SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  19
Clara Mendes
Movimentos NativistasMovimentos Nativistas
Movimentos Nativistas – A partirMovimentos Nativistas – A partir
do séc. XVIdo séc. XVI
● Movimentos de contestação ao domínio português e ao
aumento da opressão metropolitana
● Reações de de descontentamento entre os colonos atingidos
por tais medidas
● Movimentos localizados, voltados à resolução de aspectos
isolados da relação metrópole-colônia.
● Não possuem a dimensão de uma contestação ao domínio
metropolitano como um todo e sem que forjasse a ideia de
uma nação (que, no caso, seria toda a colônia.)
Aclamação de Amador Bueno –Aclamação de Amador Bueno –
1641 – São Paulo1641 – São Paulo
● Ocorrida um ano após o fim da União Ibérica.
● Escravização indígena aumentado substancialmente no período de
dominação espanhola.
● Jesuítas enviados à capitania de São Vincente.
● “Botada dos padres fora”: reação dos bandeirantes paulistas,
expulsando os jesuítas.
● Aclamação de um comerciante de origem espanhola como “Rei
de São Paulo”, alardeando sua ruptura com Portugal.
● Amador Bueno recusou o título fugindo por três dias dos
manifestantes.
Revolta de Beckman – 1684 -Revolta de Beckman – 1684 -
MaranhãoMaranhão
● Criação da Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão, em 1982, cujo
objetivo era monopolizar as drogas do sertão.
● Presença de jesuítas, os quais, com o apoio da coroa, impediam a escravização do
índio.
● A companhia do comércio vendia produtos europeus a um preço altíssimo e pagava
valores insignificantes pela produção local.
● Os revoltosos, sob a liderança de Manuel Beckman, ocuparam a cidade de São
Luís, expulsaram os representantes da companhia de comércio e os jesuítas e
instituíram um governo próprio.
● Envio do emissário Thomas Beckman para afirmar lealdade ao rei.
Guerra dos Emboabas – MinasGuerra dos Emboabas – Minas
Gerais – 1708 e 1709Gerais – 1708 e 1709
● Conflito envolvendo bandeirantes paulistas de um lado e portugueses de
outro, na disputa pelo domínio das áreas coloniais.
● As jazidas haviam sido descobertas por paulistas, os quais se
consideravam os proprietários da região e que, ao mesmo tempo, os
portugueses contavam com o apoio das autoridades metropolitanas.
● Principal luta ocorreu no chamado Capão da Traição, onde mais de 300
paulistas foram massacrados.
● A intervenção das autoridades portuguesas, assim como a descoberta do
ouro em Goiás e Mato Grosso, atraindo os bandeirantes para essas
regiões, contribuíram para o fim dos conflitos.
Guerra dos Mascates –Guerra dos Mascates –
Pernambuco - 1710 e 1711Pernambuco - 1710 e 1711
● A mais violenta e significativa de todas as revoltas nativistas
● Decadência da economia pernambucana (desde a expulsão dos holandeses)
● A aristocracia, empobrecida, mantinha o domínio político da região através da Câmara
Municipal de Olinda, a qual detinha o controle do porto do Recife.
● - Conquista da emancipação de Recife, através de Carta Régia de 1709, que passou a ser
vila independente, conquistando autonomia política com relação à Olinda. A aristocracia
rural de Olinda temia que Recife, além de ser o centro econômico, passasse a ser
também o centro político de Pernambuco.
● Inconformados, os olindeses invadiram Recife, dando origem a guerra. Com a
intervenção de Portugal, a guerra terminou em 1711.
● Todos os revoltosos foram anistiados, mas Recife manteve sua autonomia e foi
transformada em sede administrativa da Capitania.
Revolta de Filipe dos Santos –Revolta de Filipe dos Santos –
Vila Rica - 1720Vila Rica - 1720
● Reação aos excessos fiscalistas que incidiam sobre a mineração.
● A situação foi agravada quando, em 1719, o governo proibiu a circulação do
ouro em pó, instituindo a obrigatoriedade de que todo o ouro obtido fosse
entregue às Casas de Fundição.
● Mais de 20000 mineradores se rebelaram contra a medida. Passaram a
pressionar o intendente de Minas Gerais, o conde de Assumar, exigindo também
o fim de vários impostos que incidiam sobre a atividade econômica.
● Sem tropas que permitissem conter os revoltosos, Assumar adotou a posição de
tentar negociar e garantir-lhes a simpatia, acenando com o atendimento de todas
as reivindicações.
● Logo que conseguiu reunir um contingente suficiente de homens, Assumar
atacou os revoltosos, prendendo todos os líderes. Felipe dos Santos, um deles,
foi enforcado e esquartejado, como forma de atemorizar a população.
Movimentos EmancipacionistasMovimentos Emancipacionistas
Inconfidência Mineira – 1789Inconfidência Mineira – 1789
● Organizada, inicialmente, contra a derrama e o arrocho na
região das minas. Tratava-se, a princípio, de uma
articulação de intelectuais, entre eles Cláudio Manuel da
Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto, Tomás Antonio
Gonzaga, os padres José de Oliveira Rolim, Carlos
Correia de Toledo e Manuel Rodrigues da Costa, além de
Joaquim Maia, o qual buscou contato com Thomas
Jefferson, líder do processo de independência das colônias
inglesas da América do Norte, e José Álvares Maciel, o
qual buscou o apoio dos comerciantes ingleses à rebelião.
● Em contraponto com o caráter de elite dos outros
líderes, a figura do alferes Joaquim José da Silva
Xavier, conhecido como Tiradentes, ganhava um papel
fundamental. Ele seria o elemento de ligação entre ps
ideais dessa elite intelectualizada e os setores populares,
dos quais a elite precisava para atingir seus objetivos.
● Objetivos difusos e mal definidos.
● Intenção de proclamação de uma república nas Gerais
(depoimentos dos réus)
●
● As ideias avançadas da República e liberdade apareciam como
forma de se livrar da opressão feita pelo absolutismo e pelo
colonialismo, buscando filiação com as luzes europeias.
● O plano era se aproveitar da indignação da população,
causada pela derrama, para desencadear um movimento
insurrecional com vistas à tomada do poder. Entretanto, o
movimento foi denunciado por alguns de seus participantes
em troca do perdão de suas dívidas, delatando os planos dos
revoltosos ao Visconde de Barbacena, o intendente das minas.
● Os inconfidentes nem chegaram a por em prática os seus
planos, pois o governador suspendeu a derrama e
ordenou as prisões dos revolucionários. Foram todos
julgados e Tiradentes foi levado ao RJ e condenado à
forca. Os demais líderes foram condenados ao desterro,
sendo que Cláudio Manuel da Costa morreu na prisão
antes do julgamento, tendo-se suicidado, segundo a
versão oficial.
● Foi um movimento que, mais uma vez, passava distante
de qualquer reivindicação popular.
A Conjuração Baiana - 1798A Conjuração Baiana - 1798
● Conhecida também como Conjuração dos Alfaiates.
● Movimento de características essencialmente populares,
contando com a participação e liderança de escravos, mulatos
e setores livres urbanos de baixa renda.
● Transferência da capital para o RJ, esvaziando
economicamente Salvador.
● Ideias básicas, em tese, são as mesmas da Inconfidência
Mineira, ou seja, as do Iluminismo europeu. Por outro lado,
houve movimentos que superaram em muito as concepções
burguesas.
● Houve a participação de setores da elite baiana, num primeiro
momento. Entretanto, os membros da elite, os quais buscavam
limitar as propostas de transformações sociais, viram-se
isolados, retirando-se da articulação.
● Atraíram o apoio dos setores populares urbanos de Salvador
por suas ideias: a República, a libertação em relação a
Portugal, a democracia, o aumento dos salários, a liberdade de
comércio, além do fim da escravidão e da abolição de todas as
formas de preconceito.
● A revolta em 12/08/1798, com os revoltosos espalhando-
se pela cidade de Salvador. Entretanto, foi denunciada
antecipadamente por alguns traidores, sofrendo pronta
repressão das autoridades, as quais sabiam inclusive
quem eram os cabeças.
● Com as prisões e assassinatos, o movimento foi
totalmente derrotado. Após um ano de prisões e
julgamentos, as penas começaram a ser divulgadas em
1799, sendo os mais pobres enforcados e esquartejados.
A Revolução Pernambucana deA Revolução Pernambucana de
18171817
● Coroa portuguesa sediada no RJ, com o Brasil convertendo-se em sede da
monarquia.
● Decadência econômica no Nordeste e agravando-se cada vez mais.
● Guerra de Portugal contra a França, contribuindo para acentuar a crise, uma
vez que a França era um dos compradores do açúcar nordestino.
● Domingos José Martins, João Ribeiro e Miguel Joaquim de Almeida Castro
entre os líderes. Apoio também dos militares, tendo o movimento a força
necessária para derrubar o governo, implantar um novo governo
republicano, decretar a extinção dos impostos, a liberdade de imprensa e de
religião e a igualdade entre os cidadãos.
● Estabeleceram-se contatos com os governos dos EUA e
da Inglaterra, buscando, sem sucesso, o reconhecimento
político. Ao mesmo tempo, ganhavam a adesão dos
revoltosos da Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas.
● O movimento, contudo, procurou não romper com os
interesses da elite agrária. Assim, a Lei Orgânica, um
esboço de uma Constituição para o movimento,
assegurava, entre outras coisas, a propriedade privada,
inclusive de escravos.
● Repressão violenta, tendo todos os líderes presos,
além de mais de duzentos participantes. O padre
Miguel Joaquim de Almeida Castro, conhecido
como padre Miguelinho, foi executado, a exemplo
das lideranças carismáticas dos demais movimentos
emancipacionistas.
●Entretanto, a repressão ao movimento não
conseguiu sufocar as ideias revolucionárias
e separatistas. Elas voltariam a ganhar
forma sete anos depois, na mesma região,
em um movimento que se alastrou por todo
o Nordeste e que se constituiu no maior
elemento de oposição política ao governo
de d. Pedro no Brasil recém-separado de
Portugal.

Contenu connexe

Tendances

Brasil colônia4 revoltas nativistas
Brasil colônia4 revoltas nativistasBrasil colônia4 revoltas nativistas
Brasil colônia4 revoltas nativistasdmflores21
 
Mineração no Brasil Colônia
Mineração no Brasil ColôniaMineração no Brasil Colônia
Mineração no Brasil ColôniaJerry Guimarães
 
Brasil colonial as revoltas coloniais
Brasil colonial   as revoltas coloniaisBrasil colonial   as revoltas coloniais
Brasil colonial as revoltas coloniaisEdenilson Morais
 
A revolução inglesa
A revolução inglesaA revolução inglesa
A revolução inglesaJanayna Lira
 
A EUROPA NO SÉCULO XIX
A EUROPA NO SÉCULO XIXA EUROPA NO SÉCULO XIX
A EUROPA NO SÉCULO XIXIsabel Aguiar
 
Imperialismo do século XIX
Imperialismo do século XIXImperialismo do século XIX
Imperialismo do século XIXRodrigo Luiz
 
America espanhola
America espanholaAmerica espanhola
America espanholajoana71
 
INDEPENDÊNCIA DOS EUA
INDEPENDÊNCIA DOS EUAINDEPENDÊNCIA DOS EUA
INDEPENDÊNCIA DOS EUAIsabel Aguiar
 
Revoltas no brasil colonial
Revoltas no brasil colonialRevoltas no brasil colonial
Revoltas no brasil colonialseixasmarianas
 
O Renascimento - 7º Ano (2017)
O Renascimento - 7º Ano (2017)O Renascimento - 7º Ano (2017)
O Renascimento - 7º Ano (2017)Nefer19
 
Independencia america espanhola
Independencia america espanholaIndependencia america espanhola
Independencia america espanhola7 de Setembro
 
Inconfidência Mineira
Inconfidência MineiraInconfidência Mineira
Inconfidência MineiraMarina Wekid
 
As Grandes Navegações - 7º Ano (2017)
As Grandes Navegações - 7º Ano (2017)As Grandes Navegações - 7º Ano (2017)
As Grandes Navegações - 7º Ano (2017)Nefer19
 

Tendances (20)

Brasil colônia4 revoltas nativistas
Brasil colônia4 revoltas nativistasBrasil colônia4 revoltas nativistas
Brasil colônia4 revoltas nativistas
 
Mineração no Brasil Colônia
Mineração no Brasil ColôniaMineração no Brasil Colônia
Mineração no Brasil Colônia
 
Brasil colonial as revoltas coloniais
Brasil colonial   as revoltas coloniaisBrasil colonial   as revoltas coloniais
Brasil colonial as revoltas coloniais
 
A revolução inglesa
A revolução inglesaA revolução inglesa
A revolução inglesa
 
Brasil invasões estrangeiras - francesas e holandesas
Brasil invasões estrangeiras - francesas e holandesasBrasil invasões estrangeiras - francesas e holandesas
Brasil invasões estrangeiras - francesas e holandesas
 
A EUROPA NO SÉCULO XIX
A EUROPA NO SÉCULO XIXA EUROPA NO SÉCULO XIX
A EUROPA NO SÉCULO XIX
 
8 2º reinado
8  2º reinado8  2º reinado
8 2º reinado
 
Imperialismo do século XIX
Imperialismo do século XIXImperialismo do século XIX
Imperialismo do século XIX
 
America espanhola
America espanholaAmerica espanhola
America espanhola
 
Esparta aula 2
Esparta   aula 2Esparta   aula 2
Esparta aula 2
 
INDEPENDÊNCIA DOS EUA
INDEPENDÊNCIA DOS EUAINDEPENDÊNCIA DOS EUA
INDEPENDÊNCIA DOS EUA
 
Revoltas no brasil colonial
Revoltas no brasil colonialRevoltas no brasil colonial
Revoltas no brasil colonial
 
Primeiro Reinado
Primeiro ReinadoPrimeiro Reinado
Primeiro Reinado
 
O Renascimento - 7º Ano (2017)
O Renascimento - 7º Ano (2017)O Renascimento - 7º Ano (2017)
O Renascimento - 7º Ano (2017)
 
Independencia america espanhola
Independencia america espanholaIndependencia america espanhola
Independencia america espanhola
 
Inconfidência Mineira
Inconfidência MineiraInconfidência Mineira
Inconfidência Mineira
 
Era Napoleônica
Era NapoleônicaEra Napoleônica
Era Napoleônica
 
Segundo reinado (completo)
Segundo reinado (completo)Segundo reinado (completo)
Segundo reinado (completo)
 
As Grandes Navegações - 7º Ano (2017)
As Grandes Navegações - 7º Ano (2017)As Grandes Navegações - 7º Ano (2017)
As Grandes Navegações - 7º Ano (2017)
 
O império napoleônico
O império napoleônicoO império napoleônico
O império napoleônico
 

Similaire à Movimentos Nativistas x Movimentos Emancipacionistas

Resumo pra p.m de história 3º trimestre
Resumo pra p.m de história 3º trimestreResumo pra p.m de história 3º trimestre
Resumo pra p.m de história 3º trimestreMarcos Schwartz
 
Capítulo 8-Independência do Brasil.ppt
Capítulo 8-Independência do Brasil.pptCapítulo 8-Independência do Brasil.ppt
Capítulo 8-Independência do Brasil.pptBetoFonseca8
 
2ºano - Brasil colônia parte 2 - movimentos contra a coroa
2ºano - Brasil colônia parte 2 - movimentos contra a coroa2ºano - Brasil colônia parte 2 - movimentos contra a coroa
2ºano - Brasil colônia parte 2 - movimentos contra a coroaDaniel Alves Bronstrup
 
Movimentos anti coloniais na américa portuguesa disma
Movimentos anti coloniais na américa portuguesa dismaMovimentos anti coloniais na américa portuguesa disma
Movimentos anti coloniais na américa portuguesa dismaDismael Sagás
 
Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015
Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015
Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015João Medeiros
 
A influência das ideias iluministas no brasil 8°
A influência das ideias iluministas no brasil 8°A influência das ideias iluministas no brasil 8°
A influência das ideias iluministas no brasil 8°Josivane Love
 
www.AulasDeHistoriaApoio.com - História - Revoltas Coloniais
www.AulasDeHistoriaApoio.com  - História -  Revoltas Coloniaiswww.AulasDeHistoriaApoio.com  - História -  Revoltas Coloniais
www.AulasDeHistoriaApoio.com - História - Revoltas ColoniaisAulasDeHistoriaApoio
 
175 abcdefghi brasil colonial 1750 1801 crise na produção aurifera e do siste...
175 abcdefghi brasil colonial 1750 1801 crise na produção aurifera e do siste...175 abcdefghi brasil colonial 1750 1801 crise na produção aurifera e do siste...
175 abcdefghi brasil colonial 1750 1801 crise na produção aurifera e do siste...cristianoperinpissolato
 
2° ano - Processos de Independência na América
2° ano - Processos de Independência na América2° ano - Processos de Independência na América
2° ano - Processos de Independência na AméricaDaniel Alves Bronstrup
 
Independencias
IndependenciasIndependencias
Independenciasdinicmax
 
Inconfidência mineira e independência do brasil
Inconfidência mineira e independência do brasilInconfidência mineira e independência do brasil
Inconfidência mineira e independência do brasilJefferson Barroso
 
Revoltas Nativistas e Emancipacionistas
Revoltas Nativistas e EmancipacionistasRevoltas Nativistas e Emancipacionistas
Revoltas Nativistas e EmancipacionistasValéria Shoujofan
 
Movimentoscoloniais
MovimentoscoloniaisMovimentoscoloniais
MovimentoscoloniaisGean Bonatto
 

Similaire à Movimentos Nativistas x Movimentos Emancipacionistas (20)

Independência do brasil
Independência do brasilIndependência do brasil
Independência do brasil
 
Resumo pra p.m de história 3º trimestre
Resumo pra p.m de história 3º trimestreResumo pra p.m de história 3º trimestre
Resumo pra p.m de história 3º trimestre
 
Capítulo 8-Independência do Brasil.ppt
Capítulo 8-Independência do Brasil.pptCapítulo 8-Independência do Brasil.ppt
Capítulo 8-Independência do Brasil.ppt
 
2ºano - Brasil colônia parte 2 - movimentos contra a coroa
2ºano - Brasil colônia parte 2 - movimentos contra a coroa2ºano - Brasil colônia parte 2 - movimentos contra a coroa
2ºano - Brasil colônia parte 2 - movimentos contra a coroa
 
Movimentos anti coloniais na américa portuguesa disma
Movimentos anti coloniais na américa portuguesa dismaMovimentos anti coloniais na américa portuguesa disma
Movimentos anti coloniais na américa portuguesa disma
 
Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015
Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015
Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015
 
3ão - Fim da Colonização
3ão - Fim da Colonização 3ão - Fim da Colonização
3ão - Fim da Colonização
 
Revoltas do Brasil Colônia
Revoltas do Brasil ColôniaRevoltas do Brasil Colônia
Revoltas do Brasil Colônia
 
A influência das ideias iluministas no brasil 8°
A influência das ideias iluministas no brasil 8°A influência das ideias iluministas no brasil 8°
A influência das ideias iluministas no brasil 8°
 
mix
mixmix
mix
 
www.AulasDeHistoriaApoio.com - História - Revoltas Coloniais
www.AulasDeHistoriaApoio.com  - História -  Revoltas Coloniaiswww.AulasDeHistoriaApoio.com  - História -  Revoltas Coloniais
www.AulasDeHistoriaApoio.com - História - Revoltas Coloniais
 
175 abcdefghi brasil colonial 1750 1801 crise na produção aurifera e do siste...
175 abcdefghi brasil colonial 1750 1801 crise na produção aurifera e do siste...175 abcdefghi brasil colonial 1750 1801 crise na produção aurifera e do siste...
175 abcdefghi brasil colonial 1750 1801 crise na produção aurifera e do siste...
 
2° ano - Processos de Independência na América
2° ano - Processos de Independência na América2° ano - Processos de Independência na América
2° ano - Processos de Independência na América
 
Independencias
IndependenciasIndependencias
Independencias
 
Revoltas Emancipacionistas
Revoltas EmancipacionistasRevoltas Emancipacionistas
Revoltas Emancipacionistas
 
Inconfidência mineira e independência do brasil
Inconfidência mineira e independência do brasilInconfidência mineira e independência do brasil
Inconfidência mineira e independência do brasil
 
Revoltas Nativistas e Emancipacionistas
Revoltas Nativistas e EmancipacionistasRevoltas Nativistas e Emancipacionistas
Revoltas Nativistas e Emancipacionistas
 
Movimentoscoloniais
MovimentoscoloniaisMovimentoscoloniais
Movimentoscoloniais
 
Revisão – pas.1pptx
Revisão – pas.1pptxRevisão – pas.1pptx
Revisão – pas.1pptx
 
2° ano - Brasil República Velha
2° ano - Brasil República Velha2° ano - Brasil República Velha
2° ano - Brasil República Velha
 

Dernier

Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)Centro Jacques Delors
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfLidianeLill2
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeLEONIDES PEREIRA DE SOUZA
 
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxtensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxgia0123
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...azulassessoria9
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...azulassessoria9
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaCentro Jacques Delors
 
Falando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introdFalando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introdLeonardoDeOliveiraLu2
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfJuliana Barbosa
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Centro Jacques Delors
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxMarcosLemes28
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPEli Gonçalves
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Centro Jacques Delors
 
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022LeandroSilva126216
 

Dernier (20)

Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
 
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxtensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
 
Falando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introdFalando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introd
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
 

Movimentos Nativistas x Movimentos Emancipacionistas

  • 2. Movimentos Nativistas – A partirMovimentos Nativistas – A partir do séc. XVIdo séc. XVI ● Movimentos de contestação ao domínio português e ao aumento da opressão metropolitana ● Reações de de descontentamento entre os colonos atingidos por tais medidas ● Movimentos localizados, voltados à resolução de aspectos isolados da relação metrópole-colônia. ● Não possuem a dimensão de uma contestação ao domínio metropolitano como um todo e sem que forjasse a ideia de uma nação (que, no caso, seria toda a colônia.)
  • 3. Aclamação de Amador Bueno –Aclamação de Amador Bueno – 1641 – São Paulo1641 – São Paulo ● Ocorrida um ano após o fim da União Ibérica. ● Escravização indígena aumentado substancialmente no período de dominação espanhola. ● Jesuítas enviados à capitania de São Vincente. ● “Botada dos padres fora”: reação dos bandeirantes paulistas, expulsando os jesuítas. ● Aclamação de um comerciante de origem espanhola como “Rei de São Paulo”, alardeando sua ruptura com Portugal. ● Amador Bueno recusou o título fugindo por três dias dos manifestantes.
  • 4. Revolta de Beckman – 1684 -Revolta de Beckman – 1684 - MaranhãoMaranhão ● Criação da Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão, em 1982, cujo objetivo era monopolizar as drogas do sertão. ● Presença de jesuítas, os quais, com o apoio da coroa, impediam a escravização do índio. ● A companhia do comércio vendia produtos europeus a um preço altíssimo e pagava valores insignificantes pela produção local. ● Os revoltosos, sob a liderança de Manuel Beckman, ocuparam a cidade de São Luís, expulsaram os representantes da companhia de comércio e os jesuítas e instituíram um governo próprio. ● Envio do emissário Thomas Beckman para afirmar lealdade ao rei.
  • 5. Guerra dos Emboabas – MinasGuerra dos Emboabas – Minas Gerais – 1708 e 1709Gerais – 1708 e 1709 ● Conflito envolvendo bandeirantes paulistas de um lado e portugueses de outro, na disputa pelo domínio das áreas coloniais. ● As jazidas haviam sido descobertas por paulistas, os quais se consideravam os proprietários da região e que, ao mesmo tempo, os portugueses contavam com o apoio das autoridades metropolitanas. ● Principal luta ocorreu no chamado Capão da Traição, onde mais de 300 paulistas foram massacrados. ● A intervenção das autoridades portuguesas, assim como a descoberta do ouro em Goiás e Mato Grosso, atraindo os bandeirantes para essas regiões, contribuíram para o fim dos conflitos.
  • 6. Guerra dos Mascates –Guerra dos Mascates – Pernambuco - 1710 e 1711Pernambuco - 1710 e 1711 ● A mais violenta e significativa de todas as revoltas nativistas ● Decadência da economia pernambucana (desde a expulsão dos holandeses) ● A aristocracia, empobrecida, mantinha o domínio político da região através da Câmara Municipal de Olinda, a qual detinha o controle do porto do Recife. ● - Conquista da emancipação de Recife, através de Carta Régia de 1709, que passou a ser vila independente, conquistando autonomia política com relação à Olinda. A aristocracia rural de Olinda temia que Recife, além de ser o centro econômico, passasse a ser também o centro político de Pernambuco. ● Inconformados, os olindeses invadiram Recife, dando origem a guerra. Com a intervenção de Portugal, a guerra terminou em 1711. ● Todos os revoltosos foram anistiados, mas Recife manteve sua autonomia e foi transformada em sede administrativa da Capitania.
  • 7. Revolta de Filipe dos Santos –Revolta de Filipe dos Santos – Vila Rica - 1720Vila Rica - 1720 ● Reação aos excessos fiscalistas que incidiam sobre a mineração. ● A situação foi agravada quando, em 1719, o governo proibiu a circulação do ouro em pó, instituindo a obrigatoriedade de que todo o ouro obtido fosse entregue às Casas de Fundição. ● Mais de 20000 mineradores se rebelaram contra a medida. Passaram a pressionar o intendente de Minas Gerais, o conde de Assumar, exigindo também o fim de vários impostos que incidiam sobre a atividade econômica. ● Sem tropas que permitissem conter os revoltosos, Assumar adotou a posição de tentar negociar e garantir-lhes a simpatia, acenando com o atendimento de todas as reivindicações. ● Logo que conseguiu reunir um contingente suficiente de homens, Assumar atacou os revoltosos, prendendo todos os líderes. Felipe dos Santos, um deles, foi enforcado e esquartejado, como forma de atemorizar a população.
  • 9. Inconfidência Mineira – 1789Inconfidência Mineira – 1789 ● Organizada, inicialmente, contra a derrama e o arrocho na região das minas. Tratava-se, a princípio, de uma articulação de intelectuais, entre eles Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto, Tomás Antonio Gonzaga, os padres José de Oliveira Rolim, Carlos Correia de Toledo e Manuel Rodrigues da Costa, além de Joaquim Maia, o qual buscou contato com Thomas Jefferson, líder do processo de independência das colônias inglesas da América do Norte, e José Álvares Maciel, o qual buscou o apoio dos comerciantes ingleses à rebelião.
  • 10. ● Em contraponto com o caráter de elite dos outros líderes, a figura do alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, ganhava um papel fundamental. Ele seria o elemento de ligação entre ps ideais dessa elite intelectualizada e os setores populares, dos quais a elite precisava para atingir seus objetivos. ● Objetivos difusos e mal definidos. ● Intenção de proclamação de uma república nas Gerais (depoimentos dos réus) ●
  • 11. ● As ideias avançadas da República e liberdade apareciam como forma de se livrar da opressão feita pelo absolutismo e pelo colonialismo, buscando filiação com as luzes europeias. ● O plano era se aproveitar da indignação da população, causada pela derrama, para desencadear um movimento insurrecional com vistas à tomada do poder. Entretanto, o movimento foi denunciado por alguns de seus participantes em troca do perdão de suas dívidas, delatando os planos dos revoltosos ao Visconde de Barbacena, o intendente das minas.
  • 12. ● Os inconfidentes nem chegaram a por em prática os seus planos, pois o governador suspendeu a derrama e ordenou as prisões dos revolucionários. Foram todos julgados e Tiradentes foi levado ao RJ e condenado à forca. Os demais líderes foram condenados ao desterro, sendo que Cláudio Manuel da Costa morreu na prisão antes do julgamento, tendo-se suicidado, segundo a versão oficial. ● Foi um movimento que, mais uma vez, passava distante de qualquer reivindicação popular.
  • 13. A Conjuração Baiana - 1798A Conjuração Baiana - 1798 ● Conhecida também como Conjuração dos Alfaiates. ● Movimento de características essencialmente populares, contando com a participação e liderança de escravos, mulatos e setores livres urbanos de baixa renda. ● Transferência da capital para o RJ, esvaziando economicamente Salvador. ● Ideias básicas, em tese, são as mesmas da Inconfidência Mineira, ou seja, as do Iluminismo europeu. Por outro lado, houve movimentos que superaram em muito as concepções burguesas.
  • 14. ● Houve a participação de setores da elite baiana, num primeiro momento. Entretanto, os membros da elite, os quais buscavam limitar as propostas de transformações sociais, viram-se isolados, retirando-se da articulação. ● Atraíram o apoio dos setores populares urbanos de Salvador por suas ideias: a República, a libertação em relação a Portugal, a democracia, o aumento dos salários, a liberdade de comércio, além do fim da escravidão e da abolição de todas as formas de preconceito.
  • 15. ● A revolta em 12/08/1798, com os revoltosos espalhando- se pela cidade de Salvador. Entretanto, foi denunciada antecipadamente por alguns traidores, sofrendo pronta repressão das autoridades, as quais sabiam inclusive quem eram os cabeças. ● Com as prisões e assassinatos, o movimento foi totalmente derrotado. Após um ano de prisões e julgamentos, as penas começaram a ser divulgadas em 1799, sendo os mais pobres enforcados e esquartejados.
  • 16. A Revolução Pernambucana deA Revolução Pernambucana de 18171817 ● Coroa portuguesa sediada no RJ, com o Brasil convertendo-se em sede da monarquia. ● Decadência econômica no Nordeste e agravando-se cada vez mais. ● Guerra de Portugal contra a França, contribuindo para acentuar a crise, uma vez que a França era um dos compradores do açúcar nordestino. ● Domingos José Martins, João Ribeiro e Miguel Joaquim de Almeida Castro entre os líderes. Apoio também dos militares, tendo o movimento a força necessária para derrubar o governo, implantar um novo governo republicano, decretar a extinção dos impostos, a liberdade de imprensa e de religião e a igualdade entre os cidadãos.
  • 17. ● Estabeleceram-se contatos com os governos dos EUA e da Inglaterra, buscando, sem sucesso, o reconhecimento político. Ao mesmo tempo, ganhavam a adesão dos revoltosos da Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. ● O movimento, contudo, procurou não romper com os interesses da elite agrária. Assim, a Lei Orgânica, um esboço de uma Constituição para o movimento, assegurava, entre outras coisas, a propriedade privada, inclusive de escravos.
  • 18. ● Repressão violenta, tendo todos os líderes presos, além de mais de duzentos participantes. O padre Miguel Joaquim de Almeida Castro, conhecido como padre Miguelinho, foi executado, a exemplo das lideranças carismáticas dos demais movimentos emancipacionistas.
  • 19. ●Entretanto, a repressão ao movimento não conseguiu sufocar as ideias revolucionárias e separatistas. Elas voltariam a ganhar forma sete anos depois, na mesma região, em um movimento que se alastrou por todo o Nordeste e que se constituiu no maior elemento de oposição política ao governo de d. Pedro no Brasil recém-separado de Portugal.