O documento apresenta critérios de correção para a avaliação de dissertações e narrativas. Os critérios abordam a construção de parágrafos, vocabulário, articulação das informações, argumentação e coerência. Critérios como a divisão do parágrafo em introdução e ideia central e o uso da norma culta da língua portuguesa recebem maiores pontuações.
4. Construção do parágrafo:
4 pontos: Divisão entre introdução/contextualização e ideia central;
pontuação adequada;
3 pontos: Divisão entre introdução/contextualização e ideia central; pontuação
inadequada;
2 pontos: Apenas a ideia central, sem contextualização; pontuação
inadequada;
1 ponto: Não apresenta ideia central definida, acumulo de ideias;
0 ponto: Impossível determinar o assunto do parágrafo.
5. Vocabulário:
4 pontos: Adequado ao gênero textual; uso de Norma Culta; pouco ou
nenhum elemento de oralidade;
3 pontos: Adequado ao gênero textual; desvios pontuais de Norma Culta;
poucos elementos de oralidade;
2 pontos: Impreciso e pouco adequado ao gênero textual; desvios
recorrentes de Norma Culta; uso recorrentes de elementos da oralidade;
1 ponto: Impreciso e pouco adequado ao gênero textual; desvios graves de
Norma Culta e uso constante da oralidade;
0 ponto: Ofensivo ou totalmente inadequado ao gênero textual; desvios
graves de Norma Culta; uso da oralidade em todo texto.
6. Articulação das informações:
4 pontos: Condizentes com o tema; presença de elementos coesivos;
3 pontos: Condizentes com o tema; poucos elementos coesivos;
2 pontos: Incondizentes com o tema; nenhum elemento coesivo;
1 ponto: Informações escassas, não permitindo a total reconstrução do tema;
0 ponto: Informações incompatíveis com o tema.
7. Argumentação (Dissertação):
4 pontos: Sustenta diretamente a tese; respeito aos direitos humanos;
3 pontos: Não sustenta diretamente a tese, coerência com a realidade;
respeito aos direitos humanos;
2 pontos: Não sustenta diretamente a tese, sem coerência com a realidade;
respeito aos direitos humanos;
1 ponto: Não retoma a tese;
0 ponto: Não seguem os direitos humanos.
8. Argumentação (Narração):
4 pontos: Atuação das personagens de acordo com as descrições; presença de
deslocamento de tempo;
3 pontos: Lacunas entre as descrições das personagens e a maneira como
atuam; presença de deslocamento de tempo;
2 pontos: A descrição das personagens é insuficiente para justificar suas
atitudes; presença de deslocamento de tempo;
1 ponto: Não há descrição das personagens nem deslocamento de tempo;
0 ponto:A situalçao narrada não segue os direitos humanos.
9. Coesão :
4 pontos: Os parágrafos obedecem às respectivas funções; presença de
elementos coesivos articulando os parágrafos;
3 pontos: Os parágrafos obedecem às respectivas funções; poucos elementos
coesivos articulando os parágrafos;
2 pontos: A organização dos parágrafos é oscilante; ausência de elementos
coesivos articulando os parágrafos;
1 ponto: A organização dos parágrafos é frágil; ; ausência de elementos
coesivos articulando os parágrafos;
0 ponto: A organização dos parágrafos não obedece às regras do gênero
textual.
16. Uma nova ordem linguística
Nas últimas décadas é possível notar claramente o uso de expressões ou palavras
estrangeiras na Língua Portuguesa, sobretudo de origem inglesa. Na verdade, não
há um esforço, por exemplo, dos Estados Unidos, para impor sua língua. Este
processo de empréstimo linguístico pode ter sido desencadeado conforme a
intensificação do comércio entre os países, a globalização, o advento da internet, e
sugere mais que uma simples questão linguística. Proteger a Língua Portuguesa
parece isolar o Brasil dos fenômenos mais importantes pelos quais o mundo tem
passado, e não de uma dominação.
17. Sem dúvidas, a tecnologia, a globalização e a internet foram polêmicas nos últimos
anos. Os seus efeitos revolucionaram aprimoraram a ciência e intensificaram a
comunicação mundial. O inglês oficializou-se como língua universal devido a (sic)
hegemonia americana e transformou num elo entre culturas distintas. Seria
impossível traduzir tantas palavras quando o dinamismo e a velocidade foram a
tônica desse fim de século. Notamos, pois, que os estrangeirismos fazem parte de
um processo lento e complexo, como tem sido a evolução da humanidade.
18. A criação desse movimento nacional tem boa intenção: o nacionalismo. Porém,
devido à globalização e o exemplo da Unificação Europeia, o individualismo e o
isolamento cultural talvez não façam parte do futuro de um país. Todos os
acontecimentos da última década levam a crer que a união monetária, de serviços e
até política podem ser o fim de antigas utopias por motivos econômicos e a
possibilidade de surgimento de uma sociedade mais igualitária. A incorporação de
estrangeirismos, portanto, pode convergir e adaptar os idiomas a um ponto comum
necessário a uma nova ordem mundial.
19. Devido a tantas questões a serem envolvidas aos estrangeirismos, o “Movimento
Nacional de Defesa da Língua Portuguesa” aspira ideologicamente contra o
movimento natural de nossas relações. O seu elaborador, contudo, ignorou todos os
acontecimentos diretamente relacionados ao alvo do seu projeto. Além disso, o
movimento desconhece o papel que o Brasil desempenha no mundo, onde
globalização e unificação são termos cada vez mais comum e que a perda da
identidade linguística pode ser necessária em prol de uma conquista maior.
21. Uma nova ordem linguística
Nas últimas décadas é possível notar claramente o uso de expressões
ou palavras estrangeiras na Língua Portuguesa, sobretudo de origem
inglesa. Na verdade, não há um esforço, por exemplo, dos Estados
Unidos, para impor sua língua. Este processo de empréstimo
linguístico pode ter sido desencadeado conforme a intensificação do
comércio entre os países, a globalização, o advento da internet, e
sugere mais que uma simples questão linguística. Proteger a Língua
Portuguesa parece isolar o Brasil dos fenômenos mais importantes
pelos quais o mundo tem passado, e não de uma dominação.
INTRODUÇÃO
22. Sem dúvidas, a tecnologia, a globalização e a internet foram polêmicas
nos últimos anos. Os seus efeitos revolucionaram aprimoraram a ciência
e intensificaram a comunicação mundial. O inglês oficializou-se como
língua universal devido a (sic) hegemonia americana e transformou num
elo entre culturas distintas. Seria impossível traduzir tantas palavras
quando o dinamismo e a velocidade foram a tônica desse fim de século.
Notamos, pois, que os estrangeirismos fazem parte de um processo
lento e complexo, como tem sido a evolução da humanidade.
ARGUMENTAÇÃO
23. A criação desse movimento nacional tem boa intenção: o nacionalismo.
Porém, devido à globalização e o exemplo da Unificação Europeia, o
individualismo e o isolamento cultural talvez não façam parte do futuro
de um país. Todos os acontecimentos da última década levam a crer que
a união monetária, de serviços e até política podem ser o fim de antigas
utopias por motivos econômicos e a possibilidade de surgimento de
uma sociedade mais igualitária. A incorporação de estrangeirismos,
portanto, pode convergir e adaptar os idiomas a um ponto comum
necessário a uma nova ordem mundial.
ARGUMENTAÇÃO
24. Devido a tantas questões a serem envolvidas aos estrangeirismos, o
“Movimento Nacional de Defesa da Língua Portuguesa” aspira
ideologicamente contra o movimento natural de nossas relações. O
seu elaborador, contudo, ignorou todos os acontecimentos
diretamente relacionados ao alvo do seu projeto. Além disso, o
movimento desconhece o papel que o Brasil desempenha no mundo,
onde globalização e unificação são termos cada vez mais comum e
que a perda da identidade linguística pode ser necessária em prol de
uma conquista maior.
Retorno à Tese
CONCLUSÃO
25. Tópico Frasal Inicial Tópico Frasal Central
Nas últimas décadas é possível notar claramente o uso de expressões ou
palavras estrangeiras na Língua Portuguesa, sobretudo de origem
inglesa. Na verdade, não há um esforço, por exemplo, dos Estados
Unidos, para impor sua língua. Este processo de empréstimo linguístico
pode ter sido desencadeado conforme a intensificação do comércio
entre os países, a globalização, o advento da internet, e sugere mais que
uma simples questão linguística. Proteger a Língua Portuguesa parece
isolar o Brasil dos fenômenos mais importantes pelos quais o mundo
tem passado, e não de uma dominação.
Tópico rasal
INTRODUÇÃO
26. Sem dúvidas, a tecnologia, a globalização e a internet foram polêmicas
nos últimos anos. Os seus efeitos revolucionaram aprimoraram a ciência
e intensificaram a comunicação mundial. O inglês oficializou-se como
língua universal devido a (sic) hegemonia americana e transformou-se
num elo entre culturas distintas. Seria impossível traduzir tantas palavras
quando o dinamismo e a velocidade foram a tônica desse fim de século.
Notamos, pois, que os estrangeirismos fazem parte de um processo
lento e complexo, como tem sido a evolução da humanidade.
ARGUMENTAÇÃO
27. A criação desse movimento nacional tem boa intenção: o nacionalismo.
Porém, devido à globalização e o exemplo da Unificação Europeia, o
individualismo e o isolamento cultural talvez não façam parte do futuro
de um país. Todos os acontecimentos da última década levam a crer que
a união monetária, de serviõs e até política podem ser o fim de antigas
utopias por motivos econômicos e a possibilidade de surgimento de
uma sociedade mais igualitária. A incorporação de estrangeirismos,
portanto, pode convergir e adaptar os idiomas a um ponto comum
necessário a uma nova ordem mundial.
ARGUMENTAÇÃO
28. Devido a tantas questões a serem envolvidas aos estrangeirismos, o
“Movimento Nacional de Defesa da Língua Portuguesa” aspira
ideologicamente contra o movimento natural de nossas relações. O
seu elaborador, contudo, ignorou todos os acontecimentos diretamente
relacionados ao alvo do seu projeto. Além disso, o movimento
desconhece o papel que o Brasil desempenha no mundo, onde
globalização e unificação são termos cada vez mais comum e que a
perda da identidade linguística pode ser necessária em prol de uma
conquista maior.
CONCLUSÃO
29. Nas últimas décadas é possível notar claramente o uso de expressões ou
palavras estrangeiras na Língua Portuguesa, sobretudo de origem
inglesa. Na verdade, não há um esforço, por exemplo, dos Estados
Unidos, para impor sua língua. Este processo de empréstimo linguístico
pode ter sido desencadeado conforme a intensificação do comércio
entre os países, a globalização, o advento da internet, e sugere mais do
que uma simples questão linguística. Proteger a Língua Portuguesa
parece isolar o Brasil dos fenômenos mais importantes pelos quais o
mundo tem passado, e não de uma dominação.
INTRODUÇÃOnálise Mesmo incoerente, pois o ensino de inglês como
língua estrangeira é uma estratégia de
dominação, o candidato não foi tão penalizado
O candidato posiciona-se contra
ao argumento de Aldo Rebelo
30. Sem dúvidas, a tecnologia, a globalização e a internet foram polêmicas
nos últimos anos. Os seus efeitos revolucionaram aprimoraram a ciência
e intensificaram a comunicação mundial. O inglês oficializou-se como
língua universal devido a (sic) hegemonia americana e transformou-se
num elo entre culturas distintas. Seria impossível traduzir tantas palavras
quando o dinamismo e a velocidade foram a tônica desse fim de século.
Notamos, pois, que os estrangeirismos fazem parte de um processo
lento e complexo, como tem sido a evolução da humanidade.
ARGUMENTAÇÃO
Retomada do tópico do
parágrafo anterior
O candidato organiza sua argumentação a
partir da realidade sensível
31. A criação desse movimento nacional tem boa intenção: o nacionalismo.
Porém, devido à globalização e o exemplo da Unificação Europeia, o
individualismo e o isolamento cultural talvez não façam parte do futuro
de um país. Todos os acontecimentos da última década levam a crer que
a união monetária, de serviços e até política podem ser o fim de antigas
utopias por motivos econômicos e a possibilidade de surgimento de
uma sociedade mais igualitária. A incorporação de estrangeirismos,
portanto, pode convergir e adaptar os idiomas a um ponto comum
necessário a uma nova ordem mundial.
ARGUMENTAÇÃO
Indicativo de conclusão
Retomada da perspectiva
adotada na introdução
32. Devido a tantas questões a serem envolvidas aos estrangeirismos, o
“Movimento Nacional de Defesa da Língua Portuguesa” aspira
ideologicamente contra o movimento natural de nossas relações. O seu
elaborador, contudo, ignorou todos os acontecimentos diretamente
relacionados ao alvo do seu projeto. Além disso, o movimento
desconhece o papel que o Brasil desempenha no mundo, onde
globalização e unificação são termos cada vez mais comum e que a
perda da identidade linguística pode ser necessária em prol de uma
conquista maior.
CONCLUSÃO
O candidato usa a
coletânea de textos dada
34. Tema e Exemplo de edação
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “EFEITOS DA
IMPLANTAÇÃO DA LEI SECA NO BRASIL”, apresentando proposta de intervenção, que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
35. Tema e Exemplo de edação
Qual o objetivo da “Lei Seca ao volante”?
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), a
utilização de bebidas alcoólicas é responsável por 30% dos acidentes de trânsito. E
metade das mortes, segundo o Ministério da Saúde, está relacionada ao uso do
álcool por motoristas. Diante deste cenário preocupante, a Lei 11.705/2008 surgiu
com uma enorme missão: alertar a sociedade para os perigos do álcool associado à
direção. Para estancar a tendência de crescimento de mortes no trânsito, era
necessária uma ação enérgica. E coube ao Governo Federal o primeiro passo, desde
a proposta da nova legislação à aquisição de milhares de etilômetros. Mas para que
todos ganhem, é indispensável a participação de estados, municípios e sociedade
em geral. Porque para atingir o bem comum, o desafio deve ser de todos.
Disponível em: www.dprf.gov.br. Acesso em: 20 jun. 2013
36. Tema e Exemplo de edação
Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em:
20 jun. 2013.
Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 20 jun. 2013.
37. Tema e Exemplo de edação
Disponível em: www.operacaoleisecarj.rj.gov.br. Acesso em:
20 jun. 2013 (adaptado)
38. Tema e Exemplo de edação
Repulsão magnética a beber e dirigir
A lei da física que comprova que dois polos opostos se atraem em um campo
magnético é um dos conceitos mais populares desse ramo do conhecimento.
Tulipas de chope e bolachas de papelão não servem, em condiçõesnormais, como
objetos de experimento para confirmar essa proposta. A ideia de uma agência de
comunicação em Belo Horizonte foi bem simples. Ímãs foram inseridos em
bolachas utilizadas para descansar os copos, de forma imperceptível para o
consumidor. Em cada lado, há uma opção para o cliente: dirigir ou chamar um táxi
depois de beber. Ao mesmo tempo, tulipas de chope também receberam
pequenos pedaços de metal mascarados com uma pequena rodela de papel na
base do copo. Durante um fim de semana, todas as bebidas servidas passaram a
pregar uma peça no cliente.
39. Tema e Exemplo de edação
Ao tentar descansar seu copo com a opção dirigir virada para cima, os ímãs
apresentavam a mesma polaridade e, portanto, causando repulsão, fazendo com
que o descanso fugisse do copo; se estivesse virada mostrando o lado com o
desenho de um táxi, ela rapidamente grudava na base do copo. A ideia surgiu da
necessidade de passar a mensagem de uma forma leve e no exato momento do
consumo.
Disponível em: www.operacaoleisecarj.rj.gov.br. Acesso em: 20 jun. 2013 (adaptado).
41. Comportamento ao volante
O automóvel foi uma das grandes invenções do homem. Ao longo dos anos,
a espécie humana foi se organizando em sociedades e desenvolvendo meios
para facilitar seu deslocamento. Dessa forma, o sistema rodoviário foi
implantado e sendo progressivamente aprimorado no território brasileiro. A
intensificação desse processo gerou maior mobilidade à população, mas
também possibilitou a ocorrência de eventuais ações maléficas por parte
dos cidadãos, como o ato de dirigir após consumir bebida alcoólica. A Lei
Seca, atual medida adotada pelo Governo brasileiro, coloca em evidência a
necessidade de se discutir a segurança no trânsito.
INTRODUÇÃO
42. O ato de dirigir é semelhante ao de se praticar um esporte. Nele,
realizam-se movimentos que estimulam a coordenação motora do
indivíduo, capacitando-o para exercer determinada atividade. Porém,
conduzir um carro é uma prática coletiva, pois é preciso noção e
competência para um bom desempenho próprio e também atenção para
o comportamento dos outros ao volante. Vista essa complexidade, dirigir
embriagado é um comportamento brutal, uma vez que a bebida
alcoólica afeta negativa o controle do homem sobre si. A criação da lei
seca foi de grande importância para organizar esse quadro, e vem
apontando estatísticas gradualmente satisfatória na redução de vítimas
de acidentes de trânsito.
ARGUMENTAÇÃO
43. Contudo, muitos ainda se posicionam contra a lei mencionada, mas os
mesmos não cogitam que ela foi colocada em vigor por um bem maior.
É compreensível o comportamento de pessoas que são impossibilitadas
de beber socialmente porque o bafômetro alega quantidades ingeridas
que, para eles, são baixas e inofensivas para o ideal desempenho do
organismo. Entretanto, é fundamental que o ser humano compreenda
que prezar pela vida de seus semelhantes é mais importante que atingir
um prazer pessoal, e é a partir desse princípio que leis, como a Lei Seca,
devem ser respeitadas.
ARGUMENTAÇÃO
44. Portanto, medidas precisam ser tomadas a fim de dirimir as perigosas
consequências que a bebida alcoólica pode ocasionar aos motoristas.
É obrigação do Governo cobrar da Polícia Rodoviária Federal a
intensificação da fiscalização da Lei Seca, e papel das escolas de
direção ressaltarem, nas aulas, a importância dos alunos com esse
dever. A mídia também pode colaborar, com campanhas e
propagandas que incentivem o cidadão a respeitar essa lei. Dessa
maneira, a sociedade brasileira poderá se tranquilizar e aguardar
melhorias da conduta de suas futuras gerações no trânsito
Proposta de
Inter venção
CONCLUSÃO
45. Tópico Frasal Inicial Tópico Frasal Central
O automóvel foi uma das grandes invenções do homem. Ao longo dos
anos, a espécie humana foi se organizando em sociedades e
desenvolvendo meios para facilitar seu deslocamento. Dessa forma, o
sistema rodoviário foi implantado e sendo progressivamente
aprimorado no território brasileiro. A intensificação desse processo
gerou maior mobilidade à população, mas também possibilitou a
ocorrência de eventuais ações maléficas por parte dos cidadãos, como o
ato de dirigir após consumir bebida alcoólica. A Lei Seca, atual medida
adotada pelo Governo brasileiro, coloca em evidência a necessidade de
se discutir a segurança no trânsito.
Tópico rasal
INTRODUÇÃO
46. O ato de dirigir é semelhante ao de se praticar um esporte. Nele,
realizam-se movimentos que estimulam a coordenação motora do
indivíduo, capacitando-o para exercer determinada atividade. Porém,
conduzir um carro é uma prática coletiva, pois é preciso noção e
competência para um bom desempenho próprio e também atenção
para o comportamento dos outros ao volante. Vista essa complexidade,
dirigir embriagado é um comportamento brutal, uma vez que a bebida
alcoólica afeta negativa o controle do homem sobre si. A criação da lei
seca foi de grande importância para organizar esse quadro, e vem
apontando estatísticas gradualmente satisfatória na redução de vítimas
de acidentes de trânsito.
ARGUMENTAÇÃO
47. Contudo, muitos ainda se posicionam contra a lei mencionada, mas os
mesmos não cogitam que ela foi colocada em vigor por um bem maior.
É compreensível o comportamento de pessoas que são impossibilitadas
de beber socialmente porque o bafômetro alega quantidades ingeridas
que, para eles, são baixas e inofensivas para o ideal desempenho do
organismo. Entretanto, é fundamental que o ser humano compreenda
que prezar pela vida de seus semelhantes é mais importante que atingir
um prazer pessoal, e é a partir desse princípio que leis, como a Lei Seca,
devem ser respeitadas.
ARGUMENTAÇÃO
48. Portanto, medidas precisam ser tomadas a fim de dirimir as perigosas
consequências que a bebida alcoólica pode ocasionar aos motoristas.
É obrigação do Governo cobrar da Polícia Rodoviária Federal a
intensificação da fiscalização da Lei Seca, e papel das escolas de direção
ressaltarem, nas aulas, a importância dos alunos com esse dever. A mídia
também pode colaborar, com campanhas e propagandas que
incentivem o cidadão a respeitar essa lei. Dessa maneira, a sociedade
brasileira poderá se tranquilizar e aguardar melhorias da conduta de
suas futuras gerações no trânsito
CONCLUSÃO
49. O automóvel foi uma das grandes invenções do homem. Ao longo dos
anos, a espécie humana foi se organizando em sociedades e
desenvolvendo meios para facilitar seu deslocamento. Dessa forma, o
sistema rodoviário foi implantado e sendo progressivamente
aprimorado no território brasileiro. A intensificação desse processo
gerou maior mobilidade à população, mas também possibilitou a
ocorrência de eventuais ações maléficas por parte dos cidadãos, como o
ato de dirigir após consumir bebida alcoólica. A Lei Seca, atual medida
adotada pelo Governo brasileiro, coloca em evidência a necessidade de
se discutir a segurança no trânsito.
INTRODUÇÃOnálise O candidato utiliza o intertexto histórico para
compor o tópico frasal periférico
50. O ato de dirigir é semelhante ao de se praticar um esporte. Nele,
realizam-se movimentos que estimulam a coordenação motora do
indivíduo, capacitando-o para exercer determinada atividade. Porém,
conduzir um carro é uma prática coletiva, pois é preciso noção e
competência para um bom desempenho próprio e também atenção
para o comportamento dos outros ao volante. Vista essa complexidade,
dirigir embriagado é um comportamento brutal, uma vez que a bebida
alcoólica afeta negativa o controle do homem sobre si. A criação da lei
seca foi de grande importância para organizar esse quadro, e vem
apontando estatísticas gradualmente satisfatória na redução de vítimas
de acidentes de trânsito.
ARGUMENTAÇÃO
Indiretamente, o candidato nos pergunta: se somos intolerantes com
esportistas que atuam sob efeito de álcool, por que somos complacentes
com motoristas que dirigem embriagados
O candidato utiliza-se da
coletânea
51. Contudo, muitos ainda se posicionam contra a lei mencionada, mas os
mesmos não cogitam que ela foi colocada em vigor por um bem maior.
É compreensível o comportamento de pessoas que são impossibilitadas
de beber socialmente porque o bafômetro alega quantidades ingeridas
que, para eles, são baixas e inofensivas para o ideal desempenho do
organismo. Entretanto, é fundamental que o ser humano compreenda
que prezar pela vida de seus semelhantes é mais importante que atingir
um prazer pessoal, e é a partir desse princípio que leis, como a Lei Seca,
devem ser respeitadas.
ARGUMENTAÇÃO
Uso de argumento inquestionável
52. Portanto, medidas precisam ser tomadas a fim de dirimir as perigosas
consequências que a bebida alcoólica pode ocasionar aos motoristas.
É obrigação do Governo cobrar da Polícia Rodoviária Federal a
intensificação da fiscalização da Lei Seca, e papel das escolas de direção
ressaltarem, nas aulas, a importância dos alunos com esse dever. A mídia
também pode colaborar, com campanhas e propagandas que
incentivem o cidadão a respeitar essa lei. Dessa maneira, a sociedade
brasileira poderá se tranquilizar e aguardar melhorias da conduta de
suas futuras gerações no trânsito
CONCLUSÃO
A proposta de intervenção abrange desde o
governo, passando pelas autoridades de trânsito
e chegando até a mídia
54. Narração
Estruturas Básicas
Ações e características das personagens
Estruturas dos parágrafos
Discurso Direto e Indireto
No século XXII, um cientista resolve criar o “homem perfeito”. Para tanto, desenvolve
um “acelerador genético”, capaz de realizar em pouco tempo um processo que
supostamente duraria milênios. Aplica o engenho a um pequeno número de cobaias
humanas, que, à idade propícia, são inseridas na sociedade, para cumprirem seu
“destino”. Dessas cobaias, uma suicidou-se, outra tornou-se um criminoso, outra,
presidente da república. A quarta é você, a quem cabe atestar o êxito ou o fracasso
do experimento.
Tema e Exemplo de edação
55. Narração
Estruturas Básicas
Ações e características das personagens
Estruturas dos parágrafos
Discurso Direto e Indireto
Componha uma narrativa em primeira pessoa que contenha:
• ações que justifiquem o desfecho das histórias de seus companheiros;
• um desfecho inteiramente diferente para sua própria história.
• Não esqueça que você pode valer-se de informações da coletânea geral e dos
enunciados das questões desta prova para escrever sua narração.
56. Éramos gêmeos Éramos gêmeos… Nós quatro éramos gêmeos idênticos. Não, não.
Eu tenho de me explicar primeiro, entende? Calma. Vou começar de novo.
Estou disposto a explicar pra você o que nos levou a caminhos tão opostos. Na
verdade, o motivo foi o mesmo. Éramos gêmeos… Nós quatro éramos gêmeos
idênticos: os mesmos olhos pretos e enormes, a pele negra, a alta estatura, o físico
perfeito e, até mesmo, a inteligência aguçada… Os homens perfeitos. O resultado de
uma evolução que levaria milênios para ser concluída foi condensado e então:
éramos nós, os quatro homens perfeitos. Éramos o resultado de uma experiência
que eu nunca procurei saber quem articulou ou qualquer coisa do gênero.
Ressentia-me, sabe? Saber que você não passa, apesar de tudo, de uma cobaia lhe
deixa frustrado, triste…
57. “Orgulhe-se!” Era o que mais ouvíamos. Éramos geneticamente, fisicamente
perfeitos, tínhamos de nos orgulhar. No entanto, estar ciente de que, se não fosse
por um merda de cientista ter uma merda de ideia brilhante… que… que se não
fosse por isso eu não estaria aqui, punha-me frustrado, triste… Entende? Acho que
estar cônscio de que é uma cobaia não fazia muito bem ao Zeb e ao Leiriel também
(não sei que efeito causava em Nostros, mas ouso afirmar que nenhum). Éramos
gêmeos, gêmeos idênticos e… Eu já falei isso, não? O que é que eu estava falando
mesmo?! Ah, sim! O cientista… Pois, então, o cientista… ele… ele… Éramos quatro,
gêmeos, éramos perfeitos; e o Zeb chorava toda noite.
58. Chorava baixinho pra gente não ouvir, mas eu ouvia. Ele chorava, chorava sem parar.
Quando mais velho, com 15 anos, eu ouvia chorar e resmungar que não queria ser
perfeito, eu ouvia… “Orgulhem-se!” Éramos prefeitos, homens perfeitos, cobaias
perfeitas… Zeb não queria ser perfeito, não queria ser cobaia… Zeb não queria ser
Zeb perfeito ou perfeito Zeb. Zeb não queria. Na primeira manhã fora do Centro de
Pesquisa, onde crescemos, Zeb resolveu não ser mais cobaia, Zeb não era mais
perfeito, Zeb era corpo rígido e esverdeado, olhos arregalados. Zeb era estômago
entupido de veneno. Zeb de cobaia se transformou em cobaia-imperfeita-verde.
59. Leiriel, quando viu o corpo verde, atestou que já imaginava. Leiriel também chorava,
não sempre, mas chorava. Ele também não queria ser perfeito, então fingia fadiga
nos testes de resistência, não se masturbava para o exame de espermograma, errava
os exercícios de matemática aplicada, bolinava as funcionárias e também os
funcionários. Fazia-se de imperfeito. E então, quando saímos do Centro para exibir
nossa perfeição, ele mostrou-se imperfeito física e moralmente. Leiriel está sempre
sendo notícia de jornal, com seus roubos e assassinatos espalhafatosos,
orgulhosamente assumidos por ele.
Muitos jornalistas e cientistas de diversas áreas proclamam que, apesar de tudo, a
experiência teve um excelente êxito. Para confirmar isso, basta observar as nossas -
minha e de Nostros - contribuições ao país, à sociedade. Nostros como presidente
do país, como você já sabe, e eu como escritor de fama internacional.
60. Éramos quatro, éramos gêmeos, éramos cobaias (somos cobaias), somos (éramos)
perfeitos. Escrevo para me refugiar nos personagens (quase sempre branquelos, frágeis,
baixinhos, feios, burros…), porque estar ciente de ser apenas uma cobaia me põe triste,
frustrado…
Éramos quatro, gêmeos idênticos e perfeitos, cobaias perfeitas, cobaias. Nostros só
conseguiu sobreviver a si mesmo porque não se via como cobaia; pois é isso que
mata os homens, cobaias perfeitas: o saber ser cobaia.
Está vendo aquela mulher na outra sala me observando? É a enfermeira que o Centro
mandou, porque já sabem que sou louco. Sim, louco… Ela está vindo pra cá… Porém, sabia
que ontem foi a festa de lançamento do livro de Nostros. Ficção científica, o personagem
principal é um anão… Éramos (ou somos?) perfeitos. Às vezes quero me tornar um
estômago entupido de veneno e envolto por um corpo verde, às vezes me seguro para não
seguir Leiriel. Sabe, eu sou um escritor perfeito, uma perfeita cobaia e… A enfermeira vem
vindo. Acho que percebeu a minha agitação…
61. Sim, sim! Somos perfeitos homens e no Centro só há perfeitos idiotas! “Orgulhem-
se!” O presidente também é escritor… O pessoal do Centro deve ter pensado que
evolução é sinônimo de progresso.
Sou uma perfeita cobaia e eles uns perfeitos idiotas. E lá vem a enfermeira com o
calmante...(Vestibular Unicamp 2003)
63. Éramos gêmeos Éramos gêmeos… Nós quatro éramos gêmeos idênticos.
Não, não. Eu tenho de me explicar primeiro, entende? Calma. Vou começar
de novo.
Narrador
INTRODUÇÃO
64. Estou disposto a explicar pra você o que nos levou a caminhos tão opostos.
Na verdade, o motivo foi o mesmo. Éramos gêmeos… Nós quatro éramos
gêmeos idênticos: os mesmos olhos pretos e enormes, a pele negra, a alta
estatura, o físico perfeito e, até mesmo, a inteligência aguçada… Os homens
perfeitos. O resultado de uma evolução que levaria milênios para ser
concluída foi condensado e então: éramos nós, os quatro homens perfeitos.
Éramos o resultado de uma experiência que eu nunca procurei saber quem
articulou ou qualquer coisa do gênero. Ressentia-me, sabe? Saber que você
não passa, apesar de tudo, de uma cobaia lhe deixa frustrado, triste…
Quem
O que
Como
Por que
INTRODUÇÃO
65. “Orgulhe-se!” Era o que mais ouvíamos. Éramos geneticamente,
fisicamente perfeitos, tínhamos de nos orgulhar. No entanto, estar ciente
de que, se não fosse por um merda de cientista ter uma merda de ideia
brilhante… que… que se não fosse por isso eu não estaria aqui, punha-me
frustrado, triste… Entende? Acho que estar cônscio de que é uma cobaia
não fazia muito bem ao Zeb e ao Leiriel também (não sei que efeito
causava em Nostros, mas ouso afirmar que nenhum). Éramos gêmeos,
gêmeos idênticos e… Eu já falei isso, não? O que é que eu estava falando
mesmo?! Ah, sim! O cientista… Pois, então, o cientista… ele… ele… Éramos
quatro, gêmeos, éramos perfeitos; e o Zeb chorava toda noite.
Quem: ampliaçãoDESCRIÇÃO/AMPLIAÇÃO
66. Chorava baixinho pra gente não ouvir, mas eu ouvia. Ele chorava, chorava
sem parar. Quando mais velho, com 15 anos, eu ouvia chorar e resmungar
que não queria ser perfeito, eu ouvia… “Orgulhem-se!” Éramos prefeitos,
homens perfeitos, cobaias perfeitas… Zeb não queria ser perfeito, não
queria ser cobaia… Zeb não queria ser Zeb perfeito ou perfeito Zeb. Zeb
não queria. Na primeira manhã fora do Centro de Pesquisa, onde
crescemos, Zeb resolveu não ser mais cobaia, Zeb não era mais perfeito,
Zeb era corpo rígido e esverdeado, olhos arregalados. Zeb era estômago
entupido de veneno. Zeb de cobaia se transformou em cobaia-imperfeita-
verde.
DESCRIÇÃO/AMPLIAÇÃO
O quê: ampliação
67. Leiriel, quando viu o corpo verde, atestou que já imaginava. Leiriel
também chorava, não sempre, mas chorava. Ele também não queria ser
perfeito, então fingia fadiga nos testes de resistência, não se masturbava
para o exame de espermograma, errava os exercícios de matemática
aplicada, bolinava as funcionárias e também os funcionários. Fazia-se de
imperfeito. E então, quando saímos do Centro para exibir nossa perfeição,
ele mostrou-se imperfeito física e moralmente. Leiriel está sempre sendo
notícia de jornal, com seus roubos e assassinatos espalhafatosos,
orgulhosamente assumidos por ele.
DESCRIÇÃO/AMPLIAÇÃO
O quê: ampliação
Quem: ampliação
68. Muitos jornalistas e cientistas de diversas áreas proclamam que, apesar de
tudo, a experiência teve um excelente êxito. Para confirmar isso, basta
observar as nossas - minha e de Nostros - contribuições ao país, à
sociedade. Nostros como presidente do país, como você já sabe, e eu
como escritor de fama internacional.
Éramos quatro, éramos gêmeos, éramos cobaias (somos cobaias), somos
(éramos) perfeitos. Escrevo para me refugiar nos personagens (quase
sempre branquelos, frágeis, baixinhos, feios, burros…), porque estar ciente
de ser apenas uma cobaia me põe triste, frustrado…
DESCRIÇÃO/AMPLIAÇÃO
O quê: ampliação
69. Éramos quatro, gêmeos idênticos e perfeitos, cobaias perfeitas, cobaias.
Nostros só conseguiu sobreviver a si mesmo porque não se via como
cobaia; pois é isso que mata os homens, cobaias perfeitas: o saber ser
cobaia.
Está vendo aquela mulher na outra sala me observando? É a enfermeira
que o Centro mandou, porque já sabem que sou louco. Sim, louco… Ela
está vindo pra cá… Porém, sabia que ontem foi a festa de lançamento do
livro de Nostros. Ficção científica, o personagem principal é um anão…
Éramos (ou somos?) perfeitos. Às vezes quero me tornar um estômago
entupido de veneno e envolto por um corpo verde, às vezes me seguro
para não seguir Leiriel. Sabe, eu sou um escritor perfeito, uma perfeita
cobaia e… A enfermeira vem vindo. Acho que percebeu a minha
agitação…
DESENVOLVIMENTO+CLÍMAX
Narrador: ponto de vista
70. Sim, sim! Somos perfeitos homens e no Centro só há perfeitos idiotas!
“Orgulhem-se!” O presidente também é escritor… O pessoal do Centro
deve ter pensado que evolução é sinônimo de progresso.
Sou uma perfeita cobaia e eles uns perfeitos idiotas. E lá vem a
enfermeira com o calmante...
(Vestibular Unicamp 2003)
Como
CONCLUSÃO+SOLUÇÃO
71. Éramos gêmeos Éramos gêmeos… Nós quatro éramos gêmeos idênticos.
Não, não. Eu tenho de me explicar primeiro, entende? Calma. Vou começar
de novo.
Tópico rasal
Tópico Frasal Inicial Tópico Frasal Central
INTRODUÇÃO
72. Estou disposto a explicar pra você o que nos levou a caminhos tão opostos. Na
verdade, o motivo foi o mesmo. Éramos gêmeos… Nós quatro éramos gêmeos
idênticos: os mesmos olhos pretos e enormes, a pele negra, a alta estatura, o
físico perfeito e, até mesmo, a inteligência aguçada… Os homens perfeitos. O
resultado de uma evolução que levaria milênios para ser concluída foi
condensado e então: éramos nós, os quatro homens perfeitos. Éramos o
resultado de uma experiência que eu nunca procurei saber quem articulou ou
qualquer coisa do gênero. Ressentia-me, sabe? Saber que você não passa,
apesar de tudo, de uma cobaia lhe deixa frustrado, triste…
INTRODUÇÃO
73. “Orgulhe-se!” Era o que mais ouvíamos. Éramos geneticamente,
fisicamente perfeitos, tínhamos de nos orgulhar. No entanto, estar ciente
de que, se não fosse por um merda de cientista ter uma merda de ideia
brilhante… que… que se não fosse por isso eu não estaria aqui, punha-me
frustrado, triste… Entende? Acho que estar cônscio de que é uma cobaia
não fazia muito bem ao Zeb e ao Leiriel também (não sei que efeito
causava em Nostros, mas ouso afirmar que nenhum). Éramos gêmeos,
gêmeos idênticos e… Eu já falei isso, não? O que é que eu estava falando
mesmo?! Ah, sim! O cientista… Pois, então, o cientista… ele… ele… Éramos
quatro, gêmeos, éramos perfeitos; e o Zeb chorava toda noite.
INTRODUÇÃO
74. Chorava baixinho pra gente não ouvir, mas eu ouvia. Ele chorava, chorava
sem parar. Quando mais velho, com 15 anos, eu ouvia chorar e resmungar
que não queria ser perfeito, eu ouvia… “Orgulhem-se!” Éramos prefeitos,
homens perfeitos, cobaias perfeitas… Zeb não queria ser perfeito, não
queria ser cobaia… Zeb não queria ser Zeb perfeito ou perfeito Zeb. Zeb
não queria. Na primeira manhã fora do Centro de Pesquisa, onde
crescemos, Zeb resolveu não ser mais cobaia, Zeb não era mais perfeito,
Zeb era corpo rígido e esverdeado, olhos arregalados. Zeb era estômago
entupido de veneno. Zeb de cobaia se transformou em cobaia-imperfeita-
verde.
DESCRIÇÃO/AMPLIAÇÃO
75. Leiriel, quando viu o corpo verde, atestou que já imaginava. Leiriel também
chorava, não sempre, mas chorava. Ele também não queria ser perfeito,
então fingia fadiga nos testes de resistência, não se masturbava para o
exame de espermograma, errava os exercícios de matemática aplicada,
bolinava as funcionárias e também os funcionários. Fazia-se de imperfeito.
E então, quando saímos do Centro para exibir nossa perfeição, ele
mostrou-se imperfeito física e moralmente. Leiriel está sempre sendo
notícia de jornal, com seus roubos e assassinatos espalhafatosos,
orgulhosamente assumidos por ele.
DESCRIÇÃO/AMPLIAÇÃO
76. Muitos jornalistas e cientistas de diversas áreas proclamam que, apesar de
tudo, a experiência teve um excelente êxito. Para confirmar isso, basta
observar as nossas - minha e de Nostros - contribuições ao país, à
sociedade. Nostros como presidente do país, como você já sabe, e eu
como escritor de fama internacional.
Éramos quatro, gêmeos idênticos e perfeitos, cobaias perfeitas, cobaias.
Nostros só conseguiu sobreviver a si mesmo porque não se via como
cobaia; pois é isso que mata os homens, cobaias perfeitas: o saber ser
cobaia.
DESCRIÇÃO/AMPLIAÇÃO
77. Éramos quatro, gêmeos idênticos e perfeitos, cobaias perfeitas, cobaias.
Nostros só conseguiu sobreviver a si mesmo porque não se via como
cobaia; pois é isso que mata os homens, cobaias perfeitas: o saber ser
cobaia.
Está vendo aquela mulher na outra sala me observando? É a enfermeira
que o Centro mandou, porque já sabem que sou louco. Sim, louco… Ela
está vindo pra cá… Porém, sabia que ontem foi a festa de lançamento do
livro de Nostros. Ficção científica, o personagem principal é um anão…
Éramos (ou somos?) perfeitos. Às vezes quero me tornar um estômago
entupido de veneno e envolto por um corpo verde, às vezes me seguro
para não seguir Leiriel. Sabe, eu sou um escritor perfeito, uma perfeita
cobaia e… A enfermeira vem vindo. Acho que percebeu a minha agitação…
DESENVOLVIMENTO+CLÍMAX
78. Sim, sim! Somos perfeitos homens e no Centro só há perfeitos idiotas!
“Orgulhem-se!” O presidente também é escritor… O pessoal do Centro
deve ter pensado que evolução é sinônimo de progresso. Sou uma
perfeita cobaia e eles uns perfeitos idiotas. E lá vem a enfermeira com o
calmante.
CONCLUSÃO+SOLUÇÃO
Notes de l'éditeur
Fuvest:
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Esquema Geral
Planejamento
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Esquema Geral
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Tópico Frasal
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Esquema Geral
Planejamento
Tópico Frasal
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Esquema Geral
Planejamento
Tópico Frasal
Enem
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Esquema Geral
Planejamento
Tópico Frasal