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CÁRITAS SÃO PEDRO
             APÓSTOLO




Apostila de Assistente Administrativo



         Telefone: (11) 4137-0069 / 4139-9335
    E-mail: projetos@caritassaopedroapostolo.com
        www.caritassaopedroapostolo.com.br
    Local: Rua Maria Concessa de Medeiros, 280
        Parque Pinheiros Taboão da Serra-SP
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO


                        Prezados Alunos,




Sejam Todos Bem Vindos!


A Cáritas São Pedro Apóstolo acolhe a todos com alegria e
satisfação para o Curso de Assistente Administrativo. Este curso
foi planejado com a intenção de prepara-los para o mercado de
trabalho e por isso, nada melhor do que se preparar com
qualificação profissional. Desta forma apresentamos nesta
apostila um conteúdo atual e dinâmico para apoio nos exercícios e
atividades práticas que serão aplicadas pelo docente em sala de
aula. Além disso, para que o curso obtenha sucesso é necessária à
parceria dos alunos, docente e direção.
Desejamos a todos que tenham um bom curso e sucesso
profissional!


Atenciosamente,
A Direção.




                     Cáritas São Pedro Apóstolo
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ASSISTENTE ADMINISTRATIVO


                                              Índice
Administração ........................................................................04
Função do Assistente Administrativo ....................................05
Diferenças entre bom Profissional e Excelente Profissional.06
Tipos de Empresas .................................................................08
Ata ..........................................................................................12
Como Abrir uma Empresa .....................................................13
Gestão Contábil......................................................................17
Gestão Financeira...................................................................40
Matemática Financeira ...........................................................50
Gestão de Materiais................................................................54
Gestão de Marketing ..............................................................60
Gestão de Pessoas ..................................................................63
Bibliografia.............................................................................71




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ASSISTENTE ADMINISTRATIVO




                                      ADMINISTRAÇÃO

A administração é o conjunto de atividades voltadas a direção de uma organização utilizando-se
de técnicas para que alcance seus objetivos de forma eficiente, eficaz e com responsabilidade
social e ambiental.

Administrar é o processo de tomar decisões e realizar ações que compreende quatro
processos: PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO E CONTROLE.

Em cada organização, o administrador soluciona problemas, dimensionar recursos, planeja sua
aplicação, desenvolve estratégias, efetua diagnósticos de situações. Exclusivo daquela
organização.

Há pelo menos três tipos de habilidades necessárias para que o administrador possa executar
eficazmente o processo administrativo.

HABILIDADE TECNICA: Utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos
necessários para realização de suas tarefas especificas, através de sua instrução, experiência e
educação.

HABILIDADE HUMANA: Capacidade e discernimento para trabalhar com pessoas,
compreender suas atitudes e motivações e aplicar uma liderança eficaz.

HABILIDADE CONCEITUAL: Habilidade para compreender as complexidades da
organização global e o ajustamento do comportamento da pessoa dentro da organização. Esta
habilidade permite que pessoa se comporte de acordo com os objetivos da organização total e
não apenas de acordo com os objetivos e as necessidades de seu grupo imediato.

Antecedentes históricos:

                   FILOSOFOS                                     IGREJA CATÓLICA

      CONFUCIO: Administração Publica
              (Republica)

     SOCRATES: Dividir Administração da                                MILITAR
           Habilidade Técnica

        PLATÃO: Administração Pública

   ARISTOTELES: Administração Cientifica                   REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E
                                                              EMPREENDEDORES.

        DESCARTE: Método Cartesiano


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ASSISTENTE ADMINISTRATIVO




Confúcio: “Confúcio traçou as linhas-mestras de uma república ideal. A república por ele
imaginada nasce de um mundo em que os homens viveriam como membros de única família.
Tal conceito era utópico, pois pedir aos chineses que tratassem todos os homens como seus
irmãos era exigir demais.”.

Platão: “O administrador deve trabalhar para garantir a felicidade dos cidadãos”.

Aristóteles: “Administração tudo deve ser baseado na realidade”.

Descarte: Método Cartesiano: Dividir em quatro pontos;

    •   Dúvida;
    •   Decomposição;
    •   Composição;
    •   Analise.

COMPETENCIAS DO ADMINISTRADOR:

    •   CONHECIMENTO
    •   HABILIDADE
    •   ATITUDE
    •   JULGAMENTO



                    FUNÇÕES DO ASSISTENTE ADMINISTRATIVO


A profissão de assistente administrativo é focada em realizar atividades fundamentais
em empresas públicas e privadas.

Suas principais funções estão relacionadas com o trabalho de escritório, sendo estas:

    •   Tramitar entrada e saída de correspondência.
    •   Recepção de documentos.
    •   Atender chamadas telefônicas.
    •   Atender ao público.
    •   Arquivar documentos.
    •   Manter atualizada a agenda, tanto telefônica como de pendências.
    •   Ter conhecimento de uso de máquinas de escritório, de calculadoras a
        fotocopiadoras, computadores e os programas usados.

Um assistente administrativo pode trabalhar em qualquer lugar que necessite de uma
pessoa que tenha a capacidade suficiente, podendo ser uma empresa privada, uma
administração pública ou qualquer outro lugar que precise de alguém para fazer as
funções descritas.

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ASSISTENTE ADMINISTRATIVO



Auxiliar Administrativo:

Objetivo da Função:
Executar tarefas específicas e rotinas administrativas, financeiras e logísticas da Unidade e
assessorar o Coordenador de Projeto no desempenho das mesmas.

Descrição da Função:
- Realizar as tarefas e rotinas administrativas da Unidade (recepção dos usuários, preenchimento
de fichas e prontuários, organização do atendimento e distribuição de números; organização e
manutenção do arquivo e armário de materiais, organização do espaço de atendimento e
escritório; atendimento e contatos telefônicos; agendamento das atividades internas e externas
do projeto; digitação de relatórios, formulários e demais documentos, controle de livro de ponto,
etc.).
- Auxiliar no controle e gestão dos recursos financeiros e logísticos da Unidade (rotinas de
estoque e controle de caixa, entrega de contracheques da equipe, recolhimento de recibos e
cópias, controle dos vales transporte, recepção, controle e estoque de material e medicamentos,
etc.)
- Zelo e conservação do material da organização;
- Participação nos seminários propostos de formação e atualização;
- Participação das reuniões de Equipe sempre que solicitado

Qualificações:
- 2º grau completo
- Conhecimento de Informática (Word, Excel) e serviços de escritório
- Noções de inglês - vantagem

Experiência Profissional:
- Experiência em função semelhante ou compatível (mínimo um ano) - essencial;
- Experiência de trabalho em Unidades de Saúde – desejável
- Experiência de trabalho em comunidades carentes ou com pessoas/locais em situação de risco
social e pessoal – essencial

Características pessoais:
- Cortesia e capacidade de lidar com o público - essencial
- Discrição e sigilo profissional - essencial
- Capacidade de comunicação e trabalho em área de risco social e violência urbana
- Interesse por questões sociais – desejável
- Iniciativa, dinamismo, e capacidade de trabalho em equipe
- Organização pessoal, bom gerenciamento de tempo e flexibilidade para auxiliar em outras
necessidades da equipe;
- Capacidade de lidar com situações de frustração e stress.


 DIFERENÇAS ENTRE BONS PROFISSIONAIS E EXCELENTES PROFISSIONAIS:

Seja qual for a área de atuação profissional, os princípios comentados abaixo podem ser
aplicados em diversas áreas de nossa vida e por isso é importante saber a diferenças entre bons
profissionais e excelentes profissionais, já que o objetivo deste curso é a qualificação
profissional, segue algumas dicas:




                                 Cáritas São Pedro Apóstolo
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ASSISTENTE ADMINISTRATIVO


Um excelente profissional não é líder, mas um líder que aprendeu; não é um gestor pronto, mas
gestor construído. O excelente profissional é esculpido no terreno da educação, elaborado nos
solos dos conflitos, forjado no calor dos desafios, esculpido no terreno das fragilidades.

No passado, ser bom profissional, não importa qual fosse a profissão, era suficiente para ter
segurança, obter regalias, atingir metas. Hoje, as sociedades capitalistas passam por
transformações tão rápidas e agressivas, que não basta ser bom, é necessário atingir a
excelência, inclusive para ter saúde psíquica.

Um excelente profissional decifra os códigos da inteligência e desenvolve pelo menos cinco
hábitos multifocais. Não é o que mais trabalha, é o que mais pensa. Não é o que é previsível,
mas surpreende. Não é o que repete comportamentos, mas o que se reinventa. Não é o que
engessa a mente, mas o que liberta a imaginação.

1º) Bons profissionais fazem tudo que lhe pedem, enquanto excelentes profissionais
surpreendem, fazem além do que lhe solicitam.

Um bom profissional executa as tarefas que lhe são solicitadas, enquanto um excelente
profissional decifra códigos da intuição criativa e faz muito mais do que lhe pedem. Um bom
profissional é correto, ético, responsável, mas não se doa, não se entrega, não faz nada além do
que está contratado para fazer. Um excelente profissional faz coisa que superam suas
obrigações.

2º) Bons profissionais corrigem erros, enquanto que excelentes profissionais os previnem.

Bons profissionais fazem o que podem para reparar um acidente, profissionais brilhantes fazem
o que podem para evitar que eles ocorram. Os novos tempos exigem uma liderança
especializada em prevenir crises e não em corrigi-las.

3º) Bons profissionais executam ordens, enquanto profissionais excelentes pensam pela
empresa.

Bons profissionais desejam primeiro ser gestores de sua empresa, enquanto excelentes
profissionais almejam ser primeiro gestores da sua mente. Sabem que ninguém pode ser
brilhante líder no teatro social, se não for primeiro um grande líder no teatro psíquico.

Bons profissionais obedecem a ordens, enquanto excelentes profissionais pensam pela empresa.
Os que obedecem a ordens só enxergam a crise depois de instalada, mas os que pensam pela
empresa percebem seus sinais sutis antes que ela surja.

4º) Bons profissionais são individualistas, enquanto excelentes trabalham em equipe, lutam
pelo cérebro do time.

Bons profissionais vivem ilhados, enquanto profissionais excelentes vivem interagindo. Bons
profissionais valorizam a força do individuo, profissionais brilhantes valorizam a força do
grupo. Bons profissionais lutam pelo estrelismo, enquanto profissionais excelentes lutam pelo
sucesso da equipe.

Bons profissionais são ingênuos, desconhecem as armadilhas da sua mente e de seus colegas,
enquanto que excelentes profissionais tem consciência de que todos os membros da equipe,
inclusive ele, possuem fantasmas alojados no seu inconsciente: o fantasma do “ego”, das

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ASSISTENTE ADMINISTRATIVO


“vaidades”, dos “paradigmas rígidos”, da “hipersensibilidade”, do “ciúme”, da “necessidade
neurótica de prevalecer nossas ideias”.

5º Bons profissionais usam o poder do medo e das pressões, enquanto excelentes usam o
poder do elogio.

Bons profissionais são aptos para cobrar, pressionar, punir, mas excelentes profissionais são
aptos a encorajar, estimular e apostar no seu time. Sabem que quem pressiona e pune seus pares
está apto para lidar com números, mas não com seres humanos. Não têm a necessidade
neurótica de estar sempre certo ou de ser o centro das atenções.

Excelentes profissionais conhecem o funcionamento da mente, sabem que o que determina o
impacto das suas palavras não é seu tom de voz, mas a imagem que construiu no inconsciente
coletivo das pessoas. Se a imagem é excelente, pequenas palavras bastam; se a imagem for
ruim, gritos não serão suficientes.

Sabem que o poder do elogio é muito mais eficiente do que o poder do medo e das pressões.
Têm plena consciência de que tanto para corrigir seus liderados quanto para motivá-los, em
primeiro lugar deve-se conquistar o território da emoção e depois da razão. Vive esse
pensamento: quem não sabe elogiar não é digno de receber elogios.Sabem que seus
funcionários não são seus servos, mas seus parceiros. Encanta-os, dá uma ducha de carisma em
todos os setores em que trabalha e atua.



                                  TIPOS DE EMPRESAS.

As empresas são organizações econômicas particulares, públicas ou mistas que
oferecem bens e ou serviços tendo, em geral, o lucro como objetivo (em uma visão mais
moderna, o lucro é uma consequência, ou retorno esperado pelos investidores, do
processo produtivo e, para as empresas públicas ou “entidades sem fins lucrativos” é
representado pela “rentabilidade social”). Existem diversos tipos de empresas.

Podemos classificar as empresas de acordo com o setor econômico, a quantidade de
sócios, tamanho, fins ou objetivos, organização ou natureza:

* Setor primário: setor agrícola

Denomina-se como Setor Primário os segmentos da economia que produzem matérias
primas, como a agricultura, a pecuária, a pesca e o extrativismo mineral. É um grande
setor em países subdesenvolvidos: na África, a maioria dos países tem suas populações
vivendo de agricultura de subsistência.

Em países desenvolvidos, a agricultura tornou-se mais desenvolvida tecnologicamente,
mecanizando suas fazendas, ao contrário de técnicas rudimentares manuseadas
manualmente. Por exemplo, nos Estados Unidos, o milho é plantado com tratores, que
também espalham os defensivos, cortam-no e o embalam, sem contato com a mão
humana. Isso prova que, quanto mais uma economia desenvolvida é, maior é o
investimento em novas tecnologias para sua expansão. Estes avanços em investimentos
e novas tecnologias permitem ao setor primário cada vez menos contar com menos mão

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                                                                                    Página 8
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO


de obra, permitindo a estes países contarem com percentuais cada vez menores de
pessoas empregadas neste setor, tendo um grande percentual nos setores secundário e
terciário.

Mesmo em países subdesenvolvidos, a agricultura tem papel importante em seu
desenvolvimento. Com a melhoria de seus sistemas de saúde, a expectativa de vida
melhora; melhora também sua qualidade. Além disso, aumenta sua renda per capita,
fazendo com que as pessoas consumam mais, aumentando a demanda por alimentos.

Muitos estudiosos encaram o futuro da agricultura contando cada vez menos com mão
de obra: a que restar, vai ser altamente especializada para o manuseio de grandes
máquinas. Isso depende de toda a sociedade voltada para a busca do conhecimento, pois
o aumento do nível educacional faz com que os responsáveis pelo Setor Primário
voltem seus investimentos para os locais certos, fazendo com que sejam tomadas as
melhores decisões e sejam empregadas as técnicas corretas para o beneficio do próprio
agricultor.

No Brasil, o Setor Primário começa a desenvolver nas regiões Centro-Oeste, Sul e
Sudeste: nas plantações de soja, milho e cana-de-açúcar são usadas muitas máquinas, e
a especialização tem que ser grande para operá-las. Nas regiões Norte e Nordeste
(principalmente), ainda há o predomínio de agricultura de subsistência, para baixos
índices de produção e, muitas vezes, com altos níveis de desperdício d e alimentos na
hora da comercialização.

* Setor secundário: indústrias;

O Setor Secundário inclui os setores da economia que transformam produtos, como
indústrias e construção. Este setor geralmente pega os produtos provindos do Setor
Primário e os transformam, ao ponto de servirem para serem usados para outros
negócios, exportados ou para serem consumidos por consumidores domésticos. É
dividido em indústria leve ou pesada. Muitas destas indústrias consomem enormes
quantidades de energia, pois requerem maquinaria pesada para converterem materiais
brutos em produtos acabados. Também produzem muito resíduos, que podem ser
tóxicos e causar danos ao meio ambiente.

Muitos economistas dizem que o bem estar da produção é a ligação entre este e o setor
de serviços, que tem que estar bem também para consumir os produtos fabricados. O
setor Secundário é também muito importante para promover o acréscimo da economia
em países em desenvolvimento. Em países desenvolvidos, é fundamental pro ser uma
fonte de bons empregos, e também por facilitar grande mobilidade social para
sucessivas gerações. Suas principais divisões são:

- Fábricas aeroespaciais;
- Fábricas automobilísticas;
- Indústria cervejeira;
- Indústria química;
- Fábricas de confecções;
- Indústria de eletrônicos;
- Indústria de maquinaria;

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ASSISTENTE ADMINISTRATIVO


- Indústria de energia, como petróleo, gás e energia elétrica;
- Indústria de aço;
- Desenvolvimento de softwares;
- Indústria de telecomunicações;
- Indústria de cigarros.

No Brasil, o Setor Secundário foi iniciado tardiamente. Somente após a Segunda
Guerra é que foram feitos os primeiros esforços para a substituição das importações.
Na época da Ditadura, o Brasil passa pelo ”Milagre econômico” (1968-1974), no qual
foram feitos grandes investimentos em infraestrutura. A partir da década de 80, por
causa de sucessivas recessões, o Setor Secundário perde força e perde participação no
PIB para o Setor de serviços.



* Setor terciário: serviços;

Setor terciário (também conhecido como setor de serviços) é aquele que engloba as
atividades de serviços e comércio de produtos. É um dos três setores da economia, os
outros sendo o Setor Primário (agricultura, extração mineral, etc.) e o Setor
Secundário (industrialização). Os serviços são definidos na literatura econômica
moderna como “bens intangíveis”.

O Setor Terciário envolve as provisões de serviços tanto para outros negócios como
para consumidores finais. Estes podem estar envolvidos como transportes, vendas e
distribuição de bens dos produtores aos consumidores; podem ser também de outros
serviços não ligados diretamente ao produto final, como controle de pragas e
entretenimento. Os bens podem ser transformados também, como acontece em um
restaurante ou em uma eletrônica. Assim, o foco esta na interação entre pessoas,
proporcionando um produto ou serviço que satisfaça os anseios de quem o(s)
demandou.

Como componentes do Setor Terciário, podemos citar:

- Turismo;
- Serviços bancários;
- Restaurantes;
- Hospitais;
- Serviços de consultoria;
- Corretagem de imóveis;
- Serviços públicos.

Estes últimos são considerados parte do Setor Terciário enquanto providenciam serviços
básicos à sociedade, como educação, saúde, etc.; quando cuidam da construção da infra-
estrura de um país, com a construção de estradas, pontes, etc., podem ser consideradas
como parte do Setor Secundário.

Os serviços são difíceis de serem classificados, pois são intangíveis e incontáveis.
Assim, fica difícil para os consumidores mensurarem e entenderem o valor do serviço

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                                                                            Página 10
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO


que estão pagando para obter. Como os investimentos e serviços de consultoria, não há
garantias da obtenção de volta do capital investido.

               ONGs: ONG é um acrônimo usado para as organizações
               não governamentais (sem fins lucrativos), que atuam no
               terceiro setor da sociedade civil. Estas organizações, de
               finalidade pública, atuam em diversas áreas, tais como:
               meio ambiente combate à pobreza, assistência social,
               saúde, educação, reciclagem, desenvolvimento
               sustentável, entre outras.

               As ONGs possuem funções importantes na sociedade,
               pois seus serviços chegam a locais e situações em que o
               Estado é pouco presente. Muitas vezes as ONGs
               trabalham em parceria com o Estado.

               As ONGs obtêm recursos através de financiamento dos
               governos, empresas privadas, venda de produtos e da
               população em geral (através de doações). Grande parte
               da mão de obra que atua nas ONGs é formada por
               voluntários.

               A ABONG é a Associação brasileira de organizações
               não governamentais.

               Exemplo de ONGs:

               - WWF (Worldwide Fund for Nature) - organização que
               atual no mundo todo, destinada à proteção do meio
               ambiente.
               - Fundação SOS Mata Atlântica - ONG brasileira cuja
               principal função é atuar em defesa da fauna e flora da
               Mata Atlântica.
               - Greenpeace - missão de preservação da natureza e
               conservação da biodiversidade. ONG mundial que
               também atua no Brasil.

               - Cáritas São Pedro Apóstolo- A missão da Cáritas São
               Pedro Apóstolo é favorecer o fortalecimento de uma
               comunidade fraterna e participativa que colabore para o
               crescimento da pessoa humana e possibilita a ampla
               realização da cidadania.

Assim, como fazer a diferenciação de dois hotéis que oferecem o mesmo serviço por
preços idênticos? A diferenciação e a qualidade no atendimento farão o consumidor se
decidir por aquele que mais o agradar com pequenos detalhes.




                             Cáritas São Pedro Apóstolo
                                                                           Página 11
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO


* Empresa individual: quando o proprietário da empresa é apenas uma pessoa;
geralmente, neste tipo de organização o capital particular do proprietário se confunde
com o da empresa;

   •   Empresa de Responsabilidade Limitada (ou sociedade por quotas): é o tipo mais
       comum, onde os sócios são responsáveis pela empresa de acordo com a
       quantidade de quotas.
   •   Sociedade Simples: é aquela formada por pessoas que exercem profissão de
       natureza intelectual, científica, artística ou literária, mesmo sem contar com
       colaboradores;
   •   Sociedade Empresária: é aquela onde a atividade econômica organizada é
       exercida de forma profissional constituindo elemento de empresa;
   •   Sociedade Anônima: tem seu capital distribuído em ações e a responsabilidade
       de cada sócio, ou acionista, é correspondente a quantidade e valor das ações que
       ele possui.
   •   Sociedade em Comandita Simples: tipo de sociedade onde, ao lado dos sócios de
       responsabilidade ilimitada e solidária, existem aqueles que entram apenas com o
       capital, não participando da gestão do negócio, tendo, portanto, sua
       responsabilidade restringida ao capital subscrito;
   •   Sociedade em Comandita por ações: são regidas pelas normas das sociedades
       anônimas porque tem seu capital dividido em ações;
   •   Sociedade em nome Coletivo: constituída apenas por pessoas físicas que
       respondem ilimitada e solidariamente pelas obrigações da sociedade;
   •   Sem fins lucrativos: organizações onde toda a receita é revertida para as
       atividades que mantém;
   •   Microempresa: aquela que tem receita bruta anual igual ou inferior a
       R$244.000,00;
   •   Empresa de Pequeno Porte: aquela que tem receita bruta anual superior a
       R$244.000,00 e igual ou inferior a R$1.200.000,00. (Lei n.º 9.841 de 05/10/99).



                                           ATA

   A ata é responsável por registrar, de forma resumida e clara, as decisões, resoluções
   e ocorrências de uma reunião ou qualquer outro tipo de evento que necessite da
   documentação do seu conteúdo.

   Uma ata deve ser feita com o intuito de não permitir modificações, para isso, alguns
   cuidados deverão ser tomados, como:

       •   Não deverá possuir rasuras;
       •   Não deverá ser utilizado nenhum tipo de abreviação;
       •   Deverá ser utilizado o máximo possível de páginas, para evitar a inclusão de
           informações;
       •   Todo número ou data deverá ser escrito por extenso;
       •   Deverá ser incluída sempre a numeração da página, para evitar a inserção de
           páginas;


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        •   Cada secção deverá ser escrita em um único parágrafo, ou seja, sem o uso da
            tecla <Enter> ao final da linha;
        •   Para uso lega, é necessário a rubrica do presidente em todas as páginas e a
            assinatura na última página.



                           COMO ABRIR UMA EMPRESA?

Neste capitulo é necessário em primeiro lugar entender o que é empreendorismo e
empreendedor.

EMPREENDORISMO: Designa os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil,
suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuação.

EMPREENDEDOR: É o termo utilizado para qualificar, ou especificar,
principalmente, aquele individuo que detém uma forma especial, inovadora, de se
dedicar às atividades de organização, administração, execução; principalmente na
geração de riquezas, na transformação de conhecimentos e bens em novos produtos –
mercadorias ou serviços; gerando um novo método com o seu próprio conhecimento. É
o profissional inovador que modifica, com sua forma de agir, qualquer área do
conhecimento humano. Também é utilizado – no cenário econômico – para designar o
fundador de uma empresa ou entidade, aquele que construiu tudo a duras custas, criando
o que ainda não existia.

Antes de criar uma empresa é necessário um plano de negócio, que é um relatório detalhado
de uma organização ou empresa que têm como conteúdo todas as formas possíveis de
crescimento e metas a serem atingidas. O conteúdo é formado por pesquisas mercadológicas,
plano de marketing, plano financeiro anexos etc.

O Plano de Negócio ajuda o empreendedor a identificar o melhor momento para começar ou
ampliar seu negócio. Abrange etapas como análise de mercado e projeção faturamento,
informações que mostrarão para o empresário onde, como, quando e para quem oferecer
seus produtos e serviços.

A pesquisa de viabilidade apresenta dados sobre o público-alvo e suas necessidades e sobre os
produtos e serviços, os preços, as despesas e as receitas dos concorrentes. Também mostra a
projeção dos custos, da receita e do capital de giro. Mensura o montante inicial para o
investimento e em quanto tempo o valor será recuperado. Ainda propõe preços para os
produtos e serviços, adequados ao mercado e à necessidade financeira da empresa.

O Plano de Negócio serve também como cartão de visitas da empresa e como instrumento de
apresentação do negócio de forma concisa, mas que engloba todas as suas principais
características. Alguns dos possíveis públicos para o seu Plano de Negócios estão listados a
seguir:

Incubadoras de empresas: Com objetivo de se tornar uma empresa incubada.

Sócios potenciais: Para estabelecer acordos e direção.


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Parceiros: Para estabelecimento de estratégias conjuntas.

Bancos: Para outorgar financiamentos.

Intermediários: Empresas de capital de risco, pessoas jurídicas e outros interessados.

Gerente de Marketing: Para desenvolver planos de marketing.

Executivos de alto nível: Para aprovar e alocar recursos.

Fornecedores: Para outorgar crédito para compra de mercadorias e matéria prima.

Gente Talentosa: Que você deseja contratar para fazer parte de sua empresa.

A própria empresa: Para comunicação interna com os empregados.

Os clientes potenciais: para vender o produto/serviço.



O Plano de Negócio é composto por várias seções que se relacionam e permitem um
entendimento global do negócio de forma escrita e em poucas páginas.

Cada seção está explicada em detalhes abaixo:

Capa: A capa, apesar de não parecer, é uma das partes mais importantes do Plano de negócios,
pois é a primeira coisa que é visualizada por quem lê o seu plano de negócios, devendo ser feita
de maneira limpa e com as informações necessárias e pertinentes.

Sumário: O sumário deve conter o titulo de cada seção do Plano de Negócios e a página
respectiva onde se encontra.

Sumário Executivo: O Sumário Executivo é a principal seção do seu Plano de Negócios.
Através do Sumário Executivo é que o leitor decidirá se continua ou não a ler seu plano de
negócios. Portanto, deve ser escrito com muita atenção, revisado várias vezes e conter uma
síntese das principais informações que constam em seu Plano de Negócios. Deve ainda ser
dirigido ao público alvo do seu Plano de Negócios e explicar qual o objetivo do Plano de
Negócios em relação ao leitor (exemplo: requisição de financiamento junto a bancos, capital de
risco, apresentação da empresa para potenciais investidores, parceiros ou clientes etc.). O
Sumário Executivo deve ser a última seção a ser escrita, pois depende de todas as outras seções
do plano a ser feita.

Planejamento Estratégico do Negócio: A seção de planejamento estratégico do negócio é onde
você define os rumos da sua empresa, sua situação atual, suas metas e objetivos de negócio,
bem como a descrição da visão e missão de sua empresa. É a base para o desenvolvimento e
implantação das demais ações de sua empresa.

Descrição da Empresa: Nesta seção você deve descrever sua empresa, seu histórico,
crescimento/faturamento dos últimos anos, sua razão social, impostos, estrutura organizacional,
localização, parcerias, serviços terceirizados etc.



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Produtos e Serviços: Nesta seção do seu Plano de Negócios você deve descrever quais são seus
produtos e serviços, como são produzidos, ciclo de vida, fatores tecnológicos envolvidos,
pesquisa e desenvolvimento, principais clientes atuais, se detém marca e/ou patente de algum
produto etc.

Análise de Mercado: Na seção de Análise de Mercado, você deverá mostrar que conhece muito
bem o mercado consumidor do seu produto/serviço (através de pesquisas de mercado): como
está o segmento, as características do consumidor, análise da concorrência, a sua participação de
mercado e a dos principais concorrentes, os riscos do negócio etc.

Plano de Marketing: O plano de marketing apresenta como você pretende vender seu
produto/serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a
demanda. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do produto/serviço para
o cliente, política de preços, projeção de vendas, canais de distribuição e estratégias de
promoção/comunicação e publicidade.

Plano Financeiro: A seção de finanças deve apresentar em números todas as ações planejadas
de sua empresa e as comprovações, através de projeções futuras (quanto precisa de capital,
quando e com que propósito), de sucesso do negócio. Deve conter itens como fluxo de caixa
com horizonte de três anos, balanço, ponto de equilíbrio, necessidades de investimentos,
lucratividade prevista, prazo de retorno sobre investimentos etc.

Anexos: Esta seção deve conter todas as informações que você julgar relevantes para o melhor
entendimento de seu Plano de Negócios. Por isso, não tem um limite de páginas ou exigências a
serem seguidas. A única informação que você não pode esquecer-se de incluir é a relação dos
curriculum vitae dos sócios da empresa. Você poderá anexar ainda informações como fotos de
produtos, plantas da localização, roteiro e resultados complementos das pesquisas de mercado
que você realizou, material de divulgação de seu negócio, folders, catálogos, estatutos, contrato
social da empresa, planilhas financeiras detalhadas etc.

CAMINHOS E DICAS PARA TORNAR ESSE MOMENTO EMPRESARI AL
                    MENOSCOMPLICADO

Para uma micro ou uma pequena empresa exercer suas atividades no Brasil, é
preciso,entre outras providências, ter registro na prefeitura ou na
administração regional da cidade onde ela vai funcionar, no estado, na Receita
Federal e na Previdência Social.Dependendo da atividade pode ser necessário também o
registro na Entidade de Classe,na Secretaria de Meio-Ambiente e outros órgãos de fiscalização.
A seguir, mostraremos caminhos e daremos dicas para tornar esse momento empresarial menos
complicado.
Na Junta Comercial ou Cartório de Registro de Pessoa Jurídica
O registro legal de uma empresa é tirado na Junta Comercial do estado ou no Cartório de
Registro de Pess oa J urídica. Para as pessoas j urídicas, esse passo é
equivalente àobtenção da Certidão de Nascimento de uma pessoa física. A partir
desse registro, a empresa existe oficialmente - o que não significa que ela possa começar a
operar.Para fazer o registro é preciso apresentar uma série de documentos e
formulários que podem variar de um estado para o outro. Citamos os mais comuns:Contrato
Social; Documentos pessoais de cada sócio (no caso de uma sociedade).O Contrato Social é a
peça mais importante do início da empresa, e nele devem estar definidos claramente os
seguintes itens:
    • Interesse das partes

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    •    Objetivo da empresa
    •    Descrição do aspecto societário e a maneira de integralização das cotas Para ser válido,
         o Contrato Social deverá ter o visto de um advogado. As micro empresa se empresas
         de pequeno porte são dispensadas da assinatura do advogado, conforme prevê o
         Estatuto da Micro e Pequena Empresa.Ainda na Junta Comercial ou no Cartório, deve-
         se verificar se há alguma outra empresa registrada com o nome pretendido.
         Geralmente é necessário preencher um formulário próprio, com três opções
         de nome. Há estados que j á oferecem esse serviço pela Internet. Se tudo
         estiver certo, será possível prosseguir com o arquivamento do ato constitutivo da
         empresa, quando geralmente serão necessários os documentos:
•Contrato Social ou Requerimento de Empresário Individual ou Estatuto, em três vias:
•Cópia autenticada do RG e CPF do titular ou dos sócios
•Requerimento Padrão (Capa da Junta Comercial), em uma via.
•FCN (Ficha de Cadastro Nacional) modelo um e dois, em uma via.
•Pagamento de taxas através de DARFOs preços e prazos para abertura variam de estado
para estado. Para isso, o ideal é consultar o site da Junta Comercial do estado em que a
empresa estiver localizada.Registrada a empresa, será entregue ao seu proprietário o NIRE
(Número de Identificação do Registro de Empresa).que é uma etiqueta ou um carimbo, feito
pela Junta Comercial ou Cartório, contendo um número que é fixado no ato constitutivo.
CNPJ
Com o NIRE em mãos, chega a hora de registrar a empresa como contribuinte, ou seja, de obter
o CNPJ. O registro do CNPJ é feito exclusivamente pela Internet, no site da Receita
por meio do Download de um programa específico. Os documentos necessários, informados no
site, são enviados por sedex ou pessoalmente para a Secretaria da Receita Federal, e a resposta é
dada também pela Internet. Ao fazer o cadastro no CNPJ, é preciso escolher a atividade que a
empresa irá exercer.Essa classificação será utilizada não apenas na tributação, mas também na
fiscalização das atividades da empresa. Lembre-se que nem todas as empresas podem
optar pelo Simples, principalmente as prestadoras de serviços que exigem habilitação
profissional. Portanto, antes de fazer sua inscrição no CNPJ, consulte os tipos de empresa que
não se enquadram no Simples.

Alvará de Funcionamento
Com o CNPJ cadastrado, é preciso ir à prefeitura ou administração regional para receber o
alvará de funcionamento. O alvará é uma licença que permite o estabelecimento e o
funcionamento de instituições comerciais, industriais, agrícolas e prestadoras de serviços,bem
como de sociedades e associações de qualquer natureza, vinculadas a pessoas f í s i c a s
ou jurídicas. Isso é feito na prefeitura ou na administração regional ou
n a Secretaria Municipal da Fazenda de cada município. Geral mente, a
documentação necessária é:
    • Formulário próprio da prefeitura
    • Consulta prévia de endereço aprovada
    • Cópia do CNPJ
    • Cópia do Contrato Social
    • Laudo dos órgãos de vistoria, quando necessário.
    • Inscrição Estadual
Já o cadastro no sistema tributário estadual deve ser feito junto à Secretaria Estadual da
Fazenda. Em geral, ele não pode ser feito pela Internet, mas isso varia de estado para
estado. Atualmente, a maioria dos estados possui convênio com a Receita Federal, o que
permite obter a Inscrição Estadual junto com o CNPJ, por meio de um único cadastro.A
Inscrição Estadual é obrigatória para empresas dos setores do comércio, indústria e
serviços de transporte intermunicipal e interestadual. Também estão incluídos os serviços de
comunicação e ener gia. Ela é necessária para a obtenção da inscrição no ICM S


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                                                                                     Página 16
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( Imposto sobre Circul ação de Mercadorias e Ser viços), e em geral a
documentação pedida para o cadastro é:
•DUC (Documento Único de Cadastro), em três vias.
•DCC (Documento Complementar de Cadastro), em um via.
•Comprovante de endereços dos sócios, cópia autenticada ou original.
•Cópia autenticada do documento que prove direito de uso do imóvel, como
por exemplo, o contrato de locação do imóvel ou escritura pública do imóvel.
•Número do cadastro fiscal do contador.
•Comprovante de contribuinte do ISS, para as prestadoras de serviços.
•Certidão si mplificada da J unta (para empres as constituídas há mais de três
meses).
•Cópia do ato constitutivo.
•Cópia do CNPJ.
•Cópia do alvará de funcionamento.
•RG e CPF dos sócios.
Observação: em alguns Estados a Inscrição Estadual deve ser solicitada antes do Alvará de
Funcionamento.

Cadastro na Previdência Social
Após a concessão do alvará de funcionament o, a empresa j á está apta a entrar
em operação. No entanto, ainda faltam duas etapas fundamentais para o seu funcionamento.
A primeira é o cadastro na Previdência Social, independente da empresa
p o s s u i r funcionários.Para contratar funcionários, é preciso arcar com as obrigações
trabalhistas sobre eles.Ainda que seja um único funcionário, ou apenas os sócios
inicialmente, a empresa precisa e s t a r c a d a s t r a d a n a P r e v i d ê n c i a S o c i a l e p a g a r
o s r e s p e c t i v o s t r i b u t o s . A s s i m , o representante deverá dirigir-se à Agência da
Previdência de sua jurisdição para solicitar o cadastramento da empresa e seus responsáveis
legais. O prazo para cadastramento é de 30 dias após o início das atividades.

Aparato Fiscal
Agora resta apenas preparar o aparato fiscal para que seu empreendimento entre em
ação. Será necess ário solicitar a autorização para i mpressão das notas fiscais e
a autenticação de livros fiscais. Isso é feito na prefeitura de cada cidade. Empresas
que pretendam dedicar-se às atividades de indústria e comércio deverão ir à Secretaria
de Estado da Fazenda. No caso do Distrito Federal, independente do segmento de atuação da
empresa, esta autorização é emitida pela Secretaria de Fazenda Estadual.Uma vez que o
aparato fiscal esteja pronto e registrado, sua empresa pode começar a operar
legalmente. Antes, no entanto, certifique-se que tudo ocorreu bem durante os
procedimentos anteriores. Se estiver tudo certo, basta tocar o seu negócio adiante.


                                         GESTÃO CONTABIL

A contabilidade é uma ferramenta indispensável para a gestão de negócios. De longa data,
contadores, administradores e responsáveis pela gestão de empresas se convenceram que
amplitude das informações contábeis vai além do simples cálculo de impostos e atendimento de
legislações comerciais, previdenciárias e legais.

Contabilidade Gerencial, em síntese, é a utilização dos registros e controles contábeis com o
objetivo de gerir uma entidade.

A gestão de entidades é um processo complexo e amplo, que necessita de uma adequada
estrutura de informações - e a contabilidade é a principal delas.


                                     Cáritas São Pedro Apóstolo
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Além do mais, o custo de manter uma contabilidade completa (livros diário, razão, inventário,
conciliações, etc.) não é justificável para atender somente o fisco. Informações relevantes
podem estar sendo desperdiçadas, quando a contabilidade é encarada como mera burocracia
para atendimento governamental.

Objetivamente, o custo médio de uma contabilidade de empresa de pequeno porte (faturamento
até R$ 120.000/mês) é acima de R$ 600,00. Numa empresa de médio porte (faturamento até R$
1.000.000/mês) este custo vai a R$ 3.000,00 ou mais. Tais empresas precisam aproveitar as
informações geradas, pois obviamente este será um fator de competitividade com seus
concorrentes: a tomada de decisões com base em fatos reais e dentro de uma técnica
comprovadamente eficaz – o uso da contabilidade.

A contabilidade gerencial não “inventa” dados, mas lastreia-se na escrituração regular dos
documentos, contas e outros fatos que influenciam o patrimônio empresarial.

Dentre as utilizações da contabilidade, para fins gerenciais, destacam-se, entre outros:

1. Projeção do Fluxo de Caixa

2. Análise de Indicadores

3. Cálculo do Ponto de Equilíbrio

4. Determinação de Custos Padrões

5. Planejamento Tributário

6. Elaboração do Orçamento e Controle Orçamentário

                                         CONDIÇÕES

O primeiro passo para uma contabilidade verdadeiramente gerencial, é que esta seja atualizada,
conciliada e mantida com respeito às boas técnicas contábeis.

Desta forma, pressupõe-se, entre outros, que uma contabilidade para uso gerencial deva ter:

    1.    Contas bancárias devidamente “fechadas” com os respectivos extratos, sendo as
         diferenças demonstradas e que tais diferenças não afetem o resultado pelo regime de
         competência. Admite-se, tão somente, as típicas “pendências” bancárias, como cheques
         não compensados e pequenos valores de débitos e créditos a ajustar. Valores
         expressivos, como débitos de juros e encargos sobre financiamentos, devem estar
         contabilizados.

    2.    Provisões de Férias e 13º Salário feitas mensalmente, com base em relatórios
         detalhados do departamento de recursos humanos. A falta de provisão mensal distorce
         as demonstrações contábeis, pois o regime de competência não é atendido.

    3.     Depreciações, amortizações e exaustões, contabilizadas com base em controles do
         patrimônio.




                                 Cáritas São Pedro Apóstolo
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   4.      Registro dos tributos gerados concomitantemente ao fato gerador, efetuando-se
        também a Provisão do IRPJ e CSLL, conforme regime a que está sujeito a empresa
        (lucro real, presumido ou arbitrado).

   5.    Nas empresas que se dedicam às atividades imobiliárias, optar por contabilizar custos
        orçados das obras. Outras atividades também exigirão técnicas contábeis específicas,
        como as cooperativas e as instituições financeiras.

   6.      Receitas, custos e despesas, reconhecidas pelo regime de competência, como
        detalhado adiante.



                     O REGIME DE COMPETÊNCIA CONTÁBIL

O reconhecimento das receitas e gastos é um dos aspectos básicos da contabilidade que devem
ser conhecidos para poder avaliar adequadamente as informações financeiras.

Sob o método de competência, os efeitos financeiros das transações e eventos são reconhecidos
nos períodos nos quais ocorrem, independentemente de terem sido recebidos ou pagos.

Para todos os efeitos, as Normas Brasileiras de Contabilidade elegem o regime de competência
como único parâmetro válido, portanto, de utilização compulsória no meio empresarial.

A ESTRUTURAÇÃO DO PROCESSO CONTÁBIL


O PATRIMÔNIO


Noções de Coisas/Bens/Riqueza


        Dadas as afinidades entre os termos que compõem o patrimônio, é interessante
conceituá-los, para que se possa fazer perfeita distinção entre eles.

   Coisa: é o que simplesmente existe na natureza, independente da vontade e intervenção
   humana. Ex. as florestas, o mar, a terra.

   Bem: é toda coisa suscetível de avaliação em dinheiro e que satisfaz uma necessidade
   humana.

   Riqueza: é tudo o que é útil (tem valor econômico e de troca), limitado (existe em
   quantidade relativamente pequena), material (se fosse incorpóreo não poderia ser
   apropriavel e nem permutável) e apropriavel (é a qualidade do que pode ser propriedade de
   alguém).


BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES.


       O patrimônio constitui-se de uma parte com valores positivos, denominada ativo, e de
uma parte com valores negativos denominada passivo. O ativo é formado pelos bens e direitos e

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o passivo pelas obrigações. O excesso do ativo sobre o passivo é o capital, conhecido como
patrimônio líquido que aparece no passivo, para completar a igualdade entre o total do ativo e o
do passivo, resultando na equação patrimonial.


ATIVO:          representa a parte dos valores positivos do patrimônio, tudo aquilo que a
                entidade possui ou que ela tem a receber de terceiros. Abrange o conjunto de
                bens e direitos da entidade.

          Os elementos que compõe o ativo são revestidos de algumas características especiais,
tais como: devem apresentar a potencialidade de gerar benefícios econômicos para a entidade,
devem ser um recurso econômico, devem ser de propriedade ou estar na posse de alguma
entidade contábil e devem ser mensuráveis monetariamente.

         Assim, todo o elemento ativo que não seja mais útil à entidade e, portanto tenha
perdido sua capacidade de gerar fluxo de caixa, não deve ser classificado como um elemento
ativo. Existem entidades que apresentam de 10 a 15% do seu ativo totalmente obsoleto, não
tendo nenhuma utilidade, devendo ser excluído do patrimônio.


    Bem: é qualquer coisa que satisfaz a necessidade humana e que pode ser avaliado
    economicamente.

           Os bens são divididos em: tangíveis que representam os bens materiais (têm forma
física e são palpáveis) e intangíveis que têm como principal característica a inexistência como
coisa e seu valor vinculado a um bem tangível ou a uma determinada situação da empresa (são
incorpóreos e não palpáveis).

Ex: bens tangíveis: destinados à instalação (prédios, terrenos, móveis e utensílios), destinados a
produção (máquinas, equipamentos, instrumentos e acessórios), destinados a transformação
(matéria-prima, material secundário e material para embalagem), destinados ao consumo
(material de escritório, material de limpeza e selos postais), destinados à circulação (dinheiro,
dinheiro em bancos e aplicações financeiras) e destinados à venda (mercadorias e produtos
comprados para revenda).

Ex: bens intangíveis: marcas de comércio e patentes de invenção.

         O Código Civil Brasileiro distingue os bens em: móveis que são os que podem ser
movidos por si próprios ou por outras pessoas, tais como: animais, máquinas, equipamentos,
estoques de mercadoria, entre outros, e bens imóveis que são os vinculados ao solo e que não
podem ser retirados sem destruição ou danos, tais como: edifícios, árvores, entre outros.


    Direito: ato da pessoa ou empresa ceder algum bem ou serviço em troca do pagamento não
    imediato, originando um direito correspondente. Portanto representa os bens da empresa que
    estão em mãos de terceiros, como os créditos a receber de terceiros.


PASSIVO:        representa todas as obrigações financeiras que uma empresa tem para com
                terceiros, provenientes de transações passadas, realizadas a prazo, com data de
                vencimento e beneficiário certo e conhecido. Todas as contas do passivo
                representam os valores negativos do patrimônio.



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        Neste grupo está incluído por força de lei o capital próprio, apesar de não ser uma
obrigação do patrimônio. A classificação do capital próprio no grupo do passivo é uma mera
questão para atender à necessidade da Contabilidade para garantir a igualdade entre os dois
grupos (ativo e passivo).

        O passivo abrange então o capital de terceiros (obrigações) e o capital próprio e suas
variações.

   Obrigações: constituem-se em ato da pessoa ou empresa dispor de algum bem ou serviço e
   que em troca destes originam um compromisso futuro de pagamento, representado por um
   documento, como as duplicatas a pagar.


PATRIMÔNIO LÍQUIDO:            é a diferença entre os valores positivos do ativo (bens e direitos)
                               e os valores negativos do passivo (obrigações) de uma entidade
                               em um determinado momento. É a parte do balanço que
                               representa o capital investido pelos sócios e está graficamente
                               localizado no seu lado direito.

Obs. - Sendo o patrimônio líquido a diferença algébrica entre o ativo e o passivo, não tem
sentido falarmos em ativos ou passivos negativos. Assim concluímos que a entidade terá sempre
A > ou = zero, P > ou = zero e PL > = ou < zero. Se a entidade possuir ativos e/ou passivos,
ela os terá positivamente, ou não os terá.


ABORDAGEM CONCEITUAL DO PATRIMÔNIO


       É o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurídica,
com finalidade definida e mensurável economicamente. Tem-se do lado esquerdo o conjunto de
bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa, e o lado direito inclui as obrigações a
serem pagas por essa pessoa ou essa empresa.


                          Patrimônio de Pessoa Física ou Jurídica

                      Bens                              Obrigações (a serem pagas)
                      Direitos (a receber)


ABORDAGEM QUALITATIVA E QUANTITATIVA


         O patrimônio de uma entidade pode ser visto e analisado sob os seguintes aspectos:


Aspecto Qualitativo ou Específico: estuda a terminologia típica de cada um dos elementos que
compõem o patrimônio, tais como: bens numerários (caixa e bancos), bens de venda
(mercadorias, produtos acabados e matéria-prima), bens de renda (veículos para alugar e
imóveis para alugar) e bens de uso (máquinas e equipamentos, materiais úteis e ferramentas).
Ex: caixa, capital social, etc. ...




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Aspecto Quantitativo: os componentes patrimoniais devem ser expressos em valores
monetários.

Ex: caixa .....................................R$ 1.000,00
   Capital social ........................R$ 50.000,00



REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO


         O gráfico do patrimônio é representado pelo Balanço Patrimonial, no qual do lado
esquerdo encontram-se os valores ativos e do lado direito os valores passivos, como mostra o
exemplo abaixo:



ATIVO                                                        PASSIVO

Bens                                                     Obrigações
Edifícios                                         Fornecedores
Móveis e Utensílios                                      Empréstimo Bancário
Marcas e Patentes                                        Salários a Pagar
Banco c/Movimento                                        Impostos a Recolher
Direitos
Aluguéis a Receber                                       PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Duplicatas a Receber                              Capital Integralizado
                                                          Lucros Acumulados




A REPRESENTAÇÃO ALGÉBRICA DO PATRIMÔNIO


Equação Fundamental


        Sendo o patrimônio o conjunto de bens, direitos e obrigações com terceiros e capital
próprio, a equação fundamental do patrimônio é assim definida:



CAPITAL PRÓPRIO =                  BENS + DIREITOS –               OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS



         Substituindo os termos bens e direitos por ativo, obrigações com terceiros por passivo, e
capital próprio por patrimônio líquido, podermos afirmar que:


                                                  P.L. = A - P



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         Supondo que a entidade venda todos os seus bens, receba todos os seus direitos e
pague todas as suas obrigações com terceiros, a sobra ou situação líquida é o capital próprio,
que é denominado pela Contabilidade de patrimônio líquido.


Variações do Patrimônio Líquido

      A partir da equação fundamental do patrimônio, pode-se deduzir que em dado
momento, o patrimônio assume, invariavelmente, um dos cinco estados a saber:

1 – Quando o ativo é maior que o passivo, teremos patrimônio líquido maior que zero, o que
revela a existência de riqueza patrimonial.

                                        A = P + PL

2 – Quando o ativo é maior que o passivo e o passivo é igual a zero, teremos patrimônio líquido
maior que zero, revelando inexistência de dívidas.

                                           A = PL

3 – Quando o ativo é igual ao passivo, teremos patrimônio líquido igual a zero, revelando
inexistência de riqueza própria.

                                              A = P

4 - Quando o passivo é maior do que o ativo, teremos patrimônio líquido menor que zero,
revelando má situação financeira e existência de passivo a descoberto.

                                           A + PL = P

5 – Quando o passivo é maior do que o ativo, e o ativo é igual a zero, teremos patrimônio
líquido menor que zero, revelando péssima situação financeira, inexistência de bens e direitos e
somente obrigações.

                                              PL = P



ESTRUTURAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO ATIVO

          De acordo com a Lei nº 6.404/76 que regulamenta as sociedades por ações (S.A.), as
contas do ativo devem ser alocadas em ordem decrescente do grau de liquidez (capacidade de
pagamento), enquanto as contas do passivo devem ser alocadas de acordo com o prazo das
exigibilidades.

         Podemos visualizar esta obrigação no balanço patrimonial que é um instrumento
contábil que indica em um determinado momento a situação financeira, econômica e
patrimonial de uma entidade e no qual as contas são classificadas nos seguintes grupos:


Ativo Circulante: composto pelos bens e direitos que irão ser convertidos em dinheiro, no
prazo de até 12 (doze) meses. Divide-se nos subgrupos: disponível, realizável a curto prazo,
estoques e despesas antecipadas.


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Disponível: composto pelas exigibilidades imediatas, representadas pelas contas de caixa,
bancos conta movimento, cheques para cobrança e aplicações no mercado aberto. Ex: caixa,
bancos e fundo de aplicação financeira.

Realizável a Curto Prazo: alocam os direitos a receber no prazo de até 12 (doze) meses. Ex:
impostos a recuperar, duplicatas a receber ou clientes, (-) duplicatas descontadas, (-) provisão
para devedores duvidosos. Estas duas últimas contas representam contas retificadoras da conta
duplicatas a receber ou clientes e são classificadas no ativo, tendo saldos credores, por isso são
demonstradas com o sinal (-).

Estoques: representam os bens destinados à venda e que variam de acordo com a atividade da
entidade. Ex: produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas e mercadorias.

Despesas Antecipadas: compreende as despesas pagas antecipadamente que serão consideradas
como custos ou despesas no decorrer do exercício seguinte. Ex: seguros a vencer, alugueis a
vencer e encargos a apropriar.

Ativo Realizável a Longo Prazo: composto pelos direitos que serão recebidos após o término
do exercício seguinte, isto é, após 12 (doze) meses. Ex: duplicatas a receber (+12 meses),
aluguéis a receber e contas a receber.

          Independente do prazo, ainda são classificadas neste grupo, de acordo com a Lei nº
6.404/76, as seguintes contas: adiantamentos a sócios, adiantamentos à acionistas, empréstimos
à coligadas, empréstimos à controladas, etc. ...

Ativo Permanente: compreende os bens fixos necessários para que a entidade alcance seus
objetivos. Divide-se nos subgrupos: investimentos, imobilizado e diferido.

Investimentos: são todas as aplicações de recursos que não tem por finalidade o objetivo
principal da entidade. Ex: imóveis para aluguel, terrenos para expansão, ações em outras
empresas, participação em empresas coligadas, participação em empresas controladas e obras de
arte.

Imobilizado: representam as aplicações de recursos em bens instrumentais que servem de
meios para que a entidade alcance seus objetivos. Os bens materiais sofrem depreciação, os bens
imateriais sofrem amortização e os terrenos sofrem exaustão. Ex: veículos, máquinas e
equipamentos, imóveis, embarcações, marcas e patentes e direitos autorais.


Diferido: representa as aplicações de recursos em despesas que irão influenciar o resultado de
mais de um exercício. Ex: gastos de implantação, gastos pré-operacionais, gastos com
modernização e reorganização.


ESTRUTURAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PASSIVO


Passivo Circulante: composto por todas as obrigações com prazo de vencimento em até 12
(doze) meses. Ex. fornecedores, duplicatas a pagar, salários a pagar, provisão para férias,
provisão para imposto de renda e empréstimos bancários.

Passivo Exigível a Longo Prazo: representa as obrigações com prazo de vencimento após 12
(doze) meses. Ex: empréstimos bancários e financiamentos. Neste grupo também são

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classificadas as seguintes contas: adiantamentos de sócios, adiantamentos de acionistas,
empréstimos de coligadas e empréstimos de controladas.


Resultado de Exercício Futuro: compreende as receitas recebidas antecipadamente que de
acordo com o regime de competência pertence a exercício futuro. Ex: receita antecipada e
custos atribuídos à receita antecipada.


ESTRUTURAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Patrimônio Líquido: representa o capital que pertence aos proprietários. Ex: capital social,
reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros (legal, estatutária, contingência,
investimentos e lucros a realizar), lucros acumulados ou prejuízos acumulados.

Capital Social: discrimina o valor subscrito e o valor que ainda será realizado pelos sócios ou
acionistas.

Reservas de Capital: são as contas que registram doações recebidas, eventualmente, pela
entidade. No caso de sociedades anônimas, o ágio na emissão de ações, o produto da alienação
de partes beneficiárias, entre outras.

Reservas de Reavaliação: registram os aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em
virtude de novas avaliações feitas pela entidade com base em laudo.

Reservas de Lucros: são as contas formadas pela apropriação de lucro da empresa.

Lucros ou Prejuízos Acumulados: registra os resultados acumulados pela entidade, quando
    ainda não distribuídos aos sócios, ao titular ou ao acionista.


                                  BALANÇO PATRIMONIAL


ATIVO                                           PASSIVO
Ativo Circulante                                Passivo Circulante
Disponível                                      Exigível a Longo Prazo
Realizável a Curto Prazo                        Resultado de Exercício Futuro
Estoques                               PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Despesas Antecipadas                   Capital Social
Ativo Realizável a Longo Prazo          Reservas de Capital
Ativo Permanente                                Reservas de Reavaliação
Investimentos                                   Reservas de Lucros
Imobilizado                                     Lucros ou Prejuízos Acumulados
Diferido




AS CONTAS


CONCEITOS
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         Uma conta é um recurso contábil para reunir sob um único item todos os eventos e
valores patrimoniais de mesma natureza. Ex: a conta do Banco Ultramarino reúne todos os
movimentos, depósitos e retiradas de dinheiro realizadas no Banco Ultramarino; a conta
Veículos informa os movimentos, compras e vendas, de veículos. (S. A. Crepaldi)


          Conta é o registro de débitos e créditos da mesma natureza, identificados por um título
que qualifica um componente do patrimônio ou uma variação patrimonial.


NATUREZA E SALDO DAS CONTAS


         As contas devedoras são as representativas dos bens, direitos, despesas e custos.
Possuem permanentemente saldo devedor, devendo ser primeiro debitadas e depois creditadas.
Ex: caixa, bancos, mercadorias, salários e custos dos produtos vendidos.

          As contas credoras são as representativas das obrigações, do patrimônio líquido, das
receitas e dos ganhos. Possuem permanentemente saldo credor, devendo ser primeiro creditadas
e depois debitadas. Ex: salários a pagar, imposto a pagar, fornecedores e juros recebidos.

          A diferença entre o débito e o crédito é denominada de saldo. Se o valor dos débitos
for superior ao valor dos créditos, a conta terá um saldo devedor. Se ocorrer o contrário, a conta
terá um saldo credor.


REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS CONTAS


         A conta é a representação gráfica da relação débito e crédito de um determinado fato
administrativo.

        Graficamente, podemos representá-la na forma da letra T, a qual chamamos de Conta
em T ou Razonete.



                         Nome       da  Conta
                         Débito      | Crédito




LANÇAMENTOS A DÉBITO E A CRÉDITO DAS CONTAS


        As operações registradas (de acordo com a natureza de cada conta) através de
lançamentos ocasionam aumentos e diminuições do ativo, do passivo e do patrimônio líquido.

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                                                                                      Página 26
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          As contas do ativo são debitadas quando bens ou direitos entram no patrimônio e
creditadas quando saem.

         As contas passivas são creditadas quando o patrimônio assume obrigações e debitada
quando as liquida.

        O patrimônio líquido, como complemento do passivo para igualar ao ativo, obedece ao
mesmo mecanismo das demais contas passivas, ou seja, suas contas são creditadas quando há
aumento de patrimônio, e debitadas quando há redução.


               ATIVO                                           PASSIVO

+ d – c BENS                                   - d + c OBRIGAÇÕES

+ d – c DIREITOS                               -d+c      PATRIMÔNIO LÍQUIDO


         As contas de despesas são debitadas, pois representam redução do patrimônio líquido,
enquanto as contas de receitas são creditadas, pois representam aumento do patrimônio líquido.



CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS


         As contas são classificadas em dois grupos: patrimoniais e de resultado.

Patrimoniais: representam os elementos ativos e passivos (bens, direitos, obrigações e situação
líquida).
Ex: Caixa, Duplicatas a Receber, Fornecedores, Empréstimos, Capital Social.

Resultado: registram as variações patrimoniais e demonstram o resultado do exercício (receitas
e despesas).
Ex: Salários, Juros Passivos, Receitas Financeiras.


                                   O PLANO DE CONTAS


          O plano de contas é um elenco de todas as contas previstas como necessárias aos
registros (uma vez que é o instrumento que o profissional consulta quando vai fazer um
lançamento contábil, pois indica qual conta deve ser debitada e qual conta deve ser creditada)
contábeis de uma entidade, oferecendo a vantagem de uniformização das contas utilizadas em
cada registro, além de servir de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis.

         A finalidade principal do plano é estabelecer normas de conduta para o registro das
operações da organização, e na sua elaboração devem ser considerados três objetivos
fundamentais:

    Atender às necessidades de informações da administração da entidade;



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                                                                                    Página 27
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      Observar formato compatível com os princípios contábeis e com a norma legal que regula a
      elaboração do balanço patrimonial e das demais demonstrações contábeis, ou seja, a Lei nº
      6.404/76;

      Adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos à entidade
      (fornecedores, bancos, órgãos fiscais, auditoria externa) e, particularmente, às regras da
      legislação do Imposto de Renda.

          O plano completo deve apresentar o título das contas, a classificação, a função,
explicar o funcionamento, apontar a relação entre os grupos ou mesmo entre as contas, regular o
registro das contas, estabelecer a análise e os códigos das contas e prever as derivações das
contas.

           O título de cada conta deve expressar o significado adequado das operações nela
registradas, pois as demonstrações contábeis podem não ser apenas utilizadas pelos usuários
internos, mas também dos usuários externos. Além disso, no caso de sociedade anônima de
capital aberto (com ações negociadas em bolsas de valores), é fundamental que suas
demonstrações tenham uma linguagem precisa e clara para facilidade de seus acionistas em
particular e do mercado em geral.

         A classificação das contas é dada em grupos que permitam a comparação entre si,
evidenciando a proporcionalidade entre bens, direitos e obrigações.

         O responsável pela elaboração do plano de contas precisa ter absoluta consciência das
necessidades da empresa e das normas técnicas, fazendo com que o elenco apresente contas de
função bem definida, ou seja, esclareça para que serve cada conta e qual o papel que
desempenha na escrituração. Ex: caixa – registra os movimentos de dinheiro em poder da
empresa, mercadorias – registra os movimentos de aquisição das mercadorias destinadas à
venda.

         O funcionamento estabelece a relação da conta com as demais e evidencia como se
comporta perante seu objeto. Demonstra como se debita a conta, como se credita, qual a
natureza de seu saldo e quais as outras contas com que normalmente tem contato.

Ex: caixa –      D:      pelo recebimento em dinheiro
                 C:      pelo pagamento em dinheiro
                 Saldo: representa o numerário em poder da empresa e só pode ser devedor.


           Quando da elaboração do plano de contas devem ser analisados os graus das contas
que são a medida de dependência na análise destas, sendo que a dependente deve ter sempre
classificação inferior com relação a principal. Normalmente são empregados dois graus: conta
sintética ou principal (1º grau) e conta analítica ou derivada (2º grau).

Ex:        1. Ativo - sintética
           1.1 Ativo Circulante - analítica

         Cada conta deve ser identificada por um código que a distingue das demais (esta
codificação poderá ser numérica ou alfabética, ou ainda utilizar a combinação de letras e
números).

Ex:        1. Ativo
           1.1.1 Ativo Circulante


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        O plano varia de acordo com o tipo de cada entidade e não pode ser rígido e inflexível,
devendo permitir as alterações que se mostrarem necessárias por ocasião de sua utilização, pois
a rápida evolução da economia moderna gera constantes modificações e aperfeiçoamentos na
legislação comercial e fiscal, bem como nas normas e métodos que regulam a atividade
empresarial, o que exige a criação de novas contas, o cancelamento de algumas e o
desdobramento de outras, de modo que os registros acompanhem a evolução dos fatos e
permitam a constante atualização dos acontecimentos.


ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS


         O conjunto de acontecimentos que constituem a dinâmica patrimonial é proveniente dos
atos e fatos administrativos.

Atos Administrativos: são as ocorrências que não alteram diretamente o patrimônio. Ex.
Admissão e demissão de funcionários e solicitação de mercadoria.

Fatos Administrativos: são todas as ocorrências que alteram o patrimônio permutando os seus
valores ou modificando o patrimônio líquido. A Contabilidade tem como conteúdo o estudo e o
registro contábil dos fatos administrativos e através dos demonstrativos contábeis pode conhecer
seus efeitos sobre o patrimônio. Os fatos administrativos podem ser: permutativos e
modificativos.

    Permutativos: são os fatos que provocam variações específicas, permutando os elementos
    do ativo e do passivo, sem alterar a situação líquida. Este fato altera a qualidade do
    patrimônio. Ex: compra de um veículo a vista (+A -A), pagamento de uma dívida (-A –P).

    Modificativos: são os fatos que produzem alteração na situação líquida do patrimônio, ora
    diminuindo-o, ora aumentado-o. Assim, os fatos modificativos podem ser aumentativos e
    diminutivos. Ex: despesa a vista (-A -PL) diminutivo
                               Receitas em geral (+A + PL) aumentativo




EXEMPLO DE PLANO DE CONTAS


         A seguir apresentamos um exemplo de plano de contas, que com as devidas
adaptações, pode ser utilizado por empresas industriais, comerciais ou prestadoras de serviços.


1. ATIVO
1.1 Ativo Circulante
1.1.1 Disponível

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1.1.1.01 Caixa
1.1.1.02 Banco c/Movimento
1.1.1.02.01 Banco X
1.1.1.02.02 Banco Y
1.1.1.03 Aplicação de Liquidez Imediata
1.1.1.04 Cheques em Cobrança
1.1.1.05 Numerários em Trânsito
1.1.2 Realizável a Curto Prazo
1.1.2.01 Duplicatas a Receber
1.1.2.02 (-) Duplicatas Descontadas
1.1.2.03 (-) Provisão p/Devedores Duvidosos
1.1.2.04 Impostos a Recuperar
1.1.2.04.01 ICMS a Recuperar
1.1.2.05 Cheques a Receber
1.1.2.06 Adiantamento a Fornecedores
1.1.2.07 Adiantamento a Empregados
1.1.3 Estoque
1.1.3.01 Matérias - Primas
1.1.3.02 Material Secundário
1.1.3.03 Produtos em Elaboração
1.1.3.04 Produtos Acabados
1.1.3.05 Mercadorias
1.1.3.06 Material de Expediente
1.1.4 Despesas Antecipadas
1.1.4.01 Seguros a Vencer
1.1.4.02 Encargos Financeiros a Apropriar
1.1.4.03 Assinaturas e Anuidades
1.2 Ativo Realizável a Longo Prazo
1.2.1 Duplicatas a Receber
1.2.2 (-) Duplicatas Descontadas
1.2.3 (-) Provisão p/Devedores Duvidosos
1.2.4 Adiantamentos a Sócios
1.2.5 Adiantamentos a Acionistas
1.2.6 Empréstimos a Coligadas
1.2.7 Empréstimos a Controladas
1.3 Ativo Permanente
1.3.1 Investimentos
1.3.1.01 Ações de Controladas
1.3.1.02 Ações de Coligadas
1.3.1.03 Ações de Outras Empresas
1.3.1.04 Imóveis p/Alugar
1.3.1.05 Objetos de Arte
1.3.2 Imobilizado
1.3.2.01 Imóveis
1.3.2.02 Móveis e Utensílios
1.3.2.03 Veículos
1.3.2.04 Embarcações
1.3.2.05 Máquinas e Equipamentos
1.3.2.06 (-)Depreciação Acumulada
1.3.2.07 Direitos Autorais
1.3.2.08 (-) Amortização Acumulada
1.3.2.09 Terrenos
1.3.2.10 (-) Exaustão
1.3.3 Diferido

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1.3.3.01 Custos Pré-Operacionais
1.3.3.02 Gastos c/Estudos e Projetos
1.3.3.03 Gastos c/ Modernização

2. PASSIVO
2.1 Passivo Circulante
2.1.1 Fornecedores
2.1.2 Duplicatas a Pagar
2.1.3 Salários a Pagar
2.1.4 INSS a Recolher
2.1.5 FGTS a Recolher
2.1.6 Provisão p/ 13º Salário
2.1.7 Dividendos a Pagar
2.1.8 Imposto de Renda a Recolher
2.1.9 Contribuição Social a Recolher
2.1.10 Provisão p/ Férias
2.1.11 ICMS a Recolher
2.1.12 PIS a Recolher
2.1.13 COFINS a Recolher
2.1.14 Empréstimos Bancários
2.2 Passivo Exigível a Longo Prazo
2.2.1 Adiantamento de Sócios
2.2.2 Adiantamento de Acionistas
2.2.3 Empréstimos de Coligadas
2.2.4 Empréstimos de Controladas
2.3 Resultado de Exercício Futuro
2.3.1 Receitas Antecipadas
2.3.2 (-) Custos Atribuídos as Receitas Diferidas
2.4 Patrimônio Líquido
2.4.1 Capital Social
2.4.2 Reservas de Capital
2.4.2.01 Reservas da Correção Monetária do Capital
2.4.3 Reservas de Reavaliação
2.4.4 Reservas de Lucros
2.4.4.01 Reserva Legal
2.4.5 Lucro Acumulado
2.4.6 (-) Prejuízo Acumulado
2.4.7 (-) Ações em Tesouraria


3. RECEITAS
3.1 Receitas Operacionais
3.1.1 Vendas
3.1.1.01 Receita de Vendas de Produtos
3.1.1.02 Receita de Vendas de Mercadorias
3.1.1.03 Receita de Prestação de Serviços
3.1.2 Financeiras
3.1.2.01 Juros Ativos
3.1.2.02 Juros de Aplicações Financeiras
3.1.2.03 Descontos Obtidos
3.1.2.04 Variação Monetária Ativa
3.1.3 Outras Receitas Operacionais
3.1.3.01 Alugueis e Arrendamentos
3.1.3.02 Vendas Acessórias

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3.1.3.03 Dividendos e Lucros Recebidos
3.2 Receitas Não operacionais
3.2.1 Diversas
3.2.1.01 Lucro na Venda de Bens
3.2.1.02 Lucro na Alienação de Imóveis
3.2.1.03 Lucro na Alienação de Veículos
3.2.1.03 Lucro na Alienação de Móveis e Utensílios
3.2.1.03 Indenizações Recebidas

4. DESPESAS
4.1 Despesas Operacionais
4.1.1 Despesas Administrativas
4.1.1.01 Honorários da Diretoria
4.1.1.02 Salários e Ordenados
4.1.1.03 Encargos Sociais
4.1.1.04 Energia Elétrica
4.1.1.05 Material de Expediente

4.1.1.06 Indenizações e Aviso Prévio

4.1.1.07 Manutenção e Reparos

4.1.1.08 Serviços Prestados por Terceiros

4.1.1.09 Seguros

4.1.1.10 Telefone

4.1.1.11 Propaganda e Publicidade

4.1.2 Despesas com Vendas
4.1.2.01 Honorários da Diretoria
4.1.2.02 Salários e Ordenados
4.1.2.03 Encargos Sociais
4.1.2.04 Energia Elétrica
4.1.2.05 Material de Expediente

4.1.2.06 Indenizações e Aviso Prévio

4.1.2.07 Manutenção e Reparos

4.1.2.08 Serviços Prestados por Terceiros

4.1.2.09 Seguros

4.1.2.10 Telefone

4.1.1.11 Propaganda e Publicidade

4.2 Despesas Não operacionais

4.2.1. Perdas na Alienação de Imóveis

4.2.2 Perdas na Alienação de Móveis e Utensílios


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4.2.3 Perdas na Alienação de Veículos

4.2.3 Outras Baixas do Ativo Permanente

4.2.4 Provisões para Perdas Permanentes




ESCRITURAÇÃO


CONCEITOS


        É a técnica utilizada pela contabilidade para registrar, em ordem cronológica, todos os
fatos administrativos que ocorrem no patrimônio das entidades, para fornecer informações sobre
a composição do patrimônio e as variações nele ocorridas em determinado período.

       É o registro dos fatos contábeis, segundo os princípios e normas técnico-contábeis,
tendo em vista demonstrar a situação econômico-patrimonial da entidade e os resultados
econômicos por ela obtidos em um exercício.     (Hilário Franco)


MÉTODO DE ESCRITURAÇÃO


       O método de escrituração constitui-se em um conjunto de regras observadas com
uniformidade para o registro dos fatos administrativos.

         Muitas tentativas de escrituração foram sendo elaboradas, ao longo dos séculos, para
registrar os fatos contábeis até que, em 1949, em Veneza, através da publicação da obra
“Tratatus Particularis de Computis et Scripturis” (Tratado Particular de Conta e Escrituração), o
frei e matemático Luca Paccioli, divulgou o método das “Partidas Dobradas”, que se mostrou
o mais adequado, produzindo informações úteis e capazes de atender a todas as necessidades
dos usuários para gerir o patrimônio, tornando-se um marco na evolução contábil.


        O método das “Partidas Dobradas” consiste no princípio no qual para todo débito em
uma conta, existe simultaneamente um crédito, da mesma maneira que a soma do débito será
igual a soma do crédito, assim como a soma dos saldos devedores será igual a soma dos saldos
credores.


PROCESSOS DE ESCRITURAÇÃO

      Existem diversas maneiras para registrar os fatos administrativos na contabilidade, tais
como: manual (escrituração manuscrita), maquinizada (efetuada em máquinas datilográficas
comuns) e eletrônica (com a utilização de programas de computador).


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        No processo eletrônico os lançamentos são introduzidos por digitação e processados por
programa de computador, que poderá a qualquer tempo fornecer informações contábeis, tais
como: o saldo e a movimentação das contas, cálculo de impostos e de encargos sociais, folhas
de pagamentos, balancetes de verificação, demonstrativos contábeis, entre outros. É o mais
moderno e utilizado, atualmente, pelas empresas, principalmente as de médio e de grande
portes, por movimentarem centenas ou milhares de operações por dia (exige pessoal altamente
especializado).

LIVROS DE ESCRITURAÇÃO


        Para registrar os fatos contábeis ocorridos no patrimônio e atender as obrigações das
legislações: comercial, tributária, trabalhista e/ou previdenciária, as empresas, seja qual for sua
natureza jurídica, utilizam diversos livros de escrituração que podem ser classificados em:


Quanto à Necessidade de Manutenção:


        Obrigatórios: exigidos por lei.

        Ex: Diário, todos os livros fiscais exigidos pela legislação federal, estadual e municipal,
        os livros exigidos pela Lei nº 6.404/76 das Sociedades Anônimas.

        Facultativos: criados para prestar maior clareza e controle dos registros contábeis.

        Ex: Razão, Caixa, Bancos, Fornecedores, Controle de Estoques.


Quanto à Utilidade:


        Principais: registram todos os fatos ocorridos, constituindo–se no centro de
        informação.

        Ex: Diário e Razão.

        Auxiliares: servem para desdobrar os registros constantes nos livros principais.

        Ex: Caixa, Conta Corrente, Livro de Duplicatas.


Quanto à Natureza:

        Cronológicos: registram as datas de ocorrências dos fatos em ordem rigorosa.

        Ex: Diário, Caixa.

        Sistemáticos: registram os fatos separadamente por espécie, ou seja, por conta.

        Ex: Razão, Conta Corrente.




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LANÇAMENTOS


        É o registro dos fatos contábeis realizado através do método das partidas dobradas,
sendo a partida devedora representada pela aplicação do recurso e a partida credora sendo
representada pela origem do recurso.


D: Aplicação
C: Origem


        Os lançamentos atendem a duas funções: histórica que consiste na narração do fato em
ordem cronológica (dia, mês, ano e local) e monetária que compreende o registro da expressão
monetária dos fatos e o seu agrupamento conforme a natureza de cada um. E devem ser
escriturados de acordo com algumas disposições técnicas, tais como: evidenciar o local e a data
do registro, a(s) conta(s) debitada(s), a(s) conta(s) creditada(s), o histórico da operação e o valor
da operação.


Ex: Compra de mercadorias à vista, em Belém (PA), no dia 10 de agosto de 2002, da Cia. das
Máquinas, conforme nota fiscal nº 666, no valor de R$ 35.000,00.


Lançamento:

Belém (PA), 10 de agosto de 2002.
Mercadorias
a Caixa                        35.000,00
Compra de mercadorias à vista, conforme nota fiscal nº 666, da Cia. das Máquinas.


FÓRMULAS DE LANÇAMENTOS


        Há 04 (quatro) fórmulas para registrar os fatos contábeis, de acordo com o número de
contas debitadas e creditadas.


1º Fórmula: uma conta debitada e outra creditada;

Ex: Recebimento, em dinheiro, de duplicatas no valor de R$ 4.000,00

D: Caixa
C: Duplicatas a Receber                           4.000,00




2º Fórmula: uma conta debita e mais de uma conta creditada.



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Ex: Recebimento, em dinheiro, de duplicatas no valor de R$ 4.000,00, mais 10% de juros
devido ao atraso no pagamento efetuado pelo cliente.

D: Caixa                                             4.400,00
C: Duplicatas a Receber        4.000,00
C: Juros Ativos                 400,00



3º Fórmula: mais de uma conta debitada e uma conta creditada.

Ex: Pagamento de fornecedores, em dinheiro no valor de R$ 4.000,00 mais juros de 10% devido
ao atraso no pagamento.

D: Fornecedores                 4.000,00
D: Juros Passivos                 400,00
C: Caixa                                             4.400,00


4º Fórmula: mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada.

Ex: Compra de mercadorias no valor de R$ 2.000,00 e de móveis e utensílios no valor de R$
3.000,00, com pagamento de 50% à vista e o restante à prazo.


D: Mercadorias            2.000,00
D: Móveis e Utensílios    3.000,00        5.000,00

C: Caixa                                  2.500,00
C: Duplicatas a Pagar                     2.500,00 5.000,00


TÉCNICAS DE CORREÇÃO DOS ERROS DE ESCRITURAÇÃO


        Os erros de escrituração devem ser corrigidos mediante retificação de lançamento
através de estorno, complementação e transferência.

Estorno: é utilizado quando ocorre a duplicidade de um mesmo lançamento contábil ou por erro
de lançamento da conta debitada ou da conta creditada.

Complementação: é efetuada para corrigir o valor anteriormente registrado, aumentando-o ou
reduzindo-o.

Transferência: regulariza o lançamento da conta debitada ou creditada indevidamente, através
da transposição do valor para a conta adequada.
Obs.: Os lançamentos realizados fora da época devida deverão registrar nos seus históricos, as
datas de sua efetiva ocorrência e o(s) motivo(s) do atraso.

Exemplos de erros de lançamentos:


    1- Erros de valor: Pago despesa com salários no valor de R$ 2.000,00, em dinheiro.


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                                                    Incorreto

                     D: Despesas c/ Salários
                     C: Caixa ...................................................200,00

                                                   Correto

                      D: Despesas c/Salários
                     C: Caixa ...................................................1.800,00


   2- Troca de contas: Compra de matéria-prima, à vista, por R$ 8.650,00.

                                                    Incorreto

                       D: Matéria-prima
                       C: Fornecedores ........................................ 8.650,00

                                                   Correto

                       D: Fornecedores
                       C: Caixa ......................................................8.650,00

   3- Inversão de contas: Compra de um equipamento, à vista, por R$ 14.000,00.


                                             Incorreto
                       D: Caixa
                       C: Equipamentos ....................................... 14.000,00

                                     Cancelamento do Incorreto

                       D: Equipamentos
                       C: Caixa ...................................................... 14.000,00


                                                 Correto
                       D: Equipamentos
                       C: Caixa ...................................................... 14.000,00


EXERCÍCIO ECONÔMICO

A atividade de gestão administrativa das entidades é contínua, mas é necessário estabelecer
períodos, geralmente, de um ano, coincidindo com o ano civil, para obter informações sobre a
situação patrimonial, econômica e financeira em determinados períodos.

A Lei nº 6.404/76 que regulamenta as entidades constituídas em forma de sociedades por ações
(S/A), estabelece que seus balanços devam ter periodicidade de um ano, sem fixar a época em
que devem iniciar e terminar os períodos administrativos.

A legislação do imposto de renda estabelece que os balanços apresentados com base no
pagamento do imposto devem compreender o período de doze meses e encerrar-se no dia 31 de

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dezembro de cada ano, podendo esse período ser inferior a doze meses, caso a entidade tenha
sido constituída no decorrer do ano-calendário.

O Banco Central exige que os bancos apresentem balanços a cada seis meses, embora seus
exercícios sociais continuem por 12 meses.

 Dá-se o nome de exercício ao período no qual são registrados os fatos contábeis, geralmente
coincidindo com o ano civil, período em que se inicia, desenvolve e conclui a ação da
administração patrimonial.

        Exercício econômico: é o período de gestão em que são registrados os fatos de natureza
econômica para informar sobre o resultado do desempenho administrativo, evidenciando lucro
ou prejuízo.

        As entidades sem fins lucrativos nas quais predominam registros contábeis de
pagamentos e de recebimentos, tais como: a União, os Estados e os Municípios, trabalham com
o período administrativo de gestão denominado exercício financeiro.


OPERAÇÕES COM MERCADORIAS


        As empresas comerciais têm por finalidade a aquisição de mercadorias para revenda
servindo como intermediárias nas trocas entre fornecedores e clientes. O controle da evolução
do patrimônio dessas empresas é realizado pela Contabilidade Comercial que registra através de
lançamentos todas as operações relacionadas com compras e vendas de mercadorias, despesas
acessórias, descontos ou abatimentos incondicionais, devoluções e incidência de impostos, tais
como: o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS).

Compra de Mercadorias


        As compras de mercadorias podem ser realizadas à vista ou a prazo. Nas compras à
vista o pagamento é realizado no ato, enquanto nas compras a prazo, cria-se uma obrigação de
pagamento futuro.

Ex.: Compra de mercadorias, à vista, no valor de R$ 460,00, conforme nota fiscal nº 0526 de
Neves & Pontes Ltda.

   Mercadorias
   a Caixa                                       460,00
        Compra de mercadorias, conforme
        nota fiscal nº 0526, de Neves & Pontes Ltda.


Venda de Mercadorias


        As vendas de mercadorias, assim como as compras, também podem ser realizadas à
vista ou a prazo, constituído-se na principal fonte de receitas das empresas comerciais.


Ex.: Venda de mercadorias, à vista, conforme nossa nota fiscal nº 325, no valor de R$ 230,00.


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    Caixa
    a Venda de Mercadorias                           230,00
        Conforme nossa nota fiscal nº 325


Despesas Acessórias


        As compras de mercadorias podem ter seu custo aumentado pela ocorrência de despesas
acessórias, como o valor de fretes e seguros, quando pagas pelo destinatário (comprador),
sendo, geralmente, destacadas ema nota fiscal.

Ex.: Compra de mercadorias, à vista, no valor de R$ 840,00, conforme nota fiscal nº 0415 de
Silva & Souza Ltda. As mercadorias foram transportadas por R.J.J. Transportes Ltda., pelo
valor de R$ 36,00, correspondentes a fretes e seguros, conforme nota fiscal de serviços e
transportes nº 03814 e apólice de seguro nº 5638.


    Mercadorias
    a Caixa                                       840,00
        Compra de mercadorias, conforme
        nota fiscal nº 0415, de Silva & Souza Ltda.

    Fretes e Seguros
    a Caixa                                               36,00
        Despesas com transporte sobre compras,
        igual a fretes mais seguros, pago à R.J.J.
        Transportes Ltda., conforme nota fiscal
        nº 03814 e apólice nº 5638.


     Mercadorias
     a Fretes e Seguros                            36,00
         Correspondentes a fretes e seguros pagos na
         compra supra que se transferem para integrar
         o custo de aquisição.


Descontos ou Abatimentos Incondicionais


        O valor das mercadorias pode ser reduzido pela obtenção de descontos ou abatimentos
incondicionais, destacados em nota fiscal e não dependentes, para sua concessão, de evento
posterior à emissão desse documento.

Obs.: Quando a nota fiscal destacar o desconto ou abatimento incondicional e o valor total da
nota fiscal já estiver deduzido do valor do desconto, não é obrigatória sua contabilização.

Ex.: Compra de mercadorias, à vista, no valor de R$ 760,00, conforme nota fiscal nº 2489, de
Neves & Alves Ltda., com desconto incondicional no valor de R$ 60,00.

    Mercadorias
    a Diversos
       Conforme nota fiscal nº 2489, de Neves & Alves

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       Ltda., como segue:
    a Caixa
        Valor da nota fiscal supra                 760,00
    a Descontos Incondicionais Obtidos
        Conforme destaque na nota fiscal supra      60,00     700,00



Devolução de Compras e de Vendas


        Após a realização de uma compra ou de uma venda, pode ocorrer sua anulação parcial
ou total por diversos motivos, tais como: problemas financeiros do comprador, defeitos nas
mercadorias, entre outros motivos desconhecidos no momento da aquisição ou da venda,
ocasionando sua devolução.

Ex.: Devolução de compras correspondente ao valor total da nota fiscal nº 0225 de Mendes &
Silva Ltda.

    Caixa
    a Devolução de Compras                      830,00
        Devolução de compras conforme nota fiscal
        nº 0225 de Mendes & Silva Ltda.

Ex.: Devolução de vendas efetuadas no dia 29.07.2002, correspondente ao valor total de nossa
nota fiscal nº 04106.

    Devolução de Vendas
    a Caixa                                       540,00
       Mercadorias recebidas em devolução, conforme
       nota fiscal nº 04256, correspondente a venda
       efetuada em 29.07.2002, através de nossa nota
       fiscal nº 04106.


ICMS Incidente sobre Vendas


       O Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação
de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, é um
imposto de competência estadual, incidente sobre as atividades de circulação de mercadorias e
sobre a prestação de alguns serviços específicos como o transporte interestadual e
intermunicipal, comunicação e energia elétrica.

       O ICMS é calculado mediante aplicação de uma alíquota (porcentagem) sobre o valor
das mercadorias ou dos serviços. Esta alíquota é estabelecida de acordo com o tipo de
mercadoria ou do serviço, sua origem e sua destinação. No Pará a alíquota, atualmente, é de
17%. A base de cálculo do ICMS é o valor da mercadoria ou serviço registrado na nota fiscal.

      O ICMS é um imposto não cumulativo, pois o valor pago em uma operação deve ser
compensado no valor do imposto a pagar na operação seguinte.




                               Cáritas São Pedro Apóstolo
                                                                                   Página 40
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Apostila de assistente de administração2012

  • 1. CÁRITAS SÃO PEDRO APÓSTOLO Apostila de Assistente Administrativo Telefone: (11) 4137-0069 / 4139-9335 E-mail: projetos@caritassaopedroapostolo.com www.caritassaopedroapostolo.com.br Local: Rua Maria Concessa de Medeiros, 280 Parque Pinheiros Taboão da Serra-SP
  • 2. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Prezados Alunos, Sejam Todos Bem Vindos! A Cáritas São Pedro Apóstolo acolhe a todos com alegria e satisfação para o Curso de Assistente Administrativo. Este curso foi planejado com a intenção de prepara-los para o mercado de trabalho e por isso, nada melhor do que se preparar com qualificação profissional. Desta forma apresentamos nesta apostila um conteúdo atual e dinâmico para apoio nos exercícios e atividades práticas que serão aplicadas pelo docente em sala de aula. Além disso, para que o curso obtenha sucesso é necessária à parceria dos alunos, docente e direção. Desejamos a todos que tenham um bom curso e sucesso profissional! Atenciosamente, A Direção. Cáritas São Pedro Apóstolo Página 2
  • 3. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Índice Administração ........................................................................04 Função do Assistente Administrativo ....................................05 Diferenças entre bom Profissional e Excelente Profissional.06 Tipos de Empresas .................................................................08 Ata ..........................................................................................12 Como Abrir uma Empresa .....................................................13 Gestão Contábil......................................................................17 Gestão Financeira...................................................................40 Matemática Financeira ...........................................................50 Gestão de Materiais................................................................54 Gestão de Marketing ..............................................................60 Gestão de Pessoas ..................................................................63 Bibliografia.............................................................................71 Cáritas São Pedro Apóstolo Página 3
  • 4. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO ADMINISTRAÇÃO A administração é o conjunto de atividades voltadas a direção de uma organização utilizando-se de técnicas para que alcance seus objetivos de forma eficiente, eficaz e com responsabilidade social e ambiental. Administrar é o processo de tomar decisões e realizar ações que compreende quatro processos: PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO E CONTROLE. Em cada organização, o administrador soluciona problemas, dimensionar recursos, planeja sua aplicação, desenvolve estratégias, efetua diagnósticos de situações. Exclusivo daquela organização. Há pelo menos três tipos de habilidades necessárias para que o administrador possa executar eficazmente o processo administrativo. HABILIDADE TECNICA: Utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para realização de suas tarefas especificas, através de sua instrução, experiência e educação. HABILIDADE HUMANA: Capacidade e discernimento para trabalhar com pessoas, compreender suas atitudes e motivações e aplicar uma liderança eficaz. HABILIDADE CONCEITUAL: Habilidade para compreender as complexidades da organização global e o ajustamento do comportamento da pessoa dentro da organização. Esta habilidade permite que pessoa se comporte de acordo com os objetivos da organização total e não apenas de acordo com os objetivos e as necessidades de seu grupo imediato. Antecedentes históricos: FILOSOFOS IGREJA CATÓLICA CONFUCIO: Administração Publica (Republica) SOCRATES: Dividir Administração da MILITAR Habilidade Técnica PLATÃO: Administração Pública ARISTOTELES: Administração Cientifica REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E EMPREENDEDORES. DESCARTE: Método Cartesiano Cáritas São Pedro Apóstolo Página 4
  • 5. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Confúcio: “Confúcio traçou as linhas-mestras de uma república ideal. A república por ele imaginada nasce de um mundo em que os homens viveriam como membros de única família. Tal conceito era utópico, pois pedir aos chineses que tratassem todos os homens como seus irmãos era exigir demais.”. Platão: “O administrador deve trabalhar para garantir a felicidade dos cidadãos”. Aristóteles: “Administração tudo deve ser baseado na realidade”. Descarte: Método Cartesiano: Dividir em quatro pontos; • Dúvida; • Decomposição; • Composição; • Analise. COMPETENCIAS DO ADMINISTRADOR: • CONHECIMENTO • HABILIDADE • ATITUDE • JULGAMENTO FUNÇÕES DO ASSISTENTE ADMINISTRATIVO A profissão de assistente administrativo é focada em realizar atividades fundamentais em empresas públicas e privadas. Suas principais funções estão relacionadas com o trabalho de escritório, sendo estas: • Tramitar entrada e saída de correspondência. • Recepção de documentos. • Atender chamadas telefônicas. • Atender ao público. • Arquivar documentos. • Manter atualizada a agenda, tanto telefônica como de pendências. • Ter conhecimento de uso de máquinas de escritório, de calculadoras a fotocopiadoras, computadores e os programas usados. Um assistente administrativo pode trabalhar em qualquer lugar que necessite de uma pessoa que tenha a capacidade suficiente, podendo ser uma empresa privada, uma administração pública ou qualquer outro lugar que precise de alguém para fazer as funções descritas. Cáritas São Pedro Apóstolo Página 5
  • 6. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Auxiliar Administrativo: Objetivo da Função: Executar tarefas específicas e rotinas administrativas, financeiras e logísticas da Unidade e assessorar o Coordenador de Projeto no desempenho das mesmas. Descrição da Função: - Realizar as tarefas e rotinas administrativas da Unidade (recepção dos usuários, preenchimento de fichas e prontuários, organização do atendimento e distribuição de números; organização e manutenção do arquivo e armário de materiais, organização do espaço de atendimento e escritório; atendimento e contatos telefônicos; agendamento das atividades internas e externas do projeto; digitação de relatórios, formulários e demais documentos, controle de livro de ponto, etc.). - Auxiliar no controle e gestão dos recursos financeiros e logísticos da Unidade (rotinas de estoque e controle de caixa, entrega de contracheques da equipe, recolhimento de recibos e cópias, controle dos vales transporte, recepção, controle e estoque de material e medicamentos, etc.) - Zelo e conservação do material da organização; - Participação nos seminários propostos de formação e atualização; - Participação das reuniões de Equipe sempre que solicitado Qualificações: - 2º grau completo - Conhecimento de Informática (Word, Excel) e serviços de escritório - Noções de inglês - vantagem Experiência Profissional: - Experiência em função semelhante ou compatível (mínimo um ano) - essencial; - Experiência de trabalho em Unidades de Saúde – desejável - Experiência de trabalho em comunidades carentes ou com pessoas/locais em situação de risco social e pessoal – essencial Características pessoais: - Cortesia e capacidade de lidar com o público - essencial - Discrição e sigilo profissional - essencial - Capacidade de comunicação e trabalho em área de risco social e violência urbana - Interesse por questões sociais – desejável - Iniciativa, dinamismo, e capacidade de trabalho em equipe - Organização pessoal, bom gerenciamento de tempo e flexibilidade para auxiliar em outras necessidades da equipe; - Capacidade de lidar com situações de frustração e stress. DIFERENÇAS ENTRE BONS PROFISSIONAIS E EXCELENTES PROFISSIONAIS: Seja qual for a área de atuação profissional, os princípios comentados abaixo podem ser aplicados em diversas áreas de nossa vida e por isso é importante saber a diferenças entre bons profissionais e excelentes profissionais, já que o objetivo deste curso é a qualificação profissional, segue algumas dicas: Cáritas São Pedro Apóstolo Página 6
  • 7. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Um excelente profissional não é líder, mas um líder que aprendeu; não é um gestor pronto, mas gestor construído. O excelente profissional é esculpido no terreno da educação, elaborado nos solos dos conflitos, forjado no calor dos desafios, esculpido no terreno das fragilidades. No passado, ser bom profissional, não importa qual fosse a profissão, era suficiente para ter segurança, obter regalias, atingir metas. Hoje, as sociedades capitalistas passam por transformações tão rápidas e agressivas, que não basta ser bom, é necessário atingir a excelência, inclusive para ter saúde psíquica. Um excelente profissional decifra os códigos da inteligência e desenvolve pelo menos cinco hábitos multifocais. Não é o que mais trabalha, é o que mais pensa. Não é o que é previsível, mas surpreende. Não é o que repete comportamentos, mas o que se reinventa. Não é o que engessa a mente, mas o que liberta a imaginação. 1º) Bons profissionais fazem tudo que lhe pedem, enquanto excelentes profissionais surpreendem, fazem além do que lhe solicitam. Um bom profissional executa as tarefas que lhe são solicitadas, enquanto um excelente profissional decifra códigos da intuição criativa e faz muito mais do que lhe pedem. Um bom profissional é correto, ético, responsável, mas não se doa, não se entrega, não faz nada além do que está contratado para fazer. Um excelente profissional faz coisa que superam suas obrigações. 2º) Bons profissionais corrigem erros, enquanto que excelentes profissionais os previnem. Bons profissionais fazem o que podem para reparar um acidente, profissionais brilhantes fazem o que podem para evitar que eles ocorram. Os novos tempos exigem uma liderança especializada em prevenir crises e não em corrigi-las. 3º) Bons profissionais executam ordens, enquanto profissionais excelentes pensam pela empresa. Bons profissionais desejam primeiro ser gestores de sua empresa, enquanto excelentes profissionais almejam ser primeiro gestores da sua mente. Sabem que ninguém pode ser brilhante líder no teatro social, se não for primeiro um grande líder no teatro psíquico. Bons profissionais obedecem a ordens, enquanto excelentes profissionais pensam pela empresa. Os que obedecem a ordens só enxergam a crise depois de instalada, mas os que pensam pela empresa percebem seus sinais sutis antes que ela surja. 4º) Bons profissionais são individualistas, enquanto excelentes trabalham em equipe, lutam pelo cérebro do time. Bons profissionais vivem ilhados, enquanto profissionais excelentes vivem interagindo. Bons profissionais valorizam a força do individuo, profissionais brilhantes valorizam a força do grupo. Bons profissionais lutam pelo estrelismo, enquanto profissionais excelentes lutam pelo sucesso da equipe. Bons profissionais são ingênuos, desconhecem as armadilhas da sua mente e de seus colegas, enquanto que excelentes profissionais tem consciência de que todos os membros da equipe, inclusive ele, possuem fantasmas alojados no seu inconsciente: o fantasma do “ego”, das Cáritas São Pedro Apóstolo Página 7
  • 8. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO “vaidades”, dos “paradigmas rígidos”, da “hipersensibilidade”, do “ciúme”, da “necessidade neurótica de prevalecer nossas ideias”. 5º Bons profissionais usam o poder do medo e das pressões, enquanto excelentes usam o poder do elogio. Bons profissionais são aptos para cobrar, pressionar, punir, mas excelentes profissionais são aptos a encorajar, estimular e apostar no seu time. Sabem que quem pressiona e pune seus pares está apto para lidar com números, mas não com seres humanos. Não têm a necessidade neurótica de estar sempre certo ou de ser o centro das atenções. Excelentes profissionais conhecem o funcionamento da mente, sabem que o que determina o impacto das suas palavras não é seu tom de voz, mas a imagem que construiu no inconsciente coletivo das pessoas. Se a imagem é excelente, pequenas palavras bastam; se a imagem for ruim, gritos não serão suficientes. Sabem que o poder do elogio é muito mais eficiente do que o poder do medo e das pressões. Têm plena consciência de que tanto para corrigir seus liderados quanto para motivá-los, em primeiro lugar deve-se conquistar o território da emoção e depois da razão. Vive esse pensamento: quem não sabe elogiar não é digno de receber elogios.Sabem que seus funcionários não são seus servos, mas seus parceiros. Encanta-os, dá uma ducha de carisma em todos os setores em que trabalha e atua. TIPOS DE EMPRESAS. As empresas são organizações econômicas particulares, públicas ou mistas que oferecem bens e ou serviços tendo, em geral, o lucro como objetivo (em uma visão mais moderna, o lucro é uma consequência, ou retorno esperado pelos investidores, do processo produtivo e, para as empresas públicas ou “entidades sem fins lucrativos” é representado pela “rentabilidade social”). Existem diversos tipos de empresas. Podemos classificar as empresas de acordo com o setor econômico, a quantidade de sócios, tamanho, fins ou objetivos, organização ou natureza: * Setor primário: setor agrícola Denomina-se como Setor Primário os segmentos da economia que produzem matérias primas, como a agricultura, a pecuária, a pesca e o extrativismo mineral. É um grande setor em países subdesenvolvidos: na África, a maioria dos países tem suas populações vivendo de agricultura de subsistência. Em países desenvolvidos, a agricultura tornou-se mais desenvolvida tecnologicamente, mecanizando suas fazendas, ao contrário de técnicas rudimentares manuseadas manualmente. Por exemplo, nos Estados Unidos, o milho é plantado com tratores, que também espalham os defensivos, cortam-no e o embalam, sem contato com a mão humana. Isso prova que, quanto mais uma economia desenvolvida é, maior é o investimento em novas tecnologias para sua expansão. Estes avanços em investimentos e novas tecnologias permitem ao setor primário cada vez menos contar com menos mão Cáritas São Pedro Apóstolo Página 8
  • 9. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO de obra, permitindo a estes países contarem com percentuais cada vez menores de pessoas empregadas neste setor, tendo um grande percentual nos setores secundário e terciário. Mesmo em países subdesenvolvidos, a agricultura tem papel importante em seu desenvolvimento. Com a melhoria de seus sistemas de saúde, a expectativa de vida melhora; melhora também sua qualidade. Além disso, aumenta sua renda per capita, fazendo com que as pessoas consumam mais, aumentando a demanda por alimentos. Muitos estudiosos encaram o futuro da agricultura contando cada vez menos com mão de obra: a que restar, vai ser altamente especializada para o manuseio de grandes máquinas. Isso depende de toda a sociedade voltada para a busca do conhecimento, pois o aumento do nível educacional faz com que os responsáveis pelo Setor Primário voltem seus investimentos para os locais certos, fazendo com que sejam tomadas as melhores decisões e sejam empregadas as técnicas corretas para o beneficio do próprio agricultor. No Brasil, o Setor Primário começa a desenvolver nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste: nas plantações de soja, milho e cana-de-açúcar são usadas muitas máquinas, e a especialização tem que ser grande para operá-las. Nas regiões Norte e Nordeste (principalmente), ainda há o predomínio de agricultura de subsistência, para baixos índices de produção e, muitas vezes, com altos níveis de desperdício d e alimentos na hora da comercialização. * Setor secundário: indústrias; O Setor Secundário inclui os setores da economia que transformam produtos, como indústrias e construção. Este setor geralmente pega os produtos provindos do Setor Primário e os transformam, ao ponto de servirem para serem usados para outros negócios, exportados ou para serem consumidos por consumidores domésticos. É dividido em indústria leve ou pesada. Muitas destas indústrias consomem enormes quantidades de energia, pois requerem maquinaria pesada para converterem materiais brutos em produtos acabados. Também produzem muito resíduos, que podem ser tóxicos e causar danos ao meio ambiente. Muitos economistas dizem que o bem estar da produção é a ligação entre este e o setor de serviços, que tem que estar bem também para consumir os produtos fabricados. O setor Secundário é também muito importante para promover o acréscimo da economia em países em desenvolvimento. Em países desenvolvidos, é fundamental pro ser uma fonte de bons empregos, e também por facilitar grande mobilidade social para sucessivas gerações. Suas principais divisões são: - Fábricas aeroespaciais; - Fábricas automobilísticas; - Indústria cervejeira; - Indústria química; - Fábricas de confecções; - Indústria de eletrônicos; - Indústria de maquinaria; Cáritas São Pedro Apóstolo Página 9
  • 10. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - Indústria de energia, como petróleo, gás e energia elétrica; - Indústria de aço; - Desenvolvimento de softwares; - Indústria de telecomunicações; - Indústria de cigarros. No Brasil, o Setor Secundário foi iniciado tardiamente. Somente após a Segunda Guerra é que foram feitos os primeiros esforços para a substituição das importações. Na época da Ditadura, o Brasil passa pelo ”Milagre econômico” (1968-1974), no qual foram feitos grandes investimentos em infraestrutura. A partir da década de 80, por causa de sucessivas recessões, o Setor Secundário perde força e perde participação no PIB para o Setor de serviços. * Setor terciário: serviços; Setor terciário (também conhecido como setor de serviços) é aquele que engloba as atividades de serviços e comércio de produtos. É um dos três setores da economia, os outros sendo o Setor Primário (agricultura, extração mineral, etc.) e o Setor Secundário (industrialização). Os serviços são definidos na literatura econômica moderna como “bens intangíveis”. O Setor Terciário envolve as provisões de serviços tanto para outros negócios como para consumidores finais. Estes podem estar envolvidos como transportes, vendas e distribuição de bens dos produtores aos consumidores; podem ser também de outros serviços não ligados diretamente ao produto final, como controle de pragas e entretenimento. Os bens podem ser transformados também, como acontece em um restaurante ou em uma eletrônica. Assim, o foco esta na interação entre pessoas, proporcionando um produto ou serviço que satisfaça os anseios de quem o(s) demandou. Como componentes do Setor Terciário, podemos citar: - Turismo; - Serviços bancários; - Restaurantes; - Hospitais; - Serviços de consultoria; - Corretagem de imóveis; - Serviços públicos. Estes últimos são considerados parte do Setor Terciário enquanto providenciam serviços básicos à sociedade, como educação, saúde, etc.; quando cuidam da construção da infra- estrura de um país, com a construção de estradas, pontes, etc., podem ser consideradas como parte do Setor Secundário. Os serviços são difíceis de serem classificados, pois são intangíveis e incontáveis. Assim, fica difícil para os consumidores mensurarem e entenderem o valor do serviço Cáritas São Pedro Apóstolo Página 10
  • 11. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO que estão pagando para obter. Como os investimentos e serviços de consultoria, não há garantias da obtenção de volta do capital investido. ONGs: ONG é um acrônimo usado para as organizações não governamentais (sem fins lucrativos), que atuam no terceiro setor da sociedade civil. Estas organizações, de finalidade pública, atuam em diversas áreas, tais como: meio ambiente combate à pobreza, assistência social, saúde, educação, reciclagem, desenvolvimento sustentável, entre outras. As ONGs possuem funções importantes na sociedade, pois seus serviços chegam a locais e situações em que o Estado é pouco presente. Muitas vezes as ONGs trabalham em parceria com o Estado. As ONGs obtêm recursos através de financiamento dos governos, empresas privadas, venda de produtos e da população em geral (através de doações). Grande parte da mão de obra que atua nas ONGs é formada por voluntários. A ABONG é a Associação brasileira de organizações não governamentais. Exemplo de ONGs: - WWF (Worldwide Fund for Nature) - organização que atual no mundo todo, destinada à proteção do meio ambiente. - Fundação SOS Mata Atlântica - ONG brasileira cuja principal função é atuar em defesa da fauna e flora da Mata Atlântica. - Greenpeace - missão de preservação da natureza e conservação da biodiversidade. ONG mundial que também atua no Brasil. - Cáritas São Pedro Apóstolo- A missão da Cáritas São Pedro Apóstolo é favorecer o fortalecimento de uma comunidade fraterna e participativa que colabore para o crescimento da pessoa humana e possibilita a ampla realização da cidadania. Assim, como fazer a diferenciação de dois hotéis que oferecem o mesmo serviço por preços idênticos? A diferenciação e a qualidade no atendimento farão o consumidor se decidir por aquele que mais o agradar com pequenos detalhes. Cáritas São Pedro Apóstolo Página 11
  • 12. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO * Empresa individual: quando o proprietário da empresa é apenas uma pessoa; geralmente, neste tipo de organização o capital particular do proprietário se confunde com o da empresa; • Empresa de Responsabilidade Limitada (ou sociedade por quotas): é o tipo mais comum, onde os sócios são responsáveis pela empresa de acordo com a quantidade de quotas. • Sociedade Simples: é aquela formada por pessoas que exercem profissão de natureza intelectual, científica, artística ou literária, mesmo sem contar com colaboradores; • Sociedade Empresária: é aquela onde a atividade econômica organizada é exercida de forma profissional constituindo elemento de empresa; • Sociedade Anônima: tem seu capital distribuído em ações e a responsabilidade de cada sócio, ou acionista, é correspondente a quantidade e valor das ações que ele possui. • Sociedade em Comandita Simples: tipo de sociedade onde, ao lado dos sócios de responsabilidade ilimitada e solidária, existem aqueles que entram apenas com o capital, não participando da gestão do negócio, tendo, portanto, sua responsabilidade restringida ao capital subscrito; • Sociedade em Comandita por ações: são regidas pelas normas das sociedades anônimas porque tem seu capital dividido em ações; • Sociedade em nome Coletivo: constituída apenas por pessoas físicas que respondem ilimitada e solidariamente pelas obrigações da sociedade; • Sem fins lucrativos: organizações onde toda a receita é revertida para as atividades que mantém; • Microempresa: aquela que tem receita bruta anual igual ou inferior a R$244.000,00; • Empresa de Pequeno Porte: aquela que tem receita bruta anual superior a R$244.000,00 e igual ou inferior a R$1.200.000,00. (Lei n.º 9.841 de 05/10/99). ATA A ata é responsável por registrar, de forma resumida e clara, as decisões, resoluções e ocorrências de uma reunião ou qualquer outro tipo de evento que necessite da documentação do seu conteúdo. Uma ata deve ser feita com o intuito de não permitir modificações, para isso, alguns cuidados deverão ser tomados, como: • Não deverá possuir rasuras; • Não deverá ser utilizado nenhum tipo de abreviação; • Deverá ser utilizado o máximo possível de páginas, para evitar a inclusão de informações; • Todo número ou data deverá ser escrito por extenso; • Deverá ser incluída sempre a numeração da página, para evitar a inserção de páginas; Cáritas São Pedro Apóstolo Página 12
  • 13. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO • Cada secção deverá ser escrita em um único parágrafo, ou seja, sem o uso da tecla <Enter> ao final da linha; • Para uso lega, é necessário a rubrica do presidente em todas as páginas e a assinatura na última página. COMO ABRIR UMA EMPRESA? Neste capitulo é necessário em primeiro lugar entender o que é empreendorismo e empreendedor. EMPREENDORISMO: Designa os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuação. EMPREENDEDOR: É o termo utilizado para qualificar, ou especificar, principalmente, aquele individuo que detém uma forma especial, inovadora, de se dedicar às atividades de organização, administração, execução; principalmente na geração de riquezas, na transformação de conhecimentos e bens em novos produtos – mercadorias ou serviços; gerando um novo método com o seu próprio conhecimento. É o profissional inovador que modifica, com sua forma de agir, qualquer área do conhecimento humano. Também é utilizado – no cenário econômico – para designar o fundador de uma empresa ou entidade, aquele que construiu tudo a duras custas, criando o que ainda não existia. Antes de criar uma empresa é necessário um plano de negócio, que é um relatório detalhado de uma organização ou empresa que têm como conteúdo todas as formas possíveis de crescimento e metas a serem atingidas. O conteúdo é formado por pesquisas mercadológicas, plano de marketing, plano financeiro anexos etc. O Plano de Negócio ajuda o empreendedor a identificar o melhor momento para começar ou ampliar seu negócio. Abrange etapas como análise de mercado e projeção faturamento, informações que mostrarão para o empresário onde, como, quando e para quem oferecer seus produtos e serviços. A pesquisa de viabilidade apresenta dados sobre o público-alvo e suas necessidades e sobre os produtos e serviços, os preços, as despesas e as receitas dos concorrentes. Também mostra a projeção dos custos, da receita e do capital de giro. Mensura o montante inicial para o investimento e em quanto tempo o valor será recuperado. Ainda propõe preços para os produtos e serviços, adequados ao mercado e à necessidade financeira da empresa. O Plano de Negócio serve também como cartão de visitas da empresa e como instrumento de apresentação do negócio de forma concisa, mas que engloba todas as suas principais características. Alguns dos possíveis públicos para o seu Plano de Negócios estão listados a seguir: Incubadoras de empresas: Com objetivo de se tornar uma empresa incubada. Sócios potenciais: Para estabelecer acordos e direção. Cáritas São Pedro Apóstolo Página 13
  • 14. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Parceiros: Para estabelecimento de estratégias conjuntas. Bancos: Para outorgar financiamentos. Intermediários: Empresas de capital de risco, pessoas jurídicas e outros interessados. Gerente de Marketing: Para desenvolver planos de marketing. Executivos de alto nível: Para aprovar e alocar recursos. Fornecedores: Para outorgar crédito para compra de mercadorias e matéria prima. Gente Talentosa: Que você deseja contratar para fazer parte de sua empresa. A própria empresa: Para comunicação interna com os empregados. Os clientes potenciais: para vender o produto/serviço. O Plano de Negócio é composto por várias seções que se relacionam e permitem um entendimento global do negócio de forma escrita e em poucas páginas. Cada seção está explicada em detalhes abaixo: Capa: A capa, apesar de não parecer, é uma das partes mais importantes do Plano de negócios, pois é a primeira coisa que é visualizada por quem lê o seu plano de negócios, devendo ser feita de maneira limpa e com as informações necessárias e pertinentes. Sumário: O sumário deve conter o titulo de cada seção do Plano de Negócios e a página respectiva onde se encontra. Sumário Executivo: O Sumário Executivo é a principal seção do seu Plano de Negócios. Através do Sumário Executivo é que o leitor decidirá se continua ou não a ler seu plano de negócios. Portanto, deve ser escrito com muita atenção, revisado várias vezes e conter uma síntese das principais informações que constam em seu Plano de Negócios. Deve ainda ser dirigido ao público alvo do seu Plano de Negócios e explicar qual o objetivo do Plano de Negócios em relação ao leitor (exemplo: requisição de financiamento junto a bancos, capital de risco, apresentação da empresa para potenciais investidores, parceiros ou clientes etc.). O Sumário Executivo deve ser a última seção a ser escrita, pois depende de todas as outras seções do plano a ser feita. Planejamento Estratégico do Negócio: A seção de planejamento estratégico do negócio é onde você define os rumos da sua empresa, sua situação atual, suas metas e objetivos de negócio, bem como a descrição da visão e missão de sua empresa. É a base para o desenvolvimento e implantação das demais ações de sua empresa. Descrição da Empresa: Nesta seção você deve descrever sua empresa, seu histórico, crescimento/faturamento dos últimos anos, sua razão social, impostos, estrutura organizacional, localização, parcerias, serviços terceirizados etc. Cáritas São Pedro Apóstolo Página 14
  • 15. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Produtos e Serviços: Nesta seção do seu Plano de Negócios você deve descrever quais são seus produtos e serviços, como são produzidos, ciclo de vida, fatores tecnológicos envolvidos, pesquisa e desenvolvimento, principais clientes atuais, se detém marca e/ou patente de algum produto etc. Análise de Mercado: Na seção de Análise de Mercado, você deverá mostrar que conhece muito bem o mercado consumidor do seu produto/serviço (através de pesquisas de mercado): como está o segmento, as características do consumidor, análise da concorrência, a sua participação de mercado e a dos principais concorrentes, os riscos do negócio etc. Plano de Marketing: O plano de marketing apresenta como você pretende vender seu produto/serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a demanda. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do produto/serviço para o cliente, política de preços, projeção de vendas, canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade. Plano Financeiro: A seção de finanças deve apresentar em números todas as ações planejadas de sua empresa e as comprovações, através de projeções futuras (quanto precisa de capital, quando e com que propósito), de sucesso do negócio. Deve conter itens como fluxo de caixa com horizonte de três anos, balanço, ponto de equilíbrio, necessidades de investimentos, lucratividade prevista, prazo de retorno sobre investimentos etc. Anexos: Esta seção deve conter todas as informações que você julgar relevantes para o melhor entendimento de seu Plano de Negócios. Por isso, não tem um limite de páginas ou exigências a serem seguidas. A única informação que você não pode esquecer-se de incluir é a relação dos curriculum vitae dos sócios da empresa. Você poderá anexar ainda informações como fotos de produtos, plantas da localização, roteiro e resultados complementos das pesquisas de mercado que você realizou, material de divulgação de seu negócio, folders, catálogos, estatutos, contrato social da empresa, planilhas financeiras detalhadas etc. CAMINHOS E DICAS PARA TORNAR ESSE MOMENTO EMPRESARI AL MENOSCOMPLICADO Para uma micro ou uma pequena empresa exercer suas atividades no Brasil, é preciso,entre outras providências, ter registro na prefeitura ou na administração regional da cidade onde ela vai funcionar, no estado, na Receita Federal e na Previdência Social.Dependendo da atividade pode ser necessário também o registro na Entidade de Classe,na Secretaria de Meio-Ambiente e outros órgãos de fiscalização. A seguir, mostraremos caminhos e daremos dicas para tornar esse momento empresarial menos complicado. Na Junta Comercial ou Cartório de Registro de Pessoa Jurídica O registro legal de uma empresa é tirado na Junta Comercial do estado ou no Cartório de Registro de Pess oa J urídica. Para as pessoas j urídicas, esse passo é equivalente àobtenção da Certidão de Nascimento de uma pessoa física. A partir desse registro, a empresa existe oficialmente - o que não significa que ela possa começar a operar.Para fazer o registro é preciso apresentar uma série de documentos e formulários que podem variar de um estado para o outro. Citamos os mais comuns:Contrato Social; Documentos pessoais de cada sócio (no caso de uma sociedade).O Contrato Social é a peça mais importante do início da empresa, e nele devem estar definidos claramente os seguintes itens: • Interesse das partes Cáritas São Pedro Apóstolo Página 15
  • 16. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO • Objetivo da empresa • Descrição do aspecto societário e a maneira de integralização das cotas Para ser válido, o Contrato Social deverá ter o visto de um advogado. As micro empresa se empresas de pequeno porte são dispensadas da assinatura do advogado, conforme prevê o Estatuto da Micro e Pequena Empresa.Ainda na Junta Comercial ou no Cartório, deve- se verificar se há alguma outra empresa registrada com o nome pretendido. Geralmente é necessário preencher um formulário próprio, com três opções de nome. Há estados que j á oferecem esse serviço pela Internet. Se tudo estiver certo, será possível prosseguir com o arquivamento do ato constitutivo da empresa, quando geralmente serão necessários os documentos: •Contrato Social ou Requerimento de Empresário Individual ou Estatuto, em três vias: •Cópia autenticada do RG e CPF do titular ou dos sócios •Requerimento Padrão (Capa da Junta Comercial), em uma via. •FCN (Ficha de Cadastro Nacional) modelo um e dois, em uma via. •Pagamento de taxas através de DARFOs preços e prazos para abertura variam de estado para estado. Para isso, o ideal é consultar o site da Junta Comercial do estado em que a empresa estiver localizada.Registrada a empresa, será entregue ao seu proprietário o NIRE (Número de Identificação do Registro de Empresa).que é uma etiqueta ou um carimbo, feito pela Junta Comercial ou Cartório, contendo um número que é fixado no ato constitutivo. CNPJ Com o NIRE em mãos, chega a hora de registrar a empresa como contribuinte, ou seja, de obter o CNPJ. O registro do CNPJ é feito exclusivamente pela Internet, no site da Receita por meio do Download de um programa específico. Os documentos necessários, informados no site, são enviados por sedex ou pessoalmente para a Secretaria da Receita Federal, e a resposta é dada também pela Internet. Ao fazer o cadastro no CNPJ, é preciso escolher a atividade que a empresa irá exercer.Essa classificação será utilizada não apenas na tributação, mas também na fiscalização das atividades da empresa. Lembre-se que nem todas as empresas podem optar pelo Simples, principalmente as prestadoras de serviços que exigem habilitação profissional. Portanto, antes de fazer sua inscrição no CNPJ, consulte os tipos de empresa que não se enquadram no Simples. Alvará de Funcionamento Com o CNPJ cadastrado, é preciso ir à prefeitura ou administração regional para receber o alvará de funcionamento. O alvará é uma licença que permite o estabelecimento e o funcionamento de instituições comerciais, industriais, agrícolas e prestadoras de serviços,bem como de sociedades e associações de qualquer natureza, vinculadas a pessoas f í s i c a s ou jurídicas. Isso é feito na prefeitura ou na administração regional ou n a Secretaria Municipal da Fazenda de cada município. Geral mente, a documentação necessária é: • Formulário próprio da prefeitura • Consulta prévia de endereço aprovada • Cópia do CNPJ • Cópia do Contrato Social • Laudo dos órgãos de vistoria, quando necessário. • Inscrição Estadual Já o cadastro no sistema tributário estadual deve ser feito junto à Secretaria Estadual da Fazenda. Em geral, ele não pode ser feito pela Internet, mas isso varia de estado para estado. Atualmente, a maioria dos estados possui convênio com a Receita Federal, o que permite obter a Inscrição Estadual junto com o CNPJ, por meio de um único cadastro.A Inscrição Estadual é obrigatória para empresas dos setores do comércio, indústria e serviços de transporte intermunicipal e interestadual. Também estão incluídos os serviços de comunicação e ener gia. Ela é necessária para a obtenção da inscrição no ICM S Cáritas São Pedro Apóstolo Página 16
  • 17. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO ( Imposto sobre Circul ação de Mercadorias e Ser viços), e em geral a documentação pedida para o cadastro é: •DUC (Documento Único de Cadastro), em três vias. •DCC (Documento Complementar de Cadastro), em um via. •Comprovante de endereços dos sócios, cópia autenticada ou original. •Cópia autenticada do documento que prove direito de uso do imóvel, como por exemplo, o contrato de locação do imóvel ou escritura pública do imóvel. •Número do cadastro fiscal do contador. •Comprovante de contribuinte do ISS, para as prestadoras de serviços. •Certidão si mplificada da J unta (para empres as constituídas há mais de três meses). •Cópia do ato constitutivo. •Cópia do CNPJ. •Cópia do alvará de funcionamento. •RG e CPF dos sócios. Observação: em alguns Estados a Inscrição Estadual deve ser solicitada antes do Alvará de Funcionamento. Cadastro na Previdência Social Após a concessão do alvará de funcionament o, a empresa j á está apta a entrar em operação. No entanto, ainda faltam duas etapas fundamentais para o seu funcionamento. A primeira é o cadastro na Previdência Social, independente da empresa p o s s u i r funcionários.Para contratar funcionários, é preciso arcar com as obrigações trabalhistas sobre eles.Ainda que seja um único funcionário, ou apenas os sócios inicialmente, a empresa precisa e s t a r c a d a s t r a d a n a P r e v i d ê n c i a S o c i a l e p a g a r o s r e s p e c t i v o s t r i b u t o s . A s s i m , o representante deverá dirigir-se à Agência da Previdência de sua jurisdição para solicitar o cadastramento da empresa e seus responsáveis legais. O prazo para cadastramento é de 30 dias após o início das atividades. Aparato Fiscal Agora resta apenas preparar o aparato fiscal para que seu empreendimento entre em ação. Será necess ário solicitar a autorização para i mpressão das notas fiscais e a autenticação de livros fiscais. Isso é feito na prefeitura de cada cidade. Empresas que pretendam dedicar-se às atividades de indústria e comércio deverão ir à Secretaria de Estado da Fazenda. No caso do Distrito Federal, independente do segmento de atuação da empresa, esta autorização é emitida pela Secretaria de Fazenda Estadual.Uma vez que o aparato fiscal esteja pronto e registrado, sua empresa pode começar a operar legalmente. Antes, no entanto, certifique-se que tudo ocorreu bem durante os procedimentos anteriores. Se estiver tudo certo, basta tocar o seu negócio adiante. GESTÃO CONTABIL A contabilidade é uma ferramenta indispensável para a gestão de negócios. De longa data, contadores, administradores e responsáveis pela gestão de empresas se convenceram que amplitude das informações contábeis vai além do simples cálculo de impostos e atendimento de legislações comerciais, previdenciárias e legais. Contabilidade Gerencial, em síntese, é a utilização dos registros e controles contábeis com o objetivo de gerir uma entidade. A gestão de entidades é um processo complexo e amplo, que necessita de uma adequada estrutura de informações - e a contabilidade é a principal delas. Cáritas São Pedro Apóstolo Página 17
  • 18. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Além do mais, o custo de manter uma contabilidade completa (livros diário, razão, inventário, conciliações, etc.) não é justificável para atender somente o fisco. Informações relevantes podem estar sendo desperdiçadas, quando a contabilidade é encarada como mera burocracia para atendimento governamental. Objetivamente, o custo médio de uma contabilidade de empresa de pequeno porte (faturamento até R$ 120.000/mês) é acima de R$ 600,00. Numa empresa de médio porte (faturamento até R$ 1.000.000/mês) este custo vai a R$ 3.000,00 ou mais. Tais empresas precisam aproveitar as informações geradas, pois obviamente este será um fator de competitividade com seus concorrentes: a tomada de decisões com base em fatos reais e dentro de uma técnica comprovadamente eficaz – o uso da contabilidade. A contabilidade gerencial não “inventa” dados, mas lastreia-se na escrituração regular dos documentos, contas e outros fatos que influenciam o patrimônio empresarial. Dentre as utilizações da contabilidade, para fins gerenciais, destacam-se, entre outros: 1. Projeção do Fluxo de Caixa 2. Análise de Indicadores 3. Cálculo do Ponto de Equilíbrio 4. Determinação de Custos Padrões 5. Planejamento Tributário 6. Elaboração do Orçamento e Controle Orçamentário CONDIÇÕES O primeiro passo para uma contabilidade verdadeiramente gerencial, é que esta seja atualizada, conciliada e mantida com respeito às boas técnicas contábeis. Desta forma, pressupõe-se, entre outros, que uma contabilidade para uso gerencial deva ter: 1. Contas bancárias devidamente “fechadas” com os respectivos extratos, sendo as diferenças demonstradas e que tais diferenças não afetem o resultado pelo regime de competência. Admite-se, tão somente, as típicas “pendências” bancárias, como cheques não compensados e pequenos valores de débitos e créditos a ajustar. Valores expressivos, como débitos de juros e encargos sobre financiamentos, devem estar contabilizados. 2. Provisões de Férias e 13º Salário feitas mensalmente, com base em relatórios detalhados do departamento de recursos humanos. A falta de provisão mensal distorce as demonstrações contábeis, pois o regime de competência não é atendido. 3. Depreciações, amortizações e exaustões, contabilizadas com base em controles do patrimônio. Cáritas São Pedro Apóstolo Página 18
  • 19. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO 4. Registro dos tributos gerados concomitantemente ao fato gerador, efetuando-se também a Provisão do IRPJ e CSLL, conforme regime a que está sujeito a empresa (lucro real, presumido ou arbitrado). 5. Nas empresas que se dedicam às atividades imobiliárias, optar por contabilizar custos orçados das obras. Outras atividades também exigirão técnicas contábeis específicas, como as cooperativas e as instituições financeiras. 6. Receitas, custos e despesas, reconhecidas pelo regime de competência, como detalhado adiante. O REGIME DE COMPETÊNCIA CONTÁBIL O reconhecimento das receitas e gastos é um dos aspectos básicos da contabilidade que devem ser conhecidos para poder avaliar adequadamente as informações financeiras. Sob o método de competência, os efeitos financeiros das transações e eventos são reconhecidos nos períodos nos quais ocorrem, independentemente de terem sido recebidos ou pagos. Para todos os efeitos, as Normas Brasileiras de Contabilidade elegem o regime de competência como único parâmetro válido, portanto, de utilização compulsória no meio empresarial. A ESTRUTURAÇÃO DO PROCESSO CONTÁBIL O PATRIMÔNIO Noções de Coisas/Bens/Riqueza Dadas as afinidades entre os termos que compõem o patrimônio, é interessante conceituá-los, para que se possa fazer perfeita distinção entre eles. Coisa: é o que simplesmente existe na natureza, independente da vontade e intervenção humana. Ex. as florestas, o mar, a terra. Bem: é toda coisa suscetível de avaliação em dinheiro e que satisfaz uma necessidade humana. Riqueza: é tudo o que é útil (tem valor econômico e de troca), limitado (existe em quantidade relativamente pequena), material (se fosse incorpóreo não poderia ser apropriavel e nem permutável) e apropriavel (é a qualidade do que pode ser propriedade de alguém). BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES. O patrimônio constitui-se de uma parte com valores positivos, denominada ativo, e de uma parte com valores negativos denominada passivo. O ativo é formado pelos bens e direitos e Cáritas São Pedro Apóstolo Página 19
  • 20. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO o passivo pelas obrigações. O excesso do ativo sobre o passivo é o capital, conhecido como patrimônio líquido que aparece no passivo, para completar a igualdade entre o total do ativo e o do passivo, resultando na equação patrimonial. ATIVO: representa a parte dos valores positivos do patrimônio, tudo aquilo que a entidade possui ou que ela tem a receber de terceiros. Abrange o conjunto de bens e direitos da entidade. Os elementos que compõe o ativo são revestidos de algumas características especiais, tais como: devem apresentar a potencialidade de gerar benefícios econômicos para a entidade, devem ser um recurso econômico, devem ser de propriedade ou estar na posse de alguma entidade contábil e devem ser mensuráveis monetariamente. Assim, todo o elemento ativo que não seja mais útil à entidade e, portanto tenha perdido sua capacidade de gerar fluxo de caixa, não deve ser classificado como um elemento ativo. Existem entidades que apresentam de 10 a 15% do seu ativo totalmente obsoleto, não tendo nenhuma utilidade, devendo ser excluído do patrimônio. Bem: é qualquer coisa que satisfaz a necessidade humana e que pode ser avaliado economicamente. Os bens são divididos em: tangíveis que representam os bens materiais (têm forma física e são palpáveis) e intangíveis que têm como principal característica a inexistência como coisa e seu valor vinculado a um bem tangível ou a uma determinada situação da empresa (são incorpóreos e não palpáveis). Ex: bens tangíveis: destinados à instalação (prédios, terrenos, móveis e utensílios), destinados a produção (máquinas, equipamentos, instrumentos e acessórios), destinados a transformação (matéria-prima, material secundário e material para embalagem), destinados ao consumo (material de escritório, material de limpeza e selos postais), destinados à circulação (dinheiro, dinheiro em bancos e aplicações financeiras) e destinados à venda (mercadorias e produtos comprados para revenda). Ex: bens intangíveis: marcas de comércio e patentes de invenção. O Código Civil Brasileiro distingue os bens em: móveis que são os que podem ser movidos por si próprios ou por outras pessoas, tais como: animais, máquinas, equipamentos, estoques de mercadoria, entre outros, e bens imóveis que são os vinculados ao solo e que não podem ser retirados sem destruição ou danos, tais como: edifícios, árvores, entre outros. Direito: ato da pessoa ou empresa ceder algum bem ou serviço em troca do pagamento não imediato, originando um direito correspondente. Portanto representa os bens da empresa que estão em mãos de terceiros, como os créditos a receber de terceiros. PASSIVO: representa todas as obrigações financeiras que uma empresa tem para com terceiros, provenientes de transações passadas, realizadas a prazo, com data de vencimento e beneficiário certo e conhecido. Todas as contas do passivo representam os valores negativos do patrimônio. Cáritas São Pedro Apóstolo Página 20
  • 21. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Neste grupo está incluído por força de lei o capital próprio, apesar de não ser uma obrigação do patrimônio. A classificação do capital próprio no grupo do passivo é uma mera questão para atender à necessidade da Contabilidade para garantir a igualdade entre os dois grupos (ativo e passivo). O passivo abrange então o capital de terceiros (obrigações) e o capital próprio e suas variações. Obrigações: constituem-se em ato da pessoa ou empresa dispor de algum bem ou serviço e que em troca destes originam um compromisso futuro de pagamento, representado por um documento, como as duplicatas a pagar. PATRIMÔNIO LÍQUIDO: é a diferença entre os valores positivos do ativo (bens e direitos) e os valores negativos do passivo (obrigações) de uma entidade em um determinado momento. É a parte do balanço que representa o capital investido pelos sócios e está graficamente localizado no seu lado direito. Obs. - Sendo o patrimônio líquido a diferença algébrica entre o ativo e o passivo, não tem sentido falarmos em ativos ou passivos negativos. Assim concluímos que a entidade terá sempre A > ou = zero, P > ou = zero e PL > = ou < zero. Se a entidade possuir ativos e/ou passivos, ela os terá positivamente, ou não os terá. ABORDAGEM CONCEITUAL DO PATRIMÔNIO É o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurídica, com finalidade definida e mensurável economicamente. Tem-se do lado esquerdo o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa, e o lado direito inclui as obrigações a serem pagas por essa pessoa ou essa empresa. Patrimônio de Pessoa Física ou Jurídica Bens Obrigações (a serem pagas) Direitos (a receber) ABORDAGEM QUALITATIVA E QUANTITATIVA O patrimônio de uma entidade pode ser visto e analisado sob os seguintes aspectos: Aspecto Qualitativo ou Específico: estuda a terminologia típica de cada um dos elementos que compõem o patrimônio, tais como: bens numerários (caixa e bancos), bens de venda (mercadorias, produtos acabados e matéria-prima), bens de renda (veículos para alugar e imóveis para alugar) e bens de uso (máquinas e equipamentos, materiais úteis e ferramentas). Ex: caixa, capital social, etc. ... Cáritas São Pedro Apóstolo Página 21
  • 22. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Aspecto Quantitativo: os componentes patrimoniais devem ser expressos em valores monetários. Ex: caixa .....................................R$ 1.000,00 Capital social ........................R$ 50.000,00 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO O gráfico do patrimônio é representado pelo Balanço Patrimonial, no qual do lado esquerdo encontram-se os valores ativos e do lado direito os valores passivos, como mostra o exemplo abaixo: ATIVO PASSIVO Bens Obrigações Edifícios Fornecedores Móveis e Utensílios Empréstimo Bancário Marcas e Patentes Salários a Pagar Banco c/Movimento Impostos a Recolher Direitos Aluguéis a Receber PATRIMÔNIO LÍQUIDO Duplicatas a Receber Capital Integralizado Lucros Acumulados A REPRESENTAÇÃO ALGÉBRICA DO PATRIMÔNIO Equação Fundamental Sendo o patrimônio o conjunto de bens, direitos e obrigações com terceiros e capital próprio, a equação fundamental do patrimônio é assim definida: CAPITAL PRÓPRIO = BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS Substituindo os termos bens e direitos por ativo, obrigações com terceiros por passivo, e capital próprio por patrimônio líquido, podermos afirmar que: P.L. = A - P Cáritas São Pedro Apóstolo Página 22
  • 23. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Supondo que a entidade venda todos os seus bens, receba todos os seus direitos e pague todas as suas obrigações com terceiros, a sobra ou situação líquida é o capital próprio, que é denominado pela Contabilidade de patrimônio líquido. Variações do Patrimônio Líquido A partir da equação fundamental do patrimônio, pode-se deduzir que em dado momento, o patrimônio assume, invariavelmente, um dos cinco estados a saber: 1 – Quando o ativo é maior que o passivo, teremos patrimônio líquido maior que zero, o que revela a existência de riqueza patrimonial. A = P + PL 2 – Quando o ativo é maior que o passivo e o passivo é igual a zero, teremos patrimônio líquido maior que zero, revelando inexistência de dívidas. A = PL 3 – Quando o ativo é igual ao passivo, teremos patrimônio líquido igual a zero, revelando inexistência de riqueza própria. A = P 4 - Quando o passivo é maior do que o ativo, teremos patrimônio líquido menor que zero, revelando má situação financeira e existência de passivo a descoberto. A + PL = P 5 – Quando o passivo é maior do que o ativo, e o ativo é igual a zero, teremos patrimônio líquido menor que zero, revelando péssima situação financeira, inexistência de bens e direitos e somente obrigações. PL = P ESTRUTURAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO ATIVO De acordo com a Lei nº 6.404/76 que regulamenta as sociedades por ações (S.A.), as contas do ativo devem ser alocadas em ordem decrescente do grau de liquidez (capacidade de pagamento), enquanto as contas do passivo devem ser alocadas de acordo com o prazo das exigibilidades. Podemos visualizar esta obrigação no balanço patrimonial que é um instrumento contábil que indica em um determinado momento a situação financeira, econômica e patrimonial de uma entidade e no qual as contas são classificadas nos seguintes grupos: Ativo Circulante: composto pelos bens e direitos que irão ser convertidos em dinheiro, no prazo de até 12 (doze) meses. Divide-se nos subgrupos: disponível, realizável a curto prazo, estoques e despesas antecipadas. Cáritas São Pedro Apóstolo Página 23
  • 24. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Disponível: composto pelas exigibilidades imediatas, representadas pelas contas de caixa, bancos conta movimento, cheques para cobrança e aplicações no mercado aberto. Ex: caixa, bancos e fundo de aplicação financeira. Realizável a Curto Prazo: alocam os direitos a receber no prazo de até 12 (doze) meses. Ex: impostos a recuperar, duplicatas a receber ou clientes, (-) duplicatas descontadas, (-) provisão para devedores duvidosos. Estas duas últimas contas representam contas retificadoras da conta duplicatas a receber ou clientes e são classificadas no ativo, tendo saldos credores, por isso são demonstradas com o sinal (-). Estoques: representam os bens destinados à venda e que variam de acordo com a atividade da entidade. Ex: produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas e mercadorias. Despesas Antecipadas: compreende as despesas pagas antecipadamente que serão consideradas como custos ou despesas no decorrer do exercício seguinte. Ex: seguros a vencer, alugueis a vencer e encargos a apropriar. Ativo Realizável a Longo Prazo: composto pelos direitos que serão recebidos após o término do exercício seguinte, isto é, após 12 (doze) meses. Ex: duplicatas a receber (+12 meses), aluguéis a receber e contas a receber. Independente do prazo, ainda são classificadas neste grupo, de acordo com a Lei nº 6.404/76, as seguintes contas: adiantamentos a sócios, adiantamentos à acionistas, empréstimos à coligadas, empréstimos à controladas, etc. ... Ativo Permanente: compreende os bens fixos necessários para que a entidade alcance seus objetivos. Divide-se nos subgrupos: investimentos, imobilizado e diferido. Investimentos: são todas as aplicações de recursos que não tem por finalidade o objetivo principal da entidade. Ex: imóveis para aluguel, terrenos para expansão, ações em outras empresas, participação em empresas coligadas, participação em empresas controladas e obras de arte. Imobilizado: representam as aplicações de recursos em bens instrumentais que servem de meios para que a entidade alcance seus objetivos. Os bens materiais sofrem depreciação, os bens imateriais sofrem amortização e os terrenos sofrem exaustão. Ex: veículos, máquinas e equipamentos, imóveis, embarcações, marcas e patentes e direitos autorais. Diferido: representa as aplicações de recursos em despesas que irão influenciar o resultado de mais de um exercício. Ex: gastos de implantação, gastos pré-operacionais, gastos com modernização e reorganização. ESTRUTURAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PASSIVO Passivo Circulante: composto por todas as obrigações com prazo de vencimento em até 12 (doze) meses. Ex. fornecedores, duplicatas a pagar, salários a pagar, provisão para férias, provisão para imposto de renda e empréstimos bancários. Passivo Exigível a Longo Prazo: representa as obrigações com prazo de vencimento após 12 (doze) meses. Ex: empréstimos bancários e financiamentos. Neste grupo também são Cáritas São Pedro Apóstolo Página 24
  • 25. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO classificadas as seguintes contas: adiantamentos de sócios, adiantamentos de acionistas, empréstimos de coligadas e empréstimos de controladas. Resultado de Exercício Futuro: compreende as receitas recebidas antecipadamente que de acordo com o regime de competência pertence a exercício futuro. Ex: receita antecipada e custos atribuídos à receita antecipada. ESTRUTURAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Patrimônio Líquido: representa o capital que pertence aos proprietários. Ex: capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros (legal, estatutária, contingência, investimentos e lucros a realizar), lucros acumulados ou prejuízos acumulados. Capital Social: discrimina o valor subscrito e o valor que ainda será realizado pelos sócios ou acionistas. Reservas de Capital: são as contas que registram doações recebidas, eventualmente, pela entidade. No caso de sociedades anônimas, o ágio na emissão de ações, o produto da alienação de partes beneficiárias, entre outras. Reservas de Reavaliação: registram os aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações feitas pela entidade com base em laudo. Reservas de Lucros: são as contas formadas pela apropriação de lucro da empresa. Lucros ou Prejuízos Acumulados: registra os resultados acumulados pela entidade, quando ainda não distribuídos aos sócios, ao titular ou ao acionista. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Passivo Circulante Disponível Exigível a Longo Prazo Realizável a Curto Prazo Resultado de Exercício Futuro Estoques PATRIMÔNIO LÍQUIDO Despesas Antecipadas Capital Social Ativo Realizável a Longo Prazo Reservas de Capital Ativo Permanente Reservas de Reavaliação Investimentos Reservas de Lucros Imobilizado Lucros ou Prejuízos Acumulados Diferido AS CONTAS CONCEITOS Cáritas São Pedro Apóstolo Página 25
  • 26. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Uma conta é um recurso contábil para reunir sob um único item todos os eventos e valores patrimoniais de mesma natureza. Ex: a conta do Banco Ultramarino reúne todos os movimentos, depósitos e retiradas de dinheiro realizadas no Banco Ultramarino; a conta Veículos informa os movimentos, compras e vendas, de veículos. (S. A. Crepaldi) Conta é o registro de débitos e créditos da mesma natureza, identificados por um título que qualifica um componente do patrimônio ou uma variação patrimonial. NATUREZA E SALDO DAS CONTAS As contas devedoras são as representativas dos bens, direitos, despesas e custos. Possuem permanentemente saldo devedor, devendo ser primeiro debitadas e depois creditadas. Ex: caixa, bancos, mercadorias, salários e custos dos produtos vendidos. As contas credoras são as representativas das obrigações, do patrimônio líquido, das receitas e dos ganhos. Possuem permanentemente saldo credor, devendo ser primeiro creditadas e depois debitadas. Ex: salários a pagar, imposto a pagar, fornecedores e juros recebidos. A diferença entre o débito e o crédito é denominada de saldo. Se o valor dos débitos for superior ao valor dos créditos, a conta terá um saldo devedor. Se ocorrer o contrário, a conta terá um saldo credor. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS CONTAS A conta é a representação gráfica da relação débito e crédito de um determinado fato administrativo. Graficamente, podemos representá-la na forma da letra T, a qual chamamos de Conta em T ou Razonete. Nome da Conta Débito | Crédito LANÇAMENTOS A DÉBITO E A CRÉDITO DAS CONTAS As operações registradas (de acordo com a natureza de cada conta) através de lançamentos ocasionam aumentos e diminuições do ativo, do passivo e do patrimônio líquido. Cáritas São Pedro Apóstolo Página 26
  • 27. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO As contas do ativo são debitadas quando bens ou direitos entram no patrimônio e creditadas quando saem. As contas passivas são creditadas quando o patrimônio assume obrigações e debitada quando as liquida. O patrimônio líquido, como complemento do passivo para igualar ao ativo, obedece ao mesmo mecanismo das demais contas passivas, ou seja, suas contas são creditadas quando há aumento de patrimônio, e debitadas quando há redução. ATIVO PASSIVO + d – c BENS - d + c OBRIGAÇÕES + d – c DIREITOS -d+c PATRIMÔNIO LÍQUIDO As contas de despesas são debitadas, pois representam redução do patrimônio líquido, enquanto as contas de receitas são creditadas, pois representam aumento do patrimônio líquido. CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS As contas são classificadas em dois grupos: patrimoniais e de resultado. Patrimoniais: representam os elementos ativos e passivos (bens, direitos, obrigações e situação líquida). Ex: Caixa, Duplicatas a Receber, Fornecedores, Empréstimos, Capital Social. Resultado: registram as variações patrimoniais e demonstram o resultado do exercício (receitas e despesas). Ex: Salários, Juros Passivos, Receitas Financeiras. O PLANO DE CONTAS O plano de contas é um elenco de todas as contas previstas como necessárias aos registros (uma vez que é o instrumento que o profissional consulta quando vai fazer um lançamento contábil, pois indica qual conta deve ser debitada e qual conta deve ser creditada) contábeis de uma entidade, oferecendo a vantagem de uniformização das contas utilizadas em cada registro, além de servir de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis. A finalidade principal do plano é estabelecer normas de conduta para o registro das operações da organização, e na sua elaboração devem ser considerados três objetivos fundamentais: Atender às necessidades de informações da administração da entidade; Cáritas São Pedro Apóstolo Página 27
  • 28. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Observar formato compatível com os princípios contábeis e com a norma legal que regula a elaboração do balanço patrimonial e das demais demonstrações contábeis, ou seja, a Lei nº 6.404/76; Adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos à entidade (fornecedores, bancos, órgãos fiscais, auditoria externa) e, particularmente, às regras da legislação do Imposto de Renda. O plano completo deve apresentar o título das contas, a classificação, a função, explicar o funcionamento, apontar a relação entre os grupos ou mesmo entre as contas, regular o registro das contas, estabelecer a análise e os códigos das contas e prever as derivações das contas. O título de cada conta deve expressar o significado adequado das operações nela registradas, pois as demonstrações contábeis podem não ser apenas utilizadas pelos usuários internos, mas também dos usuários externos. Além disso, no caso de sociedade anônima de capital aberto (com ações negociadas em bolsas de valores), é fundamental que suas demonstrações tenham uma linguagem precisa e clara para facilidade de seus acionistas em particular e do mercado em geral. A classificação das contas é dada em grupos que permitam a comparação entre si, evidenciando a proporcionalidade entre bens, direitos e obrigações. O responsável pela elaboração do plano de contas precisa ter absoluta consciência das necessidades da empresa e das normas técnicas, fazendo com que o elenco apresente contas de função bem definida, ou seja, esclareça para que serve cada conta e qual o papel que desempenha na escrituração. Ex: caixa – registra os movimentos de dinheiro em poder da empresa, mercadorias – registra os movimentos de aquisição das mercadorias destinadas à venda. O funcionamento estabelece a relação da conta com as demais e evidencia como se comporta perante seu objeto. Demonstra como se debita a conta, como se credita, qual a natureza de seu saldo e quais as outras contas com que normalmente tem contato. Ex: caixa – D: pelo recebimento em dinheiro C: pelo pagamento em dinheiro Saldo: representa o numerário em poder da empresa e só pode ser devedor. Quando da elaboração do plano de contas devem ser analisados os graus das contas que são a medida de dependência na análise destas, sendo que a dependente deve ter sempre classificação inferior com relação a principal. Normalmente são empregados dois graus: conta sintética ou principal (1º grau) e conta analítica ou derivada (2º grau). Ex: 1. Ativo - sintética 1.1 Ativo Circulante - analítica Cada conta deve ser identificada por um código que a distingue das demais (esta codificação poderá ser numérica ou alfabética, ou ainda utilizar a combinação de letras e números). Ex: 1. Ativo 1.1.1 Ativo Circulante Cáritas São Pedro Apóstolo Página 28
  • 29. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO O plano varia de acordo com o tipo de cada entidade e não pode ser rígido e inflexível, devendo permitir as alterações que se mostrarem necessárias por ocasião de sua utilização, pois a rápida evolução da economia moderna gera constantes modificações e aperfeiçoamentos na legislação comercial e fiscal, bem como nas normas e métodos que regulam a atividade empresarial, o que exige a criação de novas contas, o cancelamento de algumas e o desdobramento de outras, de modo que os registros acompanhem a evolução dos fatos e permitam a constante atualização dos acontecimentos. ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS O conjunto de acontecimentos que constituem a dinâmica patrimonial é proveniente dos atos e fatos administrativos. Atos Administrativos: são as ocorrências que não alteram diretamente o patrimônio. Ex. Admissão e demissão de funcionários e solicitação de mercadoria. Fatos Administrativos: são todas as ocorrências que alteram o patrimônio permutando os seus valores ou modificando o patrimônio líquido. A Contabilidade tem como conteúdo o estudo e o registro contábil dos fatos administrativos e através dos demonstrativos contábeis pode conhecer seus efeitos sobre o patrimônio. Os fatos administrativos podem ser: permutativos e modificativos. Permutativos: são os fatos que provocam variações específicas, permutando os elementos do ativo e do passivo, sem alterar a situação líquida. Este fato altera a qualidade do patrimônio. Ex: compra de um veículo a vista (+A -A), pagamento de uma dívida (-A –P). Modificativos: são os fatos que produzem alteração na situação líquida do patrimônio, ora diminuindo-o, ora aumentado-o. Assim, os fatos modificativos podem ser aumentativos e diminutivos. Ex: despesa a vista (-A -PL) diminutivo Receitas em geral (+A + PL) aumentativo EXEMPLO DE PLANO DE CONTAS A seguir apresentamos um exemplo de plano de contas, que com as devidas adaptações, pode ser utilizado por empresas industriais, comerciais ou prestadoras de serviços. 1. ATIVO 1.1 Ativo Circulante 1.1.1 Disponível Cáritas São Pedro Apóstolo Página 29
  • 30. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO 1.1.1.01 Caixa 1.1.1.02 Banco c/Movimento 1.1.1.02.01 Banco X 1.1.1.02.02 Banco Y 1.1.1.03 Aplicação de Liquidez Imediata 1.1.1.04 Cheques em Cobrança 1.1.1.05 Numerários em Trânsito 1.1.2 Realizável a Curto Prazo 1.1.2.01 Duplicatas a Receber 1.1.2.02 (-) Duplicatas Descontadas 1.1.2.03 (-) Provisão p/Devedores Duvidosos 1.1.2.04 Impostos a Recuperar 1.1.2.04.01 ICMS a Recuperar 1.1.2.05 Cheques a Receber 1.1.2.06 Adiantamento a Fornecedores 1.1.2.07 Adiantamento a Empregados 1.1.3 Estoque 1.1.3.01 Matérias - Primas 1.1.3.02 Material Secundário 1.1.3.03 Produtos em Elaboração 1.1.3.04 Produtos Acabados 1.1.3.05 Mercadorias 1.1.3.06 Material de Expediente 1.1.4 Despesas Antecipadas 1.1.4.01 Seguros a Vencer 1.1.4.02 Encargos Financeiros a Apropriar 1.1.4.03 Assinaturas e Anuidades 1.2 Ativo Realizável a Longo Prazo 1.2.1 Duplicatas a Receber 1.2.2 (-) Duplicatas Descontadas 1.2.3 (-) Provisão p/Devedores Duvidosos 1.2.4 Adiantamentos a Sócios 1.2.5 Adiantamentos a Acionistas 1.2.6 Empréstimos a Coligadas 1.2.7 Empréstimos a Controladas 1.3 Ativo Permanente 1.3.1 Investimentos 1.3.1.01 Ações de Controladas 1.3.1.02 Ações de Coligadas 1.3.1.03 Ações de Outras Empresas 1.3.1.04 Imóveis p/Alugar 1.3.1.05 Objetos de Arte 1.3.2 Imobilizado 1.3.2.01 Imóveis 1.3.2.02 Móveis e Utensílios 1.3.2.03 Veículos 1.3.2.04 Embarcações 1.3.2.05 Máquinas e Equipamentos 1.3.2.06 (-)Depreciação Acumulada 1.3.2.07 Direitos Autorais 1.3.2.08 (-) Amortização Acumulada 1.3.2.09 Terrenos 1.3.2.10 (-) Exaustão 1.3.3 Diferido Cáritas São Pedro Apóstolo Página 30
  • 31. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO 1.3.3.01 Custos Pré-Operacionais 1.3.3.02 Gastos c/Estudos e Projetos 1.3.3.03 Gastos c/ Modernização 2. PASSIVO 2.1 Passivo Circulante 2.1.1 Fornecedores 2.1.2 Duplicatas a Pagar 2.1.3 Salários a Pagar 2.1.4 INSS a Recolher 2.1.5 FGTS a Recolher 2.1.6 Provisão p/ 13º Salário 2.1.7 Dividendos a Pagar 2.1.8 Imposto de Renda a Recolher 2.1.9 Contribuição Social a Recolher 2.1.10 Provisão p/ Férias 2.1.11 ICMS a Recolher 2.1.12 PIS a Recolher 2.1.13 COFINS a Recolher 2.1.14 Empréstimos Bancários 2.2 Passivo Exigível a Longo Prazo 2.2.1 Adiantamento de Sócios 2.2.2 Adiantamento de Acionistas 2.2.3 Empréstimos de Coligadas 2.2.4 Empréstimos de Controladas 2.3 Resultado de Exercício Futuro 2.3.1 Receitas Antecipadas 2.3.2 (-) Custos Atribuídos as Receitas Diferidas 2.4 Patrimônio Líquido 2.4.1 Capital Social 2.4.2 Reservas de Capital 2.4.2.01 Reservas da Correção Monetária do Capital 2.4.3 Reservas de Reavaliação 2.4.4 Reservas de Lucros 2.4.4.01 Reserva Legal 2.4.5 Lucro Acumulado 2.4.6 (-) Prejuízo Acumulado 2.4.7 (-) Ações em Tesouraria 3. RECEITAS 3.1 Receitas Operacionais 3.1.1 Vendas 3.1.1.01 Receita de Vendas de Produtos 3.1.1.02 Receita de Vendas de Mercadorias 3.1.1.03 Receita de Prestação de Serviços 3.1.2 Financeiras 3.1.2.01 Juros Ativos 3.1.2.02 Juros de Aplicações Financeiras 3.1.2.03 Descontos Obtidos 3.1.2.04 Variação Monetária Ativa 3.1.3 Outras Receitas Operacionais 3.1.3.01 Alugueis e Arrendamentos 3.1.3.02 Vendas Acessórias Cáritas São Pedro Apóstolo Página 31
  • 32. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO 3.1.3.03 Dividendos e Lucros Recebidos 3.2 Receitas Não operacionais 3.2.1 Diversas 3.2.1.01 Lucro na Venda de Bens 3.2.1.02 Lucro na Alienação de Imóveis 3.2.1.03 Lucro na Alienação de Veículos 3.2.1.03 Lucro na Alienação de Móveis e Utensílios 3.2.1.03 Indenizações Recebidas 4. DESPESAS 4.1 Despesas Operacionais 4.1.1 Despesas Administrativas 4.1.1.01 Honorários da Diretoria 4.1.1.02 Salários e Ordenados 4.1.1.03 Encargos Sociais 4.1.1.04 Energia Elétrica 4.1.1.05 Material de Expediente 4.1.1.06 Indenizações e Aviso Prévio 4.1.1.07 Manutenção e Reparos 4.1.1.08 Serviços Prestados por Terceiros 4.1.1.09 Seguros 4.1.1.10 Telefone 4.1.1.11 Propaganda e Publicidade 4.1.2 Despesas com Vendas 4.1.2.01 Honorários da Diretoria 4.1.2.02 Salários e Ordenados 4.1.2.03 Encargos Sociais 4.1.2.04 Energia Elétrica 4.1.2.05 Material de Expediente 4.1.2.06 Indenizações e Aviso Prévio 4.1.2.07 Manutenção e Reparos 4.1.2.08 Serviços Prestados por Terceiros 4.1.2.09 Seguros 4.1.2.10 Telefone 4.1.1.11 Propaganda e Publicidade 4.2 Despesas Não operacionais 4.2.1. Perdas na Alienação de Imóveis 4.2.2 Perdas na Alienação de Móveis e Utensílios Cáritas São Pedro Apóstolo Página 32
  • 33. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO 4.2.3 Perdas na Alienação de Veículos 4.2.3 Outras Baixas do Ativo Permanente 4.2.4 Provisões para Perdas Permanentes ESCRITURAÇÃO CONCEITOS É a técnica utilizada pela contabilidade para registrar, em ordem cronológica, todos os fatos administrativos que ocorrem no patrimônio das entidades, para fornecer informações sobre a composição do patrimônio e as variações nele ocorridas em determinado período. É o registro dos fatos contábeis, segundo os princípios e normas técnico-contábeis, tendo em vista demonstrar a situação econômico-patrimonial da entidade e os resultados econômicos por ela obtidos em um exercício. (Hilário Franco) MÉTODO DE ESCRITURAÇÃO O método de escrituração constitui-se em um conjunto de regras observadas com uniformidade para o registro dos fatos administrativos. Muitas tentativas de escrituração foram sendo elaboradas, ao longo dos séculos, para registrar os fatos contábeis até que, em 1949, em Veneza, através da publicação da obra “Tratatus Particularis de Computis et Scripturis” (Tratado Particular de Conta e Escrituração), o frei e matemático Luca Paccioli, divulgou o método das “Partidas Dobradas”, que se mostrou o mais adequado, produzindo informações úteis e capazes de atender a todas as necessidades dos usuários para gerir o patrimônio, tornando-se um marco na evolução contábil. O método das “Partidas Dobradas” consiste no princípio no qual para todo débito em uma conta, existe simultaneamente um crédito, da mesma maneira que a soma do débito será igual a soma do crédito, assim como a soma dos saldos devedores será igual a soma dos saldos credores. PROCESSOS DE ESCRITURAÇÃO Existem diversas maneiras para registrar os fatos administrativos na contabilidade, tais como: manual (escrituração manuscrita), maquinizada (efetuada em máquinas datilográficas comuns) e eletrônica (com a utilização de programas de computador). Cáritas São Pedro Apóstolo Página 33
  • 34. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO No processo eletrônico os lançamentos são introduzidos por digitação e processados por programa de computador, que poderá a qualquer tempo fornecer informações contábeis, tais como: o saldo e a movimentação das contas, cálculo de impostos e de encargos sociais, folhas de pagamentos, balancetes de verificação, demonstrativos contábeis, entre outros. É o mais moderno e utilizado, atualmente, pelas empresas, principalmente as de médio e de grande portes, por movimentarem centenas ou milhares de operações por dia (exige pessoal altamente especializado). LIVROS DE ESCRITURAÇÃO Para registrar os fatos contábeis ocorridos no patrimônio e atender as obrigações das legislações: comercial, tributária, trabalhista e/ou previdenciária, as empresas, seja qual for sua natureza jurídica, utilizam diversos livros de escrituração que podem ser classificados em: Quanto à Necessidade de Manutenção: Obrigatórios: exigidos por lei. Ex: Diário, todos os livros fiscais exigidos pela legislação federal, estadual e municipal, os livros exigidos pela Lei nº 6.404/76 das Sociedades Anônimas. Facultativos: criados para prestar maior clareza e controle dos registros contábeis. Ex: Razão, Caixa, Bancos, Fornecedores, Controle de Estoques. Quanto à Utilidade: Principais: registram todos os fatos ocorridos, constituindo–se no centro de informação. Ex: Diário e Razão. Auxiliares: servem para desdobrar os registros constantes nos livros principais. Ex: Caixa, Conta Corrente, Livro de Duplicatas. Quanto à Natureza: Cronológicos: registram as datas de ocorrências dos fatos em ordem rigorosa. Ex: Diário, Caixa. Sistemáticos: registram os fatos separadamente por espécie, ou seja, por conta. Ex: Razão, Conta Corrente. Cáritas São Pedro Apóstolo Página 34
  • 35. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO LANÇAMENTOS É o registro dos fatos contábeis realizado através do método das partidas dobradas, sendo a partida devedora representada pela aplicação do recurso e a partida credora sendo representada pela origem do recurso. D: Aplicação C: Origem Os lançamentos atendem a duas funções: histórica que consiste na narração do fato em ordem cronológica (dia, mês, ano e local) e monetária que compreende o registro da expressão monetária dos fatos e o seu agrupamento conforme a natureza de cada um. E devem ser escriturados de acordo com algumas disposições técnicas, tais como: evidenciar o local e a data do registro, a(s) conta(s) debitada(s), a(s) conta(s) creditada(s), o histórico da operação e o valor da operação. Ex: Compra de mercadorias à vista, em Belém (PA), no dia 10 de agosto de 2002, da Cia. das Máquinas, conforme nota fiscal nº 666, no valor de R$ 35.000,00. Lançamento: Belém (PA), 10 de agosto de 2002. Mercadorias a Caixa 35.000,00 Compra de mercadorias à vista, conforme nota fiscal nº 666, da Cia. das Máquinas. FÓRMULAS DE LANÇAMENTOS Há 04 (quatro) fórmulas para registrar os fatos contábeis, de acordo com o número de contas debitadas e creditadas. 1º Fórmula: uma conta debitada e outra creditada; Ex: Recebimento, em dinheiro, de duplicatas no valor de R$ 4.000,00 D: Caixa C: Duplicatas a Receber 4.000,00 2º Fórmula: uma conta debita e mais de uma conta creditada. Cáritas São Pedro Apóstolo Página 35
  • 36. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Ex: Recebimento, em dinheiro, de duplicatas no valor de R$ 4.000,00, mais 10% de juros devido ao atraso no pagamento efetuado pelo cliente. D: Caixa 4.400,00 C: Duplicatas a Receber 4.000,00 C: Juros Ativos 400,00 3º Fórmula: mais de uma conta debitada e uma conta creditada. Ex: Pagamento de fornecedores, em dinheiro no valor de R$ 4.000,00 mais juros de 10% devido ao atraso no pagamento. D: Fornecedores 4.000,00 D: Juros Passivos 400,00 C: Caixa 4.400,00 4º Fórmula: mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada. Ex: Compra de mercadorias no valor de R$ 2.000,00 e de móveis e utensílios no valor de R$ 3.000,00, com pagamento de 50% à vista e o restante à prazo. D: Mercadorias 2.000,00 D: Móveis e Utensílios 3.000,00 5.000,00 C: Caixa 2.500,00 C: Duplicatas a Pagar 2.500,00 5.000,00 TÉCNICAS DE CORREÇÃO DOS ERROS DE ESCRITURAÇÃO Os erros de escrituração devem ser corrigidos mediante retificação de lançamento através de estorno, complementação e transferência. Estorno: é utilizado quando ocorre a duplicidade de um mesmo lançamento contábil ou por erro de lançamento da conta debitada ou da conta creditada. Complementação: é efetuada para corrigir o valor anteriormente registrado, aumentando-o ou reduzindo-o. Transferência: regulariza o lançamento da conta debitada ou creditada indevidamente, através da transposição do valor para a conta adequada. Obs.: Os lançamentos realizados fora da época devida deverão registrar nos seus históricos, as datas de sua efetiva ocorrência e o(s) motivo(s) do atraso. Exemplos de erros de lançamentos: 1- Erros de valor: Pago despesa com salários no valor de R$ 2.000,00, em dinheiro. Cáritas São Pedro Apóstolo Página 36
  • 37. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Incorreto D: Despesas c/ Salários C: Caixa ...................................................200,00 Correto D: Despesas c/Salários C: Caixa ...................................................1.800,00 2- Troca de contas: Compra de matéria-prima, à vista, por R$ 8.650,00. Incorreto D: Matéria-prima C: Fornecedores ........................................ 8.650,00 Correto D: Fornecedores C: Caixa ......................................................8.650,00 3- Inversão de contas: Compra de um equipamento, à vista, por R$ 14.000,00. Incorreto D: Caixa C: Equipamentos ....................................... 14.000,00 Cancelamento do Incorreto D: Equipamentos C: Caixa ...................................................... 14.000,00 Correto D: Equipamentos C: Caixa ...................................................... 14.000,00 EXERCÍCIO ECONÔMICO A atividade de gestão administrativa das entidades é contínua, mas é necessário estabelecer períodos, geralmente, de um ano, coincidindo com o ano civil, para obter informações sobre a situação patrimonial, econômica e financeira em determinados períodos. A Lei nº 6.404/76 que regulamenta as entidades constituídas em forma de sociedades por ações (S/A), estabelece que seus balanços devam ter periodicidade de um ano, sem fixar a época em que devem iniciar e terminar os períodos administrativos. A legislação do imposto de renda estabelece que os balanços apresentados com base no pagamento do imposto devem compreender o período de doze meses e encerrar-se no dia 31 de Cáritas São Pedro Apóstolo Página 37
  • 38. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO dezembro de cada ano, podendo esse período ser inferior a doze meses, caso a entidade tenha sido constituída no decorrer do ano-calendário. O Banco Central exige que os bancos apresentem balanços a cada seis meses, embora seus exercícios sociais continuem por 12 meses. Dá-se o nome de exercício ao período no qual são registrados os fatos contábeis, geralmente coincidindo com o ano civil, período em que se inicia, desenvolve e conclui a ação da administração patrimonial. Exercício econômico: é o período de gestão em que são registrados os fatos de natureza econômica para informar sobre o resultado do desempenho administrativo, evidenciando lucro ou prejuízo. As entidades sem fins lucrativos nas quais predominam registros contábeis de pagamentos e de recebimentos, tais como: a União, os Estados e os Municípios, trabalham com o período administrativo de gestão denominado exercício financeiro. OPERAÇÕES COM MERCADORIAS As empresas comerciais têm por finalidade a aquisição de mercadorias para revenda servindo como intermediárias nas trocas entre fornecedores e clientes. O controle da evolução do patrimônio dessas empresas é realizado pela Contabilidade Comercial que registra através de lançamentos todas as operações relacionadas com compras e vendas de mercadorias, despesas acessórias, descontos ou abatimentos incondicionais, devoluções e incidência de impostos, tais como: o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS). Compra de Mercadorias As compras de mercadorias podem ser realizadas à vista ou a prazo. Nas compras à vista o pagamento é realizado no ato, enquanto nas compras a prazo, cria-se uma obrigação de pagamento futuro. Ex.: Compra de mercadorias, à vista, no valor de R$ 460,00, conforme nota fiscal nº 0526 de Neves & Pontes Ltda. Mercadorias a Caixa 460,00 Compra de mercadorias, conforme nota fiscal nº 0526, de Neves & Pontes Ltda. Venda de Mercadorias As vendas de mercadorias, assim como as compras, também podem ser realizadas à vista ou a prazo, constituído-se na principal fonte de receitas das empresas comerciais. Ex.: Venda de mercadorias, à vista, conforme nossa nota fiscal nº 325, no valor de R$ 230,00. Cáritas São Pedro Apóstolo Página 38
  • 39. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Caixa a Venda de Mercadorias 230,00 Conforme nossa nota fiscal nº 325 Despesas Acessórias As compras de mercadorias podem ter seu custo aumentado pela ocorrência de despesas acessórias, como o valor de fretes e seguros, quando pagas pelo destinatário (comprador), sendo, geralmente, destacadas ema nota fiscal. Ex.: Compra de mercadorias, à vista, no valor de R$ 840,00, conforme nota fiscal nº 0415 de Silva & Souza Ltda. As mercadorias foram transportadas por R.J.J. Transportes Ltda., pelo valor de R$ 36,00, correspondentes a fretes e seguros, conforme nota fiscal de serviços e transportes nº 03814 e apólice de seguro nº 5638. Mercadorias a Caixa 840,00 Compra de mercadorias, conforme nota fiscal nº 0415, de Silva & Souza Ltda. Fretes e Seguros a Caixa 36,00 Despesas com transporte sobre compras, igual a fretes mais seguros, pago à R.J.J. Transportes Ltda., conforme nota fiscal nº 03814 e apólice nº 5638. Mercadorias a Fretes e Seguros 36,00 Correspondentes a fretes e seguros pagos na compra supra que se transferem para integrar o custo de aquisição. Descontos ou Abatimentos Incondicionais O valor das mercadorias pode ser reduzido pela obtenção de descontos ou abatimentos incondicionais, destacados em nota fiscal e não dependentes, para sua concessão, de evento posterior à emissão desse documento. Obs.: Quando a nota fiscal destacar o desconto ou abatimento incondicional e o valor total da nota fiscal já estiver deduzido do valor do desconto, não é obrigatória sua contabilização. Ex.: Compra de mercadorias, à vista, no valor de R$ 760,00, conforme nota fiscal nº 2489, de Neves & Alves Ltda., com desconto incondicional no valor de R$ 60,00. Mercadorias a Diversos Conforme nota fiscal nº 2489, de Neves & Alves Cáritas São Pedro Apóstolo Página 39
  • 40. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Ltda., como segue: a Caixa Valor da nota fiscal supra 760,00 a Descontos Incondicionais Obtidos Conforme destaque na nota fiscal supra 60,00 700,00 Devolução de Compras e de Vendas Após a realização de uma compra ou de uma venda, pode ocorrer sua anulação parcial ou total por diversos motivos, tais como: problemas financeiros do comprador, defeitos nas mercadorias, entre outros motivos desconhecidos no momento da aquisição ou da venda, ocasionando sua devolução. Ex.: Devolução de compras correspondente ao valor total da nota fiscal nº 0225 de Mendes & Silva Ltda. Caixa a Devolução de Compras 830,00 Devolução de compras conforme nota fiscal nº 0225 de Mendes & Silva Ltda. Ex.: Devolução de vendas efetuadas no dia 29.07.2002, correspondente ao valor total de nossa nota fiscal nº 04106. Devolução de Vendas a Caixa 540,00 Mercadorias recebidas em devolução, conforme nota fiscal nº 04256, correspondente a venda efetuada em 29.07.2002, através de nossa nota fiscal nº 04106. ICMS Incidente sobre Vendas O Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, é um imposto de competência estadual, incidente sobre as atividades de circulação de mercadorias e sobre a prestação de alguns serviços específicos como o transporte interestadual e intermunicipal, comunicação e energia elétrica. O ICMS é calculado mediante aplicação de uma alíquota (porcentagem) sobre o valor das mercadorias ou dos serviços. Esta alíquota é estabelecida de acordo com o tipo de mercadoria ou do serviço, sua origem e sua destinação. No Pará a alíquota, atualmente, é de 17%. A base de cálculo do ICMS é o valor da mercadoria ou serviço registrado na nota fiscal. O ICMS é um imposto não cumulativo, pois o valor pago em uma operação deve ser compensado no valor do imposto a pagar na operação seguinte. Cáritas São Pedro Apóstolo Página 40