SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
A Arte Manuelina
Introdução

Neste trabalho pretendemos
mostrar e informar sobre o
  que e a arte manuelina.
Estilo manuelino
A arte em Portugal:
    Gótico-manuelino e a
   afirmação das novas
tendências renascentistas
                     
O renascimento é um fenómeno contemporâneo dos
Descobrimentos e desenvolveu-se em intima ligação
com a empresa ultramarina nacional. Todavia, a arte
renascentista só tardiamente chega a Portugal e, de
início, apenas através de elementos decorativos
associados às estruturas do gótico final. No nosso
País, porém, este estilo desenvolveu características
ornamentais próprias, definindo entre finais do
século XV e inícios do século XVI, uma arte
frequentemente denominada como manuelino ou
O gótico Manuelino
A arquitectura do gótico-manuelino integra-se no modo típico de construção do gótico e
desenvolve a tendência da arte final deste estilo para a descompartimentação e
homogeneização dos espaços interiores. Esta característica explica a preferência típica do
manuelino pelas igrejas-salão.
No campo decorativo, a representação da natureza expressa-se por ornamentações de
carácter realista onde a demonstração vegetalista aparece frequentemente de forma
exuberante, como se pode verificar nas obras mais importantes do manuelino: janela da Sala do
Capitulo do convento de Cristo (C. 1510), em Tomar, Mosteiro dos Jerónimos, com especial
destaque para o magnifico portal da igreja, arcada do claustro de D. Manuel no Mosteiro da
Batalha ou ainda na Torre de Belém.
O exotismo que transparece na representação de animais, flora e seres humanos estranhos, no
qual alguns pretenderam ver a especificidade bem portuguesa do manuelino, aparece
episodicamente. O seu principal significado estará na procura do diferente e do novo, na
pretensão nacionalista de se distinguir dos modelos estrangeiros, transportando para o espaço
nacional elementos que faziam parte do quotidiano das viagens e dos encontros civilizacionais
no Império Português. Por outro lado o facto de o gótico-manuelino se ter desenvolvido, quase
sempre, sob a tutela da coroa explica a utilização de elementos decorativos associados ao
objectivo da exaltação da monarquia de direito divino, como a esfera armilar, ou ainda o
profundo sentido místico que emana das imagens sacras, em particular da Virgem,
transformada por D. Manuel I numa espécie de símbolo régio.
contrário do que se tornou vulgar dizer, não é
   caracterizada apenas pelos motivos marítimos,
   inspirados na Era das Descobertas, mas por um
     conjunto de símbolos de ordem diversa onde,
eventualmente, se encontram elementos do género.
 A ideia de que os motivos ornamentais se ligavam
ao mar deve-se a Edgar Quinet, em 1857, e tornou-
                   se um lugar comum.
 No que diz respeito à arquitectura propriamente
  dita, o estilo Manuelino não mascara a estrutura
 dos edifícios ao mantê-los livres de ornamentação
desnecessária: as paredes exteriores ou interiores
são geralmente nuas, concentrando-se a decoração
    em determinados elementos estruturais, como
       janelas, portais, arcos de triunfo, tectos,
      abóbadas, pilares e colunas, arcos, nervuras
    (ogivas, liernes e terceletes), frisos, cornijas,
       platibandas (como nos Jerónimos) óculos e
             contrafortes, além de túmulos,
  fontes,cruzeiros,etc. Destacando-se a Igreja de
Nossa Senhora da Conceição (1547), em Tomar, da
     autoria de João de Castilho (1490-1151), e o
      palácio da Quinta da Bacalhoa (c.1540), em
  Azeitão, atribuída a Diogo de Torralva, também
 autor do claustro principal do Convento de Cristo
                       em Tomar.
     Apesar de ser essencialmente ornamental, o
Manuelino caracteriza-se também pela aplicação de
tendências
renascentista
s     A arte do renascimento penetrou
em Portugal como forma ornamental
associada à arquitectura da última fase
do gótico. Com efeito, os elementos
decorativos renascentistas arabescos,
grotescos, medalhões, aparecem a
decorar formas arquitectónicas
essencialmente góticas. Uma outra
particularidade é que foram
introduzidos por artistas estrangeiros,
biscainhos e galegos na região Norte do
País, franceses e, mais tarde, italianos,
nas regiões Centro e Sul, em particular,
em Coimbra, Tomar, Lisboa, Évora e
Portalegre, ou por nacionais educados
no estrangeiro, como Francisco da
Holanda (1517-84), artista, historiador
renascentista portuguesa concentrou-
 se sobretudo na feitura de retábulos
    (estrutura de pedra ou madeira,
  ornamentada, que se ergue na parte
    posterior do altar e que contém
   normalmente um quadro religioso),
   imagens de santos e túmulos onde
   estão bem patentes duas das suas
    características fundamentais: a
  proporção e o realismo. De entre os
autores mais importantes, o destaque
     vai para dois grandes artistas
 estrangeiros que deixaram uma vasta
  e valiosa obra entre nós: Nicolau de
     Chanterenne (1517-1551), que
trabalhou nos Jerónimos, no Mosteiro
 de santa Cruz em Coimbra, na igreja
 de S. Marcos em Tentúgal, na capela
   da Pena em Sinta, no Convento do
 Paraíso em Évora, e João de Ruão em
Portugal, entre 1528 e 1580), autor de
  inúmeras obras, como o Claustro da
 Manga no Mosteiro de santa Cruz em
Coimbra, o retábulo do altar da igreja
Na Pintura, a influência renascentista fez-se sentir sobretudo através da escola
flamenga, graças às obras importadas da Flandres e à presença de pintores originários
      desta região da Europa. Essa influência revela-se na concepção do espaço, no
 emprego de motivos renascentistas na ornamentação de arquitecturas, em mobiliário,
    objectos vários e no realismo da representação da figura humana e da Natureza.
 O Políptico (retábulo constituído por vários painéis), de São Vicente, atribuído a Nuno
     Gonçalves, uma obra emblemática da pintura portuguesa, constitui um notável
  “retrato” da sociedade quatrocentista, marcando uma ruptura em relação aos rígidos
   esquemas góticos e revelando uma sensibilidade plástica prenunciadora da arte do
Renascimento. Jorge Afonso (c.1475-1540), que se notabilizou em Lisboa nos reinados
   de D. Manuel I e de D. João III, foi um dos artistas que colheram essa influência, a
 qual se fez igualmente sentir noutras partes do País, em particular em Viseu, cidade a
que ficou ligado Vasco Fernandes, mais conhecido por Grão-Vasco (1480-1543). A sua
 obra, embora influenciada pela pintura flamenga apresenta uma grande originalidade
           pelo vigor expressivo e pelo dramatismo das figuras representadas.
 
 Painéis de são Vicente (c.1470), atribuídos a Nuno Gonçalves.
Composto por um conjunto de seis tábuas, este políptico marca
  uma ruptura com os rígidos esquemas góticos e prenuncia a
    arte do renascimento em Portugal. Sob o ponto de vista
    temático, encerra em si uma ideia precisa da sociedade
portuguesa quatrocentista. Em torno da figura idealizada de s.
 Vicente, reúnem-se pescadores, frades, cavaleiros, membros
 da família real, provavelmente o próprio D. Afonso V e outras
    personagens da sociedade da época retratadas com um
                    realismo impressionante.
Conclusão
Neste trabalho concluímos que a arte manuelina é um estilo gótico-
 manuelino e que foi nomeado no século XV e inícios do século XVI
esta característica explica a preferência típica do manuelino pelas
 igrejas-salão e que a arte do renascimento penetrou em Portugal
como forma ornamental associada à arquitectura da última fase do
    gótico. Com efeito, os elementos decorativos renascentistas
   arabescos, grotescos, medalhões, aparecem a decorar formas
              arquitectónicas essencialmente góticas.
Bibliografia
Fizemos pesquisa na internet e visitamos
               os sites:
     www.google.com-wikipedia
          www.sapo.pt
Trabalho Realizado pelas alunas
            do 8ºA:
     -Cristina Fadista nº2
   - Patrícia Fernando nº15

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Arte do Renascimento em Portugal
Arte do Renascimento em PortugalArte do Renascimento em Portugal
Arte do Renascimento em PortugalCarlos Vieira
 
Arquitetura românica
Arquitetura românicaArquitetura românica
Arquitetura românicaAna Barreiros
 
Módulo 3 - Arquitetura românica
Módulo 3 - Arquitetura românicaMódulo 3 - Arquitetura românica
Módulo 3 - Arquitetura românicaCarla Freitas
 
Idade Média: Gótico
Idade Média: GóticoIdade Média: Gótico
Idade Média: GóticoJoão Lima
 
A arte em portugal e o manuelino
A arte em portugal e o manuelinoA arte em portugal e o manuelino
A arte em portugal e o manuelinonanasimao
 
Arte do Renascimento - Escultura
Arte do Renascimento - EsculturaArte do Renascimento - Escultura
Arte do Renascimento - EsculturaCarlos Vieira
 
O gótico em portugal
O gótico em portugalO gótico em portugal
O gótico em portugalAna Barreiros
 
Arte gótica
Arte gótica Arte gótica
Arte gótica kyzinha
 

Mais procurados (20)

Arte do Renascimento em Portugal
Arte do Renascimento em PortugalArte do Renascimento em Portugal
Arte do Renascimento em Portugal
 
Arte manuelina margarida freire
Arte manuelina   margarida freireArte manuelina   margarida freire
Arte manuelina margarida freire
 
Arquitetura românica
Arquitetura românicaArquitetura românica
Arquitetura românica
 
A pintura gótica i
A pintura gótica iA pintura gótica i
A pintura gótica i
 
Módulo 3 - Arquitetura românica
Módulo 3 - Arquitetura românicaMódulo 3 - Arquitetura românica
Módulo 3 - Arquitetura românica
 
Idade Média: Gótico
Idade Média: GóticoIdade Média: Gótico
Idade Média: Gótico
 
O manuelino
O manuelinoO manuelino
O manuelino
 
A arte em portugal e o manuelino
A arte em portugal e o manuelinoA arte em portugal e o manuelino
A arte em portugal e o manuelino
 
Arte romanica gotica
Arte romanica goticaArte romanica gotica
Arte romanica gotica
 
Arte do Renascimento - Escultura
Arte do Renascimento - EsculturaArte do Renascimento - Escultura
Arte do Renascimento - Escultura
 
O gótico em portugal
O gótico em portugalO gótico em portugal
O gótico em portugal
 
Barroco em portugal
Barroco em portugalBarroco em portugal
Barroco em portugal
 
Gotico em Portugal
Gotico em PortugalGotico em Portugal
Gotico em Portugal
 
Estilo românico e gótico
Estilo românico e góticoEstilo românico e gótico
Estilo românico e gótico
 
A escultura gótica
A escultura góticaA escultura gótica
A escultura gótica
 
Exame mod 3 2 taar
Exame mod 3  2 taarExame mod 3  2 taar
Exame mod 3 2 taar
 
Cultura do mosteiro
Cultura do mosteiroCultura do mosteiro
Cultura do mosteiro
 
Românico
RomânicoRomânico
Românico
 
02 romantismo
02 romantismo02 romantismo
02 romantismo
 
Arte gótica
Arte gótica Arte gótica
Arte gótica
 

Destaque

Arte do Renascimento em Portugal
Arte do Renascimento em PortugalArte do Renascimento em Portugal
Arte do Renascimento em PortugalMaria Gomes
 
A Reforma Protestante e a Contra Reforma Católica
A Reforma Protestante e a Contra Reforma CatólicaA Reforma Protestante e a Contra Reforma Católica
A Reforma Protestante e a Contra Reforma CatólicaMaria Gomes
 
Reforma e contra reforma
Reforma e contra reformaReforma e contra reforma
Reforma e contra reformavr1a2011
 
O Renascimento
O RenascimentoO Renascimento
O RenascimentoJoão Lima
 
E2 renascimento e reforma blogue
E2 renascimento e reforma blogueE2 renascimento e reforma blogue
E2 renascimento e reforma blogueVítor Santos
 

Destaque (7)

O Manuelino
O ManuelinoO Manuelino
O Manuelino
 
Arte do Renascimento em Portugal
Arte do Renascimento em PortugalArte do Renascimento em Portugal
Arte do Renascimento em Portugal
 
A Reforma Protestante e a Contra Reforma Católica
A Reforma Protestante e a Contra Reforma CatólicaA Reforma Protestante e a Contra Reforma Católica
A Reforma Protestante e a Contra Reforma Católica
 
Reforma e contra reforma
Reforma e contra reformaReforma e contra reforma
Reforma e contra reforma
 
O Renascimento
O RenascimentoO Renascimento
O Renascimento
 
O Renascimento
O RenascimentoO Renascimento
O Renascimento
 
E2 renascimento e reforma blogue
E2 renascimento e reforma blogueE2 renascimento e reforma blogue
E2 renascimento e reforma blogue
 

Semelhante a A Arte Manuelina e as Tendências Renascentistas

Semelhante a A Arte Manuelina e as Tendências Renascentistas (20)

Renascimento ou Classisismo
Renascimento ou ClassisismoRenascimento ou Classisismo
Renascimento ou Classisismo
 
6620renasportugal
6620renasportugal6620renasportugal
6620renasportugal
 
arte renascentista - Historia 8º ano 2024
arte renascentista - Historia  8º ano  2024arte renascentista - Historia  8º ano  2024
arte renascentista - Historia 8º ano 2024
 
O Renascimento
O RenascimentoO Renascimento
O Renascimento
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentista
 
B Arroco E Maneirismo
B Arroco E ManeirismoB Arroco E Maneirismo
B Arroco E Maneirismo
 
Renascimento
RenascimentoRenascimento
Renascimento
 
Renascimento
 Renascimento Renascimento
Renascimento
 
Arte Gótica
Arte GóticaArte Gótica
Arte Gótica
 
7 barroco 2020
7 barroco 20207 barroco 2020
7 barroco 2020
 
Arte do Renascimento
Arte do RenascimentoArte do Renascimento
Arte do Renascimento
 
Arte em portugal curso pt
Arte em portugal curso ptArte em portugal curso pt
Arte em portugal curso pt
 
Renascimento
RenascimentoRenascimento
Renascimento
 
A arte barroca na Europa
A arte barroca na EuropaA arte barroca na Europa
A arte barroca na Europa
 
2C26_Barroco_MuseuPrado_2011
2C26_Barroco_MuseuPrado_20112C26_Barroco_MuseuPrado_2011
2C26_Barroco_MuseuPrado_2011
 
História da Arte: Linha do tempo - Renascimento ao Romantismo
História da Arte: Linha do tempo - Renascimento ao RomantismoHistória da Arte: Linha do tempo - Renascimento ao Romantismo
História da Arte: Linha do tempo - Renascimento ao Romantismo
 
Renascimento
RenascimentoRenascimento
Renascimento
 
Barroco 2019ok
Barroco 2019okBarroco 2019ok
Barroco 2019ok
 
Barroco 2019ok
Barroco 2019okBarroco 2019ok
Barroco 2019ok
 
Renascimento
RenascimentoRenascimento
Renascimento
 

Último

Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarCaixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarIedaGoethe
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 

Último (20)

Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarCaixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 

A Arte Manuelina e as Tendências Renascentistas

  • 2. Introdução Neste trabalho pretendemos mostrar e informar sobre o que e a arte manuelina.
  • 4. A arte em Portugal: Gótico-manuelino e a afirmação das novas tendências renascentistas   O renascimento é um fenómeno contemporâneo dos Descobrimentos e desenvolveu-se em intima ligação com a empresa ultramarina nacional. Todavia, a arte renascentista só tardiamente chega a Portugal e, de início, apenas através de elementos decorativos associados às estruturas do gótico final. No nosso País, porém, este estilo desenvolveu características ornamentais próprias, definindo entre finais do século XV e inícios do século XVI, uma arte frequentemente denominada como manuelino ou
  • 5. O gótico Manuelino A arquitectura do gótico-manuelino integra-se no modo típico de construção do gótico e desenvolve a tendência da arte final deste estilo para a descompartimentação e homogeneização dos espaços interiores. Esta característica explica a preferência típica do manuelino pelas igrejas-salão. No campo decorativo, a representação da natureza expressa-se por ornamentações de carácter realista onde a demonstração vegetalista aparece frequentemente de forma exuberante, como se pode verificar nas obras mais importantes do manuelino: janela da Sala do Capitulo do convento de Cristo (C. 1510), em Tomar, Mosteiro dos Jerónimos, com especial destaque para o magnifico portal da igreja, arcada do claustro de D. Manuel no Mosteiro da Batalha ou ainda na Torre de Belém. O exotismo que transparece na representação de animais, flora e seres humanos estranhos, no qual alguns pretenderam ver a especificidade bem portuguesa do manuelino, aparece episodicamente. O seu principal significado estará na procura do diferente e do novo, na pretensão nacionalista de se distinguir dos modelos estrangeiros, transportando para o espaço nacional elementos que faziam parte do quotidiano das viagens e dos encontros civilizacionais no Império Português. Por outro lado o facto de o gótico-manuelino se ter desenvolvido, quase sempre, sob a tutela da coroa explica a utilização de elementos decorativos associados ao objectivo da exaltação da monarquia de direito divino, como a esfera armilar, ou ainda o profundo sentido místico que emana das imagens sacras, em particular da Virgem, transformada por D. Manuel I numa espécie de símbolo régio.
  • 6. contrário do que se tornou vulgar dizer, não é caracterizada apenas pelos motivos marítimos, inspirados na Era das Descobertas, mas por um conjunto de símbolos de ordem diversa onde, eventualmente, se encontram elementos do género. A ideia de que os motivos ornamentais se ligavam ao mar deve-se a Edgar Quinet, em 1857, e tornou- se um lugar comum. No que diz respeito à arquitectura propriamente dita, o estilo Manuelino não mascara a estrutura dos edifícios ao mantê-los livres de ornamentação desnecessária: as paredes exteriores ou interiores são geralmente nuas, concentrando-se a decoração em determinados elementos estruturais, como janelas, portais, arcos de triunfo, tectos, abóbadas, pilares e colunas, arcos, nervuras (ogivas, liernes e terceletes), frisos, cornijas, platibandas (como nos Jerónimos) óculos e contrafortes, além de túmulos, fontes,cruzeiros,etc. Destacando-se a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (1547), em Tomar, da autoria de João de Castilho (1490-1151), e o palácio da Quinta da Bacalhoa (c.1540), em Azeitão, atribuída a Diogo de Torralva, também autor do claustro principal do Convento de Cristo em Tomar. Apesar de ser essencialmente ornamental, o Manuelino caracteriza-se também pela aplicação de
  • 7. tendências renascentista s A arte do renascimento penetrou em Portugal como forma ornamental associada à arquitectura da última fase do gótico. Com efeito, os elementos decorativos renascentistas arabescos, grotescos, medalhões, aparecem a decorar formas arquitectónicas essencialmente góticas. Uma outra particularidade é que foram introduzidos por artistas estrangeiros, biscainhos e galegos na região Norte do País, franceses e, mais tarde, italianos, nas regiões Centro e Sul, em particular, em Coimbra, Tomar, Lisboa, Évora e Portalegre, ou por nacionais educados no estrangeiro, como Francisco da Holanda (1517-84), artista, historiador
  • 8. renascentista portuguesa concentrou- se sobretudo na feitura de retábulos (estrutura de pedra ou madeira, ornamentada, que se ergue na parte posterior do altar e que contém normalmente um quadro religioso), imagens de santos e túmulos onde estão bem patentes duas das suas características fundamentais: a proporção e o realismo. De entre os autores mais importantes, o destaque vai para dois grandes artistas estrangeiros que deixaram uma vasta e valiosa obra entre nós: Nicolau de Chanterenne (1517-1551), que trabalhou nos Jerónimos, no Mosteiro de santa Cruz em Coimbra, na igreja de S. Marcos em Tentúgal, na capela da Pena em Sinta, no Convento do Paraíso em Évora, e João de Ruão em Portugal, entre 1528 e 1580), autor de inúmeras obras, como o Claustro da Manga no Mosteiro de santa Cruz em Coimbra, o retábulo do altar da igreja
  • 9. Na Pintura, a influência renascentista fez-se sentir sobretudo através da escola flamenga, graças às obras importadas da Flandres e à presença de pintores originários desta região da Europa. Essa influência revela-se na concepção do espaço, no emprego de motivos renascentistas na ornamentação de arquitecturas, em mobiliário, objectos vários e no realismo da representação da figura humana e da Natureza. O Políptico (retábulo constituído por vários painéis), de São Vicente, atribuído a Nuno Gonçalves, uma obra emblemática da pintura portuguesa, constitui um notável “retrato” da sociedade quatrocentista, marcando uma ruptura em relação aos rígidos esquemas góticos e revelando uma sensibilidade plástica prenunciadora da arte do Renascimento. Jorge Afonso (c.1475-1540), que se notabilizou em Lisboa nos reinados de D. Manuel I e de D. João III, foi um dos artistas que colheram essa influência, a qual se fez igualmente sentir noutras partes do País, em particular em Viseu, cidade a que ficou ligado Vasco Fernandes, mais conhecido por Grão-Vasco (1480-1543). A sua obra, embora influenciada pela pintura flamenga apresenta uma grande originalidade pelo vigor expressivo e pelo dramatismo das figuras representadas.
  • 10.   Painéis de são Vicente (c.1470), atribuídos a Nuno Gonçalves. Composto por um conjunto de seis tábuas, este políptico marca uma ruptura com os rígidos esquemas góticos e prenuncia a arte do renascimento em Portugal. Sob o ponto de vista temático, encerra em si uma ideia precisa da sociedade portuguesa quatrocentista. Em torno da figura idealizada de s. Vicente, reúnem-se pescadores, frades, cavaleiros, membros da família real, provavelmente o próprio D. Afonso V e outras personagens da sociedade da época retratadas com um realismo impressionante.
  • 11. Conclusão Neste trabalho concluímos que a arte manuelina é um estilo gótico- manuelino e que foi nomeado no século XV e inícios do século XVI esta característica explica a preferência típica do manuelino pelas igrejas-salão e que a arte do renascimento penetrou em Portugal como forma ornamental associada à arquitectura da última fase do gótico. Com efeito, os elementos decorativos renascentistas arabescos, grotescos, medalhões, aparecem a decorar formas arquitectónicas essencialmente góticas.
  • 12. Bibliografia Fizemos pesquisa na internet e visitamos os sites: www.google.com-wikipedia www.sapo.pt
  • 13. Trabalho Realizado pelas alunas do 8ºA: -Cristina Fadista nº2 - Patrícia Fernando nº15