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musica & tecnologia




Idéias avulsas sobre processos de produção
  musical, artífices e outras coisas sonoras

             <cláudio manoel duarte de souza>
ARTÍFICE>MÚSICA


A experimentação musical associada às tecnologias ou
  mesmo a associação entre música e tecnologia é uma
  das bases da experimentação artística. Considera-se
  aqui não só as tecnologias do digital, mas todo e
  qualquer artífice inventado para criar e ordenar sons,
  gerar música, enfim. Novas estéticas sonoras, inclusive,
  foram sempre permeadas pela descoberta de novos
  recursos.
MERCADO>MÚSICA>TECNOLOGIA


• É impossível pensar atualmente a tríade produção/
  circulação/consumo sem o entremeio das
  tecnologias, sejam elas digitais ou mesmo
  analógicas.
  A música está hoje associada não só o uso de
  softwares e tecnologias de todo porte em processos
  de produção, mas à própria utilização de redes
  telemáticas como espaço de produção simbólica
  coletiva, através das tecnologias P2P, além do uso
  dessas redes como instrumento de circulação da
  produção.
DO IT YOURSELF


• Da arte ao marketing, o artista contemporâneo é
  dono do seu território. Nesse sentido, a apropriação
  social das tecnologias digitais na produção da
  música retoma o dogma da cultura punk "Do it
  yourself" (faça você mesmo), e implica no
  questionamento do poder do músico virtuoso e
  coloca em xeque, ao transformar a música num
  banco de dados (num dado digital), o conceito do
  original e cópia, transferindo para o fazer, para o
  processo de elaboração, o caráter original do
  trabalho artístico.
ACADEMIA>CENA


• A referência comum da deflagração da música
  eletrônica tem sido as experiências da Eletroacústica
  nos anos 50, na Alemanha e, na seqüência, os anos
  70, também na Alemanha, com o Kraut Rock do
  Kraftwerk. Essa música ganha mais visibilidade nos
  anos 85/86, com a invenção do techno de Detroit e a
  house de Chicago, nos EUA, associando música e
  público, música e cena.
MUITO ANTES


• Mas, na verdade, essa conexão tem suas raízes
  fincadas desde o milênio passado, ainda em 1860.
  Objetos técnicos foram criados desde então para
  sintetizar sons. Interessante notar que, já nesta data,
  o físico e matemático alemão Hermann Ludwig
  Ferdinand von Helmholtz escrevia sobre o tema. Era
  o histórico ensaio "Sensations of Tone: Psychological
  Basis for Theory of Music", onde o autor se apoiava
  em experiências técnicas para discutir a relação
  entre tecnologia e som. Helmholtz construiu um
  controlador eletrônico musical, chamado Helmholtz
  Resonator, para analisar combinações de tons.
TEORIA>ESTÉTICA>MÚSICA>TECNOLOGIA


• Também a essa época, o italiano Ferruccio Busoni,
  compositor e pianista, produziu o ensaio "Sketch of a
  New Aesthetic of Music" – esse sim, discutindo
  questões de caráter estético sobre as "novas"
  tecnologias para a produção musical.
VÁLVULAS>PIANO


• Em 1876, o inventor americano Elisha Gray cria o
  seu "The Musical Telegraph". Gray descobriu que
  poderia controlar o som a partir de um circuito
  eletromagnético e gerar uma nota musical
  diferenciada, além de ter construído um dispositivo
  de alto-falante para fazer suas notas audíveis,
  podendo ser transmitido através de linhas telefônicas
  eletromagnéticas. O "Harmonic telegraph" é uma
  pequena caixa com circuitos eletrônicos e com
  teclados (piano).
EM PLENA REVOLUÇÃO


• 1917, na Rússia, em plena revolução leninista: Lev
  Sergeivitch Termen cria o Theremin (também
  chamado de Aetherophone - som do éter). O
  Theremin é um instrumento musical que usa circuitos
  eletrônicos e produz tons audíveis, controlado
  virtualmente pelos movimentos da mão.
3 ELEMENTOS

• É interessante frisar que, nesta invenção, o caráter
  experimental aparece em 3 momentos. Na invenção
  ela mesma; na elaboração de sons sintéticos
  baseados na eletrônica; e na forma de produção e
  controle dos sons a distância.
• Nos anos 30, com a assimilação de novos objetos
  geradores de música, o que chama atenção nesse
  período é o fato de compositores escreverem
  partituras para esses instrumentos. O compositor
  Paul Hindemith escreve a peça musical "Concertina
  for Trautonium and Orchestra".
ANOS 30>RESIGNIFICAÇÃO (I)


• Ainda na década de 30 (1935) é inventado o
  Magnetophone – conhecido como o primeiro
  gravador de fita magnética. Eis também uma das
  grandes invenções. Aqui aparece a primeira
  possibilidade de armazenamento e um novo tipo de
  manipulação do som. Esse equipamento foi
  reapropriado e resignificado. Sua função principal era
  gravar (arquivar) sons para posterior audição. Mas
  seu sistema mecânico possibilitava a reversão dos
  sons, alteração da velocidade de reprodução e até a
  sobreposição de diferentes trechos sonoros.
ANOS 30>RESIGNIFICAÇÃO (II)


• Havia, portanto, a possibilidade da utilização deste
  objeto técnico como produtor (e não apenas
  reprodutor) sonoro, como instrumento musical,
  criador de novas experimentações, de inovações
  estéticas.
(RE)CRIAÇÃO


• O francês Edgar Varèse ao utilizar esses recursos,
  discute a relação entre a máquina e processos
  criativos. Ele mostra que novas máquinas e funções
  técnicas dessas não só interferem nos processos
  criativos, mas alteram e propõem novas estéticas.
RUÍDO>MÚSICA


• Isso nos remete ao surgimento da TB 303, baixo
  sintetizado e com automação de linhas musicais. As
  linhas melódicas produzidas pela TB 303 saíam
  distorcidas e esse objeto ser tornou lixo industrial.
  Um erro de mercado. Lixo tecnológico, até que foi
  reapropriado pelos produtores de música eletrônica
  no final dos anos 80, início dos 90, que inventam um
  novo estilo chamado acid house, pela inclusão de
  timbres ácidos, agudos e distorcidos, saídos da TB
  303.
2 ASPECTOS


• A presença da TB 303 na produção musical
  eletrônica confirma dois aspectos a serem
  destacados:1 - As novas tecnologias sonoras
  também determinam o avanço estético da música
  experimental, aquela que busca rupturas com
  padrões cristalizados;2 - Novos suportes são
  capazes de propor novas estéticas. A TB 303 teve
  uma nova função a ela conferida (não mais servir
  como base para um músico acompanhar), mas o de
  se tornar um instrumento de frente, a partir de sua
  reapropriação por parte do músicos eletrônicos.
VOLTANDO AOS ANOS 40

• Há, na história da música, momentos de sistematização
  de idéias interessantes e sempre associadas a nova
  forma de usar ou ao surgimento de tecnologias, dando
  base para não só um novo estilo musical, mas um
  movimento estético. Em 1948, em Paris, o pesquisador
  Pierre Schaeffer sistematiza sua pesquisa sonora, por
  exemplo, e a denomina Musique Concrète, onde efeitos
  de gravações e manipulação sonora eram a base
  estética – o processo de uso dos recursos técnicos
  ganham destaque. Mas as experiências de maior
  expressão do ponto de vista da sistematização de
  idéias sobre tecnologia e música acontecem logo em
  seguida, na Alemanha.
ELETRO-ACÚSTICA (I)


• Em 1952, em Koln (Colônia), pesquisadores usam e
  desenvolvem um novo conceito estético. São jovens
  compositores, entre os quais Karlheinz Stockhausen
  e Pierre Boulez. São os pensadores da Elektronische
  Musik ou música eletrônica pura: sons são
  sintetizados ou gerados utilizando-se aparelhos
  eletrônicos.
ELETRO-ACÚSTICA (II)


• Posteriormente, após os avanços desses estudos,
  surgem mais experimentações e a Eletroacústica é
  conceituada como a conexão entre timbres
  eletrônicos puros e timbres acústicos.
ELETRO-ACÚSTICA (III)


• A peça Gesang der Jüngling (O Canto dos
  Adolescentes), de Stockhausen, é a principal e
  pioneira referência dessas experimentações. O
  compositor alemão usa sonoridades acústicas e
  naturais (a voz de uma criança) com sonoridades
  eletrônicas puras (saídas de equipamentos
  eletrônicos).
OS (LOUCOS) ANOS 20


• É interessante registrar que, em plena década de 20,
  a peça musical Ballet mécanique, do americano –
  residente em Paris - George Antheil (1900-1959), foi
  composta para ser tocada por instrumentos como 3
  xilofones, 4 tambores graves, 1 gongo, 2 pianos, 16
  pianistas sincronizados, 1 sirene, 7 sinos elétricos
  e ...3 hélices de avião.
MÚSICA>INFORMÁTICA


• Softwares, principalmente, vêm incentivar (pois
  facilitam) a produção musical entre pessoas sem
  conhecimento teórico de música, sem formação em
  teoria musical e mais uma vez a internet é o espaço
  para a circulação desses programas e informações
  específicas, gerando produções.
  Do ponto de vista estético, essa independência
  advindas de softwares e máquinas como groove
  boxes e o próprio computador na produção musical
  trazem vantagens e desvantagens na produção.
NOVOS RUÍDOS ORDENADOS


• Ao pensarmos música e tecnologia, podemos
  constatar que a música experimental - a que busca
  produzir novos timbres ou novas formas de
  ordenação de ruídos - sempre esteve,
  historicamente, associada à invenção de objetos
  técnicos. Não só no sentido de criar novos artífices,
  mas no sentido de dar novas significações a objetos
  técnicos já existentes.
claudiomanoelufrb@gmail.com

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Música, tecnologia e experimentação desde 1860

  • 1. musica & tecnologia Idéias avulsas sobre processos de produção musical, artífices e outras coisas sonoras <cláudio manoel duarte de souza>
  • 2. ARTÍFICE>MÚSICA A experimentação musical associada às tecnologias ou mesmo a associação entre música e tecnologia é uma das bases da experimentação artística. Considera-se aqui não só as tecnologias do digital, mas todo e qualquer artífice inventado para criar e ordenar sons, gerar música, enfim. Novas estéticas sonoras, inclusive, foram sempre permeadas pela descoberta de novos recursos.
  • 3.
  • 4. MERCADO>MÚSICA>TECNOLOGIA • É impossível pensar atualmente a tríade produção/ circulação/consumo sem o entremeio das tecnologias, sejam elas digitais ou mesmo analógicas. A música está hoje associada não só o uso de softwares e tecnologias de todo porte em processos de produção, mas à própria utilização de redes telemáticas como espaço de produção simbólica coletiva, através das tecnologias P2P, além do uso dessas redes como instrumento de circulação da produção.
  • 5. DO IT YOURSELF • Da arte ao marketing, o artista contemporâneo é dono do seu território. Nesse sentido, a apropriação social das tecnologias digitais na produção da música retoma o dogma da cultura punk "Do it yourself" (faça você mesmo), e implica no questionamento do poder do músico virtuoso e coloca em xeque, ao transformar a música num banco de dados (num dado digital), o conceito do original e cópia, transferindo para o fazer, para o processo de elaboração, o caráter original do trabalho artístico.
  • 6. ACADEMIA>CENA • A referência comum da deflagração da música eletrônica tem sido as experiências da Eletroacústica nos anos 50, na Alemanha e, na seqüência, os anos 70, também na Alemanha, com o Kraut Rock do Kraftwerk. Essa música ganha mais visibilidade nos anos 85/86, com a invenção do techno de Detroit e a house de Chicago, nos EUA, associando música e público, música e cena.
  • 7. MUITO ANTES • Mas, na verdade, essa conexão tem suas raízes fincadas desde o milênio passado, ainda em 1860. Objetos técnicos foram criados desde então para sintetizar sons. Interessante notar que, já nesta data, o físico e matemático alemão Hermann Ludwig Ferdinand von Helmholtz escrevia sobre o tema. Era o histórico ensaio "Sensations of Tone: Psychological Basis for Theory of Music", onde o autor se apoiava em experiências técnicas para discutir a relação entre tecnologia e som. Helmholtz construiu um controlador eletrônico musical, chamado Helmholtz Resonator, para analisar combinações de tons.
  • 8. TEORIA>ESTÉTICA>MÚSICA>TECNOLOGIA • Também a essa época, o italiano Ferruccio Busoni, compositor e pianista, produziu o ensaio "Sketch of a New Aesthetic of Music" – esse sim, discutindo questões de caráter estético sobre as "novas" tecnologias para a produção musical.
  • 9. VÁLVULAS>PIANO • Em 1876, o inventor americano Elisha Gray cria o seu "The Musical Telegraph". Gray descobriu que poderia controlar o som a partir de um circuito eletromagnético e gerar uma nota musical diferenciada, além de ter construído um dispositivo de alto-falante para fazer suas notas audíveis, podendo ser transmitido através de linhas telefônicas eletromagnéticas. O "Harmonic telegraph" é uma pequena caixa com circuitos eletrônicos e com teclados (piano).
  • 10. EM PLENA REVOLUÇÃO • 1917, na Rússia, em plena revolução leninista: Lev Sergeivitch Termen cria o Theremin (também chamado de Aetherophone - som do éter). O Theremin é um instrumento musical que usa circuitos eletrônicos e produz tons audíveis, controlado virtualmente pelos movimentos da mão.
  • 11. 3 ELEMENTOS • É interessante frisar que, nesta invenção, o caráter experimental aparece em 3 momentos. Na invenção ela mesma; na elaboração de sons sintéticos baseados na eletrônica; e na forma de produção e controle dos sons a distância. • Nos anos 30, com a assimilação de novos objetos geradores de música, o que chama atenção nesse período é o fato de compositores escreverem partituras para esses instrumentos. O compositor Paul Hindemith escreve a peça musical "Concertina for Trautonium and Orchestra".
  • 12. ANOS 30>RESIGNIFICAÇÃO (I) • Ainda na década de 30 (1935) é inventado o Magnetophone – conhecido como o primeiro gravador de fita magnética. Eis também uma das grandes invenções. Aqui aparece a primeira possibilidade de armazenamento e um novo tipo de manipulação do som. Esse equipamento foi reapropriado e resignificado. Sua função principal era gravar (arquivar) sons para posterior audição. Mas seu sistema mecânico possibilitava a reversão dos sons, alteração da velocidade de reprodução e até a sobreposição de diferentes trechos sonoros.
  • 13. ANOS 30>RESIGNIFICAÇÃO (II) • Havia, portanto, a possibilidade da utilização deste objeto técnico como produtor (e não apenas reprodutor) sonoro, como instrumento musical, criador de novas experimentações, de inovações estéticas.
  • 14. (RE)CRIAÇÃO • O francês Edgar Varèse ao utilizar esses recursos, discute a relação entre a máquina e processos criativos. Ele mostra que novas máquinas e funções técnicas dessas não só interferem nos processos criativos, mas alteram e propõem novas estéticas.
  • 15. RUÍDO>MÚSICA • Isso nos remete ao surgimento da TB 303, baixo sintetizado e com automação de linhas musicais. As linhas melódicas produzidas pela TB 303 saíam distorcidas e esse objeto ser tornou lixo industrial. Um erro de mercado. Lixo tecnológico, até que foi reapropriado pelos produtores de música eletrônica no final dos anos 80, início dos 90, que inventam um novo estilo chamado acid house, pela inclusão de timbres ácidos, agudos e distorcidos, saídos da TB 303.
  • 16. 2 ASPECTOS • A presença da TB 303 na produção musical eletrônica confirma dois aspectos a serem destacados:1 - As novas tecnologias sonoras também determinam o avanço estético da música experimental, aquela que busca rupturas com padrões cristalizados;2 - Novos suportes são capazes de propor novas estéticas. A TB 303 teve uma nova função a ela conferida (não mais servir como base para um músico acompanhar), mas o de se tornar um instrumento de frente, a partir de sua reapropriação por parte do músicos eletrônicos.
  • 17. VOLTANDO AOS ANOS 40 • Há, na história da música, momentos de sistematização de idéias interessantes e sempre associadas a nova forma de usar ou ao surgimento de tecnologias, dando base para não só um novo estilo musical, mas um movimento estético. Em 1948, em Paris, o pesquisador Pierre Schaeffer sistematiza sua pesquisa sonora, por exemplo, e a denomina Musique Concrète, onde efeitos de gravações e manipulação sonora eram a base estética – o processo de uso dos recursos técnicos ganham destaque. Mas as experiências de maior expressão do ponto de vista da sistematização de idéias sobre tecnologia e música acontecem logo em seguida, na Alemanha.
  • 18. ELETRO-ACÚSTICA (I) • Em 1952, em Koln (Colônia), pesquisadores usam e desenvolvem um novo conceito estético. São jovens compositores, entre os quais Karlheinz Stockhausen e Pierre Boulez. São os pensadores da Elektronische Musik ou música eletrônica pura: sons são sintetizados ou gerados utilizando-se aparelhos eletrônicos.
  • 19. ELETRO-ACÚSTICA (II) • Posteriormente, após os avanços desses estudos, surgem mais experimentações e a Eletroacústica é conceituada como a conexão entre timbres eletrônicos puros e timbres acústicos.
  • 20. ELETRO-ACÚSTICA (III) • A peça Gesang der Jüngling (O Canto dos Adolescentes), de Stockhausen, é a principal e pioneira referência dessas experimentações. O compositor alemão usa sonoridades acústicas e naturais (a voz de uma criança) com sonoridades eletrônicas puras (saídas de equipamentos eletrônicos).
  • 21. OS (LOUCOS) ANOS 20 • É interessante registrar que, em plena década de 20, a peça musical Ballet mécanique, do americano – residente em Paris - George Antheil (1900-1959), foi composta para ser tocada por instrumentos como 3 xilofones, 4 tambores graves, 1 gongo, 2 pianos, 16 pianistas sincronizados, 1 sirene, 7 sinos elétricos e ...3 hélices de avião.
  • 22. MÚSICA>INFORMÁTICA • Softwares, principalmente, vêm incentivar (pois facilitam) a produção musical entre pessoas sem conhecimento teórico de música, sem formação em teoria musical e mais uma vez a internet é o espaço para a circulação desses programas e informações específicas, gerando produções. Do ponto de vista estético, essa independência advindas de softwares e máquinas como groove boxes e o próprio computador na produção musical trazem vantagens e desvantagens na produção.
  • 23. NOVOS RUÍDOS ORDENADOS • Ao pensarmos música e tecnologia, podemos constatar que a música experimental - a que busca produzir novos timbres ou novas formas de ordenação de ruídos - sempre esteve, historicamente, associada à invenção de objetos técnicos. Não só no sentido de criar novos artífices, mas no sentido de dar novas significações a objetos técnicos já existentes.