Uma das principais preocupações que deve ser tida ao negociar um financiamento com a Banca, passa pelo mesmo ter o tipo e o prazo adequado à necessidade em causa
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Como o Crédito por Assinatura Pode Apoiar a Tesouraria da Empresa
1. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos
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O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos IV
PARTE IV Apoios de Tesouraria III
O Crédito por Assinatura
O Crédito por Assinatura compreende em traços gerais as garantias bancárias e os
créditos documentários.
Se bem que utilizados por bastantes empresas, poucas vezes o são na óptica do apoio
de tesouraria.
Estamos perante um tipo de crédito que neste momento os bancos estão também
bastantes interessados, dado que não consome liquidez.
E como utilizar o crédito por assinatura como apoio de tesouraria?
Uma utilização bastante eficaz é a utilização de garantias bancárias de bom pagamento
a favor de um fornecedor. Em termos práticos, solicita-se a um fornecedor um
alargamento do prazo de pagamento, oferecendo como contrapartida o facto de o
acréscimo de saldo em conta corrente passar a ficar garantido por uma instituição
bancária.
Esta utilização é particularmente atraente quando em negociação com um novo
fornecedor. A empresa apresentar-se a um fornecedor com uma garantia bancária
para cobrir parte ou a totalidade do seu saldo de conta corrente, inspira um nível de
confiança que dá à empresa compradora uma posição negocial da qual pode tirar
importantes vantagens, quer ao nível de condições de pagamento, como de preço.
E estamos perante um apoio de tesouraria. Ao permitir o alongamento do prazo de
pagamento, contribui para a diminuição das necessidades de fundo de maneio.
Outro instrumento que permite de forma muito eficaz suprir necessidades de
tesouraria pontuais ou mesmo com um caracter mais regular são os créditos
documentários.
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Uma negociação correcta de uma encomenda com as condições de pagamento a
estabelecerem-se por crédito documentário, permite não só baixar de forma
muitíssimo significativa baixar o risco de crédito do negócio ( principal razão da sua
utilização mais comum ), mas também financiar as necessidades financeiras que
possam derivar dessa encomenda ou mesmo financiar a tesouraria.
Assim um crédito documentário desde que devidamente negociado com o cliente
pode por exemplo ser endossável a um fornecedor, obviando portanto a uma eventual
necessidade de tesouraria que possa advir do ciclo de produção ou das transacções
comerciais inerentes a essa encomenda.
Pode também ser descontado pelo banco, antecipando o pagamento a ser feito pelo
banco do cliente. E aqui, ao contrário das letras ou do factoring com recurso, este
adiantamento normalmente não tem inerente a manutenção do risco de crédito, dado
que em determinadas circunstancias o banco do cliente já terá garantido o pagamento
na data prevista.
Trata-se portanto de um instrumento que permite negociar condições de pagamento
que podem ser a chave para a concretização de um negócio, ao mesmo tempo que
dota a empresa de um instrumento que lhe pode permitir a obtenção de liquidez para
esse, ou mesmo outros negócios, sem sobrecarregar a tesouraria normal da empresa.
Em sentido contrário, ou seja como compradora, a empresa também pode fazer uma
utilização deste instrumento, com efeitos sobre a tesouraria similares ao conseguido
coma garantia bancária de bom pagamento.
Outra utilização como cliente deriva da globalização. Cada vez fazem-se mais negócios
com fornecedores mais distantes e com menos conhecimento pessoal. Zonas há do
globo onde as empresas fornecedoras conseguem preços extremamente baixos, mas
face ao desconhecimento das nossas empresas pedem muitas vezes pagamentos
antecipados. Além do risco de crédito inerente a um pagamento antecipado, temos
ainda o esforço que é pedido à tesouraria, muitas vezes por períodos longos (ciclos de
produção e transportes de regiões longínquas).
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A correcta utilização de créditos documentários de importação pode permitir a uma
empresa alargar o seu leque de opções em termos de fornecimento, conseguindo
eventualmente vantagens concorrenciais importantes, sem “hipotecar” a sua
tesouraria corrente.
Na utilização deste produto há que ter particular atenção, na negociação com a banca
ou com o fornecedor ou cliente, às despesas associadas. Existe uma comissão base,
mas depois em trade finance existem uma série de despesas inerentes sobretudo à
comunicação entre bancos que podem ultrapassar o valor da comissão base, donde a
importância da atenção à negociação das mesmas.
Ficaram alguns exemplos da possibilidade de utilização do crédito por assinatura. As
possibilidades de utilização são quase infinitas, podendo um correcto domínio destes
instrumentos ser essencial à concretização de muitos negócios.