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2.2. Unidade e
diversidade da
  sociedade
 oitocentista




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                      A sociedade de classes
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                  A principal consequência do triunfo do liberalismo, a nível
              social, foi a afirmação de um novo ordenamento jurídico,
              segundo o qual todos eram livres e iguais perante si:
              • era direito de todos poder aceder às oportunidades sem
              restrições;
              • terminam as hierarquias institucionalmente estabelecidas;
              • afirma-se uma sociedade flexível e dinâmica, na qual a
              ascensão deveria ser por mérito próprio (“self-made men”).
                   O grupo social que mais beneficiou desta mudança foi a
              burguesia. Conseguiu ultrapassar em poder e riqueza as velhas
              elites aristocráticas, com as quais se vai fundindo.

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  O sucesso do liberalismo traduz-se no triunfo dos objetivos e ideais burgueses:
• Politicamente conquista o poder à custa do parlamentarismo - é a democracia
burguesa.
•Socialmente, em virtude da abolição dos privilégios de nascimento, conquistam a
supremacia pela igualdade e liberdade individuais (mais dinheiro significa mais prestígio).
•Mentalmente, a burguesia adquire a consciência do mérito próprio à custa do trabalho,
da poupança, da competência pessoal. Estes sentimentos alicerçam a consciência de
classe que se afirmara em toda a pujança.
Caminhos do sucesso
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                                                   burguês
• Carreira das armas - dependente ainda dos velhos conceitos aristocráticos;
• Estudos universitários - necessários ao desenvolvimento das capacidades técnicas;
• Profissões liberais - prestigiadas e prestigiantes devido ao papel que desempenham no
progresso económico e bem-estar:
• Engenharia - construtores das estradas, das pontes, das fábricas e máquinas;
• Medicina - salvadores da vida humana;
•Funcionalismo público e privado - é necessário
um aparelho de Estado que ponha em marcha a
burocratização.
•Professorado - as novas necessidades educativas
exigem um corpo docente treinado ao serviço do
Estado e da sociedade.
Caminhos do sucesso
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                                                    burguês

      O modo de triunfo mais rápido e mais fácil era o
mundo dos negócios. No entanto, este mundo era
altamente competitivo e perigoso. Requeria muito talento,
competência técnica, mas uma grande dose de sorte.
    Associado ao desenvolvimento económico e cultural,
verificou-se o triunfo de outros géneros culturais. É o
caso das artes, do teatro e da carreira teatral e do
jornalismo. Paralelamente nasceu uma nova carreira que
representa a consolidação de todas as ambições: a
carreira política.
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             A sociedade
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                      A Alta Burguesia
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                 A Alta Burguesia (ou aristocracia financeira)
             correspondia a um grupo limitado de famílias
             dedicadas às atividades mais lucrativas e à
             política. São eles quem controla os mecanismos
             de produção e detém o poder.
                Cultos e requintados exerceram o mecenato.
             Eram os filantropos e fundaram verdadeiras
             dinastias financeiras – ex. os Rothschild.




                                                          Pág. 69
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                                  Classes médias
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                      As Classes Médias não eram fáceis de
             caracterizar,       já    que   as     pessoas   facilmente
             ascendiam       e        descendiam     socialmente.    Uma
             característica comum a todas é o facto de ganharam
             a vida total ou parcialmente do trabalho não braçal.
             • Classe Média Baixa (pequena burguesia) –
             pequenos comerciantes, artífices por conta própria,
             empregados          de     comércio,     funcionários   dos
             pequenos serviços públicos e privados, titulares de
             baixas   patentes         militares. Aspiravam ascender
             socialmente e copiavam os modos do grupo médio.
                                                                     Pág. 68
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                                                      Classes médias
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• Classe Média propriamente dita – pequenos empresários,
profissionais liberais, altos burocratas dos serviços e
titulares de altas patentes militares. Proprietários de alguns
bens de raiz. Como que uma média burguesia, manteve a
mentalidade burguesa do A. R. – rigor, trabalho, educação…
    Dentro desta classe média encontramos os Colarinhos
Brancos – um numeroso e complexo grupo de funcionários
administrativos que se distinguiam dos operários por não
terem de sujar a roupa para exercer as suas funções.
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    Os “colarinhos brancos” foram os grupos sociais que mais cresceram em número e
importância no século XIX, porque:
• o setor dos serviços administrativos (sector terciário) crescia a olhos vistos na cidade;
• o aparelho administrativo, militar e paramilitar dos Estados crescia devido ao aumento
da população e às necessidades da modernização.
• nos serviços privados, o sucesso dependia da sua capacidade;
• eram quem realmente exercia poder nos serviços públicos;
• tinham formação intelectual e poder para influenciar a opinião pública;
• tinham grande poder de consumo e eram desejados e estimados no mercado;
• eram modelos de virtude já que levavam uma vida limpa, suscitando respeito e
admiração, e aproximando-se da alta burguesia endinheirada.
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      E URBANA               Valores e comportamentos
                                            burgueses
•Viviam em casas elegantes, luxuosas e confortáveis;
•Possuíam espaços rurais que ostentavam riqueza;
•Rodeavam-se de serviçais;
•Seguiam a moda internacional nobre e chique;




                                                       Pág. 71
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•Colocavam os filhos nas mais prestigiadas escolas;
•Exerciam altos cargos de governação ou colocavam no poder familiares ou intelectuais
de confiança;
•Viajavam para locais requintados instalando-se em hotéis de luxo;
•Rodeavam-se de cultura, colecionavam arte e antiguidades, exibiam grandes
bibliotecas, promoviam atividades culturais e frequentavam a ópera e o teatro.
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    Na mentalidade, os burgueses do século XIX
foram-se refinando:
•Têm espírito de iniciativa, capacidade de risco,
culto do trabalho e amor ao lucro legitimamente
conseguido;
•São metódicos e organizados, valorizam o talento
e o esforço individuais, possuem consciência de
classe e cultivam o mito do “self made men”;
•Orgulham-se da condição da sua classe e da sua
dignidade;
•Respeitam a família;
•São conservadores, apreciam a ordem e a
estabilidade.
                                                    Pág. 73
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                                          A condição operária



   Surge um terceiro grupo constituído pelos donos da força de trabalho, o proletariado.
    Os proletários eram obrigados a vender a sua capacidade de produzir trabalho aos
capitalistas. Era uma relação meramente económica entre dois polos sociais do
processo produtivo. O mesmo liberalismo que defendia a liberdade, a igualdade e a
fraternidade, era o liberalismo criador da proletarização dos trabalhadores.
    A lei do mercado era também aplicada aos salários. Estes pagavam um produto de
compra e venda – o trabalho – alvo da lei da oferta e da procura.


                                                                                   Pág. 75
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                                                                  Salários

     A oferta de mão-de-obra aumentava diariamente. Uma vez que as máquinas
dispensavam qualquer especialização ou conhecimento, os trabalhos podiam ser
realizados por qualquer um. Os patrões aproveitavam-se para reduzir custos com os
salários, oferecendo cada vez menos. O poder político não tinha qualquer intervenção
na regulamentação do funcionamento do mercado, já que era a época do liberalismo.


                                        O preço do
                             trabalho caiu de tal
                             forma       que    os
                             operários viviam em
                             situações de extrema
                             miséria.
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                                      Condições de trabalho

        As condições de trabalho eram miseráveis e
desumanas:
• Faltava iluminação, arejamento e higiene. As fábricas
não dispunham de estruturas de apoio social (primeiros
socorros, cantinas, vestiários ou instalações sanitárias);
• As jornadas de trabalho variavam entre as 12 e as 16
horas de trabalho vigiado, sem direito a descansos ou
pausas e hora de almoço de 30 minutos. As férias e os
dias de descanso eram nulos. Um dia sem trabalho era
um dia sem salário.

                                                             Pág. 77
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• A falta de segurança destacava-se principalmente nas minas, nos acidentes, em vez de
assistência médica, o acidentado “recebia” o despedimento sem compensação ou apoio
social;
• O trabalho era rotineiro e monótono;
• A mão-de-obra infantil era habitual e muito utilizada, uma vez que era mais barata;
• Quando existiam contratos de trabalho, os deveres eram dos trabalhadores e os direitos
dos patrões.




                                                                                        Pág. 77
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                                                      Modos de vida

                            As condições de vida também eram péssimas. O salário


                         era insuficiente para suprir as mais básicas necessidades,
                         mal chegava para pão, água e vegetais.


                          Os trabalhadores eram frequentemente vítimas de doenças
                          graves e fatais (ex. tifo). As mulheres e as crianças viram-se
obrigada a procurar emprego na tentativa de ajudar. Viviam em locais lotados, de
construções precárias, sem privacidade, num ambiente de promiscuidade em bairros
sem infraestruturas. Assiste-se então a uma degradação dos costumes – alcoolismo,
prostituição, delinquência, vagabundagem e mendicidade.

                                                                            Pág. 79 / 81
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                                            A questão operária
      Surgem as primeiras formas de organização social e as primeiras formas de
organização política. O poder político acaba por intervir na regulamentação das
condições de trabalho – acaba com os abusos de maior e institui um esquema de
proteção social.
         Os intelectuais românticos e a Igreja, conscientes da “questão operária”,
denunciavam-na. As instituições para a proteção social dos pobres e oprimidos tentaram
apoiar, mas os resultados não eram muito grandes. Todavia, desenvolve-se uma
preocupação social.




                                                                                   Pág. 83
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     E URBANA                   Formas de solidariedade
                                               operária
    As primeiras formas de solidariedade operária surgem da reativação de práticas de
associativismo artesanal, agora com formas particulares de mutualismo e cooperação.
» Caixas Mutuárias ou Associações de Socorros Mútuos – sociedades fraternas de
trabalhadores que se ajudavam numa altura de crise económica. Os associados pagavam
uma quota determinada em valor e em prazo, e eram obrigados a seguir regras de
comportamento e conduta.
» Cooperativas – procuravam dar resposta às necessidades de consumo dos operários,
produzindo e comercializando bens a preços competitivos sem lucros, ou distribuindo-os
por todos os cooperantes quando este existia.
      Alguns patrões apercebendo-se que trabalhadores mais realizados eram menos
reivindicativos e mais produtivos, promoveram e financiaram formas de associativismo e
aceitaram negociar as primeiras concessões ao crescente movimento reivindicativo.
                                                                               Pág. 85
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       As Associações de Socorros Mútuos eram fundamentalmente compostas por
operários mais esclarecidos. Todavia, o grosso destes empregados não possuía
qualificações e, por vezes, reagia de forma violenta, destruindo máquinas, atacando as
fábricas (os movimentos Luddistas) ou fazendo greves. Todas estas reações provocaram
a repressão dos empresários, apoiados pelos Governos.
     Surgem as primeiras associações de caráter sindical (trade unions) funcionavam
como organismos de apoio aos trabalhadores ou às suas famílias, em caso de acidente
ou morte no trabalho. Paralelamente, os operários vão adquirindo a consciência dos seus
direitos. Lutam para conquistar regalias.




                                                                              Pág. 85 / 87
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   Mas a grande maioria dos patrões insistia na exploração dos seus trabalhadores. Em
resultado disso, aumentaram os movimentos de protesto e a luta operária saía à rua. A
luta era desorganizada e facilmente as autoridades as reprimiam, prendendo os
agitadores que eram então encarcerados, condenados a trabalhos forçados e até à
morte.
    O sindicalismo, originário da Inglaterra, estende-se por toda a Europa e restantes
continentes do mundo. Vencido o medo, a ignorância, a desconfiança, a falta de
solidariedade e a ausência de consciência de classe, os sindicatos organizavam-se em
federações laborais e são reconhecidos como parceiros sociais pelos governos.
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                                                               O socialismo
                               Karl Marx defendia que o movimento operário devia ser
                          internacional e único. É sob a sua ação que, em 1884, se
                          reúnem em Londres trabalhadores e sindicalistas de vários
                          países para o 1º grande congresso operário. Formou-se a
                          Associação de Trabalhadores, a I Internacional. Marx pretendia
                          unir partidos socialistas e forças sindicalistas à escala do globo
                          e lançar o operariado na luta política.

   Os progressos do movimento operário resultaram
numa     maior   consciencialização   dos   problemas
laborais e na extensão e intensificação da luta
sindical, de que a grande manifestação do 1º de Maio
de 1890 é uma prova.
                                                                                        Pág. 89
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                                         O socialismo utópico

 Saint- Simon - o salário deveria ser proporcional à produtividade de cada um. A
sociedade deveria ser encabeçada pelos produtores.
 Fourier - criação de Federações - pequenas empresas fechadas - Falanstérios.
Harmonia entre patrões e empregados - eliminar a divisão do trabalho.
 Proudhon - eliminação da grande propriedade e formação de cooperativas - as
Associações Mútuas, sistema que segundo ele conduzia à igualdade porque defendia a
liberdade do produtor. Condenou o lucro sem trabalho, a luta armada.
 Robert Owen - coletivização do trabalho através da associação dos trabalhadores em
cooperativas ou comunidades a fim de se conseguir melhor produção e uma distribuição
mais justa dos lucros. Abolição da propriedade privada.


                                                                                Pág. 91
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                                        Socialismo científico
   Aplicando as regras científicas, Marx e Engels fizeram um estudo sobre as sociedades
e chegaram a determinadas conclusões.
    Segundo estes, no princípio, os homens mais fortes dominaram os mais fracos e
então tornaram-se mais ricos. Os mais ricos passaram a deter o poder. Assim nasceu a
sociedade de senhores e escravos: é a primeira etapa - o Esclavagismo. Os escravos
não tinham liberdades.
   A segunda etapa acontece na Idade Média: é o surgir do Feudalismo. Neste sistema,
os servos ou camponeses dependentes conquistam a liberdade jurídica, mas não têm a
económica, pelo que pertenciam à terra em que trabalhavam.




    Pág. 93
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                Com o desenvolvimento do Capitalismo, atinge-se a
             terceira etapa, em que os trabalhadores vendem a sua
             força de trabalho. Não têm bens, mas têm liberdade
             económica e a jurídica. São, todavia, obrigados a
             trabalhar para ganhar o seu salário.
                  Segundo Marx, a evolução natural da sociedade
             seria o triunfo do trabalhador sobre o capitalista, ou
             seja, a abolição do Capitalismo. Os bens, os meios de
             produção e o produto, pertenciam ao produtor. Seria
             uma sociedade sem classes: o Socialismo.


                                                             Pág. 93
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   O movimento operário encontrou grandes dificuldades de desenvolvimento:
• era um movimento, na sua essência, espontâneo e não organizado;
•.os “revoltosos” eram mal preparados e sem estudos, o que dificultava o acesso às ideias
socialistas, mais intelectuais e filosóficas;
• existiam grandes divisões (não só entre socialistas utópicos e científicos, mas também
na luta entre reformistas e revolucionários).
    Finalmente, as teorias marxistas acabam por unificar os trabalhadores na sua luta e,
simultaneamente, estes concedem-lhe a base de apoio no alcançar no poder político.




                                                                                   Pág. 95
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   As ações de luta passam a ser conscientes e organizadas, conseguindo-se alguns
resultados importantes:
• Direito à negociação e à celebração dos primeiros contratos coletivos de trabalho. O
poder político reconhecia e conferia carácter institucional a estes acordos;
• Obtenção de benefícios de trabalho:
     • redução de horas de trabalho para 10 e depois para 8 horas diárias;
     • melhoria dos salários;
     • proibição do trabalho de menores;
     • um dia de descanso semanal e férias; subsídios de carácter social;
     • assistência na doença e na velhice;
     • direito a condições de higiene e salubridade no trabalho;
     • direito à greve, legitimamente fundamentada e organizada.
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Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
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A sociedade industrial e urbana parte 2

  • 1. 2.2. Unidade e diversidade da sociedade oitocentista LOGO
  • 2. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL A sociedade de classes E URBANA A principal consequência do triunfo do liberalismo, a nível social, foi a afirmação de um novo ordenamento jurídico, segundo o qual todos eram livres e iguais perante si: • era direito de todos poder aceder às oportunidades sem restrições; • terminam as hierarquias institucionalmente estabelecidas; • afirma-se uma sociedade flexível e dinâmica, na qual a ascensão deveria ser por mérito próprio (“self-made men”). O grupo social que mais beneficiou desta mudança foi a burguesia. Conseguiu ultrapassar em poder e riqueza as velhas elites aristocráticas, com as quais se vai fundindo. Pág. 65
  • 3. LOGO O sucesso do liberalismo traduz-se no triunfo dos objetivos e ideais burgueses: • Politicamente conquista o poder à custa do parlamentarismo - é a democracia burguesa. •Socialmente, em virtude da abolição dos privilégios de nascimento, conquistam a supremacia pela igualdade e liberdade individuais (mais dinheiro significa mais prestígio). •Mentalmente, a burguesia adquire a consciência do mérito próprio à custa do trabalho, da poupança, da competência pessoal. Estes sentimentos alicerçam a consciência de classe que se afirmara em toda a pujança.
  • 4. Caminhos do sucesso SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA burguês • Carreira das armas - dependente ainda dos velhos conceitos aristocráticos; • Estudos universitários - necessários ao desenvolvimento das capacidades técnicas; • Profissões liberais - prestigiadas e prestigiantes devido ao papel que desempenham no progresso económico e bem-estar: • Engenharia - construtores das estradas, das pontes, das fábricas e máquinas; • Medicina - salvadores da vida humana; •Funcionalismo público e privado - é necessário um aparelho de Estado que ponha em marcha a burocratização. •Professorado - as novas necessidades educativas exigem um corpo docente treinado ao serviço do Estado e da sociedade.
  • 5. Caminhos do sucesso SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA burguês O modo de triunfo mais rápido e mais fácil era o mundo dos negócios. No entanto, este mundo era altamente competitivo e perigoso. Requeria muito talento, competência técnica, mas uma grande dose de sorte. Associado ao desenvolvimento económico e cultural, verificou-se o triunfo de outros géneros culturais. É o caso das artes, do teatro e da carreira teatral e do jornalismo. Paralelamente nasceu uma nova carreira que representa a consolidação de todas as ambições: a carreira política.
  • 6. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL A sociedade E URBANA
  • 7. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL A Alta Burguesia E URBANA A Alta Burguesia (ou aristocracia financeira) correspondia a um grupo limitado de famílias dedicadas às atividades mais lucrativas e à política. São eles quem controla os mecanismos de produção e detém o poder. Cultos e requintados exerceram o mecenato. Eram os filantropos e fundaram verdadeiras dinastias financeiras – ex. os Rothschild. Pág. 69
  • 8. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL Classes médias E URBANA As Classes Médias não eram fáceis de caracterizar, já que as pessoas facilmente ascendiam e descendiam socialmente. Uma característica comum a todas é o facto de ganharam a vida total ou parcialmente do trabalho não braçal. • Classe Média Baixa (pequena burguesia) – pequenos comerciantes, artífices por conta própria, empregados de comércio, funcionários dos pequenos serviços públicos e privados, titulares de baixas patentes militares. Aspiravam ascender socialmente e copiavam os modos do grupo médio. Pág. 68
  • 9. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL Classes médias E URBANA • Classe Média propriamente dita – pequenos empresários, profissionais liberais, altos burocratas dos serviços e titulares de altas patentes militares. Proprietários de alguns bens de raiz. Como que uma média burguesia, manteve a mentalidade burguesa do A. R. – rigor, trabalho, educação… Dentro desta classe média encontramos os Colarinhos Brancos – um numeroso e complexo grupo de funcionários administrativos que se distinguiam dos operários por não terem de sujar a roupa para exercer as suas funções.
  • 10. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA Os “colarinhos brancos” foram os grupos sociais que mais cresceram em número e importância no século XIX, porque: • o setor dos serviços administrativos (sector terciário) crescia a olhos vistos na cidade; • o aparelho administrativo, militar e paramilitar dos Estados crescia devido ao aumento da população e às necessidades da modernização. • nos serviços privados, o sucesso dependia da sua capacidade; • eram quem realmente exercia poder nos serviços públicos; • tinham formação intelectual e poder para influenciar a opinião pública; • tinham grande poder de consumo e eram desejados e estimados no mercado; • eram modelos de virtude já que levavam uma vida limpa, suscitando respeito e admiração, e aproximando-se da alta burguesia endinheirada.
  • 11. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA Valores e comportamentos burgueses •Viviam em casas elegantes, luxuosas e confortáveis; •Possuíam espaços rurais que ostentavam riqueza; •Rodeavam-se de serviçais; •Seguiam a moda internacional nobre e chique; Pág. 71
  • 12. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA •Colocavam os filhos nas mais prestigiadas escolas; •Exerciam altos cargos de governação ou colocavam no poder familiares ou intelectuais de confiança; •Viajavam para locais requintados instalando-se em hotéis de luxo; •Rodeavam-se de cultura, colecionavam arte e antiguidades, exibiam grandes bibliotecas, promoviam atividades culturais e frequentavam a ópera e o teatro.
  • 13. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA Na mentalidade, os burgueses do século XIX foram-se refinando: •Têm espírito de iniciativa, capacidade de risco, culto do trabalho e amor ao lucro legitimamente conseguido; •São metódicos e organizados, valorizam o talento e o esforço individuais, possuem consciência de classe e cultivam o mito do “self made men”; •Orgulham-se da condição da sua classe e da sua dignidade; •Respeitam a família; •São conservadores, apreciam a ordem e a estabilidade. Pág. 73
  • 14. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA A condição operária Surge um terceiro grupo constituído pelos donos da força de trabalho, o proletariado. Os proletários eram obrigados a vender a sua capacidade de produzir trabalho aos capitalistas. Era uma relação meramente económica entre dois polos sociais do processo produtivo. O mesmo liberalismo que defendia a liberdade, a igualdade e a fraternidade, era o liberalismo criador da proletarização dos trabalhadores. A lei do mercado era também aplicada aos salários. Estes pagavam um produto de compra e venda – o trabalho – alvo da lei da oferta e da procura. Pág. 75
  • 15. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA Salários A oferta de mão-de-obra aumentava diariamente. Uma vez que as máquinas dispensavam qualquer especialização ou conhecimento, os trabalhos podiam ser realizados por qualquer um. Os patrões aproveitavam-se para reduzir custos com os salários, oferecendo cada vez menos. O poder político não tinha qualquer intervenção na regulamentação do funcionamento do mercado, já que era a época do liberalismo. O preço do trabalho caiu de tal forma que os operários viviam em situações de extrema miséria.
  • 16. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA Condições de trabalho As condições de trabalho eram miseráveis e desumanas: • Faltava iluminação, arejamento e higiene. As fábricas não dispunham de estruturas de apoio social (primeiros socorros, cantinas, vestiários ou instalações sanitárias); • As jornadas de trabalho variavam entre as 12 e as 16 horas de trabalho vigiado, sem direito a descansos ou pausas e hora de almoço de 30 minutos. As férias e os dias de descanso eram nulos. Um dia sem trabalho era um dia sem salário. Pág. 77
  • 17. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA • A falta de segurança destacava-se principalmente nas minas, nos acidentes, em vez de assistência médica, o acidentado “recebia” o despedimento sem compensação ou apoio social; • O trabalho era rotineiro e monótono; • A mão-de-obra infantil era habitual e muito utilizada, uma vez que era mais barata; • Quando existiam contratos de trabalho, os deveres eram dos trabalhadores e os direitos dos patrões. Pág. 77
  • 18. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA Modos de vida As condições de vida também eram péssimas. O salário era insuficiente para suprir as mais básicas necessidades, mal chegava para pão, água e vegetais. Os trabalhadores eram frequentemente vítimas de doenças graves e fatais (ex. tifo). As mulheres e as crianças viram-se obrigada a procurar emprego na tentativa de ajudar. Viviam em locais lotados, de construções precárias, sem privacidade, num ambiente de promiscuidade em bairros sem infraestruturas. Assiste-se então a uma degradação dos costumes – alcoolismo, prostituição, delinquência, vagabundagem e mendicidade. Pág. 79 / 81
  • 19. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA A questão operária Surgem as primeiras formas de organização social e as primeiras formas de organização política. O poder político acaba por intervir na regulamentação das condições de trabalho – acaba com os abusos de maior e institui um esquema de proteção social. Os intelectuais românticos e a Igreja, conscientes da “questão operária”, denunciavam-na. As instituições para a proteção social dos pobres e oprimidos tentaram apoiar, mas os resultados não eram muito grandes. Todavia, desenvolve-se uma preocupação social. Pág. 83
  • 20. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA Formas de solidariedade operária As primeiras formas de solidariedade operária surgem da reativação de práticas de associativismo artesanal, agora com formas particulares de mutualismo e cooperação. » Caixas Mutuárias ou Associações de Socorros Mútuos – sociedades fraternas de trabalhadores que se ajudavam numa altura de crise económica. Os associados pagavam uma quota determinada em valor e em prazo, e eram obrigados a seguir regras de comportamento e conduta. » Cooperativas – procuravam dar resposta às necessidades de consumo dos operários, produzindo e comercializando bens a preços competitivos sem lucros, ou distribuindo-os por todos os cooperantes quando este existia. Alguns patrões apercebendo-se que trabalhadores mais realizados eram menos reivindicativos e mais produtivos, promoveram e financiaram formas de associativismo e aceitaram negociar as primeiras concessões ao crescente movimento reivindicativo. Pág. 85
  • 21. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA As Associações de Socorros Mútuos eram fundamentalmente compostas por operários mais esclarecidos. Todavia, o grosso destes empregados não possuía qualificações e, por vezes, reagia de forma violenta, destruindo máquinas, atacando as fábricas (os movimentos Luddistas) ou fazendo greves. Todas estas reações provocaram a repressão dos empresários, apoiados pelos Governos. Surgem as primeiras associações de caráter sindical (trade unions) funcionavam como organismos de apoio aos trabalhadores ou às suas famílias, em caso de acidente ou morte no trabalho. Paralelamente, os operários vão adquirindo a consciência dos seus direitos. Lutam para conquistar regalias. Pág. 85 / 87
  • 22. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA Mas a grande maioria dos patrões insistia na exploração dos seus trabalhadores. Em resultado disso, aumentaram os movimentos de protesto e a luta operária saía à rua. A luta era desorganizada e facilmente as autoridades as reprimiam, prendendo os agitadores que eram então encarcerados, condenados a trabalhos forçados e até à morte. O sindicalismo, originário da Inglaterra, estende-se por toda a Europa e restantes continentes do mundo. Vencido o medo, a ignorância, a desconfiança, a falta de solidariedade e a ausência de consciência de classe, os sindicatos organizavam-se em federações laborais e são reconhecidos como parceiros sociais pelos governos.
  • 23. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA O socialismo Karl Marx defendia que o movimento operário devia ser internacional e único. É sob a sua ação que, em 1884, se reúnem em Londres trabalhadores e sindicalistas de vários países para o 1º grande congresso operário. Formou-se a Associação de Trabalhadores, a I Internacional. Marx pretendia unir partidos socialistas e forças sindicalistas à escala do globo e lançar o operariado na luta política. Os progressos do movimento operário resultaram numa maior consciencialização dos problemas laborais e na extensão e intensificação da luta sindical, de que a grande manifestação do 1º de Maio de 1890 é uma prova. Pág. 89
  • 24. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA O socialismo utópico  Saint- Simon - o salário deveria ser proporcional à produtividade de cada um. A sociedade deveria ser encabeçada pelos produtores.  Fourier - criação de Federações - pequenas empresas fechadas - Falanstérios. Harmonia entre patrões e empregados - eliminar a divisão do trabalho.  Proudhon - eliminação da grande propriedade e formação de cooperativas - as Associações Mútuas, sistema que segundo ele conduzia à igualdade porque defendia a liberdade do produtor. Condenou o lucro sem trabalho, a luta armada.  Robert Owen - coletivização do trabalho através da associação dos trabalhadores em cooperativas ou comunidades a fim de se conseguir melhor produção e uma distribuição mais justa dos lucros. Abolição da propriedade privada. Pág. 91
  • 25. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA Socialismo científico Aplicando as regras científicas, Marx e Engels fizeram um estudo sobre as sociedades e chegaram a determinadas conclusões. Segundo estes, no princípio, os homens mais fortes dominaram os mais fracos e então tornaram-se mais ricos. Os mais ricos passaram a deter o poder. Assim nasceu a sociedade de senhores e escravos: é a primeira etapa - o Esclavagismo. Os escravos não tinham liberdades. A segunda etapa acontece na Idade Média: é o surgir do Feudalismo. Neste sistema, os servos ou camponeses dependentes conquistam a liberdade jurídica, mas não têm a económica, pelo que pertenciam à terra em que trabalhavam. Pág. 93
  • 26. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA Com o desenvolvimento do Capitalismo, atinge-se a terceira etapa, em que os trabalhadores vendem a sua força de trabalho. Não têm bens, mas têm liberdade económica e a jurídica. São, todavia, obrigados a trabalhar para ganhar o seu salário. Segundo Marx, a evolução natural da sociedade seria o triunfo do trabalhador sobre o capitalista, ou seja, a abolição do Capitalismo. Os bens, os meios de produção e o produto, pertenciam ao produtor. Seria uma sociedade sem classes: o Socialismo. Pág. 93
  • 27. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA O movimento operário encontrou grandes dificuldades de desenvolvimento: • era um movimento, na sua essência, espontâneo e não organizado; •.os “revoltosos” eram mal preparados e sem estudos, o que dificultava o acesso às ideias socialistas, mais intelectuais e filosóficas; • existiam grandes divisões (não só entre socialistas utópicos e científicos, mas também na luta entre reformistas e revolucionários). Finalmente, as teorias marxistas acabam por unificar os trabalhadores na sua luta e, simultaneamente, estes concedem-lhe a base de apoio no alcançar no poder político. Pág. 95
  • 28. SOCIEDADE LOGO INDUSTRIAL E URBANA As ações de luta passam a ser conscientes e organizadas, conseguindo-se alguns resultados importantes: • Direito à negociação e à celebração dos primeiros contratos coletivos de trabalho. O poder político reconhecia e conferia carácter institucional a estes acordos; • Obtenção de benefícios de trabalho: • redução de horas de trabalho para 10 e depois para 8 horas diárias; • melhoria dos salários; • proibição do trabalho de menores; • um dia de descanso semanal e férias; subsídios de carácter social; • assistência na doença e na velhice; • direito a condições de higiene e salubridade no trabalho; • direito à greve, legitimamente fundamentada e organizada.
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