2. �”Nosso problema, como cientistas de
hoje, é que não estudamos história e, por
isso, achamos que os gênios de hoje são
mais inteligentes do que qualquer pessoa
que viveu no passado.�
D. Suzuki, 1998
3. O descobrimento das propriedades curativas das
plantas foi, no início, meramente intuitivo ou,
observando os animais que, quando doentes,
buscavam nas ervas cura para suas afecções.
muito ativos ao ingerir grãos de café (Coffea arabica),
melhoravam a digestão ao ingerir o boldo do Chile (Peumus boldus),
ficavam muito calmos ao ingerir as folhas do maracujá (Passiflora sp.),
o lagarto, ao ser picado pela cobra se protege com o sumo da raiz da
guaçatonga (Casearea sylvestris);
a águia ao ser picada por uma serpente venenosa, voa a procura do guaco
(Mikania sp.) a fim de comer suas folhas, que contém vedelolactonas,
substância que age como antídoto de veneno de cobra,
os chimpanzés africanos que costumam colocar na boca folhas de um
malmequer do gênero Aspilia, que contém tiarubina A, substância que atua
sobre bactérias, fungos e vermes, e deve ser absorvida através das mucosas,
pois é inativada pelo suco gástrico. Os chimpanzés não engolem as folhas,
apenas ficam comprimindo-as contra as mucosas.
4. “O único animal que questiona a
fitoterapia é o ser humano, todos os
outros já nascem sabendo...”
Sérgio Franceschini
6. Em 1873, o egiptólogo alemão Georg Ebers encontrou um rolo de papiro que dizia:
"Aqui começa o livro relativo à preparação dos remédios para todas as partes do
corpo humano“, considerado o primeiro tratado médico egípcio, onde contavam o
zimbro, a semente de linho, o funcho, o alho, a folha de sene e o lírio .
Em 1924, na Inglaterra, os técnicos do Museu Britânico conseguiram identificar 250
vegetais, minerais e substâncias diversas cujas virtudes terapêuticas eram conhecidas
pelo babilônios. Nos pergaminhos da época são citadas ervas como o cânhamo
indiano, utilizado como analgésico, nos casos de reumatismo.
Hipócrates reuniu a totalidade dos conhecimentos médicos de seu tempo no
conjunto de tratados conhecidos pelo nome de Corpus Hipocraticum, onde, para cada
enfermidade, descreve um remédio vegetal e o tratamento correspondente.
Dioscórides inventariou, no seu tratado De Matéria Medica, mais de 500 drogas de
origem vegetal, mineral ou animal.
Galeno, ligou o seu nome ao que se denomina "farmácia galênica", onde as plantas
não são mais usadas na forma de pó e sim em preparações, nas quais são usados
solventes como álcool, água ou vinagre, e servem para conservar e concentrar os
componentes ativos das plantas, sendo utilizadas para preparar
ungüentos, emplastros e outras formas.
7. O longo período que se seguiu, no Ocidente, designado por Idade Média,
não foi exatamente uma época caracterizada por rápidos progressos
científicos.
Foi, no entanto, no Renascimento, com a valorização da experimentação e
da observação direta, com as grandes viagens para as Índias e a América,
que se deu origem a um novo período de progresso no conhecimento das
plantas e suas aplicações.
Paracelso (início do século XVI ), tentou relacionar as virtudes das plantas
com as suas propriedades morfológicas, sua forma e sua cor. Conhecida
como a "teoria dos sinais" ou "teoria da similitude". Considerava que uma
doença podia se curar com aquilo que com ela tivesse semelhança.
A partir de século XV houve uma preocupação em catalogar um grande
número de vegetais, identificando-os e classificando-os de acordo com a
procedência, e características dos princípios ativos.
Finalmente, os esforços de classificação culminam, em 1735, com a
publicação do Systema Naturae, de Lineu.
9. Tradição Popular
Indígenas
Colonizadores
Portugueses, Espanhóis, Holandeses e Franceses.
Escravos
Africanos
Migrações intra regionais:
*Transmitidas por oralidade (avós, pais, filhos...)
10. GABRIEL SOARES DE SOUSA (1540-1591):
Observações sobre a experiência de portugueses, índios e negros no Brasil
colônia. Hoehne, baseado em suas informações, pode determinar
cientificamente a maioria das 210 espécies vegetais citadas no texto.
JOSÉ DE ANCHIETA (1533-1597):
Foi também médico e enfermeiro dos indígenas, conhecendo e aplicando
inúmeras plantas utilizadas pelos povos tupi, durante o processo de
catequização.
PISO (1611-1678); MARCGRAVE (1610-1643):
As obras de Marcgrave (médico, desenhista e botânico) e de Piso (médico e
zoólogo) no que se refere ao clima, água, solo, moléstias tropicais e sua
etiologia, botânica e zoologia, são efetivamente importantíssimas porque
anteciparam em mais de 100 anos o surgimento da botânica na Europa.
Identificaram 132 espécies vegetais utilizadas no Brasil.
SIMÃO PINHEIRO MORÃO (1620-1686):
Historicamente é o primeiro livro, escrito por um português no Brasil,
versando exclusivamente sobre matéria médica. A finalidade do livro era
difundir no seio da população os meios práticos de preservação e combate ao
sarampo e às bexigas (varíola). Utilizava plantas européias, mas também
nativas no tratamento das doenças.
11. MANUEL ARRUDA DA CÂMARA (1752-1811):
Médico e botânico pernambucano, formado em medicina em Montpellier na França,
publicou vários estudos botânicos sobre a flora brasileira. Pesquisador pioneiro da
flora, fauna e recursos naturais de toda uma região que vai do rio São Francisco aos
sertões do Piauí. Publicou vários livros entre eles, “A Almécega e a Carnaúba” (1809).
BERNARDINO ANTONIO GOMES (1768-1823):
Médico português que em 1810, inicia os estudos sobre as cascas da quina,
descobrindo uma substância cristalizável, mais tarde reconhecida como um alcalóide, e
que denominou “cinchonina”, ocorrência publicada em novembro de 1811. Graças a
essa descoberta e à sua divulgação, Caventou e Pelletier descobriram em 1818 a
quinina, responsável pela ação antimalárica. Viveu no Rio de Janeiro de 1797 a 1801,
tendo assim a oportunidade de estudar não somente a ipecacuanha e a canela, mas
ainda redigir observações botânico médicas sobre plantas brasileiras, algumas delas
descritas por ele, pela primeira vez, na literatura científica. Identificou e estudou 15
plantas medicinais brasileiras.
FRANCISCO ANTONIO SAMPAIO:
Médico português, exerceu a profissão na Vila da Cachoeira (BA) desde 1758. O
manuscrito de sua única obra, somente no século XX foi encontrada e ainda assim
incompleta, faltando o terceiro tomo referente ao reino mineral. Apesar disso é uma
obra importante e autêntica sobre a prática terapêutica popular da época. Estudou e
desenhou 83 plantas medicinais brasileiras utilizadas no Brasil.
12. VELLOZO (1742-1811):
Filósofo e teólogo brasileiro que ocupa um lugar de destaque pela sua obra
monumental intitulada “Flora Fluminensis”, terminada em 1790 mas só foi
publicada em 1825 (60 fascículos, formando 11 volumes ), sob encomenda do
governo imperial, traz as descrições e ilustrações de 1640 vegetais brasileiros,
incluindo também inúmeras indicações ecológicas, muitos nomes indígenas e
práticas terapêuticas populares e indígenas.
SAINT-HILAIRE (1779-1853):
Naturalista francês que veio ao Brasil em 1816 e percorreu diversas províncias,
estudando a flora brasileira. Publicou inúmeros diários de viagem e obras
botânicas sobre a flora brasileira. Registrou práticas médicas populares da
época e propriedades medicinais de diversas plantas brasileiras.
CAMINHOÁ (1835-1896):
- Médico e professor de botânica, formado no Rio de Janeiro. Autor de obra
didática que resume a botânica do século XIX. Em sua tese de concurso para a
cadeira de Botânica Médica, estudou as plantas tóxicas do Brasil. Registra
inúmeras práticas medicinais populares em seu livro.
13. MARTIUS (1794-1868):
- Médico, zoólogo e botânico alemão, que dedicou a maior parte de sua vida ao estudo
da flora brasileira. Coordenou uma equipe de botânicos para escrever a maior obra de
botânica sobre o Brasil, a “Flora Brasiliensis”, terminada em 1906, após a sua morte.
Das 10.000 descrições de espécies, pelo menos 5.939 eram novas para a ciência. Além
disso estudou também as plantas medicinais, inclusive, as espécies utilizadas pelas
tribos indígenas. Observou e experimentou inúmeras práticas médicas populares nas
regiões por onde percorreu.
MELLO MORAES (1816-1882):
- Médico formado na Bahia. Organizou, em formato de dicionário, obra em que reúne
informações sobre práticas medicinais populares recolhidas pessoalmente e também de
outros autores contemporâneos.
CHERNOVIZ (1812-1881):
- Médico polonês, diplomado em Montpellier em 1837, e depois naturalizado brasileiro.
Escreveu o “Chernoviz”, como ficou conhecido no Brasil, onde registrava os tratamentos
alopáticos reconhecidos, mas também incluía receituário de plantas medicinais
brasileiras, e de outros países, assim como, alcalóides e produtos químicos. A principal
causa do sucesso das sucessivas edições do “Chernoviz” prendia-se à maneira como
Chernoviz conseguia retratar a concepção artesanal, leiga e mágica da medicina,
listando de forma abundante, fórmulas para a fabricação caseira de medicamentos ou
para a encomenda em boticas.
14. LANGGAARD (1813-1883):
Médico dinamarquês, formado em Copenhague e em 1848 adquiriu
nacionalidade brasileira, escreveu um livro que foi considerado um
memorial terapêutico ,com a indicação abreviada dos meios empregados
no tratamento das moléstias e um formulário com a descrição de plantas
indígenas e européias, com suas respectivas ilustrações e produtos de
natureza química, com suas respectivas indicações terapêuticas.
BARBOSA RODRIGUES (1842-1909):
- Botânico e antropólogo brasileiro. Publicou diversos livros sobre
etnografia indígena e sobre lendas e línguas indígenas. Explorou a
Amazônia, recolhendo material botânico e etnográfico. Analisa a botânica
indígena e reconhece a unidade e racionalidade da nomenclatura
indígena. Estuda em profundidade o curare e desvenda os mistérios de sua
manipulação e seus antídotos, definindo os diversos tipos de curare,
produzidos de acordo com sua utilidade e com as sutis gradações de seus
efeitos, colocando em evidência que a cultura indígena era bem mais
profunda do que se imaginava até então.
15. Enquanto no Brasil existe a
polêmica em relação a
fitoterapia, no mundo......
16. Pau Brasil
roubaram dos povos indígenas da
região o segredo de como extrair
um pigmento vermelho do Pau
Brasil. A árvore que deu ao Brasil
seu nome, está sendo preservada
apenas em alguns jardins
botânicos.
Açaí
Fruto da palmeira Euterpe oleracea
da região amazônica que teve seu
nome registrado no Japão, em
2003. Por causa de pressão de
organizações não-governamentais
da Amazônia, o governo japonês
cancelou esta patente.
17. Andiroba
A árvore (Carapa guianensis) é comum nas
várzeas da Amazônia. O óleo e extrato de
seus frutos foram registrados pela empresa
francesa Yves Roches, no Japão, França,
União Européia e Estados Unidos, em 1999.
E pela empresa japonesa Masaru Morita,
em 1999.
Copaíba
A copaíba (Copaifera sp), teve sua patente
registrada pela empresa francesa Technico-
flor, em 1993, e no ano seguinte na
Organização Mundial de Propriedade
Intelectual. A empresa norte-americana
Aveda tem uma patente de Copaíba,
registrada em 1999.
18. Cupuaçu
Fruto da árvore (Theobroma
Grandiflorum), que pertence à mesma
família do cacaueiro. Existem várias
patentes sobre a extração do óleo da
semente do cupuaçu e a produção do
chocolate da fruta. Quase todas as
patentes registradas pela empresa Asahi
Foods, do Japão, entre 2001 e 2002. A
empresa inglesa de cosméticos Body Shop
também tem uma patente do cupuaçu,
registrada em 1998.
Espinheira Santa
A espinheira santa (Maytenus ilicifolia) é
nativa de muitas partes da América do Sul
e sudeste do Brasil. A empresa japonesa
Nippon Mektron detém uma patente de
um remédio que se utiliza do extrato da
espinheira santa, desde 1996.
19. Jaborandi
Planta (Pilocarpus pennatifolius) só
encontrada no Brasil, o jaborandi tem
sua patente registrada pela indústria
farmacêutica alemã Merk, em 1991.
Biribiri
No Canadá, a empresa Biolink,
patenteou rupununine, uma substância
extraída das sementes do bibiri
(Octotea radioei), planta da Amazônia.
O povo Wapixana de Roraima usa esta
substância como um anticoncepcional.
Mandioca
A Biolink quer patentear cumaniol, uma
substância extraída de um veneno feito
da mandioca selvagem, usado para
pesca na Amazônia. O novo produto, de
acordo com a companhia Canadense,
pode ser usado para parar o coração
durante cirurgias delicadas.
20. Veneno da jararaca
A jararaca (Bothrops jararaca) é uma espécie nativa de cobra da Mata Atlântica. O
laboratório Squibb usou uma pesquisa que havia sido desenvolvida no Brasil e
patenteou a droga Captopril, contra hipertensão, nos anos 70.
Curare
Uma mistura tóxica de várias plantas, usada tradicionalmente por algumas etnias
indígenas da Amazônia, para envenenar as pontas de suas flechas cuja fórmula foi
mantida em segredo pelos índios durante séculos, Alexander von Humboldt foi o
primeiro Europeu, em 1800, a testemunhar e descrever como os ingredientes eram
preparados. O curare começaria a ser utilizado como um anestésico em 1943, quatro
anos depois que seu ingrediente ativo, o d-tubocurarine foi isolado.
Quinina
Os povos indígenas usavam a planta para tratamento de febre. Derivado da árvore de
cinchona (Cinchona officinalis), ela foi usada na década 20 nos Estados Unidos para o
tratamento de malária. O produto ficou conhecido como "casca de febre dos Índios"
(Indian fever bark) e foi usado na Europa desde o inicio do século 16. A demanda pela
cinchona desencadeou um processo de exploração que quase a fez extinta.
Contrabandeando a planta da América do Sul para Java, em 1865, o inglês Charles
Ledger, na verdade, contribuiu com sua preservação. E apenas sessenta anos mais
tarde, mais que 95% do quinina do mundo vinha de Java.
21. Seringueira
Outro caso de biopirataria, foi o contrabando de 70.000 sementes da árvore de
seringueira, Hevea brasiliensis, da região de Santarém no Pará no ano de 1876, pelo
inglês Henry Wickham. As sementes foram contrabandeadas para o Royal Botanic
Garden, em Londres e daí, após seleção genética, levadas para a Malásia, África e
outras destinações tropicais. Após algumas décadas a Malásia passou a ser o principal
exportador mundial de látex, prejudicando economicamente o Brasil.
Pau Rosa
Óleo vendido para a França, utilizado na elaboração do Chanel nº5.
Biopirataria de vegetais:
O transporte é bastante simples, podendo esconder sementes, gêmulas ou culturas
em bolsos, canetas, frascos de cosméticos, dobras e costuras das roupas, entre outras
formas.
Além disso, o comércio legalizado de plantas medicinais e a indústria de fitoterápicos
disponibilizam livremente fragmentos e extratos vegetais que podem ser adquiridos
nos mercados e feiras e levados sem nenhuma restrição.
22. A Fitoterapia na Tradição
Popular Brasileira
Uso popular:
Farmacopéia popular brasileira.
“Fitoterápico tradicional é aquele elaborado a partir de planta
medicinal de uso alicerçado na tradição popular, sem
evidências, conhecidos ou informados de risco à saúde do
usuário, cuja eficácia é validada através de levantamentos
etnofarmacológicos, de utilização, documentação
tecnocientífica ou publicações indexadas”.
23. Somatória de tradições:
Indígena + Européia + Nordestina + Africana
Além das plantas regionais existe também o uso de plantas aclimatadas.
Saúde:
Estar bem disposto para trabalhar e alimentar-se bem.
Não existe prevenção, somente tratamento
Gravidade da doença:
1- Tempo de permanência dos sintomas.
2- Comportamento fora do normal.
Tipos de doenças:
1- Doenças do corpo doenças de remédios.
2- Doenças do espírito doenças de reza.
3- Doenças do alimento carnes e peixes “ramosos”.
Tratamentos:
1- Plantas (receitas aprendidas com parentes)
2- Rezas e benzimentos.
3- “Comida plantada melhor que comida comprada”.
24. Plantas + Partes de animais + Minerais + Material disponível.
As receitas básicas são comuns em várias regiões, sempre ensinadas por
avós, pais, etc..., mas percebe-se sempre a incorporação de algum produto por
facilidade de encontrar na região ou por intuição.
Quanto mais grave a doença maior o número de plantas, animais ou
minerais.
Existem adaptações conforme a necessidade ou a facilidade na obtenção das
plantas.
As fórmulas tem sempre efeito curativo e nunca preventivo.
Exemplos:
Malária: Carapanaúba ou Quina.
Diarréia: folha Goiaba ou casca de Macaé em forma de chá.
Diarréia prolongada: casca de Mirí para lavagem.
Infecções e inflamações: óleo de Copaíba.
Bronquite: Mel + Copaíba + Azeite doce + Limão.
Pneumonia: Copaíba + Leite + Presa de queixada.
Gripe: Mangaratiá (gengibre) + Malvarisco + Limão.
Cansaço: casca de Castanheira + ovo de Tracaja
25. A Fitoterapia na Ciência
- Uso científico:
Resoluções Anvisa +
Programa Nacional de Plantas Medicinais +
Pesquisas Brasileiras e de outros países.
26. Políticas Públicas na Área de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
OMS – Organização Mundial de Saúde (1970)
80% população práticas tradicionais 85% plantas
Portaria 971 (maio/2006)
Implanta no SUS acupuntura, fitoterapia, homeopatia, termalismo.
Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, (dezembro de
2008) Portaria 2960/2008
Objetivo de inserir, com segurança, eficácia e qualidade, plantas medicinais,
fitoterápicos e serviços relacionados à Fitoterapia no SUS. O programa busca
também promover e reconhecer as práticas populares e tradicionais de uso de
plantas medicinais e remédios caseiros.
Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (Renisus) -
(fevereiro de 2009)
Orientar estudos que possam subsidiar a elaboração da relação de fitoterápicos
disponíveis para uso da população, com segurança e eficácia para o tratamento de
determinadas doenças
27. A grande verdade:
1- Não existe planta milagrosa ou que cure todos os males.
2- As plantas devem ser utilizadas estudando-se cada caso.
3- Uma planta terapêutica funciona tão bem e tão rápido como qualquer
medicamento.
4- A maior parte das pessoas que usa a fitoterapia obtém informações com
amigos e/ou parentes.
5- Estudos demonstram que a maior parte das plantas são obtidas em
quintais, terrenos, com vizinhos e em mercados
6- As regras básicas devem ser seguidas a risca:
Padrões primários
– Plantio, cultivo, colheita, secagem, conservação.
Padrões secundários
– Utilização: infusão, decocção, tintura, pomada.
Objetivo:
Qualidade e Quantidade
28. A história dos medicamentos
2.000 AC:
agora, coma esta raiz
1.000 AC:
aquela raiz é pagã. Agora, reze esta prece.
1.850 DC:
aquela prece é superstição. Agora, beba esta poção
1.920 DC:
aquela poção é óleo de serpente. Agora, tome esta pílula
1.945 DC:
aquela pílula é ineficaz. Agora, leve esta penicilina
1955 DC:
“oops”... Os micróbios mudaram! Agora, leve esta tetraciclina.
1960 - 1999:
mais 39 “oops”... Agora, leve este antibiótico mais poderoso.
2.000 DC:
os micróbios venceram! Agora, coma esta raiz.
29. Tupi guarani acaiú noz que se produz
Usos populares:
-folhas: diarréia, cicatrizante e anestésico
-fruto: reumatismo e eczemas
-casca: inflamação
-Óleo da castanha: anti-séptico, vermífugo.
-Óleo da castanha: lamparinas
Alimento:
Tumbança: castanha torrada moída e adoçada.
Cajuada: suco do pseudofruto com água ou leite e adoçado.
Cajuína: suco do pseudofruto filtrado, engarrafado e cozido em banho maria.
Jeropiga: cajuína misturada com álcool.
Mocororó: suco do pseudofruto cru ou cozido.
Pesquisas científicas:
UnB (Universidade Católica de Brasília) e UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Óleo da Castanha Bloqueio de UVA e UVB Protetor solar.
30. Usos populares:
Folhas: febre e diarréias.
Casca: diarréia e disenteria
Alimento:
Sementes: cruas (principal produto de exportação)
Sementes: farinha e óleo
Utilidade:
Madeira: assoalhos
Ouriços: copos, cuias
Pesquisas científicas:
Universidade de Illinois (Estados Unidos) Selênio
31. Usos populares:
Óleo extraído diretamente da planta.
Cicatrizante, anti-séptico, analgésico, expectorante, cistos,
furúnculos, gripes, resfriados, erisipela, problemas de pele,
etc...
O óleo de copaíba têm um uso terapêutico fundamental
para o ribeirinho amazônico, é o fitoterápico, que segundo
a tradição popular, tem “efeito para todos os tipos de
doença”. Tanto que ele é incorporado a várias fórmulas populares.
32. Antibacteriana, Anticancerígena, Antiparasitas, Antitumor,
Antiespasmódica, Adstringente, Citotóxica, Antitérmica,
Hipotensiva, Inseticida, Controla o Sistema Nervoso,
Expectorante, Sedativa, Medicamento Estomacal, Vasodilatador e Vermífugo
- Fruta e suco: vermes, parasitas e febres; para aumentar o leite no período de lactação, e
como um adstringente para diarréia e disenteria.
- Sementes esmagadas: vermífugo contra parasitas internos, externos e vermes.
- Casca, folhas e Polpa: sedativas, antiespasmódicas, hipotensivas e relaxantes.
- Raiz profunda e as folhas: diabetes
Desde 1940 Vários estudos realizados por diferentes
pesquisadores demonstraram que a raiz e também as folhas
possuem ação hipotensiva, antiespasmódica, vasodilatadora,
relaxante do músculo liso e em atividades de cardio-depressão em animais.