam afetados por distintos tipos
e expressões de situações violentas. Por exemplo, há mais notificação
de violência sexual contra crianças e adolescentes do sexo feminino,
ao passo que a violência física ocorre mais entre os adolescentes do
sexo masculino (BRASIL, 2009a).
•Violência sexual: predominantemente doméstica, especialmente na
infância.


                                                          (BRASIL, 2010).
•   Constituição da República de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA
    – Lei nº 8.069/90)- garantia dos direitos legais e para a proteção integral desse
    grupo social.
•   Ministério da Saúde
    - Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências (Portaria nº
    737/2001);
    - Definiu um instrumento de notificação, às autoridades competentes, de casos de suspeita
    ou de confirmação de violência contra crianças e adolescentes (Portaria MS/GM nº
    1.968/2001).
    - 2006: estruturou o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva), constituído por
    dois componentes: (1) vigilância de violência doméstica, sexual, e/ou outras violências
    interpessoais e autoprovocadas (Viva-Contínuo) (incorporado ao Sistema Nacional de
    Agravos de Notificação (SINAN-Net); e (2) vigilância de violências e acidentes em
    emergências hospitalares.
     - 2010: “Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e
    suas Famílias em Situação de Violências – Orientação para gestores e profissionais de
    saúde”, objetivando sensibilizar e orientar os gestores e profissionais de saúde para uma
    ação contínua e permanente para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas
    famílias em situação de violências.
O Perfil das crianças notificadas e assistidas pelo
 Núcleo de Acolhimento à Criança Vítima de Violência
                      do HOSPED


* 2010: Implantação do Núcleo de Acolhimento à criança Vítima de
Violência do HOSPED.

* Instrumento: Fichas de notificação /investigação : violência
doméstica, sexual e/ou outras violências interpessoais.


           TOTAL DE              PERÍODO DAS               FAIXA ETÁRIA DAS
            FICHAS               NOTIFICAÇÕES             CRIANÇAS/ADOLESC
                                                          ENTES NOTIFICADAS
            25 fichas       maio/2010 a maio/2012            de 1 a 17 anos
Sinais clinicos de Abuso sexual
Sinais Clínicos de Abuso Sexual
• Anamnese detalhada

  – 5% de todos os casos tem achados físicos ou
    laboratoriais
  – IDEAL: entrevista gravada, com perguntas
    abertas e não indutivas.
Sinais Clínicos de Abuso Sexual
• Dor vaginal, peniana ou retal;
• Corrimentos, contusões, eritema ou
  sangramentos genitais;
• Disúria, enurese, constipação e
  encoprese
• Puberdade precoce em meninas
Sinais Clínicos de Abuso Sexual
• Sinais Inespecíficos:
   – Atitudes suicidas;
   – Medo de alguém ou de algum lugar;
   – Pesadelos e disturbios do sono;
   – Regressão ;
   – Agressividade;
   – Comportamento retraído;
   – Fugas;
   – Depressão, ansiedade, fobias, mau desempenho
     escolar;
   – Distúrbios alimentares, abuso de drogas e
     prostituição.
Sinais Clínicos de Abuso Sexual
• Sinais clínicos de baixa sensibilidade
  diagnóstica:
  – Atividade sexualizada com seus pares,
    brinquedos ou animais;
  – Comportamento sedutor;
  – Conhecimentos e curiosidades sexuais em
    desacordo com a idade
Exame Físico

                                                        BOCA: eritema, abrasões,
                                                        púrpuras

                                                         PESCOÇO E PELE:
                                                         mordidas

ABDOMEN: gravidez

                                                       GENITÁLIA E RETO




                    ** Pesquisar marcas de agressão física
Exame Físico
• Genitália Feminina:
  – SEMPRE: explicar o procedimento!!
  – Considerar variações referentes a
    cada idade.
  – O exame do hímen deve incluir:
     • Inspeção de grandes lábios,comissura
       posterior da vulva, do intróito, do
       vestíbulo, da uretra, da borda do hímen
       e do ânus
  – Exame especular
     • Em pós-púberes, sangramento não
       menstrual ou grande trauma em
       genitália externa
Exame Físico
• Genitália Masculina:
  – Eritema inespecífico e
    transitório do pênis
  – Mordidas
  – Lesões por retração forçada do
    pênis
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
  HOSPITAL DE PEDIATRIA PROF. HERIBERTO FERREIRA BEZERRA




          Prova pericial:
Análise de amostras biológicas como
ferramenta na confirmação do delito



        Farmacêutica R1 Rafaella Marinho
Violência Sexual
Amostras Biológicas

   Sêmen              Sangue   Saliva
Violência Sexual
                                                Lâmpada de Wood

Testes preliminares:

 Exposição do sêmen a radiação ultravioleta:

 Pesquisa de fosfatase ácida;

 Eletroforese: separação da espermina

 Métodos Cristalográficos:
Violência Sexual
Testes Confirmatórios

 Identificação de um espermatozóide íntegro;

 Espermatozóides móveis: ejaculação

 Método imunológico – PSA ou teste p30: imunocromatografia: teste
   qualitativo – 4 ng/mL( sensível)
 Teste de DNA
Violência Sexual

         Fosfatase ácida                            PSA (antígeno prostático
                                                          específico)

•   É uma enzima normalmente presente             Presente na próstata e em fluidos extra-
    em   alguns   órgãos,        tecidos   e       prostáticos;
    secreções em teor normal;                     Maior concentração no esperma.
                                                  Identificar fluido seminal deixado por
•   O líquido seminal contém grandes
                                                   vasectomizados;
    teores de fosfatase ácida;
                                                  Sua verificação no fluido vaginal é teste
                                                   de certeza quanto à presença de sêmen
•   marcador      de    sensibilidade      e
                                                   na amostra.
    especificidade limitado.
Violência Sexual
    PSA positivo e microscopia negativa para espermatozóide ?

• Fatores que corroboram para um falso-negativo na microscopia



       - fungos e sobreposição de células escamosas;

        - corante utilizado;

        - técnica de coleta da amostra.
Violência Sexual
Sorologia:
• βHCG
• Anti HIV
• HBS-Ag:

  Cultura da secreção vaginal e da endocérvice ( pesquisa de
  Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.
Prevenção e tratamento de DST´s
• Crianças são mais
  suscetíveis para o
  desenvolvimento de
  DST´s;
• O abuso, na maioria
  das vezes, é crônico
  prolongado          
  contra-indica        a
  profilaxia para as
  DST´S       não-virais,
  parao       HIV      e
  imunoprofilaxia para
  hepatite B.
Profilaxia para o Tétano
Profilaxia das Hepatites Virais
• A decisão de iniciar a profilaxia para
  hepatite B não deve estar condicionada a
  solicitação de exames complementares.
Profilaxia das Hepatites Virais
• Deve-se aplicar imunoglobulina em todas
  as pacientes com esquema vacinal
  incompleto ou não imunizadas




                            Em até 48horas
                            do ato.
Profilaxia das Hepatites Virais
• Hepatite C

  – Não existem alternativas de imunoprofilaxia
Profilaxia para o HIV
• 0,8- 2,7% das vítimas;
• Não     existem     estudos   seguros     que
  evidenciem que os anti-retrovirais protejam a
  vítima da infecção, mas não há nenhum
  contra-indicando.
• Está indicada nos casos de penetração
  vaginal e/ou anal, com ou sem coito oral.
• Está contra-indicada quando há contato
  repetido e crônico com o mesmo agressor,ou
  quando for usado preservativo.
Profilaxia para o HIV
AMOSTRA




                TESTE 1



 Negativo                 Positivo ou IC


  Amostra                   Teste 2 e
Negativa para                 IF/IB
    HIV
Teste 2 e
  IF/IB
Profilaxia para o HIV
• A profilaxia deve ser instituída em no
  máximo 72 horas e por 4 semanas.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM




         Residente: Enfª Priscilla Delfino
CUIDADO PRIMORDIAL

      Proteger a identidade da criança, do
adolescente e de sua família é um compromisso
ético profissional. As informações referentes à
criança ou ao adolescente só deverão ser
socializadas com os profissionais da rede de
cuidados e de proteção social diretamente
envolvidos com o caso (BRASIL, 2010).
Cuidados Profiláticos
• Realização de aconselhamento;
• Profilaxia das DST’s de acordo com orientação
  médica;
• Avaliar o esquema vacinal da vítima (3 doses);
• Avaliar a exposição crônica/repetição da
  violência;
• Realizar a imunoprofilaxia;
• Notificar.

                                      BRASIL (2010)
Sinais indiretos de
              violência sexual:
• Atitudes sexuais impróprias para a idade;
• Demonstração de conhecimento sobre atividades
  sexuais superiores à sua fase de desenvolvimento,
  através de falas, gestos ou atitudes;
• Desenvolvimento precoce sexual, através de
  vestimentas que expõem o corpo, que objetivam
  aguçar a curiosidade sexual;
• A exposição a atitudes de exibicionismo, como falas
  inadequadas à idade sobre atitudes sexuais pessoais
  e de outros.

                                          BRASIL (2010)
Sinais diretos da violência sexual
       apresentados pela paciente:

•   Edema ou lesões em área genital;
•   Sangramento e Dor vaginal em pré-púberes;
•   Rompimento himenal;
•   Doenças sexualmente transmissí-
    veis (Condiloma).




                                       BRASIL (2010)
Sinal: Baixa autoestima e
               autoconfiança
       Diagnóstico de enfermagem:
Distúrbio da imagem corporal caracterizado por
       verbalização negativa da aparência.

    Cuidados/ações:
-   Evitar críticas negativas;
-   Fazer declarações positivas sobre a paciente;
-   Elogiar o paciente no progresso das metas;
-   Encorajar a responsabilidade por si mesmo / auto-
    cuidado;
                                                NANDA (2011)
Sinal: Distúrbios de alimentação
         Diagnóstico de enfermagem:
       Nutrição desequilibrada: mais que as
 necessidades corporais caracterizada por fatores
 interno e externo, peso acima do ideal e
 sedentarismo.
Cuidados/ações:
- Encorajar a ingesta ideal para o tipo de corpo e estilo
  e vida;
- Elogiar esforço no cumprimento de metas;
- Estimular a consulta/acompanhamento da NUTRIÇÃO;
- Encorajar atividade física.
                                                 NANDA (2011)
Os Sinais indiretos: Edema,
     sangramento, dor, DST...

  Ressaltam a instalação de uma infecção
    e possível confirmação da violência.

Portanto requer um trabalho Multiprofissional
entre médicos e enfermeiras para definição
de diagnóstico e tratamento específico.
Propensão a outros problemas:
- Distúrbios de aprendizagem até o fracasso na
  escola;
- Processos familiares disfuncionais;
- Dignidade humana comprometida e outros...

    REQUER ACOMPANHAMENTO DE TODA
     EQUIPE MULTI, PRICIPALMENTE DA
              PSICOLOGIA
IMPORTANTE
            EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

 A participação de profissionais com formações diversas
na abordagem dos casos de violência contra crianças e
adolescentes, como médicos, dentistas, enfermeiros,
assistentes    sociais,    fisioterapeutas, psicólogos,
fonoaudiólogos, pedagogos e psiquiatras podem ajudar
a evidenciar as marcas e sequelas que não se
encontram na pele ou nos órgãos, mas que, muitas
vezes, podem ser desastrosas (BRASIL, 2010).
Cuidados em Nutrição


   Residente: Nut. Ruty Eulália (R1)
    Orientadora: Nut. Benila Sabry
1. Implicações nutricionais no diagnóstico clínico


   Dislipidemia                 Catabolismo protéico



                    Síndrome
    Edema           Nefrótica          Desnutrição




     Anorexia                        Obesidade
2. Avaliação nutricional
                           IDADE: 8 anos 2 meses
                     PESO (admissão – 15/08/12): 39 Kg
                          PESO (22/08/12): 42,7 Kg
                             ESTATURA: 1,28 m
             IMC (adm): 23,8 Kg/m² IMC (22/08/12): 26,1 Kg/m²

     Indicador            Valores críticos            Diagnóstico
                                                      nutricional
Peso/idade                     p97-p99             Peso elevado para
                                                         idade
Estatura/idade                 p50-p85             Estatura adequada
                                                       para idade
IMC/I (Admissão)               p97-p99                 Obesidade

IMC/I (22/08)                    >p99               Obesidade grave


OMS, 2007
3. Conduta nutricional


                     Objetivos

  • Atender às necessidades nutricionais para idade
          • Adequar o estado nutricional
• Reduzir e melhorar a qualidade da ingestão lipídica
            • Controlar a ingestão de sal
4. Recomendações nutricionais

                   Recomendação individual


    Energia                             1700 Kcal/dia
                                           (IOM, 2005)


    Proteínas                        1,0 a 2,0g/Kg peso
                                      (Zunino e Riella, 2001)

    Carboidratos                            55-65%
                             (Consenso Latino Americano de Obesidade)

    Lipídeos                                  25%
                             (Consenso Latino Americano de Obesidade)


    NaCl                                   Até 3g/dia
                                      (Zunino e Riella, 2001)
Plano Alimentar – normocalórica, hipolipídica, hipossódica

       Refeição                   Alimento                       Medida
                    Pão integral c/ Becel ou Tapioca c/      2 fatias ou 1 unid
Desjejum            Becel ou Biscoitos integrais c/ Becel        ou 5 unid
                    Café com leite desnatado e adoçante           180 ml
Lanche              Fruta                                        1 porção
                    Salada crua com azeite de oliva            2 col. servir
Almoço              Peixe ou frango ou carne                 1 porção média
                    cozidos/assados/grelhados
                    Arroz integral com cenoura                  1 cch rasa
                    Feijão com legumes                          1 cch cheia
                    Suco de fruta com adoçante                    200 ml
Lanche              Biscoitos integrais ou pipoca de        5 unid ou 1 saco ou
                    milho ou salada de frutas                     1 copo
Jantar              Sopa de carne, legumes, arroz               2 conchas
                    ou Semelhante ao almoço                          -
Ceia                Vitamina de fruta ou Mingau de aveia          240 ml
5. Orientações para Obesidade/SNO
                               •   Realizar 6 refeições/dia, aproximadamente 3/3h;

                        •   Usar adoçante, leite e derivados desnatados ou na versão light;

              •       Dar preferência aos cereais integrais (pães, biscoitos, arroz, macarrão, etc);

    •     Evitar as frituras. Dar preferência às carnes brancas (peixes e aves), preparando-as de forma
                                            cozida, assada ou grelhada;

                  •    Retirar a gordura aparente das carnes e a pele do frango antes da cocção;

                                     •    Praticar atividade física diariamente;

•       Evitar alimentos salgados ou defumados, como carne de charque, carne de sol, lingüiça, salsicha,
                                mortadela, presunto, empadas, coxinha, pastéis;

•       Não consumir alimentos enlatados, como carne em conserva, ervilha, milho verde, pois são ricos
                                                em sódio;

•       DICAS: Para temperar os alimentos utilize temperos naturais como limão, orégano, louro, salsa,
                                       coentro, alecrim e manjericão.
Avaliação e
Orientação
Odontológica   R1: Ingrid
               Filgueira.
Avaliação odontológica
• Ao exame clínico odontológico o paciente
  apresentou:
   – Higiene oral deficiente;
   – Gengivite;
   – Hiperplasia gengival;
   – Lesões cariosas;
   – Fratura dental;
   – Indicação de exodontias.
Manifestações Bucais
• Lesões eritematosas; ulceradas; vesiculares com
  secreção purulenta em lábios; língua; palato e face,
  podem ser indicadores do abuso e estar associadas a
  patologias como:
   – Gonorréia;
   – Condiloma acuminado;
   – Sífilis;
   – Infecções por Herpes tipo II.
Manifestações Bucais

• Fraturas de dente, maxila, mandíbula ou outro osso
  facial;
• Laceração de lábio e freio lingual;
• Marcas de mordidas na face e na nuca;
• Segundo LOUZADO et al. (2001) apud MENOLI
  et al. (2009), as crianças que são forçadas a realizar
  uma sessão de sexo oral acabem tendo altas taxas de
  cárie e também erosão no palato.
Tratamento

• Sensibilidade aos medos e angústias da criança;
• Usar técnicas que diminuam o estresse do tratamento
  como: falar-mostrar-fazer e reforço positivo;
• Educação e orientação de higiene oral;
• Tratamento restaurador;
• Exodontias.
Referências
–   MENOLI, A.P., FELIPETTI, F., GOLFF, F., LUDWIG, D. Manifestações bucais de maus-
    tratos físicos e sexuais em crianças – conduta do cirurgião-dentista. Revista Varia
    Scientia, Paraná, v. 7, n. 14, p. 11-22, 2009. Disponível em:
                    <e-revista.unioeste.br/index.php/variascientia/article/download/.../1972>.
    Acesso em: 04 set 2012.
–   MASSONI, A.C.L.T., FERREIRA, A.M.B., ARAGÃO, A.K.R., MENEZES, V.A., COLARES,
    V. Aspectos orofaciais dos maus-tratos infantis e da negligência odontológica. Ciênc.
    saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.15, n.2, 2010. Disponível em:             <
    http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232010000200016&script=sci_arttext. >.
    Acesso em: 04 set 2012.
–   LOUZADO, M., ARAÚJO, C.H., SCARIOT, F., DORNELLES, M.S.O., PRADO, D.
    Manifestações orais em crianças abusadas sexualmente. Revista Brasileira de
    Odontologia, v.58, n.1, p. 33 e 34, 2001.
–    Nelson, tratado de Pediatria/ Robert M.Kliegman et al; 18ªed. Rio de Janeiro: Elsevier,
    2009
–    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
    Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Prevenção e Tratamento
    dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes: norma
    técnica. 2ª ed. atual. e ampl. – Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
Bibliografia
•   Nelson, tratado de Pediatria/ Robert M.Kliegman et al; 18ªed. Rio de Janeiro:
    Elsevier, 2009
•   Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
    Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Prevenção e
    Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e
    Adolescentes: norma técnica. 2ª ed. atual. e ampl. – Brasília: Ministério da Saúde,
    2005.

Contenu connexe

Tendances

Tipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicosTipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicos
Arquivo-FClinico
 
Assistência pré natal
Assistência pré natalAssistência pré natal
Assistência pré natal
LASM_UIT
 
Violência sexual contra crianças e adolescentes
Violência sexual contra crianças e adolescentesViolência sexual contra crianças e adolescentes
Violência sexual contra crianças e adolescentes
Alinebrauna Brauna
 

Tendances (20)

O que é violência sexual
O que é violência sexualO que é violência sexual
O que é violência sexual
 
Crescimento e desenvolvimento Infantil
Crescimento e desenvolvimento Infantil Crescimento e desenvolvimento Infantil
Crescimento e desenvolvimento Infantil
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
 
Tipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicosTipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicos
 
Assistência pré natal
Assistência pré natalAssistência pré natal
Assistência pré natal
 
Roteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de PuericulturaRoteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de Puericultura
 
Gravidez na adolescencia
Gravidez na adolescenciaGravidez na adolescencia
Gravidez na adolescencia
 
Puericultura - Roteiro de Consulta
Puericultura - Roteiro de ConsultaPuericultura - Roteiro de Consulta
Puericultura - Roteiro de Consulta
 
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
 
Aula 3 prénatal
Aula 3 prénatalAula 3 prénatal
Aula 3 prénatal
 
Curvas de Crescimento: orientações para Profissionais de Saúde
Curvas de Crescimento: orientações para Profissionais de SaúdeCurvas de Crescimento: orientações para Profissionais de Saúde
Curvas de Crescimento: orientações para Profissionais de Saúde
 
Etapas do desenvolvimento da busca: análise da pergunta de pesquisa PICO/PICO...
Etapas do desenvolvimento da busca: análise da pergunta de pesquisa PICO/PICO...Etapas do desenvolvimento da busca: análise da pergunta de pesquisa PICO/PICO...
Etapas do desenvolvimento da busca: análise da pergunta de pesquisa PICO/PICO...
 
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
 
Sinais Vitais
Sinais VitaisSinais Vitais
Sinais Vitais
 
Semiologia: Anamnese em Pediatria
Semiologia: Anamnese em PediatriaSemiologia: Anamnese em Pediatria
Semiologia: Anamnese em Pediatria
 
Estudo de Caso
Estudo de CasoEstudo de Caso
Estudo de Caso
 
EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
 
Violência sexual contra crianças e adolescentes
Violência sexual contra crianças e adolescentesViolência sexual contra crianças e adolescentes
Violência sexual contra crianças e adolescentes
 
Exame Físico em Pediatria
Exame Físico em PediatriaExame Físico em Pediatria
Exame Físico em Pediatria
 
Administração medicamentos: regras gerais e tipos de seringas
Administração medicamentos: regras gerais e tipos de seringas Administração medicamentos: regras gerais e tipos de seringas
Administração medicamentos: regras gerais e tipos de seringas
 

En vedette

Abuso e exploração sexual de criança e adolescente
Abuso e exploração sexual de criança e adolescenteAbuso e exploração sexual de criança e adolescente
Abuso e exploração sexual de criança e adolescente
Luisa Sena
 
Aula sobre violência contra crianças
Aula sobre violência contra criançasAula sobre violência contra crianças
Aula sobre violência contra crianças
Diego Alvarez
 
De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!
De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!
De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!
Hebert Silva
 
Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)
Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)
Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)
GlauciaAS
 
Adriananunancom abuso sexual
Adriananunancom abuso sexualAdriananunancom abuso sexual
Adriananunancom abuso sexual
ana311982
 
Combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes
Combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentesCombate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes
Combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes
Brena Pinheiro
 

En vedette (20)

Abusos sexuais
Abusos sexuaisAbusos sexuais
Abusos sexuais
 
Exploração sexual infantil: causas, consequências e políticas de enfrentamento
Exploração sexual infantil: causas, consequências e políticas de enfrentamentoExploração sexual infantil: causas, consequências e políticas de enfrentamento
Exploração sexual infantil: causas, consequências e políticas de enfrentamento
 
Abuso Sexual Infantil e a Vulnerabilidade para o Desenvolvimento de Transtorn...
Abuso Sexual Infantil e a Vulnerabilidade para o Desenvolvimento de Transtorn...Abuso Sexual Infantil e a Vulnerabilidade para o Desenvolvimento de Transtorn...
Abuso Sexual Infantil e a Vulnerabilidade para o Desenvolvimento de Transtorn...
 
abuso sexual infantil
abuso sexual infantilabuso sexual infantil
abuso sexual infantil
 
Juventude e exploração sexual
Juventude e exploração sexualJuventude e exploração sexual
Juventude e exploração sexual
 
Abuso sexual.01
Abuso sexual.01Abuso sexual.01
Abuso sexual.01
 
Abuso e exploração sexual de criança e adolescente
Abuso e exploração sexual de criança e adolescenteAbuso e exploração sexual de criança e adolescente
Abuso e exploração sexual de criança e adolescente
 
Palestra Violência Sexual contra crianças e adolescentes
Palestra Violência Sexual contra crianças e adolescentesPalestra Violência Sexual contra crianças e adolescentes
Palestra Violência Sexual contra crianças e adolescentes
 
Abuso da sexualidade pais 97 2003
Abuso da sexualidade pais 97 2003Abuso da sexualidade pais 97 2003
Abuso da sexualidade pais 97 2003
 
Abuso sexual
Abuso sexualAbuso sexual
Abuso sexual
 
Aula sobre violência contra crianças
Aula sobre violência contra criançasAula sobre violência contra crianças
Aula sobre violência contra crianças
 
Violencia contra criança e adolescente
Violencia contra criança e adolescenteViolencia contra criança e adolescente
Violencia contra criança e adolescente
 
Cartilha informativa sobre abuso sexual contra a criança e o adolescente.
Cartilha informativa sobre abuso  sexual contra a criança e o adolescente. Cartilha informativa sobre abuso  sexual contra a criança e o adolescente.
Cartilha informativa sobre abuso sexual contra a criança e o adolescente.
 
Juventude e exploração sexual
Juventude e exploração sexualJuventude e exploração sexual
Juventude e exploração sexual
 
De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!
De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!
De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!
 
Crianças vítimas de abusos sexuais: Um contributo estratégico
Crianças vítimas de abusos sexuais: Um contributo estratégicoCrianças vítimas de abusos sexuais: Um contributo estratégico
Crianças vítimas de abusos sexuais: Um contributo estratégico
 
Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)
Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)
Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)
 
Adriananunancom abuso sexual
Adriananunancom abuso sexualAdriananunancom abuso sexual
Adriananunancom abuso sexual
 
abuso sexxual
abuso sexxualabuso sexxual
abuso sexxual
 
Combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes
Combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentesCombate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes
Combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes
 

Similaire à Violencia na infância - Abuso sexual

04 a- exame genital masculino
04  a- exame genital masculino04  a- exame genital masculino
04 a- exame genital masculino
itsufpr
 
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adoleViol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
jorge luiz dos santos de souza
 
20170091-APRESENTACAO-EM-POWER-POINT-DA-CAMPANHA-18-DE-MAIO.pptx
20170091-APRESENTACAO-EM-POWER-POINT-DA-CAMPANHA-18-DE-MAIO.pptx20170091-APRESENTACAO-EM-POWER-POINT-DA-CAMPANHA-18-DE-MAIO.pptx
20170091-APRESENTACAO-EM-POWER-POINT-DA-CAMPANHA-18-DE-MAIO.pptx
Fernando636024
 
SLIDE henry borel - violencia criança e adolescente
SLIDE henry borel - violencia criança e adolescenteSLIDE henry borel - violencia criança e adolescente
SLIDE henry borel - violencia criança e adolescente
marabadeam
 
Cartilha 2
Cartilha 2Cartilha 2
Cartilha 2
LLidiana
 
C:\documents and settings\administrador\desktop\versão 1.2
C:\documents and settings\administrador\desktop\versão 1.2C:\documents and settings\administrador\desktop\versão 1.2
C:\documents and settings\administrador\desktop\versão 1.2
tvf
 
Versão 1.2
Versão 1.2Versão 1.2
Versão 1.2
tvf
 

Similaire à Violencia na infância - Abuso sexual (20)

Saude adolescente
Saude adolescenteSaude adolescente
Saude adolescente
 
04 a- exame genital masculino
04  a- exame genital masculino04  a- exame genital masculino
04 a- exame genital masculino
 
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adoleViol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
 
Violencia domestica infantil
Violencia domestica infantilViolencia domestica infantil
Violencia domestica infantil
 
Pedofilia
PedofiliaPedofilia
Pedofilia
 
Violnciasexualcontracrianaseadolescentes 130718011435-phpapp01
Violnciasexualcontracrianaseadolescentes 130718011435-phpapp01Violnciasexualcontracrianaseadolescentes 130718011435-phpapp01
Violnciasexualcontracrianaseadolescentes 130718011435-phpapp01
 
20170091-APRESENTACAO-EM-POWER-POINT-DA-CAMPANHA-18-DE-MAIO.pptx
20170091-APRESENTACAO-EM-POWER-POINT-DA-CAMPANHA-18-DE-MAIO.pptx20170091-APRESENTACAO-EM-POWER-POINT-DA-CAMPANHA-18-DE-MAIO.pptx
20170091-APRESENTACAO-EM-POWER-POINT-DA-CAMPANHA-18-DE-MAIO.pptx
 
Cartilha-abuso.pdf
Cartilha-abuso.pdfCartilha-abuso.pdf
Cartilha-abuso.pdf
 
Cartilha violencia
Cartilha violenciaCartilha violencia
Cartilha violencia
 
faça bonito 18 de maio - Copia.pptx
faça bonito 18 de maio - Copia.pptxfaça bonito 18 de maio - Copia.pptx
faça bonito 18 de maio - Copia.pptx
 
SLIDE henry borel - violencia criança e adolescente
SLIDE henry borel - violencia criança e adolescenteSLIDE henry borel - violencia criança e adolescente
SLIDE henry borel - violencia criança e adolescente
 
adolescencia.ppt
adolescencia.pptadolescencia.ppt
adolescencia.ppt
 
Cartilha 2
Cartilha 2Cartilha 2
Cartilha 2
 
Violência Doméstica contra Crianças
Violência Doméstica contra CriançasViolência Doméstica contra Crianças
Violência Doméstica contra Crianças
 
Violência Contra A Criança
Violência Contra A CriançaViolência Contra A Criança
Violência Contra A Criança
 
adolescencia.ppt
adolescencia.pptadolescencia.ppt
adolescencia.ppt
 
adolescencia (1).ppt
adolescencia (1).pptadolescencia (1).ppt
adolescencia (1).ppt
 
adolescencia.ppt
adolescencia.pptadolescencia.ppt
adolescencia.ppt
 
C:\documents and settings\administrador\desktop\versão 1.2
C:\documents and settings\administrador\desktop\versão 1.2C:\documents and settings\administrador\desktop\versão 1.2
C:\documents and settings\administrador\desktop\versão 1.2
 
Versão 1.2
Versão 1.2Versão 1.2
Versão 1.2
 

Plus de blogped1

Plus de blogped1 (20)

Febre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota InformativaFebre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota Informativa
 
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
 
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
 
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de VidaABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
 
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciaDiagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
 
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
 
Psoríase na infância
Psoríase na infânciaPsoríase na infância
Psoríase na infância
 
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesRevised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
 
Sinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana AgudaSinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana Aguda
 
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites MediaOtite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
 
Paralisia Facial
Paralisia FacialParalisia Facial
Paralisia Facial
 
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
 
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomaGiant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
 
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
 
Hipoglicemia Neonatal
Hipoglicemia  Neonatal Hipoglicemia  Neonatal
Hipoglicemia Neonatal
 
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
 
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
 
Icterícia neonatal
 Icterícia neonatal  Icterícia neonatal
Icterícia neonatal
 
Picnodisostose
PicnodisostosePicnodisostose
Picnodisostose
 
Internato em Pediatria I - 2015 - Sob a ótica Discente
Internato em Pediatria I - 2015 - Sob a ótica DiscenteInternato em Pediatria I - 2015 - Sob a ótica Discente
Internato em Pediatria I - 2015 - Sob a ótica Discente
 

Violencia na infância - Abuso sexual

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE HOSPITAL DE PEDIATRIA PROF. HERIBERTO FERREIRA BEZERRA Discussão Multiprofissional Tema: Abuso sexual na infância
  • 2. Caso Clínico • Paciente M.E.E.L, 8anos, natural e procedente de Jundiá, procurou este serviço no dia 21/07/12 queixando-se de sagramento genital vivo, associado a dor discreta em baixo ventre. Negava trauma e episódios anteriores. • A mesma havia recebido alta deste serviço no mesmo dia, pela manhã, quando esteve internada por 04 dias para investigação de dor lombar à direita em salvas associada à vômitos esporádicos e disúria. Foi investigado litíase renal, entretanto todos os exames laboratoriais e de imagem foram negativos para esta hipótese, bem como o exame físico da paciente, que evidenciava uma dor cíclica, de pequena intensidade, que cedia com medicações analgésicas e antiespasmódica. É portadora de sídrome nefrótica cortico- sensível em acompanhamento irregular neste serviço desde -------------
  • 3. Caso Clínico • Foi encaminhada ao serviço de ginecologia da Maternidade Escola Januário Cicco, onde foram visualizadas lesões de aspecto papilar em intróito vaginal com ponto de sangramento discreto em borra de café, sugerindo condilomatose e sendo orientado investigação para abuso sexual. • Foi encaminha ao ITEP para avaliação pericial que suspeitou de possível tumoração em região genital, solicitando novo exame ginecológio para elucidação. • Endocrinologia Pediátrica descartou Puberdade Precoce
  • 4. Caso Clínico • Apresentou novos episódios de sangramento vaginal durante a evolução que cediam espontaneamente. Foram solicitadas sorologias para pesquisa de doenças sexualmente transmissíveis, sendo todas (VDRL, anti- HBsAg, HIV, anti-HCV) negativas. Aguardando apenas a sorologia para herpes simples.
  • 5. Caso Clínico • 02/08/12 – A paciente foi submetida a exame ginecológico sob sedação, em que foram visualizadas lesões em fúrcula, intróito vaginal e periuretrais, todas verrucosas, sugestivas de condilomatose, as quais foram retiradas e enviadas para análise anatomopatológica. Realizado exame especular com espéculo de virgem sem visualização de lesões vaginais ou de colo do útero.Não foram visualizadas lesões anorretais.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9. Diagnóstico CONDILOMATOSE VULVAR + NIV II ABUSO SEXUAL
  • 10. Conceituação e Epidemiologia Núcleo de Violência do HOSPED: dados atuais Residente: Enfª Karilena Pedrosa (R1) Orientadora: Enfª Juliana Jales
  • 11. 2. CONCEITUAÇÃO “Violência é o uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”. (KRUG et al., 2002 apud BRASIL, 2010).
  • 12. VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES “Quaisquer atos ou omissões dos pais, parentes, responsáveis, instituições e, em última instância, da sociedade em geral, que redundam em dano físico, emocional, sexual e moral às vítimas”. (BRASIL, 2001).
  • 13. TIPOS DE VIOLÊNCIA Física; Psicológica; Negligência; Sexual (BRASIL, 2010).
  • 14. 2. CONCEITUAÇÃO VIOLÊNCIA SEXUAL “É todo ato ou jogo sexual com intenção de estimular sexualmente a criança ou o adolescente, visando utilizá-lo para obter satisfação sexual, em que os autores da violência estão em estágio de desenvolvimento psicossexual mais adiantado que a criança ou adolescente. Abrange relações homo ou heterossexuais. Pode ocorrer em uma variedade de situações como: estupro, incesto, assédio sexual, exploração sexual, [...], práticas eróticas não consentidas e impostas e “voyeurismo” (obtenção de prazer sexual por meio da observação)”. (BRASIL, 2004).
  • 15. 2. EPIDEMIOLOGIA •Importante problema para a saúde pública, desde 1996; •As causas externas (acidentes e violências) ocupam a primeira causa de morte na faixa etária de 1 a 19 anos (BRASIL, 2009a). •Crianças e adolescentes de ambos os sexos são igualmente acometidas pela violência, embora sejam afetados por distintos tipos e expressões de situações violentas. Por exemplo, há mais notificação de violência sexual contra crianças e adolescentes do sexo feminino, ao passo que a violência física ocorre mais entre os adolescentes do sexo masculino (BRASIL, 2009a). •Violência sexual: predominantemente doméstica, especialmente na infância. (BRASIL, 2010).
  • 16. Constituição da República de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei nº 8.069/90)- garantia dos direitos legais e para a proteção integral desse grupo social. • Ministério da Saúde - Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências (Portaria nº 737/2001); - Definiu um instrumento de notificação, às autoridades competentes, de casos de suspeita ou de confirmação de violência contra crianças e adolescentes (Portaria MS/GM nº 1.968/2001). - 2006: estruturou o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva), constituído por dois componentes: (1) vigilância de violência doméstica, sexual, e/ou outras violências interpessoais e autoprovocadas (Viva-Contínuo) (incorporado ao Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN-Net); e (2) vigilância de violências e acidentes em emergências hospitalares. - 2010: “Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violências – Orientação para gestores e profissionais de saúde”, objetivando sensibilizar e orientar os gestores e profissionais de saúde para uma ação contínua e permanente para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências.
  • 17. O Perfil das crianças notificadas e assistidas pelo Núcleo de Acolhimento à Criança Vítima de Violência do HOSPED * 2010: Implantação do Núcleo de Acolhimento à criança Vítima de Violência do HOSPED. * Instrumento: Fichas de notificação /investigação : violência doméstica, sexual e/ou outras violências interpessoais. TOTAL DE PERÍODO DAS FAIXA ETÁRIA DAS FICHAS NOTIFICAÇÕES CRIANÇAS/ADOLESC ENTES NOTIFICADAS 25 fichas maio/2010 a maio/2012 de 1 a 17 anos
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. Sinais clinicos de Abuso sexual
  • 25. Sinais Clínicos de Abuso Sexual • Anamnese detalhada – 5% de todos os casos tem achados físicos ou laboratoriais – IDEAL: entrevista gravada, com perguntas abertas e não indutivas.
  • 26. Sinais Clínicos de Abuso Sexual • Dor vaginal, peniana ou retal; • Corrimentos, contusões, eritema ou sangramentos genitais; • Disúria, enurese, constipação e encoprese • Puberdade precoce em meninas
  • 27. Sinais Clínicos de Abuso Sexual • Sinais Inespecíficos: – Atitudes suicidas; – Medo de alguém ou de algum lugar; – Pesadelos e disturbios do sono; – Regressão ; – Agressividade; – Comportamento retraído; – Fugas; – Depressão, ansiedade, fobias, mau desempenho escolar; – Distúrbios alimentares, abuso de drogas e prostituição.
  • 28. Sinais Clínicos de Abuso Sexual • Sinais clínicos de baixa sensibilidade diagnóstica: – Atividade sexualizada com seus pares, brinquedos ou animais; – Comportamento sedutor; – Conhecimentos e curiosidades sexuais em desacordo com a idade
  • 29. Exame Físico BOCA: eritema, abrasões, púrpuras PESCOÇO E PELE: mordidas ABDOMEN: gravidez GENITÁLIA E RETO ** Pesquisar marcas de agressão física
  • 30. Exame Físico • Genitália Feminina: – SEMPRE: explicar o procedimento!! – Considerar variações referentes a cada idade. – O exame do hímen deve incluir: • Inspeção de grandes lábios,comissura posterior da vulva, do intróito, do vestíbulo, da uretra, da borda do hímen e do ânus – Exame especular • Em pós-púberes, sangramento não menstrual ou grande trauma em genitália externa
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34. Exame Físico • Genitália Masculina: – Eritema inespecífico e transitório do pênis – Mordidas – Lesões por retração forçada do pênis
  • 35. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE HOSPITAL DE PEDIATRIA PROF. HERIBERTO FERREIRA BEZERRA Prova pericial: Análise de amostras biológicas como ferramenta na confirmação do delito Farmacêutica R1 Rafaella Marinho
  • 37. Violência Sexual Lâmpada de Wood Testes preliminares:  Exposição do sêmen a radiação ultravioleta:  Pesquisa de fosfatase ácida;  Eletroforese: separação da espermina  Métodos Cristalográficos:
  • 38. Violência Sexual Testes Confirmatórios  Identificação de um espermatozóide íntegro;  Espermatozóides móveis: ejaculação  Método imunológico – PSA ou teste p30: imunocromatografia: teste qualitativo – 4 ng/mL( sensível)  Teste de DNA
  • 39. Violência Sexual Fosfatase ácida PSA (antígeno prostático específico) • É uma enzima normalmente presente  Presente na próstata e em fluidos extra- em alguns órgãos, tecidos e prostáticos; secreções em teor normal;  Maior concentração no esperma.  Identificar fluido seminal deixado por • O líquido seminal contém grandes vasectomizados; teores de fosfatase ácida;  Sua verificação no fluido vaginal é teste de certeza quanto à presença de sêmen • marcador de sensibilidade e na amostra. especificidade limitado.
  • 40. Violência Sexual PSA positivo e microscopia negativa para espermatozóide ? • Fatores que corroboram para um falso-negativo na microscopia - fungos e sobreposição de células escamosas; - corante utilizado; - técnica de coleta da amostra.
  • 41. Violência Sexual Sorologia: • βHCG • Anti HIV • HBS-Ag: Cultura da secreção vaginal e da endocérvice ( pesquisa de Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.
  • 42. Prevenção e tratamento de DST´s • Crianças são mais suscetíveis para o desenvolvimento de DST´s; • O abuso, na maioria das vezes, é crônico prolongado  contra-indica a profilaxia para as DST´S não-virais, parao HIV e imunoprofilaxia para hepatite B.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46. Profilaxia para o Tétano
  • 47. Profilaxia das Hepatites Virais • A decisão de iniciar a profilaxia para hepatite B não deve estar condicionada a solicitação de exames complementares.
  • 48. Profilaxia das Hepatites Virais • Deve-se aplicar imunoglobulina em todas as pacientes com esquema vacinal incompleto ou não imunizadas Em até 48horas do ato.
  • 49. Profilaxia das Hepatites Virais • Hepatite C – Não existem alternativas de imunoprofilaxia
  • 50. Profilaxia para o HIV • 0,8- 2,7% das vítimas; • Não existem estudos seguros que evidenciem que os anti-retrovirais protejam a vítima da infecção, mas não há nenhum contra-indicando. • Está indicada nos casos de penetração vaginal e/ou anal, com ou sem coito oral. • Está contra-indicada quando há contato repetido e crônico com o mesmo agressor,ou quando for usado preservativo.
  • 52. AMOSTRA TESTE 1 Negativo Positivo ou IC Amostra Teste 2 e Negativa para IF/IB HIV
  • 53. Teste 2 e IF/IB
  • 54. Profilaxia para o HIV • A profilaxia deve ser instituída em no máximo 72 horas e por 4 semanas.
  • 55. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Residente: Enfª Priscilla Delfino
  • 56. CUIDADO PRIMORDIAL Proteger a identidade da criança, do adolescente e de sua família é um compromisso ético profissional. As informações referentes à criança ou ao adolescente só deverão ser socializadas com os profissionais da rede de cuidados e de proteção social diretamente envolvidos com o caso (BRASIL, 2010).
  • 57. Cuidados Profiláticos • Realização de aconselhamento; • Profilaxia das DST’s de acordo com orientação médica; • Avaliar o esquema vacinal da vítima (3 doses); • Avaliar a exposição crônica/repetição da violência; • Realizar a imunoprofilaxia; • Notificar. BRASIL (2010)
  • 58. Sinais indiretos de violência sexual: • Atitudes sexuais impróprias para a idade; • Demonstração de conhecimento sobre atividades sexuais superiores à sua fase de desenvolvimento, através de falas, gestos ou atitudes; • Desenvolvimento precoce sexual, através de vestimentas que expõem o corpo, que objetivam aguçar a curiosidade sexual; • A exposição a atitudes de exibicionismo, como falas inadequadas à idade sobre atitudes sexuais pessoais e de outros. BRASIL (2010)
  • 59. Sinais diretos da violência sexual apresentados pela paciente: • Edema ou lesões em área genital; • Sangramento e Dor vaginal em pré-púberes; • Rompimento himenal; • Doenças sexualmente transmissí- veis (Condiloma). BRASIL (2010)
  • 60. Sinal: Baixa autoestima e autoconfiança Diagnóstico de enfermagem: Distúrbio da imagem corporal caracterizado por verbalização negativa da aparência. Cuidados/ações: - Evitar críticas negativas; - Fazer declarações positivas sobre a paciente; - Elogiar o paciente no progresso das metas; - Encorajar a responsabilidade por si mesmo / auto- cuidado; NANDA (2011)
  • 61. Sinal: Distúrbios de alimentação Diagnóstico de enfermagem: Nutrição desequilibrada: mais que as necessidades corporais caracterizada por fatores interno e externo, peso acima do ideal e sedentarismo. Cuidados/ações: - Encorajar a ingesta ideal para o tipo de corpo e estilo e vida; - Elogiar esforço no cumprimento de metas; - Estimular a consulta/acompanhamento da NUTRIÇÃO; - Encorajar atividade física. NANDA (2011)
  • 62. Os Sinais indiretos: Edema, sangramento, dor, DST... Ressaltam a instalação de uma infecção e possível confirmação da violência. Portanto requer um trabalho Multiprofissional entre médicos e enfermeiras para definição de diagnóstico e tratamento específico.
  • 63. Propensão a outros problemas: - Distúrbios de aprendizagem até o fracasso na escola; - Processos familiares disfuncionais; - Dignidade humana comprometida e outros... REQUER ACOMPANHAMENTO DE TODA EQUIPE MULTI, PRICIPALMENTE DA PSICOLOGIA
  • 64. IMPORTANTE EQUIPE MULTIDISCIPLINAR A participação de profissionais com formações diversas na abordagem dos casos de violência contra crianças e adolescentes, como médicos, dentistas, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos e psiquiatras podem ajudar a evidenciar as marcas e sequelas que não se encontram na pele ou nos órgãos, mas que, muitas vezes, podem ser desastrosas (BRASIL, 2010).
  • 65. Cuidados em Nutrição Residente: Nut. Ruty Eulália (R1) Orientadora: Nut. Benila Sabry
  • 66. 1. Implicações nutricionais no diagnóstico clínico Dislipidemia Catabolismo protéico Síndrome Edema Nefrótica Desnutrição Anorexia Obesidade
  • 67. 2. Avaliação nutricional IDADE: 8 anos 2 meses PESO (admissão – 15/08/12): 39 Kg PESO (22/08/12): 42,7 Kg ESTATURA: 1,28 m IMC (adm): 23,8 Kg/m² IMC (22/08/12): 26,1 Kg/m² Indicador Valores críticos Diagnóstico nutricional Peso/idade p97-p99 Peso elevado para idade Estatura/idade p50-p85 Estatura adequada para idade IMC/I (Admissão) p97-p99 Obesidade IMC/I (22/08) >p99 Obesidade grave OMS, 2007
  • 68. 3. Conduta nutricional Objetivos • Atender às necessidades nutricionais para idade • Adequar o estado nutricional • Reduzir e melhorar a qualidade da ingestão lipídica • Controlar a ingestão de sal
  • 69. 4. Recomendações nutricionais Recomendação individual Energia 1700 Kcal/dia (IOM, 2005) Proteínas 1,0 a 2,0g/Kg peso (Zunino e Riella, 2001) Carboidratos 55-65% (Consenso Latino Americano de Obesidade) Lipídeos 25% (Consenso Latino Americano de Obesidade) NaCl Até 3g/dia (Zunino e Riella, 2001)
  • 70. Plano Alimentar – normocalórica, hipolipídica, hipossódica Refeição Alimento Medida Pão integral c/ Becel ou Tapioca c/ 2 fatias ou 1 unid Desjejum Becel ou Biscoitos integrais c/ Becel ou 5 unid Café com leite desnatado e adoçante 180 ml Lanche Fruta 1 porção Salada crua com azeite de oliva 2 col. servir Almoço Peixe ou frango ou carne 1 porção média cozidos/assados/grelhados Arroz integral com cenoura 1 cch rasa Feijão com legumes 1 cch cheia Suco de fruta com adoçante 200 ml Lanche Biscoitos integrais ou pipoca de 5 unid ou 1 saco ou milho ou salada de frutas 1 copo Jantar Sopa de carne, legumes, arroz 2 conchas ou Semelhante ao almoço - Ceia Vitamina de fruta ou Mingau de aveia 240 ml
  • 71. 5. Orientações para Obesidade/SNO • Realizar 6 refeições/dia, aproximadamente 3/3h; • Usar adoçante, leite e derivados desnatados ou na versão light; • Dar preferência aos cereais integrais (pães, biscoitos, arroz, macarrão, etc); • Evitar as frituras. Dar preferência às carnes brancas (peixes e aves), preparando-as de forma cozida, assada ou grelhada; • Retirar a gordura aparente das carnes e a pele do frango antes da cocção; • Praticar atividade física diariamente; • Evitar alimentos salgados ou defumados, como carne de charque, carne de sol, lingüiça, salsicha, mortadela, presunto, empadas, coxinha, pastéis; • Não consumir alimentos enlatados, como carne em conserva, ervilha, milho verde, pois são ricos em sódio; • DICAS: Para temperar os alimentos utilize temperos naturais como limão, orégano, louro, salsa, coentro, alecrim e manjericão.
  • 73. Avaliação odontológica • Ao exame clínico odontológico o paciente apresentou: – Higiene oral deficiente; – Gengivite; – Hiperplasia gengival; – Lesões cariosas; – Fratura dental; – Indicação de exodontias.
  • 74.
  • 75. Manifestações Bucais • Lesões eritematosas; ulceradas; vesiculares com secreção purulenta em lábios; língua; palato e face, podem ser indicadores do abuso e estar associadas a patologias como: – Gonorréia; – Condiloma acuminado; – Sífilis; – Infecções por Herpes tipo II.
  • 76. Manifestações Bucais • Fraturas de dente, maxila, mandíbula ou outro osso facial; • Laceração de lábio e freio lingual; • Marcas de mordidas na face e na nuca; • Segundo LOUZADO et al. (2001) apud MENOLI et al. (2009), as crianças que são forçadas a realizar uma sessão de sexo oral acabem tendo altas taxas de cárie e também erosão no palato.
  • 77. Tratamento • Sensibilidade aos medos e angústias da criança; • Usar técnicas que diminuam o estresse do tratamento como: falar-mostrar-fazer e reforço positivo; • Educação e orientação de higiene oral; • Tratamento restaurador; • Exodontias.
  • 78. Referências – MENOLI, A.P., FELIPETTI, F., GOLFF, F., LUDWIG, D. Manifestações bucais de maus- tratos físicos e sexuais em crianças – conduta do cirurgião-dentista. Revista Varia Scientia, Paraná, v. 7, n. 14, p. 11-22, 2009. Disponível em: <e-revista.unioeste.br/index.php/variascientia/article/download/.../1972>. Acesso em: 04 set 2012. – MASSONI, A.C.L.T., FERREIRA, A.M.B., ARAGÃO, A.K.R., MENEZES, V.A., COLARES, V. Aspectos orofaciais dos maus-tratos infantis e da negligência odontológica. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.15, n.2, 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232010000200016&script=sci_arttext. >. Acesso em: 04 set 2012. – LOUZADO, M., ARAÚJO, C.H., SCARIOT, F., DORNELLES, M.S.O., PRADO, D. Manifestações orais em crianças abusadas sexualmente. Revista Brasileira de Odontologia, v.58, n.1, p. 33 e 34, 2001. – Nelson, tratado de Pediatria/ Robert M.Kliegman et al; 18ªed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009 – Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes: norma técnica. 2ª ed. atual. e ampl. – Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
  • 79. Bibliografia • Nelson, tratado de Pediatria/ Robert M.Kliegman et al; 18ªed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009 • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes: norma técnica. 2ª ed. atual. e ampl. – Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

Notes de l'éditeur

  1. Como esses pacientes, normalmente, tem medo de exames clínicos, movimentos bruscos, sangue.