SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  22
CEGUEIRA TOTAL SEM DÉFICIT COGNITIVO APARENTE Grupo 2B  ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Perfil do aluno: Ana Maria 07 anos 2º ano do Ensino Fundamental   Deficiência: Cegueira total sem déficit cognitivo aparente Dificuldades específicas: Criança com cegueira congênita que depende da audição e do tato para adquirir conhecimentos e formar imagens mentais.
Diagnóstico Descritivo Amaurose é  a perda   parcial ou total da visão, sem   lesão no globo ocular,   mas com afecção do nervo  óptico ou dos centros   nervosos.  Nessa deficiência, a   capacidade de visão é   totalmente nula, não havendo   nem mesmo a   percepção  luminosa, em termo   oftalmológico isso   significa  visão zero. Ocorre  uma   alteração grave ou total   em uma ou mais das  funções   elementares da visão   que afeta de  modo   irremediável, a capacidade   de perceber cor,  tamanho, distância, forma, posição   ou movimento  em um   campo mais ou menos abrangente .
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Embora a visão seja responsável por um dos mais importantes sentidos,  quando comprometida em nível total , essa ausência não compromete o desenvolvimento cognitivo do indivíduo, apenas limita suas possibilidades e ritmo de aprendizagem. Essa limitação é considerada tendo como parâmetro um indivíduo que não apresente a mesma deficiência. Os conceitos, definições, métodos e processos de ensino precisam de peculiaridades específicas ao seu desenvolvimento. Os métodos de assimilação e compreensão de mundo necessitam de ajustes e adequações da mesma forma, para que o cego possa compartilhar do processo de ensino com outros indivíduos.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Adaptação do aluno à sala A falta da visão desperta curiosidade, interesse, inquietações e não raro provoca grande impacto no ambiente escolar. Costuma ser abordada de forma pouco natural e pouco espontânea porque os professores não sabem como proceder em relação a esses alunos. Eles manifestam dificuldade de aproximação e de comunicação, não sabem o que e como fazer. Nesse caso, torna-se necessário quebrar o tabu, dissipar os fantasmas, explicitar o conflito e dialogar com a situação. Somente assim, será possível assimilar novas atitudes, procedimentos e posturas. Os educadores devem estabelecer um relacionamento aberto e cordial com a família dos alunos para conhecer melhor suas necessidades, hábitos e comportamentos. Devem conversar  naturalmente e esclarecer dúvidas ou responder perguntas dos colegas na sala de aula. Todos precisam criar o hábito de evitar a comunicação gestual e visual na interação com esses alunos. É recomendável também evitar a fragilização ou a super proteção e combater atitudes discriminatórias.
Adaptações físicas da sala A configuração do espaço físico não é percebida de forma  imediata por alunos cegos, tal como ocorre com os que enxergam. Por isso, é necessário possibilitar o conhecimento e o reconhecimento do espaço físico e da disposição do mobiliário. A coleta de informações se dará de forma processual e analítica através da exploração do espaço concreto da sala de aula e do trajeto rotineiro dos alunos. As portas devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar imprevistos desagradáveis ou acidentes. O mobiliário deve ser estável e qualquer alteração deve ser avisada. Convém reservar um espaço na sala de aula com mobiliário adequado para a disposição dos instrumentos utilizados por esses alunos que devem incumbir-se da ordem e organização do material para assimilar pontos de referência úteis para eles.
Instalação de artefatos tecnológicos necessários Recursos tecnológicos, equipamentos e jogos pedagógicos contribuem para que as situações de aprendizagem sejam mais agradáveis e motivadoras em um ambiente de cooperação e reconhecimento das diferenças. Os meios informáticos específicos facilitam as atividades e possibilitam a comunicação, a pesquisa e o acesso ao conhecimento. Existem programas leitores de tela com síntese de voz, concebidos para usuários cegos, que possibilitam a navegação na internet, o uso do correio eletrônico, o processamento de textos, de planilhas e uma infinidade de aplicativos operados por meio de comandos de teclado que dispensam o uso do mouse.  
Estratégias inovadoras -  Geoplano chega a sala de aula com sucesso Para professores que contam com deficientes visuais em suas classes e desejam maximizar seus resultados é imprescindível a utilização de instrumentos concretos. Fator que resultou na criação do Geoplano - método utilizado no ensino de matemática e estatística para cegos. O sucesso do método vem se Espalhando pelo Brasil. Trabalhar matemática com alunos deficientes visuais parece ser uma tarefa não muito fácil. Isso porque esses alunos precisam estar em contato direto com o que está sendo ensinado para poder fazer suas abstrações. Como o deficiente visual não pode visualizar o que é mostrado em figuras restas, cabe ao professor explorar outros sentidos para suprir essa falta, como, tato e audição. O Geoplano foi criado pelo professor Rubens Ferronato e conta com a colaboração do professor Deonir Luís Kurek e dos alunos Ivã José de Pádua e Ronaldo Fernandes da Unipan.
Entre os programas mais conhecidos e difundidos no Brasil, destacamos: DOSVOX Possui um conjunto de ferramentas e aplicativos próprios além de agenda, chat e jogos interativos. Pode ser obtido gratuitamente por meio de “download” a partir do site do projeto DOSVOX:  http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox . VIRTUAL VISION É um software brasileiro desenvolvido pela Micropower, em São Paulo, concebido para operar com os utilitários e as ferramentas do ambiente Windows. É distribuído gratuitamente pela Fundação Bradesco e Banco Real para usuários cegos. No mais, é comercializado. Mais informações no site da empresa:  http://www.micropower.com.br JAWS software desenvolvido nos Estados Unidos e mundialmente conhecido como o leitor de tela mais completo e avançado. Possui uma ampla   gama de recursos e ferramentas com tradução para diversos idiomas, inclusive para o português. No Brasil, não há alternativa de subvenção ou distribuição   gratuita do Jaws, que é o mais caro entre os leitores de tela existentes no momento. Outras informações sobre esse software estão disponíveis em: http://www.lerparaver.com  e  http://www.laramara.org.br
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Eventos, Publicações, Ensaios...
Essas ferramentas e tantas outras devem estar disponíveis no âmbito do sistema escolar, nos serviços e centros de apoio que visam promover a inclusão escolar e social. Os laboratórios de informática, os telecentros e os programas de inclusão digital devem contar com meios informáticos acessíveis para pessoas cegas e com baixa visão, porque o uso de computadores e de outros recursos tecnológicos são tão fundamentais para os cegos, quanto os olhos são para quem enxerga.
Execução de exercícios e provas Atividades predominantemente visuais devem ser adaptadas com antecedência e outras durante a sua realização por meio de descrição, informação tátil, auditiva, olfativa e qualquer outra referência que favoreçam a configuração do cenário ou do ambiente, a exemplo: exibição de filmes ou documentários, excursões e exposições. A apresentação de vídeo requer a descrição oral de imagens, cenas mudas e leitura de legenda simultânea se não houver dublagem para que as lacunas sejam preenchidas com dados da realidade e não apenas com a imaginação. É recomendável apresentar um resumo ou contextualizar a atividade programada para esses alunos. Os esquemas, símbolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser descritos oralmente. Os desenhos, os gráficos e as ilustrações devem ser adaptados e representados em relevo. O ensino de língua estrangeira deve priorizar a conversação em detrimento de recursos didáticos visuais que devem ser explicados verbalmente. Experimentos de ciências e biologia devem remeter ao conhecimento por meio de outros canais de coleta de informação. As atividades de educação física podem ser adaptadas com o uso de barras, cordas, bolas com guiso etc. O aluno deve ficar próximo do professor que recorrerá a ele para demonstrar os exercícios ao mesmo tempo em que ele aprende. Outras atividades que envolvem expressão corporal, dramatização, arte, música podem ser desenvolvidas com pouca ou nenhuma adaptação. Em resumo, os alunos cegos podem e devem participar de praticamente todas as atividades com diferentes níveis e modalidades de adaptação que envolvem criatividade, confecção de material e cooperação entre os participantes.
Trabalhos cooperativos com os outros alunos A organização do trabalho na sala de aula é um elemento que pode contribuir para a inclusão dos alunos cegos. Concretamente, a organização dos alunos em pequenos grupos, nos quais se procuram fomentar as interações aluno-aluno, permite que os alunos se confrontem com diferentes perspectivas e cria condições, não apenas para o desenvolvimento cognitivo mas também de competências sociais (César, 2003; Santos & César, 2007). Rönnbäck (2003) e Santos e César (2007) consideram que os alunos cegos devem ser incluídos em pequenos grupos, que incluam também alunos ditos normovisuais, potenciando as oportunidades de participação de todo e qualquer aluno, tal como subscrevem os princípios da educação inclusiva (César, 2003), nas atividades da sala de aula. Importa, para que tal seja possível, que todos os alunos tenham a possibilidade de desenvolver as mesmas tarefas, ainda que o façam em níveis ou com ritmos diferentes. Batista (2005) relembra, ainda, a importância da interligação entre as aprendizagens já realizadas e as novas aprendizagens. Estes elementos, que são de grande importância no ensino da matemática para todos os alunos, são-no também para os alunos cegos. Contudo, para estes alunos, por exemplo, os conceitos de paralelismo de retas e planos podem constituir-se como uma forma de descrever objetos que podem não estar ao alcance do tacto, porque são inacessíveis, ou porque são muito grandes.
Sala de recursos As salas de recursos são criadas e instaladas em estabelecimentos de ensino regular, de acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão central de educação, contando com um professor especializado à disposição da unidade escolar onde a mesma se encontra instalada.Neste tipo de atendimento, o aluno cego ou portador de visão subnormal, após avaliação educacional e desenvolvimento de atividades introdutórias, pode ser encaminhado a uma classe comum correspondente ao seu nível de adiantamento, recorrendo à sala de recursos quando encontrar dificuldades de aprendizagem decorrentes de problemas impostos por sua limitação visual, cuja solução seja impossível através dos recursos utilizados pelo professor do ensino regular. A sala de recursos atende a todos os educandos cegos e portadores de visão subnormal que estejam matriculados no estabelecimento em qualquer série ou grau. Pelo fato de o professor especializado estar exclusivamente num estabelecimento e aí permanecer diariamente, podendo, inclusive, alternar seu horário para atender aos alunos nos diferentes períodos da escola; esta forma de atendimento proporciona mais auxílio específico e imediato do que o ensino itinerante.
A combinação dos pontos é obtida pela disposição de seis pontos básicos, organizados espacialmente em duas colunas verticais com três pontos à direita e três à esquerda de uma cela básica denominada cela braille.A escrita braille é realizada por meio de uma reglete e punção ou de uma máquina de escrever braille. A reglete é uma régua de madeira, metal ou plástico com um conjunto de celas braille dispostas em linhas horizontais sobre uma base plana. O punção é um instrumento em madeira ou plástico no formato de pêra ou anatômico, com ponta metálica, utilizado para a perfuração dos pontos na cela braille.   O Sistema Braille Criado por Louis Braille, em 1825, na França, o sistema Braille é conhecido universalmente como código ou meio de leitura e escrita das pessoas cegas. Baseia-se na combinação de 63 pontos que representam as letras do alfabeto, os números e outros símbolos gráficos.
Avaliação do aluno Alguns procedimentos e instrumentos de avaliação baseados em referências visuais devem ser alterados ou adaptados por meio de representações e relevo. É o caso, por exemplo, de desenhos, gráficos, diagramas, gravuras, uso de microscópios. Em algumas circunstâncias é recomendável valer-se de exercícios orais. A adaptação e produção de material, a transcrição de provas, exercícios e de textos em geral para o sistema braille podem ser realizadas em salas multimeios, núcleos, serviços ou centros de apoio pedagógico. Se não houver ninguém na escola que domine o sistema braille, será igualmente necessário fazer a conversão da escrita braille para a escrita em tinta. Convém observar a necessidade de estender o tempo da avaliação, considerando-se as peculiaridades já mencionadas em relação à percepção não visual. Os alunos podem realizar trabalhos e tarefas escolares utilizando a máquina de escrever em braille ou o computador, sempre que possível.
O grande desafio do Educador Utilizar estratégias pedagógicas para disciplinar sua cultura e a cultura da sociedade para uma  “visão”  inclusiva  e  justa .
“ Nasci com um problema nas vistas. Nunca vi a luz do sol. Trabalhei a vida toda com minha família fabricando tijolos no Piauí, nunca frequentei uma escola, naquela época cego não tinha direito à educação. O que sei fazer? Um monte de coisas, mas sou analfabeta”    Anastácia S.-54 anos
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Apontando caminhos

Contenu connexe

Tendances

Compreender baixa visao
Compreender baixa visaoCompreender baixa visao
Compreender baixa visaolaruzinha
 
Apostila-DEFICIENTE VISUAL- EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃO
Apostila-DEFICIENTE VISUAL-  EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃOApostila-DEFICIENTE VISUAL-  EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃO
Apostila-DEFICIENTE VISUAL- EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃORosane Domingues
 
Educação especial ciências possibilidades e perspectivas - 2013
Educação especial ciências possibilidades e perspectivas - 2013Educação especial ciências possibilidades e perspectivas - 2013
Educação especial ciências possibilidades e perspectivas - 2013Fernanda Rezende Pedroza
 
Orientacoes atuacao pedagogica_junto_alunos_deficiencia_visual_luzia_guacira
Orientacoes atuacao pedagogica_junto_alunos_deficiencia_visual_luzia_guaciraOrientacoes atuacao pedagogica_junto_alunos_deficiencia_visual_luzia_guacira
Orientacoes atuacao pedagogica_junto_alunos_deficiencia_visual_luzia_guaciraFlávio De Oliveira Pereira
 
Estrutura Apresentacao
Estrutura ApresentacaoEstrutura Apresentacao
Estrutura ApresentacaojaqueGuiducci
 
Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
 Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
Conhecendo um pouco sobre Deficiências IntelectuaisMaria Bárbara Floriano
 
Deficiência Multipla Centro Comunitrio
Deficiência Multipla Centro ComunitrioDeficiência Multipla Centro Comunitrio
Deficiência Multipla Centro ComunitrioRosana Santos
 
Caderno pedagógico Educação Especial
Caderno pedagógico    Educação EspecialCaderno pedagógico    Educação Especial
Caderno pedagógico Educação EspecialJaque Godinho
 
Seminario Virtual Mcpereira
Seminario Virtual McpereiraSeminario Virtual Mcpereira
Seminario Virtual Mcpereiraguesta49051
 
Síndrome de Down e TDAH
Síndrome de Down e TDAHSíndrome de Down e TDAH
Síndrome de Down e TDAHceciliaconserva
 
Trabalho sindrome de down
Trabalho sindrome de downTrabalho sindrome de down
Trabalho sindrome de downCintia Sena
 
Comunicação Alternativa e Cotidiano Escolar: Avanços e Desafios - Profª Dra ...
Comunicação Alternativa e Cotidiano Escolar:  Avanços e Desafios - Profª Dra ...Comunicação Alternativa e Cotidiano Escolar:  Avanços e Desafios - Profª Dra ...
Comunicação Alternativa e Cotidiano Escolar: Avanços e Desafios - Profª Dra ...Grupo Educação, Mídias e Comunidade Surda
 
Ensinando matemática para deficientes visuais
Ensinando matemática para deficientes visuaisEnsinando matemática para deficientes visuais
Ensinando matemática para deficientes visuaistaiane dias
 
Caderno educacao especial miolo
Caderno educacao especial   mioloCaderno educacao especial   miolo
Caderno educacao especial mioloIsa ...
 
Apresentação ebm osmar cunha canasvieiras
Apresentação ebm osmar cunha   canasvieirasApresentação ebm osmar cunha   canasvieiras
Apresentação ebm osmar cunha canasvieirasosmarcunha
 
Entendendo a diversidade para incluir de verdade
Entendendo a diversidade para incluir de verdadeEntendendo a diversidade para incluir de verdade
Entendendo a diversidade para incluir de verdadeLuziete Leite
 
A dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicosA dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicosSimoneHelenDrumond
 

Tendances (20)

Compreender baixa visao
Compreender baixa visaoCompreender baixa visao
Compreender baixa visao
 
Apostila-DEFICIENTE VISUAL- EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃO
Apostila-DEFICIENTE VISUAL-  EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃOApostila-DEFICIENTE VISUAL-  EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃO
Apostila-DEFICIENTE VISUAL- EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃO
 
Educação especial ciências possibilidades e perspectivas - 2013
Educação especial ciências possibilidades e perspectivas - 2013Educação especial ciências possibilidades e perspectivas - 2013
Educação especial ciências possibilidades e perspectivas - 2013
 
Orientacoes atuacao pedagogica_junto_alunos_deficiencia_visual_luzia_guacira
Orientacoes atuacao pedagogica_junto_alunos_deficiencia_visual_luzia_guaciraOrientacoes atuacao pedagogica_junto_alunos_deficiencia_visual_luzia_guacira
Orientacoes atuacao pedagogica_junto_alunos_deficiencia_visual_luzia_guacira
 
Estrutura Apresentacao
Estrutura ApresentacaoEstrutura Apresentacao
Estrutura Apresentacao
 
Apostila Dv
Apostila DvApostila Dv
Apostila Dv
 
Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
 Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
 
Deficiência Multipla Centro Comunitrio
Deficiência Multipla Centro ComunitrioDeficiência Multipla Centro Comunitrio
Deficiência Multipla Centro Comunitrio
 
Seminario Virtual
Seminario VirtualSeminario Virtual
Seminario Virtual
 
Caderno pedagógico Educação Especial
Caderno pedagógico    Educação EspecialCaderno pedagógico    Educação Especial
Caderno pedagógico Educação Especial
 
Seminario Virtual Mcpereira
Seminario Virtual McpereiraSeminario Virtual Mcpereira
Seminario Virtual Mcpereira
 
Síndrome de Down e TDAH
Síndrome de Down e TDAHSíndrome de Down e TDAH
Síndrome de Down e TDAH
 
Trabalho sindrome de down
Trabalho sindrome de downTrabalho sindrome de down
Trabalho sindrome de down
 
Portifolio charlene
Portifolio charlenePortifolio charlene
Portifolio charlene
 
Comunicação Alternativa e Cotidiano Escolar: Avanços e Desafios - Profª Dra ...
Comunicação Alternativa e Cotidiano Escolar:  Avanços e Desafios - Profª Dra ...Comunicação Alternativa e Cotidiano Escolar:  Avanços e Desafios - Profª Dra ...
Comunicação Alternativa e Cotidiano Escolar: Avanços e Desafios - Profª Dra ...
 
Ensinando matemática para deficientes visuais
Ensinando matemática para deficientes visuaisEnsinando matemática para deficientes visuais
Ensinando matemática para deficientes visuais
 
Caderno educacao especial miolo
Caderno educacao especial   mioloCaderno educacao especial   miolo
Caderno educacao especial miolo
 
Apresentação ebm osmar cunha canasvieiras
Apresentação ebm osmar cunha   canasvieirasApresentação ebm osmar cunha   canasvieiras
Apresentação ebm osmar cunha canasvieiras
 
Entendendo a diversidade para incluir de verdade
Entendendo a diversidade para incluir de verdadeEntendendo a diversidade para incluir de verdade
Entendendo a diversidade para incluir de verdade
 
A dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicosA dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicos
 

En vedette

Plano de Aula de Ciências Inclusiva - Aluno com Deficiência Visual
Plano de Aula de Ciências Inclusiva - Aluno com Deficiência VisualPlano de Aula de Ciências Inclusiva - Aluno com Deficiência Visual
Plano de Aula de Ciências Inclusiva - Aluno com Deficiência VisualCarla Cristina Alves
 
Inclusão escolar o planejamento das aulas tem de prever atividades para todo...
Inclusão escolar  o planejamento das aulas tem de prever atividades para todo...Inclusão escolar  o planejamento das aulas tem de prever atividades para todo...
Inclusão escolar o planejamento das aulas tem de prever atividades para todo...SimoneHelenDrumond
 
Livreto libras e braille Marisseia e Luana
Livreto libras e braille Marisseia e LuanaLivreto libras e braille Marisseia e Luana
Livreto libras e braille Marisseia e LuanaMônia Medeiros
 
Defender os direitos e promover o bem estar das pessoas com deficiência - fil...
Defender os direitos e promover o bem estar das pessoas com deficiência - fil...Defender os direitos e promover o bem estar das pessoas com deficiência - fil...
Defender os direitos e promover o bem estar das pessoas com deficiência - fil...rebentacaixotes
 
CADERNO TV ESCOLA - DEFICIÊNCIA VISUAL
CADERNO TV ESCOLA - DEFICIÊNCIA VISUALCADERNO TV ESCOLA - DEFICIÊNCIA VISUAL
CADERNO TV ESCOLA - DEFICIÊNCIA VISUALfatimafalciferreira
 
Deficiência visual
Deficiência visualDeficiência visual
Deficiência visualLara Santos
 
Oficina jogos teatrais
Oficina jogos teatraisOficina jogos teatrais
Oficina jogos teatraisTom Ricardo
 
Formação de Arte dos Anos Finais - Jogos Teatrais
Formação de Arte dos Anos Finais - Jogos TeatraisFormação de Arte dos Anos Finais - Jogos Teatrais
Formação de Arte dos Anos Finais - Jogos TeatraisLismara de Oliveira
 
Deficiencia visual
Deficiencia visualDeficiencia visual
Deficiencia visualestudante
 
Deficiencia Visual
Deficiencia VisualDeficiencia Visual
Deficiencia Visualeesandra89
 
Plano de aula 4 ano ciências - fernanda savergnini
Plano de aula 4 ano ciências - fernanda savergniniPlano de aula 4 ano ciências - fernanda savergnini
Plano de aula 4 ano ciências - fernanda savergniniNandabiomar
 
Deficiencia Visual
Deficiencia VisualDeficiencia Visual
Deficiencia Visualguest5fedaea
 
Atividades lúdicas aplicadas em sala pelas professoras alfabetizadoras
Atividades lúdicas aplicadas em sala pelas professoras alfabetizadorasAtividades lúdicas aplicadas em sala pelas professoras alfabetizadoras
Atividades lúdicas aplicadas em sala pelas professoras alfabetizadorasRosilane
 

En vedette (20)

Plano de Aula de Ciências Inclusiva - Aluno com Deficiência Visual
Plano de Aula de Ciências Inclusiva - Aluno com Deficiência VisualPlano de Aula de Ciências Inclusiva - Aluno com Deficiência Visual
Plano de Aula de Ciências Inclusiva - Aluno com Deficiência Visual
 
Monografia Luciene Matemática 2011
Monografia Luciene Matemática 2011Monografia Luciene Matemática 2011
Monografia Luciene Matemática 2011
 
COMUNICADO EVENTO TIA MARIA
COMUNICADO EVENTO TIA MARIACOMUNICADO EVENTO TIA MARIA
COMUNICADO EVENTO TIA MARIA
 
Inclusão escolar o planejamento das aulas tem de prever atividades para todo...
Inclusão escolar  o planejamento das aulas tem de prever atividades para todo...Inclusão escolar  o planejamento das aulas tem de prever atividades para todo...
Inclusão escolar o planejamento das aulas tem de prever atividades para todo...
 
Livreto libras e braille Marisseia e Luana
Livreto libras e braille Marisseia e LuanaLivreto libras e braille Marisseia e Luana
Livreto libras e braille Marisseia e Luana
 
Defender os direitos e promover o bem estar das pessoas com deficiência - fil...
Defender os direitos e promover o bem estar das pessoas com deficiência - fil...Defender os direitos e promover o bem estar das pessoas com deficiência - fil...
Defender os direitos e promover o bem estar das pessoas com deficiência - fil...
 
Surdocegueira- Inclusão
Surdocegueira- Inclusão Surdocegueira- Inclusão
Surdocegueira- Inclusão
 
Surdocegueira
Surdocegueira Surdocegueira
Surdocegueira
 
CADERNO TV ESCOLA - DEFICIÊNCIA VISUAL
CADERNO TV ESCOLA - DEFICIÊNCIA VISUALCADERNO TV ESCOLA - DEFICIÊNCIA VISUAL
CADERNO TV ESCOLA - DEFICIÊNCIA VISUAL
 
Deficiência visual
Deficiência visualDeficiência visual
Deficiência visual
 
Oficina jogos teatrais
Oficina jogos teatraisOficina jogos teatrais
Oficina jogos teatrais
 
Formação de Arte dos Anos Finais - Jogos Teatrais
Formação de Arte dos Anos Finais - Jogos TeatraisFormação de Arte dos Anos Finais - Jogos Teatrais
Formação de Arte dos Anos Finais - Jogos Teatrais
 
Deficiencia visual
Deficiencia visualDeficiencia visual
Deficiencia visual
 
Deficiência Visual
Deficiência VisualDeficiência Visual
Deficiência Visual
 
Deficiencia Visual
Deficiencia VisualDeficiencia Visual
Deficiencia Visual
 
Plano de aula 4 ano ciências - fernanda savergnini
Plano de aula 4 ano ciências - fernanda savergniniPlano de aula 4 ano ciências - fernanda savergnini
Plano de aula 4 ano ciências - fernanda savergnini
 
Deficiencia visual
Deficiencia visualDeficiencia visual
Deficiencia visual
 
Deficiencia Visual
Deficiencia VisualDeficiencia Visual
Deficiencia Visual
 
Atividades lúdicas aplicadas em sala pelas professoras alfabetizadoras
Atividades lúdicas aplicadas em sala pelas professoras alfabetizadorasAtividades lúdicas aplicadas em sala pelas professoras alfabetizadoras
Atividades lúdicas aplicadas em sala pelas professoras alfabetizadoras
 
Deficiência visual capacitação 2011
Deficiência visual capacitação 2011Deficiência visual capacitação 2011
Deficiência visual capacitação 2011
 

Similaire à Cegueira total - PUC

Trajeto De Uma CriançA Com B VisãO
Trajeto De Uma CriançA Com B VisãOTrajeto De Uma CriançA Com B VisãO
Trajeto De Uma CriançA Com B VisãOMarypjs
 
Trajeto De Uma CriançA Com B VisãO
Trajeto De Uma CriançA Com B VisãOTrajeto De Uma CriançA Com B VisãO
Trajeto De Uma CriançA Com B VisãOMarypjs
 
Alunos Com VisãO Subnormal
Alunos Com VisãO SubnormalAlunos Com VisãO Subnormal
Alunos Com VisãO Subnormal2009lourdes
 
Apostila adaptações em deficiencia física 2011 (1)
Apostila adaptações  em deficiencia  física 2011 (1)Apostila adaptações  em deficiencia  física 2011 (1)
Apostila adaptações em deficiencia física 2011 (1)Solange Das Graças Seno
 
ADAPTAÇÃO AS DEFICIÊNCIAS 2023.ppt
ADAPTAÇÃO AS DEFICIÊNCIAS 2023.pptADAPTAÇÃO AS DEFICIÊNCIAS 2023.ppt
ADAPTAÇÃO AS DEFICIÊNCIAS 2023.pptNatalinaChikushi
 
Educação especial
Educação especialEducação especial
Educação especialEducação
 
FilipaMalta_2101320.pptx
FilipaMalta_2101320.pptxFilipaMalta_2101320.pptx
FilipaMalta_2101320.pptxFilipaMalta1
 
PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO: A AÇÃO NA ESCOLA
PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO: A AÇÃO NA ESCOLAPERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO: A AÇÃO NA ESCOLA
PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO: A AÇÃO NA ESCOLAJoaquim Colôa
 
Educação tecnológica para crianças autistas
Educação tecnológica para crianças autistasEducação tecnológica para crianças autistas
Educação tecnológica para crianças autistasRoseane Martins
 
Grupo E - Surdez Profunda-BA_01
Grupo E - Surdez Profunda-BA_01Grupo E - Surdez Profunda-BA_01
Grupo E - Surdez Profunda-BA_01Elciene Oliveira
 
2101320_efolioA-FilipaMalta.pptx
2101320_efolioA-FilipaMalta.pptx2101320_efolioA-FilipaMalta.pptx
2101320_efolioA-FilipaMalta.pptxFilipaMalta1
 
VER, NÃO VER E APRENDER
VER, NÃO VER E APRENDERVER, NÃO VER E APRENDER
VER, NÃO VER E APRENDERedmarap
 

Similaire à Cegueira total - PUC (20)

Trajeto De Uma CriançA Com B VisãO
Trajeto De Uma CriançA Com B VisãOTrajeto De Uma CriançA Com B VisãO
Trajeto De Uma CriançA Com B VisãO
 
Trajeto De Uma CriançA Com B VisãO
Trajeto De Uma CriançA Com B VisãOTrajeto De Uma CriançA Com B VisãO
Trajeto De Uma CriançA Com B VisãO
 
Alunos Com VisãO Subnormal
Alunos Com VisãO SubnormalAlunos Com VisãO Subnormal
Alunos Com VisãO Subnormal
 
Adaptações em deficiencia física
Adaptações  em deficiencia  física Adaptações  em deficiencia  física
Adaptações em deficiencia física
 
Apostila adaptações em deficiencia física 2011 (1)
Apostila adaptações  em deficiencia  física 2011 (1)Apostila adaptações  em deficiencia  física 2011 (1)
Apostila adaptações em deficiencia física 2011 (1)
 
ADAPTAÇÃO AS DEFICIÊNCIAS 2023.ppt
ADAPTAÇÃO AS DEFICIÊNCIAS 2023.pptADAPTAÇÃO AS DEFICIÊNCIAS 2023.ppt
ADAPTAÇÃO AS DEFICIÊNCIAS 2023.ppt
 
Educação especial
Educação especialEducação especial
Educação especial
 
Síntese do caderno
Síntese do cadernoSíntese do caderno
Síntese do caderno
 
FilipaMalta_2101320.pptx
FilipaMalta_2101320.pptxFilipaMalta_2101320.pptx
FilipaMalta_2101320.pptx
 
Apre.visão subnormal
Apre.visão subnormalApre.visão subnormal
Apre.visão subnormal
 
Educação Inclusiva
Educação InclusivaEducação Inclusiva
Educação Inclusiva
 
PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO: A AÇÃO NA ESCOLA
PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO: A AÇÃO NA ESCOLAPERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO: A AÇÃO NA ESCOLA
PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO: A AÇÃO NA ESCOLA
 
Educação tecnológica para crianças autistas
Educação tecnológica para crianças autistasEducação tecnológica para crianças autistas
Educação tecnológica para crianças autistas
 
Grupo E - Surdez Profunda-BA_01
Grupo E - Surdez Profunda-BA_01Grupo E - Surdez Profunda-BA_01
Grupo E - Surdez Profunda-BA_01
 
2101320_efolioA-FilipaMalta.pptx
2101320_efolioA-FilipaMalta.pptx2101320_efolioA-FilipaMalta.pptx
2101320_efolioA-FilipaMalta.pptx
 
Artigo dislexia
Artigo dislexiaArtigo dislexia
Artigo dislexia
 
Dislexia e Tecnologia
Dislexia e TecnologiaDislexia e Tecnologia
Dislexia e Tecnologia
 
VER, NÃO VER E APRENDER
VER, NÃO VER E APRENDERVER, NÃO VER E APRENDER
VER, NÃO VER E APRENDER
 
Cegueira total sem déficit cognitivo aparente
Cegueira total sem déficit cognitivo aparenteCegueira total sem déficit cognitivo aparente
Cegueira total sem déficit cognitivo aparente
 
Surdez profunda
Surdez profundaSurdez profunda
Surdez profunda
 

Cegueira total - PUC

  • 1.
  • 2. Perfil do aluno: Ana Maria 07 anos 2º ano do Ensino Fundamental   Deficiência: Cegueira total sem déficit cognitivo aparente Dificuldades específicas: Criança com cegueira congênita que depende da audição e do tato para adquirir conhecimentos e formar imagens mentais.
  • 3. Diagnóstico Descritivo Amaurose é a perda parcial ou total da visão, sem lesão no globo ocular, mas com afecção do nervo óptico ou dos centros nervosos. Nessa deficiência, a capacidade de visão é totalmente nula, não havendo nem mesmo a percepção luminosa, em termo oftalmológico isso significa visão zero. Ocorre uma alteração grave ou total em uma ou mais das funções elementares da visão que afeta de modo irremediável, a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente .
  • 4.
  • 5. Embora a visão seja responsável por um dos mais importantes sentidos, quando comprometida em nível total , essa ausência não compromete o desenvolvimento cognitivo do indivíduo, apenas limita suas possibilidades e ritmo de aprendizagem. Essa limitação é considerada tendo como parâmetro um indivíduo que não apresente a mesma deficiência. Os conceitos, definições, métodos e processos de ensino precisam de peculiaridades específicas ao seu desenvolvimento. Os métodos de assimilação e compreensão de mundo necessitam de ajustes e adequações da mesma forma, para que o cego possa compartilhar do processo de ensino com outros indivíduos.
  • 6.
  • 7. Adaptação do aluno à sala A falta da visão desperta curiosidade, interesse, inquietações e não raro provoca grande impacto no ambiente escolar. Costuma ser abordada de forma pouco natural e pouco espontânea porque os professores não sabem como proceder em relação a esses alunos. Eles manifestam dificuldade de aproximação e de comunicação, não sabem o que e como fazer. Nesse caso, torna-se necessário quebrar o tabu, dissipar os fantasmas, explicitar o conflito e dialogar com a situação. Somente assim, será possível assimilar novas atitudes, procedimentos e posturas. Os educadores devem estabelecer um relacionamento aberto e cordial com a família dos alunos para conhecer melhor suas necessidades, hábitos e comportamentos. Devem conversar naturalmente e esclarecer dúvidas ou responder perguntas dos colegas na sala de aula. Todos precisam criar o hábito de evitar a comunicação gestual e visual na interação com esses alunos. É recomendável também evitar a fragilização ou a super proteção e combater atitudes discriminatórias.
  • 8. Adaptações físicas da sala A configuração do espaço físico não é percebida de forma imediata por alunos cegos, tal como ocorre com os que enxergam. Por isso, é necessário possibilitar o conhecimento e o reconhecimento do espaço físico e da disposição do mobiliário. A coleta de informações se dará de forma processual e analítica através da exploração do espaço concreto da sala de aula e do trajeto rotineiro dos alunos. As portas devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar imprevistos desagradáveis ou acidentes. O mobiliário deve ser estável e qualquer alteração deve ser avisada. Convém reservar um espaço na sala de aula com mobiliário adequado para a disposição dos instrumentos utilizados por esses alunos que devem incumbir-se da ordem e organização do material para assimilar pontos de referência úteis para eles.
  • 9. Instalação de artefatos tecnológicos necessários Recursos tecnológicos, equipamentos e jogos pedagógicos contribuem para que as situações de aprendizagem sejam mais agradáveis e motivadoras em um ambiente de cooperação e reconhecimento das diferenças. Os meios informáticos específicos facilitam as atividades e possibilitam a comunicação, a pesquisa e o acesso ao conhecimento. Existem programas leitores de tela com síntese de voz, concebidos para usuários cegos, que possibilitam a navegação na internet, o uso do correio eletrônico, o processamento de textos, de planilhas e uma infinidade de aplicativos operados por meio de comandos de teclado que dispensam o uso do mouse.  
  • 10. Estratégias inovadoras - Geoplano chega a sala de aula com sucesso Para professores que contam com deficientes visuais em suas classes e desejam maximizar seus resultados é imprescindível a utilização de instrumentos concretos. Fator que resultou na criação do Geoplano - método utilizado no ensino de matemática e estatística para cegos. O sucesso do método vem se Espalhando pelo Brasil. Trabalhar matemática com alunos deficientes visuais parece ser uma tarefa não muito fácil. Isso porque esses alunos precisam estar em contato direto com o que está sendo ensinado para poder fazer suas abstrações. Como o deficiente visual não pode visualizar o que é mostrado em figuras restas, cabe ao professor explorar outros sentidos para suprir essa falta, como, tato e audição. O Geoplano foi criado pelo professor Rubens Ferronato e conta com a colaboração do professor Deonir Luís Kurek e dos alunos Ivã José de Pádua e Ronaldo Fernandes da Unipan.
  • 11. Entre os programas mais conhecidos e difundidos no Brasil, destacamos: DOSVOX Possui um conjunto de ferramentas e aplicativos próprios além de agenda, chat e jogos interativos. Pode ser obtido gratuitamente por meio de “download” a partir do site do projeto DOSVOX: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox . VIRTUAL VISION É um software brasileiro desenvolvido pela Micropower, em São Paulo, concebido para operar com os utilitários e as ferramentas do ambiente Windows. É distribuído gratuitamente pela Fundação Bradesco e Banco Real para usuários cegos. No mais, é comercializado. Mais informações no site da empresa: http://www.micropower.com.br JAWS software desenvolvido nos Estados Unidos e mundialmente conhecido como o leitor de tela mais completo e avançado. Possui uma ampla gama de recursos e ferramentas com tradução para diversos idiomas, inclusive para o português. No Brasil, não há alternativa de subvenção ou distribuição gratuita do Jaws, que é o mais caro entre os leitores de tela existentes no momento. Outras informações sobre esse software estão disponíveis em: http://www.lerparaver.com e http://www.laramara.org.br
  • 12.
  • 14. Essas ferramentas e tantas outras devem estar disponíveis no âmbito do sistema escolar, nos serviços e centros de apoio que visam promover a inclusão escolar e social. Os laboratórios de informática, os telecentros e os programas de inclusão digital devem contar com meios informáticos acessíveis para pessoas cegas e com baixa visão, porque o uso de computadores e de outros recursos tecnológicos são tão fundamentais para os cegos, quanto os olhos são para quem enxerga.
  • 15. Execução de exercícios e provas Atividades predominantemente visuais devem ser adaptadas com antecedência e outras durante a sua realização por meio de descrição, informação tátil, auditiva, olfativa e qualquer outra referência que favoreçam a configuração do cenário ou do ambiente, a exemplo: exibição de filmes ou documentários, excursões e exposições. A apresentação de vídeo requer a descrição oral de imagens, cenas mudas e leitura de legenda simultânea se não houver dublagem para que as lacunas sejam preenchidas com dados da realidade e não apenas com a imaginação. É recomendável apresentar um resumo ou contextualizar a atividade programada para esses alunos. Os esquemas, símbolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser descritos oralmente. Os desenhos, os gráficos e as ilustrações devem ser adaptados e representados em relevo. O ensino de língua estrangeira deve priorizar a conversação em detrimento de recursos didáticos visuais que devem ser explicados verbalmente. Experimentos de ciências e biologia devem remeter ao conhecimento por meio de outros canais de coleta de informação. As atividades de educação física podem ser adaptadas com o uso de barras, cordas, bolas com guiso etc. O aluno deve ficar próximo do professor que recorrerá a ele para demonstrar os exercícios ao mesmo tempo em que ele aprende. Outras atividades que envolvem expressão corporal, dramatização, arte, música podem ser desenvolvidas com pouca ou nenhuma adaptação. Em resumo, os alunos cegos podem e devem participar de praticamente todas as atividades com diferentes níveis e modalidades de adaptação que envolvem criatividade, confecção de material e cooperação entre os participantes.
  • 16. Trabalhos cooperativos com os outros alunos A organização do trabalho na sala de aula é um elemento que pode contribuir para a inclusão dos alunos cegos. Concretamente, a organização dos alunos em pequenos grupos, nos quais se procuram fomentar as interações aluno-aluno, permite que os alunos se confrontem com diferentes perspectivas e cria condições, não apenas para o desenvolvimento cognitivo mas também de competências sociais (César, 2003; Santos & César, 2007). Rönnbäck (2003) e Santos e César (2007) consideram que os alunos cegos devem ser incluídos em pequenos grupos, que incluam também alunos ditos normovisuais, potenciando as oportunidades de participação de todo e qualquer aluno, tal como subscrevem os princípios da educação inclusiva (César, 2003), nas atividades da sala de aula. Importa, para que tal seja possível, que todos os alunos tenham a possibilidade de desenvolver as mesmas tarefas, ainda que o façam em níveis ou com ritmos diferentes. Batista (2005) relembra, ainda, a importância da interligação entre as aprendizagens já realizadas e as novas aprendizagens. Estes elementos, que são de grande importância no ensino da matemática para todos os alunos, são-no também para os alunos cegos. Contudo, para estes alunos, por exemplo, os conceitos de paralelismo de retas e planos podem constituir-se como uma forma de descrever objetos que podem não estar ao alcance do tacto, porque são inacessíveis, ou porque são muito grandes.
  • 17. Sala de recursos As salas de recursos são criadas e instaladas em estabelecimentos de ensino regular, de acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão central de educação, contando com um professor especializado à disposição da unidade escolar onde a mesma se encontra instalada.Neste tipo de atendimento, o aluno cego ou portador de visão subnormal, após avaliação educacional e desenvolvimento de atividades introdutórias, pode ser encaminhado a uma classe comum correspondente ao seu nível de adiantamento, recorrendo à sala de recursos quando encontrar dificuldades de aprendizagem decorrentes de problemas impostos por sua limitação visual, cuja solução seja impossível através dos recursos utilizados pelo professor do ensino regular. A sala de recursos atende a todos os educandos cegos e portadores de visão subnormal que estejam matriculados no estabelecimento em qualquer série ou grau. Pelo fato de o professor especializado estar exclusivamente num estabelecimento e aí permanecer diariamente, podendo, inclusive, alternar seu horário para atender aos alunos nos diferentes períodos da escola; esta forma de atendimento proporciona mais auxílio específico e imediato do que o ensino itinerante.
  • 18. A combinação dos pontos é obtida pela disposição de seis pontos básicos, organizados espacialmente em duas colunas verticais com três pontos à direita e três à esquerda de uma cela básica denominada cela braille.A escrita braille é realizada por meio de uma reglete e punção ou de uma máquina de escrever braille. A reglete é uma régua de madeira, metal ou plástico com um conjunto de celas braille dispostas em linhas horizontais sobre uma base plana. O punção é um instrumento em madeira ou plástico no formato de pêra ou anatômico, com ponta metálica, utilizado para a perfuração dos pontos na cela braille. O Sistema Braille Criado por Louis Braille, em 1825, na França, o sistema Braille é conhecido universalmente como código ou meio de leitura e escrita das pessoas cegas. Baseia-se na combinação de 63 pontos que representam as letras do alfabeto, os números e outros símbolos gráficos.
  • 19. Avaliação do aluno Alguns procedimentos e instrumentos de avaliação baseados em referências visuais devem ser alterados ou adaptados por meio de representações e relevo. É o caso, por exemplo, de desenhos, gráficos, diagramas, gravuras, uso de microscópios. Em algumas circunstâncias é recomendável valer-se de exercícios orais. A adaptação e produção de material, a transcrição de provas, exercícios e de textos em geral para o sistema braille podem ser realizadas em salas multimeios, núcleos, serviços ou centros de apoio pedagógico. Se não houver ninguém na escola que domine o sistema braille, será igualmente necessário fazer a conversão da escrita braille para a escrita em tinta. Convém observar a necessidade de estender o tempo da avaliação, considerando-se as peculiaridades já mencionadas em relação à percepção não visual. Os alunos podem realizar trabalhos e tarefas escolares utilizando a máquina de escrever em braille ou o computador, sempre que possível.
  • 20. O grande desafio do Educador Utilizar estratégias pedagógicas para disciplinar sua cultura e a cultura da sociedade para uma “visão” inclusiva e justa .
  • 21. “ Nasci com um problema nas vistas. Nunca vi a luz do sol. Trabalhei a vida toda com minha família fabricando tijolos no Piauí, nunca frequentei uma escola, naquela época cego não tinha direito à educação. O que sei fazer? Um monte de coisas, mas sou analfabeta” Anastácia S.-54 anos
  • 22.