2. Conceitos básicos População Absoluta é o total de habitantes de um certo lugar a China possui a maior população absoluta entre os países do mundo, com aproximadamente 1 bilhão e 300 milhões de habitantes. Ou seja, de cada cinco habitantes do planeta Terra, um é chinês (cerca de 20% dos 6,5 bilhões de habitantes do planeta). Populoso é o país que apresenta grande população absoluta.
3. O Brasil é o quinto país mais populoso do mundo. Dentro dele, os Estados mais populosos, são
4. População relativa ou densidade demográfica é o total de habitantes dividido pela área que ocupam ou é a média da distribuição da população total pelo território. 190.000.000 8.547.000 km² = 22.2 Podemos concluir que o Brasil possui uma baixa densidade demográfica, pois está muito abaixo da média mundial. Portanto o Brasil é um país populoso e pouco povoado; isto é, possui uma grande população absoluta, mas uma baixa densidade demográfica.
5. Mortalidade Infantil Embora ainda seja alto, o índice de mortalidade infantil diminui a cada ano no Brasil. Em 1995, a taxa de mortalidade infantil era de 66 por mil. Em 2005, este índice caiu para 25,8 por mil. Para termos uma base de comparação, em países desenvolvidos a taxa de mortalidade infantil é de, aproximadamente, 5 por mil.
6. Etnias no Brasil Pardos: 42,6%Brancos: 49,7%Negros: 6,9%Indígenas: 0,3%Amarelos: 0,5% Desde o início da colonização do Brasil a miscigenação foi intensa. A maioria dos colonizadores portugueses que vieram ao Brasil eram homens, que mantinham relações com índias ou escravas negras. As mulheres brancas só vieram mais tarde, principalmente a partir da segunda metade do século 19, com a imigração européia e japonesa.
7. O estímulo à imigração e a maior qualificação profissional dos imigrantes significou a exclusão do negro e do mestiço do mercado de trabalho brasileiro.No começo do século 20, cerca de 90% dos operários da indústria paulista eram imigrantes de origem européia. Eles formavam a maioria dos trabalhadores do comércio, dos serviços de transporte, das empresas de energia e dos correios e telégrafos.
8. Onde trabalhavam os negros e os mestiços? Em serviços domésticos, limpeza pública, "bicos" e em uma gama de atividades que não eram disputadas por não oferecerem nenhuma perspectiva de ascensão social.Muitos negros e mestiços continuaram nas lavouras, trabalhando sem salários, em troca de alimentação e abrigo. Outros foram simplesmente excluídos da vida econômica e social. Viviam de esmola ou encontravam alguma saída na marginalidade: jogo do bicho, furtos e prostituição.
9. Distribuição da população Usamos a expressão "distribuição da população" para designar a maneira pela qual a população de certo lugar está distribuída em seu território. No caso do Brasil, a distribuição populacional é bastante irregular, havendo concentração da população nas zonas litorâneas, especialmente no Sudeste e na Zona da Mata Nordestina - sendo que a região Sul também corresponde a um núcleo muito importante. Juntas, essas três regiões reúnem 82% da população, que se distribui em 36% do território brasileiro. Ocorre o contrário quando analisamos a densidade demográfica das regiões Norte e Centro-Oeste: ela pode chegar a ser inferior a 2 habitantes/km2, sendo que a área dessas duas regiões corresponde a 64% do território nacional.
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11. Migrações Há décadas prevalece no território brasileiro o deslocamento populacional do Nordeste para o Sudeste, sendo que esse fluxo migratório se dirige principalmente para o Estado de São Paulo. A migração de nordestinos para São Paulo manteve-se em níveis semelhantes nos períodos de 1986-1991 e 1995-2000, verificando-se, inclusive, um aumento da participação relativa dos nordestinos no total de migrantes do estado: de 51,7%, entre 1986-1991, para 57,7%, entre 1995-2000.
12. Apesar desses números, as correntes migratórias no Brasil estão se diversificando. Os movimentos populacionais estão mais intensos dentro do próprio estado ou da região de origem. Contribuem para isso: (a) a falta de oportunidades de emprego no Sudeste, o que causa o retorno de parte dos migrantes às regiões de onde vieram, e (b) o surgimento de novos pólos de desenvolvimento, o que atrai mão-de-obra de outras regiões.
13. Segundo os números da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios) de 2006, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 40% da população brasileira (ou 74.935 milhões) não vive no município onde nasceu. Além disso, 16% (ou 29.892 milhões) da população não é natural do estado em que reside. A região com mais migrantes é o Centro-Oeste, onde 35,8% da população é proveniente de outros estados. A região Nordeste é a que apresenta menor número de migrantes, com 7,6% da população originária de outras unidades da federação
14. De acordo com os dados do IBGE, os deslocamentos populacionais no Brasil, no período 1995/2000, totalizaram 5.196.093 pessoas, cifra que é 3,7% superior aos 5.012.251 observados entre 1986/1991. Cerca de 65% desse total é composto por deslocamentos ocorridos entre as regiões brasileiras (migração inter-regional) e 35% no interior destas regiões (migração intra-regional).
15. Quando se considera esse número total de migrantes, constata-se que o Sudeste ainda é o destino preferido dos brasileiros (1.404.873) A região Centro-Oeste, embora tenha registrado uma variação negativa da imigração em apenas 0,3%, apresentou um aumento da emigração de quase 8%. Já as regiões Nordeste e Sul apresentaram comportamentos diferentes das demais regiões, principalmente o Sul, onde se registrou um aumento de quase 16% dos fluxos imigratórios, juntamente com uma redução de 25,7% do volume de emigrantes.
16. Com relação à região Nordeste, observou-se um crescimento expressivo do fluxo de imigrantes (a maioria proveniente do Sudeste), chegando a 35,5% no período de 1995/2000. Mas continua sendo a região que mais perde população para as demais.
17. Deslocamentos pendulares o aparecimento de conglomerados de cidades deu origem a um novo tipo de movimento migratório: um movimento diário, que podemos chamar de deslocamentos pendulares: pessoas que residem em um município e trabalham ou estudam em outro, deslocando-se diariamente.
18. Esses deslocamentos se ampliam e tornam-se mais complexos a cada dia, devido ao surgimento e à consolidação de novos pólos secundários de atração populacional. A incorporação de novas áreas residenciais, a busca por emprego ou serviços e a oferta de transportes mais eficientes em alguns pontos das metrópoles: todos esses elementos favorecem a consolidação desse fenômeno. No Brasil, com base nos resultados do Censo de 2000, tínhamos 7,4 milhões de pessoas trabalhando ou estudando fora do município de residência.
19. No último século a população brasileira multiplicou por dez: em 1900 residiam no Brasil cerca de 17 milhões de pessoas, no ano 2000 quase 170 milhões. Desde o primeiro recenseamento (1872) ocorreram várias mudanças no padrão da evolução demográfica brasileira.
20. Até o início da década de 1930 o crescimento da população do Brasil contou com forte contribuição da imigração. A partir de 1934, com a adoção da "Lei de Cotas" que estabelecia limites à entrada de imigrantes, o aumento da população dependeu, principalmente, do crescimento vegetativo (cv), isto é, a diferença entre as taxas de natalidade e a de mortalidade expressa em % (por cem) ou %0 ( por mil) habitantes.
21. No entanto, foi depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45) que o crescimento tornou-se acelerado, devido à diminuição das taxas de mortalidade. Isso é explicado por fatores como a expansão da rede de esgoto, acesso à água encanada, campanhas de vacinação em massa, acesso a medicamentos básicos, etc. Entre 1940 a 1960 foi registrada a maior evolução das taxas de crescimento populacional, atingindo em 1960 a taxa de 2,9% a.a. (ao ano - ou 29%0 a.a.). Este período marcou a primeira fase de transição demográfica brasileira.
22. A partir da década de 1960, começou a ocorrer uma desaceleração demográfica contínua: a diminuição das taxas de natalidade passou a ser maior que a das taxas de mortalidade, registrando em 2000 um crescimento demográfico de 1,6% a.a., com tendência à queda. Essa mudança no padrão do crescimento populacional brasileiro mostra uma situação típica da segunda fase de transição demográfica.
23. Mudanças das taxas de fecundidade A razão fundamental da queda das taxas de crescimento populacional no Brasil foi a diminuição da taxa de fecundidade (média de número de filhos por mulher em idade de procriar, entre 15 a 49 anos), que caiu de 6,3 filhos, em 1960, para 2,0 filhos, em 2006, o que significa que as famílias brasileiras estão diminuindo.
24. Crescimento populacional e estrutura etária Nos países desenvolvidos, a estrutura etária é caracterizada pela presença marcante da população adulta e de uma porcentagem expressiva de idosos, conseqüência do baixo crescimento vegetativo e da elevada expectativa de vida. Essa situação tem levado a reformas sociais, particularmente, no sistema previdenciário em diversos países do mundo, já que o envelhecimento da população obriga o Estado a destinar boa parte de seus recursos econômicos para a aposentadoria.
25. Nos países subdesenvolvidos os jovens superam os adultos e os idosos, conseqüência do alto crescimento vegetativo e da baixa expectativa de vida. Essa situação coloca os países subdesenvolvidos numa situação de desvantagem, particularmente os pobres que possuem famílias mais numerosas: sustentar um número maior de filhos limita as possibilidades do Estado e da família em oferecer uma formação de boa qualidade, coloca a criança no mercado de trabalho e reproduz o círculo vicioso da pobreza e da miséria ao dificultar a possibilidade de ascensão social futura.
26. Pirâmides etárias A pirâmides etárias são representações gráficas da população classificada por sexo e idade. No eixo vertical (y) estão indicadas as diversas faixas etárias, enquanto que no eixo horizontal (x) está indicada a quantidade de população: as barras da esquerda representam a população masculina e as barras da direita representam a população feminina. Observe duas pirâmides etárias correspondentes a dois países que apresentam um perfil sócio-econômico bastante diferente.