O documento discute riscos geológicos naturais e como mapeá-los, com três pontos principais: 1) Vários tipos de desastres naturais são descritos, incluindo deslizamentos, inundações e terremotos. 2) Fatores que contribuem para o risco, como perigo, vulnerabilidade e dano, são explicados. 3) Duas abordagens para mapear riscos - escala regional e local - são apresentadas, com foco na identificação e classificação de áreas de risco.
1. RECONHECENDO O RISCO
Lídia Keiko Tominaga
Instituto Geológico – SMA/SP
Seminário Construindo Cidades Resilientes
10out2013
Diagnóstico
Planejamento e
Ordenamento
Territorial
Monitoramento
e Fiscalização
Redução, Mitiga
ção e
Erradicação
Capacitação, Trei
namento e
Disseminação
13. São o resultado de eventos físicos adversos (fenômenos
naturais) que causam grandes impactos na sociedade, gerando
uma situação de perigo a pessoas e bens (Tobin e Montz 1997).
O que são Desastres Naturais ?
Em áreas onde não há nenhum interesse humano, os fenômenos
naturais não resultam em desastres naturais.
“Os desastres naturais ocorrem quando os perigos se
encontram com a vulnerabilidade" (Blaikie 1994).
Áreas UrbanasSistema Social
14. Risco
é a possibilidade de se ter consequências
prejudiciais ou danosas em função de perigos
naturais ou induzidos pelo homem
O que são Riscos Geológicos ?
R = P.V.D
R = Risco;
P = Perigo;
V = Vulnerabilidade;
D = Dano (social e/ou econômico).
Vulnerabilidade
(padrão moradia)
- alvenaria, madeira
misto.
Perigo
(características
da
encosta/talude)
15. Grupo Geológico
Movimento de Massa
Escorregamentos ou Deslizamentos
Corridas de massa
Quedas e rolamentos de blocos de rochas
Rastejos
Perigo!!
COBRADE
28. Desastres e Acidentes Históricos
Fotos: Arquivo Agência Estado - AE
Caraguatatuba 1967
Fonte: Saulo Gil – Imprensa Livre
- chuvas contínuas - 900 mm total mensal
- 535 mm de total deflagrador.
- 760 escorregamentos.
- 400 casas desapareceram;
- 120 mortes *;
29. PROCESSOS DE MOVIMENTOS DE MASSA MAIS COMUNS E
QUE CAUSAM MAIOR NÚMERO DE VÍTIMAS
ESCORREGAMENTOS PLANARES EM SOLO
ENVOLVENDO: CORTES E ATERROS
Fonte: Ministério das Cidades
30. Fonte: Mineropar , 1998 e Acervo IG
São Sebastião, SP – 2009
ESCORREGAMENTOS PLANARES EM ENCOSTAS URBANAS
33. Gerenciamento de Risco:
Questões Básicas
1. O QUE E COMO OCORRE: Processos
2. ONDE OCORREM OS PROBLEMAS :
Mapeamento
3. QUANDO OCORREM OS PROBLEMAS:
Correlação, monitoramento
4. QUE FAZER: medidas estruturais e não-
estruturais
34. MODELO DE ABORDAGEM DA ONU
• 1. Identificação dos riscos (processos)
• 2. Análise dos riscos (graus de risco -
mapeamento)
• 3. Medidas de prevenção (estruturais e
não estruturais)
• 4. Planejamento para situações de
emergência (gestão)
• 5. Informações públicas e treinamento
(capacitação; percepção do risco)
35. Diagnóstico
Planejamento e
Ordenamento
Territorial
Monitoramento e
Fiscalização
Redução, Mitigação
e Erradicação
Capacitação, Treina
mento e
Disseminação
- Conhecer o problema e avaliar seu
controle e evolução
- Evitar que o
problema
apareça ou
aumente
- Capacitar e treinar
agentes e
técnicos, e
disseminar
informação
-Evitar que as áreas
de risco se ampliem
e que ocorram
acidentes,
- minimizar danos
- Promover medidas
corretivas para
eliminar as
situações de risco e
reduzir as perdas
Diretrizes do PDN
36.
37. Mapeamento de
Áreas de Risco: 2 abordagens
• 1. Escala Regional (planejamento) – 1:50.000 e
1:10.000. Fornece a suscetibilidade e
classificação do perigo (Metodologia IG)
• 2. Escala Local (gerenciamento) – geralmente
1:3.000. Fornece os setores com a classificação
do risco (Ministério das Cidades)
1- Identificação do perigo; 2 - análise do risco
38. Declividade Classes de Perigo
Maior que 25° Perigo Muito Alto
maior que 17° e menor que 25° Perigo Alto
Menor que 3° Perigo Muito Baixo a Nulo
Maior que 3°e menor que 17°
IPEsc = 0,1(AM) + 0,3(DE) + 0,1(DD)+
0,1(DL) + 0,1 (EH) + 0,3(PI)
Perigo Baixo
Perigo Moderado
Perigo Alto
Perigo Muito Alto
Perigo
Amplitude (AM), Declividade (DE)
Densidade de Drenagem (DD)
Densidade de Lineamentos (DL)
Excedente Hídrico (EH)
Uso e Cobertura da Terra
Modelagem do Perigo de Escorregamento
42. Método de Mapeamento de Risco - escala local
Gerenciamento
Inventário de eventos
INVESTIGAÇÃO DE CAMPO
SETORES DE RISCO
Caracterização e Registro em fichas padronizadas
Delimitação em mapa/imagens/fotos de
sobrevoo
Qualificação do risco (grau de risco)
Estimativa das conseqüências com o
levantamento de moradias ameaçadas
Recomendações de medidas
de intervenção para
minimização do risco
Identificação dos processos geológico-
geotécnicos presentes ou potenciais na área
Caracterização geológico-
geotécnica das áreas de
risco
- Feições de instabilidade
Caracterização da
vulnerabilidade do
elemento em risco
43. R = f (P x V x D)
RISCO - é a possibilidade de se ter consequências prejudiciais ou
danosas em função de perigos naturais ou induzidos pelo homem
Perigo induzido
Dano
Vulnerabilidade
44. Probabilidade de Ocorrência (Perigo):
É estimada a partir da identificação e análise de feições e
características do terreno indicadoras de maior ou menor
grau de suscetibilidade, combinadas a observações sobre
as formas de uso e ocupação do terreno.
45. Vulnerabilidade do Elemento em Risco:
Refere-se ao padrão construtivo das
residências, qualidade da infra-estrutura local e
capacidade da população de enfrentar as situações de
risco.
Vulnerabilidade baixa
Jaraguá do Sul, SC - IG, 2008Itatinga, São Sebastião (IG, 2006)
Vulnerabilidade alta
46. Dano Potencial:
É estimado considerando-se o número de moradias e de
moradores (elementos em risco) potencialmente
sujeitos a serem afetados pela ocorrência de um
determinado tipo de fenômeno natural.
47. Graus de risco
Grau de Risco Simbologia
Muito Alto R4
Alto R3
Médio R2
Baixo R1
Baseado em Evidências de Instabilidade
48. Objetivos do Mapeamento de Risco
com Escala Local
Planos preventivos de defesa civil;
Monitoramento das áreas de risco;
Identificação de áreas críticas para
intervenções;
Gestão das áreas de risco.
49. Mapeamento de Áreas
de Risco de Aparecida
(Bro São Francisco)
Escorregamento,
Inundação e Erosão
50. Mapa de Risco de São
Luiz do Paraitinga
escala local
IG,2008
Mapeamento de Risco
51. Rio Paraíba do Sul: setores de Perigo de Inundação
no município de Tremembé (IG, 2012).
Setores de Risco a Inundação, Rio
Paraíba do Sul, município de
Tremembé (IG, 2012)
52. Instrumentos de identificação de risco no Estado
de São Paulo
Setorização de risco alto e muito alto (74)
Mapeamento de risco e PMRR (81)
Cadastro de áreas de risco (72)
Instrumentos de identificação de risco
total aprox. 230 municípios
53.
54. EVIDÊNCIAS DE INSTABILIDADE
Inclinação de encostas e/ou taludes de
corte/aterro, trincas no solo, degraus de
abatimento, rachaduras, cicatrizes de
escorregamentos, surgências d’água, etc
55. Morro do Abrigo, São Sebastião (IG, 2006)
Evidências de Instabilidade