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Saúde do Idoso
Alterações Fisiológicas e
Anatômicas do Envelhecimento
Universidade Mogi das Cruzes – UMC
Profª Andrea Siqueira
Composição e Forma do Corpo
Estatura
• Redução de 1cm por década a partir dos 40 anos
Etiologias:
-Redução dos arcos dos pés;
-Aumento da curvatura da coluna;
-Alteração dos discos intervertebrais;
-Não há alterações no tamanho dos ossos longos.
Aumento dos diâmetros da caixa torácica e do
crânio
Aumento da pavilhão auditivo
Aumento do Nariz
PELE
-Atrofia em grau variável, com adelgaçamento difuso, secura e
pregueamento (aspecto de papel de seda);
-Tonalidade ligeiramente amarelada, com perda de elasticidade e do
turgor.
EPIDERME
-Redução da espessura por diminuição do nº de células, podendo
ocorrer ↓ do nº de camadas celulares do estrato espinhoso;
-Células da camada basal e espinhosa com alterações do volume e
forma e por vezes com disposição desordenada;
-Redução do ¨turn-over celular¨: ↑ no tempo para substituição do estrato
córneo e portanto ↑ no tempo de reepitelização;
-Perda da função da barreira por redução dos lipídios do estrato córneo
(aspecto de pele seca, opaca e descamativa);
-Menores traumas causam equimoses, manchas vermelhas ou púrpuras;
-Manhas senis: hiperpigmentadas, marrons, lisas e achatadas.
DERME
-Perda da elasticidade (elastina fica mais fina / ¨porosa¨);
-Redução da espessura: atrofia;
-Surgimento de rugas ( modificação de gorduras subcutâneas e a perda
da elasticidade);
-Redução de glândulas sudoríparas e sebáceas: pele seca e áspera,
mais sujeita a infecções e mais sensível a mudanças de temperatura;
-Redução do tecido subcutâneo: diminuição de fibroblastos e da
vascularização.
Consequências: redução da elasticidade, da resistência e do
turgor da pele; enrugamento, pele frouxa e pendente; ↓ da
sensibilidade; fluxo sanguíneo ↓ e termorregulação prejudicada.
PÊLOS
-Redução geral em todo corpo, exceto: narinas, sobrancelhas e orelhas;
-Sexo feminino: surgimento de pêlos em mento e lábio superior:
hiperandrogenismo;
-Perda da pigmentação dos pêlos (¨cabelos brancos¨);
-Inativação de células do bulbo capilar: queda de pêlos, calvície;
-Os pêlos do corpo são os primeiros que diminuem e a seguir os
pubianos e axilares.
UNHAS
-Tornam-se frágeis com perda de brilho e surgimento de estriações
longitudinais e descolamento;
-Unhas dos pés com alterações de espessura e opacificação e/ou áreas
de escurecimento da lâmina são frequentes por anormalidades
ortopédicas que se agravam com a idade;
-O grau de crescimento das unhas diminui progressivamente e se torna
igual em ambos os sexos.
TEMPERATURA CORPORAL
-Regulação Homeostática da temperatura corporal e habilidade de
adaptar a diferentes ambientes térmicos deteriora com a idade
avançada;
-Prejuízo de manter a temperatura corporal;
-Sudorese é também prejudicada no idoso;
-Aumento da temperatura em resposta a pirógenos é alterada.
ALTERAÇÕES HÍDRICAS
-Redução dos reflexos de sede e fome;
-Redução da água corporal total;
-Perda de água intracelular;
-Importância deste conhecimento na administração de drogas hidro e
lipossolúveis.
ALTERAÇÕES DE MÚSCULOS OSSOS E
ARTICULAÇÕES
ALTERAÇÕES DE MÚSCULOS, OSSOS E
ARTICULAÇÕES
-As alterações aparecem mais rapidamente;
-Todos os músculos do organismo em especial a dos troncos e das extremidades se
atrofiam com o tempo, o que leva a uma deterioração do tônus muscular e a uma
perda da potência, força e agilidade;
-O peso total dos músculos diminui para a metade entre 30 e70 anos (o
envelhecimento muscular é o resultado da atrofia das fibras musculares e do
aumento do tecido gordo no interior dos músculos;
-As articulações sofrem alterações, os ligamentos calcificam-se, ossificam-se e as
articulações tornam-se menores devido a erosão das superfícies articulares;
-Mesmo conservando sua aparência os ossos sofrem modificações, o processo de
reabsorção do cálcio sofre um desequilíbrio e o tecido ósseo se torna mais poroso e
frágil por uma desminerilização constante de massa e densidade óssea (este
fenômeno ligado a senescência é denominado osteoporose; também responsável
pela perda de dentes;
O ↑ da reabsorção óssea dos maxilares e da mandíbula acentua-se com a queda dos
dentes. Reduz-se a distância entre o queixo e o nariz e os dentes migram para trás,
modificando com o tempo a fisionomia do idoso.
-A redução de altura também ocorre devido a diminuição dos espaços
intervertebrais, que começa a partir dos 50 anos, e ocorre, também,a acentuação
da curva natural da coluna vertebral denominada cifose (equilíbrio para o idoso).
Nas mulheres os seios tornam-se pendentes, atrofiam-se e os mamilos ficam
umbilicados.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E ANATÔMICAS DO
ENVELHECIMENTO DO SNC
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E ANATÔMICAS
DO ENVELHECIMENTO DO SNC
• Capacidade reparadora do SNC
-Neurônios: células altamente diferenciadas e especializadas,
estáveis estruturalmente.
-SNC não dispõe de capacidade reparadora (neurônios não
podem se reproduzir, não se remielinizam-se e os vasos
sanguíneos cerebrais apresentam capacidade limitada para
recuperação estrutural).
• Alterações anatômicas do SNC
-Atrofia cerebral (com redução de 5% à 10% do peso cerebral).
-Aumento dos sulcos em detrimentos dos giros.
-Aumento do tamanho dos ventrículos cerebrais.
Aspectos clínicos: atrofia cerebral e redução do volume
encefálico. Maior risco de hemorragias subdurais em traumas
encefálicos direto ou indiretos.
• Alterações estruturais do SNC
-Depósito de lipofucsina (lipocromo ou pigmento de desgaste)
-Placas senis.
•Alterações Morfofuncionais
-Acúmulo de lipofucsina.
-Redução de neurônio.
-Retração do corpo celular dos grandes neurônios.
•Sensibilidade
-Alteram sensibilidade tátil e dolorosa.
-Limiar para a dor aumenta e a sensibilidade dolorosa
cutânea e visceral diminui.
-Perda de sensação vibratória
• Alterações bioquímicas:
-Redução de níveis de acetilcolamina, receptores
colinérgicos, ácido gama-aminobutírico; serotonina,
catecolaminas, dopaminas......
-Declínio da função sináptica.
Memória
•Memória:
-Campo de controvérsia;
-Aquisição e retenção de novas informações em indivíduos > 60
anos, tornam-se mais difíceis???
-O fluxo de informação é dificultado, principalmente a
transferência de novas informações para a memória secundária;
-Alterações das conexões do hipocampo com as áreas de
aprendizagem;
-Esquecimento senescente benigno X fase inicial de Alzheimer
(Alteração patológica ou fisiológica????)
. Diagnóstico diferencial das queixas da memória
-Quadros demenciais
-Delirium
-Quadros depressivos
-Deficiência de Vitamina (B12, ácido fólico e tiamina)
-Desatenção
-Esquecimento senil benigno ou fisiológico
. Alterações Fisiológicas do sono
-Alteração da qualidade e quantidade
-Maior fragmentação
-Latência prolongada
-Redução do estágio 4
-Redução do sono REM
-Sono mais superficial
. Causas mais frequentes de insônia no idoso
-Ambientais
-Depressão
-Delirium
-Demências
-Apnéia do sono
-Dor crônica
-DPOC
-ICC
-Noctúria
-Drogas
-Distúrbios Dispépticos
-Fecaloma
-Distúrbios do ritmo circadiano
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS
DO SISTEMA CARDIOVASCULARES
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS
DO SISTEMA CARDIOVASCULARES
. Aspectos Gerais
-Nº de células miocárdicas não aumenta após desenvolvimento
neonatal;
-Alterações bioquímicas e anatômicas com o envelhecimento, mas
podem ser por doenças ou relacionadas ao estilo de vida;
-Elevada incidência de doenças cardiovasculares.
. Miocárdio
-Depósito intracelular de lipofucsina;
-Degeneração muscular, com substituição de células miocárdicas por
tecido fibroso, que podem ser semelhantes às alterações decorrentes de
isquemia;
-Aumento da resistência vascular periférica pode levar a moderada
hipertrofia miocárdica concêntrica, sobretudo de câmara ventricular
esquerda.
. Alterações valvulares
-Tecido valvar é predominantemente colágeno;
-Envelhecimento: degenerações, espessamento, calcificações.
. Alterações da valva aórtica
-Mais frequentes: calcificação;
-Menos frequente: acúmulo de lípides, fibrose e degeneração colágena.
. Alterações vasculares
Aorta
-Arteriosclerose;
-Aumento de colágeno;
-Atrofia, descontinuidade e desorganização das fibras elásticas;
-Deposição do cálcio;
-Redução de elasticidade, rigidez na parede aórtica.
. Alterações de artérias coronárias
-Arteriosclerose;
-Perda de tecido elástico;
-Aumento de colágeno;
-Depósitos de lípides com espessamento de camada média;
-Tortuosidade dos vasos;
-Calcificações.
. Alterações funcionais
-Limitação da performance durante atividades físicas;
-Redução do débito cardíaco em repouso e esforço;
-Redução do aumento da frequência cardíaca;
-Maior risco de hipotensão ortostática.
. Hipotensão ortostática
Importância em geriatria
-Causa frequente de tonteiras e quedas no idoso;
-Prevalência em torno de 6% nos idosos saudáveis e de 11% a 33%
em pacientes com múltiplas doenças e/ou medicações;
-Associação a perda funcional, redução da reabilitação e da qualidade
de vida.
Etiologia
-Medicamentos (hipotensores, levodopa, fenotiazinas, álcool,
sedativos, antidepressivos, vasodilatadores.......);
-Desidratação;
-Anemia;
-Desnutrição;
-Distúrbios hidroeletrolítico;
-Descondicionamento físico.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS
DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS
DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
. Aspectos Gerais
-Frequente associação a patologias;
-Vários fatores associados agravam o processo de envelhecimento:
tabagismo, poluição ambiental, exposição ocupacional, doenças
pulmonares, diferenças socioeconômicas, constitucionais e raciais.
. Principais alterações fisiológicas
-Redução da elasticidade pulmonar;
-Enrijecimento da parede torácica;
-Redução da potência motora e muscular;
-Redução do peso pulmonar em cerca de 21%;
-Estreitamento dos bronquíolos;
-Achatamento de sacos alveolares.
. Alterações estruturais da parede torácica
-Enrijecimento do gradeado costal;
-Redução da complacência e distensibilidade pulmonar (pior nos idosos
acamados, com alterações posturais e inatividade física);
-Hipercifose torácica pode estar associada.
. Alterações estruturais musculares
-Substituição adiposa do tecido muscular;
-Redução da massa e potência muscular (sobretudo no idoso inativo ou
imóvel);
-Atrofia muscular e redução da força muscular;
-Rigidez do gradeado costal determina maior participação do diafragma
e musculatura abdominal;
-Fatores de risco piora da função respiratória e risco de infecção:
imobilidade, desnutrição ou obesidade, doenças pulmonares associadas,
doenças cardiovasculares associadas, doenças neuromusculares.
Importância de medidas de reabilitação: fisioterapia
respiratória, programas de atividades físicas e
mobilização no leito, nutrição adequada
. Atividades físicas
-Redução da capacidade para atividades físicas: aumento do consumo
de oxigênio, redução da capacidade ventilatório, redução do débito
cardíaco.
. Alterações fisiológicas ao exame físico
-Redução da expansão torácica, levando a aumento do volume residual
e da pressão intratorácica;
-Aumenta a cifose torácica;
-Pode haver redução do murmúrio vesicular;
-Crepitações bibasais podem ser fisiológicas;
-Aumento de frequência respiratória (taquipnéia) é um grande sinal do
idoso.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS
DO SISTEMA DIGESTÓRIO
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS
DO SISTEMA DIGESTÓRIO
. Envelhecimento do sistema digestório
-De maneira geral: redução da motilidade, na secreção e capacidade de absorção;
- Felizmente, a reserva destes órgãos é tão grande que as reduções nos parâmetros
fisiológicos não costumam resultar em deficiência real da função.
. Alterações fisiológicas da cavidade oral
-Mucosa oral: atrófica (tênue), lisa e ressecada, menos elástica e mais suceptível a
lesões.
-Língua: redução das papilas filiformes, redução do paladar;
-Dentes: a perda dos dentes depende, além do envelhecimento, de fatores
extrínsecos: hábitos, ocupação, dieta, oclusão dentária e composição dos dentes.
. Aspectos clínicos
Cavidade Oral
-Redução da massa muscular: pode comprometer a mastigação e deglutição;
-Redução do paladar: pode reduzir a ingesão de alimentos e contribuir para
perda de peso e desnutrição;
-Estomatites, monilíase oral;
-Carcinoma.
Disfagia orofaríngea
-Sinais: regurgitação nasal de alimentos, engasgos frequentes, aspirações;
-Sintomas mais severos com líquidos;
-Etiologias:
-Carcinoma faríngeo
-Dças do SNC (Parkinson, demências, AVC, tumores)
-Dças endócrinas: DM, hipotiredoidismo
-Laringectomia
-Medicamentos
-Alterações do esfíncter superior do esôfago.
. Aspectos clínicos
Alterações do estômago
-Discreta a moderada redução do esvaziamento gástrico;
-Pode haver prejuízo e efeitos dedrogas, que permanecem mais tempo no meio
ácido;
-Redução da secreção de ácido clorídrico (hipo ou acloridria), provavelmente
por redução de células parietais;
-Redução da secreção da pepsina;
−> prevalência de colonização pelo H. pylori (75%).
Alterações do pâncreas
-Redução do peso;
-Proliferação do epitélio ductal e formação de cistos;
-Redução de secreção de lipase e bicarbonato.
Envelhecimento do pâncreas endócrino
-Os níveis séricos de insulina aumentam com a idade, mas a sensibilidade a
esta diminui, podendo resultar em testes de tolerância à glicosa anormais;
-Diminui a degradação da insulina;
-Redução do nº de receptores da insulina na membrana celular de tecidos
alvos;
-Redução da velocidade de liberação da insulina.
Alterações do Intestino Delgado
-Estudos escassos e controversos;
-Redução da altura das vilosidades da mucosa.
Alterações do cólon
-Atrofia da mucosa;
-Anormalidades morfológicas das glândulas
-Redução da distensibilidade (redução de colágeno e elastina).
Alterações do reto e ânus
-Espessamento e alterações estruturais do tecido colágeno;
-Redução da força muscular e esfincter anal esterno;
-Redução da elasticidade e sensibilidade retal.
Aspectos clínicos:
-Redução da capacidade de retenção fecal (risco de incontinência fecal) por
fatores extrínsecos e intrínsecos;
-Intrínsecos: alterações fisiológicas
-Extrínsecos: déficit cognitivo, impactação fecal, AVC, neuropatias
(diabética, alcoólica...), imobilidade, etc.
Alterações hepáticas:
-Redução do fluxo sanguíneo hepático;
-Depósitos de lipofucsina;
Aspectos clínicos:
-Alteração da metabolização de drogas;
-Alteração do metabolismo de primeira passagem.
Vesícula Biliar:
-A incidência de doença biliar e cálculos aumenta com o avançar da idade;
-A sensibilidade da vesícula diminui.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS
DO APARELHO GENITO-URINÁRIO
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS
DO APARELHO GENITO-URINÁRIO
. Alterações renais:
-Redução do peso renal (cerca de 30%);
-Redução do nº de glomérulos;
-Espessamento da membrana basal ;
-Redução da filtração glomerular;
-Esclerose dos vasos renais.
-Repercussões clínicas:
-Torna o idoso mais suscetível à Insuficiência Renal aguda caso ocorra qualquer
insulto nefrotóxico ou isquêmico;
Redução da excreção de drogas, com necessidades de ajustes posológicos: menores
doses e intervalos maiores;
-Evitar drogas nefrotóxicas.
. Alterações ureterais:
- Alterações da motilidade;
-Alterações vesicais:
-Aumento do volume residual;
-Redução da capacidade de armazenar urina.
-Aspectos clínicos das alterações vesicais:
-Maior risco de infecções urinárias (que aumentam também no sexo masculino);
-Risco de incontinência urinária (existem várias etiologias associadas);
-No homem: aumento de próstata eleva riscos de infecção e incontinência.
-Aspectos uretrais:
-Homens: compressão extrínseca pela próstata aumentada;
-Mulheres: atrofia uretral : risco de algúria, hematúria microcóspica, ITU.
. Alterações sexuais:
Sexo masculino
-Maior tempo para atingir ereção completa;
-Maior necessidade de estimulação direta do pênis;
-Retardo da ejaculação;
-Perda rápida da ereção após a ejaculação;
-Maior dificuldade em manter a ereção durante a relação;
-Redução da libido;
-Redução da frequência sexual.
-Aspectos clínicos:
-Arterosclerose é principal causa obstrutiva vascular no idoso;
-Redução da elasticidade do tecido dos corpos cavernosos;
-Neuropatias periféricas: diabetes, alcóolismo...
-HAS;
-Cirurgias pélvicas: sobretudo cirurgia radical de próstata;
-Depressão, déficits cognitivos, distúrbios emocionais, co-morbidades, drogas.
. Alterações sexuais:
Sexo feminino
-Redução da lubrificação vaginal;
-Redução da libido;
-Atrofia vaginal e uretral;
-Pode haver dor, desconforto e sangramento nas relações;
-Redução da frequência sexual.
-Aspectos clínicos:
-Reposição hormonal;
-Lufrificação artificial;
-Co-morbidades levam a maior limitação da sexualidade;
-Aspectos psicológicos, dependência e submissão marital, herança familiar e
criação: grandes repercussões na sexualidade feminina.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
RELACIONADAS À FARMACOLOGIA
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
RELACIONADAS À FARMACOLOGIA
FARMACOCINÉTICA x FARMACODINÂMICA
• Farmacocinética
- Absorção, distribuição, metabolismo e excreção das drogas;
- Conjunto de alterações sofridas pelas drogas.
• Farmacodinâmica
- Mecanismos implicados na ação das drogas.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
- Interferências na Absorção:
. Redução da secreção de ácido gástrico (hipocloridria,
acloridria);
. ↓ esvaziamento gástrico → retarda a absorção e/ou aumenta
degradação da droga pode determinar a inativação de algumas
drogas;
. Alteração da absorção decorrentes de administração
concomitante de medicações.
Ex.: antiácidos ↓ cimetidina e derivados imidazólicos
- Alterações Intestinais:
. Aceleração do trânsito intestinal (reduz absorção);
. Lentificação d trânsito intestinal (aumento absorção);
. Controvérsias: influências da redução das vilosidades intestinais, com
redução da área da superfície da mucosa.
- Interferência na Absorção:
. Redução da circulação êntero-hepática (sobretudo nas reduções do
débito cardíaco), ↓ de absorção dos medicamentos que precisam do
metabolismo de primeira passagem no fígado;
. Aterosclerose associada reduz mais ainda o fluxo sanguíneo.
Alterações patológicas
Interferências na Absorção:
. Edema Intestinal.
. Doenças Agudas (ex. infecções).
. Gastrectomia, enterites, síndromes de má absorção: redução na
absorção de ferro, ácido fólico, vitamina B12, corticosteróides, digoxia.
Interferência na Distribuição:
. Redução da massa muscular.
. Aumento do tecido adiposo.
. Redução do líquido corporal.
. Redução da albumina sérica.
Interferência no Metabolismo
. Redução da função hepática (oxidação, metabolismo de primeira
passagem).
. ↓ fase I metabolismo: drogas que inibem ou induzem a atividade
hepática.
. Redução da função renal.
Interferências na Excreção
. Drogas lipossolúveis: maior reabsorção renal.
. Redução da filtração glomerular em 35% à 50% (redução do nº de
néfrons, redução do fluxo plasmático, redução do peso renal).
. Creatinina não é um bom marcador da função renal no idoso.
. Redução da massa muscular, que reduz a produção de creatinina.
Principais Patologias que interferem na Farmacocinética:
-Desnutrição
-ICC
-Insuficiência renal e hepática
-Infecções
-Uso de múltiplas drogas
Farmacodinâmica - Interferências:
-Não tão bem estudada como a Farmacocinética
-Maior sensibilidade do SNC à ação de drogas Benzodiazepínicas
-Maior sensibilidade a anticoagulantes
-Maior sensibilidade a várias drogas decorrentes de: ↑ da hipotensão
ortostática, maior disfunção vesical e intestinal, menor controle postural
(alteração da barorregulação), dificuldade de termorregulação, ↑ da
intolerância a glicose, alteração de sensibilidade à ação enzimática,
resposta imunitária, particularmente a celular.
-Devido às alterações fisiológicas, farmacocinéticas e farmacodinâmicas:
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Dúvidas????

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  • 1. Saúde do Idoso Alterações Fisiológicas e Anatômicas do Envelhecimento Universidade Mogi das Cruzes – UMC Profª Andrea Siqueira
  • 2. Composição e Forma do Corpo Estatura • Redução de 1cm por década a partir dos 40 anos Etiologias: -Redução dos arcos dos pés; -Aumento da curvatura da coluna; -Alteração dos discos intervertebrais; -Não há alterações no tamanho dos ossos longos. Aumento dos diâmetros da caixa torácica e do crânio Aumento da pavilhão auditivo Aumento do Nariz
  • 3.
  • 4. PELE -Atrofia em grau variável, com adelgaçamento difuso, secura e pregueamento (aspecto de papel de seda); -Tonalidade ligeiramente amarelada, com perda de elasticidade e do turgor. EPIDERME -Redução da espessura por diminuição do nº de células, podendo ocorrer ↓ do nº de camadas celulares do estrato espinhoso; -Células da camada basal e espinhosa com alterações do volume e forma e por vezes com disposição desordenada; -Redução do ¨turn-over celular¨: ↑ no tempo para substituição do estrato córneo e portanto ↑ no tempo de reepitelização;
  • 5. -Perda da função da barreira por redução dos lipídios do estrato córneo (aspecto de pele seca, opaca e descamativa); -Menores traumas causam equimoses, manchas vermelhas ou púrpuras; -Manhas senis: hiperpigmentadas, marrons, lisas e achatadas.
  • 6. DERME -Perda da elasticidade (elastina fica mais fina / ¨porosa¨); -Redução da espessura: atrofia; -Surgimento de rugas ( modificação de gorduras subcutâneas e a perda da elasticidade); -Redução de glândulas sudoríparas e sebáceas: pele seca e áspera, mais sujeita a infecções e mais sensível a mudanças de temperatura; -Redução do tecido subcutâneo: diminuição de fibroblastos e da vascularização. Consequências: redução da elasticidade, da resistência e do turgor da pele; enrugamento, pele frouxa e pendente; ↓ da sensibilidade; fluxo sanguíneo ↓ e termorregulação prejudicada.
  • 7. PÊLOS -Redução geral em todo corpo, exceto: narinas, sobrancelhas e orelhas; -Sexo feminino: surgimento de pêlos em mento e lábio superior: hiperandrogenismo; -Perda da pigmentação dos pêlos (¨cabelos brancos¨); -Inativação de células do bulbo capilar: queda de pêlos, calvície; -Os pêlos do corpo são os primeiros que diminuem e a seguir os pubianos e axilares.
  • 8. UNHAS -Tornam-se frágeis com perda de brilho e surgimento de estriações longitudinais e descolamento; -Unhas dos pés com alterações de espessura e opacificação e/ou áreas de escurecimento da lâmina são frequentes por anormalidades ortopédicas que se agravam com a idade; -O grau de crescimento das unhas diminui progressivamente e se torna igual em ambos os sexos.
  • 9. TEMPERATURA CORPORAL -Regulação Homeostática da temperatura corporal e habilidade de adaptar a diferentes ambientes térmicos deteriora com a idade avançada; -Prejuízo de manter a temperatura corporal; -Sudorese é também prejudicada no idoso; -Aumento da temperatura em resposta a pirógenos é alterada.
  • 10. ALTERAÇÕES HÍDRICAS -Redução dos reflexos de sede e fome; -Redução da água corporal total; -Perda de água intracelular; -Importância deste conhecimento na administração de drogas hidro e lipossolúveis.
  • 11. ALTERAÇÕES DE MÚSCULOS OSSOS E ARTICULAÇÕES
  • 12. ALTERAÇÕES DE MÚSCULOS, OSSOS E ARTICULAÇÕES -As alterações aparecem mais rapidamente; -Todos os músculos do organismo em especial a dos troncos e das extremidades se atrofiam com o tempo, o que leva a uma deterioração do tônus muscular e a uma perda da potência, força e agilidade; -O peso total dos músculos diminui para a metade entre 30 e70 anos (o envelhecimento muscular é o resultado da atrofia das fibras musculares e do aumento do tecido gordo no interior dos músculos; -As articulações sofrem alterações, os ligamentos calcificam-se, ossificam-se e as articulações tornam-se menores devido a erosão das superfícies articulares;
  • 13. -Mesmo conservando sua aparência os ossos sofrem modificações, o processo de reabsorção do cálcio sofre um desequilíbrio e o tecido ósseo se torna mais poroso e frágil por uma desminerilização constante de massa e densidade óssea (este fenômeno ligado a senescência é denominado osteoporose; também responsável pela perda de dentes; O ↑ da reabsorção óssea dos maxilares e da mandíbula acentua-se com a queda dos dentes. Reduz-se a distância entre o queixo e o nariz e os dentes migram para trás, modificando com o tempo a fisionomia do idoso.
  • 14. -A redução de altura também ocorre devido a diminuição dos espaços intervertebrais, que começa a partir dos 50 anos, e ocorre, também,a acentuação da curva natural da coluna vertebral denominada cifose (equilíbrio para o idoso). Nas mulheres os seios tornam-se pendentes, atrofiam-se e os mamilos ficam umbilicados.
  • 15.
  • 16. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E ANATÔMICAS DO ENVELHECIMENTO DO SNC
  • 17. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E ANATÔMICAS DO ENVELHECIMENTO DO SNC • Capacidade reparadora do SNC -Neurônios: células altamente diferenciadas e especializadas, estáveis estruturalmente. -SNC não dispõe de capacidade reparadora (neurônios não podem se reproduzir, não se remielinizam-se e os vasos sanguíneos cerebrais apresentam capacidade limitada para recuperação estrutural). • Alterações anatômicas do SNC -Atrofia cerebral (com redução de 5% à 10% do peso cerebral). -Aumento dos sulcos em detrimentos dos giros. -Aumento do tamanho dos ventrículos cerebrais.
  • 18. Aspectos clínicos: atrofia cerebral e redução do volume encefálico. Maior risco de hemorragias subdurais em traumas encefálicos direto ou indiretos. • Alterações estruturais do SNC -Depósito de lipofucsina (lipocromo ou pigmento de desgaste) -Placas senis. •Alterações Morfofuncionais -Acúmulo de lipofucsina. -Redução de neurônio. -Retração do corpo celular dos grandes neurônios.
  • 19. •Sensibilidade -Alteram sensibilidade tátil e dolorosa. -Limiar para a dor aumenta e a sensibilidade dolorosa cutânea e visceral diminui. -Perda de sensação vibratória • Alterações bioquímicas: -Redução de níveis de acetilcolamina, receptores colinérgicos, ácido gama-aminobutírico; serotonina, catecolaminas, dopaminas...... -Declínio da função sináptica.
  • 21. •Memória: -Campo de controvérsia; -Aquisição e retenção de novas informações em indivíduos > 60 anos, tornam-se mais difíceis??? -O fluxo de informação é dificultado, principalmente a transferência de novas informações para a memória secundária; -Alterações das conexões do hipocampo com as áreas de aprendizagem; -Esquecimento senescente benigno X fase inicial de Alzheimer (Alteração patológica ou fisiológica????)
  • 22.
  • 23. . Diagnóstico diferencial das queixas da memória -Quadros demenciais -Delirium -Quadros depressivos -Deficiência de Vitamina (B12, ácido fólico e tiamina) -Desatenção -Esquecimento senil benigno ou fisiológico . Alterações Fisiológicas do sono -Alteração da qualidade e quantidade -Maior fragmentação -Latência prolongada -Redução do estágio 4 -Redução do sono REM -Sono mais superficial
  • 24. . Causas mais frequentes de insônia no idoso -Ambientais -Depressão -Delirium -Demências -Apnéia do sono -Dor crônica -DPOC -ICC -Noctúria -Drogas -Distúrbios Dispépticos -Fecaloma -Distúrbios do ritmo circadiano
  • 25. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO SISTEMA CARDIOVASCULARES
  • 26. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO SISTEMA CARDIOVASCULARES . Aspectos Gerais -Nº de células miocárdicas não aumenta após desenvolvimento neonatal; -Alterações bioquímicas e anatômicas com o envelhecimento, mas podem ser por doenças ou relacionadas ao estilo de vida; -Elevada incidência de doenças cardiovasculares. . Miocárdio -Depósito intracelular de lipofucsina; -Degeneração muscular, com substituição de células miocárdicas por tecido fibroso, que podem ser semelhantes às alterações decorrentes de isquemia; -Aumento da resistência vascular periférica pode levar a moderada hipertrofia miocárdica concêntrica, sobretudo de câmara ventricular esquerda.
  • 27. . Alterações valvulares -Tecido valvar é predominantemente colágeno; -Envelhecimento: degenerações, espessamento, calcificações. . Alterações da valva aórtica -Mais frequentes: calcificação; -Menos frequente: acúmulo de lípides, fibrose e degeneração colágena. . Alterações vasculares Aorta -Arteriosclerose; -Aumento de colágeno; -Atrofia, descontinuidade e desorganização das fibras elásticas; -Deposição do cálcio; -Redução de elasticidade, rigidez na parede aórtica.
  • 28. . Alterações de artérias coronárias -Arteriosclerose; -Perda de tecido elástico; -Aumento de colágeno; -Depósitos de lípides com espessamento de camada média; -Tortuosidade dos vasos; -Calcificações. . Alterações funcionais -Limitação da performance durante atividades físicas; -Redução do débito cardíaco em repouso e esforço; -Redução do aumento da frequência cardíaca; -Maior risco de hipotensão ortostática.
  • 29. . Hipotensão ortostática Importância em geriatria -Causa frequente de tonteiras e quedas no idoso; -Prevalência em torno de 6% nos idosos saudáveis e de 11% a 33% em pacientes com múltiplas doenças e/ou medicações; -Associação a perda funcional, redução da reabilitação e da qualidade de vida. Etiologia -Medicamentos (hipotensores, levodopa, fenotiazinas, álcool, sedativos, antidepressivos, vasodilatadores.......); -Desidratação; -Anemia; -Desnutrição; -Distúrbios hidroeletrolítico; -Descondicionamento físico.
  • 30. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
  • 31. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO . Aspectos Gerais -Frequente associação a patologias; -Vários fatores associados agravam o processo de envelhecimento: tabagismo, poluição ambiental, exposição ocupacional, doenças pulmonares, diferenças socioeconômicas, constitucionais e raciais. . Principais alterações fisiológicas -Redução da elasticidade pulmonar; -Enrijecimento da parede torácica; -Redução da potência motora e muscular; -Redução do peso pulmonar em cerca de 21%; -Estreitamento dos bronquíolos; -Achatamento de sacos alveolares.
  • 32. . Alterações estruturais da parede torácica -Enrijecimento do gradeado costal; -Redução da complacência e distensibilidade pulmonar (pior nos idosos acamados, com alterações posturais e inatividade física); -Hipercifose torácica pode estar associada. . Alterações estruturais musculares -Substituição adiposa do tecido muscular; -Redução da massa e potência muscular (sobretudo no idoso inativo ou imóvel); -Atrofia muscular e redução da força muscular; -Rigidez do gradeado costal determina maior participação do diafragma e musculatura abdominal; -Fatores de risco piora da função respiratória e risco de infecção: imobilidade, desnutrição ou obesidade, doenças pulmonares associadas, doenças cardiovasculares associadas, doenças neuromusculares.
  • 33. Importância de medidas de reabilitação: fisioterapia respiratória, programas de atividades físicas e mobilização no leito, nutrição adequada . Atividades físicas -Redução da capacidade para atividades físicas: aumento do consumo de oxigênio, redução da capacidade ventilatório, redução do débito cardíaco. . Alterações fisiológicas ao exame físico -Redução da expansão torácica, levando a aumento do volume residual e da pressão intratorácica; -Aumenta a cifose torácica; -Pode haver redução do murmúrio vesicular; -Crepitações bibasais podem ser fisiológicas; -Aumento de frequência respiratória (taquipnéia) é um grande sinal do idoso.
  • 34. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO
  • 35. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO . Envelhecimento do sistema digestório -De maneira geral: redução da motilidade, na secreção e capacidade de absorção; - Felizmente, a reserva destes órgãos é tão grande que as reduções nos parâmetros fisiológicos não costumam resultar em deficiência real da função. . Alterações fisiológicas da cavidade oral -Mucosa oral: atrófica (tênue), lisa e ressecada, menos elástica e mais suceptível a lesões. -Língua: redução das papilas filiformes, redução do paladar; -Dentes: a perda dos dentes depende, além do envelhecimento, de fatores extrínsecos: hábitos, ocupação, dieta, oclusão dentária e composição dos dentes.
  • 36. . Aspectos clínicos Cavidade Oral -Redução da massa muscular: pode comprometer a mastigação e deglutição; -Redução do paladar: pode reduzir a ingesão de alimentos e contribuir para perda de peso e desnutrição; -Estomatites, monilíase oral; -Carcinoma. Disfagia orofaríngea -Sinais: regurgitação nasal de alimentos, engasgos frequentes, aspirações; -Sintomas mais severos com líquidos; -Etiologias: -Carcinoma faríngeo -Dças do SNC (Parkinson, demências, AVC, tumores) -Dças endócrinas: DM, hipotiredoidismo -Laringectomia -Medicamentos -Alterações do esfíncter superior do esôfago.
  • 37. . Aspectos clínicos Alterações do estômago -Discreta a moderada redução do esvaziamento gástrico; -Pode haver prejuízo e efeitos dedrogas, que permanecem mais tempo no meio ácido; -Redução da secreção de ácido clorídrico (hipo ou acloridria), provavelmente por redução de células parietais; -Redução da secreção da pepsina; −> prevalência de colonização pelo H. pylori (75%). Alterações do pâncreas -Redução do peso; -Proliferação do epitélio ductal e formação de cistos; -Redução de secreção de lipase e bicarbonato.
  • 38. Envelhecimento do pâncreas endócrino -Os níveis séricos de insulina aumentam com a idade, mas a sensibilidade a esta diminui, podendo resultar em testes de tolerância à glicosa anormais; -Diminui a degradação da insulina; -Redução do nº de receptores da insulina na membrana celular de tecidos alvos; -Redução da velocidade de liberação da insulina. Alterações do Intestino Delgado -Estudos escassos e controversos; -Redução da altura das vilosidades da mucosa. Alterações do cólon -Atrofia da mucosa; -Anormalidades morfológicas das glândulas -Redução da distensibilidade (redução de colágeno e elastina).
  • 39. Alterações do reto e ânus -Espessamento e alterações estruturais do tecido colágeno; -Redução da força muscular e esfincter anal esterno; -Redução da elasticidade e sensibilidade retal. Aspectos clínicos: -Redução da capacidade de retenção fecal (risco de incontinência fecal) por fatores extrínsecos e intrínsecos; -Intrínsecos: alterações fisiológicas -Extrínsecos: déficit cognitivo, impactação fecal, AVC, neuropatias (diabética, alcoólica...), imobilidade, etc.
  • 40. Alterações hepáticas: -Redução do fluxo sanguíneo hepático; -Depósitos de lipofucsina; Aspectos clínicos: -Alteração da metabolização de drogas; -Alteração do metabolismo de primeira passagem. Vesícula Biliar: -A incidência de doença biliar e cálculos aumenta com o avançar da idade; -A sensibilidade da vesícula diminui.
  • 41. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO APARELHO GENITO-URINÁRIO
  • 42. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO APARELHO GENITO-URINÁRIO . Alterações renais: -Redução do peso renal (cerca de 30%); -Redução do nº de glomérulos; -Espessamento da membrana basal ; -Redução da filtração glomerular; -Esclerose dos vasos renais. -Repercussões clínicas: -Torna o idoso mais suscetível à Insuficiência Renal aguda caso ocorra qualquer insulto nefrotóxico ou isquêmico; Redução da excreção de drogas, com necessidades de ajustes posológicos: menores doses e intervalos maiores; -Evitar drogas nefrotóxicas.
  • 43. . Alterações ureterais: - Alterações da motilidade; -Alterações vesicais: -Aumento do volume residual; -Redução da capacidade de armazenar urina. -Aspectos clínicos das alterações vesicais: -Maior risco de infecções urinárias (que aumentam também no sexo masculino); -Risco de incontinência urinária (existem várias etiologias associadas); -No homem: aumento de próstata eleva riscos de infecção e incontinência. -Aspectos uretrais: -Homens: compressão extrínseca pela próstata aumentada; -Mulheres: atrofia uretral : risco de algúria, hematúria microcóspica, ITU.
  • 44. . Alterações sexuais: Sexo masculino -Maior tempo para atingir ereção completa; -Maior necessidade de estimulação direta do pênis; -Retardo da ejaculação; -Perda rápida da ereção após a ejaculação; -Maior dificuldade em manter a ereção durante a relação; -Redução da libido; -Redução da frequência sexual. -Aspectos clínicos: -Arterosclerose é principal causa obstrutiva vascular no idoso; -Redução da elasticidade do tecido dos corpos cavernosos; -Neuropatias periféricas: diabetes, alcóolismo... -HAS; -Cirurgias pélvicas: sobretudo cirurgia radical de próstata; -Depressão, déficits cognitivos, distúrbios emocionais, co-morbidades, drogas.
  • 45. . Alterações sexuais: Sexo feminino -Redução da lubrificação vaginal; -Redução da libido; -Atrofia vaginal e uretral; -Pode haver dor, desconforto e sangramento nas relações; -Redução da frequência sexual. -Aspectos clínicos: -Reposição hormonal; -Lufrificação artificial; -Co-morbidades levam a maior limitação da sexualidade; -Aspectos psicológicos, dependência e submissão marital, herança familiar e criação: grandes repercussões na sexualidade feminina.
  • 47. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS RELACIONADAS À FARMACOLOGIA FARMACOCINÉTICA x FARMACODINÂMICA • Farmacocinética - Absorção, distribuição, metabolismo e excreção das drogas; - Conjunto de alterações sofridas pelas drogas. • Farmacodinâmica - Mecanismos implicados na ação das drogas.
  • 48. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS - Interferências na Absorção: . Redução da secreção de ácido gástrico (hipocloridria, acloridria); . ↓ esvaziamento gástrico → retarda a absorção e/ou aumenta degradação da droga pode determinar a inativação de algumas drogas; . Alteração da absorção decorrentes de administração concomitante de medicações. Ex.: antiácidos ↓ cimetidina e derivados imidazólicos - Alterações Intestinais: . Aceleração do trânsito intestinal (reduz absorção); . Lentificação d trânsito intestinal (aumento absorção); . Controvérsias: influências da redução das vilosidades intestinais, com redução da área da superfície da mucosa.
  • 49. - Interferência na Absorção: . Redução da circulação êntero-hepática (sobretudo nas reduções do débito cardíaco), ↓ de absorção dos medicamentos que precisam do metabolismo de primeira passagem no fígado; . Aterosclerose associada reduz mais ainda o fluxo sanguíneo. Alterações patológicas Interferências na Absorção: . Edema Intestinal. . Doenças Agudas (ex. infecções). . Gastrectomia, enterites, síndromes de má absorção: redução na absorção de ferro, ácido fólico, vitamina B12, corticosteróides, digoxia. Interferência na Distribuição: . Redução da massa muscular. . Aumento do tecido adiposo. . Redução do líquido corporal. . Redução da albumina sérica.
  • 50. Interferência no Metabolismo . Redução da função hepática (oxidação, metabolismo de primeira passagem). . ↓ fase I metabolismo: drogas que inibem ou induzem a atividade hepática. . Redução da função renal. Interferências na Excreção . Drogas lipossolúveis: maior reabsorção renal. . Redução da filtração glomerular em 35% à 50% (redução do nº de néfrons, redução do fluxo plasmático, redução do peso renal). . Creatinina não é um bom marcador da função renal no idoso. . Redução da massa muscular, que reduz a produção de creatinina.
  • 51. Principais Patologias que interferem na Farmacocinética: -Desnutrição -ICC -Insuficiência renal e hepática -Infecções -Uso de múltiplas drogas
  • 52. Farmacodinâmica - Interferências: -Não tão bem estudada como a Farmacocinética -Maior sensibilidade do SNC à ação de drogas Benzodiazepínicas -Maior sensibilidade a anticoagulantes -Maior sensibilidade a várias drogas decorrentes de: ↑ da hipotensão ortostática, maior disfunção vesical e intestinal, menor controle postural (alteração da barorregulação), dificuldade de termorregulação, ↑ da intolerância a glicose, alteração de sensibilidade à ação enzimática, resposta imunitária, particularmente a celular. -Devido às alterações fisiológicas, farmacocinéticas e farmacodinâmicas: redução da janela terapêutica do idoso; Dose terapêutica ≅ Dose tóxica.