Pnaic 8ª aula organizacao e planejamento pedagogico para o blog 1
Rosa março de 2012
1. PIBID SANTA MARTA/ UNISINOS/ CAPES
BOLSISTA: ROSA CLAUDIONICE MENSCHEID
PLANEJAMENTO MARÇO/2012
OBJETIVOS:
*Compreender a função social da escrita;
*Ampliar o repertorio linguístico;
*Conhecer diferentes textos e autores;
*Aprender comportamento de leitores;
*Entender a escuta como forma de representação.
METODOLOGIA:
Pesquisando autores que considerassem a repetição de palavras, o visual da obra e
sua importância na construção do que a criança entende por leitura e suas funções
nessa etapa da sua alfabetização. Privilegiei autores brasileiros nesta etapa,
incentivando os alunos na valorização de conteúdos nacionais na formação de novos
leitores. Obtive grande auxilio de professoras do 1º e 2º anos, que colaboraram
inestimavelmente nesse processo de escolha das obras literárias, considerando o que
estas vivenciaram em suas salas de aula e foram decisivas nas analises dos livros
pré-escolhidos, discorrendo em prol ou não de cada obra sugerida por mim. Dentro
desta suma selecionei o livro “A lagarta que tomou chá de sumiço” de Milton Célio de
Oliveira Filho, para turmas do 2º ano pela sua construção de percepção e lógica, alem
de desenhos grandes e bem coloridos, para as turmas de 1º ano selecionei
“Contagem regressiva” de Kay Woodward, mais pelo seu conteúdo que prestigia
números e sua importância em nossas vidas de maneira lúdica e simplista.
DESENVOLVIMENTO:
Após algumas inserções observando as praticas nas turmas e feita as escolhas dos
livros, comecei a pratica das leituras em sala de aula.
Na primeira turma alguns alunos já conheciam o livro que escolhi e antecipavam o que
eu ia ler, fazendo com que eu precisasse me desdobrar em criar uma expectativa para
que a historia não perdesse o encanto para os demais ouvintes.Porém o resultado foi
satisfatório e ao final já me perguntavam quando voltaria e o que eu iria ler para eles.
2. Na turma seguinte, os encontrei com a R2 no dia da intervenção, os alunos estavam
bastante agitados e falantes. A professora estava auxiliando alguns a escreverem a
data em seus cadernos, mesmo durante a leitura do texto e percebi que uma aluna
estava cochilando na classe. Poucos prestaram atenção na leitura ou participaram
dela, não havendo interação entre eu e os alunos, fazendo com que eu me
questionasse sobre o processo de leitura e da necessidade de uma certa preparação
da turma para essas praticas terem um sentido e compreensão da sua função na
alfabetização e letramento dessas crianças.
Na turma seguinte foi bastante tranquilo, pude contar com o apoio da regente, os
alunos participaram ativamente da contação, a professora ainda escreveu no quadro o
nome da historia e do autor para que todos pudessem registrar no caderno a atividade.
Atitude semelhante ocorreu com a outra turma, onde a colaboração da regente foi
fundamental no processo de leitura e na compreensão da atividade.
Nas turmas de segundo ano mantive os alunos em seus respectivos lugares, sem
alterar a rotina da sala e sem usar de recursos alem da entonação de voz nas leituras.
Na turma de 1º ano que contei historia foi bastante interessante acompanhar a
preparação realizada pela regente para esse momento de leitura. Ela convidou os
alunos a sentarem no tapete no fundo da sala, pedindo para eles “fecharem as
boquinhas e cadearem elas” e reinterou as regras de comportamento para essas
horas de leitura em sala, atividade que, segundo me explicou, faz frequentemente. De
forma lúdica, porem firme, preparou-os para a leitura, simplificando meu trabalho com
os pequenos.
Como a historia cita a contagem regressiva como um processo preparatória para uma
viagem do personagem central, procurei explicar o que era uma contagem regressiva
e dei o exemplo do lançamento de foguetes e fiz um teste com os alunos. Vendo que
eles entenderam a proposta pedi que me ajudassem durante a leitura contando
comigo de 0 a 10, pagina a pagina usando os dedinhos das mãos, o que todos
acharam muito divertido. Encerrada a leitura procurei explicar a lógica da historia e dar
espaço para que todos pudessem interagir comigo, fechando a prática de forma
plenamente satisfatória.
Pude perceber nestas intervenções que há necessidade de envolvimento entre os
alunos e suas professoras e também nós, bolsistas, para que essas praticas tenham
êxito e relevância, que não se pode basear essas intervenções somente no lúdico,
para não ficarmos marcadas como professoras diferentes de suas regentes, que é
preciso trabalhar com o concreto (o livro, a leitura simples) e estimular a leitura por si
só, sem a necessidade de artifícios (bonecos, cenários..)na formação de novos leitores
e como trabalhar assim, fundamentando uma visão mais real, sobre nós pedagogas,
das próprias crianças e de suas regentes.
Outro ponto decorrente nestas inserções pelas turmas de 1º e 2º anos, foi a percepção
de métodos aplicados pelas professoras, a diferenciação de temáticas nas turmas de
1º ano centrada mais no lúdico e na socialização da criança e da escola, trabalhando a
motricidade e desenvolvendo habilidades que serão fundamentais nos processos de
alfabetização no próximo ano, lapidando o comportamento social da criança e a
inserindo no contexto do que é e para que serve a escola.
3. Já nas turmas de 2º ano há uma transposição significativa do imaginário, lúdico, para
o real, concretização da alfabetização e o desenvolvimento do letramento,
transformando o que somente se falava em formas escritas (letras e números), o
desenvolvimento do raciocínio lógico e a percepção do modo diferente entre o falado e
o escrito.
Meu aprendizado nestas praticas pode-se assim dizer, tomaram corpo nessa
percepção de uma transposição significativa que ocorre entre essas classes que
realizei atividades e no quanto essas professoras devem focalizar seu trabalho para
que esse processo aconteça de forma natural e sem traumas para os alunos,
emblemadas pela importância da compreensão do que é e para que serve a leitura e a
escrita na formação dos indivíduos, que quando não ocorre satisfatoriamente pode
comprometer todo o futuro desse aluno enquanto leitor e observador do mundo a sua
volta.