SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  120
Caio Vassão
http://caiovassao.com.br/
Metadesign e Cidade Distribuída
Red Bull Station – Maio 2015.




http://www.opte.org/maps/
Internet Mapping Project
http://www.opte.org/maps/
“Blue Marble” (NASA)
natureza/biologia
http://popartmachine.com/item/pop_art/LOC+1567152/%5BWORM
New York City (fish-eye lens)
Ecologia: um novo paradigma
“Complexidade Organizada”, sistemas interrelacionados.
cidade/cultura tecnologia/informação
Crescimento Insustentável –
Crescimento exponencial...
Crescimento da tecnologia...
http://thenextwavefutures.wordpress.com/2009/08/02/the-end-of-moores-law/
http://www.informationweek.com/thebrainyard/news/strategy/232300595
Crescimento Insustentável –
Diferentes taxas de crescimento...
Crescimento das Cidades
X
Crescimento das Corporações
http://www.plosone.org/article/info:doi/10.1371/journal.pone.0013541
Urban Scaling and Its Deviations:
Revealing the Structure of Wealth, Innovation and Crime across Cities
superlinear
sublinear
linear
Geoffrey West
http://www.flickr.com/photos/walkingsf/5912946760/in/set-72157627140310742
red=flickr / blue=twitter
América do Norte segundo as
postagens de Twitter e Flickr
Eric Fischer
http://www.flickr.com/photos/walkingsf/5912385701/in/set-72157627140310742/
red=flickr / blue=twitter
América do Sul e Brasil segundo as
postagens de Twitter e Flickr
Eric Fischer
http://www.flickr.com/photos/walkingsf/5912385701/in/set-72157627140310742
red=flickr / blue=twitter
São Paulo (RMSP) segundo as
postagens de Twitter e Flickr
Eric Fischer
http://www.flickr.com/photos/walkingsf/4671446659/
red=flickr / blue=twitter
Urbanização Dispersa
Segundo Goulart, et al.
Macro-Metrópole:
Campinas – São Paulo – São José –
Taubaté – Rio de Janeiro...
GOULART REIS, Nestor.
Notas Sobre Urbanizaç ão Dispersa e Novas Formas de Tecido Urbano.
São Paulo, Via das Artes, 2006.
Urbanização Dispersa
Segundo Goulart, et al.
Macro-Metrópole:
Campinas – São Paulo – São José –
Taubaté – Rio de Janeiro...
GOULART REIS, Nestor.
Notas Sobre Urbanizaç ão Dispersa e Novas Formas de Tecido Urbano.
São Paulo, Via das Artes, 2006.
Mega-Regiões Emergentes - EUA
Regional Plan Association
http://en.wikipedia.org/wiki/File:MapofEmergingUSMegaregions.png
Arquitetura móvel.
Arquitetura efêmera.
Arquitetura leve.
Arquitetura para o corpo.
Arquitetura ancestral.
Estruturas leves.
Sistemas de configuração de habitações.
Sistemas de configuração de identidades e relações.
Cidade/Acampamento.
Mobilidade de si, das coisas, do mundo.
http://www.flickr.com/photos/luiz_stapassoli/5072919851/
Arquitetura Móvel Tradicional –
Oca – nativos brasileiros.
Arquitetura Móvel Tradicional –
Yurte mongol.
http://natgeotv.com/pt/photo-of-the-day/2012/janeiro
A mongolian nomadic woman at her yurt in Erdene Soum.
Alison Wright
Arquitetura Móvel Tradicional –
Tipi – nativos norte-americanos.
http://www.wallpaperpimper.com/wallpaper/download-wallpaper-Tepee_On_The_Range_Wyoming-size-1600x1200-id-142662.htm
Arquitetura Móvel Tradicional –
Vardo – ciganos tradicionais (Romani).
http://cleaningbird.blogspot.com.br/2009/09/yarrrrr-cleaning-post-ahoy.html
Arquitetura Móvel Tradicional –
Barco Bajau – “ciganos do mar” da Indonésia e Filipinas.
http://www.asianoffbeat.com/photos/the-last-bajau-sea-nomads/the-last-bajau-sea-nomads-images_5884.jpg
Arquitetura Móvel Contemporânea –
Espetáculos/Eventos Culturais.
http://cleaningbird.blogspot.com.br/2009/09/yarrrrr-cleaning-post-ahoy.html
http://www.architekturmuseum.de/ausstellungen/bild.php?impress=&which=26&img=4&show=
Arquitetura Móvel Contemporânea –
Arquitetura de e com Containeres.
http://www.treehugger.com/sustainable-product-design/freitag-recycled-shipping-container-store-in-zurich.html
http://www.jetsongreen.com/2008/12/lot-ek-puma-cit.html
http://deathtoarchitecture.blogspot.com.br/2011/04/wes-jones.html
Arquitetura Móvel Contemporânea –
Trailers e Motorhomes. http://www.chevytalk.org/fusionbb/showtopic.php?tid/275013/
http://ramchargercentral.com/diesel-talk/classic-winnebago-diesel/
A “Forma Acampamento” –
Urbanidade ancestral, recuperada para um novo momento...
Aerial view of 500 trailers drawn by heavy cars, mostly Cadillacs, Chryslers & Osmobiles,
parked in concentric circles as their 1,500 Amer. vacationing owners camp for the night
during 3,000 mile tour fr. Nogales to Alcapulco & back.
Location: Guyannas, Mexico
Date Taken: January 12, 1955
Photographer: Loomis Dean
http://www.airforums.com/forums/f47/historic-rally-photos-nogales-rendezvous-1957-a-10477.html
Trailer (ou Recreational Vehicle, “RV”) Rally
http://www.rearviewsafety.com/blog/2011/back-up-camera-system/rv-back-up-camera-for-your-cross-country-trips/
Acampamento Militar Romano
http://www.shutterstock.com/pic-47842864/stock-vector-roman-camp.html
Recreational Vehicle Rally - 2011
http://ratedrv13thenextchapter.blogspot.com.br/2011_07_01_archive.html
Burning Man 2010
(GeoEye-1 Earth observation satellite)
http://www.thehighdefinite.com/2010/09/burning-man-2010-the-smokes-perspective/
Burning Man Camp - Tristan Savatier
http://www.loupiote.com/burningman/photos/237497891.shtml
Burning Man 1991
http://remedyarn.com/?attachment_id=337
Hailey, Charlie. Camps: A Guide to 21st-Century Space
http://web.dcp.ufl.edu/clhailey/
http://www.flickr.com/photos/walkingsf/5912946760/in/set-72157627140310742
red=flickr / blue=twitter
Novas Urbanidades –
Centro Auto-Regenerativo (1996).
Caio Vassão © 2011
Novas Urbanidades –
Centro Auto-Regenerativo (1996).
Caio Vassão © 2010
Caio Vassão © 2011
Caio Vassão © 2011
Caio Vassão © 2011
CaioVassão©2011
Novas Urbanidades –
Pocket Car (2002) (Marcus Del Mastro, EPI).
Teoria do Projeto (Design)
Teoria do Projeto
Retomada de uma noção primordial de arte (poiésis) em prol da inovação.
Complexidade e Sistemas Emergentes (projeta-se o incontrolável?)
Arquitetura Móvel X Arquitetura da Mobilidade
É criar um “Meta-Espaço”, uma “Meta-Cidade” de relações sociais e tecnológicas.
Metadesign e Arquitetura Livre
Banalização da tecnologia digital (Computação Ubíqua)
O “Meta-Espaço” é um ambiente de telecomunicação pessoal avançado!
Como projetar a complexidade contemporânea e futura, de modo efetivo e ético...
Filosofia pós-estruturalista, em especial Deleuze e Guattari
nomadologia, teoria e prática do nomadismo...
A cidade não é um “LOCAL”,
ela é um processo de interação social!
Os ‘locais’ (ruas, edifícios, parques, casas, etc.) são apenas “cascas”
que construímos e utilizamos.
A motivação de sua existência é sustentar essa interação social...
A cidade não é uma “infra-estrutura FRIA, SEM NOME”
ela é uma entidade poético-estética!
Entender a cidade como obra de arte coletiva, colaborativa,
co-evolutiva, sempre incompleta, sempre precária, sempre
sedutora, sempre frustrante, sempre mais e menos do que
esperamos dela.
A cidade poderia ser muito mais do que
“CAPITAL ESPECULATIVO”.
ela é pode ser um campo de experimentação coletiva.
Construir a cidade como entidade virtual-corpórea, da cultura e da
presença concreta dos cidadãos, de suas invenções e formas de
habitar e ocupar o espaço.
Divórcio Político –Estético entre Positivismo e Romantismo
Positivismo:
Ciência e Tecnologia
Lógica Instrumental
Destruição do Ambiente, da natureza e da humanidade.
Romantismo:
Estética e obra de arte como objeto de fruição
Proibição do convívio da arte no cotidiano
Teoria do Projeto (Design) REFERÊNCIAS TRADICIONAIS
Filosofia pós-estruturalista, em especial Deleuze e Guattari
Nomadologia – o comportamento basal da humanidade é nômade
Somos nômades que aprenderam a viver como sendentários.
Esse aprendizado é re-afirmado todos os dias pelo ambiente urbano.
Nomadismo é uma postura subjetiva, não é sinônimo de “viajar bastante”...
O Estado é a forma política do sedentarismo.
O capitalismo se apropria da mutabilidade do nomadismo para ampliar sua
adaptabilidade – “o Capitalismo se faz à medida que se desfaz...”
Deleuze e Guattari previram a retomada do comportamento Nômade
Sistemas Centralizados (industriais) = Árvore
Sistemas Distribuídos (telecomunicação digital) = Rizoma
Teoria do Projeto (Design) NOVAS REFERÊNCIAS
Design como Controle do Futuro
Espectador Ativo
Destruição do Ambiente
Injustiça Social e Política
Lógica Instrumental
Filosofia Esquizofrênica da Fratura
Positivismo X Romantismo
Utilitarismo
Pragmatismo
Cibernética como controle
Projeto (Design) “dialoga com a Arte”
Meta do Projeto e controlar a realidade
Teoria do Projeto (Design) NOVAS REFERÊNCIAS
Design como Co-Criação
Agente Passivo
Convívio com o Ambiente
Práticas sócio-ambientais
Corporalidade Ferramental
Filosofia Precária
Ecologia Profunda
Pós-estruturalismo
Fenomenologia
Cibernética como convívio
Projeto (Design) “é Arte”
Oportunidade do Projeto é descobrir,
desvendar, co-criar uma realidade
X
METADESIGN
Facsimile dos Pergaminhos do Mar Morto
www.facsimile-editions.com/en/ds/
 
?Biblia de Gutenberg (Harry Ransom Center)
http://www.hrc.utexas.edu/exhibitions/permanent/gutenberg/ Hypertext (Ted Nelson)
Ecologia da Informação – Hipertexto (Nelson)
Vista do terraço Italia
(“Viaje na viagem”)
“The Naked City”, Guy DebordCidade de Český Krumlov, Boemia
 
Ecologia Urbana – Cidade Distribuída (Vassão, 2011)
Árvore
Sistemas Centralizados
Estado
Sedentarismo
Jornais, TV, Rádio, etc.
Telecomunicação tradicional
Indústria vitoriana
Cidade Industrial e “de Condomínio”
CaioVassão,EPI
Rizoma (gramíneas)
Sistemas Distribuídos
Tribo
Nomadismo
Internet (Web)
Telecomunicação pessoal
Indústria just-in-time
Cidade Compacta e Distribuída
©CaioVassão/EPI
Cidade Centralizada
Sistemas Centralizados
Planejada
Grande/Monumental
Insustentável
Desintegrada
Cidade Distribuída
Sistemas Distribuídos
Emergente
Pequeno/Local
Sustentável
Integrada
©CaioVassão/EPI
Publicação 2015
“Cidade Distribuída” (edição bilíngüe).
Ferramentas conceituais:
(1) Níveis de Abstração
(2) Diagramas
(3) Procedimentos
(4) Emergência
Metadesign
Metadesign
Criar a Simplicidade a partir da Complexidade.
Compreender a complexidade  “Compactar” a complexidade  Construir a simplicidade
Ferramentas do Metadesign:
1 – Abstração
2 – Diagramas
3 – Procedimentos
4 – Emergência
Metadesign
Ferramentas do Metadesign:
1 – Abstração
Processo de construção do conhecimento
Criação de “Ontologias”, taxonomias e categorias
Criação de uma “linguagem comum”
Montar “Máquinas Abstratas”
- ações desejadas
- componentes
- inputs e outputs
- encapsulamento
Abordagem Lúdica:
- metáforas
- suspensão do repertório
- criação de um novo repertório
- Imaginar uma máquina e seu funcionamento
Metadesign
Ferramentas do Metadesign:
2 – Diagramas
Visualização da complexidade por
meio de diagramas de tipos variados
Tornar comum a acessível a complexidade
promovendo o trabalho colaborativo
Visualizar as oportunidades de relacionamento
Diagramas das “Máquinas Abstratas”
Diagramas das ontologias e taxonomias
Mapear os talentos e oportunidades
Diagramas para visualização da ecologia
GIS – Geographical Information Systems
Diagramas Miméticos (“mímicos”)
Diagramas de Sankey
Metadesign
Ferramentas do Metadesign:
3 – Procedimentos
Criação de procedimentos
Experimentação com procedimentos
Aplicação e ajuste dos procedimentos
“Regras do Jogo”
Mudar as regras é mudar o jogo...
Torná-lo mais interessante, mais direcionado,
mais lúdico, mais divertido, mais conseqüente,
mais responsável...
Descrever processos de acordo com
diretrizes e comportamentos do sistema
Jogar o jogo...
Metadesign
Ferramentas do Metadesign:
4 – Emergência
Detectar as Oportunidades Emergentes,
ou seja, imprevistas, mas muito poderosas.
Todo processo acarreta situações imprevistas
Tirar proveito delas, direcioná-las e,
Aprender com elas.
Aceitar e potencializar as “Pontas Soltas” do
processo, aquilo que depende das comunidades
e do uso concreto, da vida...
Nichos de Interação –
Emergência de um nicho de interação...
Pesquisa e Processos da Arte
Existe uma disposição para o desenvolvimento de "projetos teóricos”,
"pensar projetando", "questionar projetando”…
A proposta enquanto uma "sonda", um experimento, um
"Gedankenexperiment" –
tremendo papel na física, assim como na Arte Conceitual.
Étienne-Louis Boullée – Cenotáfio para Isaac Newton
Fun Palace – Cedric Price (1961)
Centro Pompidou – Beauborg – Piano + Rogers (1970-1979)
Pesquisa e Processos da Arte
Projeto como pergunta, mobilização ontológica:
Do mesmo modo que a Arte, o projeto como pergunta levanta essa
mesma mobilização – por a Realidade em questão.
Fratura Romântico-Positivista
Origens na educação escolástica.
Continuação de uma separação entre produção (poiesis)
entendida como "trabalho" e "poética”.
Constituição dos campos opostos e complementares:
da "técnica"
da "arte”
Esquecimento da dimensão polissêmica, polivalente e
política do "artificial”.
Fratura Romântico-Positivista
Positivismo cria a tecno-ciência
e corre solto, construindo o mundo anti-ecológico de hoje.
Maior sintoma de que vivemos em um mundo esquizofrênico
é a insustentabilidade do mundo industrial.
Fratura Romântico-Positivista
Romantismo cria a arte
e define-a como sendo a expressão de uma monstruosidade da
psique, de algo indomável, irrepresentável enquanto razão
e, por esse motivo, absolutamente distinta do cotidiano
A arte é aceita em toda a sua potência polissêmica, e está livr
para cumprir um papel de questionamento profunda da
ontologias reinantes em determinado período.
Fratura Romântico-Positivista
Parceria tensa e esquizóide entre
Positivismo e Romantismo cria o lugar sócio-político tanto
da tecno-ciência, como da arte.
E deixa para o passado:
a obra de arte entendida como entidade
holonômica e polissêmica
a ação poiética comunitária = "artesanato"
Fratura Romântico-Positivista
Sintomas problemáticos da Fratura:
especialização das áreas da tecno-ciência.
rejeição formal de abordagens de pesquisa e produção
que não sejam positivistas (ciência, especialização,
produção de bem estar-social e bens de consumo).
Fratura Romântico-Positivista
Tentativas sucessivas de costurar os dois fragmentos:
Artes Aplicadas
Arts and Crafts
Movimento Moderno - arquitetura e design
Bauhaus/Ulm
Arte Total
Situacionismo
Arte de Rua/Performance/Arte-conceitual/Meta-Arte
Design Interrogativo (Wodiczko)
Movimento Colaborativo (web, Software Livre, etc.)
Fratura Romântico-Positivista
Mas, dificilmente consegue-se superar a Fratura,
pois ela está codificada em:
legislação
práticas do mercado da arte
estrutura curricular das especializações
profissionais e acadêmicas
estatuto "monstruoso" da obra de arte –
queda (questionamento, incômodo, o Outro)
estatuto "redentor" da obra tecnológica –
ascensão (repetição, conforto, o Mesmo)
Enfim…
na cosmologia reinante hoje, em nossa episteme
Fratura Romântico-Positivista
Ciência Nômade e Ciência Régia
De saída, Deleuze e Guattari, em Mil-platôs,
expõem a ciência fora da Fratura, entendendo-a em dois níveis:
ciência nômade é descrita como ação poiética
singular, intransferível, incodificável .
ciência régia é um processo normativo e de
captura, não produz nada
universal, transferível, sobrecodificada.
Aceitar a dimensão polissêmica e antropológica (Latour)
da tecnologia é assumir seus aspectos monstruosos.
Aceitar a dimensão cotidiana da arte é assumir sua
possibilidade redentora.
O que é Arte?
Arte na Antiguidade
Arte, do latim “ARS”  origem etimológica próxima de
“arma”, “arm” (“braço”, ing.), “armar”, etc.
Arte  artifício, artificial, ARTEFATO, articulação...
Mas, na origem da cultura latina (Roma), a Arte descende do grego
TECHNÉ, “arte” em grego.
O que é Arte?
Arte na Antiguidade Grega
Techné incluia astronomia, matemática, medicina, gastronomia,
retórica, etc... além da pintura, música, poesia, arquitetura,
escultura, etc...
Poiesis  “Criar”, “Produzir”, no sentido de “fazer existir”, em grego.
Aesthesis  “Perceber”, no sentido de percepção bruta, e não
categorizada, como na “percepção visual”, “percepção auditiva”,
ou seja, a percepção sinestésica.
Techné é também o “conhecimento quanto à produção”, a arte
entendida como “forma de conhecimento”
O que é Arte?
Arte na Antiguidade Grega
Importante dicotomia:
Logos x Techné
Para Platão, a arte (Techné) é o caminho para se chegar no
conhecimento válido (Logos), como uma escada que
pode ser descartada ao atingir-se o objetivo de conheci-
mento.
O mundo sensorial/perceptivo é domínio da Aesthesis,
e pode apenas ser ilusório/mentiroso. Alguns artefatos,
produzidos (poiesis) com habilidade, podem promover
essa compreensão que vai além do mundo, o transcendem.
O que é Arte?
Arte na Antiguidade Grega
Para Aristóteles, a arte (Techné) é um modo de
conhecimento, mas de tipo específico: é da ordem
do “possível”*; enquanto o conhecimento válido,
certeiro (Logos) é aquele da ordem do “necessário”**.
Logos x Techné
necessário x possível
**Necessário diz respeito ao que deve ser de um modo, e não pode ser diferente.
(ex. 2 + 2 = 4; uma base somada a um ácido resulta em uma solução salina, etc.)
*Possível diz respeito ao que pode ser de diversas formas, e pode ser apreendido
ainda de muitas formas diferentes.
(ex. uma pintura pode ser feita de infinitas formas diferentes, assim como pode ser
percebida de formas igualmente infindáveis – subjetividade, estética.)
O que é Arte?
Arte na cultura Escolástica Medieval
Cultura relacionada com o clero e fundamentada
na teologia (estudo do sagrado, de Deus).
No currículo escolástico, existe a dicotomia entre:
- “artes Liberais” e
As artes que promovem a liberação do mundo sensorial, corpóreo.
Matemática, música, pintura, astronomia, etc.
- “artes Servis”
As artes que servem ao corpo, promovem conforto e proteção,
ou seja, tornam a vida terrena mais tolerável – potencialmente
distanciando-nos da vida eterna e da salvação.
Medicina, arquitetura, artesanato em geral, etc.
O que é Arte?
Arte durante o Renascimento
Retomada da influência da filosofia antiga quanto à
indução, e da importância de se dedicar ao estudo
do mundo para a produção de conhecimento.
Temporariamente, surge uma sobreposição entre
aquilo que seria posteriormente considerado “Ciência”
(a partir do Positivismo) e “Arte” (em sua acepção
tradicional).
Leonardo disseca corpos, mas também é pintor, músico e
arquiteto.
Por outro lado, as distinções entre “Artes Liberais” e
“Artes Servis” vão se aprofundando, à medida que a
produção e a economia mercantil vão se consolidando.
O que é Arte?
Arte do Renascimento à Rev. Industrial
Neste período vai surgindo o termo “técnica” como
o conhecimento preciso quanto à produção,
o “domínio” das formas de produção.
“Saber fazer”.
Ou seja, do grego “techné” como forma de conhecimento
quanto à produção em geral, surge o termo “técnica”
conhecimento quanto aos “meios de produção”,
independentemente das intenções que venham a ser
expressas.
Até aqui, o “saber fazer” estava sempre entremeado
com um “modo poético” de ver as coisas e a produção.
Passa a ser um modo “técnico”, preciso.
O que é Arte?
Arte e a Revolução Industrial
Neste momento, o termo “produção” começa a abandonar
a esfera ampla e antiga da Poiesis, e passa gradualmente
a designar a produção controlada cientificamente
das indústrias, o processo racionalizado.
É neste momento que a idéia de “utilidade” se instaura
como mote geral para a sociedade.
O que é Arte?
Positivismo
Movimentos filosóficos como o Empirismo e o Utilitarismo
já vinham conclamando o abandono da filosofia como
forma suprema de conhecimento.
Mas é o Positivismo que propõe a ciência como essa forma
privilegiada de conhecimento – sendo ali que surgem as ciências
como a conhecemos.
Biologia, Geologia, Geografia, Física, Sociologia, e principalmente a Tecnologia.
O termo “arte” não é excluído, mas passa a ter a denominação
que depois será da “Tecnologia”:
conhecimento quanto à produção.
O que é Arte?
Romantismo
Movimentos filosóficos idealistas vinham retomando a idéia
de uma natureza transcendente do ser humano.
Com o Romantismo, essa natureza se iguala à Estética.
Baumgarten propôe o termo “Estética” a partir do grego
“Aesthesis” – inicialmente como “ciência do belo”, e depois
como “estudo filosófico do belo”, posteriormente
o “estudo filosófico da percepção”.
Surge com o Romantismo a noção estrita e restritiva de ARTE
que utilizamos ainda hoje: “Arte é a produção e a fruição
de obras de cunho estético, sem nenhum compromisso
ou relação direta com a vida cotidiana.”
obs.: Se houver alguma relação entre arte e cotidiano, como foi muito comum
durante o séc. XX, isso se dá como uma “ponte”, não como um “dado inicial”.
O que é Arte?
Romantismo e Positivismo
As noções de Arte e Ciência que surgem aí são complementares
e mutuamente excludentes:
Logos x Techné
necessário x possível
Ciência x Arte
O Positivismo propõe uma área de conhecimento que relaciona
os dois campos: a tecnologia:
-logia x tecno-
Ocorre a “Fratura Romântico-Positivista”, via a qual surgem as ciências
e as artes, ambas alienadas do cotidiano, e divorciadas entre si.
Arte e Design?
2ª Revolução Industrial
Neste momento, as relações entre ciência (logos) e produção
(techné) tornam-se cada vez mais estreitas,
Com a denominação estrita de Arte Romântica, a maioria
das antigas “artes” tornam-se ciências ou tecnologias,
Em específico, surge a noção de “Arte Aplicada”, uma ponte
entre as Artes, no sentido romântico, e o Cotidiano:
a arquitetura, o urbanismo e o design.
O que está implícito é que há conhecimentos “certos”
e “imutáveis” (“necessários”), e estes são produzidos pela
Ciência. Assim sendo, a Arte não tem nada a contribuir
nestes campos.
Arte e Design?
2ª Revolução Industrial e Positivismo
O que está implícito é que há conhecimentos “certos”
e “imutáveis” (“necessários”), e estes são produzidos pela
Ciência. Assim sendo, a Arte não tem nada a contribuir
nestes campos.
*Assim sendo, a Arte pode apenas cobrir os produtos
da indústria com uma patina estética, tornando-o
aprazíveis para o público consumidor – adequando
a “indústria” ao “gosto” popular.
**Outra abordagem (Bonsiepe) é a de compreender o
Design como Tecno-Logia, ou seja, um conhecimento
sistemático quanto à produção, não necessariamente
científico.
Arte e Design?
Arte Contemporânea – Arte, Ciência e Tecnologia
Ao longo do séc. XX, percebe-se diversos meios de
questionar essa situação:
- fim da Arte Romântica – Modernismo (não quebra
efetivamente com o romantismo, apenas encontra
novas formas de expressão, dentro do mesmo esquema
conceitual, mesmas categorias)
- a ciência depende da arte – a “intuição” é um modo
importante para o desenvolvimento científico
(não quebra com o romantismo, apenas indica que o diálogo entre
ambos é importante)
- ciência não é definitiva e infalível – a ciência é tão
incerta quanto a Arte, mas funciona de modo mais formal
e previsível
(há uma quebra efetiva com a Fratura Romantico-Positivista...)
Arte e Design?
Arte Contemporânea – Arte, Ciência e Tecnologia
- ciência não é definitiva e infalível – a ciência é tão
incerta quanto a Arte, mas funciona de modo mais formal
e previsível
(há uma quebra efetiva com a Fratura Romantico-Positivista...)
Essa é a abordagem de novos movimentos filosóficos:
- Fenomenologia
- Pós-Estruturalismo
- Filosofia Crítica (“Escola de Frankfurt”)
O que diriam: “As ciências utilizam imagens, conceitos,
sensações, intuições, e têm história de produção,
envolvem a subjetividade e incerteza, assim como as artes. “
Arte e Design?
Arte Contemporânea – Design
Neste sentido, o Design seria uma forma de construção
da realidade industrial que não passa pela “ditadura”
da ciência – ele pode compreender que a ciência
produz conhecimentos úteis, mas não se submete
às categorias científicas.
Além disso, o Design reconhece que o modo de produção
artística pode fazer parte da vida cotidiana, que aquele
modo subjetivo de compreender o mundo e o “saber
fazer” pode ser um modo válido de conceber
itens de consumo de massa.
Arte e Design?
Arte Contemporânea – Design
O Metadesign promoveria a compreensão mais ágil
de como essa subjetividade está em jogo.
Já que não há “conhecimento definitivo”, a criação de
ontologias deixa de ser a ação apenas do filósofo ou
do cientista, e passa a ser um modo de perceber
oportunidades criativas.
Design Interrogativo  Krzysztof Wodiczko
Lucy Orta – Refuge Wear (2001)
Joep Van Lieshout
Hundertwasser – Cinco Peles.
Metadesign – Design de Ecossistemas
Ecologia Profunda
indistinção entre "mundo do homem" e "mundo natural”
ecologia é um processo de totalização que
transcende a cognição
aceitação da incompletude do conhecimento e do projeto
Metadesign – Design de Ecossistemas
Totalização é impossível para a cognição
Pode-se conhecer e projetar apenas fragmentos
Paradoxal com o senso de "todo" (holos) que temos
frente ao “mundo bom” e à felicidade
(sentir-se pleno, parte do todo)
Totalização pela cognição é impossível, mas o senso
holonômico é acessível à percepção
(fenômeno, estética, poética)
Metadesign – Design de Ecossistemas
Devir
não há "objetos" apenas "processos"
problema do "artefato eterno" e sua superação pelo
ecossistema aberto
o que é "essência" ou "substância" se há apenas devir?
Metadesign – Design de Ecossistemas
Emergência
não-determinismo
projeto sempre inacabado
projeto com "ocos" para desenvolver-se
wabi-sabi (cultura japonesa)
Metadesign – Design de Ecossistemas
Polissemia do sentido
Todo projeto é aberto
Todo sentido é um diálogo entre
imanência holonômica e intencionalidade fragmentária,
ou seja esquizóide-esquizofrênica
dois caminhos:
diálogo sensível (agente passivo)
situação
rizoma
corporidade ferramental
sistemas distribuídos
holonômico
dinâmico
diálogo insensível (espectador ativo)
espetáculo
árvore
lógica instrumental
sistemas (des)centralidos
esquizofrênico
estático
Metadesign – Design de Ecossistemas
Intencionalidade poética do projeto
inovação, invenção, positivação como ação poética
projeto como pergunta
superação da Fratura Romântico-Positivista
Obrigado!
http://caiovassao.com.br/
caio@caiovassao.com.br

Contenu connexe

Tendances

Aula07 designculturaesociedade
Aula07 designculturaesociedadeAula07 designculturaesociedade
Aula07 designculturaesociedadeIzabel Meister
 
Do Modus Operandi ao Modus Vivendi: uma nova percepção de interfaces
Do Modus Operandi ao Modus Vivendi: uma nova percepção de interfacesDo Modus Operandi ao Modus Vivendi: uma nova percepção de interfaces
Do Modus Operandi ao Modus Vivendi: uma nova percepção de interfacesEduardo Zilles Borba
 
Usuários e designers: quem é quem no codesign?
Usuários e designers: quem é quem no codesign?Usuários e designers: quem é quem no codesign?
Usuários e designers: quem é quem no codesign?Rodrigo Freese Gonzatto
 
Do monitor à caverna digital: experiências de imersão no contexto virtual
Do monitor à caverna digital: experiências de imersão no contexto virtualDo monitor à caverna digital: experiências de imersão no contexto virtual
Do monitor à caverna digital: experiências de imersão no contexto virtualEduardo Zilles Borba
 
(2010) Cidade 2.0 - paper published at II Simpósio de Arquitetura e Urbanismo...
(2010) Cidade 2.0 - paper published at II Simpósio de Arquitetura e Urbanismo...(2010) Cidade 2.0 - paper published at II Simpósio de Arquitetura e Urbanismo...
(2010) Cidade 2.0 - paper published at II Simpósio de Arquitetura e Urbanismo...Heloisa Neves
 
A revolução do biocoding: A filosofia de apropriação da tecnologia ligada a b...
A revolução do biocoding: A filosofia de apropriação da tecnologia ligada a b...A revolução do biocoding: A filosofia de apropriação da tecnologia ligada a b...
A revolução do biocoding: A filosofia de apropriação da tecnologia ligada a b...Alessandra Santos
 
Publicidade em Espacos Virtuais: a computacao grafica como recurso criativo e...
Publicidade em Espacos Virtuais: a computacao grafica como recurso criativo e...Publicidade em Espacos Virtuais: a computacao grafica como recurso criativo e...
Publicidade em Espacos Virtuais: a computacao grafica como recurso criativo e...Eduardo Zilles Borba
 
Usuários e Produção da Existência: contribuições de Álvaro Vieira Pinto e Pau...
Usuários e Produção da Existência: contribuições de Álvaro Vieira Pinto e Pau...Usuários e Produção da Existência: contribuições de Álvaro Vieira Pinto e Pau...
Usuários e Produção da Existência: contribuições de Álvaro Vieira Pinto e Pau...Rodrigo Freese Gonzatto
 
Apresentação Nave 2008
Apresentação Nave 2008Apresentação Nave 2008
Apresentação Nave 2008Hudson Augusto
 
Cibercultura e Sistemas de Informação
Cibercultura e Sistemas de InformaçãoCibercultura e Sistemas de Informação
Cibercultura e Sistemas de InformaçãoMariano Pimentel
 
Introdução ao Metadesign
Introdução ao MetadesignIntrodução ao Metadesign
Introdução ao Metadesigncaiovassao
 
Computação vestível e 
interações com o corpo consciente
Computação vestível e 
interações com o corpo conscienteComputação vestível e 
interações com o corpo consciente
Computação vestível e 
interações com o corpo conscienteUTFPR
 
Arte hackeamento: apropriações contra-hegemônicas da tecnologia nas artes vis...
Arte hackeamento: apropriações contra-hegemônicas da tecnologia nas artes vis...Arte hackeamento: apropriações contra-hegemônicas da tecnologia nas artes vis...
Arte hackeamento: apropriações contra-hegemônicas da tecnologia nas artes vis...Daniel Hora
 
A educação voltada para o futuro
A educação voltada para o futuroA educação voltada para o futuro
A educação voltada para o futuroFernando Alcoforado
 
Interação homem-máquina
Interação homem-máquinaInteração homem-máquina
Interação homem-máquinaRose_UFF
 
Convergencia de tecnologias
Convergencia de tecnologiasConvergencia de tecnologias
Convergencia de tecnologiashetorivc
 
Indo além do Design Centrado no Usuário
Indo além do Design Centrado no UsuárioIndo além do Design Centrado no Usuário
Indo além do Design Centrado no UsuárioUTFPR
 

Tendances (18)

Aula07 designculturaesociedade
Aula07 designculturaesociedadeAula07 designculturaesociedade
Aula07 designculturaesociedade
 
Do Modus Operandi ao Modus Vivendi: uma nova percepção de interfaces
Do Modus Operandi ao Modus Vivendi: uma nova percepção de interfacesDo Modus Operandi ao Modus Vivendi: uma nova percepção de interfaces
Do Modus Operandi ao Modus Vivendi: uma nova percepção de interfaces
 
Usuários e designers: quem é quem no codesign?
Usuários e designers: quem é quem no codesign?Usuários e designers: quem é quem no codesign?
Usuários e designers: quem é quem no codesign?
 
Do monitor à caverna digital: experiências de imersão no contexto virtual
Do monitor à caverna digital: experiências de imersão no contexto virtualDo monitor à caverna digital: experiências de imersão no contexto virtual
Do monitor à caverna digital: experiências de imersão no contexto virtual
 
(2010) Cidade 2.0 - paper published at II Simpósio de Arquitetura e Urbanismo...
(2010) Cidade 2.0 - paper published at II Simpósio de Arquitetura e Urbanismo...(2010) Cidade 2.0 - paper published at II Simpósio de Arquitetura e Urbanismo...
(2010) Cidade 2.0 - paper published at II Simpósio de Arquitetura e Urbanismo...
 
A revolução do biocoding: A filosofia de apropriação da tecnologia ligada a b...
A revolução do biocoding: A filosofia de apropriação da tecnologia ligada a b...A revolução do biocoding: A filosofia de apropriação da tecnologia ligada a b...
A revolução do biocoding: A filosofia de apropriação da tecnologia ligada a b...
 
Publicidade em Espacos Virtuais: a computacao grafica como recurso criativo e...
Publicidade em Espacos Virtuais: a computacao grafica como recurso criativo e...Publicidade em Espacos Virtuais: a computacao grafica como recurso criativo e...
Publicidade em Espacos Virtuais: a computacao grafica como recurso criativo e...
 
Usuários e Produção da Existência: contribuições de Álvaro Vieira Pinto e Pau...
Usuários e Produção da Existência: contribuições de Álvaro Vieira Pinto e Pau...Usuários e Produção da Existência: contribuições de Álvaro Vieira Pinto e Pau...
Usuários e Produção da Existência: contribuições de Álvaro Vieira Pinto e Pau...
 
Apresentação Nave 2008
Apresentação Nave 2008Apresentação Nave 2008
Apresentação Nave 2008
 
Cibercultura e Sistemas de Informação
Cibercultura e Sistemas de InformaçãoCibercultura e Sistemas de Informação
Cibercultura e Sistemas de Informação
 
Introdução ao Metadesign
Introdução ao MetadesignIntrodução ao Metadesign
Introdução ao Metadesign
 
Apresentação colóquio internacional 2013
Apresentação colóquio internacional 2013Apresentação colóquio internacional 2013
Apresentação colóquio internacional 2013
 
Computação vestível e 
interações com o corpo consciente
Computação vestível e 
interações com o corpo conscienteComputação vestível e 
interações com o corpo consciente
Computação vestível e 
interações com o corpo consciente
 
Arte hackeamento: apropriações contra-hegemônicas da tecnologia nas artes vis...
Arte hackeamento: apropriações contra-hegemônicas da tecnologia nas artes vis...Arte hackeamento: apropriações contra-hegemônicas da tecnologia nas artes vis...
Arte hackeamento: apropriações contra-hegemônicas da tecnologia nas artes vis...
 
A educação voltada para o futuro
A educação voltada para o futuroA educação voltada para o futuro
A educação voltada para o futuro
 
Interação homem-máquina
Interação homem-máquinaInteração homem-máquina
Interação homem-máquina
 
Convergencia de tecnologias
Convergencia de tecnologiasConvergencia de tecnologias
Convergencia de tecnologias
 
Indo além do Design Centrado no Usuário
Indo além do Design Centrado no UsuárioIndo além do Design Centrado no Usuário
Indo além do Design Centrado no Usuário
 

En vedette

O Caórdico e o Metadesign
O Caórdico e o MetadesignO Caórdico e o Metadesign
O Caórdico e o MetadesignLucas Carregari
 
The Myth of Participation, or how participation will deliver the Right to the...
The Myth of Participation, or how participation will deliver the Right to the...The Myth of Participation, or how participation will deliver the Right to the...
The Myth of Participation, or how participation will deliver the Right to the...Roberto Rocco
 
Introdução ao Metadesign
Introdução ao MetadesignIntrodução ao Metadesign
Introdução ao Metadesigncaiovassao
 
URBAN WEEKEND Dervish Cultural Hacking + Colab.re "Cidades Compartilhadas"
URBAN WEEKEND Dervish Cultural Hacking + Colab.re "Cidades Compartilhadas"URBAN WEEKEND Dervish Cultural Hacking + Colab.re "Cidades Compartilhadas"
URBAN WEEKEND Dervish Cultural Hacking + Colab.re "Cidades Compartilhadas"Max Nolan Shen
 
Evaluation criteria for Urbanism based on Sustainability and Spatial Justice
Evaluation criteria for Urbanism based on Sustainability and Spatial JusticeEvaluation criteria for Urbanism based on Sustainability and Spatial Justice
Evaluation criteria for Urbanism based on Sustainability and Spatial JusticeRoberto Rocco
 
What is Urbanism at TU Delft ? (v. 2016)
What is Urbanism at TU Delft ? (v. 2016)What is Urbanism at TU Delft ? (v. 2016)
What is Urbanism at TU Delft ? (v. 2016)Roberto Rocco
 
SUMMER SCHOOL Regional Planning and Design with Water: Learning from Dutch Ci...
SUMMER SCHOOL Regional Planning and Design with Water: Learning from Dutch Ci...SUMMER SCHOOL Regional Planning and Design with Water: Learning from Dutch Ci...
SUMMER SCHOOL Regional Planning and Design with Water: Learning from Dutch Ci...Roberto Rocco
 
Democratic Values in Planning
Democratic Values in PlanningDemocratic Values in Planning
Democratic Values in PlanningRoberto Rocco
 
What happened in Quito: An account on UN Habitat 3
What happened in Quito: An account on UN Habitat 3What happened in Quito: An account on UN Habitat 3
What happened in Quito: An account on UN Habitat 3Roberto Rocco
 

En vedette (10)

O Caórdico e o Metadesign
O Caórdico e o MetadesignO Caórdico e o Metadesign
O Caórdico e o Metadesign
 
The Myth of Participation, or how participation will deliver the Right to the...
The Myth of Participation, or how participation will deliver the Right to the...The Myth of Participation, or how participation will deliver the Right to the...
The Myth of Participation, or how participation will deliver the Right to the...
 
Introdução ao Metadesign
Introdução ao MetadesignIntrodução ao Metadesign
Introdução ao Metadesign
 
URBAN WEEKEND Dervish Cultural Hacking + Colab.re "Cidades Compartilhadas"
URBAN WEEKEND Dervish Cultural Hacking + Colab.re "Cidades Compartilhadas"URBAN WEEKEND Dervish Cultural Hacking + Colab.re "Cidades Compartilhadas"
URBAN WEEKEND Dervish Cultural Hacking + Colab.re "Cidades Compartilhadas"
 
Evaluation criteria for Urbanism based on Sustainability and Spatial Justice
Evaluation criteria for Urbanism based on Sustainability and Spatial JusticeEvaluation criteria for Urbanism based on Sustainability and Spatial Justice
Evaluation criteria for Urbanism based on Sustainability and Spatial Justice
 
What is Urbanism at TU Delft ? (v. 2016)
What is Urbanism at TU Delft ? (v. 2016)What is Urbanism at TU Delft ? (v. 2016)
What is Urbanism at TU Delft ? (v. 2016)
 
SUMMER SCHOOL Regional Planning and Design with Water: Learning from Dutch Ci...
SUMMER SCHOOL Regional Planning and Design with Water: Learning from Dutch Ci...SUMMER SCHOOL Regional Planning and Design with Water: Learning from Dutch Ci...
SUMMER SCHOOL Regional Planning and Design with Water: Learning from Dutch Ci...
 
Democratic Values in Planning
Democratic Values in PlanningDemocratic Values in Planning
Democratic Values in Planning
 
What happened in Quito: An account on UN Habitat 3
What happened in Quito: An account on UN Habitat 3What happened in Quito: An account on UN Habitat 3
What happened in Quito: An account on UN Habitat 3
 
Cidades Invisíveis Essencial
Cidades Invisíveis EssencialCidades Invisíveis Essencial
Cidades Invisíveis Essencial
 

Similaire à Metadesign e city hacking

Cibercultura e educação em tempos de mobilidade: conversando com os cotidianos
Cibercultura e educação em tempos de mobilidade: conversando com os cotidianosCibercultura e educação em tempos de mobilidade: conversando com os cotidianos
Cibercultura e educação em tempos de mobilidade: conversando com os cotidianosEdmea Santos
 
IMPROVING COLLECTIVE INTELLIGENCE TO PROMOTE BETTER CITIES
IMPROVING COLLECTIVE INTELLIGENCE TO PROMOTE BETTER CITIESIMPROVING COLLECTIVE INTELLIGENCE TO PROMOTE BETTER CITIES
IMPROVING COLLECTIVE INTELLIGENCE TO PROMOTE BETTER CITIESJosé Carlos Mota
 
Seminario mcmm_ubiquidade tecnológica
Seminario mcmm_ubiquidade tecnológicaSeminario mcmm_ubiquidade tecnológica
Seminario mcmm_ubiquidade tecnológicaRui Raposo
 
vigilância, tecnologia, espaço e cidade
vigilância, tecnologia, espaço e cidadevigilância, tecnologia, espaço e cidade
vigilância, tecnologia, espaço e cidaderodrigo firmino
 
Patrocínio, Marca e Reputação - Aula IV Julho/2014 Cemec
Patrocínio, Marca e Reputação - Aula IV Julho/2014 CemecPatrocínio, Marca e Reputação - Aula IV Julho/2014 Cemec
Patrocínio, Marca e Reputação - Aula IV Julho/2014 CemecCultura e Mercado
 
Cibercultura mobilidade-edméa
Cibercultura mobilidade-edméaCibercultura mobilidade-edméa
Cibercultura mobilidade-edméaEdmea Santos
 
Mediação sobre os desafios do Design na pós-modernidade
Mediação sobre os desafios do Design na pós-modernidadeMediação sobre os desafios do Design na pós-modernidade
Mediação sobre os desafios do Design na pós-modernidadeRodolfo Quinafelex
 
Pensar a cidade nos contextos da cibercultura apresentação
Pensar a cidade nos contextos da cibercultura apresentaçãoPensar a cidade nos contextos da cibercultura apresentação
Pensar a cidade nos contextos da cibercultura apresentaçãoAndreia Regina Moura Mendes
 
Excavando Interfaces: elementos de arqueologia de los medios como contribucio...
Excavando Interfaces: elementos de arqueologia de los medios como contribucio...Excavando Interfaces: elementos de arqueologia de los medios como contribucio...
Excavando Interfaces: elementos de arqueologia de los medios como contribucio...Gustavo Fischer
 
Culturas contemporaneas_Cultura digital e Educ_textos - ARB_Bortolazo.pptx.pdf
Culturas contemporaneas_Cultura digital e Educ_textos - ARB_Bortolazo.pptx.pdfCulturas contemporaneas_Cultura digital e Educ_textos - ARB_Bortolazo.pptx.pdf
Culturas contemporaneas_Cultura digital e Educ_textos - ARB_Bortolazo.pptx.pdfAdrianaBruno9
 
Cidadão Inteligente / Cidade Cidadã
Cidadão Inteligente / Cidade CidadãCidadão Inteligente / Cidade Cidadã
Cidadão Inteligente / Cidade Cidadãmabuse h.d.
 
Cartemas - Eliane Weizmann
Cartemas - Eliane WeizmannCartemas - Eliane Weizmann
Cartemas - Eliane WeizmannVenise Melo
 
011000 Possibilidades Criativas entre os Cartemas e a Hipermídia
011000 Possibilidades Criativas entre os Cartemas e a Hipermídia011000 Possibilidades Criativas entre os Cartemas e a Hipermídia
011000 Possibilidades Criativas entre os Cartemas e a Hipermídia+ Aloisio Magalhães
 
Possibilidades Cartemas
Possibilidades CartemasPossibilidades Cartemas
Possibilidades CartemasVenise Melo
 
Suelton morte e vida de grandes cidades- jane jacobs
Suelton  morte e vida de grandes cidades- jane jacobsSuelton  morte e vida de grandes cidades- jane jacobs
Suelton morte e vida de grandes cidades- jane jacobsSuelton Crispiano
 
Global city 2 apresentação finalíssima
Global city 2  apresentação finalíssimaGlobal city 2  apresentação finalíssima
Global city 2 apresentação finalíssimacidadespelaretoma
 
Mídias locativas: conceitos, participação social e desenvolvimento laboratorial
Mídias locativas: conceitos, participação social e desenvolvimento laboratorialMídias locativas: conceitos, participação social e desenvolvimento laboratorial
Mídias locativas: conceitos, participação social e desenvolvimento laboratorialCampus Party Brasil
 
Recife as a Smart and Playable City
Recife as a Smart and Playable CityRecife as a Smart and Playable City
Recife as a Smart and Playable CityEduardo Oliveira
 

Similaire à Metadesign e city hacking (20)

Cibercultura e educação em tempos de mobilidade: conversando com os cotidianos
Cibercultura e educação em tempos de mobilidade: conversando com os cotidianosCibercultura e educação em tempos de mobilidade: conversando com os cotidianos
Cibercultura e educação em tempos de mobilidade: conversando com os cotidianos
 
A rede e o ser
A rede e o serA rede e o ser
A rede e o ser
 
IMPROVING COLLECTIVE INTELLIGENCE TO PROMOTE BETTER CITIES
IMPROVING COLLECTIVE INTELLIGENCE TO PROMOTE BETTER CITIESIMPROVING COLLECTIVE INTELLIGENCE TO PROMOTE BETTER CITIES
IMPROVING COLLECTIVE INTELLIGENCE TO PROMOTE BETTER CITIES
 
Seminario mcmm_ubiquidade tecnológica
Seminario mcmm_ubiquidade tecnológicaSeminario mcmm_ubiquidade tecnológica
Seminario mcmm_ubiquidade tecnológica
 
vigilância, tecnologia, espaço e cidade
vigilância, tecnologia, espaço e cidadevigilância, tecnologia, espaço e cidade
vigilância, tecnologia, espaço e cidade
 
Patrocínio, Marca e Reputação - Aula IV Julho/2014 Cemec
Patrocínio, Marca e Reputação - Aula IV Julho/2014 CemecPatrocínio, Marca e Reputação - Aula IV Julho/2014 Cemec
Patrocínio, Marca e Reputação - Aula IV Julho/2014 Cemec
 
Cibercultura mobilidade-edméa
Cibercultura mobilidade-edméaCibercultura mobilidade-edméa
Cibercultura mobilidade-edméa
 
Mediação sobre os desafios do Design na pós-modernidade
Mediação sobre os desafios do Design na pós-modernidadeMediação sobre os desafios do Design na pós-modernidade
Mediação sobre os desafios do Design na pós-modernidade
 
Pensar a cidade nos contextos da cibercultura apresentação
Pensar a cidade nos contextos da cibercultura apresentaçãoPensar a cidade nos contextos da cibercultura apresentação
Pensar a cidade nos contextos da cibercultura apresentação
 
Excavando Interfaces: elementos de arqueologia de los medios como contribucio...
Excavando Interfaces: elementos de arqueologia de los medios como contribucio...Excavando Interfaces: elementos de arqueologia de los medios como contribucio...
Excavando Interfaces: elementos de arqueologia de los medios como contribucio...
 
Culturas contemporaneas_Cultura digital e Educ_textos - ARB_Bortolazo.pptx.pdf
Culturas contemporaneas_Cultura digital e Educ_textos - ARB_Bortolazo.pptx.pdfCulturas contemporaneas_Cultura digital e Educ_textos - ARB_Bortolazo.pptx.pdf
Culturas contemporaneas_Cultura digital e Educ_textos - ARB_Bortolazo.pptx.pdf
 
Cidadão Inteligente / Cidade Cidadã
Cidadão Inteligente / Cidade CidadãCidadão Inteligente / Cidade Cidadã
Cidadão Inteligente / Cidade Cidadã
 
Cartemas - Eliane Weizmann
Cartemas - Eliane WeizmannCartemas - Eliane Weizmann
Cartemas - Eliane Weizmann
 
011000 Possibilidades Criativas entre os Cartemas e a Hipermídia
011000 Possibilidades Criativas entre os Cartemas e a Hipermídia011000 Possibilidades Criativas entre os Cartemas e a Hipermídia
011000 Possibilidades Criativas entre os Cartemas e a Hipermídia
 
Possibilidades Cartemas
Possibilidades CartemasPossibilidades Cartemas
Possibilidades Cartemas
 
Suelton morte e vida de grandes cidades- jane jacobs
Suelton  morte e vida de grandes cidades- jane jacobsSuelton  morte e vida de grandes cidades- jane jacobs
Suelton morte e vida de grandes cidades- jane jacobs
 
Global city 2 apresentação finalíssima
Global city 2  apresentação finalíssimaGlobal city 2  apresentação finalíssima
Global city 2 apresentação finalíssima
 
Cidades inteligentes
Cidades inteligentesCidades inteligentes
Cidades inteligentes
 
Mídias locativas: conceitos, participação social e desenvolvimento laboratorial
Mídias locativas: conceitos, participação social e desenvolvimento laboratorialMídias locativas: conceitos, participação social e desenvolvimento laboratorial
Mídias locativas: conceitos, participação social e desenvolvimento laboratorial
 
Recife as a Smart and Playable City
Recife as a Smart and Playable CityRecife as a Smart and Playable City
Recife as a Smart and Playable City
 

Metadesign e city hacking

  • 1. Caio Vassão http://caiovassao.com.br/ Metadesign e Cidade Distribuída Red Bull Station – Maio 2015.
  • 2.     http://www.opte.org/maps/ Internet Mapping Project http://www.opte.org/maps/ “Blue Marble” (NASA) natureza/biologia http://popartmachine.com/item/pop_art/LOC+1567152/%5BWORM New York City (fish-eye lens) Ecologia: um novo paradigma “Complexidade Organizada”, sistemas interrelacionados. cidade/cultura tecnologia/informação
  • 3. Crescimento Insustentável – Crescimento exponencial... Crescimento da tecnologia... http://thenextwavefutures.wordpress.com/2009/08/02/the-end-of-moores-law/
  • 4. http://www.informationweek.com/thebrainyard/news/strategy/232300595 Crescimento Insustentável – Diferentes taxas de crescimento... Crescimento das Cidades X Crescimento das Corporações http://www.plosone.org/article/info:doi/10.1371/journal.pone.0013541 Urban Scaling and Its Deviations: Revealing the Structure of Wealth, Innovation and Crime across Cities superlinear sublinear linear Geoffrey West
  • 6. América do Norte segundo as postagens de Twitter e Flickr Eric Fischer http://www.flickr.com/photos/walkingsf/5912385701/in/set-72157627140310742/ red=flickr / blue=twitter
  • 7. América do Sul e Brasil segundo as postagens de Twitter e Flickr Eric Fischer http://www.flickr.com/photos/walkingsf/5912385701/in/set-72157627140310742 red=flickr / blue=twitter
  • 8. São Paulo (RMSP) segundo as postagens de Twitter e Flickr Eric Fischer http://www.flickr.com/photos/walkingsf/4671446659/ red=flickr / blue=twitter
  • 9. Urbanização Dispersa Segundo Goulart, et al. Macro-Metrópole: Campinas – São Paulo – São José – Taubaté – Rio de Janeiro... GOULART REIS, Nestor. Notas Sobre Urbanizaç ão Dispersa e Novas Formas de Tecido Urbano. São Paulo, Via das Artes, 2006.
  • 10. Urbanização Dispersa Segundo Goulart, et al. Macro-Metrópole: Campinas – São Paulo – São José – Taubaté – Rio de Janeiro... GOULART REIS, Nestor. Notas Sobre Urbanizaç ão Dispersa e Novas Formas de Tecido Urbano. São Paulo, Via das Artes, 2006.
  • 11. Mega-Regiões Emergentes - EUA Regional Plan Association http://en.wikipedia.org/wiki/File:MapofEmergingUSMegaregions.png
  • 12. Arquitetura móvel. Arquitetura efêmera. Arquitetura leve. Arquitetura para o corpo. Arquitetura ancestral. Estruturas leves. Sistemas de configuração de habitações. Sistemas de configuração de identidades e relações. Cidade/Acampamento. Mobilidade de si, das coisas, do mundo.
  • 14. Arquitetura Móvel Tradicional – Yurte mongol. http://natgeotv.com/pt/photo-of-the-day/2012/janeiro A mongolian nomadic woman at her yurt in Erdene Soum. Alison Wright
  • 15. Arquitetura Móvel Tradicional – Tipi – nativos norte-americanos. http://www.wallpaperpimper.com/wallpaper/download-wallpaper-Tepee_On_The_Range_Wyoming-size-1600x1200-id-142662.htm
  • 16. Arquitetura Móvel Tradicional – Vardo – ciganos tradicionais (Romani). http://cleaningbird.blogspot.com.br/2009/09/yarrrrr-cleaning-post-ahoy.html
  • 17. Arquitetura Móvel Tradicional – Barco Bajau – “ciganos do mar” da Indonésia e Filipinas. http://www.asianoffbeat.com/photos/the-last-bajau-sea-nomads/the-last-bajau-sea-nomads-images_5884.jpg
  • 18. Arquitetura Móvel Contemporânea – Espetáculos/Eventos Culturais. http://cleaningbird.blogspot.com.br/2009/09/yarrrrr-cleaning-post-ahoy.html http://www.architekturmuseum.de/ausstellungen/bild.php?impress=&which=26&img=4&show=
  • 19. Arquitetura Móvel Contemporânea – Arquitetura de e com Containeres. http://www.treehugger.com/sustainable-product-design/freitag-recycled-shipping-container-store-in-zurich.html http://www.jetsongreen.com/2008/12/lot-ek-puma-cit.html http://deathtoarchitecture.blogspot.com.br/2011/04/wes-jones.html
  • 20. Arquitetura Móvel Contemporânea – Trailers e Motorhomes. http://www.chevytalk.org/fusionbb/showtopic.php?tid/275013/ http://ramchargercentral.com/diesel-talk/classic-winnebago-diesel/
  • 21. A “Forma Acampamento” – Urbanidade ancestral, recuperada para um novo momento... Aerial view of 500 trailers drawn by heavy cars, mostly Cadillacs, Chryslers & Osmobiles, parked in concentric circles as their 1,500 Amer. vacationing owners camp for the night during 3,000 mile tour fr. Nogales to Alcapulco & back. Location: Guyannas, Mexico Date Taken: January 12, 1955 Photographer: Loomis Dean http://www.airforums.com/forums/f47/historic-rally-photos-nogales-rendezvous-1957-a-10477.html Trailer (ou Recreational Vehicle, “RV”) Rally http://www.rearviewsafety.com/blog/2011/back-up-camera-system/rv-back-up-camera-for-your-cross-country-trips/ Acampamento Militar Romano http://www.shutterstock.com/pic-47842864/stock-vector-roman-camp.html
  • 22. Recreational Vehicle Rally - 2011 http://ratedrv13thenextchapter.blogspot.com.br/2011_07_01_archive.html
  • 23. Burning Man 2010 (GeoEye-1 Earth observation satellite) http://www.thehighdefinite.com/2010/09/burning-man-2010-the-smokes-perspective/
  • 24. Burning Man Camp - Tristan Savatier http://www.loupiote.com/burningman/photos/237497891.shtml Burning Man 1991 http://remedyarn.com/?attachment_id=337 Hailey, Charlie. Camps: A Guide to 21st-Century Space http://web.dcp.ufl.edu/clhailey/
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30. Novas Urbanidades – Centro Auto-Regenerativo (1996).
  • 32. Novas Urbanidades – Centro Auto-Regenerativo (1996).
  • 33.
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46.
  • 47.
  • 48.
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 52. Novas Urbanidades – Pocket Car (2002) (Marcus Del Mastro, EPI).
  • 53.
  • 54.
  • 55. Teoria do Projeto (Design) Teoria do Projeto Retomada de uma noção primordial de arte (poiésis) em prol da inovação. Complexidade e Sistemas Emergentes (projeta-se o incontrolável?) Arquitetura Móvel X Arquitetura da Mobilidade É criar um “Meta-Espaço”, uma “Meta-Cidade” de relações sociais e tecnológicas. Metadesign e Arquitetura Livre Banalização da tecnologia digital (Computação Ubíqua) O “Meta-Espaço” é um ambiente de telecomunicação pessoal avançado! Como projetar a complexidade contemporânea e futura, de modo efetivo e ético... Filosofia pós-estruturalista, em especial Deleuze e Guattari nomadologia, teoria e prática do nomadismo...
  • 56. A cidade não é um “LOCAL”, ela é um processo de interação social! Os ‘locais’ (ruas, edifícios, parques, casas, etc.) são apenas “cascas” que construímos e utilizamos. A motivação de sua existência é sustentar essa interação social...
  • 57. A cidade não é uma “infra-estrutura FRIA, SEM NOME” ela é uma entidade poético-estética! Entender a cidade como obra de arte coletiva, colaborativa, co-evolutiva, sempre incompleta, sempre precária, sempre sedutora, sempre frustrante, sempre mais e menos do que esperamos dela.
  • 58. A cidade poderia ser muito mais do que “CAPITAL ESPECULATIVO”. ela é pode ser um campo de experimentação coletiva. Construir a cidade como entidade virtual-corpórea, da cultura e da presença concreta dos cidadãos, de suas invenções e formas de habitar e ocupar o espaço.
  • 59. Divórcio Político –Estético entre Positivismo e Romantismo Positivismo: Ciência e Tecnologia Lógica Instrumental Destruição do Ambiente, da natureza e da humanidade. Romantismo: Estética e obra de arte como objeto de fruição Proibição do convívio da arte no cotidiano Teoria do Projeto (Design) REFERÊNCIAS TRADICIONAIS
  • 60. Filosofia pós-estruturalista, em especial Deleuze e Guattari Nomadologia – o comportamento basal da humanidade é nômade Somos nômades que aprenderam a viver como sendentários. Esse aprendizado é re-afirmado todos os dias pelo ambiente urbano. Nomadismo é uma postura subjetiva, não é sinônimo de “viajar bastante”... O Estado é a forma política do sedentarismo. O capitalismo se apropria da mutabilidade do nomadismo para ampliar sua adaptabilidade – “o Capitalismo se faz à medida que se desfaz...” Deleuze e Guattari previram a retomada do comportamento Nômade Sistemas Centralizados (industriais) = Árvore Sistemas Distribuídos (telecomunicação digital) = Rizoma Teoria do Projeto (Design) NOVAS REFERÊNCIAS
  • 61. Design como Controle do Futuro Espectador Ativo Destruição do Ambiente Injustiça Social e Política Lógica Instrumental Filosofia Esquizofrênica da Fratura Positivismo X Romantismo Utilitarismo Pragmatismo Cibernética como controle Projeto (Design) “dialoga com a Arte” Meta do Projeto e controlar a realidade Teoria do Projeto (Design) NOVAS REFERÊNCIAS Design como Co-Criação Agente Passivo Convívio com o Ambiente Práticas sócio-ambientais Corporalidade Ferramental Filosofia Precária Ecologia Profunda Pós-estruturalismo Fenomenologia Cibernética como convívio Projeto (Design) “é Arte” Oportunidade do Projeto é descobrir, desvendar, co-criar uma realidade X METADESIGN
  • 62. Facsimile dos Pergaminhos do Mar Morto www.facsimile-editions.com/en/ds/   ?Biblia de Gutenberg (Harry Ransom Center) http://www.hrc.utexas.edu/exhibitions/permanent/gutenberg/ Hypertext (Ted Nelson) Ecologia da Informação – Hipertexto (Nelson)
  • 63. Vista do terraço Italia (“Viaje na viagem”) “The Naked City”, Guy DebordCidade de Český Krumlov, Boemia   Ecologia Urbana – Cidade Distribuída (Vassão, 2011)
  • 64. Árvore Sistemas Centralizados Estado Sedentarismo Jornais, TV, Rádio, etc. Telecomunicação tradicional Indústria vitoriana Cidade Industrial e “de Condomínio” CaioVassão,EPI Rizoma (gramíneas) Sistemas Distribuídos Tribo Nomadismo Internet (Web) Telecomunicação pessoal Indústria just-in-time Cidade Compacta e Distribuída
  • 66. Cidade Centralizada Sistemas Centralizados Planejada Grande/Monumental Insustentável Desintegrada Cidade Distribuída Sistemas Distribuídos Emergente Pequeno/Local Sustentável Integrada
  • 67.
  • 69.
  • 71.
  • 72. Ferramentas conceituais: (1) Níveis de Abstração (2) Diagramas (3) Procedimentos (4) Emergência Metadesign
  • 73. Metadesign Criar a Simplicidade a partir da Complexidade. Compreender a complexidade  “Compactar” a complexidade  Construir a simplicidade Ferramentas do Metadesign: 1 – Abstração 2 – Diagramas 3 – Procedimentos 4 – Emergência
  • 74. Metadesign Ferramentas do Metadesign: 1 – Abstração Processo de construção do conhecimento Criação de “Ontologias”, taxonomias e categorias Criação de uma “linguagem comum” Montar “Máquinas Abstratas” - ações desejadas - componentes - inputs e outputs - encapsulamento Abordagem Lúdica: - metáforas - suspensão do repertório - criação de um novo repertório - Imaginar uma máquina e seu funcionamento
  • 75. Metadesign Ferramentas do Metadesign: 2 – Diagramas Visualização da complexidade por meio de diagramas de tipos variados Tornar comum a acessível a complexidade promovendo o trabalho colaborativo Visualizar as oportunidades de relacionamento Diagramas das “Máquinas Abstratas” Diagramas das ontologias e taxonomias Mapear os talentos e oportunidades Diagramas para visualização da ecologia GIS – Geographical Information Systems Diagramas Miméticos (“mímicos”) Diagramas de Sankey
  • 76. Metadesign Ferramentas do Metadesign: 3 – Procedimentos Criação de procedimentos Experimentação com procedimentos Aplicação e ajuste dos procedimentos “Regras do Jogo” Mudar as regras é mudar o jogo... Torná-lo mais interessante, mais direcionado, mais lúdico, mais divertido, mais conseqüente, mais responsável... Descrever processos de acordo com diretrizes e comportamentos do sistema Jogar o jogo...
  • 77. Metadesign Ferramentas do Metadesign: 4 – Emergência Detectar as Oportunidades Emergentes, ou seja, imprevistas, mas muito poderosas. Todo processo acarreta situações imprevistas Tirar proveito delas, direcioná-las e, Aprender com elas. Aceitar e potencializar as “Pontas Soltas” do processo, aquilo que depende das comunidades e do uso concreto, da vida...
  • 78. Nichos de Interação – Emergência de um nicho de interação...
  • 79. Pesquisa e Processos da Arte Existe uma disposição para o desenvolvimento de "projetos teóricos”, "pensar projetando", "questionar projetando”… A proposta enquanto uma "sonda", um experimento, um "Gedankenexperiment" – tremendo papel na física, assim como na Arte Conceitual.
  • 80. Étienne-Louis Boullée – Cenotáfio para Isaac Newton
  • 81. Fun Palace – Cedric Price (1961)
  • 82. Centro Pompidou – Beauborg – Piano + Rogers (1970-1979)
  • 83. Pesquisa e Processos da Arte Projeto como pergunta, mobilização ontológica: Do mesmo modo que a Arte, o projeto como pergunta levanta essa mesma mobilização – por a Realidade em questão.
  • 84.
  • 85. Fratura Romântico-Positivista Origens na educação escolástica. Continuação de uma separação entre produção (poiesis) entendida como "trabalho" e "poética”. Constituição dos campos opostos e complementares: da "técnica" da "arte” Esquecimento da dimensão polissêmica, polivalente e política do "artificial”.
  • 86. Fratura Romântico-Positivista Positivismo cria a tecno-ciência e corre solto, construindo o mundo anti-ecológico de hoje. Maior sintoma de que vivemos em um mundo esquizofrênico é a insustentabilidade do mundo industrial.
  • 87. Fratura Romântico-Positivista Romantismo cria a arte e define-a como sendo a expressão de uma monstruosidade da psique, de algo indomável, irrepresentável enquanto razão e, por esse motivo, absolutamente distinta do cotidiano A arte é aceita em toda a sua potência polissêmica, e está livr para cumprir um papel de questionamento profunda da ontologias reinantes em determinado período.
  • 88. Fratura Romântico-Positivista Parceria tensa e esquizóide entre Positivismo e Romantismo cria o lugar sócio-político tanto da tecno-ciência, como da arte. E deixa para o passado: a obra de arte entendida como entidade holonômica e polissêmica a ação poiética comunitária = "artesanato"
  • 89. Fratura Romântico-Positivista Sintomas problemáticos da Fratura: especialização das áreas da tecno-ciência. rejeição formal de abordagens de pesquisa e produção que não sejam positivistas (ciência, especialização, produção de bem estar-social e bens de consumo).
  • 90. Fratura Romântico-Positivista Tentativas sucessivas de costurar os dois fragmentos: Artes Aplicadas Arts and Crafts Movimento Moderno - arquitetura e design Bauhaus/Ulm Arte Total Situacionismo Arte de Rua/Performance/Arte-conceitual/Meta-Arte Design Interrogativo (Wodiczko) Movimento Colaborativo (web, Software Livre, etc.)
  • 91. Fratura Romântico-Positivista Mas, dificilmente consegue-se superar a Fratura, pois ela está codificada em: legislação práticas do mercado da arte estrutura curricular das especializações profissionais e acadêmicas estatuto "monstruoso" da obra de arte – queda (questionamento, incômodo, o Outro) estatuto "redentor" da obra tecnológica – ascensão (repetição, conforto, o Mesmo) Enfim… na cosmologia reinante hoje, em nossa episteme
  • 92. Fratura Romântico-Positivista Ciência Nômade e Ciência Régia De saída, Deleuze e Guattari, em Mil-platôs, expõem a ciência fora da Fratura, entendendo-a em dois níveis: ciência nômade é descrita como ação poiética singular, intransferível, incodificável . ciência régia é um processo normativo e de captura, não produz nada universal, transferível, sobrecodificada. Aceitar a dimensão polissêmica e antropológica (Latour) da tecnologia é assumir seus aspectos monstruosos. Aceitar a dimensão cotidiana da arte é assumir sua possibilidade redentora.
  • 93. O que é Arte? Arte na Antiguidade Arte, do latim “ARS”  origem etimológica próxima de “arma”, “arm” (“braço”, ing.), “armar”, etc. Arte  artifício, artificial, ARTEFATO, articulação... Mas, na origem da cultura latina (Roma), a Arte descende do grego TECHNÉ, “arte” em grego.
  • 94. O que é Arte? Arte na Antiguidade Grega Techné incluia astronomia, matemática, medicina, gastronomia, retórica, etc... além da pintura, música, poesia, arquitetura, escultura, etc... Poiesis  “Criar”, “Produzir”, no sentido de “fazer existir”, em grego. Aesthesis  “Perceber”, no sentido de percepção bruta, e não categorizada, como na “percepção visual”, “percepção auditiva”, ou seja, a percepção sinestésica. Techné é também o “conhecimento quanto à produção”, a arte entendida como “forma de conhecimento”
  • 95. O que é Arte? Arte na Antiguidade Grega Importante dicotomia: Logos x Techné Para Platão, a arte (Techné) é o caminho para se chegar no conhecimento válido (Logos), como uma escada que pode ser descartada ao atingir-se o objetivo de conheci- mento. O mundo sensorial/perceptivo é domínio da Aesthesis, e pode apenas ser ilusório/mentiroso. Alguns artefatos, produzidos (poiesis) com habilidade, podem promover essa compreensão que vai além do mundo, o transcendem.
  • 96. O que é Arte? Arte na Antiguidade Grega Para Aristóteles, a arte (Techné) é um modo de conhecimento, mas de tipo específico: é da ordem do “possível”*; enquanto o conhecimento válido, certeiro (Logos) é aquele da ordem do “necessário”**. Logos x Techné necessário x possível **Necessário diz respeito ao que deve ser de um modo, e não pode ser diferente. (ex. 2 + 2 = 4; uma base somada a um ácido resulta em uma solução salina, etc.) *Possível diz respeito ao que pode ser de diversas formas, e pode ser apreendido ainda de muitas formas diferentes. (ex. uma pintura pode ser feita de infinitas formas diferentes, assim como pode ser percebida de formas igualmente infindáveis – subjetividade, estética.)
  • 97. O que é Arte? Arte na cultura Escolástica Medieval Cultura relacionada com o clero e fundamentada na teologia (estudo do sagrado, de Deus). No currículo escolástico, existe a dicotomia entre: - “artes Liberais” e As artes que promovem a liberação do mundo sensorial, corpóreo. Matemática, música, pintura, astronomia, etc. - “artes Servis” As artes que servem ao corpo, promovem conforto e proteção, ou seja, tornam a vida terrena mais tolerável – potencialmente distanciando-nos da vida eterna e da salvação. Medicina, arquitetura, artesanato em geral, etc.
  • 98. O que é Arte? Arte durante o Renascimento Retomada da influência da filosofia antiga quanto à indução, e da importância de se dedicar ao estudo do mundo para a produção de conhecimento. Temporariamente, surge uma sobreposição entre aquilo que seria posteriormente considerado “Ciência” (a partir do Positivismo) e “Arte” (em sua acepção tradicional). Leonardo disseca corpos, mas também é pintor, músico e arquiteto. Por outro lado, as distinções entre “Artes Liberais” e “Artes Servis” vão se aprofundando, à medida que a produção e a economia mercantil vão se consolidando.
  • 99. O que é Arte? Arte do Renascimento à Rev. Industrial Neste período vai surgindo o termo “técnica” como o conhecimento preciso quanto à produção, o “domínio” das formas de produção. “Saber fazer”. Ou seja, do grego “techné” como forma de conhecimento quanto à produção em geral, surge o termo “técnica” conhecimento quanto aos “meios de produção”, independentemente das intenções que venham a ser expressas. Até aqui, o “saber fazer” estava sempre entremeado com um “modo poético” de ver as coisas e a produção. Passa a ser um modo “técnico”, preciso.
  • 100. O que é Arte? Arte e a Revolução Industrial Neste momento, o termo “produção” começa a abandonar a esfera ampla e antiga da Poiesis, e passa gradualmente a designar a produção controlada cientificamente das indústrias, o processo racionalizado. É neste momento que a idéia de “utilidade” se instaura como mote geral para a sociedade.
  • 101. O que é Arte? Positivismo Movimentos filosóficos como o Empirismo e o Utilitarismo já vinham conclamando o abandono da filosofia como forma suprema de conhecimento. Mas é o Positivismo que propõe a ciência como essa forma privilegiada de conhecimento – sendo ali que surgem as ciências como a conhecemos. Biologia, Geologia, Geografia, Física, Sociologia, e principalmente a Tecnologia. O termo “arte” não é excluído, mas passa a ter a denominação que depois será da “Tecnologia”: conhecimento quanto à produção.
  • 102. O que é Arte? Romantismo Movimentos filosóficos idealistas vinham retomando a idéia de uma natureza transcendente do ser humano. Com o Romantismo, essa natureza se iguala à Estética. Baumgarten propôe o termo “Estética” a partir do grego “Aesthesis” – inicialmente como “ciência do belo”, e depois como “estudo filosófico do belo”, posteriormente o “estudo filosófico da percepção”. Surge com o Romantismo a noção estrita e restritiva de ARTE que utilizamos ainda hoje: “Arte é a produção e a fruição de obras de cunho estético, sem nenhum compromisso ou relação direta com a vida cotidiana.” obs.: Se houver alguma relação entre arte e cotidiano, como foi muito comum durante o séc. XX, isso se dá como uma “ponte”, não como um “dado inicial”.
  • 103. O que é Arte? Romantismo e Positivismo As noções de Arte e Ciência que surgem aí são complementares e mutuamente excludentes: Logos x Techné necessário x possível Ciência x Arte O Positivismo propõe uma área de conhecimento que relaciona os dois campos: a tecnologia: -logia x tecno- Ocorre a “Fratura Romântico-Positivista”, via a qual surgem as ciências e as artes, ambas alienadas do cotidiano, e divorciadas entre si.
  • 104. Arte e Design? 2ª Revolução Industrial Neste momento, as relações entre ciência (logos) e produção (techné) tornam-se cada vez mais estreitas, Com a denominação estrita de Arte Romântica, a maioria das antigas “artes” tornam-se ciências ou tecnologias, Em específico, surge a noção de “Arte Aplicada”, uma ponte entre as Artes, no sentido romântico, e o Cotidiano: a arquitetura, o urbanismo e o design. O que está implícito é que há conhecimentos “certos” e “imutáveis” (“necessários”), e estes são produzidos pela Ciência. Assim sendo, a Arte não tem nada a contribuir nestes campos.
  • 105. Arte e Design? 2ª Revolução Industrial e Positivismo O que está implícito é que há conhecimentos “certos” e “imutáveis” (“necessários”), e estes são produzidos pela Ciência. Assim sendo, a Arte não tem nada a contribuir nestes campos. *Assim sendo, a Arte pode apenas cobrir os produtos da indústria com uma patina estética, tornando-o aprazíveis para o público consumidor – adequando a “indústria” ao “gosto” popular. **Outra abordagem (Bonsiepe) é a de compreender o Design como Tecno-Logia, ou seja, um conhecimento sistemático quanto à produção, não necessariamente científico.
  • 106. Arte e Design? Arte Contemporânea – Arte, Ciência e Tecnologia Ao longo do séc. XX, percebe-se diversos meios de questionar essa situação: - fim da Arte Romântica – Modernismo (não quebra efetivamente com o romantismo, apenas encontra novas formas de expressão, dentro do mesmo esquema conceitual, mesmas categorias) - a ciência depende da arte – a “intuição” é um modo importante para o desenvolvimento científico (não quebra com o romantismo, apenas indica que o diálogo entre ambos é importante) - ciência não é definitiva e infalível – a ciência é tão incerta quanto a Arte, mas funciona de modo mais formal e previsível (há uma quebra efetiva com a Fratura Romantico-Positivista...)
  • 107. Arte e Design? Arte Contemporânea – Arte, Ciência e Tecnologia - ciência não é definitiva e infalível – a ciência é tão incerta quanto a Arte, mas funciona de modo mais formal e previsível (há uma quebra efetiva com a Fratura Romantico-Positivista...) Essa é a abordagem de novos movimentos filosóficos: - Fenomenologia - Pós-Estruturalismo - Filosofia Crítica (“Escola de Frankfurt”) O que diriam: “As ciências utilizam imagens, conceitos, sensações, intuições, e têm história de produção, envolvem a subjetividade e incerteza, assim como as artes. “
  • 108. Arte e Design? Arte Contemporânea – Design Neste sentido, o Design seria uma forma de construção da realidade industrial que não passa pela “ditadura” da ciência – ele pode compreender que a ciência produz conhecimentos úteis, mas não se submete às categorias científicas. Além disso, o Design reconhece que o modo de produção artística pode fazer parte da vida cotidiana, que aquele modo subjetivo de compreender o mundo e o “saber fazer” pode ser um modo válido de conceber itens de consumo de massa.
  • 109. Arte e Design? Arte Contemporânea – Design O Metadesign promoveria a compreensão mais ágil de como essa subjetividade está em jogo. Já que não há “conhecimento definitivo”, a criação de ontologias deixa de ser a ação apenas do filósofo ou do cientista, e passa a ser um modo de perceber oportunidades criativas.
  • 110. Design Interrogativo  Krzysztof Wodiczko
  • 111. Lucy Orta – Refuge Wear (2001)
  • 114. Metadesign – Design de Ecossistemas Ecologia Profunda indistinção entre "mundo do homem" e "mundo natural” ecologia é um processo de totalização que transcende a cognição aceitação da incompletude do conhecimento e do projeto
  • 115. Metadesign – Design de Ecossistemas Totalização é impossível para a cognição Pode-se conhecer e projetar apenas fragmentos Paradoxal com o senso de "todo" (holos) que temos frente ao “mundo bom” e à felicidade (sentir-se pleno, parte do todo) Totalização pela cognição é impossível, mas o senso holonômico é acessível à percepção (fenômeno, estética, poética)
  • 116. Metadesign – Design de Ecossistemas Devir não há "objetos" apenas "processos" problema do "artefato eterno" e sua superação pelo ecossistema aberto o que é "essência" ou "substância" se há apenas devir?
  • 117. Metadesign – Design de Ecossistemas Emergência não-determinismo projeto sempre inacabado projeto com "ocos" para desenvolver-se wabi-sabi (cultura japonesa)
  • 118. Metadesign – Design de Ecossistemas Polissemia do sentido Todo projeto é aberto Todo sentido é um diálogo entre imanência holonômica e intencionalidade fragmentária, ou seja esquizóide-esquizofrênica dois caminhos: diálogo sensível (agente passivo) situação rizoma corporidade ferramental sistemas distribuídos holonômico dinâmico diálogo insensível (espectador ativo) espetáculo árvore lógica instrumental sistemas (des)centralidos esquizofrênico estático
  • 119. Metadesign – Design de Ecossistemas Intencionalidade poética do projeto inovação, invenção, positivação como ação poética projeto como pergunta superação da Fratura Romântico-Positivista