Este documento descreve um projeto de recuperação de uma área de preservação permanente dominada pelo capim-elefante em Belo Horizonte através do plantio de espécies arbóreas nativas. O projeto teve como objetivo plantar árvores frutíferas e nativas com espaçamento de 2x2m para substituir o capim-elefante e promover educação ambiental com a comunidade local. Após o plantio, o capim-elefante ajudou a proteger o solo enquanto as novas árvores cresciam.
1. RECUPERAÇÃO ARBÓREA DE UM TRECHO DE ÁREA DE
PRESERVAÇÃO PERMANENTE (NASCENTE) DOMINADA PELO
CAPIM-ELEFANTE (Pennisetum purpureum, Schum.) NO
MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE - MG
Davi Pinto Coelho Salvador Correa1
; Eduarda Moreira Nascimento2
; Flávio Luiz Santos
Soares3
Elizabeth Rodrigues Brito Ibrahim4
(Orientadora)
Centro Universitário de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG.
1
pcsdavi@gmail.com; 2
emn2103@gmail.com; 3
flavioluizsoares1@gmail.com;
4
elizabeth.ibrahim@prof.unibh.br
Resumo: A perda da vegetação arbórea resulta em problemas como: desnudação do solo, poluição da água,
redução da capacidade de armazenamento da bacia hidrográfica e consequentemente redução da vazão na
estação seca. Em ações de recuperação de um curso d’água degradado, o planejamento mais sensato seria
pensar nas atividades iniciando de montante para jusante. Em vista disso, o projeto aplicado teve como intuito o
plantio de espécies arbóreas nativas e frutíferas, ambos com espaçamento 2 x 2 m, em substituição à espécie
exótica Capim-Elefante (Pennisetum purpureum, Schum.) que dominava a área da nascente, seguindo os
modelos descritos por Martins (2013), Silveira; Coelho; Rocha (2008), Crestana; Toledo Filho; Campos (1993), e
trabalhos experimentais de Costa et al. (2014), Castro; Mello; Poester (2012), Daronco; Melo; Machado (2012) e
Bobato et al. (2008).O local onde foram plantadas as espécies arbóreas no presente projeto não abrangeu toda a
área em que o Capim-Elefante está presente, necessitando futuramente a expansão do plantio. Após o desbaste o
capim foi útil no recobrimento do solo, sendo responsável pela proteção do mesmo e evitando o aumento da
turbidez da água da nascente, além de aumentar a disponibilidade de matéria orgânica ao solo, favorecendo a
adubação das espécies arbóreas plantadas.
PALAVRAS-CHAVE: Recuperação Florestal, Capim-Elefante, Área de Preservação Permanente, Nascente.
____________________________________________________________________________
1 INTRODUÇÃO
Dentro do contexto brasileiro dos rios urbanos,
pensando nas ações de recuperação de um curso
d’água degradado, o planejamento mais sensato
seria pensar nas atividades iniciando de montante
para jusante (SILVA, M., 2013).
As matas ciliares são classificadas pela Lei nº
12.651/2012, como sendo Áreas de Preservação
Permanente – APP e seguem delimitações de
preservação estabelecidas segundo as
características dos córregos, rios, lagos e nascentes
(BRASIL, 2012). Na Lei 9.024 de 10 de Abril de
1995, no Art. 98, expõe que fica proibido qualquer
tipo de construção capaz de potencializar a
degradação das nascentes, de forma a poluir e
deixá-las inutilizáveis.
Segundo a Food and Agriculture Organization of The
United Nations – FAO (2015), o Capim-Elefante é
nativo do Zimbabwe (África subtropical), obtendo
maior crescimento em áreas com pluviosidade
superior a 1500 mm por ano (apud RUSSELL &
WEBB, 1976), não tolerando locais inundados, com
reprodução somente através de estacamento, sendo
uma das gramíneas de maior potencial produtivo e
muito bem adaptadas as condições climáticas
brasileiras (FAO, 2015; SOBRINHO et al., 2005).
2. 2
A realidade dos cursos d’água desde o planejamento
da construção do município de Belo Horizonte (fim
do séc. XIX), foi pela decisão de obras de
engenharia com o objetivo dos córregos e rios
estarem em “canais retificados em concreto, com
seção transversal em forma retangular vertical”
(MACHADO et al., 2010, p. 16), consequentemente
desapareceram da paisagem da cidade e do
cotidiano das pessoas, salvo nos momentos de
enchente (MACHADO et al., 2010; SILVA, M., 2013).
Silva, M. (2013) aponta que as favelas são
detentoras das poucas áreas urbanas nas
metrópoles, onde se preservaram alguns valores
ambientais que a sociedade hoje estabelece e julga
serem preciosos, como é o caso dos cursos d’água
em leito natural.
A comunidade do Acaba Mundo se enquadra a essa
realidade com a presença do córrego Acaba Mundo
(pertencente à bacia do Ribeirão Arrudas), passando
pela área da vila em seu leito natural (CBH-VELHAS,
2012), mas sendo válido apontar que existe a
presença de algumas obras de intervenção em sua
margem em alguns trechos dentro da comunidade,
sendo o local da aplicação do projeto com menor
interferência no córrego em termos de obras de
engenharia, independente do porte. A realidade à
jusante da bacia já é totalmente diferente da
apresentada dentro da comunidade, tendo seu curso
alterado, canalizado e coberto até o final da década
de 1970 (SILVA, M., 2013).
Sendo assim, o presente estudo teve por objetivo a
recuperação florestal de um trecho da Área de
Preservação Permanente – APP (nascente), que no
ano de estudo estava dominada pela espécie exótica
Pennisetum purpureum (Schum.), mais
popularmente conhecida por Capim-Elefante, por
meio de implementação de espécies nativas do
bioma Cerrado/ Mata Atlântica e espécies arbóreas
frutíferas; bem como promover educação ambiental
com a população do entorno, permitindo assim que
essas famílias contribuam e participem da
recuperação da área.
2 METODOLOGIA
2.1 DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
Este trabalho utilizou como objeto de estudo a
nascente denominada AR022 (CBH-VELHAS, 2012).
A nascente é conhecida pelos moradores como
nascente da Cachoeira, que compõe o córrego
Desenganos, pertencente à sub-bacia Acaba Mundo
(PBH, 2011). A nascente localiza-se na comunidade
Acaba Mundo, região Centro-Sul da cidade de Belo
Horizonte, estado de Minas Gerais – Brasil (Figura
1), ente as coordenadas: 19º57’39.1”S/
43º55’37.2”W/ Elevação: 1050m (GPS Garmin,
modelo eTrex
®
10).
2.2 MATERIAIS E MÉTODOS
As ferramentas utilizadas diretamente ou
indiretamente no plantio foram: boca de lobo, colher
de jardineiro, enxada comum, alavanca, foice,
regador, facão para mato, trena 50 metros, perneira,
GPS Garmin (modelo eTrex
®
10) e lona plástica.
Elaborou-se um ofício com pedido de autorização
das atividades de recuperação da mata no entorno
da nascente AR022 (nascente da cachoeira),
destinado à Secretária Municipal de Meio Ambiente
do município de Belo Horizonte no dia 18 março de
2015. No dia 20 março de 2015, a secretaria deu
parecer favorável às atividades. Foi entregue
também um ofício de mesmo teor à Associação de
Moradores do Acaba Mundo, com a finalidade de
3. 3
obter o apoio da comunidade nos trabalhos
desenvolvidos.
Como forma de promover a integração do projeto e a
comunidade, foram realizados convites aos
moradores para participarem do processo de plantio
na área de aplicação, através do presidente da
Associação dos Moradores do Acaba Mundo, a fim
de englobar a comunidade no presente projeto,
tornando-os parte importante do processo de
recuperação desse bem.
Figura 1 – Localização da comunidade Acaba Mundo, situado na região Centro-Sul de Belo Horizonte – Minas
Gerais, 2015.
Fonte – Adaptado Prodabel, 2010.
2.3 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL
O plantio na parcela com as espécies frutíferas
foram nos dias 02 e 09 de Maio de 2015. As
espécies nativas de área encharcada (parcela 2 x 6
m) foram plantadas nos dias 16 e 23 de Maio de
2015, e as nativas de área seca nos dias 23 e 30 de
Maio e 04 e 06 de Junho de 2015.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A escolha do local de plantio das mudas foi baseada
nas características de cada espécie. Sendo as
principais características: grupo ecológico, indicação
e área apropriada (Apêndice A e B).
As espécies frutíferas foram implementadas na
parcela de dimensões 10 x 6 m, pois esta parcela se
encontra em um local de fácil acesso para os
4. 4
moradores e se localiza em uma área mais afastada
da nascente, em respeito à Lei nº 12.651/2012 que
estabelece a recuperação de nascente no raio de 15
metros (Figura 2). Na parcela de 6 x 2 m foram
incorporadas espécies de área permanentemente
alagada, pois é a realidade do local e sendo assim
estas espécies têm maiores chances de sucesso no
seu desenvolvimento. Nas demais parcelas foram
plantadas espécies de áreas bem drenadas e não
alagáveis. Na Figura 2 mostra os locais das parcelas
e todas as espécies plantadas em suas respectivas
covas e sua numeração está relacionada com o
apêndice A e B.
Houve a necessidade de desbaste do Capim-
Elefante no período de três em três semana, devido
ao seu potencial germinativo observado no local de
estudo. O sombreamento artificial foi eficaz, mas
como houve a necessidade de fazer pequenos furos
na lona para não acumular água e
consequentemente ter a proliferação de vetores de
doenças como o mosquito Aedes aegypti (vetor da
dengue). Com isso o Capim-Elefante crescia através
desses orifícios, reduzindo a eficácia da técnica de
sombreamento artifical.
Figura 2 – Croqui da delimitação das parcelas.
Fonte – Acervo particular, 2015.
5. 4 CONCLUSÃO
O local onde foram plantadas as espécies arbóreas
no presente projeto não abrangeu toda a área em
que o Capim-Elefante está presente, necessitando
futuramente a expansão do plantio.
Após o desbaste o capim foi útil no recobrimento do
solo, sendo responsável pela proteção do mesmo e
evitando o aumento da turbidez da água da
nascente, além de aumentar a disponibilidade de
matéria orgânica no solo, favorecendo a adubação
das espécies arbóreas plantadas.
As relações criadas nas atividades com a população
local fomentaram uma conscientização ambiental
ainda maior pela área. Os moradores têm como
objetivo futuro para o local, a criação de um parque,
horta comunitária e área de convivência voltada para
o uso da comunidade. Como comprovação da
identificação com o espaço, os moradores pararam
até o presente estudo de dispor inadequadamente
resíduos domiciliares no local.
O trabalho não finaliza neste documento, tendo em
vista o interesse dos moradores em aumentar a área
do plantio.
Agradecimentos
Um projeto para ter um bom resultado precisa da
união de esforços de diversos atores. Gostaríamos
de agradecer o sucesso deste presente projeto a
algumas pessoas que contribuíram com ele.
Primeiramente agradecemos ao Sr. Laerte –
presidente da Associação dos Moradores do Acaba
Mundo, por nos apoiar desde o princípio do projeto
até o final. Obrigado também para: Ernesto de
Oliveira Andrade Lemes – biólogo da Fundação de
Parques Municipais (Parque Mangabeiras), por
ceder e nos apoiar com a doação das mudas
arbóreas nativas; Thomaz Correa e Castro da Costa
– pesquisador na área de monitoramento ambiental/
sensoriamento remoto (EMBRAPA Milho e Sorgo –
Sete Lagoas), por apresentar suas pesquisas e
projetos de recuperação florestal; todos os
moradores da comunidade do Acaba Mundo,
especialmente aos moradores Kleiber da Silva,
Verailde, as crianças: Cristiano, Otávio e Riquelme.
Agradecer também a Mayara Correa da Silva e ao
Vitor Caetano Alves da Silva, ambos biólogos, por
nos ajudar na identificação das espécies nativas que
foram implementadas na área do trabalho. Enfim,
obrigado a todos que contribuíram com este projeto
direta ou indiretamente.
6. ___________________________________________________________________________
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Acesso em: 10 abr. 2015.
8. Apêndice
APÊNDICE A – Lista das espécies nativas coletadas no parque das Mangabeiras
Nº QTD. NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO
GRUPO
ECOLÓGICO
FRUTÍFERA
ATRATIVA A
FAUNA
INDICAÇÃO
ÁREA
APROPRIADA
A1 3 Amora Branca
Maclura tinctoria (L.)
Don ex Steud.
P (SI) X C MC
A2 4
Aroeira-
Pimenteira,
Aroeirinha
Schinus
terebinthifolius Raddi
P X B, C MC
A3 10 Baga de Pomba
Erythroxylum
deciduum (St.) Hil
P X C MC, TM
A4 4 Cássia-Rósea Cassia-grandis P - B, C MC, TM
A5 5 Cedro Cedrela fissilis Vell. P (SI) - C MC, TM
A6 5 Cutieira
Joannesia princeps
Vell.
SI - C EC, TM
A7 10 Embaúba
Cecropia
pachystachya Tréc.
P X A, B MC
A8 7 Ingá Inga edulis Mart. P (SI) X B MC
A9 7 Ingá Branco
Inga laurina (Sw.)
Wild.
P (SI) X A, B MC
A10 5
Jacarandá de
Espinho
Machaerium
aculeatum Raddi
SI - C EC, TM
A11 6 Jequitibá Branco
Cariniana
estrellensis (Raddi)
O. Kuntze.
NP - C MC, TM
A12 10 Lobeira
Solanum lycocarpum
St. Hil.
P X C TM
A13 5
Louro-Pardo,
Canela-batata
Cordia trichotoma
Vell. ex Steud.
P (SI) - C MC, TM
A14 5 Mamica de Porca
Zanthoxylum
rhoifolium Lam.
P (SI) X C MC
A15 6 Mulungo
Erythrina falcata
Vell.
P - A, B MC
A16 3 Mutambo
Guazuma ulmifolia
Lam.
P X C MC
A17 11 Paineira Rosa
Chorisia speciosa
St. Hil.
P (SI) - C MC, TM
A18 6 Pata de Vaca
Bauhinia forficata
Link
NP - B MC
A19 2 Pau Ferro
Caesalpinia ferrea
Martius ex Tulasne
P (SI) - A, B MC, TM
A20 11
Pessegueiro-
Bravo
Prunus myrtifolia (L.)
Urb.
P (SI) X B MC
A21 5 Pinha-do-Brejo
Talauma ovata St.
Hil.
P (SI) X A, B MC
A22 2
Sangra D'água,
Aldrago
Croton urucurana
Baill.
P - A, B MC
A23 4 Sete Cascas
Astronium
fraxinifolium,Schott
NP - C TM
9. 9
Nº QTD. NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO
GRUPO
ECOLÓGICO
FRUTÍFERA
ATRATIVA A
FAUNA
INDICAÇÃO
ÁREA
APROPRIADA
A24 3
Tamboril, orelha
de macaco, baru
Enterolobium
contortisiliquum
(Vell.) Morang
P (SI) - C MC, TM
Legenda – Grupo Ecológico: P – Pioneiras; NP – Não Pioneiras; SI – Secundária Inicial; CL – Clímax;
Indicação: A – Áreas encharcadas permanentemente; B – Áreas com inundação temporária; C –
Áreas bem drenadas, não alagáveis.
Área apropriada: MC – Mata ciliar; TM – topos de morro; EC - Encosta
Fonte – (SILVEIRA; COELHO; ROCHA, 2008) e (LORENZI, 1998).
APÊNDICE B – Lista das espécies frutíferas doada pela Associação de Moradores do Acaba Mundo
Nº QTD. NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO
GRUPO
ECOLÓGICO
FRUTÍFERA
ATRATIVA A
FAUNA
INDICAÇÃO
ÁREA
APROPRIADA
B1 2 Abacate Persea americana NP X C EC/TM
B2 4 Ameixa Eriobothrya japonica NP X C EC
B3 1 Amora Morus sp NP X C MT
B4 1 Cacau Theobroma cacao NP X B MT
B5 1 Carambola Averrhoa carambola NP X C MT/EC
B6 1 Goiaba Psidium guajava (L.) SI X C EC
B7 4 Jabuticaba Myrciaria cauliflora NP X B MT
B8 1 Jatobá
Hymenaea
stigonocarpa,Mart.
Ex Hayne
NP X C EC
B9 1 Laranja Citrus sinensis NP X C TM
B10 1 Limão Citrus limon NP X C TM
B11 2
Mexerica/Tangeri
na
Citrus reticulata
Blanco
NP X C EC/TM
B12 2 Pau de óleo Copaifera langsdorfii P/SI - C EC/TM
B13 2 Pitanga Eugenia uniflora NP X B,C TM
Legenda – Grupo Ecológico: P – Pioneiras; NP – Não Pioneiras; SI – Secundária Inicial; CL – Clímax;
Indicação: A – Áreas encharcadas permanentemente; B – Áreas com inundação temporária;
Áreas bem drenadas, não alagáveis.
Área apropriada: MC – Mata ciliar; TM – topos de morro; EC - Encosta
Fonte – (SILVA & SANTANA, 2011), (MARTINSet al., 2002) e (LORENZI, 1998)