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RELAÇÕES ESSENCIAIS PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR NO SÉCULO XXI Sérgio Roberto Gomes de Albuquerque
1. Revista Ciências da Educação
Maceió, ano I, vol. 01, n. 01, jan./mar. 2014
RELAÇÕES ESSENCIAIS PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR
NO SÉCULO XXI
Sérgio Roberto Gomes de Albuquerque
Sergioroberto70@hotmail.com
“A maior descoberta de minha vida é de que
o ser humano pode mudar de vida,
mudando de atitude.”
Willian James
RESUMO
Algumas relações são essenciais na formação do leitor. Nesse processo de formação
leitora, o papel do educador e da família é de suma importância. O processo de leitura
no século XXI ultrapassa a aquisição de livros didáticos e paradidáticos incentivados no
universo escolar, pois o processo de formar leitores cada vez mais se moderniza, através
da utilização de aparelhos eletrônicos como tablets, notebooks, netbooks, celulares de
última geração que facilitam o acesso às redes sociais, pesquisas e até leitura de livros
virtuais disponibilizados nas mídias sociais, facilitando assim o dia a dia das crianças e
adolescentes. Este artigo pretende refletir um pouco sobre as relações essenciais na
formação do leitor crítico, não pretende se aprofundar em todos os aspectos
relacionados, porém destacar um pouco do perfil do leitor no século XXI.
PALAVRAS-CHAVE: família; educador; tecnologia; leitor.
1. INTRODUÇÃO
Apresenta-se neste artigo aspectos sobre o processo de formação do leitor,
destacando-se o papel da família e da escola no hábito de ler, considerando as novas
tecnologias aliadas às práticas pedagógicas do professor no século XXI.
No primeiro momento remetemos à importância de se tornar um bom leitor,
compreendendo o que se lê, desenvolvendo a criticidade a cerca deste processo de
leitura, valorizando o desenvolvimento pedagógico e social.
No segundo momento, busca-se apresentar aspectos das relações sociais dos
estudantes em formação que perpassam por diferentes agentes formadores, iniciando-se
Mestrando em Educação – UNASUR; Especialista em Educação Língua Portuguesa e Literatura
Brasileira – UNICID, 2003; Graduação em Letras/Inglês – CESMAC, 1990.
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através da família e tendo continuidade nos processos de formação social, representados
nesse caso principalmente pela escola.
No terceiro momento é apresentada a tecnologia como forte aliada dos
professores no processo de formação de leitores. Porém enfatizando a necessidade da
inserção desta tecnologia de maneira orientada, de acordo com o objeto de ação em que
ela buscará dar respostas.
Destaca-se por fim a interação de todos os envolvidos no processo de formação
do leitor, apresentando a tecnologia como facilitadora de atividades em que possam ser
criadas no universo escolar, desenvolvendo estratégias dinâmicas e criativas aliadas a
finalidades pedagógicas, levando o aluno(a) entender que não se está trazendo a
tecnologia para um ambiente escolar como brincadeira gerando-o a falta de atenção do
mesmo(a) em sala de aula e sim promovendo descobertas e resultados positivos na
evolução dos alunos(as) sejam eles(as) com ou sem necessidades especiais.
2. O PROCESSO DE FORMAÇÃO DO LEITOR
A leitura ocorre em meio a um processo de aquisição expressado através de
diversas formas, sendo capaz de abranger em sua magnitude, encantamento e sedução
pelo universo do leitor jovem (crianças e adolescentes). Da leitura depende a
continuidade do processo de desenvolvimento pedagógico e social do alunado, pois a
partir da formação crítica e criativa que a leitura pode trazer, brota nele, no leitor, a
ousadia, a iniciativa, a inventividade e o pensamento crítico necessários para que o
aprendente reconheça a necessidade de crescer cultural e intelectualmente e isso pode se
dar através da leitura dos livros didáticos e paradidáticos, mídias sociais esta utilizada
no uso das tecnologias, elementos de grande importância no processo de ensino-
aprendizagem no século XXI. No entanto a ausência ou o mau uso da leitura em todos
esses processos de formação do leitor faz com que o universo escolar e familiar deixe de
cumprir o papel formador e transformador passando apenas a serem simples
reprodutores e não criadores de ideias.
A pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, coordenada pelo Instituto Pró-Livro,
revelou que em 2007 havia 96,6 milhões de leitores e em 2011 essa quantidade reduziu
para 88,2 milhões. Desta forma, busca-se conhecer, qual a principal razão por estar
lendo menos no Brasil. E descobriu-se que 78% dos brasileiros têm interesse pela
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leitura, 15% possuem dificuldades de leitura, por limitações de visão, leem devagar, não
tem concentração ou tem dificuldades de compreensão ao ler, 4% não tem acesso à
leitura, devido ao livro ser caro, ou não tem onde comprar, ou não há bibliotecas por
perto e 3% por não saberem ler. A pesquisa apresentou a base de 53.8 milhões de
leitores que estão lendo menos, de forma que cabe à escola na pessoa do educador criar
práticas de letramento que conduzam os alunos a lerem mais, não só no ambiente
escolar, mas também no âmbito familiar, para que no futuro não venham a fazer parte
deste universo pesquisado.
Algumas dessas práticas de letramentos podem ser feitas através da criação de
ambientes de leitura utilizando-se de cartazes, folhetos, imagens, revistas, jornais etc,
com o professor estimulando as práticas leitoras, deverá também haver um
compartilhamento de leitura entre professores e alunos para que dessa forma haja trocas
de experiências resultantes da ação das rodas de conversas, clubes de leitura
organizadas no próprio ambiente da sala de aula.
Neste processo de formação leitora o professor deve utilizar além de textos de
diversos gêneros, associar também as suas práticas pedagógicas as novas tecnologias
aliadas ao processo de letramento, pois a familiarização com essas novas práticas
pedagógicas amplia os horizontes e resulta em maturação leitora e segurança expressiva
do leitor do século XXI.
Neste momento, nos perguntamos, quais são as competências necessárias para
que como educadores possamos ser eficazes na formação do leitor. Segundo Zilberman
(1981, p. 24) o professor não deve ser um castrador e sim um libertador, não deve ser
um continuador, mas um transformador.
Como fazer o aprendente ler com gostosura e descoberta, se nós, muitas vezes
não nos interessamos pelo que ele vai ler? Observa-se que o diferencial em gostar ou
não está na proposta de indicar para crianças e grupos sociais, diferentes leituras, além
daquelas propostas pelas escolas, partindo daquilo que elas tenham interesses, pois
através da liberdade de escolha possibilita-se ao aluno um contato mais próximo com o
universo da leitura. O segredo é deixar o aluno ler o que quiser, afinal ninguém começa
lendo livros universitários, ou autores de linguagem complexa, como Guimarães Rosa,
dentre outros.
As revistinhas em quadrinhos, por exemplo, despertam o imaginário das crianças
e adolescentes sendo estas uma tecnologia de interação com o leitor, importante a ser
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explorada por valorizar as fases do aprendente. Ler e imaginar, refletir e compreender,
propostas de interação da leitura com o cotidiano dos grupos sociais em formação.
3. O PAPEL DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NO HÁBITO DE LER
Se observarmos a história da humanidade, veremos que a transformação do
homem é sempre possível e certamente é na família e na escola que poderemos mudar a
realidade social e formar cidadãos conscientes e críticos. O mundo está sempre em
constantes mudanças, embora o homem pareça estar insatisfeito com a direção de seu
próprio tempo. Devido a isso é que, muitas vezes, o elemento social rompe com os
padrões da época, propondo algo novo.
Podemos observar isso muito bem explicito no século XVIII, quando, no
aparecimento e fortalecimento da burguesia, bem como dos filósofos iluministas que
deram origem a um novo quadro sócio-político-cultural, formou-se um público diferente
necessitado de novas formas de expressão, criando assim uma tentativa de unir família e
escola na formação da criança ligando-a a uma sociedade que pretende valorizar a
ciência e atividades humanas em um verdadeiro retorno a cultura renascentista. “Enfim,
sua estabilização [da cultura] não ocorreria sem a contribuição da escola, que se formula
e funciona como elemento de iniciação à sociedade” (ZILBERMAN, 1982, p.12).
Assim sendo, a democratização do saber surge com a intenção de trazer para a
criança e ou adolescente uma assimilação de valores, levando-os a uma
“índole emancipadora”, ou seja, o livro, as novas tecnologias, a literatura e a todas as
formas de saberes, a família e a escola passam a ser instrumentos fundamentais na
difusão da cultura. Partindo desta relação família-escola, escola-família é importante e
fundamental formar na criança o gosto pela leitura bem antes de sua ida a escola, é
nesse momento que os pais passam a ser importantes no processo formador do hábito de
ler, e ao chegar à escola, a leitura será apenas um processo de construção de sentidos
que oscilará entre a reprodução de significados (paráfrase) e a de novos sentidos
(polissemia) (MAGNANI, 1982, p.34), assim estaremos formando leitores conscientes
do seu papel em uma sociedade cidadã.
A família, como dito anteriormente, é muito importante, porque ela irá
estabelecer um elo entre o saber e o fazer, que será de vital necessidade a uma postura
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reflexiva perante a realidade que se forma e renova-se no desenvolvimento do processo
de vida individual.
Veja o que Pondé (1985) nos diz a respeito.
É indispensável ainda, que ouça [a criança] muitas histórias
inventadas por adultos ou retiradas da tradição familiar. A literatura
oral desperta um prazer enorme no pré-leitor e está sendo
negligenciada, atualmente, nas cidades grandes por causa da vida
agitada, da utilização exagerada da televisão e da negligência da
família em relação à leitura. (1985, p. 18)
Vemos que, de acordo com as palavras de Glória Pondé, há uma necessidade de
a sociedade moderna harmonizar-se com a criança, e esse papel é da escola como
também da família, preparando-a para a vida adulta, pois, como nos fala Zilberman
(1981, p. 18), a criança não pode ser domesticada como uma boa selvagem, dependente
do adulto por toda sua existência.
Fala-se muito, nos dias de hoje, em direitos do homem: à educação, à moradia, à
liberdade de expressão, de credo; fala-se em direitos da criança, do idoso; até mesmo
em direitos humanos. Pois bem, Fortes (1981) em seu estudo sobre o iluminismo e os
reis filósofos, nos diz:
Foi no século XVII em 1789, precisamente uma Assembleia
constituinte [...] produziu e proclamou em Paris solenemente, a
primeira “Declaração dos Direitos do homem e do cidadão’’ de que se
têm notícias. Até então era como se o homem não existisse. É claro
que [...] isso não significa que esses direitos sejam respeitados [...]
(FORTES, 1981, apud CEREJA; MAGALHÃES, 2003, p. 7-8)
Assim conhecendo nossos direitos como cidadãos, sabemos como agir em
situações para os quais não estamos preparados. Por isso que a família e a escola têm
esse dever de fazer com que a criança reflita sobre sua condição de cidadão, passando a
ter atitudes sabendo proteger-se contra as agressões do mundo exterior que, muitas
vezes castram e impossibilitam o homem de agir.
A educação é um processo que requer a participação consciente da família. O
processo de desenvolvimento deste século trouxe mudanças profundas na dinâmica
interna familiar, pois a base da formação cidadã da criança está na orientação familiar;
não se pode avaliar e promover o desenvolvimento de uma pessoa sem se avaliar e
promover o desenvolvimento de toda sua estrutura de origem, sem se provocar o
diálogo de costumes, de tradições, de ideologias.
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Não se pode falar em construção de objetivos individuais sem se trabalhar com a
família na construção de seus próprios objetivos, sem fazer com que a escola seja uma
ampliação de casa, na certeza de que a ação pedagógica precisa objetivar a inserção do
ser humano em espaços coletivos e provocar um bem social. Orientar a família não é
difícil, mas é preciso saber planejar e contextualizar esta orientação.
A família precisa saber da sua importância no ato de formar o cidadão, a escola
precisa também saber que tipo de competências desenvolver, juntas permitirão
continuar e aprimorar as relações sociais para que se delineie uma sociedade menos
excludente, possibilitando neste aprendente possibilidades de inserção no mundo.
Para isso é importante e fundamental o papel da família, do professor e da escola
em:
- estimular o prazer da leitura e o interesse pelos conteúdos apresentados;
- oferecer subsídios para a ligação desses conteúdos com a realidade vivida;
- estimular o pensamento crítico;
- favorecer o diálogo e confronto de opiniões;
- exercitar a exposição de ideias por meio de texto escrito;
- propor atividades interdisciplinares que possibilitem a superação da divisão estanque
das diversas áreas do saber.
Dessa maneira, os alunos compreenderão o que lerem e tornarão não mais
leitores estáticos, mecanizados. Freire (1994, p. 17), nos diz a respeito que “os alunos
não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua
significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, memorizá-
la, de fixá-la”.
Desse modo, os alunos poderão refletir sobre o mundo contemporâneo,
enfatizando a ideia de que a construção do leitor autônomo supõe a contextualização do
conhecimento. Nesse momento, perguntamo-nos quais são as competências necessárias
para sermos bons professores?
Poderíamos resumi-las em uma única palavra: conscientização. E
conscientização nos ajuda a desenvolver um olhar mais sensível às necessidades dos
nossos alunos, ao seu modo de ser. Creio que seja essa a palavra de ordem para tempos
de globalização e revolução tecnológica, em que nos deparamos com notebooks,
netbooks, tablets e celulares que fazem muito mais do que apenas telefonar.
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É essa realidade em que vivemos e é nesse mundo em que nossas crianças,
jovens e adultos adquirem cultura, aprendem e vivem, por isso, que acho que ainda o
professor tem papel de eficaz relevância na formação leitora destes cidadãos. É
importante que o professor tenha consciência que ao ensinar a criança a ler, não o faça
de forma passiva, manipulando a criatividade do aprendente, pois é o professor que tem
que buscar alternativas de mudanças para formação do gosto da criança e do jovem pela
leitura.
Parece-me que a saída mais coerente para o professor pode ser
buscada numa “práxis” compartilhada que lhe ofereça
segurança e permita uma interferência crítica. Cabe ao educador
romper com o estabelecido, propor a busca e apontar o avanço,
para além da dicotomia valorativa entre a quantidade ou
qualidade. Para isso é preciso problematizar o conhecido
transformando-o num desafio que propicie a mobilidade.
(MAGNANI,1989, p.92)
Dessa maneira, é necessário que o professor compreenda que educação é um
processo social e histórico, e que como professores, devem apontar alternativas para que
o educar seja uma construção participativa entre a família e a escola. Nesse contexto, a
leitura se constituirá em um instrumento capaz de fazer com que família, professor e
escola articulem novas possibilidades para instrução dos alunos.
4. AS NOVAS TECNOLOGIAS ALIADAS ÀS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO
PROFESSOR NO SÉCULO XXI.
Muito se tem falado em novas tecnologias aliadas às práticas pedagógicas, parece
claro para mim, que inferi estas práticas em sala de aula, é um instrumento muito
importante no processo de busca também da qualidade da aprendizagem, tanto dos
docentes como dos aprendentes, o sucesso ou fracasso do professor e/ou do aluno vai
depender da inserção correta desse novo objeto de ação, nas atividades em que possam
ser criadas no universo escolar, desenvolvendo estratégias dinâmicas e criativas aliadas
a finalidades pedagógicas, levando o aluno(a) entender que não se está trazendo a
tecnologia para um ambiente escolar como brincadeira gerando-o a falta de atenção do
mesmo(a) em sala de aula e sim promovendo descobertas e resultados positivos na
evolução dos alunos(as) sejam eles(as) com ou sem necessidades especiais.
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Partindo dessas ideias levanto neste artigo também questões como: que
contribuições a tecnologia pode trazer para o nosso alunado? Como educador pode
entender, apropriar-se e fazer uso dessas práticas pedagógicas em seu trabalho,
procurando desenvolver capacidades e potencialidades do aprendente, que cada vez
mais se inseri nas mídias virtuais com tal rapidez, deixando o professor para traz se o
mesmo não procurar entender e utilizar esse novo instrumento de trabalho nas suas
práticas escolares, pois por meio de recursos computacionais diversificados que
deveremos trabalhar no aluno as suas habilidades motoras, cognitivas, sinestésicas e
afetivas, envolvendo-o em atividades como a feitura e leitura de textos, histórias em
quadrinhos, poesias e trabalhos que estimulem o despertar e o gosto pela leitura,
passando a desenvolver a criatividade, paciência, autonomia, segurança e senso crítico
que os leve cada vez mais a apreender conhecimentos, provocando a tomadas de
decisões criativas e independentes.
As contribuições que as tecnologias podem trazer para esses aprendentes em sua
vida escolar possibilitam fornecer maior autonomia quanto as suas habilidades motoras
de operar o computador, a criatividade e liberdade de escolhas na realização de tarefas
sugeridas pelo professor no ambiente de sala de aula, a superação de isolamentos,
dificuldades de relacionamentos e a capacidade de produzirem algo que os tornem
felizes de fazer, tornando a inserção das novas tecnologias no ambiente escolar algo que
estimulará nos alunos crescimento intelectual, cultural, emocional e social, pois é papel
também dos educadores oportunizarem o diálogo com a mídia criando situações para
reflexão e a participação do aluno que lhe possibilitem tornar-se interlocutor dos atos de
comunicação.É essa a realidade em que vivemos. É nesse mundo em que as crianças,
jovens e adultos adquirem cultura, aprendem e vivem.
Os professores precisam entender que aliar tecnologia às práticas pedagógicas
podem trazer benefícios ao processo de ensino-aprendizagem, o importante é que,
quando forem utilizadas em sala de aula, essas ferramentas não sejam vistas como
forma de diversão, mas sim como apoio para uma finalidade maior, a de possibilitar
conhecimento, pois o foco da aprendizagem do aluno, aliando a tecnologia como meio
de aprendizado e não o fim.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O processo de formação leitora no século XXI deve ser inserida na criança e no
adolescente de forma dinâmica, lúdica e criativa. Através de uma inter-relação entre
família/professor/escola, levando-o ao desenvolvimento pleno da linguagem. Desta
forma, este artigo apresentou tal inter-relação, entre família/ professor/ escola e
tecnologia como as relações essenciais para a formação do leitor no século XXI, devido
a complexidade de cada uma na formação do leitor crítico e questionador.
Para isso, procurei refletir sobre possíveis formas de aprendizagens utilizando-se
também das mídias sociais através das novas tecnologias associadas ao processo de
formação leitora do aprendente. De forma que, destaco que em geral o trabalho
realizado com leitura deverá ser desenvolvido de forma clara e objetiva, para assim não
criar no novo leitor uma dependência de ideias sugeridas pelos livros e interpretações
dos textos dados pelo professor ao trabalhar a leitura, levando o aluno ao desinteresse
por ela.
Pois isso, o trabalho com leitura os leva a treinar o cérebro de forma a
desenvolver conexões neurais, adquirindo benefícios mentais e físicos, que serão
alcançados desde as tarefas mais simples que o computador pode proporcionar,
desenvolvendo, habilidades de escrever textos, desenhar, desenvolver atividades de
raciocínios ou outras mais complexas, como na solução de problemas que levam o
aluno a aprender através de erros e acertos, levando-o a tomadas de decisões criativas e
independentes, também perceber que nenhuma tecnologia substitui o ser humano, pois
sabendo disso é que devemos ter em mente o seguinte: não tentando descobrir o que a
tecnologia faz por nós, mas sim o que podemos fazer com ela.
Dessa maneira, é importante que o professor esteja preparado para ajudar o
aprendente na formação do hábito de ler, procurando trabalhar a leitura associada à
realidade da criança, visto que assim a mesma será capaz de conhecer a sua realidade e
o seu papel dentro da sociedade que ajudarão a libertá-la de uma vida mecanizada e
rotineira. É preciso ressaltar, como disse Freire (2002, p.161) que a prática educativa
envolve “[...] afetividade, alegria, capacidade científica e domínio técnico a serviço da
mudança”. É preciso ir além e buscar a construção da afetividade como eixo
fundamental no processo dialógico de ensino-aprendizagem.
RESUMEN
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Algunas relaciones son esenciales en la formación del lector. En ese proceso de
formación lectora, el papel del educador y la familia es de suma importancia. El proceso
de la lectura en el siglo XXI es superior a la compra de libros de texto y libros de la
escuela incentivados en el universo escolar, porque el proceso de preparar a los lectores
se moderniza cada vez más, a través del uso de dispositivos electrónicos, tales como
tabletas, computadoras portátiles, netbooks, teléfonos móviles de última generación que
facilitan el acceso a las redes sociales, la investigación e incluso la lectura de libros
virtuales disponibles en las redes sociales, lo que facilita la vida cotidiana de los niños y
adolescentes. Este artículo tiene la intención de reflexionar un poco sobre las relaciones
esenciales en la formación del lector crítico, no tiene la intención de profundizar en
todos los aspectos relacionados, sino más bien resaltar el perfil del lector en el siglo
XXI.
PALABRAS CLAVE: familia; educador; tecnología; lector.
REFERÊNCIAS
CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Literatura brasileira.
2. ed. São Paulo: Atual, 2003.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 29.
ed. São Paulo: Cortez, 1992.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 2002.
MAGNANI, Maria do Rosário. M. Leitura, literatura e escola: subsídios para uma
reflexão sobre a formação do gosto. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
PONDÉ, Glória. A arte de fazer artes: como escrever histórias para crianças e
adolescentes. Rio de Janeiro: Nórdica, 1985.
RETRATOS DA LEITURA NO BRASIL. II Seminário Nacional - 28 de março de
2012. Brasília: Instituto Pró-Livro- IPL. Disponível em: <http://www.prolivro.org.br/
ipl/publier4.0/dados/anexos/2834_10.pdf>. Acesso em 26/09/2013.
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 1981.
ZILBERMAN, Regina (org.). Literatura em crise na escola: as alternativas do
professor. 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982.