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REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU
COORDENAÇÃO NACIONAL

RELATÓRIO DE SEGUIMENTO E AVALIAÇÃO DO IMPACTO DAS
MENSAGENS DOS PROGRAMAS RADIOFONICOS SOBRE A SAUDE
REPRODUTIVA NAS RADIOS COMUNITARIAS PARCEIRAS DO UNFPA

PARCERIA: PTA/SR/UNFPA – CICS/INASA - REJOPOD

JUNHO DE 2010
1. Introdução
Na sequência da proposta conjunta apresentada pela CICS/INASA e REJOPOD no âmbito
do apoio que as rádios comunitárias beneficiam do PTA/SR/UNFPA através dos Serviços da
Saúde da Família do Ministério da Saúde Publica na componente reforço das capacidades
institucionais e mediatização das actividades do PTA realizou-se de 25 de Maio a 2 de
Junho de 2010, uma missão conjunta de seguimento e avaliação do impacto das
mensagens dos programas radiofónicos sobre a saúde reprodutiva nas rádios comunitárias
parceiras do UNFPA.
2. Objectivos da Missão no Terreno
1. Fazer seguimento e monitoramento das emissões dos programas radiofónicos
sobre Saúde Reprodutiva nas Rádios Comunitárias parceiras.
2. Auscultar os produtores e apresentadores dos programas SR sobre as suas reais
necessidades em matéria de produção radiofónica;
3. Identificar os principais factores de constrangimento (internos e externos) que
obstaculizam a produção e difusão de mensagens de SR de qualidade;
4. Avaliar o nível de participação comunitária e de parceiros vocacionados na
produção de programas de SR e medir o impacto das mensagens radiodifundidas e
as mudanças verificadas nas regiões sanitárias cobertas através de inquérito de
opinião.
3. Seguimento dos Programas Radiofónicos da SR
De conformidade com a programação, a missão deslocou-se as rádios comunitárias
parceiras tendo constatado que todas as rádios que participaram nas duas formações
difundem o programa SR. Muito embora essa difusão em algumas rádios já não é
frequente. Primeiro, fizeram emissões especiais relativamente as suas participações nos
referidos seminários, usando o material recolhido na abertura e encerramento dos mesmos
e entrevistas diversas. Segundo, através dos fundos que recebem do PTA SR/UNFPASSR/MINSAP para subsidiar a produção do programa SR no terreno. Contudo, em algumas
rádios, os produtores quando não são directores ou administradores da Rádio não sabem
dos fundos e consequentemente não recebem subsídios do programa SR.
4. Avaliação dos Programas Radiofónicos da SR
Tal como se pretende, essa avaliação visa essencialmente ilustrar a colaboração entre a
equipa de produção do programa SR das rádios parceiras com os responsáveis de saúde
das respectivas áreas sanitárias de um lado, e do outro, com os parceiros locais que
intervêm no domínio da saúde e a própria população durante a recolha de informação ou
entrevistas nas tabancas.
4.1. Participação Comunitária na Produção de Programas
Nesse capítulo, nota-se de facto um envolvimento comunitário aceitável na produção
radiofónica sobretudo nas entrevistas, cartas e em alguns casos chamadas telefónicas
dirigidas ao programa em relação aos primeiros anos de parceria.
No entanto, as queixas que outrora foram apresentadas pelas rádios pela não concessão
de entrevistas ao programa SR por parte de alguns técnicos de saúde das áreas sanitárias
cobertas foram ultrapassadas graças as intervenções durante as supervisões ao nível
central e dos directores regionais de saúde que orientaram o pessoal da saúde para uma
maior colaboração com as rádios comunitárias e sobretudo de aproveitarem no máximo a
parceria existe para uma maior disseminação de informações mas sobretudo para a
sensibilização e mobilização social para a mudança de atitudes, hábitos, praticas e
comportamentos da população em relação aos problemas da saúde que os afectam.
Relativamente aos parceiros locais, também observa-se a colaboração, por exemplo, a
ONG TOSTAN e a organização Effective Intervention patrocinam programas de saúde nas
rádios comunitárias das zonas das suas intervenções aproveitando capacidades,
habilidades e experiências acumuladas dos Jornalistas formados pelo PTA SR/UNFPASSR/MINSAP.
4.2. Impacto das Mensagens Radiodifundidas e Mudanças Verificadas
É verdade que a mudança de comportamento, hábitos e práticas da população a sua
percepção é relativa e depende do tipo de avaliação. Neste caso concreto, trata-se da
saúde reprodutiva e das componentes conexas utilizando o inquérito de opinião do
grande público por meio rádio. Mesmo assim, dos vários problemas sociais com que se
confrontam as populações rurais mormente a saúde reprodutiva, em certos casos nota-se
algumas mudanças positivas graças as intervenções bem sucedidas no concernente a
procura dos serviços de saúde para tratamento médico e planeamento familiar. Noventa
por cento (90%) de homens e rapazes abordados pela missão confirmaram que escutam as
emissões de rádio e fazem o PF sendo eles mesmos autorizando e acompanhando as suas
esposas e namoradas aos centros de saúde quando doentes, grávidas ou para fazer
planeamento familiar mas são eles que indicam a escolha do método e de preferência a
pílula e Jadelle em detrimento do DIU e o uso de preservativos.
Também cerca de oitenta por cento (80%) das mulheres e raparigas entrevistadas
confirmaram terem sidas acompanhadas pelos maridos ou namorados mas revelaram
casos chocantes de violência física e psicológica quando houver a alteração do método
previamente indicado pelo marido ou namorado em casa. Quer dizer que as alterações
posteriores do uso do método sem consentimentos são severamente punidas. Tudo isso
significa que as mensagens radiodifundidas são escutadas muito embora encontraram
resistências nos factores sócios culturais e religiosos que não favorecem reacções
imediatas nas famílias e nas comunidades. Portanto, das opiniões recolhidas e das
constatações verificadas notou-se que alguns progressos foram alcançados em termos de
adesão as iniciativas comunitárias de saúde reprodutiva das populações das regiões de
intervenção do PTA SR/UNFPA e na procura da medicina moderna.
5. Necessidades em Materiais de Produção de Programas
Foi em 2003 e 2004, que o UNFPA apoiou algumas rádios comunitárias com motorizadas
de marca Honda 125 e com gravadores de reportagens e de montagem de registos bem
como os fundos para aquisições de consumíveis (pilhas, cassetes, combustível) e subsídios
de deslocação de repórteres para as tabancas. Passados sete (7) anos depois todos esses
materiais e equipamentos encontram-se quase na sua generalidade fora de uso e alguns
também foram mal parados. Pelo que a missão em todas as rádios que percorreu os
materiais que restam já não oferecem qualidade de serviço.
Daí que os futuros apoios as rádios comunitárias devem concentrar-se nos materiais de
produção de qualidade e de longa duração mas sobretudo do uso fácil no terreno. E esses
materiais devem constituir-se de:
a) Gravadores de reportagem de duas a quatro pilhas pequenas e de porte de cassetes
normais ou digitais com entrada de microfone exterior;
b) Gravadores “turbo bass” dupla cassete de seis a oito pilhas grandes para montagem de
registos ou Decks dupla cassete,
c) Cassetes virgens, CD’s virgens e pilhas alcalinas pequenas e grandes,
d) Computadores de mesa e respectivos acessórios incluindo Pen Drive.
e) Microfones exteriores;
f) Motorizadas ou bicicletas;
6. Dificuldades
Varias foram as dificuldades apresentadas pelas rádios desde simples gravador de
reportagem até meio de deslocação as áreas sanitárias longínquas. Outras ainda são, de
combustível e equipamento de montagem de registos, etc. Mesmo recorrendo aos
Estatutos e Regulamentos Internos das rádios existem sempre bloqueios entre as direcções
e o pessoal menor. Portanto, nas conversas com alguns produtores outros confessaram de
que nunca souberam que o programa que apresentação recebe fundos do PTA SR/UNFPA
facto que não recebem subsídio em termos de pagamento pelos serviços prestados. Notase portanto, a falta de informação entre as direcções e o produtor e apresentador do
programa SR quando ele não faz parte da direcção.
Em relação a produção propriamente dita, como já se referiu, não há uma única rádio
parceira que exibiu a missão um gravador de reportagem da pertença do programa SR o
que significa que quando a programação se coincidir com a reportagem agendada pela
Direcção da rádio sacrifica-se o programa SR por não dispor de gravador especificamente
para o seu trabalhado dependendo da agenda da direcção da rádio. Isso também verifica-
se nas prioridades da régie técnica na montagem dos registos magmáticos (R/M’s) das
entrevistas feitas pelo programa SR.
Muito embora os produtores do programa SR são facultados de suportes de memorias
quer dizer, manuais de todos temas abordados nas formações, carecem ainda de
habilidades na pesquisa de informação para diversificação de fontes e actualização de
dados ou simplesmente limitam o trabalho naquilo que têm nas mãos e não aproveitam as
mensagens dos cartazes, dos desdobráveis alguns até fornecidos as rádios e de outras
fontes diversas.
7. Recomendações
Recomenda-se o seguinte:
1. Que doravante o PTA SR/UNFPA através da REJOPOD informa os produtores e
apresentadores do programa SR das rádios parceiras sobre os critérios da utilização
dos fundos recebidos pela Rádio.
2. Que o PTA SR/UNFPA apoia as rádios parceiras em materiais e equipamentos de
produção de programa SR revertendo-se em custos de antena (transmissão) dos
mesmos.
3. Que se clarifique no protocolo de parceria a utilização de materiais e equipamentos
do programa SR devendo ser do uso exclusivo do produtor e apresentador do
programa sob a directa supervisão da direcção de rádio.
4. Que haja a continuidade de formação rotativa para troca de experiências entre as
rádios parceiras.

Bissau, 4 de Junho de 2010
Pela CICS/MINSAP
Jean Pierre Umpeça
Especialista em CICS
Pela REJOPOD
Jornalista Cipriano D. Sanca
Coordenador Nacional/REJOPOD

E-mail: ciprianosanca@hotmail.com

ou

rejopod@hotmail.com

Telemóveis: 661 33 64

-

532 70 16
LISTA NOMINAL DOS PRODUTORES E APRESENTADORES DO PROGRAMA SR
Nº

NOME E

FUNÇÃO

ORGÃO

SEDE

APELIDO

CONTACT
O

1

Jaqueline Barreto

Produtora e Apresentadora de
Programa “Saudi pa tudu
djintis”
Produtor e Apresentador de
Programa “Homi ku saudi”

2

Ernesto Dja Nhace

3

Gil Suleimane

4

César Cumuca

5

Adulai T. Camará

6

Braima Balde

Produtor e Apresentador de
Programa “Saudi na tabanca”

7

Cida Nantcharé

Produtora e Apresentadora de
Prog.SR, Género e Desenvolvim.

8

Orlando O. Nhaga

9

Braima S. Camara

10

Miguel C. Lima

Produtor e Apresentador de
Programa “Saudi pa tudu
djintis”
Produtor e Apresentador de
Programa “Saudi pa tudu
djintis”
Produtor e Apresentador de
Prog. “Saudi di nô populaçon”

11

Djanystela Albino

12

José Mango

13

Wilson Pereira

14

Cândido Só

15

Sabino Có

Produtor e Apresentador de
Programa “Nô Saudi na
tabanca”
Produtor e Apresentador de
Programa “Saudi pa tudu
djuntis”
Produtor e Apresentador de
Prog. “Saudi di nô populaçon”

Produtora e Apresentadora de
Prog. “Nô tcholana cumpanher
pa um morança mindjor”
Produtor e Apresentador de
Programa “Viva saudi”
Produtor e Apresentador de
Programa “Saudi regional”
Produtor e Apresentador de
Programa “Saudi na tabanca”
Produtor e Apresentador de
Prog. “Saudi di nô populaçon”

Rádio
Comunitária
“Uler Abande”
Rádio
Comunitária
Sintchan Oco
Rádio
Comunitária
Papagaio
Rádio
Comunitária
Balafom
Rádio
Comunitária
Lamparam
Rádio
Comunitária
Wakelare
Rádio
Comunitária
“Voz Djalicunda”
Rádio
Comunitária
Viva Bula
Rádio
Comunitária
Kasumai
Rádio
Comunitária
“Voz de Quelele”
Rádio Jovem
Rádio Sol Mansi
Rádio
Comunitária
Bafata “RCB”
Rádio Gandal
Rádio
Comunitária
Lua Nova

Canchungo
(Reg. Cacheu)

661 92 22

Gabú
(Reg. Gabú)

667 91 89

Buba
Reg. Quinara

610 47 43

Ingoré
(Reg. Cacheu)

667 79 90

Iemberém
Reg. Tombali

654 87 17

Contuboel
(Reg. Bafata)

656 42 97

Djalicunda
(Reg. de Oio)

662 30 25

Bula
(Reg. Cacheu)

684 03 51

S. Domingos
(Reg. Cacheu)

678 53 63

Bissau
SAB

677 66 23

Bissau
SAB

678 78 64

Mansoa
(Reg. de Oio)
Bafatá
(Reg. Bafata)

665 73 29

Gabú
(Reg. Gabú)
Quinhamel
(Reg. Biombo)

682 01 64

664 08 36

671 73 78
AGENDA DA MISSÃO AS RADIOS COMUNITARIAS PARCEIRAS DO UNFPA

RADIOS COMUNITARIAS
SEDE
Rádio Comunitária Uler Abande
Canchungo
Rádio Comunitária Viva Bula
Bula
Rádio Comunitária Balafom
Ingore
Rádio Comunitária Kasumai
S. Domingos
Rádio Sol Mansi
Mansoa
Rádio
Comunit.
Voz
de Djalicunda
Djalicunda
Rádio Comunitária de Bafata
Bafata
Rádio Comunitária Wakelare
Contuboel
Rádio Comunitária Sintchan
Gabu
Oco
Rádio Comunitária Gandal
Gabu
Rádio Comunitária Papagaio
Buba
Rádio Comunitária Lamparam
Iemberm
Rádio Comunitária Voz de
Bissau
Quelele
Rádio Jovem
Bissau
Rádio Comunitária “Lua Nova”
Quinhamel

E-mail: ciprianosanca@hotmail.com

ou

rejopod@hotmail.com

REG. SANIT.

DATA DE MISSÃO

Cacheu

26 e 27 de
Maio/2010

Oio

28 de Maio/2010

Bafatá
Gabú

Quinara
Tombali
Bissau (SAB)

29 e 30 de
Maio/2010

31 de Maio e
1 de Junho/2010
2 de Junho/2010

Biombo

Telemóveis: 661 33 64

-

532 70 16

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Impacto programas rádio saúde

  • 1. REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU COORDENAÇÃO NACIONAL RELATÓRIO DE SEGUIMENTO E AVALIAÇÃO DO IMPACTO DAS MENSAGENS DOS PROGRAMAS RADIOFONICOS SOBRE A SAUDE REPRODUTIVA NAS RADIOS COMUNITARIAS PARCEIRAS DO UNFPA PARCERIA: PTA/SR/UNFPA – CICS/INASA - REJOPOD JUNHO DE 2010
  • 2. 1. Introdução Na sequência da proposta conjunta apresentada pela CICS/INASA e REJOPOD no âmbito do apoio que as rádios comunitárias beneficiam do PTA/SR/UNFPA através dos Serviços da Saúde da Família do Ministério da Saúde Publica na componente reforço das capacidades institucionais e mediatização das actividades do PTA realizou-se de 25 de Maio a 2 de Junho de 2010, uma missão conjunta de seguimento e avaliação do impacto das mensagens dos programas radiofónicos sobre a saúde reprodutiva nas rádios comunitárias parceiras do UNFPA. 2. Objectivos da Missão no Terreno 1. Fazer seguimento e monitoramento das emissões dos programas radiofónicos sobre Saúde Reprodutiva nas Rádios Comunitárias parceiras. 2. Auscultar os produtores e apresentadores dos programas SR sobre as suas reais necessidades em matéria de produção radiofónica; 3. Identificar os principais factores de constrangimento (internos e externos) que obstaculizam a produção e difusão de mensagens de SR de qualidade; 4. Avaliar o nível de participação comunitária e de parceiros vocacionados na produção de programas de SR e medir o impacto das mensagens radiodifundidas e as mudanças verificadas nas regiões sanitárias cobertas através de inquérito de opinião. 3. Seguimento dos Programas Radiofónicos da SR De conformidade com a programação, a missão deslocou-se as rádios comunitárias parceiras tendo constatado que todas as rádios que participaram nas duas formações difundem o programa SR. Muito embora essa difusão em algumas rádios já não é frequente. Primeiro, fizeram emissões especiais relativamente as suas participações nos referidos seminários, usando o material recolhido na abertura e encerramento dos mesmos e entrevistas diversas. Segundo, através dos fundos que recebem do PTA SR/UNFPASSR/MINSAP para subsidiar a produção do programa SR no terreno. Contudo, em algumas rádios, os produtores quando não são directores ou administradores da Rádio não sabem dos fundos e consequentemente não recebem subsídios do programa SR. 4. Avaliação dos Programas Radiofónicos da SR Tal como se pretende, essa avaliação visa essencialmente ilustrar a colaboração entre a equipa de produção do programa SR das rádios parceiras com os responsáveis de saúde das respectivas áreas sanitárias de um lado, e do outro, com os parceiros locais que intervêm no domínio da saúde e a própria população durante a recolha de informação ou entrevistas nas tabancas. 4.1. Participação Comunitária na Produção de Programas
  • 3. Nesse capítulo, nota-se de facto um envolvimento comunitário aceitável na produção radiofónica sobretudo nas entrevistas, cartas e em alguns casos chamadas telefónicas dirigidas ao programa em relação aos primeiros anos de parceria. No entanto, as queixas que outrora foram apresentadas pelas rádios pela não concessão de entrevistas ao programa SR por parte de alguns técnicos de saúde das áreas sanitárias cobertas foram ultrapassadas graças as intervenções durante as supervisões ao nível central e dos directores regionais de saúde que orientaram o pessoal da saúde para uma maior colaboração com as rádios comunitárias e sobretudo de aproveitarem no máximo a parceria existe para uma maior disseminação de informações mas sobretudo para a sensibilização e mobilização social para a mudança de atitudes, hábitos, praticas e comportamentos da população em relação aos problemas da saúde que os afectam. Relativamente aos parceiros locais, também observa-se a colaboração, por exemplo, a ONG TOSTAN e a organização Effective Intervention patrocinam programas de saúde nas rádios comunitárias das zonas das suas intervenções aproveitando capacidades, habilidades e experiências acumuladas dos Jornalistas formados pelo PTA SR/UNFPASSR/MINSAP. 4.2. Impacto das Mensagens Radiodifundidas e Mudanças Verificadas É verdade que a mudança de comportamento, hábitos e práticas da população a sua percepção é relativa e depende do tipo de avaliação. Neste caso concreto, trata-se da saúde reprodutiva e das componentes conexas utilizando o inquérito de opinião do grande público por meio rádio. Mesmo assim, dos vários problemas sociais com que se confrontam as populações rurais mormente a saúde reprodutiva, em certos casos nota-se algumas mudanças positivas graças as intervenções bem sucedidas no concernente a procura dos serviços de saúde para tratamento médico e planeamento familiar. Noventa por cento (90%) de homens e rapazes abordados pela missão confirmaram que escutam as emissões de rádio e fazem o PF sendo eles mesmos autorizando e acompanhando as suas esposas e namoradas aos centros de saúde quando doentes, grávidas ou para fazer planeamento familiar mas são eles que indicam a escolha do método e de preferência a pílula e Jadelle em detrimento do DIU e o uso de preservativos. Também cerca de oitenta por cento (80%) das mulheres e raparigas entrevistadas confirmaram terem sidas acompanhadas pelos maridos ou namorados mas revelaram casos chocantes de violência física e psicológica quando houver a alteração do método previamente indicado pelo marido ou namorado em casa. Quer dizer que as alterações posteriores do uso do método sem consentimentos são severamente punidas. Tudo isso significa que as mensagens radiodifundidas são escutadas muito embora encontraram resistências nos factores sócios culturais e religiosos que não favorecem reacções imediatas nas famílias e nas comunidades. Portanto, das opiniões recolhidas e das
  • 4. constatações verificadas notou-se que alguns progressos foram alcançados em termos de adesão as iniciativas comunitárias de saúde reprodutiva das populações das regiões de intervenção do PTA SR/UNFPA e na procura da medicina moderna. 5. Necessidades em Materiais de Produção de Programas Foi em 2003 e 2004, que o UNFPA apoiou algumas rádios comunitárias com motorizadas de marca Honda 125 e com gravadores de reportagens e de montagem de registos bem como os fundos para aquisições de consumíveis (pilhas, cassetes, combustível) e subsídios de deslocação de repórteres para as tabancas. Passados sete (7) anos depois todos esses materiais e equipamentos encontram-se quase na sua generalidade fora de uso e alguns também foram mal parados. Pelo que a missão em todas as rádios que percorreu os materiais que restam já não oferecem qualidade de serviço. Daí que os futuros apoios as rádios comunitárias devem concentrar-se nos materiais de produção de qualidade e de longa duração mas sobretudo do uso fácil no terreno. E esses materiais devem constituir-se de: a) Gravadores de reportagem de duas a quatro pilhas pequenas e de porte de cassetes normais ou digitais com entrada de microfone exterior; b) Gravadores “turbo bass” dupla cassete de seis a oito pilhas grandes para montagem de registos ou Decks dupla cassete, c) Cassetes virgens, CD’s virgens e pilhas alcalinas pequenas e grandes, d) Computadores de mesa e respectivos acessórios incluindo Pen Drive. e) Microfones exteriores; f) Motorizadas ou bicicletas; 6. Dificuldades Varias foram as dificuldades apresentadas pelas rádios desde simples gravador de reportagem até meio de deslocação as áreas sanitárias longínquas. Outras ainda são, de combustível e equipamento de montagem de registos, etc. Mesmo recorrendo aos Estatutos e Regulamentos Internos das rádios existem sempre bloqueios entre as direcções e o pessoal menor. Portanto, nas conversas com alguns produtores outros confessaram de que nunca souberam que o programa que apresentação recebe fundos do PTA SR/UNFPA facto que não recebem subsídio em termos de pagamento pelos serviços prestados. Notase portanto, a falta de informação entre as direcções e o produtor e apresentador do programa SR quando ele não faz parte da direcção. Em relação a produção propriamente dita, como já se referiu, não há uma única rádio parceira que exibiu a missão um gravador de reportagem da pertença do programa SR o que significa que quando a programação se coincidir com a reportagem agendada pela Direcção da rádio sacrifica-se o programa SR por não dispor de gravador especificamente para o seu trabalhado dependendo da agenda da direcção da rádio. Isso também verifica-
  • 5. se nas prioridades da régie técnica na montagem dos registos magmáticos (R/M’s) das entrevistas feitas pelo programa SR. Muito embora os produtores do programa SR são facultados de suportes de memorias quer dizer, manuais de todos temas abordados nas formações, carecem ainda de habilidades na pesquisa de informação para diversificação de fontes e actualização de dados ou simplesmente limitam o trabalho naquilo que têm nas mãos e não aproveitam as mensagens dos cartazes, dos desdobráveis alguns até fornecidos as rádios e de outras fontes diversas. 7. Recomendações Recomenda-se o seguinte: 1. Que doravante o PTA SR/UNFPA através da REJOPOD informa os produtores e apresentadores do programa SR das rádios parceiras sobre os critérios da utilização dos fundos recebidos pela Rádio. 2. Que o PTA SR/UNFPA apoia as rádios parceiras em materiais e equipamentos de produção de programa SR revertendo-se em custos de antena (transmissão) dos mesmos. 3. Que se clarifique no protocolo de parceria a utilização de materiais e equipamentos do programa SR devendo ser do uso exclusivo do produtor e apresentador do programa sob a directa supervisão da direcção de rádio. 4. Que haja a continuidade de formação rotativa para troca de experiências entre as rádios parceiras. Bissau, 4 de Junho de 2010 Pela CICS/MINSAP Jean Pierre Umpeça Especialista em CICS Pela REJOPOD Jornalista Cipriano D. Sanca Coordenador Nacional/REJOPOD E-mail: ciprianosanca@hotmail.com ou rejopod@hotmail.com Telemóveis: 661 33 64 - 532 70 16
  • 6. LISTA NOMINAL DOS PRODUTORES E APRESENTADORES DO PROGRAMA SR Nº NOME E FUNÇÃO ORGÃO SEDE APELIDO CONTACT O 1 Jaqueline Barreto Produtora e Apresentadora de Programa “Saudi pa tudu djintis” Produtor e Apresentador de Programa “Homi ku saudi” 2 Ernesto Dja Nhace 3 Gil Suleimane 4 César Cumuca 5 Adulai T. Camará 6 Braima Balde Produtor e Apresentador de Programa “Saudi na tabanca” 7 Cida Nantcharé Produtora e Apresentadora de Prog.SR, Género e Desenvolvim. 8 Orlando O. Nhaga 9 Braima S. Camara 10 Miguel C. Lima Produtor e Apresentador de Programa “Saudi pa tudu djintis” Produtor e Apresentador de Programa “Saudi pa tudu djintis” Produtor e Apresentador de Prog. “Saudi di nô populaçon” 11 Djanystela Albino 12 José Mango 13 Wilson Pereira 14 Cândido Só 15 Sabino Có Produtor e Apresentador de Programa “Nô Saudi na tabanca” Produtor e Apresentador de Programa “Saudi pa tudu djuntis” Produtor e Apresentador de Prog. “Saudi di nô populaçon” Produtora e Apresentadora de Prog. “Nô tcholana cumpanher pa um morança mindjor” Produtor e Apresentador de Programa “Viva saudi” Produtor e Apresentador de Programa “Saudi regional” Produtor e Apresentador de Programa “Saudi na tabanca” Produtor e Apresentador de Prog. “Saudi di nô populaçon” Rádio Comunitária “Uler Abande” Rádio Comunitária Sintchan Oco Rádio Comunitária Papagaio Rádio Comunitária Balafom Rádio Comunitária Lamparam Rádio Comunitária Wakelare Rádio Comunitária “Voz Djalicunda” Rádio Comunitária Viva Bula Rádio Comunitária Kasumai Rádio Comunitária “Voz de Quelele” Rádio Jovem Rádio Sol Mansi Rádio Comunitária Bafata “RCB” Rádio Gandal Rádio Comunitária Lua Nova Canchungo (Reg. Cacheu) 661 92 22 Gabú (Reg. Gabú) 667 91 89 Buba Reg. Quinara 610 47 43 Ingoré (Reg. Cacheu) 667 79 90 Iemberém Reg. Tombali 654 87 17 Contuboel (Reg. Bafata) 656 42 97 Djalicunda (Reg. de Oio) 662 30 25 Bula (Reg. Cacheu) 684 03 51 S. Domingos (Reg. Cacheu) 678 53 63 Bissau SAB 677 66 23 Bissau SAB 678 78 64 Mansoa (Reg. de Oio) Bafatá (Reg. Bafata) 665 73 29 Gabú (Reg. Gabú) Quinhamel (Reg. Biombo) 682 01 64 664 08 36 671 73 78
  • 7. AGENDA DA MISSÃO AS RADIOS COMUNITARIAS PARCEIRAS DO UNFPA RADIOS COMUNITARIAS SEDE Rádio Comunitária Uler Abande Canchungo Rádio Comunitária Viva Bula Bula Rádio Comunitária Balafom Ingore Rádio Comunitária Kasumai S. Domingos Rádio Sol Mansi Mansoa Rádio Comunit. Voz de Djalicunda Djalicunda Rádio Comunitária de Bafata Bafata Rádio Comunitária Wakelare Contuboel Rádio Comunitária Sintchan Gabu Oco Rádio Comunitária Gandal Gabu Rádio Comunitária Papagaio Buba Rádio Comunitária Lamparam Iemberm Rádio Comunitária Voz de Bissau Quelele Rádio Jovem Bissau Rádio Comunitária “Lua Nova” Quinhamel E-mail: ciprianosanca@hotmail.com ou rejopod@hotmail.com REG. SANIT. DATA DE MISSÃO Cacheu 26 e 27 de Maio/2010 Oio 28 de Maio/2010 Bafatá Gabú Quinara Tombali Bissau (SAB) 29 e 30 de Maio/2010 31 de Maio e 1 de Junho/2010 2 de Junho/2010 Biombo Telemóveis: 661 33 64 - 532 70 16