O documento discute os benefícios do lúdico na sala de aula para o desenvolvimento infantil. Em 3 frases:
1) O lúdico é importante para o desenvolvimento físico, intelectual, social e didático da criança.
2) Atividades lúdicas devem ser usadas no processo de alfabetização para facilitar a aprendizagem da leitura e escrita.
3) Projetos que incorporam o lúdico de forma planejada na sala de aula podem enriquecer o desenvolvimento da língua oral e escrita dos
2. Brincar com criança não é
perder tempo, é ganhá-lo;
se é triste ver meninos sem
escola, mais triste ainda é
vê-los, sentados
enfileirados, em salas sem
ar, com exercícios
estéreis, sem valor para a
formação do homem.
Drummond
4. Naquele tempo eu até que achava natural que as coisas
fossem daquele jeito.
Eu nem desconfiava que existissem lugares muito
diferentes...
Eu ia pra escola todos os dias de manhã e quando
chagava, logo, logo, eu tinha que me meter no vidro.
É, no vidro!
Cada menino ou menina tinha um vidro e o vidro não
dependia do tamanho de cada um, não!
O vidro dependia da classe em que a gente estudava.
5. Se você estava no primeiro ano ganhava um vidro de um
tamanho.
Se você fosse do segundo ano seu vidro era um pouquinho
maior.
E assim, os vidros iam crescendo á medida em que você ia
passando de ano.
Se não passasse de ano era um horror.
Você tinha que usar o mesmo vidro do ano passado.
Coubesse ou não coubesse.
Aliás nunca ninguém se preocupou em saber se a gente
cabia nos vidros.
E pra falar a verdade, ninguém cabia direito.
6. Uns eram muito gordos, outros eram muito grandes, uns eram
pequenos e ficavam afundados no vidro, nem assim era
confortável.
Os muitos altos de repente se esticavam e as tampas dos vidros
saltavam longe, ás vezes até batiam no professor.
Ele ficava louco da vida e atarraxava a tampa com força, que era
pra não sair mais.
A gente não escutava direito o que os professores diziam, os
professores não entendiam o que a gente falava...
As meninas ganhavam uns vidros menores que os meninos.
Ninguém queria saber se elas estavam crescendo depressa, se
não cabia nos vidros, se respiravam direito...
7. A gente só podia respirar direito na hora do recreio ou na aula de
educação física.
Mas aí a gente já estava desesperado, de tanto ficar preso e
começava a correr, a gritar, a bater uns nos outros.
As meninas, coitadas, nem tiravam os vidros no recreio. e na aula
de educação física elas ficavam atrapalhadas, não estavam
acostumadas a ficarem livres, não tinha jeito nenhum para
Educação Física.
Dizem, nem sei se é verdade, que muitas meninas usavam vidros
até em casa.
E alguns meninos também.
Estes eram os mais tristes de todos.
Nunca sabiam inventar brincadeiras, não davam risada á toa, uma
tristeza!
8. Se agente reclamava?
Alguns reclamavam.
E então os grandes diziam que sempre tinha sido assim; ia ser
assim o resto da vida.
Uma professora, que eu tinha, dizia que ela sempre tinha usado
vidro, até pra dormir, por isso que ela tinha boa postura.
Uma vez um colega meu disse pra professora que existem
lugares onde as escolas não usam vidro nenhum, e as crianças
podem crescer a vontade.
Então a professora respondeu que era mentira, que isso era
conversa de comunistas. Ou até coisa pior...
9. Para Ferreiro (1989), o problema da
alfabetização foi sempre uma decisão tomada
somente pelos professores, sem
considerar, porém, as crianças.
Tradicionalmente, as
investigações sobre as questões de
alfabetização giram em torno de uma única
pergunta: “como ensinar a ler e escrever?”.
10.
11.
12. “O desenhar e brincar deveriam ser estágios preparatórios ao
desenvolvimento da linguagem escrita das crianças. Os educadores devem
organizar todas essas ações e todo o complexo processo de transição de um
tipo de linguagem escrita para outro. Devem acompanhar esse processo
através de seus momentos críticos até o ponto da descoberta de que se pode
desenhar não somente objetos, mas também a fala. Se quiséssemos resumir
todas essas demandas práticas e expressá-las de uma forma
unificada, poderíamos dizer o que se deve fazer é, ensinar às crianças a
linguagem escrita e não apenas a escrita de letras” (Vygotsky, 1987, p.134).
13. Grandes teóricos como ROUSSEAU, FROEBEL, DEWEY e PIAGET confirmam a
importância do lúdico para a educação da criança.
Segundo Rousseau (1968), as crianças têm maneira de ver, sentir e pensar
que lhe são próprias e só aprendem através da conquista ativa, ou
seja, quando elas participam de um processo que corresponde à sua alegria
natural.
Para Froebel , a educação mais eficiente é aquela que proporciona
atividades, autoexpressão e participação social às crianças. Ele afirma que a
escola deve considerar a criança como atividade criadora e
despertar, mediante estímulos, as suas faculdades próprias para a criação
produtiva. Sendo assim, o educador deve fazer do lúdico uma arte, um
instrumento para promover a facilitar a educação da criança.
Já Dewey (1952), pensador norte-americano, afirma que o jogo faz o
ambiente natural da criança, ao passo que as referências abstratas e remotas
não correspondem ao interesse da criança. Em suas palavras: somente no
ambiente natural da criança é que ela poderá ter um desenvolvimento
seguro.
14. Para Piaget (1973), os jogos e as
atividades lúdicas tornara-se
significativas à medida que a criança
se desenvolve, com a livre
manipulação de materiais
variados, ela passa a
reconstituir, reinventar as coisas, o
que já exige uma adaptação mais
completa. Essa adaptação só é
possível, a partir do momento em
que em que ela própria evolui
internamente, transformando essas
atividades lúdicas, que é o concreto
da vida dela, em linguagem escrita
que é o abstrato.
Bittencourt e Ferreira , 2002
15. 1. Os Benefícios do Lúdico para o Desenvolvimento Infantil:
1.1. Benefício Físico, o lúdico satisfaz as necessidades de crescimento e de
competitividade da criança. Os jogos lúdicos devem ser a base fundamental dos
exercícios físicos impostos às crianças pelo menos durante o período escolar.
1.2. Benefício Intelectual, o brinquedo contribui para a desinibição, produzindo
uma excitação mental e altamente fortificante.
Illich (1976), afirma que os jogos podem ser a única maneira de penetrar os sistemas
formais. Suas palavras confirmam o que muitas professoras de primeira série comprovam
diariamente, ou seja, a criança só se mostra por inteira através das brincadeiras.
1.3. Benefício Social, a criança, através do lúdico representa situações que simbolizam uma
realidade que ainda não pode alcançar; através dos jogos simbólicos se explica o real e o eu.
Por exemplo, brincar de boneca representa uma situação que ainda vai viver desenvolvendo
um instinto natural.
1.4. Benefício Didático, as brincadeiras transformam conteúdos maçantes em atividades
interessantes, revelando certas facilidades através da aplicação do lúdico. Outra questão
importante é a disciplinar, quando há interesse pelo que está sendo apresentado e faz com
que automaticamente a disciplina aconteça.
Bittencourt e Ferreira , 2002
16. Estudar as relações entre as aspectos psicomotores,
atividades lúdicas e o
desenvolvimento humano é
uma tarefa complexa, e para
aspectos cognitivos
facilitar o estudo classificou-
se o desenvolvimento em aspectos afetivo-sociais.
três fases distintas:
Bittencourt e Ferreira , 2002
17. 1. Nos aspectos psicomotores encontram
se várias habilidades musculares e
motoras, de manipulação de objetos,
escrita e aspectos sensoriais.
2. Os aspectos cognitivos dependem, como
os demais, de aprendizagem e maturação
que podem variar desde simples
lembranças de aprendido até mesmo
formular e combinar idéias, propor
soluções e delimitar problemas.
3. Já os aspectos afetivo-sociais incluem
sentimentos e emoções, atitudes de
aceitação e rejeição de aproximação ou de
afastamento.
O fato é que esses três aspectos interdependem uns do outros, ou seja, a
criança necessita dos três para tornar-se um indivíduo completo.
Bittencourt e Ferreira , 2002
18. Ainda com respeito às categorias psicomotoras, cognitivas e afetiva, assim como a seriação
dos brinquedos, deve-se levar em conta cinco pontos básicos:
integração entre o jogo e o jogador, deixando-o aberto para o mundo
para transformá-lo à sua maneira;
o próprio corpo humano é o primeiro jogo das crianças;
nos jogo de imitação, a imagem ou modelo a ser seguido
é importante;
os jogos de aquisição começam desde cedo e para cada idade existe
alguns mais apropriados;
os jogos de fabricação ajudam na criatividade, no sentimento de
segurança e poder sobre o meio.
Bittencourt e Ferreira , 2002
19. 2. A Utilização do Lúdico no Processo do Ensino-Aprendizagem da Leitura e da Escrita.
Leitura (Funcional) é o reconhecimento e compreensão das palavras e frases que
são:
a. O Código Grafêmico refere-se às correspondências entre os sons e os sinais
gráficos, ou seja, entender o que se escreve e o que se fala.
b. O Código Sintático trata do problema das ligações entre palavras e frases.
c. O Código Semântico relaciona-se à questão do significado, ao conteúdo das
mensagens escritas, sendo que este modelo vale para a leitura e para a linguagem
como um todo.
Segundo Vygotsky (1987), a
escrita é muito mais difícil do
que parece, embora sua
aprendizagem interaja com a
da leitura.
Bittencourt e Ferreira , 2002
20. Ao incluir-se a escrita junto com a leitura, vê-se que aprender a ler é uma tarefa
dificílima para uma criança de 7 anos. Neste momento, as habilidades psicomotoras
incluem destreza manual e digital, coordenação mãos-alhos, resistência a fadiga e
equilíbrio físico. Fica claro que a escrita é, enquanto conjunto de movimentos
coordenados, um exemplo de complexidade para a criança.
Foi Gouvêa (1967) quem usou a
frase; antes das descobertas das
numerosas vitaminas, já haviam
encontrado a mais importante para
as crianças; a vitamina “R”
(recreação); para ela a
recreação ou atividade lúdica é tudo
quanto diverte e entretém o ser
humano e envolva a ativa
participação.
Bittencourt e Ferreira , 2002
21. Bontempo (1972) lembra que as crianças que falam mal são
também as crianças que pouco brincam, pois há uma estrita
relação entre o brinquedo e a linguagem.
a escola deve aproveitar as
atividades lúdicas para o
desenvolvimento físico,
emocional, mental e social
da criança. Linguagem e
brinquedo mostram sua
origem comum em vários
aspectos. Através do
símbolo lúdico corporal e
concreto, orienta-se a
criança para as palavras.
Bittencourt e Ferreira , 2002
22. 3. Funções do jogo:
3.1. Função Lúdica: o jogo propicia a diversão, o prazer e até o desprazer
quando escolhido voluntariamente;
3.2. Função Educativa: o jogo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo
em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo
(Campagne,1989,p.112)
( Kishimoto,2003, 19)
O equilíbrio entre as duas funções: jogo educativo
Desequilíbrio: não há ensino ( somente lúdico);
não há lúdico ( apenas ensino)
23. 4. Critérios para a adequada escolha de brinquedos, de uso escolar, de
modo a garantir a essência do jogo :
• Valor experimental: permitir a exploração e a manipulação;
• Valor da estruturação : dar suporte à construção da
personalidade infantil;
• Valor de relação: colocar a criança em contato com seus
pares e adultos, com objetos e com ambiente em geral para
propiciar o estabelecimento de relação;
• Valor lúdico: avaliar se os objetos possuem as qualidades que
estimulam o aparecimento da ação lúdica.
Campagne (1989, p.113)
24. Proposta de trabalho:
Leitura para debate sobre os exemplos de projetos do fascículo 5.
1. Almanaque para crianças: o livro que até os professores e as
professoras gostariam de ter...
2. Mais brincadeira... Lendo e escrevendo
3. Cantar também faz rir e brincar...
25. Outro exemplo:
O trabalho com o lúdico em sala de aula pode ser percebido de muitas maneiras.
Este é mais um exemplo de como podemos enriquecer nossas aulas com alunos
de todos as idades a partir de atividades lúdicas planejadas e que realmente
proporcionem o desenvolvimento da língua escrita e falada de nossos alunos.
Este projeto foi desenvolvido pela professora Gislene Lössnitz Bida, nas disciplinas
de artes do Colégio Sant’Ana, em Ponta Grossa, Paraná.
Participaram dele alunos das 7ª séries.
26. Tem gente contando história:
relato de uma feliz
experiência.
Profª Gislene Lössnitz Bida
27. Justificativa
Este artigo surgiu a partir de uma experiência que foi
realizada durante o ano letivo de 2011, no Colégio
Sant’Ana, em Ponta Grossa Paraná. Enquanto professora
da disciplina de Artes – Séries Finais do Ensino
Fundamental, realizamos vários projetos durante o
referido ano letivo, entretanto esta experiência foi tão
rica e prazerosa que resultou na construção deste relato.
28. Objetivo
refletir sobre a
experiência vivida pelos
alunos das 7ª série do
Colégio Sant’Ana.
29. Desenvolvimento
1º Bimestre – gregos – teatro
“descobrimos que o teatro surgiu a partir de rituais
religiosos e festivos e aos poucos foi assumindo formas
educativas”.
Proposta:
escolhermos uma história para representarmos.
-Vários fatores impossibilitaram a realização.
E, se ao invés de representarmos as histórias, nós as
contássemos? A idéia foi logo aceita e passamos então
a investigar sobre a prática de contar histórias.
30. "...os contos são verdadeiras
obras de arte. São uma grande
arte que pertence ao
patrimônio cultural de toda a
humanidade e representam a
visão do mundo, as relações
entre o homem e a natureza
sob as formas estéticas mais
acabadas; aquelas que
provocam precisamente o
maravilhoso."
Jean-Marie Gillig.
31. 1. O mundo encantado do livro
“O livro é aquele brinquedo, por incrível que pareça
que, entre um mistério e um segredo põe idéias na cabeça”.
Maria Dinorah
Quando ouvimos histórias:
-Desenvolvemos o imaginário;
-Despertamos a curiosidade;
-Entendemos conflitos, impasses;
-Visualizamos as dificuldades “com outros olhos”;
-Oferecemos possibilidades para solucionar problemas;
-Despertamos emoções.
32. 2. Por que contar histórias
"Livro, uma casa sem você fica sem janelas para o sonho.
Somente você tem coragem de descer em nossos porões escuros
e acordar a liberdade.
Só você para descobrir dentro de nós as portas que nunca
tivemos coragem de abrir."
(Trecho do livro Eu te amo para sempre, de Jonas Ribeiro)
-despertamos o gosto pela leitura;
-auxilia na construção da personalidade;
-Enriquecimento da oralidade, da escrita e da criatividade;
-Desenvolvimento da atenção, imaginação, memória e
reflexão;
-“Elas nos distraem”.
33. 2.1. Como contar histórias
“Para contar uma história – seja ela qual for –
é bom saber como se faz”.
ABRAMOVICH, 1997, p. 18
1)história a ser contada e apresentada deve estar bem memorizada.
2) destacar e sublinhar os tópicos mais importantes, interessantes e significativos, para
que na apresentação recebam a devida valorização;
3) procurar vivenciar a história.
4) oferecer espaço aos ouvintes que querem interferir na história e participar dela. O
importante é que nessa hora não haja pressa, contando ou lendo tudo de uma só vez.
É preciso respeitar as pausas, perguntas e comentários naturais que a história possa
despertar, tanto em quem lê quanto em quem ouve. É o tempo dos porquês;
5) toda história deve ser apresentada com entusiasmo e paixão. Sempre devem
transparecer a alegria e o prazer que elas provocam. Sem esses componentes, os
ouvintes não são atingidos e logo perdem o interesse pelo que está sendo
apresentado. (PREDEBON)
34. 3. Recursos que escolhemos para contar as histórias
1. Histórias com fantoches;
2. História com avental
3. Utilização de gravuras;
4. Dramatização.
35. 4. Livros que foram escolhidos
- A porquinha do rabinho enroladinho. TEREZINHA CASASSANTA(recurso
utilizado foi o avental);
- Era uma vez um caracol furado. BIA VILLELO (recurso utilizado foi o avental);
- A galinha ruiva. ANDRÉ KOOGAN BREITMAN ( Fantoches)
- Kimi, a história do sorvete. PATRICIA ENGEL SECCO ( fantoches)
- A verdadeira história dos três porquinhos. JON SCIESZKA (Gravuras)
- João e Maria. HÄNSEL UND GRETEL ( Dramatização)
- Cachinhos dourados e os três ursos INGRID BIESEMEYER BELLINGHAUSEN (
Dramatização)
- Com vontade de Voar. CLAUDIA F. PACCE (Fantoches)
- Cigarra e a formiga. Adaptado da obra de LA FONTAINE (avental)
- Margaridinha Friorenta. FERNANDA LOPES DE ALMEIDA ( Avental)
- Os três porquinhos. JOSEPH JACOBS ( fantoches)
- Os músicos de Bremen. IRMÃOS GRIMM. ( brinquedos)
- Lebre e a tartaruga. Esopo e recontada por JEAN DE LA FONTAINE. ( Gravuras)
- Borboleta Ritinha. (dramatização)
- Saber perder. YOLANDA REYES ( fantoches)
- Do jeito que você é. TELMA GUIMARÃES (dramatização)
- O patinho feio. HANS CHRISTIAN ANDERSEN ( fantoches)
36. 5. Refletindo sobre nossa prática
Dos alunos que realizaram a atividade proposta, 95
responderam a quatro questões que contribuíram para
as reflexões e avaliações que destacamos a seguir.
a. Como foi a experiência de contar histórias?
b. Por que escolheram essas história?
c. O que mais aprendi com essa experiência?
d. O que mais gostei da experiência realizada?
37. A experiência foi
A experiência foi
0% 21% Positiva
Negativa
79%
Transformou-se em
positiva
“... eu achei muito legal, pois tivemos que usar a criatividade para inventar
as roupas, o cenário”. (F.B.)
“No começo, não foi legal, a gente não sabia direito como fazer, mas
depois de muito preparo e a ajuda da professora começamos a entender, e
aí ficou muito divertido e bem interessante.” (C.R.)
38. Por que foi positivo
“ Foi uma experiência maravilhosa, no começo achei que não iria conseguir, mas
tive uma grande surpresa, consegui superar toda minha timidez”. (F.V.D.)
“Foi bom, tivemos que utilizar mais nossa criatividade, tivemos que ter mais
responsabilidade ao fazer e decidir as coisas”. F.C.
39. “ Legal, divertido, engraçado, mas também muita coisa
séria, muitos alunos se emocionaram, pensaram com as
histórias” . C. F. A.
“ Foi muito bom porque pudemos compartilhar nossas
tristezas e alegrias com os outros”. W. G. A.
“Foi muito engraçado, rimos muito, nos vestimos com
roupas diferentes, fizemos a maquiagem”. M.C.D.
40. Por que a história foi escolhida
“O tema era sobre meio ambiente, e é um tema que todos nós nos
preocupamos e devemos aprender sobre isso a cada dia” F.D.
“Achamos legal o nome da história que era ’Do jeito que você é’, pois cada
um tem o seu jeito e todos devem respeitar”. F.B.
41. O que mais aprendemos com a experiência
O que mais aprendemos com a
experiência?
11%
31%
23% uma lição com a história
uma lição com a atividade
trabalhar em equipe
35% como representar
“Aprendi que a gente tem ser mais prudente, saber trabalhar em equipe e
nunca, nunca deixar as coisas para a última hora”. J.F.
“ Que é preciso de muito trabalho, esforço e força de vontade para realizar
bem uma atividade, essa é uma lição que vou levar para minha vida inteira”.
C.G.N.F.
“Aprendi que não pode haver preconceito entre as pessoas, só por serem
diferentes”. L.C.M.
42. O que mais gostou na atividade que realizamos
O que mais gostou na atividade que
realizamos?
31%
45%
Da apresentação
10% da construção do cenário e
14% figurino
do trabalho em grupo
de ouvir e ver as outras histórias
“O que mais gostei dessa atividade foi apresentar a história para as crianças e
poder ensinar sobre um tema tão importante que é o meio ambiente”. F.V.D.
“Gostei muito de contar as histórias com nossa apresentação, mas o que
gostei mesmo foi ouvir as histórias contadas pelos meus colegas”. L.C.M.
43. 6. Considerações finais
A experiência foi realmente positiva, pois foi possível
observar claramente o envolvimento, a construção de
conhecimento e o amadurecimento em cada um dos
alunos.
44. Enfim...
Os objetivos pedagógicos devem nortear o uso de
atividades lúdicas no processo de alfabetização:
brincar por brincar pode ser divertido, mas não
necessariamente contribui para o processo de
ensino-aprendizagem;
As atividades podem contemplar objetivos diversos;
cabe ao professor e à professora focalizar, a cada
momento e com estratégias específicas, o que
interessa para uma dada turma;
45. O planejamento é essencial
para o sucesso de um projeto:
cada atividade deve se
articular com outras
(anteriores e posteriores), para
que a aprendizagem se dê
progressivamente, sempre
conduzindo ao momento/
produto final;
46. O mero improviso também não deve conduzir a
escolha de jogos para a apropriação do sistema
de escrita: realizar determinado jogo como
atividade esporádica exige reflexão do
professor e da professora sobre a contribuição
desse jogo no processo de alfabetização dos
alunos que dele participarão;
47. A motivação pelo prazer é o princípio de tudo e
deve ser realimentada a cada etapa dos
projetos: alunos motivados se envolvem mais
facilmente nas atividades
e, conseqüentemente, estão mais dispostos a
aprender.
49. E é preciso criar asas para que
ele possa voar e, assim, ver e
pensar a realidade como um
todo, com um certo
distanciamento, de forma
autônoma, única possibilidade
de transformá-la.