SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  31
A antropologia
contemporânea
RMJ
Introdução
Antropologia – está relacionada à expansão do capitalismo
europeu.
Contato com povos étnica e culturalmente diferentes.
Antropologia e a lógica do distanciamento:
 Pesquisador- pesquisado.
 Civilizações - culturas.
 Tempo – espaço
 Europeu – Não europeu.
Introdução
História e crescente internacionalização do
capitalismo encurtaram as distâncias.
A indústria se universalizou assim como o estado
nação, a democracia, a tecnologia e os meios de
comunicação.
Processo hegemônico de uniformização aproximou
povos e etnias. (cultura de massas e consumo).
Movimento migratório que transfere de um lado para
o outro gerações de pessoas de origem longínqua.
Que ao mesmo tempo gera nacionalismos
extremados.
Introdução
Será que o objeto da antropologia desapareceu por
conta destes processos?
Interdisciplinaridade, e menos particularismos.
Aproximação entre as Ciências Sociais/Humanas:
História, Sociologia, Antropologia, Psicanálise,
Semiótica.
Perda do universalismo das “escolas teóricas”
Crise de paradigmas (maior flexibilidade,
interdisciplinaridade e fragiliade).
Introdução
Modelos tradicionais:
racionalistas/estruturalistas,
estrutural/funcionalistas e culturalistas.
Novo paradigma: hermenêutico.
Tradição européia + metodologia interpretativa
norte-americana.
Reação contra o ultrapassado idealismo
iluminista.
Introdução
Essa nova proposta abandona a inspiração
naturalista das ciências humanas, muito ligada a
ideia de objetividade das ciências biológicas.
Michel Foucault: As ciências do homem só
podem apreender seu objeto pelo discurso e
portanto, pela interpretação simbólica.
Homem ser de linguagem (decifração das
formas de expressão)
Introdução
Hermenêutica: ciência da interpretação do dito,
do não dito e da entrelinhas.
Modelo decifrativo que se apoia em sinais, em
vestígios, para descobrir na expressão simbólica
conteúdos profundamente significativos.
Ênfase nas formulações narrativas, nas
perspectivas históricas e nas relações
intersubjetivas.
O sujeito deixa de ser visto como uma
objetividade para ganhar toda a riqueza de sua
capacidade simbólica.
Introdução
Michel Foucault e Cliffort Geertz.
Diante desmaterialização da cultura temos que
adotar um conceito de cultura semiótico e
interpretativo.
A interpretação das culturas: “o conceito de
cultura que eu defendo, e cuja utilidade os
ensaios abaixo tentam demonstrar, é
essencialmente semiótico.”
Weber e o conceito de teia de significados.
Introdução
Ciência experimental em busca de leis x ciência
interpretativa à procura de significados.
Mas se é outro o paradigma das ciências humanas
na atualidade,
se ela deixa de mirar para as ciências exatas como
modelo,
se elas assumem a especificidade do ser humano
como ser de linguagem,
Se ela assume submete os modelos explicativos às
possibilidades interpretativas da hemenêutica...
Também é outro seu objeto
Não trata o homem como organismo, material e
concreto
Mas sim como um ser que se caracteriza pela
subjetividade e pela consciência de si próprio
como indivíduo.
Modelos universais x formas mais particulares e
individuais de ação e comportamento.
O EU e o OUTRO
A complexa questão da
identidade
EU e o OUTRO.
O pesquisado encarado como entidades
diferentes autônomas.
Questão da Antropologia é a alteridade:
Identificar os outros (aquele que ela estuda)
E entender a relação deste outro com a
alteridade. (como estes concebem sua relação
com o outro próximo ou distante)
A complexa questão da
identidade
A grande questão da antropologia é a construção
das identidades.
Identidades: mecanismos que fazem o outro ser
quem é e como é, além do desvendamento dos
mecanismos pelos quais o comportamento, o
sentimento e os códigos de ação permitem
essas formas de ser se constituam, tornem–se
identificáveis e se reproduzam.
A complexa questão da
identidade
No começo da antropologia estudos eram mais
objetivos, pois as diferenças eram mas drásticas.
Com a expansão colonialista, o capitalismo e a
globalização, os modos de vida são aproximados
abalando o processo identitários.
Essa crise de identidade passa a fazer parte do
que chamamos cultura contemporânea ou pós
modernidade.
A complexa questão da
identidade
Os autores Giddens, Virillio e Castells analisam :
Enfraquecimento substancial das instituições
(Estado, a Igreja, os partidos políticos e as
organizações profissionais).
Padronização do imaginário das pessoas de
forma global gera dificuldade de construções de
identidades pessoais e coletivas.
A complexa questão da
identidade
Estes processos que até pouco tempo tinham a função de localizar o
EU e OUTRO e as relações de pertencimento dos sujeitos na
cultura.
Reações a pós modernidade:
Ex:hispânicos nos EUA, mantendo estruturas gramaticais latinas
incorporadas ao inglês.
Miseráveis e seus jargões.
Consumo enquanto processo identitário importante. (Canclini).
Princípio comum de todos estas críticas é que as culturas
tradicionais foram solapadas pelas sociedades contemporâneas.
Uma crítica a sociedade do trabalho.
A complexa questão da
identidade
Cada vez que consumimos músicas, roupa ou
alimento, estamos redefinindo nossa forma de ser e
informando a respeito do grupo.
Na sociedade contemporânea, tornou-se ineficazes
as formas tradicionais da cultura pelas quais se
construíram as identidades de grupos e individuais.
Ofício ou profissão.
Regionalismo
nacionalismo
A complexa questão da
identidade
Sai de cena as identidades normativas,
regulares ou institucionais. (família, nação etc.)
Entra em cena mecanismos identitários
emergentes (natureza cultural e política, como a
organização de minorias)
Identidade, igualdade e
diferença
Igualdade não é uma ideia fácil de ser aceita na
cultura humana.
Desde as mais antigas civilizações o homem
buscou suas diferenças: de origem, de
nacionalidade, de classe social.
Hindus – e as partes diferentes do deus Brama,
dando origem as diferenças.
Roma - Patrícios e Plebeus, e não-romanos
eram tratados como Bárbaros.
Identidade, igualdade e
diferença
Estabelecer diferenças parece ter sido sempre uma
tendência da humanidade.
Foi o cristianismo que trouxe a noção de igualdade.
(bondade, caridade e vontade divina)
No Iluminismo novos aspectos da igualdade:
vontade, liberdade, igualdade jurídica e civil.
No Socialismo o entendimento era de que a
sociedade de classe gerava a diferença entre os
homens, causa de todas as outras desigualdades( de
educação, de interesses, de consciência). Logo
numa sociedade sem classes reinaria a igualdade.
Identidade, igualdade e
diferença
No capitalismo responsáveis pro inúmeras novas
diferenças, desenvolveu a indústria de massa,
geradora de homogeneização, diluindo as
diferenças e padronizando estilos de vida e
consumo.
Complexidade e
diferenciação
Porém nessa sociedade que massifica, se
padroniza e se assemelha, surgiram grupos que
começaram a se distinguir.
1º Por que essa sociedade passou a abrigar em
seu interior, em um mesmo espaço geográfico,
pessoas provenientes das mais diferentes
culturas.
Todas competindo elas competindo pelo
mercado de trabalho e por bens que nunca
parecem aumentar na mesma proporção que o
número de consumidores.
Complexidade e
diferenciação
Grupos passam a concorrer e desenvolver
rivalidades extremas e se opor entre si:
Homens x mulheres
Negros x brancos
Nativos x estrangeiro
Citadinos x campesinatos
Orientais e ocidentais.
Complexidade e
diferenciação
Cada um desses setores procurou definir sua própria
história, criou suas justificativas e elaborou formas de
organização e um rol de e reivindicações.
Cada um querendo criar e afirmar sua própria
identidade imprimindo diferença marcantes na
realidade social.
Os movimentos étnicos, raciais e sexuais, deram a
noção de cidadania outro sentido.
O coletivo encobre diferenças e e discriminações,
passa por cima de perseguições e injustiças, cuja
a superação torna necessária uma ação
particular, dirigida e organizada.
Complexidade e
diferenciação
Partidos políticos não atendem estas demandas.
Nenhuma teoria ou projeto que representasse toda a
sociedade poderia contentar estes grupos que se
sentem especialmente excluídos de certos benefícios
sociais.
As soluções políticas e religiosas que se pretendem
globais descontentam esses grupos que buscam
formas próprias de pensamento e atuação.
Saem das sombras as diferenças e particularidades.
Membros de uma mesma categoria sexual ou etária
unem-se, reivindicam, denunciam e ocupam
espaços.
Complexidade e
diferenciação
São Gays, que reivindicam casamento
homossexual.
As mulheres que exigem igualdade de condições
de trabalho.
Os sem-terra que pedem assentamento.
As minorias- religiosas, profissionais, sexuais,
passam do discurso à ação política, reafirmando
o princípio da diferenciação com base de uma
sociedade que só aparentemente se
homogeneíza.
Maioria, minoria,
normalidade e dissidência
O princípio da maioria como uma força política
nasceu com a democracia grega, no qual o sistema
de votação direta submetiam a aprovação das leis
ao referendo da maioria numérica dos cidadãos.
Maioria correspondia a esta superioridade numérica,
que legitimava politicamente as decisões da
Assembléia.
Expressava a vontade de uma elite e não os anseios
majoritários da população como um todo.
Assim, aos poucos, a “maioria” deixou de representar
a quantidade para representar um princípio de força
política:
Maioria, minoria,
normalidade e dissidência
É majoritária a decisão que representa a vontade
das elites e dos governantes instituídos.
Em oposição, minoritárias são as reivindicações
que representam justamente os grupos que não
estão no poder e não conseguem aprovar seus
projetos e nem transformar em leis seus anseios.
Questões femininas são minoritárias.
Maioria ou normalidade.
Esse princípio da maioria enquanto força política
dominante e a quantidade passa a significar poder,
tem contrapartida nas ciências sociais, que a
associam ao comportamento dominante e ao
princípio da normalidade.
Durkheim e o fato social.
Positivistas e consenso social.
Consenso= saúde
Conflitos=patológico ou mórbido.
Maioria ou normalidade.
Assim ao mesmo tempo que a maioria garante
legitimidade, por menor que fossem o grupo que
representasse, a ideia de consenso, associada à de
maioria e unanimidade, dava as instituições sociais um
sentido de normalidade e saúde.
Ex: Eleições em dois turnos.
Análise quantitativa leva a deformação da realidade.
Muitos outros usos inadequados das noções de maioria e
minoria tendem a mascarar resultados, esconder
diferenças substanciais e a criar semelhanças
inexistentes. Atualmente, com a multiplicidade de casos
desviantes, com a complexidade da vida social, fica cada
vez mais difícil estabelecer maiorias reais. Predomina
assim o uso político e ideológico desse conceito.
Maioria ou normalidade.
Hoje já se reconhece que em casos desviantes estão
muitas vezes manifestas tendências sociais emergentes.
Representam aspectos importantes da vida social,
sintomas de transformações que podem ser vislumbrados
pelo cientista social.
As minorias hoje saem a campo, organizam-se, fazem
reivindicações e manifestações e acabam, algumas vezes
por mudar certas formas de comportamento e por
denunciar antigos preconceitos.
É a força política que torna as questões majoritárias ou
minoritárias.
Ex: do vagão especial para mulheres.
Maioria ou normalidade.
Democracia participativa.
A antropologia que sempre se dedicou a grupos
subalternos ou em extinção, tem oferecido
modelos apropriados de estudo de análise das
minorias.
Advento de novos modelos explicativos e novas
metodologias de pesquisa, relação diversa com
as demais ciências da sociedade e diferentes
objetos para análise científica.

Contenu connexe

Tendances

Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3
Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3
Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3admunip2013
 
Antropologia contemporânea
Antropologia contemporânea Antropologia contemporânea
Antropologia contemporânea Edenilson Morais
 
Antropologia da Comunicação
Antropologia da ComunicaçãoAntropologia da Comunicação
Antropologia da ComunicaçãoDaniel Buchmann
 
Aula de revisão de conteúdo – 7º ano
Aula de revisão de conteúdo – 7º anoAula de revisão de conteúdo – 7º ano
Aula de revisão de conteúdo – 7º anoroberto mosca junior
 
Homem cultura sociedade u1
Homem cultura sociedade u1Homem cultura sociedade u1
Homem cultura sociedade u1ingrid stefanny
 
Etnocentrismo e relativismo cultural
Etnocentrismo e relativismo culturalEtnocentrismo e relativismo cultural
Etnocentrismo e relativismo culturalPsicologia_2015
 
Antropologia.sintese paradigmas e escolas
Antropologia.sintese paradigmas e escolasAntropologia.sintese paradigmas e escolas
Antropologia.sintese paradigmas e escolasJoão Filho
 
Exercícios de Etnocentrismo - Antropologia
Exercícios de Etnocentrismo - AntropologiaExercícios de Etnocentrismo - Antropologia
Exercícios de Etnocentrismo - AntropologiaPsicologia_2015
 
Antropologia da educação
Antropologia da educaçãoAntropologia da educação
Antropologia da educaçãoJRALBERTY
 
Aula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidade
Aula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidadeAula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidade
Aula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidadeClaudio Henrique Ramos Sales
 
Antropologia contemporânea cap 10
Antropologia contemporânea cap 10Antropologia contemporânea cap 10
Antropologia contemporânea cap 10mundissa
 
Fundamentos das Ciências Sociais
Fundamentos das Ciências SociaisFundamentos das Ciências Sociais
Fundamentos das Ciências SociaisMaria Clara Silva
 

Tendances (19)

Aula 01 - Individualismo e coletividade
Aula 01 - Individualismo e coletividadeAula 01 - Individualismo e coletividade
Aula 01 - Individualismo e coletividade
 
Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3
Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3
Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3
 
Antropologia contemporânea
Antropologia contemporânea Antropologia contemporânea
Antropologia contemporânea
 
Antropologia: conceitos basicos
 Antropologia: conceitos basicos Antropologia: conceitos basicos
Antropologia: conceitos basicos
 
Antropologia da Comunicação
Antropologia da ComunicaçãoAntropologia da Comunicação
Antropologia da Comunicação
 
Aula 06 - Liberdade, propriedade, fraternidade
Aula 06 - Liberdade, propriedade, fraternidadeAula 06 - Liberdade, propriedade, fraternidade
Aula 06 - Liberdade, propriedade, fraternidade
 
Aprender antropologia (françois laplantine)
Aprender antropologia (françois laplantine)Aprender antropologia (françois laplantine)
Aprender antropologia (françois laplantine)
 
Antropologia
AntropologiaAntropologia
Antropologia
 
Aula de revisão de conteúdo – 7º ano
Aula de revisão de conteúdo – 7º anoAula de revisão de conteúdo – 7º ano
Aula de revisão de conteúdo – 7º ano
 
Homem cultura sociedade u1
Homem cultura sociedade u1Homem cultura sociedade u1
Homem cultura sociedade u1
 
Etnocentrismo e relativismo cultural
Etnocentrismo e relativismo culturalEtnocentrismo e relativismo cultural
Etnocentrismo e relativismo cultural
 
Antropologia.sintese paradigmas e escolas
Antropologia.sintese paradigmas e escolasAntropologia.sintese paradigmas e escolas
Antropologia.sintese paradigmas e escolas
 
Exercícios de Etnocentrismo - Antropologia
Exercícios de Etnocentrismo - AntropologiaExercícios de Etnocentrismo - Antropologia
Exercícios de Etnocentrismo - Antropologia
 
Antropologia da educação
Antropologia da educaçãoAntropologia da educação
Antropologia da educação
 
Aula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidade
Aula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidadeAula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidade
Aula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidade
 
Antropologia contemporânea cap 10
Antropologia contemporânea cap 10Antropologia contemporânea cap 10
Antropologia contemporânea cap 10
 
Estruturalismo funcionalismo
Estruturalismo funcionalismoEstruturalismo funcionalismo
Estruturalismo funcionalismo
 
Fundamentos das Ciências Sociais
Fundamentos das Ciências SociaisFundamentos das Ciências Sociais
Fundamentos das Ciências Sociais
 
Cultura um conceito antropológico
Cultura  um conceito antropológicoCultura  um conceito antropológico
Cultura um conceito antropológico
 

En vedette

Arte Moderna 6º Anos
Arte Moderna 6º AnosArte Moderna 6º Anos
Arte Moderna 6º AnosJMGMarthins
 
Arte contemporânea novas linguagens 2012
Arte contemporânea novas linguagens 2012Arte contemporânea novas linguagens 2012
Arte contemporânea novas linguagens 2012soniamarys
 
Nao ao bullying
Nao ao bullyingNao ao bullying
Nao ao bullyingsandrabio
 
Magia e religião levi strauss
Magia e religião levi straussMagia e religião levi strauss
Magia e religião levi straussLuana Gonçalves
 
Arte tendências literárias pergunta resposta
Arte tendências literárias pergunta respostaArte tendências literárias pergunta resposta
Arte tendências literárias pergunta respostaTina Lima
 
Cap 21 religião, mitos e magia
Cap 21 religião, mitos e magiaCap 21 religião, mitos e magia
Cap 21 religião, mitos e magiaJoao Balbi
 
Antropologia e Educação
Antropologia e EducaçãoAntropologia e Educação
Antropologia e EducaçãoClarim Natal
 
Vanguardas europeias
Vanguardas europeiasVanguardas europeias
Vanguardas europeiasCrisBiagio
 
Breve Introdução à Antropologia Urbana
Breve Introdução à Antropologia UrbanaBreve Introdução à Antropologia Urbana
Breve Introdução à Antropologia Urbanamabuse h.d.
 
Arte cristã primitiva (1)
Arte cristã primitiva (1)Arte cristã primitiva (1)
Arte cristã primitiva (1)Gustavo Cuin
 
Pré história
Pré históriaPré história
Pré históriaIpsun
 
Cristà Primitiva, Bizantino, RomÂnico E GÓtico Arquietura
Cristà Primitiva, Bizantino, RomÂnico E GÓtico ArquieturaCristà Primitiva, Bizantino, RomÂnico E GÓtico Arquietura
Cristà Primitiva, Bizantino, RomÂnico E GÓtico ArquieturaSheila Bogéa
 
Igualdade e nao discriminação - trabalho de grupo
Igualdade e nao discriminação - trabalho de grupoIgualdade e nao discriminação - trabalho de grupo
Igualdade e nao discriminação - trabalho de grupofigo
 

En vedette (20)

Arte Moderna 6º Anos
Arte Moderna 6º AnosArte Moderna 6º Anos
Arte Moderna 6º Anos
 
Arte contemporanea
Arte contemporaneaArte contemporanea
Arte contemporanea
 
Arte contemporânea novas linguagens 2012
Arte contemporânea novas linguagens 2012Arte contemporânea novas linguagens 2012
Arte contemporânea novas linguagens 2012
 
Diploma consciencia negra
Diploma consciencia negraDiploma consciencia negra
Diploma consciencia negra
 
Nao ao bullying
Nao ao bullyingNao ao bullying
Nao ao bullying
 
Magia e religião levi strauss
Magia e religião levi straussMagia e religião levi strauss
Magia e religião levi strauss
 
Arte tendências literárias pergunta resposta
Arte tendências literárias pergunta respostaArte tendências literárias pergunta resposta
Arte tendências literárias pergunta resposta
 
Lei da igualdade
Lei da igualdadeLei da igualdade
Lei da igualdade
 
Cap 21 religião, mitos e magia
Cap 21 religião, mitos e magiaCap 21 religião, mitos e magia
Cap 21 religião, mitos e magia
 
Antropologia e Educação
Antropologia e EducaçãoAntropologia e Educação
Antropologia e Educação
 
Vanguardas europeias
Vanguardas europeiasVanguardas europeias
Vanguardas europeias
 
Breve Introdução à Antropologia Urbana
Breve Introdução à Antropologia UrbanaBreve Introdução à Antropologia Urbana
Breve Introdução à Antropologia Urbana
 
Antropologia da saúde
Antropologia da saúdeAntropologia da saúde
Antropologia da saúde
 
Mitos e-ritos
Mitos e-ritosMitos e-ritos
Mitos e-ritos
 
Lei da igualdade
Lei da igualdadeLei da igualdade
Lei da igualdade
 
Arte cristã primitiva (1)
Arte cristã primitiva (1)Arte cristã primitiva (1)
Arte cristã primitiva (1)
 
Pré história
Pré históriaPré história
Pré história
 
Cristà Primitiva, Bizantino, RomÂnico E GÓtico Arquietura
Cristà Primitiva, Bizantino, RomÂnico E GÓtico ArquieturaCristà Primitiva, Bizantino, RomÂnico E GÓtico Arquietura
Cristà Primitiva, Bizantino, RomÂnico E GÓtico Arquietura
 
Vanguardas europeias
Vanguardas europeiasVanguardas europeias
Vanguardas europeias
 
Igualdade e nao discriminação - trabalho de grupo
Igualdade e nao discriminação - trabalho de grupoIgualdade e nao discriminação - trabalho de grupo
Igualdade e nao discriminação - trabalho de grupo
 

Similaire à A antropologia contemporânea e a questão da identidade

Moda, Opinião e Estetização do Mundo
Moda, Opinião e Estetização do MundoModa, Opinião e Estetização do Mundo
Moda, Opinião e Estetização do Mundoemilianapomarico
 
Sociologia unidade V
Sociologia unidade VSociologia unidade V
Sociologia unidade Vjoao paulo
 
Estudos culturais - teorias da comunicação
Estudos culturais - teorias da comunicaçãoEstudos culturais - teorias da comunicação
Estudos culturais - teorias da comunicaçãoLaércio Góes
 
O que é e como surgiu a sociologia?
O que é e como surgiu a sociologia?O que é e como surgiu a sociologia?
O que é e como surgiu a sociologia?Roberto Izoton
 
CONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.ppt
CONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.pptCONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.ppt
CONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.pptRubensMartins36
 
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptx
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptxA ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptx
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptxMarília Vieira
 
Breve trajetória da antropologia &
Breve trajetória  da antropologia                 &Breve trajetória  da antropologia                 &
Breve trajetória da antropologia &Marcello Lemanski
 
Relações sociais e identidade
Relações sociais e identidadeRelações sociais e identidade
Relações sociais e identidadeWilton Moretto
 
Relativismo cultural x direitos humanos
Relativismo cultural x direitos humanosRelativismo cultural x direitos humanos
Relativismo cultural x direitos humanosCarmem Rocha
 
Concepções e reflexões sobre o Multiculturalismo e Direitos Humanos
Concepções e reflexões sobre o Multiculturalismo e Direitos HumanosConcepções e reflexões sobre o Multiculturalismo e Direitos Humanos
Concepções e reflexões sobre o Multiculturalismo e Direitos HumanosKarla Amaral
 

Similaire à A antropologia contemporânea e a questão da identidade (20)

Moda, Opinião e Estetização do Mundo
Moda, Opinião e Estetização do MundoModa, Opinião e Estetização do Mundo
Moda, Opinião e Estetização do Mundo
 
CULTURA, DOMINAÇÃO E IDEOLOGIA
CULTURA, DOMINAÇÃO E IDEOLOGIACULTURA, DOMINAÇÃO E IDEOLOGIA
CULTURA, DOMINAÇÃO E IDEOLOGIA
 
Sociologia unidade V
Sociologia unidade VSociologia unidade V
Sociologia unidade V
 
Sociologia iv
Sociologia ivSociologia iv
Sociologia iv
 
Sociologia
SociologiaSociologia
Sociologia
 
3º ano cultura - ii período
3º ano   cultura - ii período3º ano   cultura - ii período
3º ano cultura - ii período
 
Estudos culturais - teorias da comunicação
Estudos culturais - teorias da comunicaçãoEstudos culturais - teorias da comunicação
Estudos culturais - teorias da comunicação
 
Cultura e vida social
Cultura e vida socialCultura e vida social
Cultura e vida social
 
O que é e como surgiu a sociologia?
O que é e como surgiu a sociologia?O que é e como surgiu a sociologia?
O que é e como surgiu a sociologia?
 
Sociologia
SociologiaSociologia
Sociologia
 
Cap. 8 antrop
Cap. 8 antropCap. 8 antrop
Cap. 8 antrop
 
CONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.ppt
CONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.pptCONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.ppt
CONCEITO_ANTROPOLOGICO_DE_CULTURA.ppt
 
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptx
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptxA ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptx
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptx
 
Sociologia geral
Sociologia geralSociologia geral
Sociologia geral
 
Breve trajetória da antropologia &
Breve trajetória  da antropologia                 &Breve trajetória  da antropologia                 &
Breve trajetória da antropologia &
 
Relações sociais e identidade
Relações sociais e identidadeRelações sociais e identidade
Relações sociais e identidade
 
Relativismo cultural x direitos humanos
Relativismo cultural x direitos humanosRelativismo cultural x direitos humanos
Relativismo cultural x direitos humanos
 
Cp aula 4
Cp aula 4Cp aula 4
Cp aula 4
 
Concepções e reflexões sobre o Multiculturalismo e Direitos Humanos
Concepções e reflexões sobre o Multiculturalismo e Direitos HumanosConcepções e reflexões sobre o Multiculturalismo e Direitos Humanos
Concepções e reflexões sobre o Multiculturalismo e Direitos Humanos
 
Capítulo 1 - Evolucionismo e Diferença
Capítulo 1 - Evolucionismo e DiferençaCapítulo 1 - Evolucionismo e Diferença
Capítulo 1 - Evolucionismo e Diferença
 

Plus de roberto mosca junior

Trabalho e sociedade fordismo e toyotismo
Trabalho e sociedade   fordismo e toyotismoTrabalho e sociedade   fordismo e toyotismo
Trabalho e sociedade fordismo e toyotismoroberto mosca junior
 
Cultura, ideologia e indústria cultural
Cultura, ideologia e indústria culturalCultura, ideologia e indústria cultural
Cultura, ideologia e indústria culturalroberto mosca junior
 
Questões de Antropologia (livro)
Questões de Antropologia (livro)Questões de Antropologia (livro)
Questões de Antropologia (livro)roberto mosca junior
 
Aula de revisão de conteúdo – 8º ano
Aula de revisão de conteúdo – 8º anoAula de revisão de conteúdo – 8º ano
Aula de revisão de conteúdo – 8º anoroberto mosca junior
 
Racismo e miscigenação, democracia racial.
Racismo e miscigenação, democracia racial.Racismo e miscigenação, democracia racial.
Racismo e miscigenação, democracia racial.roberto mosca junior
 
Aula preconceito e discriminação
Aula preconceito e discriminaçãoAula preconceito e discriminação
Aula preconceito e discriminaçãoroberto mosca junior
 
Mosca viu correção de atividade - texto de apoio movimentos sociais
Mosca viu correção de atividade - texto de apoio movimentos sociaisMosca viu correção de atividade - texto de apoio movimentos sociais
Mosca viu correção de atividade - texto de apoio movimentos sociaisroberto mosca junior
 
Constituição da república federativa do brasil
Constituição da república federativa do brasilConstituição da república federativa do brasil
Constituição da república federativa do brasilroberto mosca junior
 
texto de apoio movimentos sociais e correção do ED
texto de apoio movimentos sociais e correção do EDtexto de apoio movimentos sociais e correção do ED
texto de apoio movimentos sociais e correção do EDroberto mosca junior
 

Plus de roberto mosca junior (20)

Trabalho e sociedade fordismo e toyotismo
Trabalho e sociedade   fordismo e toyotismoTrabalho e sociedade   fordismo e toyotismo
Trabalho e sociedade fordismo e toyotismo
 
Trabalho e sociedade
Trabalho e sociedadeTrabalho e sociedade
Trabalho e sociedade
 
Cultura, ideologia e indústria cultural
Cultura, ideologia e indústria culturalCultura, ideologia e indústria cultural
Cultura, ideologia e indústria cultural
 
Questões de Antropologia (livro)
Questões de Antropologia (livro)Questões de Antropologia (livro)
Questões de Antropologia (livro)
 
Questões de antropologia_01
Questões de antropologia_01Questões de antropologia_01
Questões de antropologia_01
 
Aula de revisão de conteúdo – 8º ano
Aula de revisão de conteúdo – 8º anoAula de revisão de conteúdo – 8º ano
Aula de revisão de conteúdo – 8º ano
 
RASCISMO CIENTIFICO
RASCISMO CIENTIFICORASCISMO CIENTIFICO
RASCISMO CIENTIFICO
 
Racismo e miscigenação, democracia racial.
Racismo e miscigenação, democracia racial.Racismo e miscigenação, democracia racial.
Racismo e miscigenação, democracia racial.
 
Aula preconceito e discriminação
Aula preconceito e discriminaçãoAula preconceito e discriminação
Aula preconceito e discriminação
 
Revisão 3º tri
Revisão 3º triRevisão 3º tri
Revisão 3º tri
 
Direitos humanos
Direitos humanosDireitos humanos
Direitos humanos
 
Discussão doc. "Atrásdaporta"
Discussão doc. "Atrásdaporta"Discussão doc. "Atrásdaporta"
Discussão doc. "Atrásdaporta"
 
Mosca viu correção de atividade - texto de apoio movimentos sociais
Mosca viu correção de atividade - texto de apoio movimentos sociaisMosca viu correção de atividade - texto de apoio movimentos sociais
Mosca viu correção de atividade - texto de apoio movimentos sociais
 
Etnocentrismo e relativismo
Etnocentrismo e relativismoEtnocentrismo e relativismo
Etnocentrismo e relativismo
 
Constituição da república federativa do brasil
Constituição da república federativa do brasilConstituição da república federativa do brasil
Constituição da república federativa do brasil
 
texto de apoio movimentos sociais e correção do ED
texto de apoio movimentos sociais e correção do EDtexto de apoio movimentos sociais e correção do ED
texto de apoio movimentos sociais e correção do ED
 
Movimentos sociais
Movimentos sociaisMovimentos sociais
Movimentos sociais
 
Aula 25 09_14
Aula 25 09_14Aula 25 09_14
Aula 25 09_14
 
Cultura material imaterial
Cultura material imaterialCultura material imaterial
Cultura material imaterial
 
Aula juventude
Aula juventudeAula juventude
Aula juventude
 

A antropologia contemporânea e a questão da identidade

  • 2. Introdução Antropologia – está relacionada à expansão do capitalismo europeu. Contato com povos étnica e culturalmente diferentes. Antropologia e a lógica do distanciamento:  Pesquisador- pesquisado.  Civilizações - culturas.  Tempo – espaço  Europeu – Não europeu.
  • 3. Introdução História e crescente internacionalização do capitalismo encurtaram as distâncias. A indústria se universalizou assim como o estado nação, a democracia, a tecnologia e os meios de comunicação. Processo hegemônico de uniformização aproximou povos e etnias. (cultura de massas e consumo). Movimento migratório que transfere de um lado para o outro gerações de pessoas de origem longínqua. Que ao mesmo tempo gera nacionalismos extremados.
  • 4. Introdução Será que o objeto da antropologia desapareceu por conta destes processos? Interdisciplinaridade, e menos particularismos. Aproximação entre as Ciências Sociais/Humanas: História, Sociologia, Antropologia, Psicanálise, Semiótica. Perda do universalismo das “escolas teóricas” Crise de paradigmas (maior flexibilidade, interdisciplinaridade e fragiliade).
  • 5. Introdução Modelos tradicionais: racionalistas/estruturalistas, estrutural/funcionalistas e culturalistas. Novo paradigma: hermenêutico. Tradição européia + metodologia interpretativa norte-americana. Reação contra o ultrapassado idealismo iluminista.
  • 6. Introdução Essa nova proposta abandona a inspiração naturalista das ciências humanas, muito ligada a ideia de objetividade das ciências biológicas. Michel Foucault: As ciências do homem só podem apreender seu objeto pelo discurso e portanto, pela interpretação simbólica. Homem ser de linguagem (decifração das formas de expressão)
  • 7. Introdução Hermenêutica: ciência da interpretação do dito, do não dito e da entrelinhas. Modelo decifrativo que se apoia em sinais, em vestígios, para descobrir na expressão simbólica conteúdos profundamente significativos. Ênfase nas formulações narrativas, nas perspectivas históricas e nas relações intersubjetivas. O sujeito deixa de ser visto como uma objetividade para ganhar toda a riqueza de sua capacidade simbólica.
  • 8. Introdução Michel Foucault e Cliffort Geertz. Diante desmaterialização da cultura temos que adotar um conceito de cultura semiótico e interpretativo. A interpretação das culturas: “o conceito de cultura que eu defendo, e cuja utilidade os ensaios abaixo tentam demonstrar, é essencialmente semiótico.” Weber e o conceito de teia de significados.
  • 9. Introdução Ciência experimental em busca de leis x ciência interpretativa à procura de significados. Mas se é outro o paradigma das ciências humanas na atualidade, se ela deixa de mirar para as ciências exatas como modelo, se elas assumem a especificidade do ser humano como ser de linguagem, Se ela assume submete os modelos explicativos às possibilidades interpretativas da hemenêutica...
  • 10. Também é outro seu objeto Não trata o homem como organismo, material e concreto Mas sim como um ser que se caracteriza pela subjetividade e pela consciência de si próprio como indivíduo. Modelos universais x formas mais particulares e individuais de ação e comportamento. O EU e o OUTRO
  • 11. A complexa questão da identidade EU e o OUTRO. O pesquisado encarado como entidades diferentes autônomas. Questão da Antropologia é a alteridade: Identificar os outros (aquele que ela estuda) E entender a relação deste outro com a alteridade. (como estes concebem sua relação com o outro próximo ou distante)
  • 12. A complexa questão da identidade A grande questão da antropologia é a construção das identidades. Identidades: mecanismos que fazem o outro ser quem é e como é, além do desvendamento dos mecanismos pelos quais o comportamento, o sentimento e os códigos de ação permitem essas formas de ser se constituam, tornem–se identificáveis e se reproduzam.
  • 13. A complexa questão da identidade No começo da antropologia estudos eram mais objetivos, pois as diferenças eram mas drásticas. Com a expansão colonialista, o capitalismo e a globalização, os modos de vida são aproximados abalando o processo identitários. Essa crise de identidade passa a fazer parte do que chamamos cultura contemporânea ou pós modernidade.
  • 14. A complexa questão da identidade Os autores Giddens, Virillio e Castells analisam : Enfraquecimento substancial das instituições (Estado, a Igreja, os partidos políticos e as organizações profissionais). Padronização do imaginário das pessoas de forma global gera dificuldade de construções de identidades pessoais e coletivas.
  • 15. A complexa questão da identidade Estes processos que até pouco tempo tinham a função de localizar o EU e OUTRO e as relações de pertencimento dos sujeitos na cultura. Reações a pós modernidade: Ex:hispânicos nos EUA, mantendo estruturas gramaticais latinas incorporadas ao inglês. Miseráveis e seus jargões. Consumo enquanto processo identitário importante. (Canclini). Princípio comum de todos estas críticas é que as culturas tradicionais foram solapadas pelas sociedades contemporâneas. Uma crítica a sociedade do trabalho.
  • 16. A complexa questão da identidade Cada vez que consumimos músicas, roupa ou alimento, estamos redefinindo nossa forma de ser e informando a respeito do grupo. Na sociedade contemporânea, tornou-se ineficazes as formas tradicionais da cultura pelas quais se construíram as identidades de grupos e individuais. Ofício ou profissão. Regionalismo nacionalismo
  • 17. A complexa questão da identidade Sai de cena as identidades normativas, regulares ou institucionais. (família, nação etc.) Entra em cena mecanismos identitários emergentes (natureza cultural e política, como a organização de minorias)
  • 18. Identidade, igualdade e diferença Igualdade não é uma ideia fácil de ser aceita na cultura humana. Desde as mais antigas civilizações o homem buscou suas diferenças: de origem, de nacionalidade, de classe social. Hindus – e as partes diferentes do deus Brama, dando origem as diferenças. Roma - Patrícios e Plebeus, e não-romanos eram tratados como Bárbaros.
  • 19. Identidade, igualdade e diferença Estabelecer diferenças parece ter sido sempre uma tendência da humanidade. Foi o cristianismo que trouxe a noção de igualdade. (bondade, caridade e vontade divina) No Iluminismo novos aspectos da igualdade: vontade, liberdade, igualdade jurídica e civil. No Socialismo o entendimento era de que a sociedade de classe gerava a diferença entre os homens, causa de todas as outras desigualdades( de educação, de interesses, de consciência). Logo numa sociedade sem classes reinaria a igualdade.
  • 20. Identidade, igualdade e diferença No capitalismo responsáveis pro inúmeras novas diferenças, desenvolveu a indústria de massa, geradora de homogeneização, diluindo as diferenças e padronizando estilos de vida e consumo.
  • 21. Complexidade e diferenciação Porém nessa sociedade que massifica, se padroniza e se assemelha, surgiram grupos que começaram a se distinguir. 1º Por que essa sociedade passou a abrigar em seu interior, em um mesmo espaço geográfico, pessoas provenientes das mais diferentes culturas. Todas competindo elas competindo pelo mercado de trabalho e por bens que nunca parecem aumentar na mesma proporção que o número de consumidores.
  • 22. Complexidade e diferenciação Grupos passam a concorrer e desenvolver rivalidades extremas e se opor entre si: Homens x mulheres Negros x brancos Nativos x estrangeiro Citadinos x campesinatos Orientais e ocidentais.
  • 23. Complexidade e diferenciação Cada um desses setores procurou definir sua própria história, criou suas justificativas e elaborou formas de organização e um rol de e reivindicações. Cada um querendo criar e afirmar sua própria identidade imprimindo diferença marcantes na realidade social. Os movimentos étnicos, raciais e sexuais, deram a noção de cidadania outro sentido. O coletivo encobre diferenças e e discriminações, passa por cima de perseguições e injustiças, cuja a superação torna necessária uma ação particular, dirigida e organizada.
  • 24. Complexidade e diferenciação Partidos políticos não atendem estas demandas. Nenhuma teoria ou projeto que representasse toda a sociedade poderia contentar estes grupos que se sentem especialmente excluídos de certos benefícios sociais. As soluções políticas e religiosas que se pretendem globais descontentam esses grupos que buscam formas próprias de pensamento e atuação. Saem das sombras as diferenças e particularidades. Membros de uma mesma categoria sexual ou etária unem-se, reivindicam, denunciam e ocupam espaços.
  • 25. Complexidade e diferenciação São Gays, que reivindicam casamento homossexual. As mulheres que exigem igualdade de condições de trabalho. Os sem-terra que pedem assentamento. As minorias- religiosas, profissionais, sexuais, passam do discurso à ação política, reafirmando o princípio da diferenciação com base de uma sociedade que só aparentemente se homogeneíza.
  • 26. Maioria, minoria, normalidade e dissidência O princípio da maioria como uma força política nasceu com a democracia grega, no qual o sistema de votação direta submetiam a aprovação das leis ao referendo da maioria numérica dos cidadãos. Maioria correspondia a esta superioridade numérica, que legitimava politicamente as decisões da Assembléia. Expressava a vontade de uma elite e não os anseios majoritários da população como um todo. Assim, aos poucos, a “maioria” deixou de representar a quantidade para representar um princípio de força política:
  • 27. Maioria, minoria, normalidade e dissidência É majoritária a decisão que representa a vontade das elites e dos governantes instituídos. Em oposição, minoritárias são as reivindicações que representam justamente os grupos que não estão no poder e não conseguem aprovar seus projetos e nem transformar em leis seus anseios. Questões femininas são minoritárias.
  • 28. Maioria ou normalidade. Esse princípio da maioria enquanto força política dominante e a quantidade passa a significar poder, tem contrapartida nas ciências sociais, que a associam ao comportamento dominante e ao princípio da normalidade. Durkheim e o fato social. Positivistas e consenso social. Consenso= saúde Conflitos=patológico ou mórbido.
  • 29. Maioria ou normalidade. Assim ao mesmo tempo que a maioria garante legitimidade, por menor que fossem o grupo que representasse, a ideia de consenso, associada à de maioria e unanimidade, dava as instituições sociais um sentido de normalidade e saúde. Ex: Eleições em dois turnos. Análise quantitativa leva a deformação da realidade. Muitos outros usos inadequados das noções de maioria e minoria tendem a mascarar resultados, esconder diferenças substanciais e a criar semelhanças inexistentes. Atualmente, com a multiplicidade de casos desviantes, com a complexidade da vida social, fica cada vez mais difícil estabelecer maiorias reais. Predomina assim o uso político e ideológico desse conceito.
  • 30. Maioria ou normalidade. Hoje já se reconhece que em casos desviantes estão muitas vezes manifestas tendências sociais emergentes. Representam aspectos importantes da vida social, sintomas de transformações que podem ser vislumbrados pelo cientista social. As minorias hoje saem a campo, organizam-se, fazem reivindicações e manifestações e acabam, algumas vezes por mudar certas formas de comportamento e por denunciar antigos preconceitos. É a força política que torna as questões majoritárias ou minoritárias. Ex: do vagão especial para mulheres.
  • 31. Maioria ou normalidade. Democracia participativa. A antropologia que sempre se dedicou a grupos subalternos ou em extinção, tem oferecido modelos apropriados de estudo de análise das minorias. Advento de novos modelos explicativos e novas metodologias de pesquisa, relação diversa com as demais ciências da sociedade e diferentes objetos para análise científica.