O documento descreve as Cruzadas realizadas entre os séculos XI e XIII com o objetivo de retomar Jerusalém sob domínio cristão. As Cruzadas tiveram motivações religiosas e políticas e resultaram no estabelecimento de Estados cristãos na Terra Santa, além de terem impactos econômicos significativos na Europa, com o fluxo de riquezas do Oriente.
3. Origens da crise feudal
● Vitória do Reino Germânico sobre os Magiares;
● Crescimento demográfico;
● Fome e expulsão do excedente populacional;
● Desenvolvimento de atividades não agrícolas;
● Nobreza despossuída;
● Cisma do Oriente (1054);
● Cruzadas;
● Peste Negra;
● Renascimento comercial, urbano e científico.
4. As Cruzadas (XI - XIII)As Cruzadas (XI - XIII)
● Entre os anos de 1096 e 1270, os europeus
realizaram uma série de expedições militares
(cristãs), visando retomar a cidade de Jerusalém.
● As razões religiosas eram reais, ligadas não apenas à
intensa religiosidade européia medieval, como
também aspectos políticos daquele momento.
● A cidade santa de Jerusalém era parte do Império
Islâmico desde o século VII, e mesmo dominando a
região, não houve limitações à presença cristã em
Jerusalém.
5. ● Entretanto, no século X, a expansão dos turcos
seldjúcidas trouxe alterações para as relações com
os europeus. Assumindo uma postura muito mais
radical, os turcos passaram a proibir as
peregrinações cristãs a Jerusalém.
● Em 1095, o papa Urbano II fez uma exortação aos
cristãos europeus no Concílio de Clermont, para que
organizassem uma expedição militar com vistas a
retomar a cidade de Jerusalém.
6. ● Cruzada dos Mendigos: Após a exortação de
Urbano II, Pedro, o Emerita, e Gautier Sem-Vintém
organizaram uma expedição sem qualquer apoio
oficial, partindo para a Palestina. Em 1096, foram
massacrados pelos Turcos.
● Primeira Cruzada: Ainda no ano de 1096, com a
direta organização da Igreja, realizou-se aquela que
ficou conhecida como Cruzada dos Nobres (1096-
1099), liderada por grandes senhores francos e
normandos. Manifestava um interesse claramente
econômico e político, estabelecendo na Terra Santa
vários Estados: O Reino de Jerusalém, o Principado
de Antioquia e os Condados de Edessa e Trípoli.
7. ● Foi também nessa Cruzada que surgiram as ordens
monástico-militares dos Templários e dos
Hospitalários, criadas para administrar as vastas
riquezas obtidas pela Igreja no Movimento.
● Algumas dessas expedições não lograram qualquer
resultado efetivo. São elas a Segunda Cruzada
(1147-1149), a Quinta Cruzada (1218-1221), a
Sétima (1250) e a Oitava (1270).
● A Cruzada das Crianças (1212) foi organizada com
base em um sentimento místico popular, baseado na
crença que apenas as almas sem pecado poderiam
entrar em Jerusalém. Com cerca de mil crianças,
seus participantes foram capturados pelos piratas
sarracenos e vendidos como escravos no norte da
África.
8. ● Terceira Cruzada: ou Cruzada dos Reis
(1189-1192), foi organizada após a tomada de
Jerusalém pelo Sultão Saladino e foi chefiada pelos
maiores soberanos da Europa: Ricardo I, coração de
Leão, da Inglaterra; Felipe II, Augusto, da França; e
Frederico I, Barba-Ruiva, do Sacro Império.
Frederico morreu a caminho, Luís voltou para a
França e Ricardo não conseguiu sucesso militar,
podendo apenas negociar uma trégua, que permitia
as peregrinações cristãs a Jerusalém.
9. ● Quarta Cruzada: ou Cruzada Comercial (1202-
1204), mostrou o quanto os interesses econômicos
sobrepujaram o fervor religioso. Organizada
diretamente pelos comerciantes venezianos, ela se
voltou contra o Império Bizantino. Constantinopla, o
principal entreposto comercial da época, foi tomada
e ali fundado o Império Latino do Oriente, que
durou até 1261. Veneza pôde, assim, assumir o
controle comercial do mediterrâneo oriental.
● Sexta Cruzada: (1228-1229) foi organizada pelo
imperador Frederico II, que, sem combater,
conseguiu a cessão de Jerusalém por dez anos, por
meio de acordos diplomáticos.
10.
11. ● Mesmo com o fracasso de algumas expedições e
com a perda posterior de Jerusalém, as Cruzadas
tiveram efeitos significativos e decisivos para a vida
econômica européia. O afluxo de imensas riquezas
obtidas pelos saques ao Oriente alimentou o
comércio crescente na Europa. Mais do que isso, a
retomada da navegação européia no Mediterrâneo
acentuava de modo intenso o comércio, tendo no
Oriente o seu grande mercado. Não por acaso, o
processo que segue às Cruzadas na Europa é
conhecido como de intensa reativação comercial.
12. O Renascimento Comercial e UrbanoO Renascimento Comercial e Urbano
● Quando retornavam das cruzadas, muito cavaleiros
saqueavam cidades no oriente. O material
proveniente destes saques (joias, tecidos, temperos,
etc) eram comercializados no caminho. Foi neste
contexto que surgiram as rotas comerciais e as feiras
medievais. A saída dos muçulmanos do mar
Mediterrâneo também favoreceu o renascimento
comercial.
13. Enquanto as cidades romanas renasceram, outras se
desenvolveram das abadias e dos mosteiros que na
época eram cercados de muralhas. E muitas mais
surgiram em torno dos burgus (“fortificação”), que
designava os pontos fortes que dominavam os locais
de travessia dos rios, ou as elevações. Amuralhados,
eles serviam de abrigo para as populações
circunvizinhas na ocorrência de invasões.
●
14.
15. ● No século XI, as cidades já apresentavam poder e
uma grande influência econômica, assim os
burgueses começaram a lutar pela sua autonomia em
relação ao feudo, surgindo assim, o movimento
comunal.
● Primeiramente, os senhores começaram a renunciar
seus direitos mediante um pagamento, assim as
cidades passavam a ser chamadas de cidades
francas, que eram livres do domínio senhorial.
Porém, alguns senhores não aceitaram o acordo, e
então os burgueses decidiram iniciar um confronto.
As cidades que sofreram com esta revolta foram
nomeadas de comunas.
●
16. ● Com o aquecimento do comércio surgiram também
novas atividades como, por exemplo, os cambistas
(trocavam moedas) e os banqueiros (guardavam
dinheiro, faziam empréstimos, etc).
● No século XII, as cidades marítimas alemãs,
lideradas por Lübeck, formaram a Liga Hanseática,
visando defender os interesses comuns das cidades
comerciais da costa do mar do Norte e do Báltico.
17. Guerra dos cem anos
● Em meados do século XIV (mais especificamente,
no ano de 1337), a França e a Inglaterra iniciaram
uma série de conflitos armados. O conflito militar
foi causado, principalmente, pela rivalidade entre
Filipe de Valois, proclamado rei da França depois da
morte de Carlos IV (último da dinastia dos capetos)
e Eduardo III da Inglaterra. Este último pretendia ter
direito à coroa francesa por parte de sua mãe.
Disputas territoriais e comerciais também
influenciaram o conflito.
●
18. - Batalha de Crécy - 1346
● - Batalha de Calais - 1347
● - batalha de Poitiers - 1356
● - Batalha de Azincourt - 1415
● - Batalha de Orleães - 1429
● - Batalha de Jargeau - 1429
● - Batalha de Patay - 1429
● - Batalha de Formigny - 1450
● - Batalha de Castillon - 1453
●Principais batalhas da Guerra dos
Cem Anos
19.
20. O Sacro Império e a Igreja
● No decorrer do século XI, a Igreja passou por um
movimento reformista, liderado pela Ordem de
Cluny, que visava aumentar a autoridade papal
(monarquia pontificial) e combater a corrupção e o
desregramento do clero, especialmente o nicolaísmo
(casamento dos padres) e a simonia (comércio dos
bens eclesiásticos).
21. ● A autoridade papal sobre o clero alemão era fraca,
em razão da antiga prática dos soberanos alemães de
investir bispos e abades com poderes condais,
tornando-os funcionários imperiais (investidura
laica). Quando Gregório VII, antigo monge de
Cluny, tornou-se papa em 1073, buscou afirmar a
independência da Igreja em relação ao poder
imperial, tornando inevitável um confronto com o
imperador Henrique IV.
22. ● Nesse conflito, chamado Questão ou Quarela das
Investiduras, ambos os lados acabaram se
enfraquecendo. Ele teve início com a negativa do
imperador Henrique IV em aceitar cardeais e bispos
que haviam sido investidos pelo papa para ocupar
terras da Igreja dentro dos limites do Império.
● A conciliação veio com a Concordata de Worns
(1122) que criou a dupla investidura, a espiritual,
feita pelo papa, e a temporal, pelo imperador.
23. As transformações culturaisAs transformações culturais
● Alta Idade Média (V-X)
-Românico;
-Patrística.
● Baixa Idade Média (XI – XV)
-Gótico;
-Escolástica.
24. ● O monopólio cultural da Igreja foi quebrado pela
vitalidade urbana. Nas cidades surgiram as
universidades, onde se estudava, além de Teologia,
Artes, Direito e Medicina, refletindo melhor
preocupação com o bem estar durante a vida terrena.
● O latim, língua artificial e geral veiculada pela
igreja, perdeu espaço para as línguas vulgares, não
só nas artes literárias, mas também em de caráter
científico.
25.
26. ● Refletindo as mudanças, a Igreja durante o século
XIII propagou o purgatório, maravilhosamente
descrito na Divina Comédia, de Dante Alighieri.
● Um dos efeitos da nova vitalidade urbana foi o
crescimento do humanismo. Esse resgate de
elementos do passado clássico greco-romano foi
uma primeira tentativa de superar o teocentrismo
medieval e encontrar uma explicação para os vários
fenômenos que nos cercam, baseada no homem e na
sua capacidade de realização.
27.
28. Resumo do Renascimento
● *Antropocentrismo
● *Racionalidade
● * Dignidade do Ser Humano
● * Rigor Científico
● * Ideal Humanista
● * Reutilização das artes greco-romana
● *Individualismo
30. ● 1.Durante o século XI ao XIII, a Europa
Ocidental viveu um período de relativa paz.
Entre os fatores que contribuíram para isso,
destacam-se:
●
● a) o fim das sucessivas ondas de invasões
● b) o reconhecimento da pobreza pela igreja católica
● c) o começo das primeiras expedições
● d) o início das chuvas naquela região
● e) o trabalho dos sacerdotes contra a miséria
31. 2. Enfraquecida pela fome, enorme parcela da população
europeia tornou-se vítima de moléstia contagiosa durante os
anos de 1347 a 1350, uma epidemia que ficou conhecida como:
a) peste bubônica
b) peste negra
c) epidemia medieval
d) epidemia da idade média
e) epidemia bubônica
32. ● 3. Em 1309, o papa Clemente V transferiu a sede da igreja
católica para a cidade de Avinhão na França com interesse
de:
●
● a) manter boas relações com o rei da França e fugir das
perturbações políticas que agitavam a Itália.
● b) trazer novos conhecimentos políticos e religiosos para o
crescimento da igreja católica.
● c) de se unir ao governo francês em defesa de seus interesses
econômico e político.
● d) se esconder da classe pobre que o perseguiu e o ameaçava de
morte.
● e) de trazer novas tecnologias usadas na agricultura e buscar
conhecimentos religiosos.
33. ● 4. (PUC) – As “hansas”, surgidas na Alemanha a
partir do século XII, tinham por principal
objetivo:
● a) defender os interesses comerciais das cidades
alemãs;
● b) impedir a expansão de doutrinas contrárias ao
Catolicismo;
● c) combater a influência política do capitalismo
comercial;
● d) divulgar a cultura monástica nos países
setentrionais;
● e) restaurar a economia alemã após a Guerra dos
Trinta Anos.
34. ● 5. (GV) – A Guerra dos Cem Anos (1337-1453), entre
franceses e ingleses, teve como consequências principais:
● a) a consolidação do poder monárquico na França e a
expulsão quase completa dos ingleses do território francês;
● b) a consolidação do poder monárquico na Inglaterra e a
expulsão quase completa dos franceses do território inglês;
● c) a incorporação de parte do território francês pela
Inglaterra e o consequente enfraquecimento do poder real na
França;
● d) a incorporação de parte do território inglês pela França e
o consequente enfraquecimento do poder real na Inglaterra;
● e) a aliança entre franceses e flamengos e o fim da
hegemonia inglesa sobre o comércio europeu.
35. ● 6. (Fuvest) “Após ter conseguido tirar da nobreza o poder político
que ela detinha enquanto ordem, os soberanos a atraíram para a
corte e lhe atribuíram funções políticas e diplomáticas."
●
● Essa frase, extraída da obra de Max Weber, Política como vocação,
refere-se ao processo que, no Ocidente:
● a) destruiu a dominação social da nobreza, na passagem da Idade
Moderna para a Contemporânea;
● b) estabeleceu a dominação social da nobreza, na passagem da
Antiguidade para a Idade Média;
● c) fez da nobreza uma ordem privilegiada, na passagem da Alta Idade
Média para a Baixa Idade Média;
● d) conservou os privilégios políticos da nobreza, na passagem do
Antigo Regime para a Restauração;
● e) permitiu ao Estado dominar politicamente a nobreza, na passagem
da Idade Média para a Moderna.
36. ● 7. (FUVEST) – A proliferação das universidades
medievais, no século XIII, responsável por importantes
transformações culturais, está relacionada:
● a) ao Renascimento cultural promovido por Carlos Magno e
pelo homens cultos que trouxe para sua Corte;
● b) à invenção da imprensa, que possibilitou a reprodução
dos livros a serem consultados por mestres e alunos;
● c) à importância de se difundir o ensino do latim, língua
utilizada pela Igreja para escrever tratados teológicos, cartas
e livros;
● d) ao crescimento do comércio, ao desenvolvimento das
cidades e às aspirações de conhecimentos da burguesia;
● e) à determinação de eliminar a ignorância e o
analfabetismo da chamada Idade da Trevas.
37. ● 8. (Fuvest) As feiras na Idade Média
constituíram-se:
● a) instrumentos de comércio local das cidades para o
abastecimento cotidiano dos seus habitantes.
● b) áreas exclusivas de câmbio das diversas moedas
européias.
● c) locais de comércio de amplitude continental que
dinamizaram a economia da época.
● d) locais fixos de comercialização da produção dos
feudos.
● e) instituições carolíngias para renascimento do
comércio abalado com as invasões no Mediterrâneo.
38. 9.(Fuvest) A partir do século XI, na Europa
Ocidental os poderes monárquicos foram lentamente
se reconstituindo, e em torno deles surgiram os
diversos Estados nacionais. Explique as razões desse
processo de centralização política.
39. ● R: O motos destas mudanças políticas foi o
renascimento comercial, estimulado pela nova classe
sociail, a burguesia. O renascimento provocou a
decadência do feudalismo e dos poderes locais e
universais.