Seleção de artigos sobre Café Especial parte integrante do Projeto Grão Especial/RJ. Usados na complementação e desenvolvimento do conhecimento, provoca debates sobre o universo dos cafés durante palestras e o processo de capacitação realizado junto à produtores de café da agricultura familiar no município de Bom Jardim/RJ entre 2014 à 2015.
Saiba mais em: https://www.facebook.com/events/1645318615696023/
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
Cafés Especiais: qualidade e projetos para a região
1. Seleção de artigos sobre Cafés Especiais
por Moni Abreu
Projeto Grão Especial - Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais visa
disponibilizar suporte desde a colheita ao café torrado moído ou em grão para produtores da
agricultura familiar.
Proposta para a entrada no Novo Mundo dos Cafés é um desdobramento das ações
empreendidas pela Festa da Flor & Café de Bom Jardim/RJ em parceria da SEMPRE Produtora
Cultural com a Café, Café e Café e a Emater local. Multidisciplinar, visa implementar técnicas de
produção dos cafés especiais, capacitar e dar visibilidade a mesma visando contribuir para o
turismo sustentável no município.
2. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
Bom Jardim RJ
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Imprensa RJ
Agricultura
Agricultura apoia investimentos para alavancar
produção de café
22/01/2013 - 11:12h - Atualizado em 22/01/2013 - 11:22h
Unidade de rebeneficiamento em Varre-Sai receberá R$ 1,7 milhão do BNDES
A cafeicultura fluminense, que já foi líder na produção mundial, no período do Império, se prepara para
conquistar novo espaço no mercado com a oferta de café de melhor qualidade, preço competitivo e mais
resultado financeiro para os produtores. Com o apoio da Secretaria de Agricultura, o setor vem se equipando
para dar condições de processamento e rebeneficiamento dos grãos no estado.
O primeiro passo foi dado com a aquisição pela secretaria de duas unidades móveis de beneficiamento,
através de recursos do Programa Rio Café, no valor de R$ 423 mil. Os equipamentos atuam nas
propriedades da Região Noroeste, que concentra 70% da produção estadual de 300 mil sacas/ano, retirando
as cascas, separando as impurezas do café e colocando o grão em condições de comercialização. O processo
agrega valor, aumentando a receita do produtor em 25 a 30%.
Para Efigênio Salles, presidente da Associação dos Cafeicultores do Estado do Rio de Janeiro (Ascarj), a
grande guinada no setor virá com a implantação, neste ano, do módulo de rebeneficiamento de café, nas
instalações da Coopercanol (Cooperativa de Produtores de Café do Noroeste Fluminense), em Varre-Sai.
Com recursos de R$ 1,7 milhão do BNDES, repassados pelo Banco do Brasil, através da estratégia de
Desenvolvimento Rural Sustentável (DRS), a estrutura permitirá que o café de boa qualidade da região, que
hoje vai para Minas Gerais e Espírito Santo para ser rebeneficiado, já saia selecionado e classificado do
próprio estado para exportação ou venda a mercados consumidores de alto padrão.
- A orientação e o apoio da Secretaria de Agricultura foram decisivos para mais esta conquista da nossa
cafeicultura. Há anos pleiteamos a construção dessa unidade, que além de fortalecer o cooperativismo no
segmento, vai estimular o produtor a investir na qualidade - disse Salles.
O presidente da Ascarj explicou que durante o rebeneficiamento o café é separado eletronicamente em
máquinas, que classificam o produto pelo tamanho e tipo. Os mercados exigentes valorizam o produto
uniforme, segundo especificação própria de cada comprador.
O secretário de Agricultura, Christino Áureo, estima que, em decorrência da proximidade do município de
Varre-Sai com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a partir da entrada em operação do módulo de
3. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
Bom Jardim RJ
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rebeneficiamento será possível reverter o fluxo atual trazendo café capixaba e mineiro para ser reprocessado
no Rio de Janeiro.
- Estamos valorizando o nosso produtor ao mesmo tempo em que permitimos que a cadeia de café atinja
maior grau de rentabilidade e abra os olhos do mercado para a produção fluminense - explicou.
4. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
Bom Jardim RJ
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Associação Cafés Vulcânicos tem projeto aprovado
pela Embrapa 14 de março de 2014
Estudo histórico e geográfico sobre o café produzido no planalto será
desenvolvido com verba da Embrapa
A Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Região de Poços de
Caldas – Cafés Vulcânicos, criada em 2012, teve seu projeto de Indicação
Geográfica – IG, aprovado pela Embrapa-Café, o que representa uma grande
conquista para a cafeicultura da região, já que a partir da correta identificação
da origem do produto, espera-se a valorização e reconhecimento no mercado
nacional e internacional.
Os trabalhos para se obter o selo de IG junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial – Inpi, tiveram
início em 2012. Para essa certificação, um projeto foi enviado à Embrapa, que aprovou e enviou
recursos para o levantamento das características dos cafés vulcânicos. Após todo este levantamento
histórico-geográfico, o estudo será enviado ao Inpi para apreciação. Com o selo, os produtores da região
esperam diferenciar o café produzido em solos vulcânicos e assim valorizar o produto no mercado.
“No início de 2012, elaboramos um projeto em busca de recursos para realizar os estudos necessários para a
obtenção do selo de Indicação Geográfica. Para isso, é necessário um levantamento histórico da região,
levantamento geográfico delimitando a região vulcânica e também um levantamento da qualidade dos cafés
que a região produz. Tudo isso envolve muitos estudos, que serão desenvolvidos a partir de agora com a
aprovação desse projeto”, explicou Leandro Carlos Paiva, professor do Instituto Federal do Sul de Minas,
campus Machado. Os estudos devem ser concluídos em dois anos.
Para atingir esse objetivo, a Cafés Vulcânicos vem trabalhando com o apoio da Prefeitura de Poços de
Caldas, do Instituto Federal do Sul de Minas, campus Machado e da Emater-MG escritório de Poços de
Caldas e busca mobilizar os produtores da região.
“É preciso encontrar formas de valorizar os cafés de nossa região que são de qualidade, mas não recebem o
destaque merecido, devido à falta de divulgação. Temos um tesouro na mão e não estávamos explorando de
forma organizada. O objetivo da Cafés Vulcânicos é unir forças entre produtores, exportadores e toda a
região para valorizar esse produto que é o alicerce da economia de diversos municípios” ,destaca Marco
Lobo Sanches, Presidente da Associação.
Sete municípios compõem a região vulcânica dentro da associação: Andradas, Botelhos, Cabo Verde,
Caconde, Divinolândia, Campestre e Poços de Caldas.
A Cafés Vulcânicos vem recebendo o apoio da Prefeitura através da SMDET que auxilia e incentiva o
associativismo e a busca pela valorização da cafeicultura no municipio. “Embora a associação Cafés
Vulcânicos tenha um caráter regional, ela está sediada no município e leva o nome de Poços de Caldas.
Acreditamos que esse trabalho trará desenvolvimento não só para a cadeia produtiva do café, mas também
benefícios para outros setores”, salienta Ulisses Ferreira de Oliveira, coordenador de Fomento Agropecuário
da Sedet
5. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
Bom Jardim RJ
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O que é o IG
O registro de Indicação Geográfica (IG) é conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu
local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em
relação aos seus similares disponíveis no mercado. São produtos que apresentam uma qualidade única em
função de recursos naturais como solo, vegetação, clima e saber fazer (know-how ou savoir-faire). O
Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI é a instituição que concede o registro e emite o
certificado.
Hoje, em todo o pais, existem 23 IGs registrados, na regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste.
6. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
Bom Jardim RJ
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Concurso avalia qualidade do café na Alta Paulista
Publicado em Quinta, 13 Junho 2013 05:23
Com a finalidade de classificar a qualidade dos melhores cafés da região, será realizado em outubro o 2°
Concurso de Qualidade de Café de Pacaembu e Região com a safra 2013/ 2014. A ideia é divulgar a
qualidade dos cafés regionais, incentivando os cafeicultores a produzirem um produto diferenciado, por
meio de práticas sustentáveis.
O concurso ocorre nas áreas de abrangência entre Parapuã e Panorama e é separado em duas categorias:
Café Arábica, preparado por via seca; e Micro Lote de Cafés Arábica, preparados por via seca, provenientes
de propriedades com no máximo 15 hectares.
De acordo com a gestora do projeto, Kate Cidrão, existe o mito de que a região não produz café de boa
qualidade devido às condições desfavoráveis de solo e clima. O evento prova que com tecnologia e manejo
adequado o resultado é muito satisfatório. “Ano passado tivemos cafés com pontuações de cafés especiais”,
destaca.
Com uma premiação como essa, os cafeicultores podem agregar valor ao produto final visando um preço
diferenciado no mercado futuramente. Na edição do ano passado, cerca de 200 pessoas estiveram presentes
para conferir os resultados do concurso dos cafés produzidos na região.
A premiação é realizada em dinheiro e dividida em primeiro, segundo e terceiro lugar. Na categoria Natural,
o primeiro lugar leva a quantia de R$ 1.000. O segundo fica com R$ 700 e o terceiro com R$ 500. Já na
categoria Micro Lote, a quantia para primeiro lugar é de R$ 1.000, o segundo leva R$ 700 e o terceiro
colocado fica com R$ 500.
Os vencedores da última edição foram: em primeiro lugar na categoria Natural Juraci Lourencetti, com 85,5
pontos, de Pacaembu; na categoria Micro Lote o vencedor com 91 pontos foi Marcelo de Oliveira, de
Junqueirópolis.
Este concurso está credenciado junto à Câmara Setorial do Café, cujas provas são realizadas por
profissionais habilitados junto aos órgãos competentes e foram auditadas por seus representantes, presentes
no evento.
A participação é gratuita, mas as vagas são limitadas. O concurso é uma realização da Aprup (Associação
dos Produtores Rurais de Pacaembu) e conta com apoio do Sebrae-SP e Camda (Cooperativa Agrícola
Mista).
Os interessados em participar devem entregar as amostras de café entre 1° de Julho e 20 de setembro na
filial da Camda em Junqueirópolis. Telefone de contato para maiores informações: (18) 3841-9440 e (18)
3862-9030.
Siga o Sebrae-SP no Twitter e no Facebook
Atendimento ao cliente: 0800 570 0800 (ligação gratuita)
7. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
Bom Jardim RJ
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Café: extensão rural é via para qualidade e sustentabilidade
Trabalhos de pesquisa e fomento são fundamentais para a diversificação, melhoria da qualidade e aumento
da produtividade das lavouras
Embrapa Café /13/08/2013
O Consórcio Pesquisa Café, ao longo dos 16 anos de existência, vem celebrando convênios de cooperação
técnica e financeira com entidades de extensão rural, Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária –
Oepas e universidades localizadas pelas regiões produtoras. Durante os 16 anos de parceria, a produção
brasileira de café quase triplicou. Com praticamente a mesma área cultivada, o País, que antes produzia 18,9
milhões de sacas de café por ano, passou a produzir 48,5 milhões.
A pesquisa cafeeira é hoje o pilar central da cafeicultura sustentável no Brasil. Os trabalhos de pesquisa e
fomento são fundamentais para a diversificação, melhoria da qualidade e aumento da produtividade das
lavouras. As tecnologias desenvolvidas repassadas aos produtores por meio da assistência técnica e extensão
rural trazem melhorias na renda e na qualidade de vida do homem do campo.
A presença de entidades de extensão rural no Consórcio tem colaborado para que os resultados da pesquisa
cheguem ao produtor de forma mais planejada e eficiente. Conheça essas instituições e suas principais ações
nos seis maiores estados produtores: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Bahia e Rondônia.
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG)
Recente convênio firmado pela Embrapa Café com a Emater-MG estabelece cooperação técnica para
transferência, a pequenos e médios produtores, de tecnologias do Consórcio Pesquisa Café, por meio do
Programa de Treinamento em Cafeicultura.
Cento e setenta extensionistas capacitados com recursos do convênio entre Emater – MG e Embrapa
transmitirão tecnologias desenvolvidas no âmbito do Consórcio Pesquisa Café para cerca de 2.400
produtores – especialmente de pequeno e médio porte, e a suas associações/cooperativas em 126 municípios.
Segundo a Emater-MG, o estado de Minas Gerais possui o maior parque cafeeiro (1.247,11 mil hectares) do
País e responde por mais de 51% da produção brasileira de café. O avanço tecnológico já obtido nos últimos
anos na pesquisa cafeeira e sua aplicação permitiu o aumento de aproximadamente 71% na produção com
apenas 14,5% na área plantada. O agronegócio café em Minas Gerais, que tem mais de 1 milhão de hectares
plantados, gera mais de 4 milhões de empregos diretos e indiretos, o que mostra sua importância não só
econômica, mas também social para o Brasil.
Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper)
O Instituto tem mais de 25 anos de pesquisa e extensão com café conilon no Espírito Santo, ocupando a
posição de maior produtor de conilon do Brasil. A estimativa de produção cafeeira no Estado é de 12,5
milhões sacas, sendo que 26,45% será de café arábica, e 73,55% de café conilon. O objetivo das pesquisas
realizadas pelo Incaper é aumentar a produtividade e a qualidade do café, presente em todos os municípios
do estado.
O Incaper destaca-se no desenvolvimento e recomendação de variedades, irrigação, manejo de pragas e
doenças, nutrição da planta e manejo da cultura, envolvendo, sobretudo, a poda do café. Entre os projetos do
Instituto, estão: a Poda Programada do Conilon, o Programa de Melhoramento Genético, incluindo o Banco
8. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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de Germoplasma de café. O Incaper, uma das instituições fundadoras do Consórcio Pesquisa Café, lançou,
no mês de junho de 2013, três novas variedades clonais de café Conilon: Diamante Incaper 8112, Jequitibá
Incaper 8122 e Centenária Incaper 8132.
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati–SP)
Referência nacional na área de assistência técnica e extensão rural, a Cati vem atuando na cafeicultura desde
o início de suas atividades, em 1967.
A Coordenadoria submeteu à apreciação do Consórcio Pesquisa Café projeto de avaliação de seis grupos de
clones de café Conilon e Robusta, com maturação diferenciada, nos municípios de Cafelândia, Getulina e
Lins.
O Estado é o terceiro maior produtor de café no Brasil e estima-se que a produção seja acima de 4,2 milhões
de sacas em 2013. Tal produção, exclusivamente de arábica, distribui-se em duas regiões: Mogiana e
Centro-Oeste Paulista, que alternam fazendas com pequenas propriedades e produzem cafés especiais em
áreas específicas. A safra de 2013 deverá propiciar colheita de 4,2 milhões de sacas.
Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater–PR)
Dados paranaenses apontam para produção média de 1,71 milhão de sacas em 2013. O Estado é referência
nacional em metodologia de transferência de tecnologia aos produtores. Por meio do programa Treino e
Visita (implantado pelo Instituto Agronômico do Paraná em 1997 e conta, nos últimos anos, com apoio do
Consórcio Pesquisa Café), profissionais da assistência técnica e extensão rural se reúnem periodicamente
para trocar informações sobre o andamento da safra, uniformizar o entendimento sobre as questões técnicas
relevantes verificadas no campo e, a partir daí, definir estratégias de atuação junto aos cafeicultores. O
Treino & Visita opera com um grupo de 20 especialistas e 59 técnicos, que, por sua vez, acompanham
diretamente cerca de 700 cafeicultores paranaenses.
Aumento da produtividade do café em cerca de 30%, redução do custo de produção do produto beneficiado
e índice de 82% de adoção de boas práticas agrícolas, como adubação equilibrada e manejo integrado de
pragas e doenças. Esses são alguns dos resultados do projeto Treino e Visita. O programa consolidou-se com
o diferencial de avaliar o resultado efetivo da adoção de novas tecnologias, otimizando o desempenho da
cafeicultura do Paraná.
Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA)
O Programa Café da EBDA desenvolve ações que trabalham a qualidade e o potencial de exportação do
produto. Em parceria com o Consórcio Pesquisa Café, a linha temática dos projetos em desenvolvimento é a
cafeicultura irrigada. Entre as tecnologias difundidas no Estado, destacam-se o estresse hídrico controlado, a
adubação fosfatada e o cultivo de braquiárias nas entrelinhas do cafeeiro – desenvolvidas pela Embrapa
Cerrados com recursos do Consórcio Pesquisa Café.
Na Bahia, como 86% dos produtores envolvidos com a cafeicultura são classificados como mini ou
pequenos, o incentivo e o apoio à agricultura familiar é também um dos grandes objetivos da EBDA. A
iniciativa é consequência de uma política estratégica para garantir segurança alimentar e nutricional,
proporcionar a inclusão social e permitir o desenvolvimento sustentável de diversas regiões produtoras, que
apresentam grande potencial para a produção de cafés de excelente qualidade. Exemplo disso é o “café do
Papa”, consumido pelos cardeais do Vaticano. A cada safra, produzida na Chapada Diamantina/BA, são
9. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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preparadas 30 exclusivíssimas sacas para o suprimento do Vaticano. Trata-se de um café 100% arábica,
cereja descascado e orgânico com, pelo menos, 85 pontos na escala da Sociedade Americana de Cafés
Especiais - SCAA.
Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater–RO)
A Associação trabalha em prol da geração de emprego e renda e de novos postos de trabalho para o produtor
rural e suas organizações, com foco na potencialização de atividades produtivas agrícolas voltadas à oferta
de alimentos e matérias-primas para agroindustrialização.
Segundo Samuel Oliveira, chefe da Área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Rondônia, o governo
do estado, em parceria com a Emater, Embrapa e outros parceiros, pretende implantar o Plano de
Revitalização da Lavoura Cafeeira em Rondônia. O Plano quer aumentar a produção e a produtividade do
café no estado, aumentando a competitividade da cafeicultura estadual. Prevê a escolha de uma equipe
exclusiva para prestar assistência técnica focada e intensiva. A Embrapa cuidará da capacitação de técnicos
da Emater - RO para que estes possam transmitir conhecimentos e novas tecnologias aos cafeicultores da
região. A proposta prevê, ainda, a promoção da nova variedade de café lançada no estado pela Embrapa, a
Conilon BRS Ouro Preto, que alcança a produtividade de 70 sc/ha.
Em 2013, a produção de café com qualidade em Rondônia foi o foco de treinamentos em colheita e pós-
colheita realizados pela Embrapa e parceiros em Ouro Preto do Oeste, a 330 quilômetros de Porto Velho
(RO). Cerca de 70 técnicos extensionistas foram capacitados para levarem aos cafeicultores as inovações e
tecnologias de baixo custo e voltadas para a agricultura familiar.
Os vários cafés do Brasil
Devido à diversidade de regiões ocupadas pela cultura do café, o País produz tipos variados do produto, fato
que possibilita atender às diferentes demandas mundiais, referentes a paladar e preços. Essa diversidade
também permite o desenvolvimento dos mais variados blends, tendo como base o café de terreiro ou natural,
o despolpado, o descascado, o de bebida suave, os ácidos, os encorpados, além de cafés aromáticos,
especiais e de outras características.
Avanços da cafeicultura no Brasil
Segundo o Informe Estatístico do Café - Dcaf/Mapa - a produção e a produtividade do café, em 1997,
quando da criação do Consórcio Pesquisa Café, era de 2,4 milhões de hectares de área cultivada, com
produção de 18,9 milhões de sacas de 60kg e produtividade de 8,0 sacas/hectare. Passados 16 anos, em
2013, de acordo com o segundo levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab
(maio/2013), com praticamente a mesma área cultivada – 2,3 milhões de hectares – o País deverá produzir
48, 5 milhões de sacas, com produtividade de 23,8 sacas/ha.
10. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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Café orgânico da agricultura familiar marca presença em cafeterias
do RJ
sexta-feira, 23 Janeiro, 2015 - 18:00
Enviado por Carolina em sex, 23/01/2015 - 17:56
Criada em 1993, pelo aposentado Olympio Matheus Ribeiro, a Fazenda Iranita, administrada desde 2005
pela filha e o genro Ana Regina e Suhail Majzoub, produz de forma orgânica café, leite e grãos. Mas a
propriedade, localizada no nordeste fluminense, na zona rural de Purilândia, a 380 quilômetros da capital
fluminense, tem como carro-chefe o café orgânico arábica. O produto é comercializado em lojas e cafeterias
no estado do Rio de Janeiro.
Suhail conta que para conseguir toda a estrutura necessária utilizaram o crédito do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
“Fomos financiando os equipamentos e tivemos assistência técnica”, afirma ao salientar que cinco famílias
de agricultores familiares trabalham para produzir o café torrado, moído e empacotado, além do fubá e do
feijão ensacado.
Para se chegar a um produto de qualidade, o agricultor conta que investiu na instalação de um lavador e
despolpador para a produção do café, na capacitação técnica, bem como em outras melhorias na fazenda.
“Hoje temos cerca de 12 hectares de cafezal e melhoramos bastante nossa estrutura. Colhemos o café no
pano, depois ele vai para o lavador e em seguida para o despolpador. Tudo para dar mais qualidade.”
Café Iranita
Foi em 2006 que surgiu o principal produto da fazenda, o Café Iranita 100% Arábica. Orgânico e certificado
com o selo da agricultura familiar, o artigo é vendido em feiras, como a Feira Nacional da Agricultura
Familiar e Reforma Agrária. “O selo agregou bastante valor. Fomos uns dos primeiros a colocar a
identificação da agricultura familiar”, ressalta.
Hoje, a Fazenda Iranita chega a produzir aproximadamente uma tonelada de café por ano. O café torrado em
grão é vendido em recipientes de 250g e 1kg. Já o café torrado e moído é encontrado em pacotes de 250g.
Tássia Navarro
Ascom/MDA
- See more at: http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/caf%C3%A9-org%C3%A2nico-da-agricultura-
familiar-marca-presen%C3%A7a-em-cafeterias-do-rj#sthash.O6ocKYjh.dpuf
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Casal vende café embalado para presente
4 de maio de 2011
Por Regina Mamede da Agência Sebrae de Notícias
Rio de Janeiro - O Café Cantares prima pela sofisticação.
Este apuro é resultado da determinação do casal de
produtores Tiago e Maria Tereza Costa, de Nova Friburgo,
região serrana do Rio de Janeiro, para se diferenciar no
mercado. Além de tudo, o café é embalado como um
presente.
A qualidade do café é garantida pelo correto manejo
especializado do grão Arábica, espécie valorizada pelo
sabor e aroma excepcional, que podem ser mantidos
intactos por até dez meses graças a uma válvula italiana que lacra a embalagem, impedindo a oxidação. A
apresentação do produto resulta de todo um trabalho de identidade visual, que elegeu como tons
predominantes o marrom e o laranja. Como charme extra, para ressaltar a suavidade do café, foi escolhido
como símbolo da marca o pássaro Uirapuru, cujo canto é comparado ao som de uma flauta.
Com a proposta de investir no conceito de café como presente venceram um edital de inovação da
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com apoio da Fundação Bio-Rio, Polo de Biotecnologia do Rio
de Janeiro, entidade sem fins lucrativos. Com a verba de pouco mais de R$ 60 mil reais, ganharam fôlego
para desenvolver toda a concepção do projeto.
Kits diferenciados
Há dois anos, o café começou a ser colocado à venda em pontos-chave como o Aeroporto Internacional do
Rio de Janeiro Antonio Carlos Jobim/Galeão e em duas lojas de produtos naturais da cidade. O produto
passou no teste. “Percebemos uma reação muito positiva dos consumidores, que ficavam simplesmente
encantados com a originalidade do presente”, relata Maria Tereza.
Para agregar ainda mais valor à marca e gerar oportunidade de emprego e renda na região, o casal procurou
vários artesãos de Nova Friburgo. O Uirapuru em cristal, chocolates e velas caseiros, saquinhos de juta que
revestem a embalagem do café e rendas colocadas nas caixas são exemplos dos kits diferenciados.
Comércio Brasil
Com todo o processo mais amadurecido, eles participaram da 23ª Super Rio ExpoFood, uma das maiores
feiras de varejos do país, no final de março, na capital fluminense. Com apoio do Sebrae no Rio de Janeiro,
o café Cantares foi um dos produtos apresentados na Rodada de Negócios, uma das iniciativas do projeto
Comércio Brasil, desenvolvido pela instituição para aproximar micro e pequenas empresas dos compradores
de porte. Para o casal, o resultado foi além do esperado.
“Ainda não posso adiantar o nome dos quatro grandes grupos que se interessaram em vender o Cantares
12. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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porque a negociação está em andamento. O que dá para dizer neste momento é que a proposta foi tão boa
que nossa produção pode quadruplicar este ano”, festeja Tiago Costa.
Fonte:
Agência Sebrae de Notícias: (61) 3243-7851/ 3243-7852/ 8118-9821
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
www.agenciasebrae.com.br
twitter.com/sebrae
facebook.com/Sebrae
Sebrae do Rio de Janeiro – (21) 2212-7971
Café Cantares (22) 22 2527 4145
www.cafecantares.com.br
13. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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Café de Pernambuco ganha projeto para melhorar qualidade
- Agricultura / café - 06/04/2011
Ações vão ter foco em seis municípios do estado onde se concentra maior parte do
cultivo por Globo Rural Online
A cadeia produtiva do café em Pernambuco terá um novo projeto de apoio. O Sebrae pretende intensificar
as ações para melhorar a qualidade do produto e criar um diferencial para o grão pernambucano. A ideia
também é buscar o acesso a novos mercados por meio da oferta de cafés especiais. A iniciativa abrange seis
municípios do agreste do estado, onde se concentra a maior produção.
Pernambuco é o segundo maior produtor de café do Nordeste, com cerca de 4,8 mil hectares cultivados, o
que gera, anualmente, R$ 8,5 milhões em vendas. Ao todo, 80% da produção estadual se concentram nos
municípios de Garanhuns, Taquaritinga do Norte, Jurema, Brejão, Saloá e Paranatama. Apesar dos números,
a produção local corresponde a apenas 10% de todo o café consumido no estado.
Os cafeicultores atendidos vão participar, ao longo dos dois anos de execução do projeto, de ações como
consultoria, capacitação para melhoria tecnológica e de gestão, concurso de qualidade do café para
promover e valorizar a produção pernambucana, palestras e seminários com especialistas do setor. A
entidade pretende realizar, ainda, uma pesquisa com cafeterias da região metropolitana do Recife para
apresentar a produção local e identificar oportunidades de negócios entre os cafeicultores pernambucanos e
os empresários.
Dentro do projeto, será realizado um estudo para implementação do selo de Indicação Geográfica para o
café especial do Agreste de Pernambuco. A certificação indica aos consumidores a origem do produto.
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Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Congresso Nacional aprova
incentivos para quem recuperar cobertura florestal
A proposição segue agora para exame pelas Comissões de Meio Ambiente
(CMA) e de Assuntos Econômicos (CAE)
Por: Agência Senado
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) aprovou, em reunião nesta quinta-feira, 30, proposta
que assegura aos proprietários rurais um conjunto de benefícios fiscais e creditícios para incentivar a
preservação e recuperação de áreas florestadas.
Entre as medidas previstas no texto está a possibilidade de dedução do Imposto de Renda dos valores gastos
pelo produtor rural na preservação ou recuperação de mata nativa, em montante equivalente a até 20% do
imposto devido.
Os benefícios estão previstos em substitutivo do senador Waldemir Moka (PMDB-MS), relator da comissão,
a oito projetos de lei do Senado (PLS) que tramitam em conjunto, sendo três de 2007 (131, 142 e 304),
quatro de 2008 (34, 64, 65 e 78) e um de 2009 (483). Prevalecerá o número do mais antigo, 131/2007.
O relator aproveitou partes dos diferentes projetos e, além da dedução de Imposto de Renda, estabeleceu
outros incentivos, como juros menores em financiamentos públicos. Moka sugere, por exemplo, que quanto
maior for a área de vegetação nativa mantida, em relação à área total da propriedade, maior será a redução
de juros sobre crédito rural concedido ao proprietário rural.
E para agricultores da Amazônia Legal que tomarem financiamentos com recursos de fundos
constitucionais, ele prevê que seja concedido bônus de adimplência de 35% para aqueles que mantiverem
área de reserva legal igual ou maior que os limites previstos no Código Florestal. Moka propõe ainda que
fique isento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) parcela da propriedade equivalente a até
quatro vezes a área mantida com vegetação nativa.
O substitutivo estabelece que a recuperação da cobertura florestal se dê pelo plantio de espécies nativas. O
texto concede benefícios para recuperação e preservação não apenas de áreas protegidas pelo Código
Florestal – Lei n° 12.651/2012, mas também sobre parcelas mantidas com vegetação que extrapolem os
limites mínimos obrigatórios pela legislação.
Assim, os incentivos fiscais e creditícios valem para recuperação de áreas de preservação permanente (APP),
como as matas ao longo dos rios e no entorno de nascentes e lagos, e também para proteção de
remanescentes florestais e áreas de refúgio para a fauna local, por exemplo.
Projeto técnico
A concessão dos benefícios estará condicionada à aprovação, pelo órgão ambiental competente, de projeto
técnico elaborado por profissional legalmente habilitado. Para agricultores familiares, o texto prevê que o
projeto técnico seja custeado pelo poder público.
Em caso de descumprimento dos compromissos assumidos, os incentivos serão suspensos e o produtor será
obrigado a devolver os recursos recebidos, acrescidos de multas e encargos financeiros.
15. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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Recursos hídricos
O substitutivo inclui ainda mudanças na lei que Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos – Lei n°
9.433/1997- para determinar redução de tarifa pelo uso de água em propriedades que mantiverem áreas
preservadas e utilizarem métodos de conservação de água e solo.
Também abre a possibilidade de destinação de recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de água no
pagamento por serviços ambientais decorrentes da conservação de áreas florestadas nas propriedades rurais.
Depois da votação na CRA, a proposição segue para exame pelas Comissões de Meio Ambiente (CMA) e de
Assuntos Econômicos (CAE).
16. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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Café: tecnologias inovadoras e sustentáveis para o pequeno cafeicultor
O cuidado durante a fase de pós-colheita do café é um dos grandes
diferenciais para a obtenção de um produto de qualidade
Flávia Bessa, Embrapa Café
30/07/2014
A cafeicultura historicamente tem tido importante papel no desenvolvimento socioeconômico do
Brasil. O País, além de ser o maior produtor e exportador, é também o segundo consumidor mundial.
Para que a atividade cafeeira tenha sustentabilidade, é necessário atender às exigências ambientais e
sociais e, principalmente, às mercadológicas, o que permite gerar renda ao setor produtivo e aos demais
elos do agronegócio café. Assim é imprescindível investir na melhoria da qualidade e na agregação de
valor ao produto em sintonia com as demandas de mercado. Nesse contexto, um dos fatores que mais
contribui para a geração de renda dos cafeicultores, especialmente os de pequeno porte, é o uso de
tecnologias de colheita e pós-colheita que contribuem para obtenção de qualidade do café a baixo custo
e fácil implantação.
Um conjunto dessas tecnologias, voltado para a agricultura familiar, foi desenvolvido no âmbito do
Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, e constitui infraestrutura mínima para
produção de café com qualidade e sustentabilidade econômica, social e ambiental. Essas alternativas
tecnológicas permitem ao cafeicultor investir na construção de equipamentos adequados para produção
de café com qualidade, pois funcionam de maneira simples, eficiente e a um baixo custo operacional e
ainda podem ser construídas com matéria-prima e mão de obra regional. Do ponto de vista da
sustentabilidade, essas tecnologias viabilizam também a adoção dos princípios de Boas Práticas
Agrícolas, rastreabilidade e competitividade.
Para falar sobre essas tecnologias, a Embrapa Café entrevistou um dos pesquisadores responsáveis por
esses estudos e inventos, Juarez de Sousa e Silva, professor aposentado da Universidade Federal de
Viçosa – UFV, instituição participante do Consórcio Pesquisa Café. Juarez possui graduação em
Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (1969), mestrado em Engenharia Agrícola pela
Universidade Federal de Viçosa (1973) e doutorado em Engenharia Agrícola - Michigan State
University (1980). Tem vasta experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Engenharia
de Processamento de Produtos Agrícolas, atuando principalmente nos seguintes temas: secagem, café,
secador, grãos e fornalha. Hoje Juarez é bolsista do Consórcio Pesquisa Café na UFV, onde dá
continuidade ao seu trabalho de pesquisa em conjunto com parceiros do Consórcio.
Embrapa Café: Há quanto tempo são desenvolvidas tecnologias de pós-colheita para o café pela UFV
e Consórcio Pesquisa Café?
Juarez de Sousa e Silva: Nossos trabalhos com a pós-colheita do café vêm ocorrendo desde o nosso
retorno do treinamento em pós-colheita, realizado na Universidade do Estado de Michigan, nos Estados
Unidos. Entretanto, as pesquisas se intensificaram quando recebemos os primeiros financiamentos do
Consórcio Pesquisa Café, cujas reuniões para discutir sua criação tenho orgulho de ter participado antes
17. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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mesmo de ser lançado, em 1997.
Embrapa Café: O que motivou a pesquisa sobre pós-colheita para os pequenos cafeicultores?
Juarez de Sousa e Silva: Para os cafeicultores profissionais, principalmente os donos de grandes
lavouras, estabelecidos no mercado e em boas condições financeiras e/ou fácil acesso ao crédito, já
havia tecnologias que os atendessem com certo grau de eficiência no que diz respeito às necessidades
operacionais da pós-colheita do café. Como essa não era a realidade do pequeno cafeicultor ou
cafeicultor de base familiar, decidimos por trabalhar para essa faixa de produtores. Aprendi, durante a
minha passagem nos Estados Unidos, a máxima "Faça você mesmo". O pequeno agricultor, sem
tecnologia disponível para sua capacidade de produção e investimentos, teria de fazer as "coisas" por
conta própria e com recursos locais à sua disposição. E esse é um grande desafio, ou seja, produzir
tecnologia simples com grandes resultados. Se o Consórcio Pesquisa Café quiser valorar o que foi feito
até agora por parte de alguns de seus pesquisadores, é só estudar a mudança contínua da qualidade do
café da Zona da Mata de Minas. Passamos do pior para um dos melhores cafés do Brasil. Aliás, o café
classificado como Rio Zona, representava, em tempos passados, as características dos cafés produzidos
no Estado do Rio de Janeiro e Zona da Mata Mineira.
Embrapa Café: Além da condução correta da lavoura, os processos de preparo, secagem e
armazenamento são fundamentais para a manutenção da qualidade do café produzido. Em outras
palavras, quais os principais cuidados com o café na fase de colheita e pós-colheita?
Juarez de Sousa e Silva: Infelizmente parte de nossos extensionistas, a despeito de trabalharem
corretamente a parte agronômica da cultura, não tiveram treinamento e, portanto, pecam por não se
dedicarem às etapas da pós-colheita. Sem treinamento e sem uma infraestrutura mínima dificilmente
serão produzidos cafés de qualidade em regiões com ocorrência de baixa incidência solar e alta
probabilidade de chuvas no período da colheita. Posso garantir que, com tecnologia de pós-colheita,
pode-se obter, em qualquer região produtora, cafés de alta qualidade em uma lavoura cafeeira que
produza frutos maduros e bem formados. Qualidade de café é, principalmente, uma questão do manejo
após a colheita. Nessa fase, deve-se estragar o mínimo do que se colheu da lavoura.
Embrapa Café: Quais são as tecnologias de pós-colheita para o café arábica e conilon desenvolvidas
em seus projetos, com sua equipe e parceiros, no âmbito do Consórcio Pesquisa Café?
Juarez de Sousa e Silva: Já disponibilizamos equipamentos e técnicas necessários para compor
infraestrutura mínima para produção de café com qualidade, entre eles lavadores, técnicas de manejo de
terreiros, pré-secadores, secadores, fornalhas, silos e sistema de aeração, determinadores de umidade,
sistema de reúso e tratamento de água resultante do processamento do café e materiais didáticos
específicos para melhor eficiência nesse trabalho. Além disso, equipamentos destinados ao
descascamento do café já são, felizmente, fornecidos pela indústria brasileira.
Embrapa Café: Descreva sucintamente algumas tecnologias de pós-colheita e os benefícios esperados
na produção e na qualidade do café.
Juarez de Sousa e Silva: Todas as tecnologias de pós-colheita do café, sua descrição, materiais
empregados e benefícios estão disponíveis no site do Consórcio Pesquisa Café
(www.consorciopesquisacafe.com.br) e no site pós-colheita (www.poscolheita.com.br). A
infraestrutura mínima que recomendamos pode ser constituída por: a) um lavador simples que separa,
também, os cafés de alta densidade dos cafés boias. Com esse equipamento, que tem custo aproximado
18. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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de R$ 2.000,00 o cafeicultor pode produzir dois lotes diferenciados e reduzir área de secagem; b) um
pequeno descascador de cerejas, que tem a finalidade de separar sementes de frutos maduros dos
verdoengos, aumenta o número de lotes diferenciados, reduz ainda mais a área de secagem, a mão de
obra e o consumo de energia; c) o sistema de rodo virador enleirador facilita e reduz o tempo de
secagem no terreiro (pode, atualmente, ser substituído por um soprador manual motorizado oferecido
pela indústria); d) o terreiro secador ou terreiro híbrido é um sistema simples e, por possuir um sistema
de aquecimento por fornalha - ventilador, reduz o tempo de secagem do terreiro em até cinco vezes,
funciona independentemente das condições climáticas e tem custo aproximado de R$15.000,00; e) o
silo secador armazenador pode ser construído na própria fazenda e, por possuir um sistema de
ventilação, completa a secagem durante o armazenamento, exige menores secadores e tempo de
secagem, homogeniza a umidade final do produto e com sistema de ventilação tem custo aproximado
de R$700,00 por m3 de armazenagem; f) o determinador de umidade EDABO (Evaporação da Água
em Banho de Óleo) é eficiente, determina a umidade em toda a faixa (úmido - seco). Consta de uma
balança simples, uma fonte de aquecimento, um termômetro comum (25ºC) e uma pequena leiteira de
alumínio. Tem tempo de determinação de 15 minutos e custo aproximado de R$ 200,00. O nosso grupo
também produziu e/ou adaptou tecnologias alternativas que contribuem para redução de custos e
energia, respeito ao meio ambiente e redução da mão de obra, como: fornalhas (aquecimento direto e
indireto), secadores mecânicos de pequeno porte, carvoeira, sistema de limpeza da água residuária,
sistema de armazenagem temporária do café cereja, entre outras.
Embrapa Café: Em que regiões essas tecnologias são mais usadas? Poderiam ser adaptadas para
outras regiões cafeeiras?
Juarez de Sousa e Silva: As tecnologias podem ser adaptadas para qualquer região produtora de café.
Devemos dar prioridade às regiões menos favoráveis para realização da colheita, como Zona da Mata,
Montanhas do Espírito Santo, Sul e Sudoeste da Bahia, todas grandes produtoras de café.
Embrapa Café: Qual o principal diferencial das tecnologias que são recomendadas especificamente
para cafeicultores familiares?
Juarez de Sousa e Silva: O principal diferencial é o custo de implantação e a garantia de
funcionamento adequado, independentemente das condições climáticas. Costumo afirmar que somente
não haverá produção de café de qualidade se não houver colheita feita com qualidade.
Embrapa Café: Quais são os principais resultados e impactos que essas tecnologias estão gerando no
campo?
Juarez de Sousa e Silva: Infelizmente não há como quantificar ou valorar os resultados. Pode-se, sim,
mostrar os resultados de propriedades ou regiões onde foi possível oferecer treinamentos e
disponibilizar as tecnologias. Creio que as cooperativas e os serviços de extensão possam fornecer
informações sobre isso, pois, a cada dia, demandam dos produtores e recebem cafés de melhor
qualidade.
Embrapa Café: De que forma essas tecnologias de pós-colheita têm chegado aos cafeicultores? O que
a Embrapa Café e o Consórcio têm feito de ações para promover a transferência aos produtores?
Juarez de Sousa e Silva: Nosso grupo é muito pequeno e a grande maioria dos produtores de café está
classificado na base (pequenos e médios). Já realizamos alguns treinamentos incisivos para técnicos do
19. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia. Agora estamos finalizando treinamento para o Estado de
Minas Gerais. Os resultados obtidos pelos técnicos nesses estados nos deixam bastante satisfeitos.
Esperamos que, nos próximos anos, tenhamos também bons resultados para os pequenos cafeicultores
mineiros, principalmente depois da implantação de unidades demonstrativas que estão sendo instaladas
por meio de parceria entre Consórcio Pesquisa Café/Embrapa Café e Emater-MG, com envolvimento
de cooperativas e produtores.
Embrapa Café: No âmbito do Consórcio Pesquisa Café, que ações de transferência de tecnologia
foram realizadas mais recentemente nas principais regiões produtoras destacaria?
Juarez de Sousa e Silva: Em 2013 e 2014 foram e ainda estão sendo realizadas intensamente, ações de
transferência de tecnologias para extensionistas e cafeicultores familiares em diferentes regiões
produtoras do País. Entre elas, Dia de Campo sobre pós-colheita do café com reúso e destinação da
água residuária do preparo do café por via úmida, em Matipó – MG, em 29 de junho de 2013.
Treinamento em pós-colheita e reúso da água residuária do café para 60 participantes durante a Semana
do Fazendeiro, em Viçosa – MG, de 14 a 20 de setembro de 2013. Dia de Campo com apresentação do
Sistema de Limpeza de Água Residuária do Café - SLAR para 120 produtores de café Conilon, em
Venda Nova do Imigrante – ES, em 26 de junho de 2013. Treinamento em colheita e pós-colheita do
café em Rondônia, no Campo Experimental da Embrapa Rondônia (Ouro Preto D'Oeste), de 21 e 22 de
maio de 2013, para 25 técnicos da EMATER–RO e 25 produtores e líderes rurais. Treinamento em
secagem de café para melhoria da qualidade do produto em Monte Belo-MG e Alfenas Caconde-MG,
no período de 20 a 22 de maio de 2014. Dia de Campo em Lajinha-MG, em 7 de maio de 2014, e Dia
de Campo em Fervedouro-MG, em 26 de março de 2014. Em Rondônia, foi realizado o 3° Treinamento
e Dia de Campo para qualidade de café em Ouro Preto D'Oeste no período de 28 a 30 de maio de 2014.
Esses treinamentos ao longo desses dois últimos anos capacitaram mais de 600 extensionistas e
cafeicultores. Ressalta-se que, por exemplo, no Estado do Espírito Santo, as fazendas experimentais do
Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural - Incaper, das cidades de Venda Nova do Imigrante e
Marilândia, rotineiramente recebem grande número de cafeicultores, estudantes e extensionistas que
têm interesse especial nas tecnologias de pós-colheita instaladas nesses locais. O mais recente trabalho
foi realizado durante o 8º Encontro Nacional do Café, realizado em Barra do Choça – BA, de 22 a 24
de julho. Nesse encontro, além de palestra e demonstração de resultados (Secador Rotativo
Intermitente), foram atendidos, em forma de Clínica Tecnológica, 120 produtores de base familiar.
Embrapa Café: Outros técnicos do setor produtivo do café também estão sendo treinados para
reproduzir essas tecnologias? De que forma e com que objetivos
Juarez de Sousa e Silva: Além de clínicas tecnológicas em congressos e encontros, estamos, sempre
que possível, realizando parceria com Sebrae e cooperativas para realização de treinamento de
agricultores e técnicos. Agora, com o sucesso dos treinamentos avançados já realizados, o
Departamento de Engenharia Agrícola – DEA, da UFV, está pronto para fornecer, no início de 2015,
Pós-graduação Lato Sensu em Pós-colheita de Produtos Agrícolas. Nesse curso, a pós-colheita do café
será tratada com grande profundidade.
Embrapa Café: E estão sendo firmadas parcerias e treinamentos com empresas para fabricação
dessas tecnologias?
Juarez de Sousa e Silva: Já realizamos treinamentos para artesões em Lajinha, Timóteo, Matipó,
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Guaxupé, Alfenas (MG), Ouro Preto do Oeste (RO), Marilândia e Venda Nova do Imigrante (ES),
Barra do Choça (BA), entre outros locais.
Embrapa Café: Atualmente que tecnologias estão em desenvolvimento ou necessitam ser
desenvolvidas para atender novas demandas tecnológicas de pós-colheita?
Juarez de Sousa e Silva: Primeiramente, muitas tecnologias com garantia de funcionamento, para
redução do custo de mão de obra, precisam ser mecanizadas. Estamos necessitando de financiamento
para desenvolvimento de sistemas para redução de trabalhos no terreiro e lavagem/descascamento
noturno que já vem apresentando boas possibilidades.
Embrapa Café: Para finalizar, gostaria de acrescentar mais alguma informação a esta entrevista?
Juarez de Sousa e Silva: Reiterando o que já disse antes, a pós-colheita é a fase que garante o que foi
bem feito na fase de lavoura. Redução no consumo de energia, higiene, respeito ao meio ambiente e aos
aspectos sociais são seriamente levados em consideração quando propomos tecnologias de pós-
colheita. Nosso grupo também estuda processos para evitar o trabalho de lavagem e despolpa no final
da tarde e durante a noite. A colheita do café, em geral, ocorre no inverno e nosso objetivo é reduzir a
insalubridade nessas operações.
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Consórcio Pesquisa Café contribui para retomar produção e incrementar
qualidade do café no Estado do Rio de Janeiro
Seg, 17 de Novembro de 2014 13:31
A cafeicultura no Noroeste Fluminense tem como meta a obtenção de cafés de qualidade para dar
sustentabilidade e modernizar a produção
No século XIX, o Rio de Janeiro foi importante estado produtor de café no Brasil,
chegando a representar cerca de 60% da produção nacional. Neste ano de 2014, o
estado produzirá, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento –
Conab (set/2014), 292,4 mil sacas de 60 kg de café com produtividade de 22,87
sacas por hectare. No entanto, estima-se que o Rio de Janeiro é o terceiro maior
consumidor de café verde do País com de 1,7 milhões de sacas de 60 kg, atrás dos
estados de São Paulo (4,6 milhões) e de Minas Gerais (2,2 milhões), considerando
a estimativa populacional de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
– IBGE e o consumo de café apurado pela Associação Brasileira da Indústria do
Café – Abic.
Pesagro-Rio - Pesquisa da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro – Pesagro-Rio
desenvolvida no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, com financiamento do
Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – Funcafé, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
– Mapa, apresenta resultados animadores com relação ao aumento da produção, produtividade e melhoria da
qualidade do café. O projeto “Aprimoramento do cultivo do café no Noroeste Fluminense” avalia o
comportamento do adensamento da cultura, da resposta de cultivares de café à ferrugem na região, bem
como a qualidade do café produzido e a favorabilidade das terras do Noroeste Fluminense à cafeicultura,
para definição de áreas propícias para cultivo sustentável.
Essas pesquisas indicam que a produção pode ser incrementada a médio prazo, bastando, para tanto,
recuperar lavouras viáveis e investir em novas áreas com plantio adensado e produção voltada para a
qualidade do produto. O uso de cultivares resistentes à ferrugem é também considerado importante, bem
como a identificação de áreas de cultivo mais favoráveis à cultura. “Como resultados, são esperados o
aumento da produtividade com redução dos custos de produção e melhoria da qualidade do café e geração
de renda; estímulo a pequenos e médios produtores para formação de lavouras com espaçamentos
adequados, conservação de solos e do meio ambiente e, futuramente, capacitações em gestão empresarial,
mercado, comercialização e marketing”, adianta o pesquisador da Pesagro Wander Eustáquio de Bastos
Andrade.
Embrapa Café - Para o gerente geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo, o Rio de Janeiro tem plenas
condições para expandir a produção cafeeira com melhoria da qualidade do produto para atender a
expressiva demanda do estado e ainda os mais exigentes mercados consumidores do Brasil e do exterior. “O
esforço da equipe da Pesagro-Rio envolvida nos estudos e do Consórcio Pesquisa Café está centrado nessa
22. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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expectativa positiva. Bons frutos em médio prazo virão”. O projeto envolve, além da Pesagro-Rio, a
Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF e a Embrapa Agrobiologia e conta com a participação
de técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de Janeiro - Emater-Rio, finaliza
Bartholo.
Café adensado – É considerado a principal alternativa tecnológica para a modernização e o incremento
produtivo da cafeicultura fluminense, pois além de intensificar a utilização em áreas montanhosas,
característica topográfica do estado, é de interesse para pequenas propriedades que utilizam intensamente a
mão de obra familiar. A tecnologia também ajuda a reduzir custos e a aproveitar racionalmente as áreas de
cultivo em curto prazo. Os resultados da pesquisa no sistema de plantio adensado têm demonstrado que é
possível obter alta produtividade por área no cafeeiro arábica, além de redução do custo de produção e
retorno de curto prazo do investimento na implantação do cafezal.
Entretanto, resultados de pesquisas em longo prazo obtidos na região Noroeste, considerando a produção
acumulada em 10 anos, mostraram que é necessário certo limite, já que o superadensamento não é favorável
à produtividade do café. Esse experimento foi instalado em 2002 em um Latossolo Vermelho-Amarelo da
Fazenda Candelária, região Noroeste Fluminense.
“De fato, a principal vantagem da técnica de adensamento é obtenção de altas produções de café em curto
prazo. No entanto, esse aumento de produtividade tende a cair à medida que o cafeeiro se desenvolve e
aumenta a competição entre as plantas, sendo necessário, a partir daí, o uso da poda, o que pode anular os
ganhos iniciais de produção obtidos com os espaçamentos mais adensados. Essa evidência sinaliza para a
necessidade de prever bom manejo de podas para cafeeiros adensados. Já estamos trabalhando nesse
sentido”, pondera o pesquisador.
Também são elencadas como vantagens do adensamento: melhoria das propriedades químicas e físicas do
solo em função do maior número de queda de folhas e ramos e menor escorrimento de água devido à
concentração de matéria orgânica; melhor aproveitamento desses nutrientes graças à manutenção da
umidade nas camadas superficiais pelo sombreamento e melhor distribuição do sistema radicular; menor
gasto no controle de plantas daninhas pelo sombreamento da área e melhor proteção do solo em áreas
declivosas, diminuindo processos erosivos.
Para saber mais sobre essas pesquisas, leia artigo da revista do Consórcio Pesquisa Café, Coffee Science,
“Produtividade do cafeeiro arábica e condições de adensamento no noroeste Fluminense”.
Em busca de mais qualidade – Assim, a retomada da cafeicultura no Noroeste Fluminense tem incluído,
em suas metas, a obtenção de cafés de qualidade para dar sustentabilidade à atividade, especialmente dos
pequenos produtores. Como parte do projeto, foram coletadas amostras de café de alguns produtores de
Porciúncula na safra 2013/2013 para caracterização da qualidade final de seu produto quanto ao tipo e
bebida. Em 2013/2014 continuou-se o trabalho com a coleta de amostras do mesmo local (análises em
andamento). Com base em análises anteriores (2013), verificou-se que, em termos de qualidade de bebida,
algumas amostras se destacaram, com bebida mole (1 amostra), apenas mole (2 amostras) e bebida dura (4
amostras), de um total de 17 amostras. As análises iniciais permitiram verificar que a melhor qualidade da
bebida foi obtida nos cafés cereja descascado independentemente dos produtores. Isso é indicativo de que os
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descascadores e secadores instalados na região (em Porciúncula e Varre Sai) têm grande importância na
melhoria da qualidade. Por outro lado, seguindo o mesmo raciocínio, as piores amostras em termos de
bebida referem-se, de modo geral, a café colhido em terra (café de varrição). Acredita-se que, com a adoção
de técnicas adequadas de colheita e de preparo dos grãos, envolvendo o uso de secadores e mesmo a prática
do despolpamento, a qualidade dos cafés da região vai melhorar.
Zoneamento por Análise Multicriterial - O zoneamento do café no estado será novamente objeto de
estudo. Há alguns anos, o Consórcio Pesquisa Café financiou pesquisas da Pesagro-Rio sobre zoneamento
climático que inclusive embasam o projeto em curso. Mas agora a ferramenta estatística é a análise
Multicriterial. Essa análise se resume ao estudo da interação do sistema de produção identificado pelas
variáveis: homem, solo e planta, com os sistemas econômicos e sociais, tornando-se instrumento
fundamental de planejamento e desenvolvimento em políticas públicas. O que se pretende é utilizar essa
ferramenta para definição dos potenciais de terras do Estado do Rio de Janeiro para a cultura do café, para
fins de planejamento rural.
Ferrugem do cafeeiro – É uma das principais doenças da cultura, causando grandes prejuízos nas regiões
produtoras, principalmente onde as condições climáticas favorecem o desenvolvimento da doença. A
utilização de cultivares resistentes é a alternativa mais econômica para o produtor viabilizar o controle da
doença, possibilitando, principalmente, a redução da necessidade de produtos agroquímicos, o que implica
economia de custos e preservação ambiental. Além disso, em um parque cafeeiro como o do Estado do Rio
de Janeiro formado, em sua maioria, por lavouras adultas e velhas, a renovação das lavouras com cultivares
melhoradas e adaptadas às condições de solo e clima locais repercutirá na produtividade e qualidade do
produto.
Irrigação por gotejamento – Realizada com café conilon, no Norte Fluminense, obteve resultados
positivos de produtividade devido à disponibilização tecnológica e às mudanças climáticas ocorridas.
Segundo resultados obtidos em Campos dos Goytacazes, foi observado maior número de grãos por roseta e,
consequentemente, maior número de grãos por ramo produtivo. Os estudos com irrigação no café conilon no
Norte Fluminense mostraram que a produtividade aumentou de 13 sacas de café beneficiado por hectare
(sem irrigação) para 52 sacas de café beneficiado por hectare. Saiba mais na publicação “Irrigação por
gotejamento”.
É de certa forma consenso entre os pesquisadores que a irrigação garante mais segurança à atividade da
produção agrícola e acréscimos na rentabilidade das lavouras. O uso da irrigação por gotejamento, por sua
vez, constitui importante investimento que deve ser feito em conjunto com as outras técnicas indicadas para
o manejo do café conilon. Além disso, um aspecto importante da adoção de sistemas como o gotejamento é
a economia de água. Dessa maneira, a tecnologia “gota a gota” de aplicação de água e fertilizantes pode ser
tecnologia ecologicamente correta e viável economicamente para os agricultores.
Segundo Wander Eustáquio, para o aumento da produtividade agrícola e da eficiência do uso da água, a
técnica da irrigação por gotejamento, por si só, não garante esses benefícios imediatos para a cultura do
cafeeiro. O manejo da irrigação, bem como as técnicas agrícolas, o controle da umidade do solo, da
adubação, da salinidade, das doenças e insetos e a seleção de cultivares podem proporcionar efeitos
significativos na produção por área e por água consumida e na qualidade do produto final. “O custo inicial
pode ser mais elevado em relação a outros métodos de irrigação; no entanto, a melhor eficiência no uso da
água e na aplicação de fertilizantes, em conjunto com a economia no uso da mão de obra, representam
24. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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vantagens econômicas relevantes em médio prazo, o que tornam a irrigação por gotejamento vantajosa para
o produtor rural”.
Zoneamento climático - O conhecimento das limitações edafoclimáticas auxilia os produtores na tomada de
decisão quanto à utilização de novas áreas ou introdução de variedade mais adaptável à região. A Pesagro-
Rio, Embrapa e parceiros realizaram Zoneamento Agroclimático para revitalização da cultura do café no
estado e oferta de informações técnicas ao setor produtivo.
Para o café arábica, com esse estudo - uma espécie de mapa de aptidão climática para a cafeicultura do
estado - verificou-se que existem 42% de áreas aptas, 5% aptas irrigadas e 53% de áreas inaptas. Para o café
robusta, foram mapeados cerca de 38% de áreas aptas, 26% de áreas aptas irrigadas e 36% de áreas inaptas.
Foram considerados aptas, para o café arábica (Coffea arabica L), as regiões concentradas principalmente
em áreas entre 500 e 900 metros de altitude (Noroeste e Serrana) e as áreas localizadas na região Noroeste,
onde se recomenda a irrigação como operação complementar, mas não obrigatória, devido ao déficit hídrico
menor que 150 mm anuais. Para o café robusta (Coffea canephora Pierre), são aptas as regiões situadas em
áreas abaixo de 500m de altitude nas regiões Norte, Noroeste e das Baixadas Litorâneas. Nessas situações,
recomenda-se a irrigação, devido ao déficit hídrico maior que 150 mm anuais. Saiba mais no documento
“Zoneamento climático para a cultura de café no Rio de Janeiro”.
Saiba mais sobre o Consórcio Pesquisa Café, Embrapa Café e Pesagro-Rio acessando os seguintes
sites:
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/
https://www.embrapa.br/cafe
http://www.pesagro.rj.gov.br/
Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
Texto: Flávia Bessa – MTb 4469/DF e Lucas Tadeu Ferreira – MTb 3032/DF
Contatos: flavia.bessa@embrapa.br e (61) 3448-1927
Site: www.embrapa.br/cafe
www.consorciopesquisacafe.com.br
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Atlas vai melhorar controle de qualidade e análise do café em todo o país
Fundação Ezequiel Dias, de BH, e Anvisa lançam atlas com detalhes sobre plantio, colheita e
processamento do grão torrado e moído.
postado em 10/02/2012 08:55 / atualizado em 10/02/2012 09:40
No
laboratório da Funed, a pesquisadora Virgínia del Carmem mostra o atlas após verificar impurezas contidas
no produto
Maior produtor e exportador de café do mundo, o Brasil terá agora uma importante ferramenta para o
controle da qualidade dos grãos colhidos por aqui. A Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, e
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançaram esta semana o Atlas de microscopia de café
torrado e moído, publicação que reúne informações sobre o processo produtivo do grão, plantio, colheita,
processamento, armazenamento e, principalmente, a morfologia e histologia do fruto e a identificação de
fraudes usuais. O material passa a ser fonte de consulta em todos os laboratórios brasileiros que fazem
análises de vigilância sanitária de controle da qualidade do café consumido no país e também nos
laboratórios da indústria cafeeira.
A Funed, laboratório oficial em Minas Gerais para esse tipo de análise em produções sujeitos a controle,
como alimentos, cosméticos, medicamentos e produtos saneantes, tem pesquisado amostras de café há 20
anos mas só agora pode ampliar e sistematizar as descobertas. Segundo a bióloga Virgínia Del Carmen,
26. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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chefe do Serviço de Microscopia da entidade e responsável pela produção do material, a área de microscopia
é carente em referências bibliográficas, faltando a pesquisadores e técnicos compêndios e materiais de
referência para auxiliar de forma prática na observação do material.
“É essa a razão de divulgarmos nosso conhecimento em um atlas impresso para distribuição gratuita na rede
nacional de laboratórios de saúde pública, laboratórios parceiros em análise de café, instituições de ensino e
pesquisa e indústria cafeeira”, diz.
A Fundação Ezequiel Dias faz três tipos de análises de controle de qualidade do café torrado e moído, em
laboratórios diferentes: o de micologia, que realiza a contagem e identificação dos fungos; o de micotoxinas,
que analisa a quantidade presente de substâncias produzida por fungos nas amostras do fruto, do grão, do
café torrado e moído; e o de microscopia, que contabiliza impurezas. No ano passado, 136 amostras
passaram por esse último tipo de análise. Segundo Virgínia Del Carmem, 16% delas apresentaram
impurezas acima da taxa permitida, que é de 2%. “Em algumas identificamos até mesmo presença de outros
grãos, como milho”, afirma. Essa é, inclusive, a fraude mais comum. Nas análises do ano passado, 7% das
amostras continham milho.
É aí que está a principal contribuição da publicação. A detecção de fraudes em café é feita por meio da
análise microscópica do grão torrado e moído, o que permite uma visualização histológica de cada espécie
27. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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vegetal presente no produto, permitindo avaliar o grau de pureza do café. Tais impurezas seriam
imperceptíveis a olho nu em função da cor castanho-escura do grão, exigindo um desengorduramento prévio
da amostra com solvente orgânico para que as substâncias tornem-se visíveis ao exame da lupa. As imagens
microscópicas das principais fraudes estão detalhadas no atlas que em um dos capítulos dá ênfase à
identificação, por métodos morfoanatômicos, dos vegetais estranhos.
Café é
responsável pela produção de várias iguarias na gastronomia. Entre elas estão bolos, sorvetes e drinks feitos
com o grão
Ganhos para o consumidor
O atlas ganha ainda mais importância em um período em que o Brasil caminha para ser também o maior
consumidor de café do mundo, lugar hoje ocupado pelos Estados Unidos. Conforme a bióloga, para apontar
a origem da contaminação de um produto é necessário um trabalho de vigilância sanitária eficaz. Mas não
basta identificar, é preciso apontar em que momento do processo de fabricação o problema aconteceu. “Daí
a importância do Atlas que, de forma ilustrativa e didática, apresenta a metodologia de análise para
avaliação da qualidade desse produto tão comum na casa dos brasileiros”, afirma Virgínia. O consumidor
final, sem dúvidas, é o maior beneficiado.
Chefe da Divisão de Vigilância Sanitária e Ambiental da Funed, Rita Lopes Naveira acredita que o
brasileiro acostumado a tomar café diariamente vai ter acesso a um produto com qualidade assegurada, já
que o atlas vai permitir à indústria e à vigilância melhores condições de análise. “O técnico responsável pela
avaliação do café, ao ver algo estranho na lâmina, terá uma imagem de referência no atlas para ajudá-lo na
identificação do que não reconhece”. Segundo ela, Minas Gerais tem a preocupação de analisar todo
alimento com impacto na saúde. “Este é um produto de grande consumo e valor comercial. O brasileiro
gosta e precisa de um café de qualidade”.
Os produtores de café também terão mais recursos para mandar ao mercado um produto melhor, apesar de
apenas a minoria manter laboratórios de análise de qualidade, ficando à mercê de uma análise externa.
28. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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Flávio Silveira, diretor técnico do Sindicato da Indústria de Café de Minas Gerais (Sindicafé-MG), acredita
que essa identificação dos pontos críticos e detalhamento das boas práticas agrícolas vão culminar na
melhoria do café que vai para o consumidor. A ideia inicial é que cada indústria tenha seu laboratório de
microscopia, permitindo a identificação de problemas antes de vender a safra em questão. Caso contrário,
pode ser instaurado um processo contra a empresa, que passará por várias vistorias.
29. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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Embrapa lança publicação técnica para produção de café de melhor
qualidade
Objetivo das tecnologias é proporcionar maior renda e
sustentabilidade à produção
Embrapa Café
24/10/2013
“Produção de Café Cereja Descascado – Equipamentos e Custo de Processamento” é o tema do
Comunicado Técnico nº 4 lançado pela Embrapa Café, coordenadora do programa de pesquisa
do Consórcio Pesquisa Café. Os autores da publicação pertencem às seguintes instituições:
Universidade Federal de Viçosa - UFV - Juarez Souza e Silva; Instituto Federal de Educação
Ciência e Tecnologia do Espírito Santo - IFES - Aldemar Polonini Moreli; Embrapa Café - Sammy
Fernandes Soares; Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig - Sérgio
Maurício Lopes Donzeles e Consórcio Pesquisa Café - Douglas Gonzaga Vitor.
O Comunicado Técnico apresenta as vantagens do emprego de equipamentos e tecnologias
necessárias à produção do café cereja descascado, tais como máquinas de pré-limpeza,
lavadores, descascadores, Sistema de Limpeza da Água Residuária – SLAR,
secagem/armazenagem, entre outros.
A publicação também analisa comparativamente as vantagens econômicas ao se utilizar essas
técnicas específicas. E ainda orienta os produtores para, antes de adquirir os equipamentos,
participar de curso de treinamento para gerenciar corretamente o sistema de produção; operar e
realizar manutenções preventivas e corretivas dos equipamentos para processamento via úmida,
reutilizar águas residuárias e melhorar operações subsequentes, como secagem, armazenagem e
beneficiamento do produto.
Segundo o pesquisador Juarez Souza e Silva, o café recém-colhido é um fruto e não um grão.
Por isso, a operação de processamento exige cuidado especial de quem o produz, a fim de
entregar ao mercado consumidor um produto de qualidade superior e com remuneração
compensatória, ou pelo menos de maior aceitação no mercado. O fruto maduro do cafeeiro – café
cereja -, que pode ser vermelho ou amarelo, conforme a variedade, após remoção da casca,
origina café cereja descascado, constituído pela semente e pergaminho.
Após a colheita dos frutos, o produtor que optar pelo processamento do café cereja descascado
deve investir em tecnologias para a obtenção de um produto de melhor qualidade. De acordo com
o comunicado técnico, a grande vantagem de se produzir o café cereja descascado, quando se
usa tecnologia adequada, é a garantia de obtenção de um produto com um padrão de qualidade
superior, principalmente quando se compara com os cafés obtidos por via seca ou café natural
(café coco). A obtenção de lotes maduros e homogêneos contribui para melhorar o tipo e
qualidade da bebida, com preço muito acima dos cafés do tipo ‘bica corrida’ ou cafés que não
passaram por nenhum processo para separar as diferentes classes de grãos. Além de ser um
processo mais efetivo, o cafeicultor pode, ainda, receber remuneração extra, caso seu produto
atinja excelência de qualidade.
Este comunicado técnico que orienta como produzir café cereja descascado está em sintonia com
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a recém-aprovada IN nº 49, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, que
trata da Produção Integrada de Café e, especificamente para a pós-colheita: minimizar o
consumo de água utilizada nos equipamentos empregados no pré-processamento por via úmida;
reutilizar a água no pré-processamento por via úmida; coletar e dar destino adequado aos
resíduos sólidos; realizar o controle da umidade durante a secagem e a armazenagem do café,
entre outras orientações técnicas.
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Diferenciação pode ser o segredo para pequenos produtores
18/02/2013
Deixar de produzir commodity e oferecer alimentos diferenciados, com valor agregado. Esse é o
caminho para o pequeno produtor rural se destacar entre os grandes, diz Enio Queijada, gerente
de agronegócios do Sebrae.”Como o preço das matérias-primas é dado pelo mercado externo, a
escala é muito importante”, diz. “O pequeno agricultor deve procurar canais de venda que pagam
melhor e conseguir um preço diferenciado.”
A aposta na diferenciação fez a Cia Orgânica, distribuidora de café orgânico de São Paulo,
crescer rapidamente. O negócio começou em 2002, com uma fazenda em Ribeirão Claro (PR)
que produzia cerca de 50 sacas de café orgânico por ano.
Foto: Divulgação
Cresceu até atingir 300 sacas anuais em 2008,
quando começou a comprar de outras
propriedades em Mogiana (SP) para responder
ao crescimento da demanda no varejo.
“Decidimos estender a marca para outras
fazendas e estimulamos novos parceiros na
produção orgânica”, diz Thiago Fontoura Filho,
sócio diretor da empresa.Hoje, a Cia Orgânica é
responsável pela distribuição de 700 sacas de
café orgânico, que recebe de cinco fazendas.
A expansão ocorreu também no varejo. Além de empórios e restaurantes especializados, a
empresa fornece para grandes redes de supermercados, incluindo o Pão de Açúcar –esse caso,
como fornecedor exclusivo da marca própria Taeq.”A adesão das redes de supermercados aos
produtos orgânicos nos possibilitou alcançar escala, que é fundamental para qualquer empresa”,
afirma Fontoura Filho.
MIGRAÇÃO
Voltada ao cultivo de verduras, legumes e frutas, a Cultivar Orgânicos, de São Roque (SP),
também cresceu apostando na diferenciação.
“Percebi, em uma feira nos EUA no final dos anos 90, que o mercado de orgânicos era emergente
e que era possível produzir em escala comercial”, diz Cristiano Psillaris, sócio diretor da empresa.
O agrônomo decidiu, então, abandonar a agricultura convencional e partir para a orgânica. Com
um faturamento anual em torno de R$ 6 milhões, a Cultivar leva os seus produtos para São
Paulo, Rio e Minas Gerais.
Para atender à demanda, conta com aproximadamente cem agricultores parceiros no interior de
São Paulo. Segundo Psillaris, a parceria foi fundamental para o sucesso. “Ninguém faz nada
sozinho”, afirma o empresário.
Fonte: Folha de São Paulo
32. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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Informações sobre qualidade do café poderão ser
obrigatórias em embalagens
Da Redação | 16/01/2015, 19h14
Epamig / 03/12/2013
A 1ª Reunião Técnica da Cafeicultura de Machado e região (Sul de Minas) acontece nesta quarta,
dia 4 de dezembro. No encontro promovido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas
Gerais (EPAMIG) serão abordados temas como cafeicultura familiar, diagnóstico e controle de
doenças, pós-colheita e qualidade do café.
A pesquisadora Sara Maria Chalfoun falará sobre os benefícios da capacitação e do
associativismo para fortalecimento da cafeicultura familiar e relatará o trabalho desenvolvido junto
a 50 integrantes da Associação de Cafeicultores de Santo Antônio do Amparo. "Em quatro anos
de trabalho com esses cafeicultores familiares conseguimos dobrar o valor da saca de café com a
adoção de boas práticas de pós-colheita", informa.
A sanidade do cafeeiro será tratada nas palestras sobre ácaros predadores - apresentada por
Paulo Rebelles Reis; diagnóstico e controle de doenças – por Vicente Luiz de Carvalho;
nematoide das galhas – por Sônia Maria Salgado; e broca do café – por Júlio César de Souza.
A reunião técnica é uma parceria entre a EPAMIG e Cooperativa Agrária de Machado e faz parte
do projeto “Desenvolvimento e Avaliação de Ferramentas de Comunicação Rural para a
Cafeicultura do Sul de Minas Gerais”. As inscrições podem ser feitas na data e local do evento.
Outras informações pelos telefones (35) 3821-6244 / 3829-1190.
Serviço
1ª Reunião Técnica da Cafeicultura de Machado e região
Data: 4 de dezembro de 2013
Horário: De 8h às 17h
Local: Luara Buffet – Rua Ernesto Mariano Leite, 130 – Bairro: Jardim Chamonix – Machado/ MG
33. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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Críticas ao Bule CHEIO
Bule Cheio
O PROGRAMA : Criado em 2010 pelo Senar-Rio, o Bule Cheio é um programa que tem como objetivo
promover a viabilidade econômica de propriedades através do treinamento de técnicos no processo de
transferência de tecnologia para produção intensiva de café.
QUEM ATENDE? O público-alvo do Bule Cheio é formado por técnicos e produtores que são treinados
para aplicar novas tecnologias na lavoura de café e para passar conceitos de gerenciamento à propriedade.
COMO FUNCIONA? A metodologia utilizada, semelhante a outro programa de sucesso do Senar-Rio,
o Balde Cheio, é a do trabalho prático. Uma propriedade é transformada em uma Unidade de Demonstrativa,
o que permite que todos os envolvidos no projeto troquem experiências práticas e que outros produtores
possam acompanhar o trabalho.
QUAIS AS PRINCIPAIS TÉCNICAS UTILIZADAS? Dentro do projeto está previsto a análise
do solo, avaliação da idade dos cafezais, o espaçamento entre os pés, a variedade das mudas e a
infraestrutura da propriedade. Todo trabalho é desenvolvido com intuito de melhorar a qualidade do café e
aumentar a rentabilidade do produtor.
COMO ENTRAR NO PROGRAMA? Produtores e Técnicos
interessados em participar do Bule Cheio devem entrar em contato com o
coordenador do projeto Hugo pelo e-mail: hugo@senar-rio.com.br
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cheio/#sthash.VDNGPewa.dpuf
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Pesquisa com café orgânico apresenta resultados promissores no
Mato Grosso do Sul
10/05/2013
O município de Ivinhema, em Mato Grosso do Sul, é considerado a capital do café no Estado e a
produção desse grão representa uma importante atividade econômica, especialmente para a
agricultura familiar. Nesse cenário, a Embrapa Agropecuária Oeste – Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA), localizada em Dourados, vem desenvolvendo um projeto de pesquisa com a produção
de café orgânico. Experimentos com cafeeiros em sistemas agroecológicos, sem uso de
agrotóxicos, estão sendo conduzidos há três anos, na Escola Municipal Rural Benedita Figueiró
de Oliveira na Vila Cristina em Ivinhema. Essa pesquisa conta com apoio do Instituto Agronômico
do Paraná (IAPAR), Prefeitura Municipal, AGRAER, SEBRAE e de Associações de Cafeicultores.
A área do cafezal foi cercada por barreira vegetal formada com sansão do campo. “Essa proteção
física propiciada pelo “quebra vento”, cria um microclima mais favorável à cultura, protegendo as
plantas dos ventos e do frio (durante o inverno), minimizando a evaporação da água do solo,
evitando ou amenizando os danos mecânicos às plantas, a disseminação de pragas e doenças e
a contaminação por deriva de agrotóxicos”, explica o pesquisador da Embrapa Agropecuária
Oeste, Ivo de Sá Motta.
Ao observar a área experimental, é possível verificar a produtividade do sistema, com os cafezais
e bananais produzindo fartamente. O pesquisador conta que na área experimental com dois
hectares, foram plantadas dez diferentes variedades de café na área pesquisada, envolvendo
quatro tipos de ensaios diferentes: produção consorciada de café com bananas, café com
leucena, café com feijão guandu e café solteiro. Segundo o pesquisador, considerando as
variedades pesquisadas, uma que se destacou foi a Acauã. É uma variedade mais resistente a
seca e ao bicho mineiro, mais produtiva, também produz café com maior qualidade de bebida
dentre as testadas. O cultivo com bananas apresentou um resultado surpreendente e também se
destacou nesse estudo”, explica Ivo.
Para o coordenador técnico do curso técnico de agropecuária da Escola Rural localizada em
Ivinhema, Marcelo Adriano Rodrigues dos Santos, considera essa ação uma oportunidade
importante que agrega valor ao ensino da escola. Trata-se de Unidade Experimental Didática, que
possibilita a realização de oficinas, capacitações, palestras, entre outras atividades educativas.
“Também temos a oportunidade de prestar serviço para a comunidade local, por meio da
realização de dias de campo que possibilitem a difusão e troca de experiências com produtores,
apresentando estratégias de produção sustentável adequadas as características locais,
extrapolando assim os muros da escola”, enfatiza Marcelo.
O funcionário da Prefeitura de Ivinhema, Fábio Navarro Egeia, que executa o trabalho de
manutenção da área experimental conta que está muito satisfeito com o resultado. “Aqui
produzimos muitos alimentos que ajudam na merenda da escola. O bananal apresentou uma
produtividade equivalente a trinta toneladas de banana por hectare, além da produção do café. É
uma alegria enorme ver essa área produzindo tanto assim”, disse Fábio.
Fonte: Revista Cafeicultura
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Norte Pioneiro lidera ranking paranaense do café de qualidade
Da Redação/Emater - 07/11/2014 às 18:00
Há dois anos, a região de Santo Antônio da Platina vem conquistando as três primeiras
colocações no concurso Café Qualidade nas categorias Natural, Cereja Descascado e Micro
Lote.No dia 31 de outubro foi divulgadoo resultado do concurso 2014 em Londrina. Os
vencedores foram: Café Natural – José Eduardo Correa Ferraz de Ribeirão Claro; Cereja
Descascado – Marcos Lavoratto Novak de Ibaiti e Micro lote – Adriano de Moura Bueno, de Ibaiti.
Em 2013, também os três primeiros lugares foram cafeicultores da região de Santo Antônio da
Platina. A categoria Café Natural, ganhou Silvana Braga Ferraz , de Ribeirão Claro; Cereja
Descascado – Luiz Boranelli, de Curiúva e Micro lote – Lupércio Bufalari de Santo Antônio da
Platina, e na edição de 2012 a região ficou com os primeiros lugares em duas categorias: Cereja
Descascado – Ossi Cruz de Oliveira Lima, de Japira e Micro lote – Nilson Quintino da Silva.
O bom desempenho da região foi mostrado essa semana na 7ª edição da Feira Internacional do
Café Especial – Ficafé, realizada em Jacarezinho. O evento nasceu de medidas que vem sendo
tomadas há 20 anos - primeiro com a intenção de aumentar a produção e depois para melhorar a
qualidade do produto.
O coordenador regional de projetos da Emater, engenheiro agrônomo Otávio Oliveira da Luz -
responsável pela condução do projeto café na região de Santo Antônio da Platina – credita os
bons resultados ao trabalho de muitos anos da equipe técnica da Emater e seus parceiros.
"Em 1992, a secretaria estadual da Agricultura, através da Emater e Instituto Ambiental do Paraná
(Iapar) lançou o Plano de Revitalização da Cafeicultura do Paraná. Naquela época o objetivo
principal era aumentar a produtividade média do estado que estava em torno de 10 sacas
beneficiadas por hectare. Para mudar esse panorama, foi criado o programa de apoio à
instalação de Unidades Demonstrativas onde foram introduzidas várias tecnologias", explicando
que entre elas a mudança estavamo espaçamento entre as plantas e variedades com maior
resistência a doenças. "Em poucos anos a produtividade média superou 25 sacas beneficiadas
por hectare. O segundo passo foi trabalhar a melhoria da qualidade", disse salientando que foi
nessa etapa, já por volta dos anos 2000, que o Norte Pioneiro do Paraná começou a intensificar
os trabalhos voltados à qualidade. "Nessa época foi dado um grande passo rumo à melhoria da
qualidade. A Emater organizou uma viagem para Venda Nova do Imigrante – ES. Esse município
tinha dificuldade em produzir café com qualidade, mas com trabalho específico tornou-se pólo de
bons cafés. Estivemos lá com 40 produtores da região. Entre tantas lições que trouxemos, uma
das mais importantes foi a necessidade de nossa região ter técnicos especializados na
classificação e degustação do café, assim facilitaria a orientação aos agricultores na busca da
qualidade", contou.
Em 2002, a Emater, através do Iapar e do Ministério da Agricultura treinou vinte técnicos do
Paraná em classificação e degustação do café. "Destes vinte técnicos, sete eram da nossa
região: três da Emater e três de prefeituras e um consultor", contou.
O seguinte passou foi a instalação na região de quatro laboratórios de classificação e degustação
de café em parcerias com as prefeituras. Com o apoio destes laboratórios, intensificou-se o
trabalho de orientação dos cafeicultores em qualidade do café.
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CONCURSOS
Nesse ponto, para incentivar o produtor, iniciaram-se as edições dos Concursos Café Qualidade
Paraná, que estimula, premia e dá visibilidade a qualidade do café do Paraná. "Tínhamos uma
dificuldade:o cafeicultor produzia com qualidade, mas seu produto não era valorizado pelo
mercado. Foi preciso trabalhar este ponto,organizando os cafeicultores em associação com o
apoio de várias instituições, entre elas o Sebrae. Criou-se a Acenpp (Associação dos Cafés
Especiais do Norte Pioneiro do Paraná) e posteriormente a Cocenpp (Cooperativa do Café
Especial do Norte Pioneiro do Paraná", explicou.
Nos últimos oito anos, conseguiu-se a certificação quatro C e Fair Trade de mais de uma centena
de cafeicultores, e a Indicação Geográfica, seguida de contatos no exterior onde foram fechados
muitos negócios diretamente com exportadores com agregação de valor ao produto do pequeno
cafeicultor.
FICAFÉ
A Feira Internacional de Café Especial- Ficafé -realizou esta semana a sua 7ª edição. O evento é
o resultado desse trabalho que começou na década de 1990. "Hoje, os excelentes resultados que
a região tem obtido nas últimas edições do Concurso Café Qualidade Paraná é fruto de trabalho
intenso e que envolveu várias parcerias", concluiu o coordenador.
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Projeto Café em Agrofloresta
O projeto Café em Agrofloresta para o Fortalecimento da Economia de Baixo Carbono em
Apuí é desenvolvido pelo Instituto de Conservação de Desenvolvimento Sustentável do
Amazonas (Idesam) em parceria com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola
(Imaflora) e o apoio financeiro do Fundo Vale para Desenvolvimento Sustentável.
O projeto tem como objetivo fomentar e fortalecer a cadeia produtiva do “café agroecológico” em
Apuí como alternativa sustentável de geração de renda para o conter o desmatamento no
município. Para atingir esse objetivo o projeto está estruturado em eixos centrais:
1. Aumento da produtividade e melhoria da qualidade do café através da adoção de técnicas
agroecológicas;
2. Consórcio de cafezais com a produção de espécies agrícolas e florestais de interesse
econômico e alimentar;
3. Estudos de mercado e incentivo à comercialização e consumo do café agroecológico,
agregando valor aos serviços ambientais fornecidos pela agrofloresta, com destaque para os
benefícios climáticos.
Por que no município de Apuí?
O município de Apuí está localizado na região sul do Amazonas, às margens da rodovia
transamazônica (BR-230) – principal fronteira de desmatamento do Estado. O desmatamento no
município é associado em grande parte à produção pecuária extensiva: muitas áreas de florestas
são destruídas e convertidas em pastagens de baixa produtividade, que seguem um ciclo de
contínua expansão em novas propriedades. Apuí é o terceiro município mais desmatado do
Amazonas (atrás de Lábrea e Boca do Acre) e possui o terceiro maior rebanho do Estado, com
cerca de 137 mil cabeças de gado (IBGE 2011).
Desenvolver a economia do município de forma integrada é essencial na luta contra o
desmatamento. A produção de café já teve forte contribuição para a economia de Apuí, mas vem
sendo abandonada sucessivamente devido a falta de incentivos e assistência técnica e
dificuldades na comercialização. Atualmente são apenas 200 produtores de café ativos no
município; a produção alcançou a média de 4.960 sacas anuais entre 2008 e 2012, muito aquém
do potencial de Apuí.
Como funciona a produção sustentável do café?
O consórcio das plantas de café com espécies florestais – técnica conhecida como agrofloresta,
ou “floresta produtiva” – permite o sombreamento do cafezal, o que altera o microclima local,
diminui a luminosidade e torna o ambiente mais úmido e equilibrado.
Esses fatores, trabalhados de maneira adequada, contribuem para aumentar a produtividade e
qualidade do grão e viabilizam a produção orgânica, que não gera impactos à saúde humana ou
ao ambiente pela ausência de produtos químicos. Assim, o café a ser produzido em Apuí pode
ser direcionado para a obtenção de reconhecidas certificações.
Agregando valor ao produto e diversificando a produtividade geral da lavoura, essas práticas são
de grande interesse econômico e social. Não menos importante é o fator ecológico, uma vez
38. Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais.
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que a produção do café em agrofloresta conserva maior biodiversidade no sistema e mais
nutrientes no solo, além de evitar o desmatamento da área de produção.
Nossas atividades:
- Análises de mercado e prospecção de parceiros para o Café Ecológico de Apuí
- Estudos técnicos e diagnósticos das propriedades integrantes do projeto
- Oficinas de capacitação de produtores de café e técnicos locais
- Apoio à estruturação dos produtores e da comercialização da produção
- Eventos de intercâmbio entre produtores de Apuí, Rondônia e Costa Rica
- Elaboração do “Guia para Produção Sustentável de Café na Amazônia”;
- Monitoramento e quantificação do sequestro de carbono gerado pelo CAFÉ.
http://issuu.com/idesam/docs/relat__rio_1_ano_caf___-_final/1?e=1258742/6388577
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Pesquisa visa produção e qualidade do café
publicada em 13. 11. 2012
Pesquisas têm colaborado para, a curto e médio prazo, melhorar o padrão tecnológico da
tradicional cafeicultura fluminense na produção de café e aumentar a produtividade sem aumento
da área cultivada
Estudos conduzidos com irrigação no café conilon no Norte Fluminense mostraram que a
produtividade aumentou de 13 sacas de café beneficiado por hectare.
Pesquisas conduzidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro –
Pesagro-Rio com recursos do Consórcio Pesquisa Café têm colaborado para, a curto e médio
prazo, melhorar o padrão tecnológico da tradicional cafeicultura fluminense na produção de café e
aumentar a produtividade sem aumento da área cultivada. Esses estudos foram iniciados em
1997, com a criação do Consórcio, e buscam também a revitalização de lavouras e a indicação
de manejo adequado para uma produção de melhor valor agregado e qualidade, exigência tanto
do mercado interno quanto externo. O Consórcio é coordenado pela Embrapa Café – Unidade da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura
Pecuária e Abastecimento – Mapa.
“Até o momento conseguimos bons resultados, como o aumento da produtividade minimizando os
custos de produção e melhoria da qualidade do café e da situação socioeconômica; estímulo a
pequenos e médios produtores para formação de lavouras com espaçamentos adequados, uso
da irrigação, conservação de solos e do meio ambiente e capacitações em gestão empresarial,
mercado, comercialização e marketing”, adianta o pesquisador da Pesagro Wander Eustáquio de
Bastos Andrade.
Café adensado – Projeto de pesquisa em andamento que investiga as vantagens dessa prática
de manejo, considerada a principal alternativa para a modernização e o incremento produtivo da
cafeicultura fluminense. Além disso, o sistema permite intensificar a utilização das áreas
montanhosas, característica da topografia da região cafeeira do Rio de Janeiro, de interesse para
pequenas propriedades que utilizam intensamente a mão-de-obra familiar. Os estudos
demonstram que pela adoção do sistema de plantio adensado é possível obter alta produtividade
por área, redução do custo de produção e retorno de curto prazo do investimento na implantação
do cafezal. Entretanto, resultados da pesquisa obtidos na região Noroeste da região mostraram
que é necessário certo limite, já que o super adensamento não é favorável à produtividade do
café.
“De fato, a principal vantagem dessa técnica é obtenção de altas produções de café em curto
prazo, que tende a cair à medida que o cafeeiro se desenvolve e aumenta a competição entre as
plantas, sendo necessário, a partir daí, o uso da poda. Assim, os ganhos iniciais de produção
obtidos com os espaçamentos mais adensados podem ser anulados devido à realização da poda.
Essa evidência sinaliza para a necessidade de se prever um bom manejo de podas para
cafeeiros adensados”, detalha o pesquisador.
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Mais vantagens – Também são elencadas ganhos em aumento de produtividade a curto prazo
com retorno mais rápido do capital investido; menor área requerida para plantio devido ao melhor
aproveitamento das áreas mais favoráveis à cafeicultura; melhoria das propriedades químicas e
físicas do solo devido à concentração de matéria orgânica e melhor aproveitamento desses
nutrientes graças à manutenção da umidade nas camadas superficiais pelo sombreamento e
melhor distribuição do sistema radicular; menor gasto no controle de plantas daninhas pelo
sombreamento da área e melhor proteção do solo em áreas declivosas, diminuindo processos
erosivos.
Irrigação por gotejamento – Realizada em café conilon no Norte Fluminense tem obtido
resultados positivos em produtividade, devido não só à disponibilização tecnológica, mas às
mudanças climáticas ocorridas. Segundo resultados de unidade de observação conduzida em
Campos dos Goytacazes, com o uso da irrigação foi observado maior número de grãos por roseta
e, consequentemente, maior número de grãos por ramo produtivo.
Segundo Wander Eustáquio, para o aumento da produtividade agrícola e da eficiência do uso da
água, a técnica da irrigação por gotejamento, por si só, não garante esses benefícios imediatos
para a cultura do cafeeiro. O manejo da irrigação, bem como as técnicas agrícolas, como o
controle da umidade do solo, da adubação, da salinidade, das doenças e insetos, e a seleção de
cultivares podem proporcionar efeitos significativos na produção por área e por água consumida,
bem como na qualidade do produto final. “O custo inicial pode ser mais elevado em relação a
outros métodos de irrigação, no entanto, a maior eficiência no uso da água e na aplicação de
fertilizantes, em conjunto com a economia no uso da mão de obra, representam vantagens
econômicas relevantes em médio prazo, o que tornam a irrigação por gotejamento vantajosa para
o produtor rural”, explica o pesquisador.
Projetos encerrados – Depois da criação do Consórcio Pesquisa Café, há mais de 15 anos, a
Pesagro, como instituição fundadora e consorciada, realizou levantamento do estado nutricional e
da fertilidade do solo em cafezais de arábica e conilon da região Noroeste, Norte e Serrana do
Rio de Janeiro que resultou em recomendações de boas práticas para uma produção com melhor
qualidade e a menores custos. Isso porque os trabalhos na área de fertilidade do solo e nutrição
de plantas permitiram identificar, nas principais regiões de produção, os nutrientes em menor
disponibilidade para as plantas. Visando à revitalização da cultura do café no estado e à oferta de
informações técnicas ao setor produtivo, também foi feito zoneamento agroclimático. Com esse
estudo - uma espécie de mapa de aptidão climática para a cafeicultura do estado para minimizar
riscos de perdas de produtividade e/ou qualidade decorrentes de estiagens, excesso térmico ou
hídrico - verificou-se que, para o café arábica, existem 42% de áreas aptas, 5% aptas irrigadas e
53% de áreas inaptas. Para o café robusta foram mapeados cerca de 38% de áreas aptas, 26%
de áreas aptas irrigadas e 36% de áreas inaptas.
Estudos conduzidos com irrigação no café conilon no Norte Fluminense mostraram que a
produtividade aumentou de 13 sacas de café beneficiado por hectare (sem irrigação) para 52
sacas de café beneficiado por hectare com o uso da prática. Com a colaboração de instituições
parceiras, houve ainda pesquisa de produção de mudas enxertadas de novos genótipos de café
para contornar os danos provocados por nematóides da espécie Meloidogyne exigua. O trabalho
testou cultivares de café e, ao mesmo tempo, avaliou o desenvolvimento dos cafeeiros