Este documento descreve a importância da dispersão de sementes para as plantas. As plantas precisam espalhar suas sementes para longe uma das outras e da planta adulta para que possam crescer saudáveis e ter espaço para obter luz, água e nutrientes do solo. As plantas conseguem espalhar suas sementes de várias maneiras, como atraindo animais que comem e dispersam seus frutos e sementes, usando o vento para levar sementes leves e com estruturas que as ajudam a planar, e adaptando fr
1. Importância da dispersão das sementes
É sabido que as plantas não têm locomoção própria. No entanto é fundamental que as jovens plantas se afastem entre si e da planta adulta que lhes deu
origem, caso contrário ficariam todas em cima umas das outras. Se isto acontecesse não teriam condições para crescer saudáveis pois teriam que competir
entre si pela luz, pela água e pelos minerais do solo.
A solução para este problema está na dispersão das suas sementes. Embora utilizando diferentes processos, as plantas conseguem espalhar as suas
sementes por vezes por áreas muito distantes. Como é que o conseguem fazer?
Vejamos...
1) Sementes disseminadas pelos animais.
São muitas as espécies de plantas que produzem frutos comestíveis. Muitas vezes estes apresentam cores vivas, perfumes atraentes e sabor agradável
despertando a atenção e o interesse de muitos animais, o seu aspecto é um verdadeiro convite a serem comidos!
Há muitas aves que incluem frutos na sua dieta alimentar.
Uma vez ingeridos pelos animais, os frutos são digeridos mas as sementes resistem à acção dos sucos digestivos. Mais tarde os animais libertam as sementes
juntamente com as fezes. Sem se aperceberem, os animais contribuem, assim, para a dispersão das sementes.
Há também sementes e frutos com "ganchos" ou "espinhos" que se prendem no pelo dos animais ou na roupa sendo assim transportados para longe da planta
que os originou.
2. Cão com sementes de badana presas no pelo.
2) Sementes dispersas pelo vento.
3. Sementes do dente-se-lho disseminadas pelo vento.
O vento também contribui enormemente para a dispersão de sementes. Neste caso as sementes são leves e possuem muitas vezes estruturas que as ajudam
a planar, como no caso das plúmulas do dente-se-lho ou das asas membranosas do pinheiro-bravo e do acre.
3) Sementes dispersas pela água.
Há certos frutos que estão adaptados à dispersão pela água. São impermeáveis e têm a capacidade de flutuar. Um dos exemplos mais conhecidos é o coco.
4. O coco é um fruto adaptado à dispersão pela água.
4) Sementes projectadas pelo pericarpo do fruto:
Em certas espécies de plantas o pericarpo abre violentamente e projecta as suas sementes à distância. Podes ver dois exemplos nestes pequenos vídeos:
A dispersão das sementes é um tema que demonstra os fascinantes mecanismos que ocorrem na natureza e que asseguram a vida no nosso planeta tal como
a conhecemos. Caso estejas interessado(a) deixo-te, para terminar, um magnífico vídeo sobre a dispersão das sementes. Acontece que é falado em inglês
mas as imagens valem por si. Podes vê-lo AQUI.
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Frutificação
Frutificação significa formação do fruto. Na lição anterior verificaste que as sementes contidas nos frutos resultam da união de duas células formadas no grão
de pólen (gâmetas masculinos) com duas células contidas no óvulo (um gâmeta feminino e uma outra célula do óvulo).
Depois de formadas, as sementes apresentam a seguinte constituição:
1) Embrião - forma-se a partir do ovo (zigoto) e vai dar origem à nova planta;
2) Um ou dois cotilhões - contêm as substâncias alimentares de reserva e formam-se a partir da célula-base das substâncias de reserva;
3) Tegumento - revestimento externo que tem funções de protecção.
5. Semente aberta ao meio mostrando o seu conteúdo.
Ao mesmo tempo que ocorre a formação das sementes, a parede do ovário dos carpelos engrossa e transforma-se no pericarpo do fruto. Durante este
processo as pétalas, as sé palas e os estames normalmente murcham e caiem.
Constituição de um fruto.
Podes observar a formação do fruto nos próximos dois vídeos: o primeiro é uma animação.
6. O segundo mostra a formação de um pimento desde a flor. Utiliza a técnica "tine lapso" (isto é, é filmado durante vários dias e apresentado depois em alta
velocidade, no espaço de menos de um minuto). Podes vê-lo AQUI.
Diverte-te e aprende!
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Fecundação
Os grãos de pólen que são transferidos dos estames para os carpelos aderem aos seus estigmas pelo facto de neles existir um líquido pegajoso, rico em
açúcares. Este líquido promove nos grãos de pólen a formação de um tubo, tubo políptico, que transporta dois gâmetas masculinos. O tubo políptico vai
descendo através do estilete em direcção a um óvulo no ovário. Observa a imagem:
Formação do tubo políptico.
Podes também ver, neste vídeo feito ao microscópio, a formação de tubos polípticos a partir de grãos de pólen.
Ao chegar ao ovário, o tubo políptico penetra o óvulo e liberta no seu interior os gâmetas masculinos. Como consequência, vão acontecer duas diferentes
fecundações:
1) Um dos gâmetas masculinos une-se ao gâmeta feminino, contido no óvulo, originando um ovo (zigoto). Esta célula, por divisão, vai dar origem a um embrião
de uma nova planta.
2) O outro gâmeta masculino vai fecundar uma outra célula do óvulo dando origem à célula-base das substâncias de reserva. Esta, por divisão, é responsável
pela formação das substâncias de reserva contidas na semente.
7. Cada óvulo, após esta dupla fecundação, vai dar origem a uma semente. É isto que poderás observar nesta pequena mas excelente animação:
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Polinização
Anteras com grãos de pólen.
Como sabes, é nas flores das plantas que se encontram os seus órgãos reprodutores. Para se originarem novas plantas é necessário que ocorra uma série de
acontecimentos, o primeiro dos quais é a polinização: passagem dos grãos de pólen, formados nas anteras dos estames (órgãos reprodutores masculinos),
para os estigmas dos carpelos (órgãos reprodutores femininos).
Há vários tipos de polinização. Observa a imagem:
8. Tipos de polinização.
1) Auto polinização: os grãos de pólen são transferidos dos estames para os carpelos da mesma flor (situação A) ou para carpelos de diferentes flores da
mesma planta (situação B).
2) Polinização cruzada (C): os grãos de pólen são transferidos dos estames de uma flor para os carpelos de outra flor de outra planta da mesma espécie.
A polinização cruzada é a que ocorre mais frequentemente na natureza e é mais vantajosa para as espécies porque origina jovens plantas mais vigorosas,
dado que estas resultam da recombinação de "projectos de construção" de duas plantas diferentes (embora da mesma espécie). Em certas espécies a auto
polinização é evitada pelo facto de os estames e os carpelos de uma mesma flor amadurecerem em momentos desfasados no tempo.
Como se realiza a transferência do pólen desde as anteras dos estames até aos estigmas dos carpelos?
Esta transferência é assegurada pelos agentes polinizadores.
No continente europeu os principais agentes polinizadores são insectos (abelhas, borboletas, certas espécies de escaravelhos e outros), o vento e a
gravidade (nas situações em que as anteras se situam acima dos estigmas de uma mesma flor). Noutras regiões do planeta existem também espécies de
aves (como os colibris) e de morcegos que contribuem para a polinização.
Os animais que visitam as flores para se alimentarem de pólen e néctar (líquido adocicado) transportam inadvertidamente os grãos de pólen no seu corpo de
flor em flor. Trata-se de um trabalho de equipa em que plantas e animais saem beneficiados! Este processo é facilitado por muitas espécies de plantas: ao
desenvolverem flores de cores vistosas e fortes aromas elas são mais facilmente detectadas pelos animais que as visitam.
Para terminar, como não podia deixar de acontecer, deixo-te um belíssimo vídeo que ilustra na perfeição estes momentos. Magnífica, esta natureza!
9. Sado
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Reprodução nas plantas (introdução)
Tantos as plantas com flor como as plantas sem flor (musgos e fetos) podem reproduzir-se de forma assexuada e sexuada. Na reprodução assexuada
formam-se novas plantas a partir de por exemplo rizomas, bolbos, tubérculos ou estilos.
O morangueiro desenvolve estilos que dão origem a novas plantas (reprodução assexuada).
A reprodução sexuada envolve a existência de órgãos reprodutores. Estes localizam-se nas flores.
Os órgãos reprodutores masculinos chamam-se estames. Cada estame é constituído um filete e uma antera. Ao conjunto dos estames de uma flor
chamamos androceu.
Os órgãos reprodutores femininos chamam-se carpelos. Cada carpelo é constituído por ovário, estilete e estigma. O conjunto dos carpelos de uma flor
chama-se gineceu.
10. Representação esquemática de uma flor.
Há uma espantosa variedade de cores, formas e perfumes entre as flores que encontramos na natureza. Qual será a vantagem de toda esta enorme beleza
para as próprias plantas? A resposta a esta pergunta ficará para a próxima lição, por agora deixo-te um magnífico vídeo sobre uma pequena amostra desta
variedade. Espero que gostes!
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Testa os teus conhecimentos
11. Chegou a hora de pores à prova os teus conhecimentos sobre a fotossíntese, respiração e transpiração das plantas.
JOGO 1
JOGO 2
JOGO 3
JOGO 4
(Atenção, é provável que tenhas dificuldade em responder a algumas questões deste
jogo!)
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Etiquetas: fotossíntese, trocas de gases entre as plantas e a atmosfera
Importância das plantas
As plantas são a base de sustentação da vida na Terra. São elas que, juntamente com as algas, produzem o oxigénio necessário à respiração dos seres vivos.
Ao transformarem a matéria mineral em matéria orgânica, através da fotossíntese, as plantas estão na base das cadeias alimentares. De uma forma direta ou
indireta fornecem o alimento aos animais (incluindo o Homem).
12. Importância das plantas para o mundo vivo.
Além de constituírem uma fonte de alimento para os seres vivos, as plantas são uma fonte de matérias primas para as mais variadas indústrias. O algodoeiro e
o linho são exemplos de plantas essenciais para a indústria têxtil.
13. Muita da roupa que usas é feita de fibra de algodão.
A madeira das árvores é utilizada em múltiplas aplicações: construção de casas, barcos, mobiliário e muitos outros utensílios domésticos. A cortiça, extraída do
sobreiro, é utilizada não só no fabrico de rolhas mas também de embalagens e na construção civil.
14. As rolhas são utilizadas para engarrafar vinhos e outras substâncias líquidas.
Há uma infinidade de outras importantes utilizações das plantas pelo Homem que poderiam ser referidas. Uma das mais importantes está relacionada com a
indústria farmacêutica, uma vez que muitas espécies têm importantes propriedades medicinais. Podes ver, neste vídeo, um bom exemplo:
kJ PIB
Etiquetas: importância das plantas para o mundo vivo