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Sistema de Normalização
  Contabilísitica
Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214



I - CONCEITOS E FUNDAMENTOS - O relato financeiro visto com uma nova luz

O relato financeiro em Portugal está a assistir a um importante e abrangente processo de
transformação. Em 2005 tornou-se obrigatório para as demonstrações financeiras
consolidadas das entidades cotadas em Bolsa, de acordo com as Normas Internacionais de
Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia (“IFRS” - International Financial
Reporting Standards).


Nessa data, esta forma de relato manteve-se ainda facultativa para as demonstrações
financeiras consolidadas de outras entidades e para as demonstrações financeiras separadas
das entidades que adotam as IFRS na preparação das suas demonstrações financeiras
consolidadas e das suas subsidiárias.


Atualmente, Portugal, participa no processo do Sistema de Normalização Contabilística
(“SNC”), o qual preconiza a adoção generalizada de uma estrutura de relato financeiro em
grande medida coincidente com as IFRS.


S.N.C.- Sistema de Normalização Contabilística
Contabilidade Financeira

Normalizar consiste em criar uma metodologia comum, tendo em vista a comparação e
compreensão das informações dos diversos agentes económicos.

Diplomas legais relacionados:

Dec-Lei nº 158/2009 de 13 de Julho, que aprovou o SNC
Dec-Lei nº 159/2009 de 13 de Julho, que alterou o CIRC
Dec-Lei nº 160/2009 de 13 de Julho, que aprovou a nova Comissão de Normalização Contabilística



A Normalização Contabilística, mediante estes diplomas legais, define-se como “ um conjunto de
regras e princípios, que devem ser seguidos pelas unidades económicas”.

Diplomas Legais                                       Publicações
Dec Lei nº 158/2009, de 13 de Julho                   Base para apresentação das Demonstrações Financeiras ( BADF)
Portaria nº 986/2009, de 7 de Setembro                Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF )
Portaria nº 1011/2009, de 9 de Setembro               Códigos de Contas ( CC )
Aviso nº 15652/2009 de 7 de Setembro                  Estrutura Conceptual ( EC )
Aviso nº 15655/2009 de 7 de Setembro                  Normas Contabilísticas de Relato Financeiro ( NCRF )
Aviso nº 15654/2009 de 7 de Setembro                  NCRF – Pequenas Entidades ( NCRF-PE)
Aviso nº 15653/2009 de 7 de Setembro                  Normas Interpretativas ( NI )




Formador: Carlos Tapadinhas                                                                                2
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            CLASSIFICAÇÃO DAS ENTIDADES QUANTO À DIMENSÃO




Formador: Carlos Tapadinhas                                                             3
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IAS
IAS 1: Apresentação de Demonstrações Financeiras
IAS 2: Inventários
IAS 7: Demonstrações de Fluxos de Caixa
IAS 8: Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros
IAS 10: Acontecimentos Após a Data do Balanço
IAS 11: Contratos de Construção (revista em 1993)
IAS 12: Impostos sobre o Rendimento (revista em 2000)
IAS 14: Relato por Segmentos (revista em 1997)
IAS 16: Ativos Fixos Tangíveis
IAS 17: Locações
IAS 18: Rédito (revista em 1993)
C IAS 19: Benefícios dos Empregados (revista em 2002)
IAS 20: Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do Governo (reformatada em 1994)
IAS 21: Os Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio
IAS 23: Custos de Empréstimos Obtidos (revista em 1993)
IAS 24: Divulgações de Partes Relacionadas
IAS 26: Contabilização e Relato dos Planos de Benefícios de Reforma (reformatada em 1994)
IAS 27: Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas
IAS 28: Investimentos em Associadas
IAS 29: Relato Financeiro em Economias Hiperinflacionárias (reformatada em 1994)
IAS 31: Interesses em Empreendimentos Conjuntos
IAS 32: Instrumentos financeiros: divulgação e apresentação
IAS 33: Resultados por Acção
IAS 34: Relato Financeiro Intercalar
IAS 36: Imparidade de Ativos
IAS 37: Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
IAS 38: Ativos Intangíveis
IAS 39: Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração
IAS 40: Propriedades de Investimento
IAS 41: Agricultura

IFRS
IFRS 1: Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro
IFRS 2: Pagamento com Base em Acções
IFRS 3: Concentrações de actividades empresariais
IFRS 4: Contratos de seguro
IFRS 5:Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas
IFRS 6:Exploração e Avaliação de Recursos Minerais
IFRS 7:Instrumentos Financeiros: Divulgação de Informações




        Formador: Carlos Tapadinhas                                                              4
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                                                                                        NORMAS
       NCRF – NORMAS CONTABILÍSTICAS E DE RELATO FINANCEIRO
1    Estrutura e Conteúdo das Demonstrações Financeiras                                   IAS 1
2    Demonstração de Fluxos de Caixa                                                      IAS 7
3    Adopção pela primeira vez das NCRF                                                  IFRS 1
4    Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas e Erros                        IAS 8
5    Divulgação de Partes Relacionadas                                                   IAS 24
6    Ativos Intangíveis                                                                  IAS 38
7    Ativos Fixos Tangíveis                                                              IAS 16
8    Ativos Não Correntes Detidos para Venda e Unid. Descontinuadas                      IFRS 5
9    Locações                                                                            IAS 17
10   Custos de Empréstimos Obtidos                                                       IAS 23
11   Propriedades de Investimento                                                        IAS 40
12 Imparidade de Ativos                                                                  IAS 36
13 Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Inv. em Associadas                         IAS 28/31
14 Concentrações de Actividades Empresarias                                               IFRS 3
15 Investimentos em Subsidiárias e Consolidação                                          IAS 27
16 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais                                           IFRS 6
17 Agricultura                                                                           IAS 41
18 Inventários                                                                            IAS 2
19 Contratos de Construção                                                               IAS 11
20 Rédito                                                                                IAS 18
21 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes                                IAS 37
22 Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do                     IAS 20
   Governo
23 Os Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio                                           IAS 21
24 Acontecimentos Após a Data do Balanço                                                 IAS 10
25 Impostos Sobre o Rendimento                                                           IAS 12
26 Matérias Ambientais
27 Instrumentos Financeiros                                                             IAS 32/39
28 Benefícios dos Empregados                                                             IAS 19




Formador: Carlos Tapadinhas                                                                         5
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  Os vários nomes da Contabilidade (obrigatória): Geral, Financeira, Fiscal ou Externa

O processo contabilísitico destina-se a :


    •   Registar as relações externas da empresa, com os bancos, o Estado, os fornecedores,
        credores, os clientes, os sócios, ...
    •   Compete-lhe apurar os lucros ou prejuízos, co9mparandos RENDIMENTOS e GASTOS,
        bem como elaborar contas anuais de resultados.
    •   A Contabilidade de Custos, ou Analítica, é um processo facultativo de âmbito interno e
        destina-se, na sua essência, a identificar o peso numérico/percentual de cada unidade
        produzida imputável aos “Centros de Custo” relacionáveis com a atividade
        empresarial.




Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras (BADF)

       Estabelecem os requisitos globais que permitem assegurar a comparabilidade, quer
        com as demonstrações financeiras de períodos anteriores da mesma entidade, quer
        com as de outras empresas.

       São uma representação estruturada da posição financeira (Balanço) e do desempenho
        financeiro (Demonstração de Resultados) de uma entidade.


Ao preparar as suas demonstrações financeiras, a empresa deve ter em conta
os 6 seguintes pressupostos:


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1. Continuidade
2. Regime de periodização económica
3. Consistência de apresentação
4. Materialidade e agregação
5. Compensação
6. Informação Comparativa

Analiticamente, são eles:

1. Continuidade
Significa que a Contabilidade efetua a avaliação do património e o registo das suas mutações
considerando que a entidade, até evidências em contrário, terá uma vida continuada ao longo
do tempo, ou seja, é a hipótese básica de que a entidade cujo património está sendo
contabilizado não está destinada à liquidação, insolvência ou a qualquer forma de extinção
mas sim a prosseguir as suas operações comerciais e financeiras por tempo indeterminado.


2. Regime de periodização económica
Os réditos e gastos são registados no período a que se referem independentemente do seu
pagamento ou recebimento.


3. Consistência de apresentação
A apresentação e a classificação de itens nas demonstrações financeiras devem ser mantidas
de um período para o outro.


4. Materialidade e agregação
Cada classe material de itens semelhantes deve ser apresentada separadamente nas
demonstrações financeiras.


5. Compensação
Os ativos e passivos, e os rendimentos e gastos, não devem ser compensados, exceto quando
tal for exigido na NCRF.


6. Informação Comparativa
A menos que uma NCRF o permita ou exija de outra forma, deve ser divulgada informação
comparativa com respeito ao período anterior para todas as quantias relatadas nas
demonstrações financeiras.




Formador: Carlos Tapadinhas                                                                  7
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O conjunto completo das demonstrações financeiras inclui:
       Balanço;
       Demonstração dos resultados;
       Demonstração das alterações no capital próprio;
       Demonstração dos fluxos de caixa;
       Anexo em que se divulguem as bases de preparação e políticas contabilísticas adotadas
        e outras exigidas pelas NCRF




Reconhecimento dos Elementos das Demonstrações Financeiras
É o processo de incorporar no Balanço e na Demonstração dos Resultados um item que
satisfaça a definição de uma classe, deve ser reconhecido quando:

       Probabilidade de benefícios económicos futuros
       Fiabilidade da mensuração.

Mensuração dos Elementos das Demonstrações Financeiras
       Mensuração é o processo de determinar as quantias monetárias:
       Custo corrente
       Valor realizável
       Valor presente
       Justo valor
       Custo histórico - O custo histórico é a política contabilística mais utilizada.




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Demonstração Financeira “Balanço” – relato da posição patrimonial
O Balanço constitui um quadro de representação do património da empresa (conjunto de
valores utilizados pela unidade económica no exercício da sua atividade), em determinado
momento. Como o património é um conjunto de valores heterogéneo, existe a necessidade
de os agrupar em conjuntos homogéneos (equipamentos, dívidas de terceiros, dívidas a
terceiros, numerário em caixa, depósitos bancários, mercadorias,…).
No património podemos distinguir duas classes de elementos patrimoniais distintos: por um
lado aquilo que se tem (um conjunto de bens e um conjunto de direitos) e, por outro lado
aquilo que se deve (um conjunto de obrigações).


                              Ao primeiro conjunto designa-se por Ativo.
                              Ao segundo conjunto designa-se por Passivo.


É desta forma fácil de perceber que a diferença entre o Ativo e o Passivo representa o valor
do património, ou Capital Próprio, ou ainda a Situação Líquida da empresa.
Além da perspetiva jurídica do Balanço ser a da representação de um conjunto de bens e
direitos, por um lado e de um conjunto de obrigações, por outro, o Balanço também pode ser
analisado numa perspetiva mais financeira, que resulta num conjunto de aplicações de capital
(ou investimentos) e um conjunto de fontes de financiamento (Origem e Aplicação de
Fundos).
De facto, os Ativos, onde se incluem os bens e direitos detidos pela empresa não são mais do
que diferentes aplicações com vista ao desenvolvimento da sua atividade. Por outro lado, os
Passivos, que incluem as obrigações (ou dívidas) e os Capitais Próprios, o capital social e os
resultados presentes e passados da empresa, podem ser considerados como as fontes de
financiamento dessas aplicações efetuadas.


Os elementos do Balanço podem ainda ser entendidos como um conjunto de capitais,
ordenados por ordem crescente de liquidez no Ativo e de exigibilidade no Passivo:
- Capital Fixo (Imobilizações – ativo não corrente) – constitui a infraestrutura da empresa e não
se destina a ser convertido em meios líquidos.


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- Capital Circulante (corrente) – É formado pelos meios financeiros intermutáveis e associados
ao funcionamento e exploração (dívidas de terceiros, existências e disponibilidades).
- Capital Próprio – Conjunto dos meios financeiros pertencentes à própria empresa.
- Capital Alheio – Constituído pelo meios financeiros postos à disposição da
empresa por terceiros (Passivo corrente e não corrente).




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                                                                        NOTAS                    DATAS
                            RUBRICAS
                                                                                      31 DEZ N        31 DEZ N-1
                              ATIVO
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis
Propriedades de investimento
Trespasse (goodwill)
Ativos intangíveis
Ativos biológicos
Participações financeiras - método da equivalência patrimonial
Participações financeiras - outros métodos
Acionistas/sócios
Outros Ativos financeiros
Ativos por impostos diferidos
Ativos não correntes detidos para venda

Ativo corrente
Inventários
Ativos biológicos
Clientes
Adiantamentos a fornecedores
Estado e outros entes públicos
Acionistas/sócios
Outras contas a receber
Diferimentos
Ativos financeiros detidos para negociação
Outros ativos financeiros
Caixa e depósitos bancários
Total do ativo

                                   CAPITAL PROPRIO E PASSIVO
Capital próprio
Capital realizado
Ações (quotas) próprias
Prestações suplementares e outros instrumentos de capital
próprio
Prémios de emissão
Reservas legais
Outras reservas
Excedentes de revalorização
Ajustamentos em ativos financeiros
Outras variações no capital próprio
Resultados transitados
Resultado liquido do período
Interesses minoritários


   Formador: Carlos Tapadinhas                                                                        11
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Total do capital proprio

Passivo
Passivo não corrente
Provisões
Financiamentos obtidos
Responsabilidades por benefícios pós-emprego
Passivos por impostos diferidos
Outras contas a pagar

Passivo corrente
Fornecedores
Adiantamentos de clientes
Estado e outros entes públicos
Acionistas/sócios
Financiamentos obtidos
Outras contas a pagar
Passivos financeiros detidos para negociação
Outros passivos financeiros
Diferimentos
Total do passivo

Total do capital próprio e do passivo


Resumo: As Demonstrações Financeiras são documentos contabilísticos que apresentam de forma
estruturada e normalizada a informação que é exigida para a prestação de contas das entidades e apoia a
gestão nas tomadas de decisão. As d. F. têm como objetivo proporcionar informação acerca da situação
financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que sejam úteis para a generalidade dos utentes
no processo de tomada de decisão.


Têm ainda outro importante objetivo que é o de determinar a rentabilidade que os gestores conseguiram com
os recursos que obtiveram (dos sócios/acionistas e dos financiadores).

As NCRF aplicam-se apenas às d.f. e não a outra informação apresentada num relatório anual ou noutro
documento.

Relembro que um conjunto completo de demonstrações financeiras inclui:
     Balanço (ncrf 1)
     Demonstração dos resultados (ncrf 1)
     Demonstração de alterações no capital próprio (ncrf 1)
     Demonstração dos fluxos de caixa; (ncrf 2)
     Anexo (onde se divulgam as bases de preparação e políticas contabilísticas e outras divulgações
       exigidas pelas ncrf 1)




   Formador: Carlos Tapadinhas                                                                12
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A TÉCNICA CONTABILÍSTICA

CONTA - Conjunto de elementos patrimoniais expressos em unidades de valor, essencialmente
variável no espaço e no tempo.

PARTES CONSTITUITIVAS DA CONTA

1-TITULO
É a expressão ou palavra por que se designa a conta. Deve ser escolhida de tal forma que
revele imediatamente a natureza dos elementos que a compõem, i.e., nos dê a conhecer o seu
conteúdo. Tem como finalidade identificar a conta e distingui-la de todas as outras, pelo que o
seu título será fixo e imutável.
Ex: Conta “Mobiliário de escritório”, engloba secretárias, estantes, cadeiras, etc.


2-SUBSTÂNCIA
Vertente qualitativa. Traduz o conjunto de atributos qualitativos homogéneos que aí
pretendemos registar.

3-VALOR
Representa a qualidade expressa em unidades monetárias contidas na conta no momento em
que se analisa. O valor é o elemento variável da conta.


REQUISITOS DA CONTA
– Apenas para o título e substância
– Uma conta só deve conter elementos subordinados à característica comum que define
substância.
– A conta deve identificar todos os factos patrimoniais.



REPRESENTAÇÃO GRÁFICA (RAZÃO ou T´s)

                                   TITULO DA CONTA
     Designado por: “DÉBITO” ou “DEVE”         Designado por: “CRÉDITO” ou “HAVER”


SALDO
O SALDO DE UMA CONTA É A DIFERENÇA ENTRE O DÉBITO E O CRÉDITO




Formador: Carlos Tapadinhas                                                                 14
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AO BALANCEAR UMA CONTA PODE OCORRER:
     D > C O SALDO DIZ-SE DEVEDOR (Sd)
     D = C O SALDO DIZ-SE NULO (So)
     D < C O SALDO DIZ-SE CREDOR (Sc)




FECHAR UMA CONTA
UMA VEZ DETERMINADO O SALDO, ESTE ADICIONA-SE AO LADO CUJA SOMA FOR DE MENOR
VALOR, OBTENDO-SE ASSIM A IGUALDADE ENTRE OS DOIS LADOS DA CONTA

     D>C D=C+Sd
     D=C D=C
     D<C D+Sc=C


REABERTURA DE CONTA
Reabrir uma conta é inscrever o saldo na coluna do débito, se na conta fechada o mesmo era
devedor; ou inscrever o saldo na coluna do crédito se na conta fechada o mesmo era credor


A CONTA TEM POR OBJECTO:

– ATIVO E PASSIVO
- ELEMENTOS ABSTRATOS
– SITUAÇÃO LÍQUIDA

ASSIM TEMOS CONTAS:
-DO ATIVO;
-DO PASSIVO;
-SITUAÇÃO LÍQUIDA


Dentro destas 3 grandes classes inserem-se outras de âmbito mais reduzido, cujos elementos
patrimoniais foram agrupados em obediência a um determinado ponto de vista ou
característica
AS CONTAS QUE SÃO SUBCONTAS DE OUTRAS, CHAMAM-SE SUBCONTAS OU DIVISIONÁRIAS


Partidas Dobradas Este método é caracterizado pela duplicação dos registos contabilísticos, ou
seja, todo o débito numa conta dá lugar a um crédito noutra ou noutras contas e vice-versa.


implicações
Cada facto patrimonial dá origem a um registo em duas ou mais contas. Ao valor de débito ou
débitos corresponde sempre um crédito ou créditos de igual valor.



Formador: Carlos Tapadinhas                                                                   15
Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214




Equação fundamental da contabilidade
A = P ± CP

regras
A um débito ou débitos corresponde sempre um crédito ou créditos de igual valor;

A soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos

A soma dos saldos devedores é igual à soma dos saldos credores


Regras de movimentação
As contas do ativo debitam-se pelos aumentos
As contas do ativo creditam-se pelas diminuições
As contas do passivo creditam-se pelos aumentos
As contas do passivo debitam-se pelas diminuições




ASSIM OS FACTOS PATRIMONIAIS SÃO REGISTADOS POR ORDEM DE DATAS NO DIÁRIO
E POR ORDEM DE CONTAS NO RAZÃO




DIÁRIO
Serve para registar, dia a dia, por ordem de datas em assento separado, os factos patrimoniais
permutativos e/ou modificativos do património da entidade.



Formador: Carlos Tapadinhas                                                                 16
Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214




RAZÃO
Serve para escriturar o movimento de todas as operações do diário, ordenados a débito e
crédito em relação a cada uma das respetivas contas, para se conhecer o estado e a situação
de qualquer delas, sem necessidade de recorrer ao exame de todos os lançamentos do diário

BALANCETE
É um resumo do razão, onde a soma dos totais do débito e do crédito deve ser igual,
coincidindo também, com o total do diário, consequentemente os totais das somas dos saldos
devedores e credores devem ser iguais

Neste resumo de movimentos efetuados devem constar:

Nome de todas as contas utilizadas no período;
Movimentos acumulados das contas a débito e a crédito;
Saldos apresentados pelas contas utilizados.

 Fluxograma




Formador: Carlos Tapadinhas                                                               17
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   Demonstração de Resultados: GANHOS vs GASTOS

Classe 7 SNC




   Formador: Carlos Tapadinhas                                                             18
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    Classe 6 SNC




Classe 8




   Formador: Carlos Tapadinhas                                                             19
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     Classe 8




Classe 8




 Formador: Carlos Tapadinhas                                                             20
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Formador: Carlos Tapadinhas                                                             21
Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214




DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS LIQUÍDOS
                    RENDIMENTOS E GASTOS
                                                                          Ano N         Ano N-1
Vendas e serviços prestados
Subsídios a exploração
Ganhos/perdas imputados de subsidiarias, associadas e
empreendimentos conjuntos
Variação nos inventários da produção
Trabalhos para a própria entidade
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
Fornecimentos e serviços externos
Gastos com o pessoal
Ajustamentos de inventários (perdas/reversões)
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversoes)
Provisões (aumentos/reduções)
Imparidade de ativos não depreciáveis/amortizáveis
(perdas/reversões)
Aumentos/reduções de justo valor
Outros rendimentos e ganhos

           Resultado antes de depreciações, financiamento e
                                                   impostos

Gastos/reversões de depreciação e de amortização
Imparidade de ativos depreciáveis/amortizáveis
(perdas/reversões)
           Resultado operacional (antes de financiamento e
                                                   impostos)
Juros e rendimentos similares obtidos
Juros e gastos similares suportados
                                Resultado antes de impostos
Imposto sobre o rendimento do periodo
                                Resultado liquido do periodo




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- II PRÁTICA SIMULADA EM SNC – Exercícios e Resoluções em aula
(recurso ao código SNC Portaria n º1011/2008, de 9 de Setembro)


Momento 0 – O formando deverá estar na posse da noção documental de um circuito
comercial completo, sendo capaz de reconhecer documentos viáveis e relevantes, analisar a
estrutura da informação contida num movimento de ficha de armazém, faturação geral,
descontos/devoluções - notas débito e de crédito, Rec. Bancária., tratamento do IVA, Cálculo
dos valores líquidos para Processamento de Salários, Gastos, etc.


Movimentos fundamentais a desenvolver em sala através da extensão do
conceito de tratamento contabilístico por SNC em suporte Diário / Razão:
- Abertura de atividade empresarial – Sociedade por Quotas / Anónima
- Movimentação da Classe 1, Classe 2 (identificação de fatos patrimoniais ativos/passivos)
- Classe 3 - Gestão de Compras por sistema de inventário permanente (SIP)
              Classe 6 – Conta 61 – CMVMC (noção factos patrimoniais modificativos)
              Fornecedores e Credores diversos / adiantamentos a fornecedores
              Quebras em armazém
              N/ devolução – v/ devolução
- Classe 4 – Investimentos ( trabalhar os tipos de Ativo e caracterizá-los / Amortização)
- Classe 5 – Capital, Reservas e Resultados Transitados (noção de Passivo de Financiamento /
Funcionamento – Mapas de origem e Aplicações de Fundos / Ajustamentos ao C.P.)
- Classe 6 e Classe 7 – desenvolver a perceção dos factos patrimoniais modificativos que
conduzem à Demonstração de Resultados Líquidos.
- Classe 8 – Apuramento de Resultados antes de impostos / aplicação do IRC




Formador: Carlos Tapadinhas                                                                    23
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     Esquematização e procedimentos com a aplicação do Código de Contas
                     Sistemas de Normalização Contabilística (SNC)
    1- A utilização do Sistema de Inventário Permanente (SIP) para um armazém realista.




1) CONCEITO
No sistema de inventário permanente, o Custo da Mercadoria Vendida – CMV (conta 61) é
apurado em cada venda efetiva (conta 71). A conta de mercadorias ou stock de mercadorias,
tem o seu saldo atualizado após cada operação de compra ou de venda, indicando
efetivamente qual o nível de armazenagem existente. Se fizermos um inventário das
mercadorias o valor encontrado deverá coincidir com o saldo da conta de mercadorias.




Formador: Carlos Tapadinhas                                                               24
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2- A contabilização e o apuramento do IVA.




3 – Processamento de Salários (em 3 fases)




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Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214




4 – Contabilizar operações gerais no contexto de formação em sala, como por exemplo, os
seguintes factos patrimoniais, modificativos ou permutativos, dignos de registo:

Adiantamentos recebidos, Depósitos Bancários, Venda a prazo, Compra de Serviços, Compra
de mercadorias, Compra de equipamento, furto detetado, descontos obtidos/concedidos,
empréstimos bancários, juros, multas, seguros, amortizações, letras, crédito incobrável, etc.



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  • 1. Sistema de Normalização Contabilísitica
  • 2. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 I - CONCEITOS E FUNDAMENTOS - O relato financeiro visto com uma nova luz O relato financeiro em Portugal está a assistir a um importante e abrangente processo de transformação. Em 2005 tornou-se obrigatório para as demonstrações financeiras consolidadas das entidades cotadas em Bolsa, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia (“IFRS” - International Financial Reporting Standards). Nessa data, esta forma de relato manteve-se ainda facultativa para as demonstrações financeiras consolidadas de outras entidades e para as demonstrações financeiras separadas das entidades que adotam as IFRS na preparação das suas demonstrações financeiras consolidadas e das suas subsidiárias. Atualmente, Portugal, participa no processo do Sistema de Normalização Contabilística (“SNC”), o qual preconiza a adoção generalizada de uma estrutura de relato financeiro em grande medida coincidente com as IFRS. S.N.C.- Sistema de Normalização Contabilística Contabilidade Financeira  Normalizar consiste em criar uma metodologia comum, tendo em vista a comparação e compreensão das informações dos diversos agentes económicos. Diplomas legais relacionados: Dec-Lei nº 158/2009 de 13 de Julho, que aprovou o SNC Dec-Lei nº 159/2009 de 13 de Julho, que alterou o CIRC Dec-Lei nº 160/2009 de 13 de Julho, que aprovou a nova Comissão de Normalização Contabilística A Normalização Contabilística, mediante estes diplomas legais, define-se como “ um conjunto de regras e princípios, que devem ser seguidos pelas unidades económicas”. Diplomas Legais Publicações Dec Lei nº 158/2009, de 13 de Julho Base para apresentação das Demonstrações Financeiras ( BADF) Portaria nº 986/2009, de 7 de Setembro Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF ) Portaria nº 1011/2009, de 9 de Setembro Códigos de Contas ( CC ) Aviso nº 15652/2009 de 7 de Setembro Estrutura Conceptual ( EC ) Aviso nº 15655/2009 de 7 de Setembro Normas Contabilísticas de Relato Financeiro ( NCRF ) Aviso nº 15654/2009 de 7 de Setembro NCRF – Pequenas Entidades ( NCRF-PE) Aviso nº 15653/2009 de 7 de Setembro Normas Interpretativas ( NI ) Formador: Carlos Tapadinhas 2
  • 3. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 CLASSIFICAÇÃO DAS ENTIDADES QUANTO À DIMENSÃO Formador: Carlos Tapadinhas 3
  • 4. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 IAS IAS 1: Apresentação de Demonstrações Financeiras IAS 2: Inventários IAS 7: Demonstrações de Fluxos de Caixa IAS 8: Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros IAS 10: Acontecimentos Após a Data do Balanço IAS 11: Contratos de Construção (revista em 1993) IAS 12: Impostos sobre o Rendimento (revista em 2000) IAS 14: Relato por Segmentos (revista em 1997) IAS 16: Ativos Fixos Tangíveis IAS 17: Locações IAS 18: Rédito (revista em 1993) C IAS 19: Benefícios dos Empregados (revista em 2002) IAS 20: Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do Governo (reformatada em 1994) IAS 21: Os Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio IAS 23: Custos de Empréstimos Obtidos (revista em 1993) IAS 24: Divulgações de Partes Relacionadas IAS 26: Contabilização e Relato dos Planos de Benefícios de Reforma (reformatada em 1994) IAS 27: Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas IAS 28: Investimentos em Associadas IAS 29: Relato Financeiro em Economias Hiperinflacionárias (reformatada em 1994) IAS 31: Interesses em Empreendimentos Conjuntos IAS 32: Instrumentos financeiros: divulgação e apresentação IAS 33: Resultados por Acção IAS 34: Relato Financeiro Intercalar IAS 36: Imparidade de Ativos IAS 37: Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes IAS 38: Ativos Intangíveis IAS 39: Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração IAS 40: Propriedades de Investimento IAS 41: Agricultura IFRS IFRS 1: Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro IFRS 2: Pagamento com Base em Acções IFRS 3: Concentrações de actividades empresariais IFRS 4: Contratos de seguro IFRS 5:Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas IFRS 6:Exploração e Avaliação de Recursos Minerais IFRS 7:Instrumentos Financeiros: Divulgação de Informações Formador: Carlos Tapadinhas 4
  • 5. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 NORMAS NCRF – NORMAS CONTABILÍSTICAS E DE RELATO FINANCEIRO 1 Estrutura e Conteúdo das Demonstrações Financeiras IAS 1 2 Demonstração de Fluxos de Caixa IAS 7 3 Adopção pela primeira vez das NCRF IFRS 1 4 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas e Erros IAS 8 5 Divulgação de Partes Relacionadas IAS 24 6 Ativos Intangíveis IAS 38 7 Ativos Fixos Tangíveis IAS 16 8 Ativos Não Correntes Detidos para Venda e Unid. Descontinuadas IFRS 5 9 Locações IAS 17 10 Custos de Empréstimos Obtidos IAS 23 11 Propriedades de Investimento IAS 40 12 Imparidade de Ativos IAS 36 13 Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Inv. em Associadas IAS 28/31 14 Concentrações de Actividades Empresarias IFRS 3 15 Investimentos em Subsidiárias e Consolidação IAS 27 16 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais IFRS 6 17 Agricultura IAS 41 18 Inventários IAS 2 19 Contratos de Construção IAS 11 20 Rédito IAS 18 21 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes IAS 37 22 Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do IAS 20 Governo 23 Os Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio IAS 21 24 Acontecimentos Após a Data do Balanço IAS 10 25 Impostos Sobre o Rendimento IAS 12 26 Matérias Ambientais 27 Instrumentos Financeiros IAS 32/39 28 Benefícios dos Empregados IAS 19 Formador: Carlos Tapadinhas 5
  • 6. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 Os vários nomes da Contabilidade (obrigatória): Geral, Financeira, Fiscal ou Externa O processo contabilísitico destina-se a : • Registar as relações externas da empresa, com os bancos, o Estado, os fornecedores, credores, os clientes, os sócios, ... • Compete-lhe apurar os lucros ou prejuízos, co9mparandos RENDIMENTOS e GASTOS, bem como elaborar contas anuais de resultados. • A Contabilidade de Custos, ou Analítica, é um processo facultativo de âmbito interno e destina-se, na sua essência, a identificar o peso numérico/percentual de cada unidade produzida imputável aos “Centros de Custo” relacionáveis com a atividade empresarial. Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras (BADF)  Estabelecem os requisitos globais que permitem assegurar a comparabilidade, quer com as demonstrações financeiras de períodos anteriores da mesma entidade, quer com as de outras empresas.  São uma representação estruturada da posição financeira (Balanço) e do desempenho financeiro (Demonstração de Resultados) de uma entidade. Ao preparar as suas demonstrações financeiras, a empresa deve ter em conta os 6 seguintes pressupostos: Formador: Carlos Tapadinhas 6
  • 7. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 1. Continuidade 2. Regime de periodização económica 3. Consistência de apresentação 4. Materialidade e agregação 5. Compensação 6. Informação Comparativa Analiticamente, são eles: 1. Continuidade Significa que a Contabilidade efetua a avaliação do património e o registo das suas mutações considerando que a entidade, até evidências em contrário, terá uma vida continuada ao longo do tempo, ou seja, é a hipótese básica de que a entidade cujo património está sendo contabilizado não está destinada à liquidação, insolvência ou a qualquer forma de extinção mas sim a prosseguir as suas operações comerciais e financeiras por tempo indeterminado. 2. Regime de periodização económica Os réditos e gastos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento. 3. Consistência de apresentação A apresentação e a classificação de itens nas demonstrações financeiras devem ser mantidas de um período para o outro. 4. Materialidade e agregação Cada classe material de itens semelhantes deve ser apresentada separadamente nas demonstrações financeiras. 5. Compensação Os ativos e passivos, e os rendimentos e gastos, não devem ser compensados, exceto quando tal for exigido na NCRF. 6. Informação Comparativa A menos que uma NCRF o permita ou exija de outra forma, deve ser divulgada informação comparativa com respeito ao período anterior para todas as quantias relatadas nas demonstrações financeiras. Formador: Carlos Tapadinhas 7
  • 8. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 O conjunto completo das demonstrações financeiras inclui:  Balanço;  Demonstração dos resultados;  Demonstração das alterações no capital próprio;  Demonstração dos fluxos de caixa;  Anexo em que se divulguem as bases de preparação e políticas contabilísticas adotadas e outras exigidas pelas NCRF Reconhecimento dos Elementos das Demonstrações Financeiras É o processo de incorporar no Balanço e na Demonstração dos Resultados um item que satisfaça a definição de uma classe, deve ser reconhecido quando:  Probabilidade de benefícios económicos futuros  Fiabilidade da mensuração. Mensuração dos Elementos das Demonstrações Financeiras  Mensuração é o processo de determinar as quantias monetárias:  Custo corrente  Valor realizável  Valor presente  Justo valor  Custo histórico - O custo histórico é a política contabilística mais utilizada. Formador: Carlos Tapadinhas 8
  • 9. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 Demonstração Financeira “Balanço” – relato da posição patrimonial O Balanço constitui um quadro de representação do património da empresa (conjunto de valores utilizados pela unidade económica no exercício da sua atividade), em determinado momento. Como o património é um conjunto de valores heterogéneo, existe a necessidade de os agrupar em conjuntos homogéneos (equipamentos, dívidas de terceiros, dívidas a terceiros, numerário em caixa, depósitos bancários, mercadorias,…). No património podemos distinguir duas classes de elementos patrimoniais distintos: por um lado aquilo que se tem (um conjunto de bens e um conjunto de direitos) e, por outro lado aquilo que se deve (um conjunto de obrigações). Ao primeiro conjunto designa-se por Ativo. Ao segundo conjunto designa-se por Passivo. É desta forma fácil de perceber que a diferença entre o Ativo e o Passivo representa o valor do património, ou Capital Próprio, ou ainda a Situação Líquida da empresa. Além da perspetiva jurídica do Balanço ser a da representação de um conjunto de bens e direitos, por um lado e de um conjunto de obrigações, por outro, o Balanço também pode ser analisado numa perspetiva mais financeira, que resulta num conjunto de aplicações de capital (ou investimentos) e um conjunto de fontes de financiamento (Origem e Aplicação de Fundos). De facto, os Ativos, onde se incluem os bens e direitos detidos pela empresa não são mais do que diferentes aplicações com vista ao desenvolvimento da sua atividade. Por outro lado, os Passivos, que incluem as obrigações (ou dívidas) e os Capitais Próprios, o capital social e os resultados presentes e passados da empresa, podem ser considerados como as fontes de financiamento dessas aplicações efetuadas. Os elementos do Balanço podem ainda ser entendidos como um conjunto de capitais, ordenados por ordem crescente de liquidez no Ativo e de exigibilidade no Passivo: - Capital Fixo (Imobilizações – ativo não corrente) – constitui a infraestrutura da empresa e não se destina a ser convertido em meios líquidos. Formador: Carlos Tapadinhas 9
  • 10. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 - Capital Circulante (corrente) – É formado pelos meios financeiros intermutáveis e associados ao funcionamento e exploração (dívidas de terceiros, existências e disponibilidades). - Capital Próprio – Conjunto dos meios financeiros pertencentes à própria empresa. - Capital Alheio – Constituído pelo meios financeiros postos à disposição da empresa por terceiros (Passivo corrente e não corrente). Formador: Carlos Tapadinhas 10
  • 11. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 NOTAS DATAS RUBRICAS 31 DEZ N 31 DEZ N-1 ATIVO Ativo não corrente Ativos fixos tangíveis Propriedades de investimento Trespasse (goodwill) Ativos intangíveis Ativos biológicos Participações financeiras - método da equivalência patrimonial Participações financeiras - outros métodos Acionistas/sócios Outros Ativos financeiros Ativos por impostos diferidos Ativos não correntes detidos para venda Ativo corrente Inventários Ativos biológicos Clientes Adiantamentos a fornecedores Estado e outros entes públicos Acionistas/sócios Outras contas a receber Diferimentos Ativos financeiros detidos para negociação Outros ativos financeiros Caixa e depósitos bancários Total do ativo CAPITAL PROPRIO E PASSIVO Capital próprio Capital realizado Ações (quotas) próprias Prestações suplementares e outros instrumentos de capital próprio Prémios de emissão Reservas legais Outras reservas Excedentes de revalorização Ajustamentos em ativos financeiros Outras variações no capital próprio Resultados transitados Resultado liquido do período Interesses minoritários Formador: Carlos Tapadinhas 11
  • 12. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 Total do capital proprio Passivo Passivo não corrente Provisões Financiamentos obtidos Responsabilidades por benefícios pós-emprego Passivos por impostos diferidos Outras contas a pagar Passivo corrente Fornecedores Adiantamentos de clientes Estado e outros entes públicos Acionistas/sócios Financiamentos obtidos Outras contas a pagar Passivos financeiros detidos para negociação Outros passivos financeiros Diferimentos Total do passivo Total do capital próprio e do passivo Resumo: As Demonstrações Financeiras são documentos contabilísticos que apresentam de forma estruturada e normalizada a informação que é exigida para a prestação de contas das entidades e apoia a gestão nas tomadas de decisão. As d. F. têm como objetivo proporcionar informação acerca da situação financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que sejam úteis para a generalidade dos utentes no processo de tomada de decisão. Têm ainda outro importante objetivo que é o de determinar a rentabilidade que os gestores conseguiram com os recursos que obtiveram (dos sócios/acionistas e dos financiadores). As NCRF aplicam-se apenas às d.f. e não a outra informação apresentada num relatório anual ou noutro documento. Relembro que um conjunto completo de demonstrações financeiras inclui:  Balanço (ncrf 1)  Demonstração dos resultados (ncrf 1)  Demonstração de alterações no capital próprio (ncrf 1)  Demonstração dos fluxos de caixa; (ncrf 2)  Anexo (onde se divulgam as bases de preparação e políticas contabilísticas e outras divulgações exigidas pelas ncrf 1) Formador: Carlos Tapadinhas 12
  • 13. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 Formador: Carlos Tapadinhas 13
  • 14. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 A TÉCNICA CONTABILÍSTICA CONTA - Conjunto de elementos patrimoniais expressos em unidades de valor, essencialmente variável no espaço e no tempo. PARTES CONSTITUITIVAS DA CONTA 1-TITULO É a expressão ou palavra por que se designa a conta. Deve ser escolhida de tal forma que revele imediatamente a natureza dos elementos que a compõem, i.e., nos dê a conhecer o seu conteúdo. Tem como finalidade identificar a conta e distingui-la de todas as outras, pelo que o seu título será fixo e imutável. Ex: Conta “Mobiliário de escritório”, engloba secretárias, estantes, cadeiras, etc. 2-SUBSTÂNCIA Vertente qualitativa. Traduz o conjunto de atributos qualitativos homogéneos que aí pretendemos registar. 3-VALOR Representa a qualidade expressa em unidades monetárias contidas na conta no momento em que se analisa. O valor é o elemento variável da conta. REQUISITOS DA CONTA – Apenas para o título e substância – Uma conta só deve conter elementos subordinados à característica comum que define substância. – A conta deve identificar todos os factos patrimoniais. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA (RAZÃO ou T´s) TITULO DA CONTA Designado por: “DÉBITO” ou “DEVE” Designado por: “CRÉDITO” ou “HAVER” SALDO O SALDO DE UMA CONTA É A DIFERENÇA ENTRE O DÉBITO E O CRÉDITO Formador: Carlos Tapadinhas 14
  • 15. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 AO BALANCEAR UMA CONTA PODE OCORRER:  D > C O SALDO DIZ-SE DEVEDOR (Sd)  D = C O SALDO DIZ-SE NULO (So)  D < C O SALDO DIZ-SE CREDOR (Sc) FECHAR UMA CONTA UMA VEZ DETERMINADO O SALDO, ESTE ADICIONA-SE AO LADO CUJA SOMA FOR DE MENOR VALOR, OBTENDO-SE ASSIM A IGUALDADE ENTRE OS DOIS LADOS DA CONTA  D>C D=C+Sd  D=C D=C  D<C D+Sc=C REABERTURA DE CONTA Reabrir uma conta é inscrever o saldo na coluna do débito, se na conta fechada o mesmo era devedor; ou inscrever o saldo na coluna do crédito se na conta fechada o mesmo era credor A CONTA TEM POR OBJECTO: – ATIVO E PASSIVO - ELEMENTOS ABSTRATOS – SITUAÇÃO LÍQUIDA ASSIM TEMOS CONTAS: -DO ATIVO; -DO PASSIVO; -SITUAÇÃO LÍQUIDA Dentro destas 3 grandes classes inserem-se outras de âmbito mais reduzido, cujos elementos patrimoniais foram agrupados em obediência a um determinado ponto de vista ou característica AS CONTAS QUE SÃO SUBCONTAS DE OUTRAS, CHAMAM-SE SUBCONTAS OU DIVISIONÁRIAS Partidas Dobradas Este método é caracterizado pela duplicação dos registos contabilísticos, ou seja, todo o débito numa conta dá lugar a um crédito noutra ou noutras contas e vice-versa. implicações Cada facto patrimonial dá origem a um registo em duas ou mais contas. Ao valor de débito ou débitos corresponde sempre um crédito ou créditos de igual valor. Formador: Carlos Tapadinhas 15
  • 16. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 Equação fundamental da contabilidade A = P ± CP regras A um débito ou débitos corresponde sempre um crédito ou créditos de igual valor; A soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos A soma dos saldos devedores é igual à soma dos saldos credores Regras de movimentação As contas do ativo debitam-se pelos aumentos As contas do ativo creditam-se pelas diminuições As contas do passivo creditam-se pelos aumentos As contas do passivo debitam-se pelas diminuições ASSIM OS FACTOS PATRIMONIAIS SÃO REGISTADOS POR ORDEM DE DATAS NO DIÁRIO E POR ORDEM DE CONTAS NO RAZÃO DIÁRIO Serve para registar, dia a dia, por ordem de datas em assento separado, os factos patrimoniais permutativos e/ou modificativos do património da entidade. Formador: Carlos Tapadinhas 16
  • 17. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 RAZÃO Serve para escriturar o movimento de todas as operações do diário, ordenados a débito e crédito em relação a cada uma das respetivas contas, para se conhecer o estado e a situação de qualquer delas, sem necessidade de recorrer ao exame de todos os lançamentos do diário BALANCETE É um resumo do razão, onde a soma dos totais do débito e do crédito deve ser igual, coincidindo também, com o total do diário, consequentemente os totais das somas dos saldos devedores e credores devem ser iguais Neste resumo de movimentos efetuados devem constar: Nome de todas as contas utilizadas no período; Movimentos acumulados das contas a débito e a crédito; Saldos apresentados pelas contas utilizados. Fluxograma Formador: Carlos Tapadinhas 17
  • 18. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 Demonstração de Resultados: GANHOS vs GASTOS Classe 7 SNC Formador: Carlos Tapadinhas 18
  • 19. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 Classe 6 SNC Classe 8 Formador: Carlos Tapadinhas 19
  • 20. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 Classe 8 Classe 8 Formador: Carlos Tapadinhas 20
  • 21. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 Formador: Carlos Tapadinhas 21
  • 22. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS LIQUÍDOS RENDIMENTOS E GASTOS Ano N Ano N-1 Vendas e serviços prestados Subsídios a exploração Ganhos/perdas imputados de subsidiarias, associadas e empreendimentos conjuntos Variação nos inventários da produção Trabalhos para a própria entidade Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Fornecimentos e serviços externos Gastos com o pessoal Ajustamentos de inventários (perdas/reversões) Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversoes) Provisões (aumentos/reduções) Imparidade de ativos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) Aumentos/reduções de justo valor Outros rendimentos e ganhos Resultado antes de depreciações, financiamento e impostos Gastos/reversões de depreciação e de amortização Imparidade de ativos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) Resultado operacional (antes de financiamento e impostos) Juros e rendimentos similares obtidos Juros e gastos similares suportados Resultado antes de impostos Imposto sobre o rendimento do periodo Resultado liquido do periodo Formador: Carlos Tapadinhas 22
  • 23. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 - II PRÁTICA SIMULADA EM SNC – Exercícios e Resoluções em aula (recurso ao código SNC Portaria n º1011/2008, de 9 de Setembro) Momento 0 – O formando deverá estar na posse da noção documental de um circuito comercial completo, sendo capaz de reconhecer documentos viáveis e relevantes, analisar a estrutura da informação contida num movimento de ficha de armazém, faturação geral, descontos/devoluções - notas débito e de crédito, Rec. Bancária., tratamento do IVA, Cálculo dos valores líquidos para Processamento de Salários, Gastos, etc. Movimentos fundamentais a desenvolver em sala através da extensão do conceito de tratamento contabilístico por SNC em suporte Diário / Razão: - Abertura de atividade empresarial – Sociedade por Quotas / Anónima - Movimentação da Classe 1, Classe 2 (identificação de fatos patrimoniais ativos/passivos) - Classe 3 - Gestão de Compras por sistema de inventário permanente (SIP)  Classe 6 – Conta 61 – CMVMC (noção factos patrimoniais modificativos)  Fornecedores e Credores diversos / adiantamentos a fornecedores  Quebras em armazém  N/ devolução – v/ devolução - Classe 4 – Investimentos ( trabalhar os tipos de Ativo e caracterizá-los / Amortização) - Classe 5 – Capital, Reservas e Resultados Transitados (noção de Passivo de Financiamento / Funcionamento – Mapas de origem e Aplicações de Fundos / Ajustamentos ao C.P.) - Classe 6 e Classe 7 – desenvolver a perceção dos factos patrimoniais modificativos que conduzem à Demonstração de Resultados Líquidos. - Classe 8 – Apuramento de Resultados antes de impostos / aplicação do IRC Formador: Carlos Tapadinhas 23
  • 24. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 Esquematização e procedimentos com a aplicação do Código de Contas Sistemas de Normalização Contabilística (SNC) 1- A utilização do Sistema de Inventário Permanente (SIP) para um armazém realista. 1) CONCEITO No sistema de inventário permanente, o Custo da Mercadoria Vendida – CMV (conta 61) é apurado em cada venda efetiva (conta 71). A conta de mercadorias ou stock de mercadorias, tem o seu saldo atualizado após cada operação de compra ou de venda, indicando efetivamente qual o nível de armazenagem existente. Se fizermos um inventário das mercadorias o valor encontrado deverá coincidir com o saldo da conta de mercadorias. Formador: Carlos Tapadinhas 24
  • 25. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 2- A contabilização e o apuramento do IVA. 3 – Processamento de Salários (em 3 fases) Formador: Carlos Tapadinhas 25
  • 26. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 4 – Contabilizar operações gerais no contexto de formação em sala, como por exemplo, os seguintes factos patrimoniais, modificativos ou permutativos, dignos de registo: Adiantamentos recebidos, Depósitos Bancários, Venda a prazo, Compra de Serviços, Compra de mercadorias, Compra de equipamento, furto detetado, descontos obtidos/concedidos, empréstimos bancários, juros, multas, seguros, amortizações, letras, crédito incobrável, etc. Formador: Carlos Tapadinhas 26
  • 27. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 Formador: Carlos Tapadinhas 27
  • 28. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 Formador: Carlos Tapadinhas 28
  • 29. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 Formador: Carlos Tapadinhas 29
  • 30. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 Formador: Carlos Tapadinhas 30
  • 31. Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214 Formador: Carlos Tapadinhas 31