Clínica para dependentes químicos
Atualmente, os métodos mais utilizados na recuperação dos pacientes envolvem a abstinência da droga por
um período, o que gera recaídas no paciente ao sair do internamento. Mesmo internado voluntariamente, é
muito difícil para o paciente manter-se livre do vício fora da clínica. Sem o tratamento correto e um
acompanhamento vitalício, é provável que um usuário em reabilitação retorne aos antigos hábitos de
consumo.
Observando pacientes com esse histórico dentro de clínicas do país, a psicóloga Cleuza Canan desenvolveu
um método inovador de tratamento, que gera uma enorme independência do indivíduo sobre essa
necessidade física da droga. A grande incidência de reabilitação tem sido sobre pacientes com vícios em
substâncias estimulantes, casos da cocaína e do Crack.
A Clínica Cleuza Canan trabalha há 30 anos na capital paranaense e mantém seu centro de reabilitação na
região metropolitana de Curitiba, no município de Piraquara. Com grande experiência em tratamentos para
dependentes químicos, o método aplicado na reabilitação desses usuários tem sido foco de estudo e
aplicação em clínicas em outros países.
Os profissionais da clínica trabalham com um diagnóstico especializado, voltando-se ao entendimento do
paciente sobre a necessidade de manutenção da abstinência. A clínica Cleuza Canan recebe não somente
dependentes químicos, mas pessoas com transtornos comportamentais, utilizando métodos terapêuticos e
terapia ocupacional no auxílio de doenças psíquicas como a depressão, por exemplo.
Desde a consulta inicial, no caso de diagnosticada a necessidade de internamento, cada fase de tratamento
é acompanhada com extremo cuidado, tendo também a participação dos familiares no apoio ao
dependente.
Cada paciente mantém um histórico vicioso, mas na grande maioria, a complementação de tratamento
médico com atividades terapêuticas atua com sucesso na recuperação do usuário. O atendimento continua
mesmo após a finalização do tratamento interno, buscando a manutenção da qualidade de vida do exdependente.
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Projeto para empresas
1.
2. PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETO PARA O
ATENDIMENTO À SAÚDE MENTAL DO FUNCIONÁRIO
CURITIBA
2013
NICÁCIO PEREIRA DE MENDONÇA
GILSON SIQUEIRA
CLEUZA CANAN
3. 1 . INTRODUÇÃO
A presente proposta visa o desenvolvimento de um projeto, que possa oferecer
um programa de intervenção, frente às questões relacionadas à saúde dos
trabalhadores, mais especificamente à saúde mental e aos transtornos
relacionados ao uso de substâncias psicoativas.
Como ponto de partida para esta proposta, pode-se considerar a atual condição
nacional e internacional frente aos problemas decorrentes do uso de substâncias
psicoativas. Há algum tempo a sociedade de uma forma geral, bem como as
instituições do setor de saúde, tem apresentado dados e informações que
facilmente permitem enxergar um quadro crítico e alarmante do uso de
substâncias psicoativas.
Neste cenário, percebe-se quase que diariamente tentativas de governos, órgãos
da saúde, organizações, instituições de ensino, órgãos responsáveis pela
segurança pública, entre outros, no sentido de intervir, amenizar, solucionar e
compreender esta situação. Observa-se ainda que tem se discutido cada vez com
maior frequência como um problema de saúde pública.
Hoje o uso de substâncias e os problemas decorrentes desta questão atingem
praticamente todos os seres humanos, seja de forma direta ou indireta. Diante do
contexto com o qual nos deparamos nos questionamos: O que fazer? Seja em
termos individuais ou coletivos. Seja em termos profissional ou pessoal.
Para poder começar a pensar na resposta desta questão faremos outra pergunta.
Quando você ouve a palavra “droga”. O que lhe vem à cabeça? Provavelmente
questões como marginalidade, crime, violência, discriminação, desvio de
comportamento. Porém esta é uma representação parcial e culturalmente
construída pelas pessoas. Não que esteja completamente incorreta, mas para que
seja possível uma medida de intervenção eficaz e eficiente é necessário um
entendimento mais acurado desta questão, para tanto, serão esclarecidos alguns
aspectos.
O uso de substâncias psicoativas, de acordo com diversos estudos, é entendido
como um problema multifatorial, com influência de questões genéticas,
ambientais e psicológicas. Cardoso (2001) aponta que os problemas relacionados
ao uso de substâncias são problemas extremamente complexos, e toda e qualquer
medida que perpasse por este problema deve ser dotado de profunda seriedade,
disponibilidade racional, sensibilidade e senso crítico, de forma a evitar a
demagogia por um lado e o reducionismo por outro.
4. Outro ponto a esclarecer é o fato de que o uso de substâncias psicoativas possui
graus evolutivos. Sendo classificado em três categorias: uso esporádico; abuso
(uso nocivo); dependência. Como é possível observar na Figura 1, o sujeito que
apresenta um uso esporádico (representado na figura por um consumo leve ou
moderado) é aquele que faz um uso ocasional da substância, aparentemente
sem um prejuízo; o usuário que já apresenta um quadro de abuso (uso nocivo –
representado na figura por um consumo substancial) começa a apresentar
alguns prejuízos visíveis, porém ainda alimenta uma fantasia de que consegue
manter o seu uso e a sua vida “sob controle”; e o dependente (representando na
figura por um consumo pesado), propriamente dito, é o que já apresenta uma
série de prejuízos decorrentes do uso da substância e estes prejuízos atingem
uma ou mais áreas da sua vida, neste momento também é comum que as
pessoas que o cercam já consigam perceber queda no rendimento das suas
funções (familiares, sociais, profissionais, pessoais).
Figura 1 - Problemas relacionados ao uso de substâncias. (Fonte UNESP)
Diante do exposto começa a ficar mais clara a gravidade e a complexidade do uso
de substâncias psicoativas e dos problemas decorrentes deste uso. E é justo neste
ponto, que nos propomos a pensar em alternativas para intervir. Como citado
anteriormente, Cardoso (2001) defende a necessidade de profunda seriedade,
disponibilidade racional, sensibilidade e senso crítico de toda e qualquer
proposta de intervenção que perpasse pela questão do uso de substâncias. Desta
forma nos consideramos capazes e competentes a desenvolver projetos de
intervenção, com base nos critérios supracitados, visto que somos uma equipe
preparada, especializada, estruturada e com uma vasta experiência no
tratamento dos problemas relacionados ao uso de substâncias psicoativas.
5. Ponderando as nossas percepções diárias, nosso conhecimento técnico
especializado e nossas experiências profissionais, passamos então a pensar em
uma alternativa que possa ser muito mais no sentido preventivo e de promoção
de saúde (atuação em nível primário e secundário), do que em termos de
tratamento propriamente dito (nível terciário). Com o tempo de trabalho
começamos a perceber que quando a intervenção ocorre em uma fase inicial do
uso de substâncias, os problemas decorrentes tendem a serem menos destrutivos
e mais facilmente contidos e abordados.
Nossa proposta tem por objetivo principal a atuação nas questões de saúde
mental e uso de substâncias psicoativas. No entanto para tal, partimos do
princípio que quando abordamos os aspectos de uso de substâncias e os
problemas decorrentes dele, estamos atuando diretamente sobre a qualidade de
vida. E faremos um questionamento: O que é qualidade de vida?
Quando fazemos esta pergunta percebemos que a grande maioria das pessoas
possui um entendimento distorcido desta questão. Que não raramente se
aproxima de uma definição proposta pela Organização Mundial de Saúde
(OMS). O conceito de qualidade de vida para OMS está associado a cinco fatores,
são eles: 1) saúde física; 2)saúde psicológica; 3) nível de independência; 4)
relações sociais; 5) meio ambiente. No entanto esta definição e o entendimento
relacionado à este conceito acaba deixando de lado um aspecto muito
importante. O fato de que qualidade de vida é uma questão diretamente
relacionada com o desenvolvimento humano.
Assim, não significa apenas que o indivíduo ou o grupo social tenham saúde
física e mental, mas que estejam bem com eles mesmos, com a vida, com as
pessoas que os cercam, enfim, ter qualidade de vida é estar em equilíbrio. E este
equilíbrio está relacionado com uma capacidade de interagir com a realidade que
o cerca, uma capacidade de relacionamento interpessoal e intrapessoal.
Portanto pretendemos ter a oportunidade de poder desenvolver uma proposta de
intervenção que venha ao encontro das necessidades, de atendimento à saúde do
funcionário, desta instituição. Este privilégio nos possibilitaria uma parceria que
viabilizasse o investimento na promoção e prevenção da saúde dos funcionários.
E com relação ao investimento em promoção e prevenção de saúde Reis (2009)
destaca resultados positivos tanto para empresa como para os funcionários.
Para empresa os benefícios são:
Melhoria da imagem da empresa;
Redução dos gastos com despesas médicas;
6. Redução do índice de afastamento por doença;
Diminuição da Rotatividade;
Diminuição do índice de absenteísmo;
Retenção de trabalhadores especializados;
Diminuição do índice de acidentes de trabalho.
Já os benefícios para os funcionários são:
Melhoria do relacionamento interpessoal (entre colegas e com a chefia);
Melhoria das condições físicas de trabalho;
Melhoria das condições psicológicas de trabalho;
Apoio para controlar atitudes e comportamentos que podem afetar à saúde e a
qualidade de vida.
ETAPAS DA PROPOSTA
Inicialmente é importante esclarecer que esta proposta é composta por três
etapas distintas. Primeira, desenvolvimento de pré-projeto. Segunda,
desenvolvimento do projeto propriamente dito; e terceira, a execução do projeto.
A seguir serão detalhadas estas etapas:
PRIMEIRA ETAPA: PRÉ PROJETO
Objetivo: Coleta de dados e informações acerca do contexto e do funcionamento
da instituição. Pretendemos neste primeiro momento criar uma representação
sobre o contexto atual da instituição e sobre os problemas vividos por esta
instituição para que assim seja possível pensar e desenvolver uma proposta de
intervenção.
Descrição: Esta etapa visa a realização de reuniões que possibilitem a coleta de
dados e informações sobre o contexto e a realidade da instituição. Informações
como:
- Coleta de dados demográficos (quantos funcionários; quantos setores, etc);
- Qual o perfil da empresa e as características de funcionamento;
- Quais os principais problemas, relacionados à saúde do funcionário, percebidos
pela empresa?
- Já foram buscadas alternativas de intervenção frente à estes problemas? Se sim,
foram eficazes e/ou eficientes?
-Existe algum tipo de programa de atendimento à saúde do funcionário na
instituição? Se sim, investigar como funciona. Se não, já foi pensado nesta
alternativa?
7. Em posse destas informações e do material coletado nestes primeiros encontros
será desenvolvido um pré-projeto que apresente uma proposta de intervenção
frente as demandas e necessidades da instituição. O período para
desenvolvimento deste primeiro pré-projeto é entre 15 e 30 dias, após realização
da coleta de informações necessárias.
Tendo este pré-projeto pronto, o mesmo será apresentado em reunião para os
devidos interessados com objetivo de discussão e adaptação de algumas
questões. Discutiremos também de forma detalhada a viabilidade do projeto.
Após a reunião serão feitas adaptações e correções que se julguem necessárias
então será entregue um pré-projeto adaptado e corrigido. Sendo aprovado este
pré-projeto será realizada a segunda etapa.
SEGUNDA ETAPA: PROJETO
Objetivo: Desenvolvimento detalhado de cada etapa do pré projeto e descrição
dos processos a serem realizados na sua execução. Pretendemos nesta etapa
apresentar um documento que forneça de forma clara e detalhada como será
realizado todo processo de execução do projeto.
Descrição: Serão descritas de forma detalhada e minuciosa cada etapa do projeto,
como:
- Cronograma mensal/semestral/anual;(dependendo da avaliação inicial)
- Reuniões com setores;
- Palestras com funcionários;
- Programas de intervenção;
- Treinamentos previstos (material didático, cronograma, entre outros detalhes);
Só será possível ter clareza sobre as etapas a serem detalhadas após o
desenvolvimento do pré projeto.
O desenvolvimento deste projeto deve levar em torno de 30 - 60 dias,
dependendo da avaliação inicial. Concluído este projeto é possível passar para
terceira etapa.
TERCEIRA ETAPA: EXECUÇÃO DO PROJETO
Objetivo: Executar o projeto.
8. Descrição: Só será possível ter maiores detalhes acerca da implementação, após
desenvolvimento do pré projeto e do projeto.
INVESTIMENTO
As informações referentes ao investimento necessário estão alienadas à uma
primeira reunião, sem compromisso, que nos permitirá uma aproximação da
realidade da instituição e uma melhor compreensão sobre a demanda e a
possibilidade ou não de uma proposta de intervenção efetiva. Visto que nosso
principal objetivo não é desenvolver e executar um projeto, mas executar e
desenvolver um projeto que apresente características como aplicabilidade e uma
boa relação de custo e benefício.
Frente ao apresentado nos colocamos à disposição para toda e qualquer dúvida e
questionamento. Aproveitamos o ensejo para ressaltar que nos sentiremos
privilegiados em poder oferecer uma atenção especial ao bem de maior valor desta
e de qualquer instituição, seja ela organizacional ou não, o ser humano.
9. 4. REFERÊNCIAS
CARDOSO, Carlos M. Droga "Um problema de Saúde Pública" (2001): Revista
Saúde Mental, Vol. III Nº 4, Pg. 9-17.
FIGLIE, Neliana Buzi. Aconselhamento em dependência química. São Paulo:
Rocca, 2004.
Organização Mundial da Saúde (OMS). Classificação de Transtornos Mentais e
de Comportamento da CID-10. Porto Alegre: Artmed, 1993.
RIBEIRO, Marcelo. LARANJEIRA, Ronaldo. O tratamento do usuário de crack.
Porto Alegre: Artmed, 2012
REIS, Rodrigo S. Promoção de Saúde na Empresa. In:
http://www.ergonomia.ufpr.br/Rodrigo%20Aula%202.pdf, 2009.