6. Objetivos da Farmacovigilância Identificar/avaliar efeitos do uso de tratamentos farmacológicos Ações reguladoras em Farmacovigilância Melhor conhecimento do perfil de segurança dos medicamentos disponíveis para comercialização Quantificar os riscos incidência, gravidade avaliação do impacto
7. Reação adversa a medicamento (RAM) “ ...a resposta a um fármaco que seja prejudicial, não intencional, e que ocorre em doses normalmente utilizadas em seres humanos para profilaxia, diagnóstico ou tratamento de doença, ou para modificação de uma função fisiológica.” (OMS, 1972)
8. Reação adversa inesperada É uma reação adversa não descrita ou, se já descrita, possua natureza, gravidade, freqüência ou desfecho diferente das características do medicamento.
33. As indústrias podem não revelar informações significativas sobre a toxicidade de seus produtos.
34. Os profissionais da saúde podem ficar preocupados a respeito do possível escrutínio que juízes, advogados e outras pessoas possam exercer em nos prontuários de seus pacientes nos quais uma associação causal seja inferida.
35. Muitos estudos epidemiológicos precisam contar sobremaneira com técnicas probabilísticas para lidar com a variabilidade e a incerteza nas avaliações de exposição.
36. A falha na caracterização da exposição e os grupos controles inadequados podem gerar um número aumentado de “falsos negativos”
37. A duração inadequada so seguimento e o número de casos perdidos nesse processo podem comprometer as inferências causais dos estudos epidemiológicos.
39. Estudos de toxicologia experimental são focados na exposição a uma única intervenção, com um número limitado de doses, tempo de exposição limitado, poucas medidas de efeito e poucas linhagens de poucas espécies, o que limita a variabilidade genética
40. Os estudos que mostram quaisquer sinais de toxicidade são mais frequentemente acuados de erros metodológicos e, consequentemente, são mais comumente rotulados de “junk science” ou “pseudociência”
41. Para proteger a reputação profissional, nós cientistas temos um cuidado particular ao relatar achados relevantes de nossos estudos, o que culmina em um uso excessivo de negativos duplos, verbos na condicional e palavras como “talvez” – um processo denominado “hedging”.
42. Conseqüentemente, pessoas leigas podem interpretar que temos menos certeza do que realmente temos a respeito das relações causa-efeito.
43. As pessoas que sofrem os efeitos tóxicos da exposição têm que lidar com o ônus da prova.
45. Após a implementação da jurisprudência gerada pelo caso Daubert , na Suprema Corte americana, o judiciário tornou mais difícil a participação dos peritos e aumentou o padrão exigido para o ônus da prova aos reclamantes.
46. Autoridades regulatórias têm o desafio de encontrar alternativas viáveis e menos tóxicas para os agentes em processo de proibição ou limitação de seu uso.
47. Por esse motivo, Rachel Carson é motivo de controvérsia até hoje.
52. “ Substances are disseminated in the population in all imaginable ways (...) So what? What is the mistaken conclusion?” Just this: nothing happens.
53. “ Society is becoming a laboratory (…) [but] t he experiment on people does not take place (...) in the sense that reactions to people are not systemically surveyed and recorded.” “ The experiment on people does take place, but invisibly , without scientific checking, without surveys, without statistics without correlation analysis, under the condition that the victims are not informed – and with an inverted burden of proof , if they should happen to detect something.”
54.
55. “ If the recognition of a risk is denied on the basis of an ‘unclear’ state of information, this means that the necessary counteractions are neglected and the danger grows .” “By turning up the standard of scientific accuracy, the circle of recognized risks justifying action is minimized, and, consequently, scientific license is implicitly granted for the multiplication of risks.”
56. Mulher Xokleng (Xoklengs são pessoas indígenas do sul do Brasil que originalmente não conheciam o conceito de causalidade) Photo: Silvio Coelho dos Santos, 1975 Há alternativas aos estudos epidemiológicos e ao diagnóstico de exclusão para o estabelecimento de relações causais? Provavelmente não. Então, o que podemos fazer? Ter uma mente aberta e criativa para hipóteses contrafactuais e realizar mais estudos sobre mais fatores de exposição é provavelmente um bom começo...