O documento descreve o projeto de atuação do serviço social no Centro de Estudos, Prevenção e Reabilitação do Alcoolismo, com objetivos de assistência, pesquisa, ensino e extensão. O serviço social visa organizar a assistência ao paciente alcoolista, contribuir para seu desenvolvimento pessoal e mudar a mentalidade da sociedade sobre o alcoolismo. A metodologia inclui entrevistas iniciais, estudos de caso, acompanhamento individual e em grupo dos pacientes.
Serviço social e alcoolismo: intervenção no CEPRAL
1. SERVIÇO SOCIAL E ALCOOLISMO
PROJETO DE ATUAÇÃO DO SERVIÇO
SOCIAL NO CENTRO DE ESTUDOS,
PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO
ALCOOLISMO [CEPRAL]
2. Intervenção do Serviço Social
• Instituição: organizar e otimizar a assistência prestada ao
paciente alcoolista, abrangendo desde o atendimento
direto e resolução das dificuldades que prejudiquem a
aderência ao tratamento, até a formação e
aperfeiçoamento dos profissionais envolvidos e incentivo
ao estudo e pesquisa teórico-prática, criando assim um
referencial no tratamento do alcoolismo;
• Indivíduo e sua família: contribuir para o crescimento e
desenvolvimento pessoal do alcoólatra;
• Sociedade: contribuir para a mudança de mentalidade e
atitudes da sociedade em relação ao alcoolismo,
introduzindo uma nova leitura da doença e que possibilite
sua inserção no contexto mais amplo.
3. Objetivos
• Assistência: promover a saúde integral do paciente alcoolista
identificando, diagnosticando e intervindo no problema do
alcoolismo, reassegurando as possibilidades de sua reintegração na
família e na sociedade para a efetivação do exercício de sua
cidadania;
• Pesquisa: promover estudos e pesquisas sobre as causas
psicossociais do paciente e sua família que contribuem para
incidência do doente alcoolista, assim com a problemática que
contribui para sua reincidência;
• Ensino: promover atividades de estágio curricular para alunos de
Serviço Social;
• Extenção: promover e colaborar com projetos próprios ou
interinstitucionais de tratamento e prevenção do alcoolismo, como
também promover a interação com grupos de mútua ajuda entre
outros o AA.
4. Metodologia de Ação
• A nível institucional e com a equipe multidisciplinar
- Estabelecer e organizar com a equipe as rotinas e
fluxos de atendimento ao paciente desde a marcação
de consultas e exames preliminares como também a
sua movimentação nos diversos momentos e pelos
diversos profissionais no decorrer do tratamento.
- Organizar um sistema de suporte institucional, para
atender às necessidades do tratamento que a
Instituição não disponha;
- Planejar e participar de atividades de pesquisa e
intervenção em propostas de trabalho integrado na
equipe multidisciplinar;
5. • No atendimento ao usuário
1. Entrevista inicial com o paciente e família:
- Para estabelecer um primeiro contato;
- Investigar através da história de vida os fatores
sócio-econômico-familiares, visando a indicação
do atendimento adequado ao caso;
- Ressaltar conjuntamente com o paciente as suas
potencialidades no sentido de apreciação
realista de sua aderência/continuidade do
tratamento, assim como de suas capacidades e
seus limites;
6. 2. Pesquisa inicial sobre o perfil da população usuário:
Com base nos dados obtidos nesta entrevista inicial, a situação-
problema diagnosticada será categorizada segundo os seguintes
critérios: - sinais e sintomas físicos e psíquicos, - desajustamentos:
familiares/financeiros/funcionais (no trabalho).
3. Estudo de caso pela equipe multidisciplinar:
Através de reuniões da equipe será proposto um estudo do caso
do paciente com a apresentação dos pareceres dos diversos
profissionais com o objetivo de, conjuntamente, planejar o
tratamento adequado de acordo com as suas especificidades e
indicando o acompanhamento pelo profissional inadequado ou em
trabalho integrado pela equipe.
7. 4. Acompanhamento social:
O atendimento será realizado a nível ambulatorial,
domiciliar e/ou de internação hospitalar, de forma
individual ou em grupo, com o objetivo de investir na
qualidade de vida dos pacientes alcoólatras pela
superação de limites produzidos pela doença (físicos,
psicológicos e sociais) garantindo sua dignidades.
A estratégia a ser adotada consistirá em discutir com
pacientes e familiares sobre seu cotidiano, as barreiras
físicas, psicológicas, econômicas e sociais, numa
perspectiva de construção de alternativas que lhes
garantam manter-se no convívio social.