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Desafios e Perspectivas no
Diagnóstico Laboratorial das
Rickettsioses
Laboratório de Referência Nacional para Rickettsioses
Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses
Instituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ
Daniela Tupy de Godoy, DSc, MV.

Campinas, 11 de outubro de 2013

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
FEBRE MACULOSA
BRASILEIRA

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
Febre Maculosa Brasileira
1) Doença curável
Evolução terapêutica com excelente resposta tratamento, com
a introdução da tetraciclina e posteriormente doxiciclina
(considerada droga de 1a escolha)
2) Elevada letalidade
Desconhecimento
Retardo tratamento
Diagnóstico de Exclusão

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
Febre Maculosa Brasileira
3) História epidemiológica
Contato com carrapatos
4) Sempre considerar:
Em caso de febre, cefaléia, mesmo sem exantema, desde que
existam dados clínico-epidemiológicos compatíveis
5) Outras rickettsioses “sensu lato”
Bartoneloses, febre Q, ehrlichioses, rickettsioses do grupo do tifo
e outras rickettsias.

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
Desafios
1.

Diagnóstico diferencial com dengue, leptospiroses, malária,
entre outras doenças;

2.

Falta de atenção e/ou inadequada utilização dos testes
diagnósticos

3.

Qualidade das amostras recebidas

4.

Pacientes negros

5.

Caracterização molecular (escassez)

6.

Ecotourismo

7.

Novos “agentes”

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
Desafios
1.

Diagnóstico diferencial com dengue, leptospiroses, malária,
entre outras doenças;

2.

Falta de atenção e/ou inadequada utilização dos testes
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3.

Qualidade das amostras recebidas

4.

Pacientes negros

5.

Caracterização molecular (escassez)

6.

Ecotourismo

7.

Novos “agentes”

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
Diagnóstico
Laboratorial Específico
Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
Diagnóstico Laboratorial
Específico
Isolamento
Técnica suspensa – necessidade de laboratório NB3
Testes sorológicos
Detecção de anticorpos
Diagnóstico retrospectivo - fase aguda sem anticorpo detectável
Gênero específico
 Histopatológico associado à imunohistoquímica
Testes moleculares
PCR convencional, nested, touchdown
PCR em tempo real

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
Testes sorológicos
Padrão Ouro!!
• Amostras pareadas
•
P - 1:64
• Aumento de 4x nos
títulos de Ig

Diagnóstico retrospectivo
Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
PCR convencional
 Alvos:
 gltA – citrate synthase
 ompA – outer membrane protein A
 ompB – outer membrane protein B
 17kDa – rickettsial genus–specific 17-kDa antigen gene

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
PCR convencional
 Alvos:
 gltA – citrate synthase
 ompA – outer membrane protein A

100%
Sensibilidade

 ompB – outer membrane protein B
 17kDa – rickettsial genus–specific 17-kDa antigen gene

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
Surto Itaipava – RJ
2005
Laboratório

A

B

C

D

E

Paciente

F, 36

M, 41

M, 58

M, 61

F, 38

Leucócitos

5.700

SD

3.400

15.400

1.600

Plaquetas

66.000

36.000

20.000

98.000

32.000

RX tórax

SD

IIB

IIB

IIB

IIB

Amostra 1

N (15/10)

N (20/10)

N (26/10)

N (27/10)

N (31/10)

Amostra 2

P (3/11)

P (31/11)

SD

P

N*

PCR

Amostra
esgotada

Amostra
esgotada

P

P

P

Óbito/

IIB: Infiltrado Intersticial Bilateral/ SD: Sem dados/ P: Positivo/ N: Negativo/ * 4º amostra

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
Imunohistoquímica
 Caso fatal de FMB
 Mulher, 37 anos
 Biópsia de pele e
espécimes da autópsia.

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
Outras rickettsioses

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
PCR convencional
Gênero Ehrlichia/Anaplasma
rrs (16S rRNA) e groESL (heat shock operon)
 Gênero Bartonella
16S rRNA, região intergênica 16S -23S rRNA (ITS), gltA,
riboflavina sintase (ribC), groEL, FtsZ, subunidade beta da RNA
polimerase (rpoB). Nested – proteína 31-kDa (Pap31)
 Coxiella burnetii
IS1111 transposase (também conhecido como htpAB)

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
Multiplex PCR
Rickettsia sp + Ehrlichia sp + Anaplasma sp
Vigilância epidemiológica:
• Co-infecção
• Seres – humanos
• Animais

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
Perspectivas no
Diagnóstico Laboratorial
Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
PCR em Tempo Real
Febre Maculosa Brasileira
Rickettsia sp
PanR8_F
PanR8_R
PanR8_P

Rickettsia rickettsii
RRi6_F
RRi6_R
RRi6_P

Kato et al., 2013
Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
PCR em Tempo Real
Febre Maculosa Brasileira
Rickettsia sp
PanR8_F
PanR8_R
PanR8_P

Rickettsia rickettsii
RRi6_F
RRi6_R
RRi6_P

Sequenciamento
R. conorii conorii
R. parkeri
R. felis
Kato et al., 2013
Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
PCR em Tempo Real
Febre Maculosa Brasileira
Rickettsia sp
PanR8_F
PanR8_R
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Rickettsia rickettsii
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Sequenciamento
R. conorii conorii
R. parkeri
R. felis
Kato et al., 2013
Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
PCR em Tempo Real

Gênero Bartonella
Alvo gltA
BartGltAF
BartGltAR1/BartGltAR2
BartGltaP

Alvo ssrA
ssrA-F
ssrA-R
ssrA-P

Coxiella burnetii
Cox_F
Cox_R
Coxbur

Schneeberger et al., 2010/ Buss et al., 2012/ Diaz et al., 2012
Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
PCR em Tempo Real
Plataforma de Desenvolvimento de Tecnologia e
Insumos para Saúde – PDTIS
Fundação Oswaldo Cruz
 Point of Care
➟ “Lab on a chip” - miniaturização.
- microfluídica.

Análise patentária

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
Aptâmeros
 Aptâmeros são pequenos oligonucleotídeos de cadeia simples
(tipicamente 15 - 50 bases) que assumem conformações estáveis “in
vivo” e se ligam fortemente aos alvos específicos de proteína ou não
proteína.

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
Aptâmeros
Tem sido demonstrado que aptâmeros possuem afinidade e
especificidade de forma superior para o alvo pretendido do que
outros ligantes.
 Geralmente os aptâmeros proporcionam uma maior
sensibilidade em reconhecer os seus alvos de proteína, oferecendo
assim, potencial para a concepção de ensaios diagnósticos
específicos mais sensíveis, capazes de proporcionar diagnóstico
precoce

2013 – Projeto aprovado

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
International Journal of Tropical Disease & Health

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
Obrigada

Dra Elba R S Lemos
elemos@ioc.fiocruz.br

Dra Daniela Tupy de Godoy
daniela.tupy@ioc.fiocruz.br

Chefe do Laboratório

Pesquisadora Visitante

Laboratório de Hantaviroses e
Rickettsioses

Laboratório de Hantaviroses e
Rickettsioses

Quarta-feira, 16 de Outubro de 13

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Desafios diagnósticos rickettsioses

  • 1. Desafios e Perspectivas no Diagnóstico Laboratorial das Rickettsioses Laboratório de Referência Nacional para Rickettsioses Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses Instituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ Daniela Tupy de Godoy, DSc, MV. Campinas, 11 de outubro de 2013 Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 3. Febre Maculosa Brasileira 1) Doença curável Evolução terapêutica com excelente resposta tratamento, com a introdução da tetraciclina e posteriormente doxiciclina (considerada droga de 1a escolha) 2) Elevada letalidade Desconhecimento Retardo tratamento Diagnóstico de Exclusão Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 4. Febre Maculosa Brasileira 3) História epidemiológica Contato com carrapatos 4) Sempre considerar: Em caso de febre, cefaléia, mesmo sem exantema, desde que existam dados clínico-epidemiológicos compatíveis 5) Outras rickettsioses “sensu lato” Bartoneloses, febre Q, ehrlichioses, rickettsioses do grupo do tifo e outras rickettsias. Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 5. Desafios 1. Diagnóstico diferencial com dengue, leptospiroses, malária, entre outras doenças; 2. Falta de atenção e/ou inadequada utilização dos testes diagnósticos 3. Qualidade das amostras recebidas 4. Pacientes negros 5. Caracterização molecular (escassez) 6. Ecotourismo 7. Novos “agentes” Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 6. Desafios 1. Diagnóstico diferencial com dengue, leptospiroses, malária, entre outras doenças; 2. Falta de atenção e/ou inadequada utilização dos testes diagnósticos 3. Qualidade das amostras recebidas 4. Pacientes negros 5. Caracterização molecular (escassez) 6. Ecotourismo 7. Novos “agentes” Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 8. Diagnóstico Laboratorial Específico Isolamento Técnica suspensa – necessidade de laboratório NB3 Testes sorológicos Detecção de anticorpos Diagnóstico retrospectivo - fase aguda sem anticorpo detectável Gênero específico  Histopatológico associado à imunohistoquímica Testes moleculares PCR convencional, nested, touchdown PCR em tempo real Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 9. Testes sorológicos Padrão Ouro!! • Amostras pareadas • P - 1:64 • Aumento de 4x nos títulos de Ig Diagnóstico retrospectivo Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 10. PCR convencional  Alvos:  gltA – citrate synthase  ompA – outer membrane protein A  ompB – outer membrane protein B  17kDa – rickettsial genus–specific 17-kDa antigen gene Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 11. PCR convencional  Alvos:  gltA – citrate synthase  ompA – outer membrane protein A 100% Sensibilidade  ompB – outer membrane protein B  17kDa – rickettsial genus–specific 17-kDa antigen gene Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 12. Surto Itaipava – RJ 2005 Laboratório A B C D E Paciente F, 36 M, 41 M, 58 M, 61 F, 38 Leucócitos 5.700 SD 3.400 15.400 1.600 Plaquetas 66.000 36.000 20.000 98.000 32.000 RX tórax SD IIB IIB IIB IIB Amostra 1 N (15/10) N (20/10) N (26/10) N (27/10) N (31/10) Amostra 2 P (3/11) P (31/11) SD P N* PCR Amostra esgotada Amostra esgotada P P P Óbito/ IIB: Infiltrado Intersticial Bilateral/ SD: Sem dados/ P: Positivo/ N: Negativo/ * 4º amostra Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 13. Imunohistoquímica  Caso fatal de FMB  Mulher, 37 anos  Biópsia de pele e espécimes da autópsia. Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 15. PCR convencional Gênero Ehrlichia/Anaplasma rrs (16S rRNA) e groESL (heat shock operon)  Gênero Bartonella 16S rRNA, região intergênica 16S -23S rRNA (ITS), gltA, riboflavina sintase (ribC), groEL, FtsZ, subunidade beta da RNA polimerase (rpoB). Nested – proteína 31-kDa (Pap31)  Coxiella burnetii IS1111 transposase (também conhecido como htpAB) Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 16. Multiplex PCR Rickettsia sp + Ehrlichia sp + Anaplasma sp Vigilância epidemiológica: • Co-infecção • Seres – humanos • Animais Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 18. PCR em Tempo Real Febre Maculosa Brasileira Rickettsia sp PanR8_F PanR8_R PanR8_P Rickettsia rickettsii RRi6_F RRi6_R RRi6_P Kato et al., 2013 Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 19. PCR em Tempo Real Febre Maculosa Brasileira Rickettsia sp PanR8_F PanR8_R PanR8_P Rickettsia rickettsii RRi6_F RRi6_R RRi6_P Sequenciamento R. conorii conorii R. parkeri R. felis Kato et al., 2013 Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 20. PCR em Tempo Real Febre Maculosa Brasileira Rickettsia sp PanR8_F PanR8_R PanR8_P Rickettsia rickettsii RRi6_F RRi6_R RRi6_P Sequenciamento R. conorii conorii R. parkeri R. felis Kato et al., 2013 Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 21. PCR em Tempo Real Gênero Bartonella Alvo gltA BartGltAF BartGltAR1/BartGltAR2 BartGltaP Alvo ssrA ssrA-F ssrA-R ssrA-P Coxiella burnetii Cox_F Cox_R Coxbur Schneeberger et al., 2010/ Buss et al., 2012/ Diaz et al., 2012 Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 22. PCR em Tempo Real Plataforma de Desenvolvimento de Tecnologia e Insumos para Saúde – PDTIS Fundação Oswaldo Cruz  Point of Care ➟ “Lab on a chip” - miniaturização. - microfluídica. Análise patentária Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 23. Aptâmeros  Aptâmeros são pequenos oligonucleotídeos de cadeia simples (tipicamente 15 - 50 bases) que assumem conformações estáveis “in vivo” e se ligam fortemente aos alvos específicos de proteína ou não proteína. Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 24. Aptâmeros Tem sido demonstrado que aptâmeros possuem afinidade e especificidade de forma superior para o alvo pretendido do que outros ligantes.  Geralmente os aptâmeros proporcionam uma maior sensibilidade em reconhecer os seus alvos de proteína, oferecendo assim, potencial para a concepção de ensaios diagnósticos específicos mais sensíveis, capazes de proporcionar diagnóstico precoce 2013 – Projeto aprovado Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 25. International Journal of Tropical Disease & Health Quarta-feira, 16 de Outubro de 13
  • 26. Obrigada Dra Elba R S Lemos elemos@ioc.fiocruz.br Dra Daniela Tupy de Godoy daniela.tupy@ioc.fiocruz.br Chefe do Laboratório Pesquisadora Visitante Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses Quarta-feira, 16 de Outubro de 13