1. “Sexual Function after Childbirth by the Mode of
Delivery: A Prospective Study”
Lurie S, Aizenberg M, Sulema V et al.
Arch Gynecol Obstet, 2013
BIOFEEDBACK FEDERATION OF
EUROPE
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4º Journal Club Online de Disfunções Pélvicas
Ft. Claudia Rosenblatt Hacad
2. Introdução
• Parto cesárea - associado à proteção da vida (mãe e filho)
• Início séc. XXI
medicina busca a saúde e a segurança mãe/filho em concordância com o desejo e
a preferência da mãe e com os direitos da criança - conceito de parto cesárea
profilático.
• Escolha pelo parto cesárea
medo do parto normal alterar/influenciar a função sexual após o parto
• Estudos sobre aspectos da função sexual pós-parto
a maioria não separou adequadamente o banco de dados entre diferentes tipos de
parto.
• 1º trimestre
dispareunia, diminuição de libido, dificuldade de atingir orgasmo e secura vaginal
resolução dos sintomas até final do 1ºano pós-parto.
Ft. Claudia R. Hacad, BCB PMD
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3. Introdução
3 mecanismos que podem contribuir para disfunção sexual:
– dispareunia
– lesão canal nascimento (neuropatia do pudendo)
– saúde geral da mãe (Nama et al, 2011; Handa VL, 2006)
Eventos obstétricos podem interferir na função sexual:
– cesárea
– parto espontâneo com instrumental/episiotomia
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4. Introdução
Indice de alteração atividade sexual - indiferente, em 6 semanas, 3
meses e 2 anos pós parto, independente do tipo de parto:
• 6 semanas - mulheres sem episiotomia retornam à atividade sexual mais
cedo comparado a episio (Woranitat et al, 2007)
• 3 meses - presença de dispareunia > mulheres parto vaginal e com uso
de instrumental comparado a cesárea (Wiklund et al, 2007)
• 6 meses - lacerações esfíncter anal menos suscetíveis a retornar atividade
sexual
• nos 3 momentos - função sexual similar entre mulheres parto vaginal e
cesárea
• 2 anos pós parto - não há impacto do tipo de parto na satisfação sexual
(Hannah et al, 2004)
• seguimento de 6 anos - estudo mostrou não haver efeito significante na
função sexual (Dean et al, 2008)
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5. Objetivo
• Avaliar comportamento sexual no período pós parto em
relação ao tipo de parto.
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6. Métodos
Estudo prospectivo, longitudinal de avaliação do comportamento
sexual - questionário Female Sexual Function Index(FSFI).
Inclusão: mulheres (18-45 anos) recrutadas de uma maternidade
centro médico (jan 2010/ fev 2011) – 1º contato no dia alta pós parto.
Classificadas em grupos:
– parto vag. s/ episiotomia
– parto vag. c/ episiotomia
– parto com instrumental (vácuo ou fórceps)
– cesárea de emergência
– cesárea eletiva
Obs:parto vaginal ( 1º grau dilatação);parto vag com episio ( medio-lateral); parto com instrumental
(apresentação cefálica, cabeça do feto encaixada, ruptura de membrana e sem evidência de
desproporção pélvico-cefálica
Exclusão: mulheres que recusaram participar do estudo
Ft. Claudia R. Hacad, BCB PMD
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7. Métodos
FSFI e tempo de retorno da atividade sexual auto-reportado – 6, 12 e
24 semanas pós parto – entrevista (telefone)
FSFI -19 itens, divididos em 6 domínios:
• desejo
• excitação
• lubrificação
• orgasmo
• satisfação
• dor
O escore de cada domínio é obtido através da soma dos itens e o
escore total é obtido através da soma dos scores de todos os
domínios.
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8. Resultados
100 mulheres recrutadas - após 1º contato, 18 recusaram participar
do estudo - 82 mulheres:
– 16 vaginal s/ episio
– 14 vaginal c/ episio
– 16 com instrumental
– 17 cesárea eletiva
– 19 cesárea emergência
Obs: 3 mulheres adicionais (1 cesárea emergência e 2 com instrumental) -
participaram somente 6 semanas pós parto.
Ft. Claudia R. Hacad, BCB PMD
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9. Resultados
• 3 meses pós parto
78 mulheres ( 95.1%) reportaram retorno das relações sexuais.
Média de tempo entre tipos de parto significante ( 4.5 , 7.9, 7.3, 6.1, 6.1)
semanas (p=0.013)
• Vag s/ episio x Vag c/ episio
retorno significantemente mais rápido (p=0.013)
• FSFI – 6, 12, 24 semanas
sem diferença escores domínios entre tipos de parto.
• Escore total do FSFI
modificou ao longo do tempo mas não entre os tipos de parto.
• Todos os domínios aumentaram significantemente ao longo do tempo,
exceto a dor que diminuiu significantemente. ( p< 0,001)
Ft. Claudia R. Hacad, BCB PMD
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10. Conclusão
• Resultados do estudo devem ser levados em
consideração no aconselhamento pré-natal em
relação a escolha do tipo de parto.
Ft. Claudia R. Hacad, BCB PMD
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