SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 49
O lúdico na sala de aula:
    projetos e jogos.
Brincar com criança não é
 perder tempo, é ganhá-lo;
se é triste ver meninos sem
 escola, mais triste ainda é
       vê-los, sentados
 enfileirados, em salas sem
      ar, com exercícios
 estéreis, sem valor para a
   formação do homem.

                   Drummond
Quando a
escola é
de vidro
  Ruth Rocha
Naquele tempo eu até que achava natural que as coisas
fossem daquele jeito.
Eu nem desconfiava que existissem lugares muito
diferentes...
Eu ia pra escola todos os dias de manhã e quando
chagava, logo, logo, eu tinha que me meter no vidro.
É, no vidro!
Cada menino ou menina tinha um vidro e o vidro não
dependia do tamanho de cada um, não!
O vidro dependia da classe em que a gente estudava.
Se você estava no primeiro ano ganhava um vidro de um
tamanho.
Se você fosse do segundo ano seu vidro era um pouquinho
maior.
E assim, os vidros iam crescendo á medida em que você ia
passando de ano.
Se não passasse de ano era um horror.
Você tinha que usar o mesmo vidro do ano passado.
Coubesse ou não coubesse.
Aliás nunca ninguém se preocupou em saber se a gente
cabia nos vidros.
E pra falar a verdade, ninguém cabia direito.
Uns eram muito gordos, outros eram muito grandes, uns eram
pequenos e ficavam afundados no vidro, nem assim era
confortável.
Os muitos altos de repente se esticavam e as tampas dos vidros
saltavam longe, ás vezes até batiam no professor.
Ele ficava louco da vida e atarraxava a tampa com força, que era
pra não sair mais.
A gente não escutava direito o que os professores diziam, os
professores não entendiam o que a gente falava...
As meninas ganhavam uns vidros menores que os meninos.
Ninguém queria saber se elas estavam crescendo depressa, se
não cabia nos vidros, se respiravam direito...
A gente só podia respirar direito na hora do recreio ou na aula de
educação física.
Mas aí a gente já estava desesperado, de tanto ficar preso e
começava a correr, a gritar, a bater uns nos outros.
As meninas, coitadas, nem tiravam os vidros no recreio. e na aula
de educação física elas ficavam atrapalhadas, não estavam
acostumadas a ficarem livres, não tinha jeito nenhum para
Educação Física.
Dizem, nem sei se é verdade, que muitas meninas usavam vidros
até em casa.
E alguns meninos também.
Estes eram os mais tristes de todos.
Nunca sabiam inventar brincadeiras, não davam risada á toa, uma
tristeza!
Se agente reclamava?
Alguns reclamavam.
E então os grandes diziam que sempre tinha sido assim; ia ser
assim o resto da vida.
Uma professora, que eu tinha, dizia que ela sempre tinha usado
vidro, até pra dormir, por isso que ela tinha boa postura.
Uma vez um colega meu disse pra professora que existem
lugares onde as escolas não usam vidro nenhum, e as crianças
podem crescer a vontade.
Então a professora respondeu que era mentira, que isso era
conversa de comunistas. Ou até coisa pior...
Para Ferreiro (1989), o problema da
alfabetização foi sempre uma decisão tomada
somente       pelos      professores,      sem
considerar,       porém,      as      crianças.
Tradicionalmente, as
investigações sobre as questões de
alfabetização giram em torno de uma única
pergunta: “como ensinar a ler e escrever?”.
“O desenhar e brincar deveriam ser estágios preparatórios ao
desenvolvimento da linguagem escrita das crianças. Os educadores devem
organizar todas essas ações e todo o complexo processo de transição de um
tipo de linguagem escrita para outro. Devem acompanhar esse processo
através de seus momentos críticos até o ponto da descoberta de que se pode
desenhar não somente objetos, mas também a fala. Se quiséssemos resumir
todas essas demandas práticas e expressá-las de uma forma
unificada, poderíamos dizer o que se deve fazer é, ensinar às crianças a
linguagem escrita e não apenas a escrita de letras” (Vygotsky, 1987, p.134).
Grandes teóricos como ROUSSEAU, FROEBEL, DEWEY e PIAGET confirmam a
importância do lúdico para a educação da criança.

  Segundo Rousseau (1968), as crianças têm maneira de ver, sentir e pensar
 que lhe são próprias e só aprendem através da conquista ativa, ou
 seja, quando elas participam de um processo que corresponde à sua alegria
 natural.

  Para Froebel , a educação mais eficiente é aquela que proporciona
 atividades, autoexpressão e participação social às crianças. Ele afirma que a
 escola deve considerar a criança como atividade criadora e
 despertar, mediante estímulos, as suas faculdades próprias para a criação
 produtiva. Sendo assim, o educador deve fazer do lúdico uma arte, um
 instrumento para promover a facilitar a educação da criança.

   Já Dewey (1952), pensador norte-americano, afirma que o jogo faz o
 ambiente natural da criança, ao passo que as referências abstratas e remotas
 não correspondem ao interesse da criança. Em suas palavras: somente no
 ambiente natural da criança é que ela poderá ter um desenvolvimento
 seguro.
 Para Piaget (1973), os jogos e as
atividades       lúdicas   tornara-se
significativas à medida que a criança
se desenvolve, com a livre
manipulação          de     materiais
variados,        ela     passa      a
reconstituir, reinventar as coisas, o
que já exige uma adaptação mais
completa. Essa adaptação só é
possível, a partir do momento em
que em que ela própria evolui
internamente, transformando essas
atividades lúdicas, que é o concreto
da vida dela, em linguagem escrita
que é o abstrato.
                                        Bittencourt e Ferreira , 2002
1. Os Benefícios do Lúdico para o Desenvolvimento Infantil:
 1.1. Benefício Físico, o lúdico satisfaz as necessidades de crescimento e de
 competitividade da criança. Os jogos lúdicos devem ser a base fundamental dos
 exercícios físicos impostos às crianças pelo menos durante o período escolar.

 1.2. Benefício Intelectual, o brinquedo contribui para a desinibição, produzindo
 uma excitação mental e altamente fortificante.

          Illich (1976), afirma que os jogos podem ser a única maneira de penetrar os sistemas
      formais. Suas palavras confirmam o que muitas professoras de primeira série comprovam
                diariamente, ou seja, a criança só se mostra por inteira através das brincadeiras.

 1.3. Benefício Social, a criança, através do lúdico representa situações que simbolizam uma
 realidade que ainda não pode alcançar; através dos jogos simbólicos se explica o real e o eu.
 Por exemplo, brincar de boneca representa uma situação que ainda vai viver desenvolvendo
 um instinto natural.

 1.4. Benefício Didático, as brincadeiras transformam conteúdos maçantes em atividades
 interessantes, revelando certas facilidades através da aplicação do lúdico. Outra questão
 importante é a disciplinar, quando há interesse pelo que está sendo apresentado e faz com
 que automaticamente a disciplina aconteça.
                                                                       Bittencourt e Ferreira , 2002
Estudar as relações entre as      aspectos psicomotores,
atividades lúdicas e o
desenvolvimento humano é
uma tarefa complexa, e para
                                  aspectos cognitivos
facilitar o estudo classificou-
se o desenvolvimento em           aspectos afetivo-sociais.
três fases distintas:




                                          Bittencourt e Ferreira , 2002
1. Nos aspectos psicomotores encontram
se várias habilidades musculares e
motoras, de manipulação de objetos,
escrita e aspectos sensoriais.

2. Os aspectos cognitivos dependem, como
os demais, de aprendizagem e maturação
que podem variar desde simples
lembranças de aprendido até mesmo
formular e combinar idéias, propor
soluções e delimitar problemas.

3. Já os aspectos afetivo-sociais incluem
sentimentos e emoções, atitudes de
aceitação e rejeição de aproximação ou de
afastamento.


    O fato é que esses três aspectos interdependem uns do outros, ou seja, a
        criança necessita dos três para tornar-se um indivíduo completo.
                                                        Bittencourt e Ferreira , 2002
Ainda com respeito às categorias psicomotoras, cognitivas e afetiva, assim como a seriação
dos brinquedos, deve-se levar em conta cinco pontos básicos:


                    integração entre o jogo e o jogador, deixando-o aberto para o mundo
                   para transformá-lo à sua maneira;
                     o próprio corpo humano é o primeiro jogo das crianças;
                     nos jogo de imitação, a imagem ou modelo a ser seguido
                   é importante;
                     os jogos de aquisição começam desde cedo e para cada idade existe
                   alguns mais apropriados;
                     os jogos de fabricação ajudam na criatividade, no sentimento de
                   segurança e poder sobre o meio.




                                                                Bittencourt e Ferreira , 2002
2. A Utilização do Lúdico no Processo do Ensino-Aprendizagem da Leitura e da Escrita.

Leitura (Funcional) é o reconhecimento e compreensão das palavras e frases que
são:
a. O Código Grafêmico refere-se às correspondências entre os sons e os sinais
    gráficos, ou seja, entender o que se escreve e o que se fala.
b. O Código Sintático trata do problema das ligações entre palavras e frases.
c. O Código Semântico relaciona-se à questão do significado, ao conteúdo das
    mensagens escritas, sendo que este modelo vale para a leitura e para a linguagem
    como um todo.


  Segundo Vygotsky (1987), a
 escrita é muito mais difícil do
   que parece, embora sua
 aprendizagem interaja com a
           da leitura.

                                                             Bittencourt e Ferreira , 2002
Ao incluir-se a escrita junto com a leitura, vê-se que aprender a ler é uma tarefa
dificílima para uma criança de 7 anos. Neste momento, as habilidades psicomotoras
  incluem destreza manual e digital, coordenação mãos-alhos, resistência a fadiga e
         equilíbrio físico. Fica claro que a escrita é, enquanto conjunto de movimentos
                             coordenados, um exemplo de complexidade para a criança.


                                             Foi Gouvêa (1967) quem usou a
                                             frase; antes das descobertas das
                                             numerosas vitaminas, já haviam
                                            encontrado a mais importante para
                                                as crianças; a vitamina “R”
                                                  (recreação); para ela a
                                           recreação ou atividade lúdica é tudo
                                             quanto diverte e entretém o ser
                                                 humano e envolva a ativa
                                                       participação.

                                                            Bittencourt e Ferreira , 2002
Bontempo (1972) lembra que as crianças que falam mal são
         também as crianças que pouco brincam, pois há uma estrita
                relação entre o brinquedo e a linguagem.


a escola deve aproveitar as
 atividades lúdicas para o
  desenvolvimento físico,
emocional, mental e social
  da criança. Linguagem e
  brinquedo mostram sua
 origem comum em vários
    aspectos. Através do
 símbolo lúdico corporal e
   concreto, orienta-se a
 criança para as palavras.


                                                        Bittencourt e Ferreira , 2002
3. Funções do jogo:

3.1. Função Lúdica: o jogo propicia a diversão, o prazer e até o desprazer
  quando escolhido voluntariamente;

3.2. Função Educativa: o jogo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo
  em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo
  (Campagne,1989,p.112)
                                                           ( Kishimoto,2003, 19)


O equilíbrio entre as duas funções: jogo educativo

Desequilíbrio: não há ensino ( somente lúdico);
               não há lúdico ( apenas ensino)
4. Critérios para a adequada escolha de brinquedos, de uso escolar, de
modo a garantir a essência do jogo :

• Valor experimental: permitir a exploração e a manipulação;
• Valor da estruturação : dar suporte à construção da
  personalidade infantil;
• Valor de relação: colocar a criança em contato com seus
  pares e adultos, com objetos e com ambiente em geral para
  propiciar o estabelecimento de relação;
• Valor lúdico: avaliar se os objetos possuem as qualidades que
  estimulam o aparecimento da ação lúdica.
                                                    Campagne (1989, p.113)
Proposta de trabalho:

Leitura para debate sobre os exemplos de projetos do fascículo 5.

1. Almanaque para crianças: o livro que até os professores e as
   professoras gostariam de ter...

2. Mais brincadeira... Lendo e escrevendo

3. Cantar também faz rir e brincar...
Outro exemplo:

    O trabalho com o lúdico em sala de aula pode ser percebido de muitas maneiras.

    Este é mais um exemplo de como podemos enriquecer nossas aulas com alunos
    de todos as idades a partir de atividades lúdicas planejadas e que realmente
    proporcionem o desenvolvimento da língua escrita e falada de nossos alunos.

    Este projeto foi desenvolvido pela professora Gislene Lössnitz Bida, nas disciplinas
    de artes do Colégio Sant’Ana, em Ponta Grossa, Paraná.

    Participaram dele alunos das 7ª séries.
Tem gente contando história:
     relato de uma feliz
        experiência.



                Profª Gislene Lössnitz Bida
Justificativa


Este artigo surgiu a partir de uma experiência que foi
realizada durante o ano letivo de 2011, no Colégio
Sant’Ana, em Ponta Grossa Paraná. Enquanto professora
da disciplina de Artes – Séries Finais do Ensino
Fundamental, realizamos vários projetos durante o
referido ano letivo, entretanto esta experiência foi tão
rica e prazerosa que resultou na construção deste relato.
Objetivo

    refletir sobre a
experiência vivida pelos
 alunos das 7ª série do
   Colégio Sant’Ana.
Desenvolvimento

1º Bimestre – gregos – teatro

   “descobrimos que o teatro surgiu a partir de rituais
 religiosos e festivos e aos poucos foi assumindo formas
                         educativas”.

Proposta:
escolhermos uma história para representarmos.
-Vários fatores impossibilitaram a realização.

E, se ao invés de representarmos as histórias, nós as
contássemos? A idéia foi logo aceita e passamos então
a investigar sobre a prática de contar histórias.
"...os contos são verdadeiras
obras de arte. São uma grande
arte que pertence ao
patrimônio cultural de toda a
humanidade e representam a
visão do mundo, as relações
entre o homem e a natureza
sob as formas estéticas mais
acabadas; aquelas que
provocam precisamente o
maravilhoso."
                Jean-Marie Gillig.
1. O mundo encantado do livro
                  “O livro é aquele brinquedo, por incrível que pareça
          que, entre um mistério e um segredo põe idéias na cabeça”.
                                                        Maria Dinorah


Quando ouvimos histórias:

-Desenvolvemos o imaginário;
-Despertamos a curiosidade;
-Entendemos conflitos, impasses;
-Visualizamos as dificuldades “com outros olhos”;
-Oferecemos possibilidades para solucionar problemas;
-Despertamos emoções.
2. Por que contar histórias
               "Livro, uma casa sem você fica sem janelas para o sonho.
          Somente você tem coragem de descer em nossos porões escuros
                                                  e acordar a liberdade.
               Só você para descobrir dentro de nós as portas que nunca
                                             tivemos coragem de abrir."
                            (Trecho do livro Eu te amo para sempre, de Jonas Ribeiro)



-despertamos o gosto pela leitura;
-auxilia na construção da personalidade;
-Enriquecimento da oralidade, da escrita e da criatividade;
-Desenvolvimento da atenção, imaginação, memória e
reflexão;
-“Elas nos distraem”.
2.1. Como contar histórias
                                     “Para contar uma história – seja ela qual for –
                                                       é bom saber como se faz”.
                                                                  ABRAMOVICH, 1997, p. 18

 1)história a ser contada e apresentada deve estar bem memorizada.

 2) destacar e sublinhar os tópicos mais importantes, interessantes e significativos, para
 que na apresentação recebam a devida valorização;

 3) procurar vivenciar a história.

 4) oferecer espaço aos ouvintes que querem interferir na história e participar dela. O
 importante é que nessa hora não haja pressa, contando ou lendo tudo de uma só vez.
 É preciso respeitar as pausas, perguntas e comentários naturais que a história possa
 despertar, tanto em quem lê quanto em quem ouve. É o tempo dos porquês;

 5) toda história deve ser apresentada com entusiasmo e paixão. Sempre devem
 transparecer a alegria e o prazer que elas provocam. Sem esses componentes, os
 ouvintes não são atingidos e logo perdem o interesse pelo que está sendo
 apresentado. (PREDEBON)
3. Recursos que escolhemos para contar as histórias




1.   Histórias com fantoches;
2.   História com avental
3.   Utilização de gravuras;
4.   Dramatização.
4. Livros que foram escolhidos
- A porquinha do rabinho enroladinho. TEREZINHA CASASSANTA(recurso
utilizado foi o avental);
- Era uma vez um caracol furado. BIA VILLELO (recurso utilizado foi o avental);
- A galinha ruiva. ANDRÉ KOOGAN BREITMAN ( Fantoches)
- Kimi, a história do sorvete. PATRICIA ENGEL SECCO ( fantoches)
- A verdadeira história dos três porquinhos. JON SCIESZKA (Gravuras)
- João e Maria. HÄNSEL UND GRETEL ( Dramatização)
- Cachinhos dourados e os três ursos INGRID BIESEMEYER BELLINGHAUSEN (
Dramatização)
- Com vontade de Voar. CLAUDIA F. PACCE (Fantoches)
- Cigarra e a formiga. Adaptado da obra de LA FONTAINE (avental)
- Margaridinha Friorenta. FERNANDA LOPES DE ALMEIDA ( Avental)
- Os três porquinhos. JOSEPH JACOBS ( fantoches)
- Os músicos de Bremen. IRMÃOS GRIMM. ( brinquedos)
- Lebre e a tartaruga. Esopo e recontada por JEAN DE LA FONTAINE. ( Gravuras)
- Borboleta Ritinha. (dramatização)
- Saber perder. YOLANDA REYES ( fantoches)
- Do jeito que você é. TELMA GUIMARÃES (dramatização)
- O patinho feio. HANS CHRISTIAN ANDERSEN ( fantoches)
5. Refletindo sobre nossa prática
 Dos alunos que realizaram a atividade proposta, 95
 responderam a quatro questões que contribuíram para
 as reflexões e avaliações que destacamos a seguir.

 a. Como foi a experiência de contar histórias?
 b. Por que escolheram essas história?
 c. O que mais aprendi com essa experiência?
 d. O que mais gostei da experiência realizada?
A experiência foi
                          A experiência foi

          0%        21%                        Positiva


                                               Negativa
                                79%
                                               Transformou-se em
                                               positiva




“... eu achei muito legal, pois tivemos que usar a criatividade para inventar
as roupas, o cenário”. (F.B.)

“No começo, não foi legal, a gente não sabia direito como fazer, mas
depois de muito preparo e a ajuda da professora começamos a entender, e
aí ficou muito divertido e bem interessante.” (C.R.)
Por que foi positivo




“ Foi uma experiência maravilhosa, no começo achei que não iria conseguir, mas
tive uma grande surpresa, consegui superar toda minha timidez”. (F.V.D.)

“Foi bom, tivemos que utilizar mais nossa criatividade, tivemos que ter mais
responsabilidade ao fazer e decidir as coisas”. F.C.
“ Legal, divertido, engraçado, mas também muita coisa
séria, muitos alunos se emocionaram, pensaram com as
histórias” . C. F. A.


“ Foi muito bom porque pudemos compartilhar nossas
tristezas e alegrias com os outros”. W. G. A.


“Foi muito engraçado, rimos muito, nos vestimos com
roupas diferentes, fizemos a maquiagem”. M.C.D.
Por que a história foi escolhida




“O tema era sobre meio ambiente, e é um tema que todos nós nos
preocupamos e devemos aprender sobre isso a cada dia” F.D.

“Achamos legal o nome da história que era ’Do jeito que você é’, pois cada
um tem o seu jeito e todos devem respeitar”. F.B.
O que mais aprendemos com a experiência
                        O que mais aprendemos com a
                               experiência?

                          11%
                                      31%
                  23%                              uma lição com a história
                                                   uma lição com a atividade
                                                   trabalhar em equipe
                                35%                como representar




 “Aprendi que a gente tem ser mais prudente, saber trabalhar em equipe e
 nunca, nunca deixar as coisas para a última hora”. J.F.

 “ Que é preciso de muito trabalho, esforço e força de vontade para realizar
 bem uma atividade, essa é uma lição que vou levar para minha vida inteira”.
 C.G.N.F.

 “Aprendi que não pode haver preconceito entre as pessoas, só por serem
 diferentes”. L.C.M.
O que mais gostou na atividade que realizamos
                   O que mais gostou na atividade que
                              realizamos?


                             31%
             45%
                                             Da apresentação


                               10%           da construção do cenário e
                       14%                   figurino
                                             do trabalho em grupo


                                             de ouvir e ver as outras histórias




“O que mais gostei dessa atividade foi apresentar a história para as crianças e
poder ensinar sobre um tema tão importante que é o meio ambiente”. F.V.D.

“Gostei muito de contar as histórias com nossa apresentação, mas o que
gostei mesmo foi ouvir as histórias contadas pelos meus colegas”. L.C.M.
6. Considerações finais

  A experiência foi realmente positiva, pois foi possível
  observar claramente o envolvimento, a construção de
  conhecimento e o amadurecimento em cada um dos
  alunos.
Enfim...

 Os objetivos pedagógicos devem nortear o uso de
 atividades lúdicas no processo de alfabetização:
 brincar por brincar pode ser divertido, mas não
 necessariamente contribui para o processo de
 ensino-aprendizagem;
 As atividades podem contemplar objetivos diversos;
 cabe ao professor e à professora focalizar, a cada
 momento e com estratégias específicas, o que
 interessa para uma dada turma;
O planejamento é essencial
 para o sucesso de um projeto:
     cada atividade deve se
      articular com outras
(anteriores e posteriores), para
   que a aprendizagem se dê
  progressivamente, sempre
   conduzindo ao momento/
          produto final;
O mero improviso também não deve conduzir a
escolha de jogos para a apropriação do sistema
  de escrita: realizar determinado jogo como
    atividade esporádica exige reflexão do
professor e da professora sobre a contribuição
 desse jogo no processo de alfabetização dos
         alunos que dele participarão;
A motivação pelo prazer é o princípio de tudo e
     deve ser realimentada a cada etapa dos
 projetos: alunos motivados se envolvem mais
            facilmente nas atividades
 e, conseqüentemente, estão mais dispostos a
                    aprender.
Gaiolas ou asas
E é preciso criar asas para que
 ele possa voar e, assim, ver e
 pensar a realidade como um
      todo, com um certo
   distanciamento, de forma
autônoma, única possibilidade
       de transformá-la.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

O lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...
O lúdico  jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...O lúdico  jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...
O lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...SimoneHelenDrumond
 
Brincadeiras e jogos na educação infantil 2
Brincadeiras e jogos na educação infantil 2Brincadeiras e jogos na educação infantil 2
Brincadeiras e jogos na educação infantil 2Selma Regina Costa
 
A importancia do brincar
A importancia do brincarA importancia do brincar
A importancia do brincarJakeline Lemos
 
Jogos no Ciclo da alfabetização
Jogos no Ciclo da alfabetizaçãoJogos no Ciclo da alfabetização
Jogos no Ciclo da alfabetizaçãoDenise Oliveira
 
PLANO DE AULA-JOGOS,BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
PLANO DE AULA-JOGOS,BRINQUEDOS E BRINCADEIRASPLANO DE AULA-JOGOS,BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
PLANO DE AULA-JOGOS,BRINQUEDOS E BRINCADEIRASAline_Lune
 
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTILA IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTILcefaprodematupa
 
Metodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantilMetodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantilMarília Bogéa
 
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar Joelson Honoratto
 
2. brincadeiras
2. brincadeiras2. brincadeiras
2. brincadeirasPactoufba
 
Reunião de pais educação infantil
Reunião de pais educação infantilReunião de pais educação infantil
Reunião de pais educação infantilJeovany Anjos
 
Power point importância do brincar
Power point   importância do brincarPower point   importância do brincar
Power point importância do brincarinesaalexandra
 
O lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do de aprendindizagem
O lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do de aprendindizagemO lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do de aprendindizagem
O lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do de aprendindizagemVanderlita Gomes B Marquetti
 
A importancia do brincar
A importancia do brincarA importancia do brincar
A importancia do brincarpedagogiaufpa
 
Educação infantil, para quê?
Educação infantil, para quê?Educação infantil, para quê?
Educação infantil, para quê?Magda Marques
 
Slide ludicidade
Slide ludicidadeSlide ludicidade
Slide ludicidadeGislaine
 

Mais procurados (20)

O lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...
O lúdico  jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...O lúdico  jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...
O lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...
 
Brincadeiras e jogos na educação infantil 2
Brincadeiras e jogos na educação infantil 2Brincadeiras e jogos na educação infantil 2
Brincadeiras e jogos na educação infantil 2
 
Ludicidade
LudicidadeLudicidade
Ludicidade
 
A importancia do brincar
A importancia do brincarA importancia do brincar
A importancia do brincar
 
Jogos no Ciclo da alfabetização
Jogos no Ciclo da alfabetizaçãoJogos no Ciclo da alfabetização
Jogos no Ciclo da alfabetização
 
PLANO DE AULA-JOGOS,BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
PLANO DE AULA-JOGOS,BRINQUEDOS E BRINCADEIRASPLANO DE AULA-JOGOS,BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
PLANO DE AULA-JOGOS,BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
 
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTILA IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
Metodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantilMetodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantil
 
EDUCAÇÃO INFANTIL
EDUCAÇÃO INFANTILEDUCAÇÃO INFANTIL
EDUCAÇÃO INFANTIL
 
Alfabetização e jogos
Alfabetização e jogosAlfabetização e jogos
Alfabetização e jogos
 
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar
 
Slide ed.infantil-v per.ped
Slide ed.infantil-v per.pedSlide ed.infantil-v per.ped
Slide ed.infantil-v per.ped
 
2. brincadeiras
2. brincadeiras2. brincadeiras
2. brincadeiras
 
Reunião de pais educação infantil
Reunião de pais educação infantilReunião de pais educação infantil
Reunião de pais educação infantil
 
Power point importância do brincar
Power point   importância do brincarPower point   importância do brincar
Power point importância do brincar
 
O lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do de aprendindizagem
O lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do de aprendindizagemO lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do de aprendindizagem
O lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do de aprendindizagem
 
A importancia do brincar
A importancia do brincarA importancia do brincar
A importancia do brincar
 
O lúdico na educação infantil
O lúdico na educação infantilO lúdico na educação infantil
O lúdico na educação infantil
 
Educação infantil, para quê?
Educação infantil, para quê?Educação infantil, para quê?
Educação infantil, para quê?
 
Slide ludicidade
Slide ludicidadeSlide ludicidade
Slide ludicidade
 

Destaque (16)

Plano de aula queimada
Plano de aula queimadaPlano de aula queimada
Plano de aula queimada
 
Plano de aula :brincadeiras na alfabetização
Plano de aula :brincadeiras na alfabetizaçãoPlano de aula :brincadeiras na alfabetização
Plano de aula :brincadeiras na alfabetização
 
Livro Mulheres Negras
Livro Mulheres NegrasLivro Mulheres Negras
Livro Mulheres Negras
 
Consciencia negra 3
Consciencia negra 3Consciencia negra 3
Consciencia negra 3
 
Plano de aula educacao fisica
Plano de aula    educacao fisicaPlano de aula    educacao fisica
Plano de aula educacao fisica
 
Consciencia negra 2
Consciencia negra 2Consciencia negra 2
Consciencia negra 2
 
Lutas - Conceito e Histórico
Lutas - Conceito e HistóricoLutas - Conceito e Histórico
Lutas - Conceito e Histórico
 
Plano de aula
Plano de aulaPlano de aula
Plano de aula
 
Consciência Negra
Consciência NegraConsciência Negra
Consciência Negra
 
TCC - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
TCC -  O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTILTCC -  O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
TCC - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
Plano de aula ed. física
Plano de aula ed. físicaPlano de aula ed. física
Plano de aula ed. física
 
Projeto consciência negra powerpoint
Projeto consciência negra powerpointProjeto consciência negra powerpoint
Projeto consciência negra powerpoint
 
Dia Da Consciência Negra
Dia Da Consciência NegraDia Da Consciência Negra
Dia Da Consciência Negra
 
Consciencia Negra1
Consciencia Negra1Consciencia Negra1
Consciencia Negra1
 
A Consciência Negra
A Consciência NegraA Consciência Negra
A Consciência Negra
 
Dia Da Consciência Negra
Dia Da Consciência NegraDia Da Consciência Negra
Dia Da Consciência Negra
 

Semelhante a Lúdico na sla de aula

4791-32024-1-PB.pdf
4791-32024-1-PB.pdf4791-32024-1-PB.pdf
4791-32024-1-PB.pdfValria13
 
A brincadeira e suas implicações aula andrea psico sexta agr.pptx
A brincadeira e suas implicações aula andrea psico sexta agr.pptxA brincadeira e suas implicações aula andrea psico sexta agr.pptx
A brincadeira e suas implicações aula andrea psico sexta agr.pptxAndrea Nogueira
 
O brincar na educação infantil
O brincar na educação infantilO brincar na educação infantil
O brincar na educação infantilRenata Santana Cruz
 
O jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAH
O jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAHO jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAH
O jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAHoficinadeaprendizagemace
 
PNAIC 2015 - Texto 4 o lugar da cultura escrita na educação da criança
PNAIC 2015 - Texto 4   o lugar da cultura escrita na educação da criançaPNAIC 2015 - Texto 4   o lugar da cultura escrita na educação da criança
PNAIC 2015 - Texto 4 o lugar da cultura escrita na educação da criançaElieneDias
 
Apostila ludica
Apostila ludicaApostila ludica
Apostila ludicaJu Dias
 
O brincar e a criação
O brincar e a criaçãoO brincar e a criação
O brincar e a criaçãoMaria Bersch
 
SEMED MANAUS EDUC. INFANTIL
SEMED MANAUS EDUC. INFANTILSEMED MANAUS EDUC. INFANTIL
SEMED MANAUS EDUC. INFANTILJosivanja Silva
 
Download Atividades 3 O.M
Download Atividades 3 O.MDownload Atividades 3 O.M
Download Atividades 3 O.MDena Pedagogia
 
Brinquedos e brincadeiras lúdicas
Brinquedos e brincadeiras lúdicasBrinquedos e brincadeiras lúdicas
Brinquedos e brincadeiras lúdicasDanusinha87
 
Gt1 educação de_crianças_jovens_e_adultos.a_importância_do_lúdico_no_processo...
Gt1 educação de_crianças_jovens_e_adultos.a_importância_do_lúdico_no_processo...Gt1 educação de_crianças_jovens_e_adultos.a_importância_do_lúdico_no_processo...
Gt1 educação de_crianças_jovens_e_adultos.a_importância_do_lúdico_no_processo...EMS27071992
 
Priscila maria jehnnifer_simone
Priscila maria jehnnifer_simonePriscila maria jehnnifer_simone
Priscila maria jehnnifer_simoneFernando Pissuto
 
Curso 2 - Alfabetização e Letramento
Curso 2 - Alfabetização e LetramentoCurso 2 - Alfabetização e Letramento
Curso 2 - Alfabetização e Letramentoalfaletra
 
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330SimoneHelenDrumond
 

Semelhante a Lúdico na sla de aula (20)

2633
26332633
2633
 
4791-32024-1-PB.pdf
4791-32024-1-PB.pdf4791-32024-1-PB.pdf
4791-32024-1-PB.pdf
 
Monografia Aurelina pedagogia 2010
Monografia  Aurelina pedagogia 2010Monografia  Aurelina pedagogia 2010
Monografia Aurelina pedagogia 2010
 
A brincadeira e suas implicações aula andrea psico sexta agr.pptx
A brincadeira e suas implicações aula andrea psico sexta agr.pptxA brincadeira e suas implicações aula andrea psico sexta agr.pptx
A brincadeira e suas implicações aula andrea psico sexta agr.pptx
 
O brincar na educação infantil
O brincar na educação infantilO brincar na educação infantil
O brincar na educação infantil
 
O jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAH
O jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAHO jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAH
O jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAH
 
PNAIC 2015 - Texto 4 o lugar da cultura escrita na educação da criança
PNAIC 2015 - Texto 4   o lugar da cultura escrita na educação da criançaPNAIC 2015 - Texto 4   o lugar da cultura escrita na educação da criança
PNAIC 2015 - Texto 4 o lugar da cultura escrita na educação da criança
 
Brincar vygotsky
Brincar  vygotskyBrincar  vygotsky
Brincar vygotsky
 
Atividades+lúdicas+no+cotidian
Atividades+lúdicas+no+cotidian Atividades+lúdicas+no+cotidian
Atividades+lúdicas+no+cotidian
 
Apostila ludica
Apostila ludicaApostila ludica
Apostila ludica
 
O brincar e a criação
O brincar e a criaçãoO brincar e a criação
O brincar e a criação
 
SEMED MANAUS EDUC. INFANTIL
SEMED MANAUS EDUC. INFANTILSEMED MANAUS EDUC. INFANTIL
SEMED MANAUS EDUC. INFANTIL
 
Download Atividades 3 O.M
Download Atividades 3 O.MDownload Atividades 3 O.M
Download Atividades 3 O.M
 
Brinquedos e brincadeiras lúdicas
Brinquedos e brincadeiras lúdicasBrinquedos e brincadeiras lúdicas
Brinquedos e brincadeiras lúdicas
 
Gt1 educação de_crianças_jovens_e_adultos.a_importância_do_lúdico_no_processo...
Gt1 educação de_crianças_jovens_e_adultos.a_importância_do_lúdico_no_processo...Gt1 educação de_crianças_jovens_e_adultos.a_importância_do_lúdico_no_processo...
Gt1 educação de_crianças_jovens_e_adultos.a_importância_do_lúdico_no_processo...
 
Priscila maria jehnnifer_simone
Priscila maria jehnnifer_simonePriscila maria jehnnifer_simone
Priscila maria jehnnifer_simone
 
O brincar na escola
O brincar na escolaO brincar na escola
O brincar na escola
 
Brincar+ vygotsky
Brincar+ vygotskyBrincar+ vygotsky
Brincar+ vygotsky
 
Curso 2 - Alfabetização e Letramento
Curso 2 - Alfabetização e LetramentoCurso 2 - Alfabetização e Letramento
Curso 2 - Alfabetização e Letramento
 
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330
 

Mais de Celismara Seleguin

Fasc. 1 sugestões de atividades dos 5 eixos
Fasc. 1 sugestões de atividades dos 5 eixosFasc. 1 sugestões de atividades dos 5 eixos
Fasc. 1 sugestões de atividades dos 5 eixosCelismara Seleguin
 
As Capacidades Linguísticas da Alfabetização
As Capacidades Linguísticas da AlfabetizaçãoAs Capacidades Linguísticas da Alfabetização
As Capacidades Linguísticas da AlfabetizaçãoCelismara Seleguin
 
Pressupostos da Aprendizagem e do Ensino da Alfabetização
Pressupostos da Aprendizagem e do Ensino da AlfabetizaçãoPressupostos da Aprendizagem e do Ensino da Alfabetização
Pressupostos da Aprendizagem e do Ensino da AlfabetizaçãoCelismara Seleguin
 

Mais de Celismara Seleguin (9)

Unidade 7 pacto
Unidade 7 pactoUnidade 7 pacto
Unidade 7 pacto
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Fasciculo livro didatico
Fasciculo livro didatico Fasciculo livro didatico
Fasciculo livro didatico
 
Gêneros textuais
Gêneros textuaisGêneros textuais
Gêneros textuais
 
Fasc. 1 sugestões de atividades dos 5 eixos
Fasc. 1 sugestões de atividades dos 5 eixosFasc. 1 sugestões de atividades dos 5 eixos
Fasc. 1 sugestões de atividades dos 5 eixos
 
As Capacidades Linguísticas da Alfabetização
As Capacidades Linguísticas da AlfabetizaçãoAs Capacidades Linguísticas da Alfabetização
As Capacidades Linguísticas da Alfabetização
 
Pressupostos da Aprendizagem e do Ensino da Alfabetização
Pressupostos da Aprendizagem e do Ensino da AlfabetizaçãoPressupostos da Aprendizagem e do Ensino da Alfabetização
Pressupostos da Aprendizagem e do Ensino da Alfabetização
 
Questões sobre Avaliação
Questões sobre AvaliaçãoQuestões sobre Avaliação
Questões sobre Avaliação
 
Questões sobre Avaliação
Questões sobre AvaliaçãoQuestões sobre Avaliação
Questões sobre Avaliação
 

Último

CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxfabiolalopesmartins1
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 

Último (20)

CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 

Lúdico na sla de aula

  • 1. O lúdico na sala de aula: projetos e jogos.
  • 2. Brincar com criança não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los, sentados enfileirados, em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem. Drummond
  • 3. Quando a escola é de vidro Ruth Rocha
  • 4. Naquele tempo eu até que achava natural que as coisas fossem daquele jeito. Eu nem desconfiava que existissem lugares muito diferentes... Eu ia pra escola todos os dias de manhã e quando chagava, logo, logo, eu tinha que me meter no vidro. É, no vidro! Cada menino ou menina tinha um vidro e o vidro não dependia do tamanho de cada um, não! O vidro dependia da classe em que a gente estudava.
  • 5. Se você estava no primeiro ano ganhava um vidro de um tamanho. Se você fosse do segundo ano seu vidro era um pouquinho maior. E assim, os vidros iam crescendo á medida em que você ia passando de ano. Se não passasse de ano era um horror. Você tinha que usar o mesmo vidro do ano passado. Coubesse ou não coubesse. Aliás nunca ninguém se preocupou em saber se a gente cabia nos vidros. E pra falar a verdade, ninguém cabia direito.
  • 6. Uns eram muito gordos, outros eram muito grandes, uns eram pequenos e ficavam afundados no vidro, nem assim era confortável. Os muitos altos de repente se esticavam e as tampas dos vidros saltavam longe, ás vezes até batiam no professor. Ele ficava louco da vida e atarraxava a tampa com força, que era pra não sair mais. A gente não escutava direito o que os professores diziam, os professores não entendiam o que a gente falava... As meninas ganhavam uns vidros menores que os meninos. Ninguém queria saber se elas estavam crescendo depressa, se não cabia nos vidros, se respiravam direito...
  • 7. A gente só podia respirar direito na hora do recreio ou na aula de educação física. Mas aí a gente já estava desesperado, de tanto ficar preso e começava a correr, a gritar, a bater uns nos outros. As meninas, coitadas, nem tiravam os vidros no recreio. e na aula de educação física elas ficavam atrapalhadas, não estavam acostumadas a ficarem livres, não tinha jeito nenhum para Educação Física. Dizem, nem sei se é verdade, que muitas meninas usavam vidros até em casa. E alguns meninos também. Estes eram os mais tristes de todos. Nunca sabiam inventar brincadeiras, não davam risada á toa, uma tristeza!
  • 8. Se agente reclamava? Alguns reclamavam. E então os grandes diziam que sempre tinha sido assim; ia ser assim o resto da vida. Uma professora, que eu tinha, dizia que ela sempre tinha usado vidro, até pra dormir, por isso que ela tinha boa postura. Uma vez um colega meu disse pra professora que existem lugares onde as escolas não usam vidro nenhum, e as crianças podem crescer a vontade. Então a professora respondeu que era mentira, que isso era conversa de comunistas. Ou até coisa pior...
  • 9. Para Ferreiro (1989), o problema da alfabetização foi sempre uma decisão tomada somente pelos professores, sem considerar, porém, as crianças. Tradicionalmente, as investigações sobre as questões de alfabetização giram em torno de uma única pergunta: “como ensinar a ler e escrever?”.
  • 10.
  • 11.
  • 12. “O desenhar e brincar deveriam ser estágios preparatórios ao desenvolvimento da linguagem escrita das crianças. Os educadores devem organizar todas essas ações e todo o complexo processo de transição de um tipo de linguagem escrita para outro. Devem acompanhar esse processo através de seus momentos críticos até o ponto da descoberta de que se pode desenhar não somente objetos, mas também a fala. Se quiséssemos resumir todas essas demandas práticas e expressá-las de uma forma unificada, poderíamos dizer o que se deve fazer é, ensinar às crianças a linguagem escrita e não apenas a escrita de letras” (Vygotsky, 1987, p.134).
  • 13. Grandes teóricos como ROUSSEAU, FROEBEL, DEWEY e PIAGET confirmam a importância do lúdico para a educação da criança.  Segundo Rousseau (1968), as crianças têm maneira de ver, sentir e pensar que lhe são próprias e só aprendem através da conquista ativa, ou seja, quando elas participam de um processo que corresponde à sua alegria natural.  Para Froebel , a educação mais eficiente é aquela que proporciona atividades, autoexpressão e participação social às crianças. Ele afirma que a escola deve considerar a criança como atividade criadora e despertar, mediante estímulos, as suas faculdades próprias para a criação produtiva. Sendo assim, o educador deve fazer do lúdico uma arte, um instrumento para promover a facilitar a educação da criança.  Já Dewey (1952), pensador norte-americano, afirma que o jogo faz o ambiente natural da criança, ao passo que as referências abstratas e remotas não correspondem ao interesse da criança. Em suas palavras: somente no ambiente natural da criança é que ela poderá ter um desenvolvimento seguro.
  • 14.  Para Piaget (1973), os jogos e as atividades lúdicas tornara-se significativas à medida que a criança se desenvolve, com a livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstituir, reinventar as coisas, o que já exige uma adaptação mais completa. Essa adaptação só é possível, a partir do momento em que em que ela própria evolui internamente, transformando essas atividades lúdicas, que é o concreto da vida dela, em linguagem escrita que é o abstrato. Bittencourt e Ferreira , 2002
  • 15. 1. Os Benefícios do Lúdico para o Desenvolvimento Infantil: 1.1. Benefício Físico, o lúdico satisfaz as necessidades de crescimento e de competitividade da criança. Os jogos lúdicos devem ser a base fundamental dos exercícios físicos impostos às crianças pelo menos durante o período escolar. 1.2. Benefício Intelectual, o brinquedo contribui para a desinibição, produzindo uma excitação mental e altamente fortificante. Illich (1976), afirma que os jogos podem ser a única maneira de penetrar os sistemas formais. Suas palavras confirmam o que muitas professoras de primeira série comprovam diariamente, ou seja, a criança só se mostra por inteira através das brincadeiras. 1.3. Benefício Social, a criança, através do lúdico representa situações que simbolizam uma realidade que ainda não pode alcançar; através dos jogos simbólicos se explica o real e o eu. Por exemplo, brincar de boneca representa uma situação que ainda vai viver desenvolvendo um instinto natural. 1.4. Benefício Didático, as brincadeiras transformam conteúdos maçantes em atividades interessantes, revelando certas facilidades através da aplicação do lúdico. Outra questão importante é a disciplinar, quando há interesse pelo que está sendo apresentado e faz com que automaticamente a disciplina aconteça. Bittencourt e Ferreira , 2002
  • 16. Estudar as relações entre as aspectos psicomotores, atividades lúdicas e o desenvolvimento humano é uma tarefa complexa, e para aspectos cognitivos facilitar o estudo classificou- se o desenvolvimento em aspectos afetivo-sociais. três fases distintas: Bittencourt e Ferreira , 2002
  • 17. 1. Nos aspectos psicomotores encontram se várias habilidades musculares e motoras, de manipulação de objetos, escrita e aspectos sensoriais. 2. Os aspectos cognitivos dependem, como os demais, de aprendizagem e maturação que podem variar desde simples lembranças de aprendido até mesmo formular e combinar idéias, propor soluções e delimitar problemas. 3. Já os aspectos afetivo-sociais incluem sentimentos e emoções, atitudes de aceitação e rejeição de aproximação ou de afastamento. O fato é que esses três aspectos interdependem uns do outros, ou seja, a criança necessita dos três para tornar-se um indivíduo completo. Bittencourt e Ferreira , 2002
  • 18. Ainda com respeito às categorias psicomotoras, cognitivas e afetiva, assim como a seriação dos brinquedos, deve-se levar em conta cinco pontos básicos:  integração entre o jogo e o jogador, deixando-o aberto para o mundo para transformá-lo à sua maneira;  o próprio corpo humano é o primeiro jogo das crianças;  nos jogo de imitação, a imagem ou modelo a ser seguido é importante;  os jogos de aquisição começam desde cedo e para cada idade existe alguns mais apropriados;  os jogos de fabricação ajudam na criatividade, no sentimento de segurança e poder sobre o meio. Bittencourt e Ferreira , 2002
  • 19. 2. A Utilização do Lúdico no Processo do Ensino-Aprendizagem da Leitura e da Escrita. Leitura (Funcional) é o reconhecimento e compreensão das palavras e frases que são: a. O Código Grafêmico refere-se às correspondências entre os sons e os sinais gráficos, ou seja, entender o que se escreve e o que se fala. b. O Código Sintático trata do problema das ligações entre palavras e frases. c. O Código Semântico relaciona-se à questão do significado, ao conteúdo das mensagens escritas, sendo que este modelo vale para a leitura e para a linguagem como um todo. Segundo Vygotsky (1987), a escrita é muito mais difícil do que parece, embora sua aprendizagem interaja com a da leitura. Bittencourt e Ferreira , 2002
  • 20. Ao incluir-se a escrita junto com a leitura, vê-se que aprender a ler é uma tarefa dificílima para uma criança de 7 anos. Neste momento, as habilidades psicomotoras incluem destreza manual e digital, coordenação mãos-alhos, resistência a fadiga e equilíbrio físico. Fica claro que a escrita é, enquanto conjunto de movimentos coordenados, um exemplo de complexidade para a criança. Foi Gouvêa (1967) quem usou a frase; antes das descobertas das numerosas vitaminas, já haviam encontrado a mais importante para as crianças; a vitamina “R” (recreação); para ela a recreação ou atividade lúdica é tudo quanto diverte e entretém o ser humano e envolva a ativa participação. Bittencourt e Ferreira , 2002
  • 21. Bontempo (1972) lembra que as crianças que falam mal são também as crianças que pouco brincam, pois há uma estrita relação entre o brinquedo e a linguagem. a escola deve aproveitar as atividades lúdicas para o desenvolvimento físico, emocional, mental e social da criança. Linguagem e brinquedo mostram sua origem comum em vários aspectos. Através do símbolo lúdico corporal e concreto, orienta-se a criança para as palavras. Bittencourt e Ferreira , 2002
  • 22. 3. Funções do jogo: 3.1. Função Lúdica: o jogo propicia a diversão, o prazer e até o desprazer quando escolhido voluntariamente; 3.2. Função Educativa: o jogo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo (Campagne,1989,p.112) ( Kishimoto,2003, 19) O equilíbrio entre as duas funções: jogo educativo Desequilíbrio: não há ensino ( somente lúdico); não há lúdico ( apenas ensino)
  • 23. 4. Critérios para a adequada escolha de brinquedos, de uso escolar, de modo a garantir a essência do jogo : • Valor experimental: permitir a exploração e a manipulação; • Valor da estruturação : dar suporte à construção da personalidade infantil; • Valor de relação: colocar a criança em contato com seus pares e adultos, com objetos e com ambiente em geral para propiciar o estabelecimento de relação; • Valor lúdico: avaliar se os objetos possuem as qualidades que estimulam o aparecimento da ação lúdica. Campagne (1989, p.113)
  • 24. Proposta de trabalho: Leitura para debate sobre os exemplos de projetos do fascículo 5. 1. Almanaque para crianças: o livro que até os professores e as professoras gostariam de ter... 2. Mais brincadeira... Lendo e escrevendo 3. Cantar também faz rir e brincar...
  • 25. Outro exemplo: O trabalho com o lúdico em sala de aula pode ser percebido de muitas maneiras. Este é mais um exemplo de como podemos enriquecer nossas aulas com alunos de todos as idades a partir de atividades lúdicas planejadas e que realmente proporcionem o desenvolvimento da língua escrita e falada de nossos alunos. Este projeto foi desenvolvido pela professora Gislene Lössnitz Bida, nas disciplinas de artes do Colégio Sant’Ana, em Ponta Grossa, Paraná. Participaram dele alunos das 7ª séries.
  • 26. Tem gente contando história: relato de uma feliz experiência. Profª Gislene Lössnitz Bida
  • 27. Justificativa Este artigo surgiu a partir de uma experiência que foi realizada durante o ano letivo de 2011, no Colégio Sant’Ana, em Ponta Grossa Paraná. Enquanto professora da disciplina de Artes – Séries Finais do Ensino Fundamental, realizamos vários projetos durante o referido ano letivo, entretanto esta experiência foi tão rica e prazerosa que resultou na construção deste relato.
  • 28. Objetivo refletir sobre a experiência vivida pelos alunos das 7ª série do Colégio Sant’Ana.
  • 29. Desenvolvimento 1º Bimestre – gregos – teatro “descobrimos que o teatro surgiu a partir de rituais religiosos e festivos e aos poucos foi assumindo formas educativas”. Proposta: escolhermos uma história para representarmos. -Vários fatores impossibilitaram a realização. E, se ao invés de representarmos as histórias, nós as contássemos? A idéia foi logo aceita e passamos então a investigar sobre a prática de contar histórias.
  • 30. "...os contos são verdadeiras obras de arte. São uma grande arte que pertence ao patrimônio cultural de toda a humanidade e representam a visão do mundo, as relações entre o homem e a natureza sob as formas estéticas mais acabadas; aquelas que provocam precisamente o maravilhoso." Jean-Marie Gillig.
  • 31. 1. O mundo encantado do livro “O livro é aquele brinquedo, por incrível que pareça que, entre um mistério e um segredo põe idéias na cabeça”. Maria Dinorah Quando ouvimos histórias: -Desenvolvemos o imaginário; -Despertamos a curiosidade; -Entendemos conflitos, impasses; -Visualizamos as dificuldades “com outros olhos”; -Oferecemos possibilidades para solucionar problemas; -Despertamos emoções.
  • 32. 2. Por que contar histórias "Livro, uma casa sem você fica sem janelas para o sonho. Somente você tem coragem de descer em nossos porões escuros e acordar a liberdade. Só você para descobrir dentro de nós as portas que nunca tivemos coragem de abrir." (Trecho do livro Eu te amo para sempre, de Jonas Ribeiro) -despertamos o gosto pela leitura; -auxilia na construção da personalidade; -Enriquecimento da oralidade, da escrita e da criatividade; -Desenvolvimento da atenção, imaginação, memória e reflexão; -“Elas nos distraem”.
  • 33. 2.1. Como contar histórias “Para contar uma história – seja ela qual for – é bom saber como se faz”. ABRAMOVICH, 1997, p. 18 1)história a ser contada e apresentada deve estar bem memorizada. 2) destacar e sublinhar os tópicos mais importantes, interessantes e significativos, para que na apresentação recebam a devida valorização; 3) procurar vivenciar a história. 4) oferecer espaço aos ouvintes que querem interferir na história e participar dela. O importante é que nessa hora não haja pressa, contando ou lendo tudo de uma só vez. É preciso respeitar as pausas, perguntas e comentários naturais que a história possa despertar, tanto em quem lê quanto em quem ouve. É o tempo dos porquês; 5) toda história deve ser apresentada com entusiasmo e paixão. Sempre devem transparecer a alegria e o prazer que elas provocam. Sem esses componentes, os ouvintes não são atingidos e logo perdem o interesse pelo que está sendo apresentado. (PREDEBON)
  • 34. 3. Recursos que escolhemos para contar as histórias 1. Histórias com fantoches; 2. História com avental 3. Utilização de gravuras; 4. Dramatização.
  • 35. 4. Livros que foram escolhidos - A porquinha do rabinho enroladinho. TEREZINHA CASASSANTA(recurso utilizado foi o avental); - Era uma vez um caracol furado. BIA VILLELO (recurso utilizado foi o avental); - A galinha ruiva. ANDRÉ KOOGAN BREITMAN ( Fantoches) - Kimi, a história do sorvete. PATRICIA ENGEL SECCO ( fantoches) - A verdadeira história dos três porquinhos. JON SCIESZKA (Gravuras) - João e Maria. HÄNSEL UND GRETEL ( Dramatização) - Cachinhos dourados e os três ursos INGRID BIESEMEYER BELLINGHAUSEN ( Dramatização) - Com vontade de Voar. CLAUDIA F. PACCE (Fantoches) - Cigarra e a formiga. Adaptado da obra de LA FONTAINE (avental) - Margaridinha Friorenta. FERNANDA LOPES DE ALMEIDA ( Avental) - Os três porquinhos. JOSEPH JACOBS ( fantoches) - Os músicos de Bremen. IRMÃOS GRIMM. ( brinquedos) - Lebre e a tartaruga. Esopo e recontada por JEAN DE LA FONTAINE. ( Gravuras) - Borboleta Ritinha. (dramatização) - Saber perder. YOLANDA REYES ( fantoches) - Do jeito que você é. TELMA GUIMARÃES (dramatização) - O patinho feio. HANS CHRISTIAN ANDERSEN ( fantoches)
  • 36. 5. Refletindo sobre nossa prática Dos alunos que realizaram a atividade proposta, 95 responderam a quatro questões que contribuíram para as reflexões e avaliações que destacamos a seguir. a. Como foi a experiência de contar histórias? b. Por que escolheram essas história? c. O que mais aprendi com essa experiência? d. O que mais gostei da experiência realizada?
  • 37. A experiência foi A experiência foi 0% 21% Positiva Negativa 79% Transformou-se em positiva “... eu achei muito legal, pois tivemos que usar a criatividade para inventar as roupas, o cenário”. (F.B.) “No começo, não foi legal, a gente não sabia direito como fazer, mas depois de muito preparo e a ajuda da professora começamos a entender, e aí ficou muito divertido e bem interessante.” (C.R.)
  • 38. Por que foi positivo “ Foi uma experiência maravilhosa, no começo achei que não iria conseguir, mas tive uma grande surpresa, consegui superar toda minha timidez”. (F.V.D.) “Foi bom, tivemos que utilizar mais nossa criatividade, tivemos que ter mais responsabilidade ao fazer e decidir as coisas”. F.C.
  • 39. “ Legal, divertido, engraçado, mas também muita coisa séria, muitos alunos se emocionaram, pensaram com as histórias” . C. F. A. “ Foi muito bom porque pudemos compartilhar nossas tristezas e alegrias com os outros”. W. G. A. “Foi muito engraçado, rimos muito, nos vestimos com roupas diferentes, fizemos a maquiagem”. M.C.D.
  • 40. Por que a história foi escolhida “O tema era sobre meio ambiente, e é um tema que todos nós nos preocupamos e devemos aprender sobre isso a cada dia” F.D. “Achamos legal o nome da história que era ’Do jeito que você é’, pois cada um tem o seu jeito e todos devem respeitar”. F.B.
  • 41. O que mais aprendemos com a experiência O que mais aprendemos com a experiência? 11% 31% 23% uma lição com a história uma lição com a atividade trabalhar em equipe 35% como representar “Aprendi que a gente tem ser mais prudente, saber trabalhar em equipe e nunca, nunca deixar as coisas para a última hora”. J.F. “ Que é preciso de muito trabalho, esforço e força de vontade para realizar bem uma atividade, essa é uma lição que vou levar para minha vida inteira”. C.G.N.F. “Aprendi que não pode haver preconceito entre as pessoas, só por serem diferentes”. L.C.M.
  • 42. O que mais gostou na atividade que realizamos O que mais gostou na atividade que realizamos? 31% 45% Da apresentação 10% da construção do cenário e 14% figurino do trabalho em grupo de ouvir e ver as outras histórias “O que mais gostei dessa atividade foi apresentar a história para as crianças e poder ensinar sobre um tema tão importante que é o meio ambiente”. F.V.D. “Gostei muito de contar as histórias com nossa apresentação, mas o que gostei mesmo foi ouvir as histórias contadas pelos meus colegas”. L.C.M.
  • 43. 6. Considerações finais A experiência foi realmente positiva, pois foi possível observar claramente o envolvimento, a construção de conhecimento e o amadurecimento em cada um dos alunos.
  • 44. Enfim...  Os objetivos pedagógicos devem nortear o uso de atividades lúdicas no processo de alfabetização: brincar por brincar pode ser divertido, mas não necessariamente contribui para o processo de ensino-aprendizagem;  As atividades podem contemplar objetivos diversos; cabe ao professor e à professora focalizar, a cada momento e com estratégias específicas, o que interessa para uma dada turma;
  • 45. O planejamento é essencial para o sucesso de um projeto: cada atividade deve se articular com outras (anteriores e posteriores), para que a aprendizagem se dê progressivamente, sempre conduzindo ao momento/ produto final;
  • 46. O mero improviso também não deve conduzir a escolha de jogos para a apropriação do sistema de escrita: realizar determinado jogo como atividade esporádica exige reflexão do professor e da professora sobre a contribuição desse jogo no processo de alfabetização dos alunos que dele participarão;
  • 47. A motivação pelo prazer é o princípio de tudo e deve ser realimentada a cada etapa dos projetos: alunos motivados se envolvem mais facilmente nas atividades e, conseqüentemente, estão mais dispostos a aprender.
  • 49. E é preciso criar asas para que ele possa voar e, assim, ver e pensar a realidade como um todo, com um certo distanciamento, de forma autônoma, única possibilidade de transformá-la.