A agricultura brasileira está em posição privilegiada para atender à crescente demanda da China por alimentos, principalmente soja e milho, devido à falta de espaço e limitações tecnológicas do país asiático para ampliar sua própria produção. A China importa cerca de US$ 1,74 trilhão em produtos por ano e o Brasil tem grande potencial para aumentar suas exportações ao parceiro comercial, atualmente em apenas 2,5% do total importado pela China. Além disso, um novo protocolo deve abrir o mercado chinês
2. 3
Textos: Danielly Herobetta
Edição: Yara Alvarez
Produção: TEIA Editorial
www.teiaeditorial.com.br • (19) 3367-2580
Projeto Gráfico: Via B | Branding + Design
www.viab.com.br • Fone (19) 3295-5466
A revista do Prêmio Andef é uma publicação
anual, editada pela Associação Nacional de
Defesa Vegetal (Andef). Todos os direitos são
reservados. Distribuição gratuita.
EXPEDIENTE
EDITORIAL
Já dizia o pensador sueco, August Strindberg, o tempo
não são os segundos, os minutos, as horas, dias, meses
ou anos. O tempo na verdade são aqueles momentos
da vida em que nos fazem sentir realmente úteis. Por
isso, nos orgulha muito o tempo dedicado nestes
16 anos de educação e treinamento, dos produtores
rurais Brasil a fora, e que hoje apresentamos em mais
uma edição do Prêmio Andef.
Olhando para 1998, quando o prêmio foi criado,
alguns números comparados ao que temos hoje,
mostram a trajetória de crescimento do agrone-
gócio neste período. O País colheu a safra de 66
milhões de toneladas de grãos e em apenas 16
anos praticamente triplicou a colheita, que em
2013 será de 184 milhões de toneladas. No planeta
a mudança populacional foi mais dramática. Éra-
mos em 5 bilhões e em apenas 16 anos o mundo
ganhou 2 bilhões de pessoas para alimentar.
Neste tempo, não faltaram dificuldades para todo o
setor produtivo, mas acreditar na agricultura vale a
pena. Portanto, nossas empresas associadas e nossos
parceiros nesta empreitada estão no rumo certo da
educação e extensão do saber ao campo e, entre
tantas iniciativas, merece destaque este tão bem
sucedido Prêmio ANDEF, premiação realizada com a
imprescindível parceria da Organização das Coo-
perativas Brasileiras (OCB), do Instituto Nacional de
Processamento de EmbalagensVazias (INPEV), Fun-
dação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq),
Associação dos distribuidores de insumos agropecu-
ários (ANDAV), Associação Brasileira das Agências de
Comunicação (ABRACOM) e Enactus.
Muito obrigado a todos que trilham conosco este
caminho!
João Sereno Lamel
Presidente do Conselho Diretor da Andef.
REALIZAÇÃO:
APOIO:
Sumário
4
6
8
15
18
22
24
26
O Oscar da agricultura brasileira
A agricultura na imprensa
Finalistas – Jornais
Finalistas – Ações para cooperativas
Finalistas – Televisão
Depoimentos
Curiosidades
Agradecimento
3. Premiar ações voltadas para as boas práticas agrícolas e
de responsabilidade social e ambiental, valorizar o tra-
balho de profissionais, do produtor rural, das universi-
dades, das revendas e distribuidores de produtos agro-
pecuários, das cooperativas e das indústrias, ajudam
a fazer a nossa agricultura cada vez mais competitiva
e sustentável. Por isso, a iniciativa da ANDEF e de seus
parceiros faz do prêmio uma referência e um dos mais
importantes da agricultura brasileira.
E foi em uma noite de gala, em 24 de junho de 2013, que
a Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF) realizou
a entrega dos prêmios da 16ª Edição do Prêmio ANDEF -
inovação e sustentabilidade, uma nova revolução verde.
Foram reconhecidos os melhores profissionais do agrone-
Confira, a seguir, os vencedores.
EMPRESAS HOMENAGEADAS
Arysta, Basf, Bayer, Dow, Dupont, FMC, Ihara, Monsanto e
Syngenta
PROFISSIONAIS HOMENAGEADOS
Adriano Jurach, Basf • Bruno Pereira Calili, Dupont •
Clodoaldo Dutra Flaitt, Arysta LifeScience • Joernil-
son Alves de Macedo, Monsanto • José Lourenço de
Freitas, Bayer CropScience • Marcelo Gonçalves, Syn-
genta • Paula Miguel Siqueira Viana, Dow AgroScien-
ces • Vergilio Antonio Pereira Sobrinho, FMC
CAMPO LIMPO
112 centrais que apresentaram ações relevantes para o
produtor rural em relação ao destino das embalagens
de defensivos agrícolas. As Centrais destaque de 2013
foram: Central de Goianésia/GO, de Manhuaçu/MG e de
Araranguá/SC.
REVENDAS E DISTRIBUIDORES
Boas Práticas Agrícolas - Defagro/ES: Plantando
Sustentabilidade • Responsabilidade Ambiental -
AgroAmazônia/MT: Mutirão Ambiental no Educa Mais •
Responsabilidade Social - Alvorada/MT: Ações para
o Bem.
COOPERATIVISMO
Boas Práticas Agrícolas - COPLACANA/SP: Inovar para
ganhar • Responsabilidade Ambiental - COMIGO/GO:
Prêmio Gestão Ambiental • Responsabilidade Social -
COOXUPÉ/MG: Aprendendo Legal
UNIVERSIDADES
Junior: Escola Superior de Agricultura“Luiz de Queiroz”
(Esalq-USP/SP) - Projeto: Aprendendo a empreender.
Sênior: Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa/
PA) - Projeto: Esse rio coopera.
O OSCAR DA
AGRICULTURA
BRASILEIRA
O HOMEM DO CAMPO
Potencial, profissionalismo, dedicação e re-
novação, palavras que estão na semente do
agronegócio, assim como em qualquer grande
transformação humana. Renovação presente
também na agricultura, no homem do campo
que, a cada nascer do sol, nos ensina que é pos-
sível plantar o hoje, aprendendo com as lições
de ontem e preservando o amanhã.
Pela primeira vez, destacando um produtor rural
que com sua história e trajetória tenha ajudado
a transformar toda uma região, o Prêmio ANDEF
homenageou Eduardo Sekita, na categoria o
Homem do Campo, pelo trabalho desenvolvido
no Alto Paranaíba/MG.
PERSONALIDADE DO
AGRONEGÓCIO 2013
Categoria também inédita no Prêmio, a outor-
ga do Prêmio Brasil Agrosustentável – Persona-
lidade do Agronegócio 2013, foi uma eleição
feita pelas principais entidades representativas
do agronegócio brasileiro que decidiram, por
unanimidade, prestar seu reconhecimento
e homenagear Michel Temer, atual vice-pre-
sidente do Brasil no governo da presidente
Dilma Rousseff.
Michel esteve representado por Eduardo
Daher, Diretor Executivo da ANDEF, a quem
enviou a carta de agradecimento que foi lida
aos presentes.
4 5
Senador Sergio Souza, Eduardo Sekita e Alan Bojanic (FAO)
gócio, além das homenagens aos profissionais e associa-
das da ANDEF. A cerimônia, que aconteceu no Esporte
Clube Sírio, em São Paulo/SP, foi conduzida, pelo segundo
ano consecutivo, pela jornalista Rosana Jatobá, dessa vez
acompanhada pelo ator e modelo Carlos Casagrande.
Temas atuais ligados ao meio ambiente, segurança
alimentar, boas práticas agrícolas, responsabilidade
ambiental e social foram abordados e debatidos nos
projetos inscritos.“Nosso objetivo é valorizar os profis-
sionais que contribuem com o desenvolvimento do
agronegócio do nosso país. O Prêmio também é uma
forma de incentivo, pois esses trabalhos são fundamen-
tais para o nosso setor”, afirma José Annes Marinho,
gerente de educação da ANDEF.
4. 6
Pelo segundo ano consecutivo, a ANDEF, por meio
de sua área de educação, incentiva e reconhece os
profissionais de mídia que buscam as melhores práticas
e exemplos, que mostram a nossa agricultura cada dia
mais moderna e sustentável, que pesquisam, registram
e ilustram, fazendo chegar aos lugares mais distantes
do País, a informação.
Conhecida como o“Oscar da Agricultura”, a premiação
recebeu 127 reportagens de 87 jornalistas que produ-
ziram matérias relacionadas às boas práticas agrícolas,
responsabilidade ambiental e social, educação no
campo, sustentabilidade, entre outros temas que incen-
tivam o desenvolvimento do agronegócio brasileiro.
A novidade deste ano é que, além das subcategorias TV,
Jornal Impresso e Revista, o Prêmio ANDEF de Jornalis-
mo premiou as ações de cooperativas, reconhecendo
as práticas que partiram destes veículos e colaboram
para o desenvolvimento da agricultura sustentável.
“Nosso objetivo é valorizar os profissionais que con-
tribuem com o desenvolvimento do agronegócio do
nosso país. O Prêmio também é uma forma de incenti-
vo, pois esses trabalhos são fundamentais para o nosso
setor”, afirma José Annes Marinho, gerente de educação
da ANDEF.
Os vencedores de cada categoria ganharam um iPad e
uma bolsa de estudos para o MBA em fitossanidade.
Foram eleitas 28 reportagens finalistas pela comissão
julgadora composta por:
• Jeffrey Abrahams (Abrahams Executive Search)
• Maurício Mendes (ABMR&A)
• Maria Helena Calado (inpEV)
• Coriolano Xavier (CCAS)
• Juliana Ramiro (Sindag)
• José Otávio Menten (USP)
• Márcio Martinelli (BlueBox Comunicação)
• Alex Mattiuzzo (Alfapress Comunicações)
• Kleber Martins de Paulo (Enactus)
7
A AGRICULTURA
NA IMPRENSA
5. FINALISTAS
JORNAIS
98
Celeiro do Mundo
Antônio Temóteo, Correio Braziliense
A série de reportagens do Correio Braziliense“Celeiro do
mundo”, escrita pelo jornalista Antônio Temóteo, mostra
que a lavoura e a pecuária sustentam o Brasil. Segundo
dados dos textos, as duas atividades cresceram 18,2%
no ano passado. Neste ano, será colhida a maior safra
da história: 185 milhões de toneladas de grãos.
Conexão China
José Rocher, Gazeta do Povo
A série de reportagens do jornal Gazeta do Povo, escrita
pelo jornalista e editor José Rocher, aborda a ligação
do agronegócio com a economia chinesa, colocando
o Brasil em posição privelegiada em época de crise nos
Estados Unidos e Europa. Segundo dados do texto, as
lavouras brasileiras são fundamentais para o gigante
asiático.
Manejo de terra evoluiu,
mas erros ainda persistem
Karen Farias, O Popular
A reportagem do jornal O Popular, escrita pela jornalista
Karen Farias, aborda a erosão hídrica como uma das
principais formas de degradação do solo no Brasil, atin-
gindo o Cerrado e regiões mais arenosas. A matéria traz
técnicas de manejo e conservação do solo que podem
reduzir os problemas.
Lições para o agronegócio
Joana Colussi, Zero Hora
A reportagem do jornal Zero Hora, escrita pela jor-
nalista Joana Colussi, aborda as escolas gaúchas que
mesclam a teoria e a prática na formação de técnicos
agrícolas, profissionais valorizados pelo mercado atual-
mente.
agronegócio
GAZETADOPOVO TERÇA-FEIRA, 12 DE JUNHO DE 2012 EDITORAEXECUTIVA:MARISAABRANTESBORONIVALÉRIO EDITORRESPONSÁVEL:JOSÉROCHER agro@gazetadopovo.com.br www.gazetadopovo.com.br/agronegocio
Ligaçãodo
agronegóciocoma
economiachinesa
põeBrasilnuma
posiçãoprivilegiada
emépocadecrise
nosEstadosUnidos
enaEuropa.Parao
giganteasiático,
lavourasbrasileiras
sãofundamentais
❚ BEIJING
❚ JoséRocher,enviadoespecial
❚ Numa época em que a eco-
nomia mundial tenta pegar
carona no crescimento da
China para atravessar a cri-
se que afeta Estados Unidos
e União Europeia, a relação
entreoagronegóciobrasileiro
e o consumo chinês garante
assentoprivilegiadoaoBrasil
nalocomotivadodesenvolvi-
mento globalizado. O merca-
dodealimentosdeveserpou-
co afetado pela redução no
crescimento do gigante asiá-
tico, que não tem como am-
pliaraproduçãodegrãospor
falta de áreas produtivas e li-
mitaçõestecnológicas,apurou
a Expedição Safra Gazeta do
Povo, em viagem de dez dias
pelo país.
Aindahámuitoespaçopa-
raampliaçãodasrelaçõesen-
tre os dois países. Com 10%
do comércio mundial, a na-
ção mais populosa do mun-
do importou o equivalente a
US$ 1,74 trilhão em 2011. E,
apesar de ter feito da China
seu principalcliente, o Brasil
exportou ao parceiro comer-
cial apenas US$ 44,3 bilhões
no período – ou seja, 17,3%
desuasvendas,massomente
2,5%doqueoschinesescom-
pram. Esses porcentuais ten-
demaaumentar,mesmocom
o crescimento do PIB chinês
rebaixadodacasade10%(mé-
diadosúltimoscincoanos)pa-
raade8%(previstapara2012).
A soja não é mais o único
produto de interesse dos chi-
neses. Enquanto a Expedição
percorriaaChina,Beijingapre-
sentou ao governo brasileiro
protocoloqueabreasportasdo
país também ao milho. O do-
cumentodeveserassinadones-
temêsduranteaConferência
das Nações Unidas sobre De-
senvolvimento Sustentável, a
Rio+20, conformeBrasília,ga-
rantindo um cliente de peso
paraascercade12milhõesde
toneladas do cereal que terão
de ser remetidas ao mercado
externodevidoaocrescimento
da produção de inverno.
Apetite
Ointeressechinêspelaim-
portação de soja e milho –
ingredientes das rações ani-
mais que se complementam
– vem crescendo à medida
queopoderdecompradapo-
pulação chinesa permite au-
mento no consumo de prote-
ína. As importações da olea-
ginosa passaram da casa de
40 milhões para a de 60 mi-
lhões de toneladas por tem-
poradaemapenascincoanos,
um avanço de 50%. As do ce-
real, que eram insignifican-
tes até três anos atrás, devem
atingir 7 milhões de tonela-
das nesta temporada.
Asexpectativasdosexpor-
tadores vão bem além disso.
“A China precisa de 20 mi-
lhões de toneladas de milho
para repor seus estoques”,
aponta o presidente-execu-
tivo da Associação Brasileira
dos Produtores (Abramilho),
Alysson Paolinelli.
Além de crescer a passos
largos,ataxasentre7%e11%
ao ano, o mercado de carnes
chinês é vasto pela própria
concentração de 1,35 bilhão
de pessoas no país. Os chi-
neses consomem atualmen-
te 52,6 quilos de carne por
ano, pouco mais da metade
da marca de 100 quilos per
capita registrados no Brasil,
conformenúmerosde2011.O
Paraná,maiorprodutorbrasi-
leirodefrango,teriadedobrar
suasmarcasparafornecerum
quiloamaisdefrangoporha-
bitante da nação asiática. Os
compradores chineses estão
ampliando negócios e figu-
ramentreosprincipaisclien-
tes da avicultura do estado.
As processadoras de soja
da China, porta de entrada
da produção da América do
Sul,operamociosasepodem
dobrar o esmagamento, que
naúltimatemporadachegou
a 59 milhões de toneladas –
apenas 3 milhões (t) além do
volumeimportado.Principal
elo entre o Brasil e o maior
importadordogrãodoplane-
ta,aoleaginosaénossocartão
de visitas, cuja apresentação
é obrigatória para uma boa
relaçãocomomundochinês.
Leia mais sobre a China nas próximas
páginas.
>> EXPEDIÇÃOSAFRA
Beijing
RÚSSIA
LOGÍSTICACHINESA
A produção de soja e milho da China
concentra-se no Nordeste e chega aos
centros de consumo pelos portos
marítimos, que também recebem os
grãos importados.
Fonte: Redação.
Infografia: Gazeta do Povo.
Dalian
Guangzhou
Qingdao
Xanghai
HongKong
Ningbo
Qinhuangdao
Tianjin
OCEANO
PACÍFICO
Faixa agrícola
Norte
Predominância
de soja e milho
Faixa agrícola
Centro e Sul
Predominância
de trigo e arrozÍNDIA
Densidade populacional
habitantes por km2
Principais
portos
0-50 mais de 900
Faixa
agrícola
CHINA
Fotos:JoséRocher/GazetadoPovo
Arte:EdilsondeFreitas/GazetadoPovo
Os agricul-
tores Zhu
Xiang e
Qiang Iun,
no cabo da
enxada, em
plantação
de soja.
Na ausência
de plantio
direto,
palhada
do milho é
acumulada
para queima
no inverno.
CONEXÃO CHINA
❚ HARBIN (CHINA)
❚ Na região agrícola da China
quemaisproduzsojaemilho,
aatividadeaindadependeda
força dos trabalhadores que
limpam as lavouras com en-
xadas e espalham as semen-
tes no solo com as próprias
mãos. Sem o uso tecnologias
comunsnospaísesexportado-
res de grãos, pequenos lotes
cultivados com capricho ren-
dem190milhõesdetoneladas
docereale13milhõesdetone-
ladasdaoleaginosaportempo-
rada,mascommuitoesforço.
Ovolumeé60%maiorque
ocolhidonoBrasilnessasduas
culturas,graçasaousodeuma
área com tamanho dobrado
para o cereal. Com maquiná-
rio, biotecnologia ou plantio
direto,orendimentopoderia
serbemmaior.Emáreasequi-
valentes, os agricultores bra-
sileiros colhem 70% mais so-
ja e os norte-americanos ob-
têm 80% mais milho.
Umasériedefatoresimpe-
deaadoçãodessastecnologias.
As terras são coletivas e cada
trabalhadorruraltemdireito
aexplorarcercadeumhecta-
re,áreaequivalenteaumcam-
po de futebol. Por si só, esses
sistema dificulta a escala e li-
mita a produtividade.
Outra questão crucial é o
invernorigoroso.Aslavouras
daregiãodeHarbinficamco-
bertas com até um metro de
neveduranteoinverno,influ-
ênciadaSibéria.Agricultores
como Zhu Xiang e Qiang Iun
amontoam a palha do milho
paraqueimarnaestaçãofria.
Se ficasse no solo, a palhada
atrapalharia o trabalho com
asenxadas,necessárioaocon-
troledasplantasdaninhasno
cultivo de sementes conven-
cionais – que não permi-
tem o uso de herbicida na fa-
se emergencial.
Com20%dapopulaçãodo
planeta,aChinadetémsó7%
daproduçãoagrícolamundial.
Essadiferençamostraporque
otrabalhonocampoétãoim-
portante no país. Para ajudar
aalimentarapopulaçãocres-
cente,osagricultoresretiram
de160milhõesdehectarescer-
ca de 500 milhões de tonela-
das de alimentos. Milho, so-
ja, arroz e trigo rendem 460
milhões (t) – 2,9 vezes a pro-
duçãobrasileiradegrãos.(JR)
Perseverança
fomentaocampo
De11a17dejaneirode2013
ANO 21-NO
1302
Campo
AregiãodoCerradoéespecialmentevulnerávelàerosãohídrica,umadasmais
gravesformasdedegradaçãodosolo.Saibaquaissãoosavançoseoserrosqueainda
persistememrelaçãoaoproblema,25anosdepoisdaprimeirareportagemsobreo
tema,publicadanosuplementodoPOPULAR.[6e7
OSuplementodo
CampodoPOPULAR
completa25anos
deexistência.
Paramarcaradata,retomamos
osassuntostratadosna
primeiraedição,veiculada
em13dejaneirode1988.
Cooperativismo
Suplementodo
Apesardoavançodapesquisa,
produçãogoianadearrozrecua.[12
Tormentoqueperdura
Em25anos,cooperativasgoianas
cresceramesediversificaram.[3
WildesBarbosa
Arroz
Com necessidades que vão de equi-
pamentos para lavouras até a estrutu-
ra do alojamento,as escolas de ensino
técnico agropecuário dependem de
investimentos para acompanhar o
avançotecnológicodocampo.
–As escolas são laboratórios vivos.
Muitas foram abandonadas pelo go-
verno estadual – lamenta Sérgio Luiz
Crestani, presidente da Associação
Gaúcha de Professores Técnicos dE
EnsinoAgrícola.
Conforme Crestani, a carência de
professores é outra deficiência. O
quadro docente é suprido,na grande
maioria,por contratos,normalmente
de técnicos na área.
– O professor dessas escolas precisa
formação pedagógica.Mas não há in-
centivopararenovarocorpodocente.
Responsável pela gestão de 26 uni-
dades de ensino técnico agrícola que
envolvem 10,5 mil alunos,a Secretaria
EstadualdaEducaçãorepassacercade
R$180milpormêsparamanterases-
colas–emtornodeR$7milparacada
uma.Conforme o secretário da Edu-
cação,José Clóvis deAzevedo,a inten-
ção é aumentar em 30% o repasse de
autonomia escolar ainda no primeiro
semestre.Neste mês,foram investidos
R$ 3 milhões para renovar parte da
frota de tratores e equipamentos das
escolasagrícolas.
Azevedo acresenta que o governo
está em processo de formação de pro-
fissionais e de concursos para docen-
tesefuncionários.
FOTOSMAUROVIEIRA
CAMPO E LAVOURA 5
Em zerohora.com.br/campo, confira galeria de fotos
Lições para o agronegócio
JOANA COLUSSI
A
o som de músicas tra-
dicionalistas vindas
de um rádio que ecoa
na sala de ordenha
da Escola Técnica de
Agricultura (ETA),
em Viamão, jovens de diversas regi-
ões do Rio Grande do Sul cumprem
a primeira atividade do dia antes de
ocupar as cadeiras das salas de aula.
Com horário exato para o tratamen-
to de animais e trabalho na lavoura,a
rotina é seguida à risca por estudantes
que trocam o ambiente de escolas re-
gulares pelo ensino em propriedades
rurais.A escolha não é feita por acaso.
– Quero cursar Veterinária em uma
universidadefederal–dizLeonardoAn-
tônioVieira,16 anos,do 2ºano do Ensi-
noMédiodotécnicoempecuária.
Assim como Leonardo, milhares de
jovens buscaram a formação de técni-
co agrícola para ensaiar os primeiros
passos no mercado de trabalho. Entre
ex-alunos ilustres, o governador Tarso
Genro,que frequentou o curso em Santa
Maria,e o ex-governador Leonel Brizo-
la,que formou-se na ETA – escola mais
antigadoEstado,fundadaem1910.
–As escolas agrícolas oferecem mais
do que a vivência prática dos conteúdos
teóricos.São experiências que ajudam
na formação social das pessoas – des-
taca o diretor da ETA,Evandro Cardoso
Minho,acrescentando que grande parte
dos estudantes consegue colocação no
mercado de trabalho após a formação
ouingressoemcursossuperiores.
A fácil empregabilidade explica a
procura pela formação no Estado.Com
a expansão do agronegócio no país,fal-
tam profissionais técnicos para atuarem
no setor,seja diretamente no campo ou
em indústrias e comércio.A valorização
do trabalho rural passou a caminhar
juntocomaprodutividadedaslavouras.
INTERESSETAMBÉM NAS CIDADES
Partedoaprendizadovemdaadapta-
çãolongedafamíliaedoconvíviodiário
com colegas de diferentes origens.Filho
depequenosagricultoresdeMostardas,
Julio Lima da Costa, 20 anos, deixou a
casa dos pais para estudar na ETA há
dois anos.No começo,pensou em desis-
tirevoltarparasuacidade:
– Mas pensei no incentivo dos meus
pais e no orgulho que podem ter de
mim.Vou me formar neste ano e conse-
guirempregonaminhaárea.
Seenganaquempensaqueointeresse
pelas escolas agrícolas seja apenas de jo-
vensquecresceramvendoospaistraba-
lhandonomeiorural.NascidoemPorto
Alegre,DenerAugusto Schilero,16 anos,
trocou a rotina urbana para cursar o
técnicoempecuárianaETA,ondechega
adividiroquartocom10alunos.
– Quero criar gado em Mato Grosso
– diz Dener, que despertou para a li-
da campeira com o padrinho,de Nova
Hartz,eoavô,deTaquaruçudoSul.
Com 360 alunos, dos quais 120 in-
ternos,a ETA tem área de 407 hectares
– com lavouras de milho e arroz,produ-
ção de hortigranjeiros e criação de gado
de corte e de leite,suínos,ovinos,equi-
nos e pequenos animais.Da produção
agrícola,a escola mantém uma agroin-
dústria de rapadura,queijo,iogurte,do-
ce de leite e geleia.Gratuita,recebe cerca
deR$12,8milmensaisdogovernoesta-
dual para manutenção e investimentos.
O custo para manter a escola, porém,
passadeR$30mil.
– Somos autossuficientes em carne,
verduras, ovos e leite. Mas é uma luta
diária,pois não há uma política especí-
fica para as escolas agrícolas do Estado
– lamenta o diretor da ETA.
joana.colussi@zerohora.com.br
Escolas gaúchas
mesclam teoria
e prática na
formação de
técnicos agrícolas,
profissionais
valorizados hoje
pelo mercado
PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2013CAMPO E LAVOURA4
Inovação exige reforço no caixa
Embora o propósito seja o mesmo,
formar profissionais para atuar no
setor primário, a realidade das es-
colas de formação técnico agrícola é
bem distinta no Rio Grande do Sul.
Mantidas pelos governos estadual
e federal, e também por entidades
filantrópicas,as instituições têm ra-
diografias diferentes.Enquanto uma
escola estadual recebe um repasse
mensal inferior a R$ 10 mil,as fede-
rais chegam a receber R$ 130 mil.
–A rede federal consegue um grau
de excelência porque os investimen-
tos são bem maiores,desde estrutura
oferecida até pesquisas desenvolvidas
–afirmaopresidentedoSindicatodos
TécnicosAgrícolas do Rio Grande do
Sul(Sintargs),CarlosDinarteCoelho.
A radiografia de contrastes,confor-
me o presidente da entidade,é resul-
tado de programas do governo federal
voltados ao fortalecimento do ensino
técnico – desde investimentos em in-
fraestrutura até no corpo docente e
funcional.Com 500 alunos no Ensino
Médio técnico agropecuário,a unida-
de do Instituto Federal Farroupilha,de
SãoVicentedoSul,recebeR$133mil
pormêsparainvestimentos.
–Formamostécnicoscomvisãoge-
ral da propriedade,com competência
para gerir projetos que envolvem pro-
dução vegetal,animal e agroindustrial
– explica Ivan Carlos Maldaner,coor-
denadordocurso.
A formação técnico agrícola no Es-
tado é reforçada por escolas particula-
res.Criado há mais de 40 anos,o Cur-
soTécnicoemAgropecuária(CTA)da
Sociedade Educacional Três de Maio
tornou-sereferêncianaregiãoNoroes-
te pelo ensino qualificado e parcerias
com instituições de pesquisas. Com
Realidade expõe contrastes
entre instituições do Estado
Repasse para a rede estadual deverá ser aumentado em 30% ainda no primeiro semestre, assegura o governo
EDUCAÇÃO
Como estão
divididas as
escolas agrícolas:
27 estaduais
10 federais
10 municipais
6 particulares
Total
53escolas
Fonte: Associação Gaúcha dos
Professores Técnicos de Ensino
Agrícola (AGPTEA)
Júlio da Costa
(E) e Dener
Schilero são
alunos da
Escola Técnica
de Agricultura,
em Viamão
– Além disso,estudamos modelos
para algumas escolas abandonarem
currículos arcaicos,se modernizarem
e fortalecerem o vínculo com as co-
munidades – completa o secretário
estadual de educação.
120alunos,temsócincointernoshoje.
– Com a facilidade de transporte,o
aluno consegue vir para a escola e re-
tornar no mesmo dia para a proprie-
dade da família,aplicando os conheci-
mentos aprendidos nas aulas práticas
– explica o coordenador Claudinei
Marcio Schmidt, acrescentando que
noúltimosemestredocursoosalunos
são desafiados a planejar a gestão de
umapropriedaderuralporumano.
A rede estadual
ainda carece de
uma política mais
clara para a área.
CARLOS DINARTE COELHO,
PRESIDENTEDOSINTARGS
SEGUE >
Baixeumaplicativoleitor
decódigoQR,aponte
paraaimagemaoladoe
acesse,doseucelular,o
vídeo:comofuncionaa
escolaagrícolamaisantiga
doRioGrandedoSul.
http://zhora.co/1303eta
6. 10 11
FINALISTAS
JORNAIS
FINALISTAS
REVISTAS
F4 Paraíba Domingo, 10 de fevereiro de 2013 Milenium CORREIO DAPARAÍBA
Óleo da casca de laranja é eficaz no combate à praga que afeta plantações de frutas cítricas
PB tem antídoto natural
contra a mosca negra
Marcelo roDrigo
O antídoto para combater a
praga de uma planta às vezes pode
estar na própria planta doente. Foi
com essa lógica que o pesquisador da
Empresa Estadual de Pesquisa Agro-
pecuária da Paraíba (Emepa), Rêmulo
Carvalho, encontrou o remédio natu-
ral para combater a mosca negra dos
citros (Aleurocanthus woglumi), que
ataca principalmente as plantações de
laranja, limão e tangerina. O óleo da
casca da laranja é um veneno letal pa-
ra os hospedeiros que sugam a seiva
das folhas dessas plantas e até então
só eram eliminados com agrotóxi-
cos. A pesquisa garantiu à Paraíba a
descoberta inédita no mundo para
combater a praga.
O resultado da pesquisa já foi
apresentado 10 vezes nos Estados
Unidos. “Essa descoberta é muito im-
portante para o Brasil, já que somos
um dos maiores exportadores de suco
de laranja, especialmente para países
norteamericanos. Utilizando fórmu-
las naturais para combater as pragas
dos citros garantimos a qualidade
das plantações, já que estaremos de-
ixando todas livres de agrotóxicos”,
enfatizou Rêmulo Carvalho.
A mosca negra só foi identi-
ficada na Paraíba no final do ano
de 2009. O inseto asiático é con-
siderado a pior praga da variedade
de frutas cítricas porque consegue
diminuir em até 80% a produção.
Isso por causa da grande quanti-
dade de insetos sugando a seiva das
plantas quando são atingidos altos
níveis de infestação. Comumente,
a variedade que mais sofre com a
praga são as laranjeiras da espécie
mimo do céu.
Segundo Rêmulo Carvalho, a
preocupação maior com a descoberta
de um produto natural que pudesse
combater essa praga surgiu dos
produtores agroecológicos da região
de Lagoa Seca. “São produtores
que fazem o cultivo 100% natural e
são contra o uso de agrotóxicos ou
qualquer outro produto químico”,
observou Rêmulo.
combatenaturaldafusariosedoabacaxizeiro
O pesquisador também desenvolveu pesquisas sobre
o controle da fusariose, doença que atinge o abacaxizeiro
com a utilização de plantas medicinais com propriedades
antibióticas, como é o caso da casca de aroeira, considerada
planta medicinal. O uso desta tecnologia natural tem pro-
porcionado um controle da fusariose tão eficiente quanto o
controle com o uso de fungicidas, com a vantagem de não
prejudicar o homem nem o meio ambiente.
A fusariose do abacaxizeiro, causada pelo Fusarium
subglutinans, destaca-se pela frequência com que ocorre e
pelos graves danos causados nas principais áreas produtoras
do Brasil. As perdas são variáveis podendo atingir índices
superiores a 80% caso a frutificação ocorra em épocas chu-
vosas e em ambientes de temperatura amena.
Os sintomas são caracterizados, principalmente, pela
goma que pode aparecer nas mudas, plantas e frutos. Os mais
conhecidos sintomas ocorrem nos frutos, durante a fase de
maturação, quando a formação gomosa ocorre através das
cavidades florais, e a parte afetada diminui de tamanho por
causa da exaustão dos tecidos internos, exibindo uma col-
oração avermelhada. O fruto pode ser parcial ou totalmente
afetado e adquirir no estágio final de evolução da doença um
aspecto mumificado.
Com o objetivo de utilizar os atributos terapêuticos
na fitopatologia da cultura do abacaxizeiro, foram investiga-
das em laboratório as propriedades antibióticas de diversas
plantas medicinais em relação ao fungo. As plantas antibióti-
cas que mais se destacaram nos experimentos laboratoriais
foram selecionadas para serem testadas em experimentos
de campo, cujos trabalhos foram todos desenvolvidos na
Estação Experimental de Abacaxi, em Sapé.
Os experimentos laboratoriais utilizaram as plantas
aroeira (Schinus molle), barbatimão (Stryphnodendron bar-
badetiman), caju roxo (Anacardium occidentale), alho (Al-
lium sativum) e gengibre (Zenziber officinale), que se desta-
caram por inibir o desenvolvimento do fungo Fusarium em
laboratório e, portanto, foram selecionadas para os experi-
mentos de campo. Os extratos vegetais foram aplicados em
substituição aos fungicidas durante o período de abertura
das flores a intervalos semanais. Por ocasião da colheita, os
frutos foram avaliados quanto à presença ou ausência da
fusariose.
O uso de plantas medicinais com propriedades anti-
bióticas no controle da fusariose do abacaxizeiro desponta-
se como uma tecnologia eficiente, ecológica e econômica,
possuindo um grande potencial de aplicação em um pro-
grama integrado de controle de doenças de plantas.
“Por usar produtos naturais com propriedades medici-
nais, essa tecnologia é completamente inócua ao homem e ao
meio ambiente, estando em sintonia com as atuais tendências
agrícolas mundiais nas quais a ecologia se alia cada vez mais à
química no delicado processo de proteção de plantas contra
pragas e doenças”, afirmou o pesquisador.
Pesquisador da emepa na Paraíba garante que óleo da casca de laranja é capaz de combater a mosca negra, praga que ataca plantações de frutas cítricas
100% de eficácia
Quando entra em contato
com a mosca dos citros, a acidez
do óleo da casca da laranja quebra
o exoesqueleto do animal e pro-
voca o dessecamento dos natos
(ovos),das“ninfas”(formajovem)
edosadultos.Todasessasfasesda
mosca negra são encontradas na
parte de baixo das folhas. O óleo
garante 100% de eficácia.
Durante a pesquisa, que
aconteceu entre abril de 2010 e
junho de 2011, nos municípios
de Remígio e Sapé, foram testa-
dos mais de 50 produtos alterna-
tivos para verificar a resistência
do animal e a eficiência das fór-
mulas. Desse total, apenas sete
foram levadas para experimento
de campo e o que apresentou
melhor desempenho foi o óleo
da casca da laranja.
Esse óleo foi inicialmente
produzido nos Estados Unidos,
más a patente já está disponível
para empresas brasileiras que
também produzem. Para a apli-
cação, o óleo precisa ser diluído
em água, respeitando a concen-
tração de 0,4%, dependendo do
tamanho da plantação e do índice
de infestação das pragas. “O óleo
nãosemisturacomaágua,masas
empresas já produzem o óleo em
forma de emulsão, pronto para
serdiluídoemágua.Essaemulsão
já se encontra disponível em todo
País”, comentou o pesquisador.
Os experimentos utilizaram
tambémóleodenim,óleomineral,
óleo vegetal, detergente e sabão
em pó na concentração de 1%
contra insetos adultos e nas con-
centrações de 1% e 0,5% contra
as ninfas. Esses produtos alterna-
tivos foram aplicados em galhos
altamente infestados contendo as
diversas fases biológicas da mosca
negra dos citros sobre folhas de
laranjeiras, limoeiros e tangerinas.
As folhas tratadas com
os produtos alternativos foram
avaliadas ao microscópio imedi-
atamente após a aplicação desses
produtos e sete, 15 e 30 dias após
a aplicação dos produtos sobre
as formas jovens. Os insetos
adultos são mais vulneráveis às
aplicações. Após a constatação
de que os produtos alternativos
causam mortalidade, foram fei-
tos experimentos com diversas
concentrações com o objetivo de
identificar a dose mínima mortal.
Foi então que se verificou
que o óleo da casca da laranja
mata todos os adultos da mo-
sca negra até a concentração de
0,2%, ou seja, 40 mililitros para
20 litros de água.
Já os ovos da mosca negra
não foram destruídos por apli-
cações de produtos alternativos.
Nenhum produto testado impe-
diu a eclosão (saída dos ovos) das
formas jovens (ninfas).
Já as ninfas, são também
vulneráveisàsaplicaçõesdeprodu-
tosalternativos.Entreosprodutos
naturais, o óleo da casca de laranja
foi o único produto capaz de ma-
tar 100% das ninfas de 4º estágio.
Porém, foram necessárias três pul-
verizações do produto.
Contudo, Rêmulo Car-
valho lembrou que a moca ne-
gra dos citros tem a capacidade
de se abrigar em outras plantas
e em outras árvores frutíferas
como a mangueira, a jaqueira ou
aabacateiro,podendosemprere-
tornar para atacar as laranjeiras,
limoeiros e tangerinas. O ideal
é pulverizar o plantio de forma
continuada. Em áreas muito
infestadas, os plantios devem
ser pulverizados semanalmente.
À medida que a população de
insetos for diminuindo, as pul-
verizações podem passar a ser
realizadas a cada quinze dias ou
a cada mês.
rêmulo carvalho
adescobertaémuito
importanteparaoBrasil,já
quesomosumdosmaioresex-
portadoresdesucodelaranja,
especialmenteparaoseUa.
Fumagina
impossibilita
a fotossíntese
Como as formas jovens
(ninfas) sugam muita seiva, elas
passam a eliminar uma substân-
cia açucarada que cai na parte su-
perior da folha de está localizada
logo abaixo. E sobre essa sub-
stância açucarada se desenvolve
um mofo preto, conhecido por
fumagina, que cobre toda a sua
superfície.
Por causa disso, além de ser
sugada por milhares de insetos, a
planta fica com suas folhas sem
receber a luz do sol e, consequen-
temente, sem poder realizar o
processo de fotossíntese e respir-
ar direito, causando uma grande
queda na produção.
O dano é ainda maior
quando há folhas infestadas com
a mosca negra próximas aos fru-
tos em desenvolvimento porque
o mesmo processo que desen-
cadeia a formação da fumagina
nas folhas ocorre também nos
frutos. A substância açucarada
que cai sobre os frutos faz com
que o mofo faz com que o mofo
também se desenvolva sobre os
frutos, desqualificando-os para o
mercado. Isso porque os frutos
mofados precisam ser lavados
para melhorar a aparência e esse
processo aumenta os custos de
produção.
PesquisaemcongressointernacionalnoseUa
A última apresentação dos
resultados do trabalho de Rêmulo
foram apresentados no Congresso
Internacional de Proteção de Plantas,
em Honolulu, no Havaí (EUA). O
evento acontece a cada quatro anos.
“O Governo do Estado bancou toda
pesquisa e, inclusive, a publicação da
cartilhaqueestamosdivulgandoentre
os plantadores de citros”, informou
Rêmulo Carvalho.
Segundo o pesquisador, para a
pesquisa ficar completa faltava ape-
nas a validação, que é a aplicação da
metodologia em um grande cultivo.
“E agora o Governo do Estado está
nos permitindo efetuar a validação da
pesquisa, através do Projeto Coope-
rar e parceria com a Cooperativa dos
ProdutoresdeTangerinaeLaranjade
Matinhas (Coopertange). A cidade
tem a maior produção de citros do
Nordeste”, afirmou.
Com a aplicação dos produtos
naturais para proteger as plantações
em Matinhas, ficará validade a pes-
quisa e comprovados, com respaldo,
os resultados inéditos obtidos pelo
pesquisador paraibano. A validação
começou em outubro. “Espero que
as aplicações continuem até o 1º se-
mestre de 2013. Os resultados serão
divulgados serão divulgados oficial-
mente pelo Governo do Estado. O
que posso adiantar é que estamos
indo muito bem”, afirmou.
PB tem antídoto natural
contra mosca negra
Marcelo Rodrigo da Silva, Correio da Paraíba
A reportagem do jornal Correio da Paraíba, escrita pelo
jornalista Marcelo Rodrigo da Silva, mostra a descoberta
inédita de Rêmulo Carvalho da Empresa Estadual de
Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa) em relação
ao antídoto que combate a praga que afeta plantações
de frutas cítricas, a mosca negra dos citros.
Terra de Gigantes
Paulo Henrique Lobato, Estado de Minas
A reportagem escrita pelo jornalista Paulo Henrique
Lobato e veiculada pelo jornal Estado de Minas, retrata
alimentos gigantes colhidos no campo que pipocam
por todo o País e surpreendem agricultores experientes
e pesquisadores.
Etanol esquecido
Queila Ariadne, O Tempo
A série de reportagens do jornal O Tempo, escrita pela
jornalista Queila Ariadne, aborda a crise do etanol que,
sem incentivos do governo, perdeu a competitividade,
caiu no consumo e fechou usinas, gerando aumento no
valor para o consumidor.
Lavoura Furada
Ariosto Mesquita, Agro DBO
A reportagem da revista Agro DBO, escrita pelo jornalis-
ta Ariosto Mesquita, conta sobre a infestação de lagar-
tas em lavouras de milho em diversas regiões do Brasil.
Segundo dados do texto, a safra de verão 2012/2013
registrou a maior infestação de lagartas sem preceden-
tes. O desenvolvimento de resistência às toxinas trans-
formaram a lagarta-do-cartucho e a lagarta-da-espiga
nos principais vilões da atual temporada.
ESTADO DE MINAS ● SEGUNDA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2012 ●EDITORA: Liliane Corrêa ●COORDENADORA EDITORIAL: Graziela Reis ●E-MAIL: agropecuario.em@uai.com.br ●TELEFONE: (31) 3263-5138
AGROPECUÁRIO
❚ LEIA MAIS SOBRE ALIMENTOS GIGANTES
PÁGINAS 6 A 8
Terra de
gigantes
Um legume imenso em Minas, uma fruta com tamanho
muito acima do normal no Rio Grande do Sul. Notícias sobre
alimentos gigantes colhidos no campo pipocam por todo o
país e surpreendem agricultores experientes como João
Batista Avelino, que se deparou com uma abóbora de 52 quilos
nalavouradesuafazenda,emCampestre,noSuldoestado.Os
fatostambémchamamaatençãodepesquisadores,quese
desdobramparadescobriroquegerouaanomalia.Afinal,
plantar sementes que resultem em produtos maiores nos
mesmos espaços é uma demanda do mercado, pressionado
pelo aumento da população e, consequentemente, do
consumo mundial. Entre as novidades em estudo estão até
variedades decafé,comoabigcoffee,comgrãosquesãoo
dobro do tamanho dos convencionais.
ANDREHAUCK/ESP.EM/D.APRESS-31/8/11
FONTE: ANP/ MINASPETRO/SIAMIG/ SINDICOM/ ESALQ/ UNICA
ÁLCOOL
O CAMINHO DO
Produção de
cana-de-açúcar
Onde começa
a cadeia
1
Caminhões levam o álcool
até a distribuidora
Saindo
da usina
3Usina de
extração
O processamento
da cana
2
*PREÇO MÉDIO (ESALQ)
SEM IMPOSTOS*
O álcool hidratado
sai da usina por:
R$ 1,03
O produtor paga R$ 0,048 de PIS/Cofins e
o preço sobe para
R$ 1,078
Neste preço, incide 12% de ICMS (alíquota
para a produção)
R$ 0,147
No fim desta etapa, o preço sobe para
R$ 1,225
Os impostos
na produção
4
¬ QUEILA ARIADNE
¬Dausina de cana-de-açúcaraté o
tanque do carro, o preço do álcool
hidratado dá um salto de 101%. O
litro, que sai das caldeiras a R$
1,03,segundopreçomédiocalcula-
do pela Escola Superior de Agricul-
turaLuizQueiroz(Esalq/USP),che-
ga às bombas de Belo Horizonte a
R$ 2,07, de acordo com a Agência
Nacionalde Petróleo,Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP). No meio
do caminho, além dos custos com
frete, mão de obra e lucro para dis-
tribuidoras e postos, ele incorpora
impostos que somam R$ 0,54 por
litro, ou seja, 26% do preço final.
Com valor alto, o consumidor
dápreferênciaàgasolina.Ofuncio-
nário público Plínio Fraga, 33, por
exemplo, tem carro flex, mas não
coloca álcool desde 2010. “Eu até
sabia que os impostos eram altos,
mas não imaginava que a diferen-
ça era tanta da usina para a bom-
ba.Sefossemaisbarato,lógicoque
eu daria preferência”, diz.
Com o abandono dos consumi-
dores e sem políticas fortes para o
setor, o etanol hidratado vai che-
gando aos 40anos de vida com vo-
lume 41,6% menor do que em
2009, quando atingiu seu ápice.
De janeiro a julho deste ano, fo-
ram vendidos 5,398 bilhões de li-
tros, contra 9,255 bilhões litros no
mesmo período de 2009.
Apesar da alta carga tributária,
o maior responsável pela crise da
meia-idade do combustível (criado
em1973comoPró-Álcool)nãosão
os impostos, mas seu concorrente
direto:agasolina.Oumelhor,otra-
tamento diferenciado que ela vem
recebendodogoverno para manter
seu preço estável. Na prática, isso
tem deixado o etanol cada vez me-
nos vantajoso e menos consumi-
do. Umapolítica reconhecidamen-
te nociva ao setor do álcool.
Para ser competitivo, etanol
tem que custar nas bombas até
70% do preço da gasolina. Hoje,
essa relação é de 76% em média
na capital mineira, segundo a
ANP. Em junho, o governo zerou a
Contribuição de Intervenção no
DomínioEconômico (Cide),que ti-
nha um impacto de R$ 0,09 por li-
tro. O presidente interino da Asso-
ciação das Indústrias Sucroener-
géticas de Minas Gerais (Siamig),
Mário Campos, diz que qualquer
redução de impostos ajuda, mas a
solução para a crise vai além dos
créditostributários. “Umaadequa-
ção do preço da ga-
solina ao mercado
internacionalequa-
lizaria boa parte
dos nossos problemas”, diz.
“Aumentar o preço da gasolina é
algoqueogovernonãovaifazer.En-
tão,para trazerde voltaacompetiti-
vidade do etanol, tem que tratá-lo
comigualdade,nãoadiantadesone-
rar só a gasolina. Se não for por
desoneração, o complemento do
preçodoetanoltemquevirdeoutra
forma, com política de juros, finan-
ciamento,enfim,ogovernotemque
alinharasalternativas”,receitaopre-
sidente interino da União da Indús-
triadeCana-de-Açúcar(Unica),An-
tônio de Pádua.Diantedaquedano
consumo edafalta de incentivos fis-
cais, 41 usinas já fecharam as portas
nopaís desde2008.
Nosplanos da Petrobras, o etanol
tambémestáperdendoprioridade.O
planodeinvestimentode2012/2016
para aumentar a produção é de US$
1,84 bilhão. O montante é 3,1% me-
nordoqueosUS$1,9bilhãoanuncia-
dos no plano de 2011/2015. Com is-
so, aparticipação namatriz energéti-
caseráreduzidade2%para1,6%.
“Nosso país já
pagou muito por
decisões populistas
e temos que
aprender com isso.
Uma adequação
do preço da
gasolina ao mercado
internacional
já resolveria boa
parte dos nossos
problemas”
Mário Campos
Presidente interino do Siamig
Sempolíticadeincentivosdogoverno,etanol
vivecrisedameia-idadeechegaàcasados40
anosnumcenáriodeperdadecompetitividade,
quedanoconsumoefechamentodeusinas
Abandonado,álcooldobrade
preçodausinaaoconsumidor
Comimpostos,freteedemaisdespesas,adistribuidoravendeolitroparaopostoporR$1,72,emmédia
FOTOSJOÃOMIRANDA
Na primeira fase do caminho até a bomba, o litro do etanol sai da usina por R$ 1,03, em média
wvv leia mais
www.otempo.com.br
8 O TEMPO Belo Horizonte
SEGUNDA-FEIRA, 10 DE SETEMBRO DE 2012
Economia
7. 1312
FINALISTAS
REVISTAS
Diversificar faz
bem
Denise Saueressig, A Granja
A reportagem da revista A
Granja, escrita pela jornalista e
editora Denise Saueressig, revela
histórias de produtores rurais que
comprovam a diversificação da
atividade rural como uma alter-
nativa para se defenderem de
oscilações do mercado e garantir
rentabilidade.
A redenção do
campo
Fábio Moitinho, Revista Rural
A reportagem da Revista Rural,
escrita pelo jornalista Fábio Moi-
tinho, aborda o Projeto Jovem
Produtor, financiado integral-
mente pela Pfizer do Brasil, de
investimento social, que tem
como objetivo resgatar o espírito
empreendedor dos produtores
rurais no Piauí. A iniciativa conta
com o apoio gestor da Care In-
ternational, que atua no combate
à pobreza em 87 países.
Sucessão Familiar: A
dinâmica que rege a
tradição agrícola
Miriam Lins, Campo & Negócios
A reportagem da revista Campo & Negócio, escrita pela
jornalista Miriam Lins, explica em 10 tópicos as regras que
devem ser seguidas para administrar a sucessão rural, de
modo a não gerar conflitos e angústias entre os membros
da família, transformando-a em um bom negócio.
Sucessão
familiar na
gestão rural
Dayse Freitas, Revista Produz
A reportagem da Revista Pro-
duz, escrita pela jornalista Dayse
Freitas, aborda a sucessão familiar
na gestão rural como forma de
gerenciamento na propriedade
para sobrevivência do negócio,
que adequa a experiência dos
pais com a vontade de aprender
dos filhos. Segundo dados do
texto, o sistema estabelece in-
tensa relação com comunidades,
construindo um potente tecido
socioeconômico e cultural no
meio rural.
8. 14 15
FINALISTAS
REVISTAS
FINALISTAS
AÇÕES PARA COOPERATIVAS
Irrigação e
sustentabilidade
Tacilda Aquino, Revista Campo
A reportagem da Revista Campo, escrita pela jornalista
Tacilda Aquino, aborda o sistema de irrigação como um
grande aliado dos agricultores. Segundo dados do tex-
to, alternativas bem-sucedidas de irrigação tecnológica
de baixo custo vem atendendo a anseios econômicos
dos produtores e a metas ambientais da sociedade.
As 20 lições do
agronegócio para a
Rio+20
Viviane Taguchi, Globo Rural
A reportagem da revista Globo Rural, escrita pela
jornalista Viviane Taguchi, aborda 20 lições do agrone-
gócios para a Rio +20, que tem como objetivo atualizar
as informações sobre as técnicas que transformaram o
País de importador de alimentos em um dos maiores
exportadores globais.
Pensando
Verde
Daniela Lemke, Revista Saber
Cooperar
A reportagem da Revista Saber
Cooperar, escrita pela jornalista
Daniela Lemke, aborda o exem-
plo de cooperativas ao descartar
corretamente embalagens de
defensivos agrícolas. Segundo
o texto, o Brasil descarta corre-
tamente 94% das embalagens
usadas nas grandes lavouras,
protegendo assim o meio am-
biente e evitando doenças aos
agricultores.
Centros de melhoramento
em cana-de-açúcar
Fernanda Clariano, Revista Canavieiros
A reportagem da Revista Canavieiros, escrita pela
jornalista Fernanda Clariano, aborda os programas de
melhoramento da cana-de-açúcar que são realizados
para desenvolver variedades mais produtivas e resistir
às pragas e doenças, assim como aprimorar a adapta-
ção ao plantio e a colheita mecanizada. Atualmente,
existem quatro programas ativos de melhoramento
genético em cana-de-açúcar no Brasil: Instituto Agronô-
mico de Campinas (IAC), Ridesa, CTC e Canavialis.
9. FINALISTAS
AÇÕES PARA COOPERATIVAS
1716
Sucessão Rural
Leila Mertins, Jornal Cotrijal
A série de reportagens do jornal Cotrijal“Sucessão
Rural”, escrita pela jornalista Leila Mertins, aborda a
questão do jovem no campo e o seu interesse de conti-
nuar ou não na atividade rural, ocasionando a migração
para as metrópoles, o que pode comprometer o futuro
da agricultura familiar.
Aplicação de
agroquímicos e meio
ambiente
Helena Krüger, Revista do Produtor Rural
O Sindicato Rural de Guarapuava em parceria com o
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) reali-
zou nos dias 16 e 18 de janeiro de 2013 o curso“Traba-
lhador na Aplicação de Agrotóxicos”, uma capacitação
de aperfeiçoamento a trabalhadores que atuam no
setor de aplicação de agrotóxicos em eucalipto e pinus
da Reflorestadora Schram. A jornalista da Revista do
Produtor Rural, Helena Krüger, acompanhou o evento.
Cooxupé busca soluções
para aprimorar a
agricultura sustentável
Marília Carvalho, Folha Rural
Cobertura jornalística do workshop realizado pela
COOXUPÉ, escrita pela jornalista Marília Carvalho. O
evento desenvolveu temas como a reutilização de água
na lavoura, adubos inteligentes e agricultura de precisão.
Ações reconhecidas
Maysa Teixeira, Revista Sicoob
A reportagem da Revista Sicoob, escrita pela jornalista
Maysa Teixeira, conta que a Confederação Brasileira das
Cooperativas de Crédito (Confebras) reconheceu as
intervenções para preservação ambiental da cooperati-
va Sicoob de São Miguel do Oeste/SC. Segundo dados
da matéria, nos últimos anos, a cooperativa tem atuado
com o plantio de mudas, preservação de nascentes,
entre outras práticas.
10. 18 19
FINALISTAS
AÇÕES PARA COOPERATIVAS
FINALISTAS
TELEVISÃO
FINALISTAS
TELEVISÃO
Produtor
investe em
diversificação
para evitar
prejuízos
Natália Canevazzi, Revista
Coopercitrus
A reportagem da Revista
Coopercitrus, escrita pela jornalista
Natália Canevazzi, conta a história
do produtor rural José Vicente
Tessone que, para garantir seus
negócios, investiu em 5 culturas
agrícolas diferentes: limão,
pupunha, peixe, goiaba e pitaia.
Lenha/TerraAlta
Anna Cristina Campos, TV
Cultura
A reportagem da jornalista Anna
Cristina Campos, veiculada pela TV
Cultura, se passa na comunidade
de São Lourenço, no Pará, onde fa-
mílias trabalham juntas para viver
em harmonia com a natureza. Lá,
a principal atividade é a produção
de carvão e farinha. De modo a
produzir, mas sem devastar, a em-
presa Emater introduziu a prática
do cultivo da árvore acássia man-
jo, da qual não precisa de adubo
para plantar e em apenas 3 anos
atinge o ponto de corte.
Embalagens/
Agrotóxicos
Antônio Nóbrega, TV TEM
A reportagem de Antônio Nó-
brega, veiculada pela TV Tem de
Sorocaba/SP, aborda a campanha
de coleta de embalagens de
agrotóxicos como alternativa
para preservar as propriedades
rurais. A matéria se passa em um
bairro rural onde deve haver uma
conscientização para o cadastro
nas coletas de embalagens.
Rochagem
César Mendes, EcoSenado
A reportagem apresentada pelo
jornalista César Mendes, aborda o
tema rochagem, uma técnica que
permite o enriquecimento mine-
ral de solos pobres para aumen-
tar a produtividade na agricultura
e nos sistemas agroflorestais. A
matéria se passa na cidade saté-
lite de Planaltina/DF e acompa-
nha pesquisa desenvolvida pela
Universidade de Brasília, da qual
avaliam o uso do pó de rocha, um
subproduto da extração mineral,
para melhorar a fertilidade dos
solos agrícolas. A rochagem é
um caminho para diminuir o uso
de fertilizantes importados nas
lavouras brasileiras.
11. FINALISTAS
TELEVISÃO
2120
Sustentabilidade
noCampo
Daniela Fogaça, Canal Rural
A reportagem da jornalista
Daniela Fogaça, veiculada pelo
Canal Rural no programa Técnica
Rural, aborda a sustentabilidade
no campo, revelando práticas de
conservação do ambiente que
podem reduzir custos e melhorar
resultados na propriedade rural.
ILPF
Merce Gregório, Canal Rural
A série de reportagens da jornalis-
ta Merce Gregório, veiculada pelo
Canal Rural, aborda o sistema ILPF
– Integração Lavoura Pecuária-
-Floresta como uma das alternati-
vas que possibilitam que florestas
renováveis dividam espaço com
outras atividades. O sistema faz
parte do programa de baixo car-
bono do governo federal.
Defensivos na
Agricultura
Ricardo Mignone, Terra Viva
A reportagem de Ricardo Mig-
none, veiculada pelo canal Terra
Viva no programa Dia-a-Dia Rural,
aborda os defensivos agrícolas na
produção rural. O Brasil iniciou o
plantio de grãos em larga escala,
fazendo com que fosse criado
um sistema mais poderoso contra
pragas. Segundo dados da ma-
téria, os defensivos agrícolas não
aumentam a produção e evitam
perdas.
Conservação
do Solo
Mariana Aranha, Canal Rural
A reportagem da jornalista
Mariana Aranha, veiculada pelo
Canal Rural, aborda a erosão
como grande vilã da agricultura.
Durante a utilização de práticas
de preservação e conservação
do solo e o uso de implementos
corretos para o terreno, a parte
mais nutritiva é removida, ocasio-
nando a erosão.
12. 23
“Foi um reconhecimento incrível, princi-
palmente por ter vindo de uma institui-
ção como a ANDEF. A Cotrijal é de muita
expressão, nos preocupamos em trabalhar
com o produtor e para o produtor, enten-
dendo as expectativas deles. A questão
da sucessão rural, que foi a temática do
trabalho, é um tema universal e não é
diferente em nossa região e nós retrata-
mos isso, essa dificuldade, preocupação
e como as famílias vêm tratando essa
questão.
Quero agradecer também a toda a equi-
pe da cooperativa, esse prêmio é nosso.”
Leila Mertins, Jornal Cotrijal
Matéria: Sucessão Rural
“Uma premiação como esta se mostra
muito importante dentro desta tendên-
cia que o agronegócio tem de se mostrar
cada vez mais sustentável, principalmen-
te nós do Brasil, que temos a oportuni-
dade de construir um setor diferente do
que vemos lá fora. Por isso é fundamental
que as associações e empresas deem o
devido destaque a imprensa. Quem está
aqui recebendo o Prêmio sou eu, mas
ele também é de Sebastião Nascimento,
Alana Fraga, Luciana Franco e todos os
colaboradores da Globo Rural.”
Viviane Taguchi, Globo Rural
Matéria: As 20 lições do agronegócio para a Rio+20
22
DEPOIMENTOS
Antônio Temóteo (jornais), Leila Mertins (Ações para Cooperativas), Deputado Moreira Mendes, Mônika Bergamaschi (Secretária de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo), Viviane Taguchi (Revista) e Ricardo Mignone (TV)
“Ter nosso trabalho reconhecido é uma
sensação maravilhosa. Com esta série de
matérias tive a oportunidade de conhecer
o interior do País e a força do agronegó-
cio, que é o motor de desenvolvimento
do Brasil. Quem tem carregado nas cos-
tas esse crescimento é o agro. Então é o
reconhecimento do esforço, do trabalho
diário, toda a luta que a gente tem todos
os dias para levar a melhor informação
para o nosso leitor.”
Antônio Temóteo, Correio Braziliense
Matéria: Celeiro do Mundo
“Além da premiação, o importante é o
trabalho voltado para o futuro do setor
agropecuário. Falamos tanto de susten-
tabilidade, que é a garantia do futuro não
só do agro, mas do mundo, então acredi-
to que um trabalho como esse colabora
para o desenvolvimento desta sustentabi-
lidade tão desejada, pois mostrar as boas
práticas da agricultura, os desafios que
temos para o futuro e ensinar as pesso-
as a como vencer esses desafios é muito
gratificante.”
Ricardo Mignone, Terra Viva
Matéria: Defensivos na Agricultura
13. 24
Estados
que tiveram
jornalistas
participantes
do 16º Prêmio
ANDEF
Jornalismo
25
CURIOSIDADES
“Apesar de sermos, não parecemos sustentáveis.
Precisamos melhorar cada vez mais nossa
comunicação”
Monika Bergamaschi, secretária de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo
Com esta citação, durante seu discurso, a
secretária de Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo, Monika Bergamaschi,
reforça não só a importância do Prêmio, mas
da produção de conteúdo jornalístico, de
qualidade, relacionada ao agro.
14. Educação
no campo
José Annes Marinho
Gerente de Educação da Andef
26
AGRADECIMENTO
Há mais de 30 anos, muito antes dos temas responsa-
bilidade social e sustentabilidade integrarem a agenda
da sociedade, as indústrias fabricantes de defensivos
agrícolas já desenvolviam, sob a liderança da ANDEF, pro-
gramas de educação para as temáticas do uso seguro de
defensivos agrícolas e da conscientização socioambiental
dos produtores rurais.
A ANDEFedu é a área da ANDEF destinada à educação,
que se dedica a planejar, organizar, inovar, desenvol-
ver novas formas de educar e levar a responsabilidade
socioambiental e as boas práticas agrícolas aos campos
brasileiros.
Em 2012 foram mais de 48 mil atividades que beneficia-
ram quase 6 milhões de pessoas. Pessoas que no campo
vivem e no campo buscam as informações que permi-
tem uma produção maior e mais segura. Informações
que chegam de maneiras diferentes com linguagem,
projetos e recursos apropriados para os diferentes públi-
cos. E uma educação mais qualificada, vai ajudar a desen-
volver uma agricultura mais sustentável, com uma nova
maneira de pensar e de fazer, desenvolvendo e utilizando
novos produtos que ajudam a cultivar a terra com mais
segurança, mais investimento, pesquisa, informações, e
novas tecnologias que proporcionam o aumento da pro-
dutividade no campo e faz com que essa nova geração
de agricultores tenha certeza que teremos uma agricul-
tura forte e sustentável que vai trazer mais qualidade de
vida para todos e desenvolvimento para o País.