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Declaração da Fundação:
   Renovando as Nações Unidas para construir uma paz duradoura
Rev. Sun Myung Moon, segunda-feira, 12 de setembro, 2005

Em seu discurso de fundação da Federação da Paz Universal em 12 de setembro de 2005, o
reverendo Sun Myung Moon fez um apelo para a renovação das Nações Unidas. Muitos outros
líderes foram ecoando o tema durante o 60 º aniversário da fundação da ONU. Rev. Moon
prevê a sabedoria das religiões do mundo esta sendo incluída nas deliberações desta
organização, que encarna as esperanças de paz dos povos em cada país. Esta proposta de
um órgão inter-religioso havia sido introduzida durante seu discurso na ONU em 18 de agosto
de 2000. Os seguintes são excertos deste discurso.

Conflitos surgem por várias razões. Mas um dos principais fatores que contribuem para seu
aparecimento é a desarmonia profundamente enraizada que existe entre as religiões do
mundo. Assim, quando testemunhamos as muitas tragédias globais que ocorrem ao nosso
redor, deveríamos reconhecer quão importância e necessário a união das religiões, o diálogo
entre elas, e aprender a se abraçar umas as outras.

Na idade moderna, na maioria das nações, os ideais religiosos têm vindo a ocupar um lugar
totalmente separado dos centros do poder político secular, e a maioria das pessoas aceitam
essa realidade como a maneira como as coisas deveriam ser. Creio, no entanto, que é o tempo
que as organizações internacionais, cujo objetivo é apoiar o ideal de paz mundial reconsiderar
sua relação com as grandes tradições religiosas do mundo.

Sobre este ponto, as Nações Unidas, mais do que qualquer outra organização internacional
pode dar um bom exemplo e liderar o caminho. O mundo tem grandes expectativas para as
Nações Unidas como uma organização que contém a aspiração da humanidade para a paz.
Nas Nações Unidas, os representantes de todas as nações trabalhem em conjunto para
promover a paz e a prosperidade humana.

Naturalmente, os esforços conscienciosos para estabelecer a paz, realizados por estes
representantes nacionais na Organização das Nações Unidas, muitas vezes encontram
resistência obstinada. As realizações e conquistas alcançadas através das Nações Unidas, têm
sido significativos. No entanto, há muito espaço para melhorias. Eu acredito que há uma
necessidade urgente, hoje, no âmbito das Nações Unidas e de suas muitas atividades, para
incentivar o respeito mútuo e uma maior cooperação entre líderes políticos e religiosos do
mundo.

O ideal original para os seres humanos é que vivemos com a nossa mente e corpo unidos em
ressonância com o verdadeiro amor de Deus. É porque os seres humanos são semelhantes a
Deus como Seus filhos e filhas que o corpo e a mente de cada indivíduo pode realmente unir-
se sem lutar um contra o outro. Dentro de Deus, não há desarmonia entre as características
internas e externas. Isto é assim porque o Deus absoluto não tem nenhuma contradição ou
conflito dentro de si mesmo.

O ideal humano para atingir a unidade de mente e corpo só pode ser realizado quando as
pessoas completamente possuem o verdadeiro amor de Deus. O versículo bíblico: "Bem-
aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus", ilustra esse ponto. Os
pacificadores são pessoas cuja mente e corpo estão em unidade centralizada no amor
verdadeiro de Deus.
Como resultado da queda, os seres humanos perderam o padrão de unidade e harmonia entre
mente e corpo, e a humanidade vive em conflito interno e autocontradição. Os confrontos da
mente e do corpo dentro do indivíduo se expandiram e, são manifestados na família, na
sociedade, na nação e no mundo. Por exemplo, esta luta não resolvida entre a mente e o corpo
é o que precipitou o assassinato de Abel, irmão mais jovem, por Caim, irmão velho.

Todos os conflitos e as guerras na história foram essencialmente um campo de batalha entre
Cain, representando o lado do mal, e Abel, representando o lado do bem. A humanidade deve
encerrar estas lutas entre os campos Caim e Abel e restaurar o estado original de harmonia e
amor. Para fazer isso, cada um de nós deve acabar com o conflito entre nossa mente e corpo e
trazê-los para a união harmoniosa.

Na sua raiz, os problemas humanos não são inteiramente social ou político e, porém uma
abordagem somente social e político será sempre de eficácia limitada. Embora as autoridades
seculares governam a maioria das sociedades humanas, a religião está no coração da maioria
das identidades nacionais e culturais. Na verdade, a fé e a devoção religiosa têm uma
importância muito maior no coração da maioria das pessoas do que as lealdades políticas.

Chegou a era para a religião renovar-se e manifetar-se como uma verdadeira liderança neste
mundo. Pessoas de todas as crenças devem sentir-se responsáveis pela dificuldade, pelo
sofrimento e pelas injustiças vivenciadas pelos povos do mundo. As pessoas religiosas não tem
sido boms exemplos na prática do amor e do viver pelo bem do próximo, e por essa razão
deveriam se fazer uma auto-reflexão. É chagado o tempo para os religiosos se arrependerem
por suas preocupações com a salvação individual e seus estreitos interesses sectários. Tais
práticas tem impedido as entidades religiosas de dar o seu máximo para a causa da salvação
do mundo. Nossa era, mais do que qualquer outra, demanda que ultrapassemos nossas
crenças, e os interesses de religiões em particular, para que coloquemos nosso amor e ideais
em prática para o bem da humanidade.

Em particular, Deus chama a nós líderes, especialmente os líderes religiosos, na esperança de
que nós nos levantaremos contra as injustiças e maldades deste mundo, e conceder Seu amor
verdadeiro ao mundo. Por esta razão, todas as pessoas de fé devem se tornar um em coração
no intuito de dar expressão máxima, tanto em palavras quanto em ações, para o desejo
ardente de Deus pela paz e restauração da humanidade.

A paz mundial pode ser completamente estabelecida somente quando a sabedoria e os
esforços dos líderes religiosos mundiais, que representam os interesses da mente e da
consciência, trabalharem de forma cooperativa e respeitosamente com os líderes nacionais que
tem muito mais sabedoria prática e experiência mundial nas questões da realidade externa ou
“corpo”. Neste sentido, já é hora de considerarmos seriamente até o prospecto de
reestruturação das Nações Unidas. Por exemplo, talvez seja possível visionar as Nações
Unidas com uma instituição bicameral.

A estrutura existente das Nações Unidas, composta por representantes nacionais, pode ser
considerada como um congresso onde os interesses de cada nação membro são
representados. Contudo, eu sugiro que seja considerada seriamente a formação de uma
assembléia religiosa, ou um conselho de representantes religiosos dentro da estrutura das
Nações Unidas. Essa assembléia ou conselho seria constituído de respeitados líderes
espirituais em campos como a religião, a cultura, e a educação. Obviamente, os membros
dessa assembléia inter-religiosa precisarão ter demonstrado a habilidade de transcender os
interesses individuas limitados das nações e falar para o interesse do mundo inteiro e da
humanidade em geral.

As duas câmeras, trabalhando juntas, com respeito mútuo e cooperação, serão capazes de ter
grandes avanços na condução de um mundo de paz. A sabedoria e a visão dos grandes
líderes religiosos substancialmente completarão o discernimento, a experiência e a habilidade
política dos líderes políticos mundiais.

Neste instante mais e mais conflitos estão estourando ao redor do globo por causa de disputas
de fronteiras. Com resultado, o mundo está aguentando uma perda substancial de vidas
humanas. Além disso, o dinheiro gasto na guerra e nas tentativas de manutenção de paz
chega a bilhões de dólares. Muitos recursos e esforços estão sendo desperdiçados. Ainda
assim, não chegamos a nenhuma solução permanente para nenhum dos conflitos existentes
hoje.

Eu proponho que cada nação, em adição ao embaixador atual, envie um embaixador religioso
às Nações Unidas para servir como um membro da assembléia religiosa ou do senado da
ONU. A missão dos representantes nesse senado das Nações Unidas requereria, de cada um
deles, uma percepção genuinamente ecumênica, inter-religiosa, um treinamento e uma
capacidade de ensinar um ideal de paz universal e transnacional. A natureza desta proposta e
missão os proibiriam de promover os interesses particulares de uma nação. Ao invés, eles
desempenhariam suas funções pelo ideal da paz no mundo e para o bem de toda a
humanidade em ressonância com a vontade de Deus.

O embaixador inter-religioso indicado ao senado ou conselho das Nações Unidas deve ter uma
consciência global e tomar responsabilidade para representar a visão e a agenda globais das
Nações Unidas. Nesse sentido, essas pessoas poderiam ser consideradas como embaixadores
globais das Nações Unidas. Onde quer que eles fossem, esses embaixadores realizariam
movimentos dedicados a realização da paz e do bem-estar social. Além disso, em todas as
nações, eles serviriam como guardiões conscienciosos de ideais sublimes como justiça,
segurança e paz.

Isso dará esperança aos cidadãos do mundo, especialmente a juventude. As pessoas terão
então, a oportunidade de ver com seus próprios olhos, o aparecimento, ao redor do mundo, de
jovens buscando amor verdadeiro e paz duradoura. Aqueles selecionados como embaixadores
ecumênicos e transnacionais terão a capacidade de ajudar, guiar e supervisionar vários
projetos patrocinados pela ONU, em saúde, educação, bem-estar e outros campos.

Respeitados líderes mundiais, vamos juntar nossas mãos e corações para aperfeiçoar nossas
instituições e organizações para que a preciosa sabedoria da religião, junto com a sabedoria
dos intelectuais, estadistas e pessoas de discernimento e conhecimento, possam ser
mobilizados para resolver as sérias e urgentes crises do mundo.

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  • 1. Declaração da Fundação: Renovando as Nações Unidas para construir uma paz duradoura Rev. Sun Myung Moon, segunda-feira, 12 de setembro, 2005 Em seu discurso de fundação da Federação da Paz Universal em 12 de setembro de 2005, o reverendo Sun Myung Moon fez um apelo para a renovação das Nações Unidas. Muitos outros líderes foram ecoando o tema durante o 60 º aniversário da fundação da ONU. Rev. Moon prevê a sabedoria das religiões do mundo esta sendo incluída nas deliberações desta organização, que encarna as esperanças de paz dos povos em cada país. Esta proposta de um órgão inter-religioso havia sido introduzida durante seu discurso na ONU em 18 de agosto de 2000. Os seguintes são excertos deste discurso. Conflitos surgem por várias razões. Mas um dos principais fatores que contribuem para seu aparecimento é a desarmonia profundamente enraizada que existe entre as religiões do mundo. Assim, quando testemunhamos as muitas tragédias globais que ocorrem ao nosso redor, deveríamos reconhecer quão importância e necessário a união das religiões, o diálogo entre elas, e aprender a se abraçar umas as outras. Na idade moderna, na maioria das nações, os ideais religiosos têm vindo a ocupar um lugar totalmente separado dos centros do poder político secular, e a maioria das pessoas aceitam essa realidade como a maneira como as coisas deveriam ser. Creio, no entanto, que é o tempo que as organizações internacionais, cujo objetivo é apoiar o ideal de paz mundial reconsiderar sua relação com as grandes tradições religiosas do mundo. Sobre este ponto, as Nações Unidas, mais do que qualquer outra organização internacional pode dar um bom exemplo e liderar o caminho. O mundo tem grandes expectativas para as Nações Unidas como uma organização que contém a aspiração da humanidade para a paz. Nas Nações Unidas, os representantes de todas as nações trabalhem em conjunto para promover a paz e a prosperidade humana. Naturalmente, os esforços conscienciosos para estabelecer a paz, realizados por estes representantes nacionais na Organização das Nações Unidas, muitas vezes encontram resistência obstinada. As realizações e conquistas alcançadas através das Nações Unidas, têm sido significativos. No entanto, há muito espaço para melhorias. Eu acredito que há uma necessidade urgente, hoje, no âmbito das Nações Unidas e de suas muitas atividades, para incentivar o respeito mútuo e uma maior cooperação entre líderes políticos e religiosos do mundo. O ideal original para os seres humanos é que vivemos com a nossa mente e corpo unidos em ressonância com o verdadeiro amor de Deus. É porque os seres humanos são semelhantes a Deus como Seus filhos e filhas que o corpo e a mente de cada indivíduo pode realmente unir- se sem lutar um contra o outro. Dentro de Deus, não há desarmonia entre as características internas e externas. Isto é assim porque o Deus absoluto não tem nenhuma contradição ou conflito dentro de si mesmo. O ideal humano para atingir a unidade de mente e corpo só pode ser realizado quando as pessoas completamente possuem o verdadeiro amor de Deus. O versículo bíblico: "Bem- aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus", ilustra esse ponto. Os pacificadores são pessoas cuja mente e corpo estão em unidade centralizada no amor verdadeiro de Deus.
  • 2. Como resultado da queda, os seres humanos perderam o padrão de unidade e harmonia entre mente e corpo, e a humanidade vive em conflito interno e autocontradição. Os confrontos da mente e do corpo dentro do indivíduo se expandiram e, são manifestados na família, na sociedade, na nação e no mundo. Por exemplo, esta luta não resolvida entre a mente e o corpo é o que precipitou o assassinato de Abel, irmão mais jovem, por Caim, irmão velho. Todos os conflitos e as guerras na história foram essencialmente um campo de batalha entre Cain, representando o lado do mal, e Abel, representando o lado do bem. A humanidade deve encerrar estas lutas entre os campos Caim e Abel e restaurar o estado original de harmonia e amor. Para fazer isso, cada um de nós deve acabar com o conflito entre nossa mente e corpo e trazê-los para a união harmoniosa. Na sua raiz, os problemas humanos não são inteiramente social ou político e, porém uma abordagem somente social e político será sempre de eficácia limitada. Embora as autoridades seculares governam a maioria das sociedades humanas, a religião está no coração da maioria das identidades nacionais e culturais. Na verdade, a fé e a devoção religiosa têm uma importância muito maior no coração da maioria das pessoas do que as lealdades políticas. Chegou a era para a religião renovar-se e manifetar-se como uma verdadeira liderança neste mundo. Pessoas de todas as crenças devem sentir-se responsáveis pela dificuldade, pelo sofrimento e pelas injustiças vivenciadas pelos povos do mundo. As pessoas religiosas não tem sido boms exemplos na prática do amor e do viver pelo bem do próximo, e por essa razão deveriam se fazer uma auto-reflexão. É chagado o tempo para os religiosos se arrependerem por suas preocupações com a salvação individual e seus estreitos interesses sectários. Tais práticas tem impedido as entidades religiosas de dar o seu máximo para a causa da salvação do mundo. Nossa era, mais do que qualquer outra, demanda que ultrapassemos nossas crenças, e os interesses de religiões em particular, para que coloquemos nosso amor e ideais em prática para o bem da humanidade. Em particular, Deus chama a nós líderes, especialmente os líderes religiosos, na esperança de que nós nos levantaremos contra as injustiças e maldades deste mundo, e conceder Seu amor verdadeiro ao mundo. Por esta razão, todas as pessoas de fé devem se tornar um em coração no intuito de dar expressão máxima, tanto em palavras quanto em ações, para o desejo ardente de Deus pela paz e restauração da humanidade. A paz mundial pode ser completamente estabelecida somente quando a sabedoria e os esforços dos líderes religiosos mundiais, que representam os interesses da mente e da consciência, trabalharem de forma cooperativa e respeitosamente com os líderes nacionais que tem muito mais sabedoria prática e experiência mundial nas questões da realidade externa ou “corpo”. Neste sentido, já é hora de considerarmos seriamente até o prospecto de reestruturação das Nações Unidas. Por exemplo, talvez seja possível visionar as Nações Unidas com uma instituição bicameral. A estrutura existente das Nações Unidas, composta por representantes nacionais, pode ser considerada como um congresso onde os interesses de cada nação membro são representados. Contudo, eu sugiro que seja considerada seriamente a formação de uma assembléia religiosa, ou um conselho de representantes religiosos dentro da estrutura das Nações Unidas. Essa assembléia ou conselho seria constituído de respeitados líderes espirituais em campos como a religião, a cultura, e a educação. Obviamente, os membros dessa assembléia inter-religiosa precisarão ter demonstrado a habilidade de transcender os
  • 3. interesses individuas limitados das nações e falar para o interesse do mundo inteiro e da humanidade em geral. As duas câmeras, trabalhando juntas, com respeito mútuo e cooperação, serão capazes de ter grandes avanços na condução de um mundo de paz. A sabedoria e a visão dos grandes líderes religiosos substancialmente completarão o discernimento, a experiência e a habilidade política dos líderes políticos mundiais. Neste instante mais e mais conflitos estão estourando ao redor do globo por causa de disputas de fronteiras. Com resultado, o mundo está aguentando uma perda substancial de vidas humanas. Além disso, o dinheiro gasto na guerra e nas tentativas de manutenção de paz chega a bilhões de dólares. Muitos recursos e esforços estão sendo desperdiçados. Ainda assim, não chegamos a nenhuma solução permanente para nenhum dos conflitos existentes hoje. Eu proponho que cada nação, em adição ao embaixador atual, envie um embaixador religioso às Nações Unidas para servir como um membro da assembléia religiosa ou do senado da ONU. A missão dos representantes nesse senado das Nações Unidas requereria, de cada um deles, uma percepção genuinamente ecumênica, inter-religiosa, um treinamento e uma capacidade de ensinar um ideal de paz universal e transnacional. A natureza desta proposta e missão os proibiriam de promover os interesses particulares de uma nação. Ao invés, eles desempenhariam suas funções pelo ideal da paz no mundo e para o bem de toda a humanidade em ressonância com a vontade de Deus. O embaixador inter-religioso indicado ao senado ou conselho das Nações Unidas deve ter uma consciência global e tomar responsabilidade para representar a visão e a agenda globais das Nações Unidas. Nesse sentido, essas pessoas poderiam ser consideradas como embaixadores globais das Nações Unidas. Onde quer que eles fossem, esses embaixadores realizariam movimentos dedicados a realização da paz e do bem-estar social. Além disso, em todas as nações, eles serviriam como guardiões conscienciosos de ideais sublimes como justiça, segurança e paz. Isso dará esperança aos cidadãos do mundo, especialmente a juventude. As pessoas terão então, a oportunidade de ver com seus próprios olhos, o aparecimento, ao redor do mundo, de jovens buscando amor verdadeiro e paz duradoura. Aqueles selecionados como embaixadores ecumênicos e transnacionais terão a capacidade de ajudar, guiar e supervisionar vários projetos patrocinados pela ONU, em saúde, educação, bem-estar e outros campos. Respeitados líderes mundiais, vamos juntar nossas mãos e corações para aperfeiçoar nossas instituições e organizações para que a preciosa sabedoria da religião, junto com a sabedoria dos intelectuais, estadistas e pessoas de discernimento e conhecimento, possam ser mobilizados para resolver as sérias e urgentes crises do mundo.