SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  15
F ÍSICA – 12º A NO


                                                                 2011/2012


                                                                  24 DE MA IO DE 2012


NOME: FILIPE SA NTOS _____________________________________ N.º: _5_                T URMA : _D_

NOME: F RA NCISCO PIRES ___________________________________ N.º: _8_

NOME: GEOVA NI JÚNIOR____________________________________ N.º: _9_




       História da natureza da luz

       Teoria ondulatória e corpuscular
Índice


Introdução…………………………………………………………………….………pág 3

Teoria corpuscular da luz……………………………………………...………pág 4
        Colisão….……….……….……….……….……….……….……….……….……….……….pág 4

        Movimento………….……….……….……….……….……….……….……….……….….pág 5

        Reflexão………….……….……….……….……….……….……….……....……….………pág 5

        Refração………….……….……….……….……….……….……….………..…….……….pág 6

        Decomposição da luz branca…….……….……….……….……………….……….pág 6


Teoria ondulatória da luz…………………………………………………..…pág.7
        Difração………….……….……….……….……….……….……………….……….……….pág 7

        Reflexão………….………...……….……….……….……….……….……..……….……….pág7

        Refração………….……….……….……….……….……….……….……..……….……….pág 8

        Experiência de difração da luz de Young………….………………….……….pág 8

        Teoria eletromagnética…………………………………………………………….….pág 9


Dualidade corpúsculo-onda……………………………………………..…pág.10
        Quantum………………………………………………….…………………………………pág 10

        Fotões …..……………………………………………………………….………….………..pág 10

        Movimento…………………………………………………………………….….……..…pág 11

        Difração…………………………………………………………………………….……..…pág 12

        Comprimento de onda……………………………………………………….……….pág 12


Conclusão …….........................................................................................pág.14

Biliografia …………………………………………………………………………pág.15




                                                                                                              2
Introdução
       Primeiro fez-se a pergunta: O que é a luz? E desde então começou uma corrida
para tentar arranjar a explicação correta. Esta corrida transporta-nos pelos antigos
gregos, passa por alemães, americanos, ingleses e dinamarqueses e acaba,
misteriosamente, em França, ainda no último século. Tentamos, então, explicar o
melhor que conseguimos, a natureza deste elemento que suscita tantas dúvidas por uma
viagem ao longo dos tempos e das mentes mais brilhantes que já pisaram a Terra.
Einstein, Newton e Hertz são das personagens mais conhecidas que exploramos, no
entanto, limitaram-se a ser mais um pequeno impulso nesta corrida pelo conhecimento.




                                                                                       3
Teoria corpuscular da luz
       A ideia de que a luz é um corpúsculo começa na antiguidade, com o modelo
atómico de Epicuro e Lucrécio. Nessa época não havia uma teoria concreta sobre a luz.
Enquanto uns achavam que a luz era emitida pelos olhos, e, por isso, sem olhos não
havia luz, outros preferiam acreditar que a luz provinha de outras fontes, entre as quais
o Sol.


        Seja como for, parecia lógico
admitir que a luz se deslocava.
Cientistas desse período tentaram
medir a velocidade da luz, porém, de
alguma forma, ela parecia surgir em
qualquer ponto ao mesmo tempo. E
assim ficou a interrogação, até ao
final do século XVII, quando um
cientista dinamarquês – Olaf
Roemer – estudou a luz de Júpiter
em vários pontos da órbita da Terra.
Olaf chegou então à conclusão que a
luz demorava 16 minutos a passar 300 milhões de quilómetros que espaçavam entre
uma zona da órbita da Terra e outra. Estes valores chegam incrivelmente perto da atual
conhecida velocidade da luz (3x10 8 m/s conhecidos para 3,125x108 m/s que Olaf
calculou). Esta enorme velocidade permitiu- lhes perceber porque é que a luz parecia
aparecer em todos os lados ao mesmo tempo. [6a]


Colisão
        Eis que então surgiu uma corrida para criar um modelo teórico para a luz e Sir
Isaac Newton, cientista já então conceituado, não desiludiu. Com o seu modelo da
partícula da luz (também conhecida como a teoria corpuscular da luz), explicou vários
                             pontos que até então careciam de justificação.
                                     Isaac explicou que quando um feixe de luz vai de
                             encontro a outro feixe de luz, as partículas colidem e saem
                             projetadas de acordo com a sua quantidade de movimento,
                             o que parecia justificar o facto de nos aparentar ver mais
                             luz quando dois raios se cruzam. Contudo, não havia como
                             provar que no cruzamento de dois feixes de luz havia
                             partículas a serem repelidas em todas as direções. Newton
                             supôs então que as partículas de luz eram incrivelmente
                             pequenas, demasiado pequenas para colidirem.




                                                                                            4
Movimento:
        Mas o seu trabalho não se ficava por
aqui. Era sabido que as partículas eram
atraídas pela gravidade e, por isso, quando
eram lançadas, seguiam uma trajetória curva.
Quando mais velocidade tinham, menos
curva era a sua trajetória. Newton, então,
propôs que partículas a movimentarem-se à
velocidade da luz tinham uma propagação
retilínea. Isto vai de acordo com experiências
sobre luz e sombra, onde se projetarmos um
raio de luz contra a palma da nossa mão,
vemos a sua projeção na parede, como se a
luz se movimentasse em linha reta.


Reflexão:
                                                       Para        além       destes
                                               comportamentos comuns, a luz
                                               apresentava outros comportamentos
                                               iguais às partículas. Por exemplo, se
                                               atirarmos uma bola contra uma
                                               parede      num       certo   ângulo,
                                               considerando desprezável o seu
                                               movimento de rotação e outras forças
                                               dissipativas, a bola tende a
                                               ricochetear com o mesmo ângulo
com que bateu na parede em relação à sua normal. Portanto, o ângulo de incidência é
semelhante ao ângulo de reflexão. O mesmo se passa com a luz. Quando esta é dir igida
a um espelho, é refletida sempre com o mesmo ângulo relativo à normal com que
incidiu.




                                                                                        5
Refração:
        A luz apresentava ainda o
comportamento de refração igual ao das
partículas. Era sabido que, na mudança de
meio, a luz era distorcida, sofria refração.
Newton dizia, então, que a luz, assim como
os corpúsculos, era atraída por outras
partículas de matéria. Tal atração era
equilibrada em todas as direções, pois uma
força anulava a outra e, assim, a luz
desloca-se, normalmente, em linha reta. No
entanto, quando a luz se aproxima de uma
partícula maior, mais “pesada”, com maior força de atração, é ligeiramente desviada
para esta e acelera. Assim dentro do novo meio, a força atrativa é equilibrada mais uma
vez e a luz mantêm uma velocidade constante, mas maior. Porém, Newton não tinha
como provar que a luz se movia com maior velocidade na água.


Decomposição da luz branca:
        As     semelhanças      com
partículas não acabam aqui. O
próprio Newton descobriu a
propriedade da decomposição da luz
branca. Criou um feixe estreito de
luz e colocou um prisma triangular
no seu caminho. Tal ação fez a luz
dividir-se em várias bandas de cor,
como bem sabemos atualmente.
Newton propôs, então, que a luz era
criada por pequenas partículas de
tamanhos diferentes. Assim, as
partículas maiores sofrem menor
difração, ao passo que partículas de
menor tamanho sofrem maior
difração, e o prisma limita-se a
“ordenar” estas partículas.
        Este modelo foi avidamente criticado por defensores do modelo ondulatório da
luz, entre os quais os conhecidos Robert Hooke e Christiaan Huygens, mas a reputação
de Newton era maior e o seu modelo apresentava mais exemplos plausíveis pelo que o
perdurou durante mais de dois séculos.




                                                                                          6
Teoria ondulatória da luz
       Apesar de a teoria corpuscular ser muito apoiada pela comunidade científica,
esta não justificava alguns comportamentos da luz tal como a interferência e a difração.
A teoria de Newton estava a falhar e era necessária outra teoria para a substituir.

       No início do século XVII, Christiaan Huygens, um físico e matemático nascido
em 1629, propôs que a luz se propagava em forma de onda num meio chamado de éter.
Na época, o éter era apenas uma teoria, pois se achava que todas as ondas precisavam de
um meio para se propagar, e, por isso, a luz devia propagar-se no éter, não no vazio.
Apesar de essa teoria responder a várias questões tais como a difração da luz, o facto de
Huygens não ser reconhecido na época foi fulcral para a sua teoria ser posta de lado.


Difração:
        Ao difratar a luz por uma pequena falha
numa parede, Huygens reparou que a luz é
dispersada por faixas com maior e menor
intensidade. Decidiu, pois então, comparar este
comportamento com o de uma onda de água a
difratar da mesma maneira e as semelhanças eram
óbvias. Assim que a onda passava pela pequena
abertura, era desviada para os lados e tinha pontos
mais fortes e mais fracos.


Reflexão:
      A sua teoria ainda explicava a reflexão da luz ao embater num objeto refletor.
Assim como a luz, também uma onda mecânica (como a que é formada na água, por
exemplo), ao embater numa parede com um certo ângulo, sofria uma reflexão com o
mesmo ângulo.




                                                                                            7
Refração:
        Huygens dizia ainda que, sabendo que uma onda
abranda e desvia-se ligeiramente para a normal ao mudar
de um meio menos denso para outro mais denso, também
a luz se devia desviar e abrandar da mesma maneira. Tais
implicações iam contra a teoria corpuscular de Newton
que dizia que a luz aumentava a velocidade ao mudar para
uma meio mais denso. No entanto, não havia, ainda, forma
de testar a velocidade da luz debaixo de água e, por isso,
estas suposições não foram grandemente apoiadas.


  Experiência da difração da luz de Young:

                                                  Mais tarde, no século XIX, cerca de 200
                                          anos depois, Thomas Young[2] e Augustin
                                          Fersnel[6b] realizaram experiências a fim de estudar
                                          a interferência e a difração da luz, e descobriram
                                          que os acontecimentos não iam de acordo com a
                                          teoria corpuscular de Newton, e só fariam sentido
                                          se considerassem a luz como uma onda. Quando
                                          dois conjuntos de ondas circulares se cruzam é
                                          criado um padrão característico de picos e vales.
                                          Alguns críticos do modelo ondulatório diziam que
tal não acontecia quando se cruzavam dois feixes de luz, mas os dois cientistas rapidamente
provaram que estavam errados. Planearam uma experiência em que se colocava uma fonte de
luz atrás de uma parede com duas fendas estreitas e muito próximas. Podia-se reparar que o
seu espectro numa parede posterior era semelhante ao da mesma experiência com água.

        Quando duas ondas se cruzam no seu ponto máximo, no seu pico, a sua intensidade
duplica, quando se cruzam no seu ponto mínimo, num vale, a sua intensidade também
duplica, mas negativamente, e a estas ocasiões dá-se o nome de interferência construtiva.
Quando se encontra uma no seu pico e outra no seu vale, a sua intensidade anula-se, ao que se
chamou de interferência destrutiva. Por isso, duas ondas que se cruzam criam zonas de
interferência construtiva, zonas bem visíveis no espectro, e zonas de interferência destrutiva,
zonas que não se veem. Estes padrões coincidem com o padrão de luz formado pela
experiência de Young.




                                                                                                  8
Ao considerar a luz como uma onda, Young conseguiu medir o comprimento de
onda da luz, e propôs que diferentes cores do espectro têm comprimentos de onda
diferentes e Fersnel provou através de cálculos matemáticos que o movimento retilíneo
da onda pode ser explicado pelos pequenos comprimentos de onda da luz.

       Em 1850 a teoria ondulatória vence, finalmente, à teoria corpuscular de Newton,
quando Jean Foucault mede com sucesso a velocidade da luz na água e prova que se
deslocava mais lentamente do que no ar. Tal implicação destruiu por completo as teorias
de Newton e deram novo valor a Huygens, Young e Fersnel.


Teoria eletromagnética:
        Também nos meados do século XIX, um brilhante cientista deu um novo sentido
ao conceito de onda. Este cientista foi Maxwell, que dizia que a luz era uma onda
formada por dois campos, o campo elétrico e o campo magnético, e denominou-as
ondas eletromagnéticas. Os seus cálculos previram que se uma partícula oscilatória ou
com aceleração cria um campo elétrico variável que se afasta da origem e cuja
intensidade se altera em forma de onda. Ao mesmo tempo, existe também um campo
magnético variável perpendicular ao primeiro que também se propaga em forma de
onda. Estas duas ondas podem reforçar-se indefinidamente, no entanto, apenas se se
                                                 8
propagarem a uma determinada velocidade – 3x10^ m/s. Tudo isto parecia indicar que a
luz era uma forma de radiação eletromagnética, mas não havia certezas de que estas
radiações sequer existiam até Heinrich Hertz fazer uma série de experiências que
comprovaram as previsões de Maxwell. [6c]




                                                                                7)


         Apesar disto tudo, a teoria de Newton continuava correta em certos casos, por
isso nenhuma das teorias estava completamente errada nem completamente correta.
Acabou por surgir, então, a teoria da Dualidade Corpúsculo-Onda, que unia as duas
teorias.




                                                                                          9
Dualidade Corpúsculo-Onda
Quantum:
        Já no final do século XIX, Max Planck, um
físico alemão, desenvolveu um método de prever,
matematicamente, as distribuições reais da
distribuição de energia numa caixa fechada onde a
radiação se movia de um sítio para outro, algo que a
teoria electromagnética não conseguia explicar.[6d]

          Planck, então, propôs que esta radiação era
emitida por “pacotes”, ao que chamou de quantum de
energia. Estes seriam tão mais energéticos quanto
maior fosse a sua frequência, segundo a expressão
E=nhf, em que h é a constante de Planck (6,626x10-
34
   J), f é a frequência e n é o número de quanta.


Fotões:
        Mais tarde, o famoso físico alemão Albert Einstein, tentou teorizar a experiência
de Philipp Lenard[6e] que criou para estudar o efeito fotelétrico. Este colocou duas
placas metálicas em vácuo ligadas a uma bateria que induz uma carga eléctrica em cada
placa. Ao cobrir a placa com carga negativa com potássio e fazer incidir nela uma luz
azul, verificou que eram emitidos electrões para a placa positiva. No entanto, se for
usada luz vermelha, tal acontecimento não ocorria, independentemente da sua
intensidade. Era também pensado que, se a intensidade da luz azul fosse aumentada, os
electrões recebiam uma energia adicional, no entanto, isto não acontece. Uma
intensidade superior apenas faz com que se movimentem mais electrões.




                                                              8)
                                                                   (edi tado pa ra corresponder ao texto)




                                                                                                            10
Einstein propôs, então, que assim
como os átomos só emitem energia com
uma certa quantidade, quantum, também
só podem receber uma certa quantidade
de energia. Ao usar a mesma equação de
Planck, percebe-se porque é que a luz
vermelha não produzia o efeito
fotoeléctrico nos átomos de potássio que
produzia a luz azul. Como esta tem maior
frequência, a energia de absorção seria
também maior.

       Portanto, um átomo apenas pode
absorver e emitir uma certa quantidade de
energia ao mesmo tempo, os chamados quantum, e a partir de uma certa frequência.
Quando esta frequência é apresentada com maior intensidade, mais quantum são
emitidos e maior movimento de eletrões sofrerá o átomo. Einstein chamou- lhes fotões.

        Mas com estas descobertas, uma pergunta se eleva: como é que podemos definir
um fotão? A resposta, segundo Einstein, seria considerar um fotão, não como um
conjunto de ondas, mas antes como uma partícula. Era, por isso, necessário o modelo
corpuscular para entender a luz e, ao mesmo tempo, era igualmente essencial perceber o
modelo ondulatório para o mesmo. Assim se uniram as duas teorias para formar outra
que satisfazia todas as críticas e, então, nasceu a era moderna da física quântica.


Movimento:
                                                    Ainda no mesmo século, em 1923,
                                             outro cientista conceituado, de nome
                                             Arthur H. Compton[6e], demonstrou, por
                                             meio de uma experiência, que os fotões
                                             conservavam, de facto, o seu movimento,
                                             algo que Newton não conseguiu provar.
                                             Disparou raios X com uma certa energia
                                             de fotões para uma câmara de nuvem onde
                                             pôde observar o rasto de alguns eletrões
                                             desviados ao embater na câmara. Ao
                                             mesmo tempo reparou que os fotões eram
refletidos noutro sentido, perdendo alguma da sua energia. Compton mostrou, depois,
que esta colisão era idêntica a uma colisão em que duas partículas conservavam a sua
quantidade de movimento.




                                                                                         11
Difração:
        Para explicar a difração da luz como partícula foi necessário um cientista com
paciência de ferro – Geoffrey
Taylor[6f]. Este físico e matemático
resolveu fazer a mesma experiência
que Young e levá- la a um nível
completamente diferente. Ele sabia
que a luz, ao passar por pequenas
fendas muito próximas uma da outra,
se difratava e desenhava um padrão de
linhas iluminadas e linhas escuras, que
correspondem, respetivamente, a
interferências      construtivas      e
interferências destrutivas. Decidiu então usar um papel fotográfico para registar as
interferências e montou a experiência de Young com uma luz tão fraca que só passava
um fotão por cada fenda de cada vez, até que foram necessários meses para reproduzir o
padrão desejado. Ao contrário do que se pensava inicialmente, Taylor conseguiu um
padrão precisamente igual ao padrão de Young. Desta forma, era impossível criticar que
os fotões eram desviados devido à interferência entre eles, pois apenas um passava de
cada vez.


Comprimento de onda:
       Apesar destas descobertas, o modelo ondulatório permanecia e ssencial para
prever para onde uma partícula se dirige quando é difratada. Este facto parecia tão
estranho que um aluno apresentou, no seu trabalho de pós-graduação, uma hipótese
arrojada[6f]. De Broglie dizia que partículas palpáveis como uma pedra ou até mesmo
uma pessoa se podiam comportar como uma onda. Tal hipótese parece absurda, sendo
assim uma pessoa poderia passar por outra, literalmente, sem colidirem. De Broglie não
o negava. Porém dizia ser quase impossível. Desenvolveu uma equação que ligava o
comprimento de onda emitido por uma matéria com a sua massa e velocidade (λ = h/mv
em que λ é o comprimento de onda, h é a constante de Planck, m é a massa e v a
velocidade). Sendo assim, com as contas feitas, uma pessoa de 70kg a correr a 40km/h
teria um comprimento de onda de aproximadamente 8,5x10 -37 m. Sabemos ainda que
quando uma onda com um comprimento muito maior que o obstáculo, as ondas são
facilmente difratadas e o obstáculo é como que ignorado. No entanto, se o comprimento
de onda for muito menor do que o obstáculo, esta difração não ocorre e as ondas são
paradas pelo obstáculo na zona de embate. Por isso, quando alguém vai a correr a alta
velocidade e encontra outra pessoa, é bom que essa pessoa saia do caminho ou vai ser
atropelada, assim como é de esperar. Assim, para aumentar o comprimento de onda, é
necessário reduzir a massa ou a velocidade ou ambas.




                                                                                         12
Vamos então calcular o
comprimento de onda de um eletrão.
Se este se movimentar a 3,6x106 m/s
e pesar uns míseros 9,11x10-31 kg, o
comprimento de onda é muito maior
do que o de uma pessoa – 2,4x10-
10
   m – o mesmo que o de raios X.
Apesar de parecer ainda um número
pequeno, é, na verdade, muito
grande. Apesar de parecer uma
incrível teoria, tudo ainda não passa
disso mesmo, uma teoria. No
entanto,     com      uma     simples
experiência, podemos provar a veracidade da hipótese de De Broglie. Bombardeando
uma pedra de sal com raios X de comprimento de onda conhecidos, podemos detetar um
padrão ponteado projetado na parede posterior, como mostra a imagem. Se fizermos o
mesmo com um feixe de eletrões, encontramos o mesmo padrão. Isto veio provar os
cálculos de De Broglie.

       Então um eletrão é uma partícula conhecida, no entanto, também se comporta
como uma onda, tal e qual como o fotão. Existe, então, alguma diferença entre estas
duas partícula-onda? Em poucas palavras – sim, várias. Um eletrão precisa de se
movimentar à velocidade de 3,6x106 m/s para apresentar as mesmas características
ondulatórias de um fotão de raios X que se movimenta à velocidade da luz, 3x108 m/s,
quase 100 vezes mais rápido. Usando a equação de De Broglie conseguíamos concluir
que, da mesma forma, um fotão tem uma massa quase 100 vezes mais pequena,
teoricamente. É possível pesar um eletrão e saber que tem cerca de 9,11x10 -31 kg de
massa, todavia, um fotão não pode ser pesado, pois, para estar parado e ser possível a
medição da massa deste, tem de perder toda a sua energia e, segundo a sua própria
definição, E=mc2 , deixa de existir. As diferenças são, então, óbvias e um eletrão
simplesmente apresenta o mesmo comportamento ondulatório que um fotão de raios X,
o que não implica que sejam o mesmo.




                                                                                         13
Conclusão
        A luz é, então, composta por fotões, que não são nem partícula, nem onda, mas
comportam-se como ambas. Será que finalmente poderemos responder à pergunta
original? Sabemos o que compõe a luz, sabemos a sua origem, porém não é nada que se
compreenda, isto é, não é partícula nem onda. Consideramos ser seguro, então, admitir
que a luz é uma outra forma de transporte de energia. É natural entender-se o que é uma
onda ou uma partícula, pois temos sido bombardeados com informação sobre estas
desde que nascemos, visto que os nossos antepassados já as sabiam definir bem, agora a
luz é uma descoberta muito recente e, por isso, ainda relativamente poucas pessoas a
sabem definir e, talvez, por isso também nos seja tão difícil perceber tal ideia. Acrescido
a isto está o facto da onda e do corpúsculo serem bem distintos um do outro, mas
estarem ambos muito próximos da luz e, ao mesmo tempo muito longe.




                                                                                              14
Bibliografia
1) www.infoescola.com

2) http://profs.ccems.pt/PauloPortugal/CFQ/Fsica_Moderna/Onda_Co
   rpsculo.htm

3) def.fe.up.pt/luz/fotoelectrico.html

4) def.fe.up.pt/luz/expo-luz.pdf

5) fisica.fe.up.pt/fisica12/parte3.html

6) Série didática de 1984 que passava na televisão canadiana dobrada:

   a.       http://www.youtube.com/watch?v=rqwKPJ3wluI;

   b.       http://www.youtube.com/watch?v=MnpWyXa5l6Y&feature=relmfu

   c.       http://www.youtube.com/watch?v=Glhqp5c3cBE&feature=relmfu

   d.       http://www.youtube.com/watch?v=-ceQ42fF9o8&feature=relmfu

   e.       http://www.youtube.com/watch?v=gMbBk6tvEEs&feature=relmfu

   f.       http://www.youtube.com/watch?v=_DDI8oOMjgM&feature=relmfu


7) www.guia.heu.nom.br/images/ondaEletroMagnetica.jpg

8) www.marconi-galletti.it/progetti/sito_scienza_900-
   5LA/images/Gruppo_1/photoelectric_1.gif




                                                                        15

Contenu connexe

Tendances

Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)
Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)
Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)Mariana Monteiro
 
Processos fonológicos
Processos fonológicosProcessos fonológicos
Processos fonológicosSílvia Faim
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analisekeve semedo
 
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraAlexandra Madail
 
Conhecimento vulgar e conhecimento cientifico
Conhecimento vulgar e conhecimento cientificoConhecimento vulgar e conhecimento cientifico
Conhecimento vulgar e conhecimento cientificoanabelamatosanjos
 
Coesão textual
Coesão textualCoesão textual
Coesão textualgracacruz
 
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio InesTeixeiraDuarte
 
Conhecimento vulgar e conhecimento científico
Conhecimento vulgar e conhecimento científicoConhecimento vulgar e conhecimento científico
Conhecimento vulgar e conhecimento científicoAntónio Padrão
 
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos morais
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos moraisDiversas respostas ao problema da natureza dos juízos morais
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos moraisLuis De Sousa Rodrigues
 
Memorial do Convento
Memorial do ConventoMemorial do Convento
Memorial do Conventoguest304ad9
 
11º b final
11º b   final11º b   final
11º b finalj_sdias
 
Capítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António VieiraAlexandra Madail
 
Esquema rimatico e versos
Esquema rimatico e versosEsquema rimatico e versos
Esquema rimatico e versosdomplex123
 
Objectividade científica e racionalidade científica
Objectividade científica e racionalidade científicaObjectividade científica e racionalidade científica
Objectividade científica e racionalidade científicaAMLDRP
 

Tendances (20)

Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)
Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)
Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)
 
Processos fonológicos
Processos fonológicosProcessos fonológicos
Processos fonológicos
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analise
 
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
 
Educação n' os maias
Educação n' os maiasEducação n' os maias
Educação n' os maias
 
Conhecimento vulgar e conhecimento cientifico
Conhecimento vulgar e conhecimento cientificoConhecimento vulgar e conhecimento cientifico
Conhecimento vulgar e conhecimento cientifico
 
Cepticismo
CepticismoCepticismo
Cepticismo
 
O ceticismo de hume
O ceticismo de humeO ceticismo de hume
O ceticismo de hume
 
Coesão textual
Coesão textualCoesão textual
Coesão textual
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdição
 
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
 
Conhecimento vulgar e conhecimento científico
Conhecimento vulgar e conhecimento científicoConhecimento vulgar e conhecimento científico
Conhecimento vulgar e conhecimento científico
 
. Maias simplificado
. Maias simplificado. Maias simplificado
. Maias simplificado
 
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos morais
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos moraisDiversas respostas ao problema da natureza dos juízos morais
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos morais
 
Memorial do Convento
Memorial do ConventoMemorial do Convento
Memorial do Convento
 
11º b final
11º b   final11º b   final
11º b final
 
O problema da indução
O problema da induçãoO problema da indução
O problema da indução
 
Capítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo III Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira
 
Esquema rimatico e versos
Esquema rimatico e versosEsquema rimatico e versos
Esquema rimatico e versos
 
Objectividade científica e racionalidade científica
Objectividade científica e racionalidade científicaObjectividade científica e racionalidade científica
Objectividade científica e racionalidade científica
 

Similaire à História da Luz

Similaire à História da Luz (20)

Óptica introdução
Óptica introduçãoÓptica introdução
Óptica introdução
 
A natureza da luz 2
A natureza da luz 2A natureza da luz 2
A natureza da luz 2
 
Isaac Newton - Opticks (1704) © Slideshow by Jair LP
Isaac Newton - Opticks (1704)  © Slideshow by Jair LPIsaac Newton - Opticks (1704)  © Slideshow by Jair LP
Isaac Newton - Opticks (1704) © Slideshow by Jair LP
 
Óptica introdução
Óptica introduçãoÓptica introdução
Óptica introdução
 
Lei da gravitação de Newton.ppt
Lei da gravitação de Newton.pptLei da gravitação de Newton.ppt
Lei da gravitação de Newton.ppt
 
Refracao da luz
Refracao da luzRefracao da luz
Refracao da luz
 
Isaac newton
Isaac newtonIsaac newton
Isaac newton
 
Opticageometrica
OpticageometricaOpticageometrica
Opticageometrica
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Isaac Newton
Isaac NewtonIsaac Newton
Isaac Newton
 
Introdução à teoria de relavitivdade
Introdução à teoria de relavitivdade Introdução à teoria de relavitivdade
Introdução à teoria de relavitivdade
 
50 ideias de fisica quantica
50 ideias de fisica quantica  50 ideias de fisica quantica
50 ideias de fisica quantica
 
Ótica.docx
Ótica.docxÓtica.docx
Ótica.docx
 
Grandes nomes da Ciência p/ ENEM
Grandes nomes da Ciência p/ ENEMGrandes nomes da Ciência p/ ENEM
Grandes nomes da Ciência p/ ENEM
 
Relatividade restrita
Relatividade restritaRelatividade restrita
Relatividade restrita
 
Teoria da relatividade
Teoria da relatividadeTeoria da relatividade
Teoria da relatividade
 
Teoria da relatividade
Teoria da relatividadeTeoria da relatividade
Teoria da relatividade
 
Teoria da relatividade
Teoria da relatividadeTeoria da relatividade
Teoria da relatividade
 
Teoria da relatividade
Teoria da relatividadeTeoria da relatividade
Teoria da relatividade
 
Como A Luz Funciona
Como A Luz FuncionaComo A Luz Funciona
Como A Luz Funciona
 

Plus de bloguedaesag

Prezi miguel lourenço; sofia barroso; bruno silva
Prezi   miguel lourenço; sofia barroso; bruno silvaPrezi   miguel lourenço; sofia barroso; bruno silva
Prezi miguel lourenço; sofia barroso; bruno silvabloguedaesag
 
Cartaz miguel lourenço; sofia barroso; bruno silva
Cartaz   miguel lourenço; sofia barroso; bruno silvaCartaz   miguel lourenço; sofia barroso; bruno silva
Cartaz miguel lourenço; sofia barroso; bruno silvabloguedaesag
 
Regulamento iii concurso fotografia 2014
Regulamento iii concurso fotografia 2014Regulamento iii concurso fotografia 2014
Regulamento iii concurso fotografia 2014bloguedaesag
 
Cortamato apresentação
Cortamato apresentaçãoCortamato apresentação
Cortamato apresentaçãobloguedaesag
 
Informações ceia2013lp
Informações ceia2013lpInformações ceia2013lp
Informações ceia2013lpbloguedaesag
 
Apresentação tpe 2012
Apresentação tpe 2012Apresentação tpe 2012
Apresentação tpe 2012bloguedaesag
 
Regulamento ii concurso fotografia 2012
Regulamento ii concurso fotografia 2012Regulamento ii concurso fotografia 2012
Regulamento ii concurso fotografia 2012bloguedaesag
 
Divulgação saco avó
Divulgação saco avóDivulgação saco avó
Divulgação saco avóbloguedaesag
 
Calendário escolar 2011 2012
Calendário escolar 2011 2012Calendário escolar 2011 2012
Calendário escolar 2011 2012bloguedaesag
 
La catedral de sevilla apresentação
La catedral de sevilla apresentaçãoLa catedral de sevilla apresentação
La catedral de sevilla apresentaçãobloguedaesag
 

Plus de bloguedaesag (20)

Quatro poemas
Quatro poemasQuatro poemas
Quatro poemas
 
Quatro poemas
Quatro poemasQuatro poemas
Quatro poemas
 
Prezi miguel lourenço; sofia barroso; bruno silva
Prezi   miguel lourenço; sofia barroso; bruno silvaPrezi   miguel lourenço; sofia barroso; bruno silva
Prezi miguel lourenço; sofia barroso; bruno silva
 
Cartaz miguel lourenço; sofia barroso; bruno silva
Cartaz   miguel lourenço; sofia barroso; bruno silvaCartaz   miguel lourenço; sofia barroso; bruno silva
Cartaz miguel lourenço; sofia barroso; bruno silva
 
Regulamento iii concurso fotografia 2014
Regulamento iii concurso fotografia 2014Regulamento iii concurso fotografia 2014
Regulamento iii concurso fotografia 2014
 
Cortamato apresentação
Cortamato apresentaçãoCortamato apresentação
Cortamato apresentação
 
Informações ceia2013lp
Informações ceia2013lpInformações ceia2013lp
Informações ceia2013lp
 
Bandeira verde
Bandeira verdeBandeira verde
Bandeira verde
 
Newsletters
NewslettersNewsletters
Newsletters
 
Boa tarde a todos
Boa tarde a todosBoa tarde a todos
Boa tarde a todos
 
Blogger dois
Blogger doisBlogger dois
Blogger dois
 
Apresentação tpe 2012
Apresentação tpe 2012Apresentação tpe 2012
Apresentação tpe 2012
 
Tpe's
Tpe'sTpe's
Tpe's
 
Documento word
Documento wordDocumento word
Documento word
 
Regulamento ii concurso fotografia 2012
Regulamento ii concurso fotografia 2012Regulamento ii concurso fotografia 2012
Regulamento ii concurso fotografia 2012
 
Blogger
BloggerBlogger
Blogger
 
Divulgação saco avó
Divulgação saco avóDivulgação saco avó
Divulgação saco avó
 
Blogger
BloggerBlogger
Blogger
 
Calendário escolar 2011 2012
Calendário escolar 2011 2012Calendário escolar 2011 2012
Calendário escolar 2011 2012
 
La catedral de sevilla apresentação
La catedral de sevilla apresentaçãoLa catedral de sevilla apresentação
La catedral de sevilla apresentação
 

Dernier

Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 

Dernier (20)

Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 

História da Luz

  • 1. F ÍSICA – 12º A NO 2011/2012 24 DE MA IO DE 2012 NOME: FILIPE SA NTOS _____________________________________ N.º: _5_ T URMA : _D_ NOME: F RA NCISCO PIRES ___________________________________ N.º: _8_ NOME: GEOVA NI JÚNIOR____________________________________ N.º: _9_ História da natureza da luz Teoria ondulatória e corpuscular
  • 2. Índice Introdução…………………………………………………………………….………pág 3 Teoria corpuscular da luz……………………………………………...………pág 4 Colisão….……….……….……….……….……….……….……….……….……….……….pág 4 Movimento………….……….……….……….……….……….……….……….……….….pág 5 Reflexão………….……….……….……….……….……….……….……....……….………pág 5 Refração………….……….……….……….……….……….……….………..…….……….pág 6 Decomposição da luz branca…….……….……….……….……………….……….pág 6 Teoria ondulatória da luz…………………………………………………..…pág.7 Difração………….……….……….……….……….……….……………….……….……….pág 7 Reflexão………….………...……….……….……….……….……….……..……….……….pág7 Refração………….……….……….……….……….……….……….……..……….……….pág 8 Experiência de difração da luz de Young………….………………….……….pág 8 Teoria eletromagnética…………………………………………………………….….pág 9 Dualidade corpúsculo-onda……………………………………………..…pág.10 Quantum………………………………………………….…………………………………pág 10 Fotões …..……………………………………………………………….………….………..pág 10 Movimento…………………………………………………………………….….……..…pág 11 Difração…………………………………………………………………………….……..…pág 12 Comprimento de onda……………………………………………………….……….pág 12 Conclusão …….........................................................................................pág.14 Biliografia …………………………………………………………………………pág.15 2
  • 3. Introdução Primeiro fez-se a pergunta: O que é a luz? E desde então começou uma corrida para tentar arranjar a explicação correta. Esta corrida transporta-nos pelos antigos gregos, passa por alemães, americanos, ingleses e dinamarqueses e acaba, misteriosamente, em França, ainda no último século. Tentamos, então, explicar o melhor que conseguimos, a natureza deste elemento que suscita tantas dúvidas por uma viagem ao longo dos tempos e das mentes mais brilhantes que já pisaram a Terra. Einstein, Newton e Hertz são das personagens mais conhecidas que exploramos, no entanto, limitaram-se a ser mais um pequeno impulso nesta corrida pelo conhecimento. 3
  • 4. Teoria corpuscular da luz A ideia de que a luz é um corpúsculo começa na antiguidade, com o modelo atómico de Epicuro e Lucrécio. Nessa época não havia uma teoria concreta sobre a luz. Enquanto uns achavam que a luz era emitida pelos olhos, e, por isso, sem olhos não havia luz, outros preferiam acreditar que a luz provinha de outras fontes, entre as quais o Sol. Seja como for, parecia lógico admitir que a luz se deslocava. Cientistas desse período tentaram medir a velocidade da luz, porém, de alguma forma, ela parecia surgir em qualquer ponto ao mesmo tempo. E assim ficou a interrogação, até ao final do século XVII, quando um cientista dinamarquês – Olaf Roemer – estudou a luz de Júpiter em vários pontos da órbita da Terra. Olaf chegou então à conclusão que a luz demorava 16 minutos a passar 300 milhões de quilómetros que espaçavam entre uma zona da órbita da Terra e outra. Estes valores chegam incrivelmente perto da atual conhecida velocidade da luz (3x10 8 m/s conhecidos para 3,125x108 m/s que Olaf calculou). Esta enorme velocidade permitiu- lhes perceber porque é que a luz parecia aparecer em todos os lados ao mesmo tempo. [6a] Colisão Eis que então surgiu uma corrida para criar um modelo teórico para a luz e Sir Isaac Newton, cientista já então conceituado, não desiludiu. Com o seu modelo da partícula da luz (também conhecida como a teoria corpuscular da luz), explicou vários pontos que até então careciam de justificação. Isaac explicou que quando um feixe de luz vai de encontro a outro feixe de luz, as partículas colidem e saem projetadas de acordo com a sua quantidade de movimento, o que parecia justificar o facto de nos aparentar ver mais luz quando dois raios se cruzam. Contudo, não havia como provar que no cruzamento de dois feixes de luz havia partículas a serem repelidas em todas as direções. Newton supôs então que as partículas de luz eram incrivelmente pequenas, demasiado pequenas para colidirem. 4
  • 5. Movimento: Mas o seu trabalho não se ficava por aqui. Era sabido que as partículas eram atraídas pela gravidade e, por isso, quando eram lançadas, seguiam uma trajetória curva. Quando mais velocidade tinham, menos curva era a sua trajetória. Newton, então, propôs que partículas a movimentarem-se à velocidade da luz tinham uma propagação retilínea. Isto vai de acordo com experiências sobre luz e sombra, onde se projetarmos um raio de luz contra a palma da nossa mão, vemos a sua projeção na parede, como se a luz se movimentasse em linha reta. Reflexão: Para além destes comportamentos comuns, a luz apresentava outros comportamentos iguais às partículas. Por exemplo, se atirarmos uma bola contra uma parede num certo ângulo, considerando desprezável o seu movimento de rotação e outras forças dissipativas, a bola tende a ricochetear com o mesmo ângulo com que bateu na parede em relação à sua normal. Portanto, o ângulo de incidência é semelhante ao ângulo de reflexão. O mesmo se passa com a luz. Quando esta é dir igida a um espelho, é refletida sempre com o mesmo ângulo relativo à normal com que incidiu. 5
  • 6. Refração: A luz apresentava ainda o comportamento de refração igual ao das partículas. Era sabido que, na mudança de meio, a luz era distorcida, sofria refração. Newton dizia, então, que a luz, assim como os corpúsculos, era atraída por outras partículas de matéria. Tal atração era equilibrada em todas as direções, pois uma força anulava a outra e, assim, a luz desloca-se, normalmente, em linha reta. No entanto, quando a luz se aproxima de uma partícula maior, mais “pesada”, com maior força de atração, é ligeiramente desviada para esta e acelera. Assim dentro do novo meio, a força atrativa é equilibrada mais uma vez e a luz mantêm uma velocidade constante, mas maior. Porém, Newton não tinha como provar que a luz se movia com maior velocidade na água. Decomposição da luz branca: As semelhanças com partículas não acabam aqui. O próprio Newton descobriu a propriedade da decomposição da luz branca. Criou um feixe estreito de luz e colocou um prisma triangular no seu caminho. Tal ação fez a luz dividir-se em várias bandas de cor, como bem sabemos atualmente. Newton propôs, então, que a luz era criada por pequenas partículas de tamanhos diferentes. Assim, as partículas maiores sofrem menor difração, ao passo que partículas de menor tamanho sofrem maior difração, e o prisma limita-se a “ordenar” estas partículas. Este modelo foi avidamente criticado por defensores do modelo ondulatório da luz, entre os quais os conhecidos Robert Hooke e Christiaan Huygens, mas a reputação de Newton era maior e o seu modelo apresentava mais exemplos plausíveis pelo que o perdurou durante mais de dois séculos. 6
  • 7. Teoria ondulatória da luz Apesar de a teoria corpuscular ser muito apoiada pela comunidade científica, esta não justificava alguns comportamentos da luz tal como a interferência e a difração. A teoria de Newton estava a falhar e era necessária outra teoria para a substituir. No início do século XVII, Christiaan Huygens, um físico e matemático nascido em 1629, propôs que a luz se propagava em forma de onda num meio chamado de éter. Na época, o éter era apenas uma teoria, pois se achava que todas as ondas precisavam de um meio para se propagar, e, por isso, a luz devia propagar-se no éter, não no vazio. Apesar de essa teoria responder a várias questões tais como a difração da luz, o facto de Huygens não ser reconhecido na época foi fulcral para a sua teoria ser posta de lado. Difração: Ao difratar a luz por uma pequena falha numa parede, Huygens reparou que a luz é dispersada por faixas com maior e menor intensidade. Decidiu, pois então, comparar este comportamento com o de uma onda de água a difratar da mesma maneira e as semelhanças eram óbvias. Assim que a onda passava pela pequena abertura, era desviada para os lados e tinha pontos mais fortes e mais fracos. Reflexão: A sua teoria ainda explicava a reflexão da luz ao embater num objeto refletor. Assim como a luz, também uma onda mecânica (como a que é formada na água, por exemplo), ao embater numa parede com um certo ângulo, sofria uma reflexão com o mesmo ângulo. 7
  • 8. Refração: Huygens dizia ainda que, sabendo que uma onda abranda e desvia-se ligeiramente para a normal ao mudar de um meio menos denso para outro mais denso, também a luz se devia desviar e abrandar da mesma maneira. Tais implicações iam contra a teoria corpuscular de Newton que dizia que a luz aumentava a velocidade ao mudar para uma meio mais denso. No entanto, não havia, ainda, forma de testar a velocidade da luz debaixo de água e, por isso, estas suposições não foram grandemente apoiadas. Experiência da difração da luz de Young: Mais tarde, no século XIX, cerca de 200 anos depois, Thomas Young[2] e Augustin Fersnel[6b] realizaram experiências a fim de estudar a interferência e a difração da luz, e descobriram que os acontecimentos não iam de acordo com a teoria corpuscular de Newton, e só fariam sentido se considerassem a luz como uma onda. Quando dois conjuntos de ondas circulares se cruzam é criado um padrão característico de picos e vales. Alguns críticos do modelo ondulatório diziam que tal não acontecia quando se cruzavam dois feixes de luz, mas os dois cientistas rapidamente provaram que estavam errados. Planearam uma experiência em que se colocava uma fonte de luz atrás de uma parede com duas fendas estreitas e muito próximas. Podia-se reparar que o seu espectro numa parede posterior era semelhante ao da mesma experiência com água. Quando duas ondas se cruzam no seu ponto máximo, no seu pico, a sua intensidade duplica, quando se cruzam no seu ponto mínimo, num vale, a sua intensidade também duplica, mas negativamente, e a estas ocasiões dá-se o nome de interferência construtiva. Quando se encontra uma no seu pico e outra no seu vale, a sua intensidade anula-se, ao que se chamou de interferência destrutiva. Por isso, duas ondas que se cruzam criam zonas de interferência construtiva, zonas bem visíveis no espectro, e zonas de interferência destrutiva, zonas que não se veem. Estes padrões coincidem com o padrão de luz formado pela experiência de Young. 8
  • 9. Ao considerar a luz como uma onda, Young conseguiu medir o comprimento de onda da luz, e propôs que diferentes cores do espectro têm comprimentos de onda diferentes e Fersnel provou através de cálculos matemáticos que o movimento retilíneo da onda pode ser explicado pelos pequenos comprimentos de onda da luz. Em 1850 a teoria ondulatória vence, finalmente, à teoria corpuscular de Newton, quando Jean Foucault mede com sucesso a velocidade da luz na água e prova que se deslocava mais lentamente do que no ar. Tal implicação destruiu por completo as teorias de Newton e deram novo valor a Huygens, Young e Fersnel. Teoria eletromagnética: Também nos meados do século XIX, um brilhante cientista deu um novo sentido ao conceito de onda. Este cientista foi Maxwell, que dizia que a luz era uma onda formada por dois campos, o campo elétrico e o campo magnético, e denominou-as ondas eletromagnéticas. Os seus cálculos previram que se uma partícula oscilatória ou com aceleração cria um campo elétrico variável que se afasta da origem e cuja intensidade se altera em forma de onda. Ao mesmo tempo, existe também um campo magnético variável perpendicular ao primeiro que também se propaga em forma de onda. Estas duas ondas podem reforçar-se indefinidamente, no entanto, apenas se se 8 propagarem a uma determinada velocidade – 3x10^ m/s. Tudo isto parecia indicar que a luz era uma forma de radiação eletromagnética, mas não havia certezas de que estas radiações sequer existiam até Heinrich Hertz fazer uma série de experiências que comprovaram as previsões de Maxwell. [6c] 7) Apesar disto tudo, a teoria de Newton continuava correta em certos casos, por isso nenhuma das teorias estava completamente errada nem completamente correta. Acabou por surgir, então, a teoria da Dualidade Corpúsculo-Onda, que unia as duas teorias. 9
  • 10. Dualidade Corpúsculo-Onda Quantum: Já no final do século XIX, Max Planck, um físico alemão, desenvolveu um método de prever, matematicamente, as distribuições reais da distribuição de energia numa caixa fechada onde a radiação se movia de um sítio para outro, algo que a teoria electromagnética não conseguia explicar.[6d] Planck, então, propôs que esta radiação era emitida por “pacotes”, ao que chamou de quantum de energia. Estes seriam tão mais energéticos quanto maior fosse a sua frequência, segundo a expressão E=nhf, em que h é a constante de Planck (6,626x10- 34 J), f é a frequência e n é o número de quanta. Fotões: Mais tarde, o famoso físico alemão Albert Einstein, tentou teorizar a experiência de Philipp Lenard[6e] que criou para estudar o efeito fotelétrico. Este colocou duas placas metálicas em vácuo ligadas a uma bateria que induz uma carga eléctrica em cada placa. Ao cobrir a placa com carga negativa com potássio e fazer incidir nela uma luz azul, verificou que eram emitidos electrões para a placa positiva. No entanto, se for usada luz vermelha, tal acontecimento não ocorria, independentemente da sua intensidade. Era também pensado que, se a intensidade da luz azul fosse aumentada, os electrões recebiam uma energia adicional, no entanto, isto não acontece. Uma intensidade superior apenas faz com que se movimentem mais electrões. 8) (edi tado pa ra corresponder ao texto) 10
  • 11. Einstein propôs, então, que assim como os átomos só emitem energia com uma certa quantidade, quantum, também só podem receber uma certa quantidade de energia. Ao usar a mesma equação de Planck, percebe-se porque é que a luz vermelha não produzia o efeito fotoeléctrico nos átomos de potássio que produzia a luz azul. Como esta tem maior frequência, a energia de absorção seria também maior. Portanto, um átomo apenas pode absorver e emitir uma certa quantidade de energia ao mesmo tempo, os chamados quantum, e a partir de uma certa frequência. Quando esta frequência é apresentada com maior intensidade, mais quantum são emitidos e maior movimento de eletrões sofrerá o átomo. Einstein chamou- lhes fotões. Mas com estas descobertas, uma pergunta se eleva: como é que podemos definir um fotão? A resposta, segundo Einstein, seria considerar um fotão, não como um conjunto de ondas, mas antes como uma partícula. Era, por isso, necessário o modelo corpuscular para entender a luz e, ao mesmo tempo, era igualmente essencial perceber o modelo ondulatório para o mesmo. Assim se uniram as duas teorias para formar outra que satisfazia todas as críticas e, então, nasceu a era moderna da física quântica. Movimento: Ainda no mesmo século, em 1923, outro cientista conceituado, de nome Arthur H. Compton[6e], demonstrou, por meio de uma experiência, que os fotões conservavam, de facto, o seu movimento, algo que Newton não conseguiu provar. Disparou raios X com uma certa energia de fotões para uma câmara de nuvem onde pôde observar o rasto de alguns eletrões desviados ao embater na câmara. Ao mesmo tempo reparou que os fotões eram refletidos noutro sentido, perdendo alguma da sua energia. Compton mostrou, depois, que esta colisão era idêntica a uma colisão em que duas partículas conservavam a sua quantidade de movimento. 11
  • 12. Difração: Para explicar a difração da luz como partícula foi necessário um cientista com paciência de ferro – Geoffrey Taylor[6f]. Este físico e matemático resolveu fazer a mesma experiência que Young e levá- la a um nível completamente diferente. Ele sabia que a luz, ao passar por pequenas fendas muito próximas uma da outra, se difratava e desenhava um padrão de linhas iluminadas e linhas escuras, que correspondem, respetivamente, a interferências construtivas e interferências destrutivas. Decidiu então usar um papel fotográfico para registar as interferências e montou a experiência de Young com uma luz tão fraca que só passava um fotão por cada fenda de cada vez, até que foram necessários meses para reproduzir o padrão desejado. Ao contrário do que se pensava inicialmente, Taylor conseguiu um padrão precisamente igual ao padrão de Young. Desta forma, era impossível criticar que os fotões eram desviados devido à interferência entre eles, pois apenas um passava de cada vez. Comprimento de onda: Apesar destas descobertas, o modelo ondulatório permanecia e ssencial para prever para onde uma partícula se dirige quando é difratada. Este facto parecia tão estranho que um aluno apresentou, no seu trabalho de pós-graduação, uma hipótese arrojada[6f]. De Broglie dizia que partículas palpáveis como uma pedra ou até mesmo uma pessoa se podiam comportar como uma onda. Tal hipótese parece absurda, sendo assim uma pessoa poderia passar por outra, literalmente, sem colidirem. De Broglie não o negava. Porém dizia ser quase impossível. Desenvolveu uma equação que ligava o comprimento de onda emitido por uma matéria com a sua massa e velocidade (λ = h/mv em que λ é o comprimento de onda, h é a constante de Planck, m é a massa e v a velocidade). Sendo assim, com as contas feitas, uma pessoa de 70kg a correr a 40km/h teria um comprimento de onda de aproximadamente 8,5x10 -37 m. Sabemos ainda que quando uma onda com um comprimento muito maior que o obstáculo, as ondas são facilmente difratadas e o obstáculo é como que ignorado. No entanto, se o comprimento de onda for muito menor do que o obstáculo, esta difração não ocorre e as ondas são paradas pelo obstáculo na zona de embate. Por isso, quando alguém vai a correr a alta velocidade e encontra outra pessoa, é bom que essa pessoa saia do caminho ou vai ser atropelada, assim como é de esperar. Assim, para aumentar o comprimento de onda, é necessário reduzir a massa ou a velocidade ou ambas. 12
  • 13. Vamos então calcular o comprimento de onda de um eletrão. Se este se movimentar a 3,6x106 m/s e pesar uns míseros 9,11x10-31 kg, o comprimento de onda é muito maior do que o de uma pessoa – 2,4x10- 10 m – o mesmo que o de raios X. Apesar de parecer ainda um número pequeno, é, na verdade, muito grande. Apesar de parecer uma incrível teoria, tudo ainda não passa disso mesmo, uma teoria. No entanto, com uma simples experiência, podemos provar a veracidade da hipótese de De Broglie. Bombardeando uma pedra de sal com raios X de comprimento de onda conhecidos, podemos detetar um padrão ponteado projetado na parede posterior, como mostra a imagem. Se fizermos o mesmo com um feixe de eletrões, encontramos o mesmo padrão. Isto veio provar os cálculos de De Broglie. Então um eletrão é uma partícula conhecida, no entanto, também se comporta como uma onda, tal e qual como o fotão. Existe, então, alguma diferença entre estas duas partícula-onda? Em poucas palavras – sim, várias. Um eletrão precisa de se movimentar à velocidade de 3,6x106 m/s para apresentar as mesmas características ondulatórias de um fotão de raios X que se movimenta à velocidade da luz, 3x108 m/s, quase 100 vezes mais rápido. Usando a equação de De Broglie conseguíamos concluir que, da mesma forma, um fotão tem uma massa quase 100 vezes mais pequena, teoricamente. É possível pesar um eletrão e saber que tem cerca de 9,11x10 -31 kg de massa, todavia, um fotão não pode ser pesado, pois, para estar parado e ser possível a medição da massa deste, tem de perder toda a sua energia e, segundo a sua própria definição, E=mc2 , deixa de existir. As diferenças são, então, óbvias e um eletrão simplesmente apresenta o mesmo comportamento ondulatório que um fotão de raios X, o que não implica que sejam o mesmo. 13
  • 14. Conclusão A luz é, então, composta por fotões, que não são nem partícula, nem onda, mas comportam-se como ambas. Será que finalmente poderemos responder à pergunta original? Sabemos o que compõe a luz, sabemos a sua origem, porém não é nada que se compreenda, isto é, não é partícula nem onda. Consideramos ser seguro, então, admitir que a luz é uma outra forma de transporte de energia. É natural entender-se o que é uma onda ou uma partícula, pois temos sido bombardeados com informação sobre estas desde que nascemos, visto que os nossos antepassados já as sabiam definir bem, agora a luz é uma descoberta muito recente e, por isso, ainda relativamente poucas pessoas a sabem definir e, talvez, por isso também nos seja tão difícil perceber tal ideia. Acrescido a isto está o facto da onda e do corpúsculo serem bem distintos um do outro, mas estarem ambos muito próximos da luz e, ao mesmo tempo muito longe. 14
  • 15. Bibliografia 1) www.infoescola.com 2) http://profs.ccems.pt/PauloPortugal/CFQ/Fsica_Moderna/Onda_Co rpsculo.htm 3) def.fe.up.pt/luz/fotoelectrico.html 4) def.fe.up.pt/luz/expo-luz.pdf 5) fisica.fe.up.pt/fisica12/parte3.html 6) Série didática de 1984 que passava na televisão canadiana dobrada: a. http://www.youtube.com/watch?v=rqwKPJ3wluI; b. http://www.youtube.com/watch?v=MnpWyXa5l6Y&feature=relmfu c. http://www.youtube.com/watch?v=Glhqp5c3cBE&feature=relmfu d. http://www.youtube.com/watch?v=-ceQ42fF9o8&feature=relmfu e. http://www.youtube.com/watch?v=gMbBk6tvEEs&feature=relmfu f. http://www.youtube.com/watch?v=_DDI8oOMjgM&feature=relmfu 7) www.guia.heu.nom.br/images/ondaEletroMagnetica.jpg 8) www.marconi-galletti.it/progetti/sito_scienza_900- 5LA/images/Gruppo_1/photoelectric_1.gif 15