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OXIGENOTERAPIA
Dr. José Alexandre Pires de Almeida
Definição
• A oxigenoterapia consiste na administração terapêutica
de oxigênio acima da concentração normal ambiental
(21%), com objetivo de manter a oxigenação tecidual
adequada e consequente correção de distúrbios
hipoxêmicos, promovendo uma diminuição da carga de
trabalho no sistema cardiopulmonar.
• Vale ressaltar que alguns nebulizadores, apesar de
utilizarem altos fluxos de oxigênio, os mesmos têm como
objetivo promover névoa, e não necessariamente a
reverter hipoxemia, e sim, partilhar partículas de
medicamentos para reversão de broncoespasmos da
musculatura lisa da árvore brônquica.
Indicações
• Segundo a American Association of Respiratory Care –
AARC, as indicações básicas para a oxigenoterapia são:
- PaO2 < 60mmHg ou SatO2 , 90% em ar ambiente
- SatO2 < 88% durante a deambulação, exercícios ou o
sono em portadores de doenças cardiorrespiratórias
- IAM
- Intoxicação por gases
- Envenenamento por Cianeto
Causas da Hipoxemia
• PaO2 Baixa
• Hipoventilação Alveolar
• Comprometimento da Difusão dos Gases através da
Barreira Alvéolo-capilar e Relação V/Q desigual
• Desvio
Baixa Pressão Parcial de O2 Inspirado
(PaO2)
• Se a pressão parcial de oxigênio inspirado é baixa, então
uma quantidade reduzida de O2 é fornecida nas trocas
gasosas em nível alveolar.
• A PIO2 diminuída pode ser em decorrência de uma baixa
oferta do gás ou simplesmente como resultado de uma
baixa pressão barométrica. (Alpinistas em Grandes
Altitudes). Nesta caso a PIO2 pode ser reduzida mesmo
os pulmões do indivíduo sendo normais.
Hipoventilação Alveolar
• Se a ventilação alveolar é baixa, pode haver uma
insuficiência de O2 entregue à estas estruturas a cada
minuto, isto pode causar hipoxemia mesmo quando os
pulmões são “normais”, de forma que a causa dessa
hipoventilação alveolar seja extrínseca ao parênquima
pulmonar (obstrução das VAs, depressão do centro
respiratório/controle neural, fraqueza da musculatura
respiratória, obesidade, entre outros)
Comprometimento da Difusão dos Gases
através da Barreira Alvéolo-capilar
• Difusão diminuída através da membrana gás-sangue no
pulmão, como por exemplo, um espessamento da
Barreira Alvéolo-Capilar na LPA/SDRA (hipoxemia
refratária).
• Lei de Fick na difusão dos gases pulmonares afirma que
a velocidade de transferência de um gás através da
lâmina de tecido é proporcional à área do tecido e a
diferença de pressão parcial entre os dois lados, e
inversamente proporcional à espessura do mesmo.
Lei de Fick
Desvio na Circulação (Shunt)
• Desvio do sangue do lado direito para o lado esquerdo da
circulação, de forma que o shunt intracardíaco gera uma
alteração na PaO2, devido uma ateração na oferta de
moléculas de O2.
Manifestações Clínicas da Hipoxemia
Tipos de Sistemas de Oxigenoterapia
• No que concerne à variação de administração de
oxigênio, podemos classificar os sistemas de liberação de
gás em sistemas destinados a liberar concentrações
baixas (<35%), moderadas (35% a 60%) ou altas (>
60%), de forma que essas concentrações irão variar de
acordo com as “profundidade” das incursões respiratórias
de cada indivíduo, quanto maior for uma inspiração,
maior a diluição do O2 fornecido e menor FiO2
necessária.
Tipos de Sistemas de Oxigenoterapia
• Sistemas que forneçam uma parte do gás inspirado
sempre irão produzir uma FiO2 variável, de forma que
para se obter uma FiO2 precisa, necessita-se de um
sistema de alto fluxo ou com reservatório, fazendo-se
necessária uma avaliação prévia a fim de se eleger o
sistema mais adequado àquele paciente.
• Tais sistemas irão variar, podendo ser de alto ou baixo
fluxo, sistema aberto ou fechado e com diferentes
interfaces de administração.
Classificação dos Sistemas de
Oxigenoterapia
• Sistemas de Baixo Fluxo
• Sistemas de Alto Fluxo
Sistemas de Baixo Fluxo
• Fornecem O2 suplementar às VAs diretamente com fluxo
igual ou inferior à 8 l/min.
• Como o fluxo inspiratório do indivíduo adulto
normalmente se sobrepõe à este valor, o oxigênio
ofertado por este tipo de dispositivo de baixo fluxo se dilui
com o ar ambiente, o que resulta em uma FiO2 baixa e
variável.
Sistemas de Baixo Fluxo
• Cânula Nasal:
- Pode causar desconforto e ressecamento
da mucosa nasal, mesmo com dispositivos de umidificação
acoplados.
Sistemas de Baixo Fluxo
• Cânula Nasal (Material e Procedimento)
- Material: Cânula Nasal Dupla Estéril, Umi-
dificador, Extensão, Fluxômetro e Água Destilada.
POR QUE NÃO UTILIZA-SE SORO?
Sistemas de Baixo Fluxo
• Cânula Nasal (Material e Procedimento)
• Procedimento:
• Lavar as mãos,
• Reunir o material,
• Explicar ao paciente com clareza sobre o procedimento e
sua finalidade,
• Instalar o fluxômetro na rede de O2, colocar AD no copo
umidificador (fechando bem) e conectá-los ao fluxômetro,
• Conectar a extensão ao umidificador,
Sistemas de Baixo Fluxo
• Cânula Nasal (Material e Procedimento)
• Procedimento:
• Instalar e ajustar a cânula nasal no paciente, evitando
tracionar as asas do nariz,
• Conectar a cânula à extensão, abrir e regular o
fluxômetro,
• Trocar a cânula diariamente,
• Trocar o umidificador e a extensão a cada 48hs.
Sistemas de Baixo Fluxo
• Cateter Nasofaríngeo:
- Este dispositivo deve teoricamente posicionar-se até uma
distância equivalente à úvula, no entanto, seu
posicionamento geralmente se faz às cegas até uma
profundidade igual à distância entre o nariz e o lóbulo da
orelha.
- Como este dispositivo afeta diretamente a produção de
secreções em VAsS, o mesmo deve ser removido e
substituído a cada 8hs e preferencilamente na narina
oposta
Sistemas de Baixo Fluxo
• Cateter Nasofaríngeo:
• A concentração de O2 neste dispositivo varia de acordo
com o fluxo ofertado por minuto, o tamanho dos seios da
face, FR e o Volume Respiratório do paciente.
Sistemas de Baixo Fluxo
• Cateter Nasofaríngeo:
- Variação da Fluxo/FiO2
Sistemas de Baixo Fluxo
• Cateter Nasofaríngeo:
• Procedimento:
• Lavar as mãos e reunir o material,
• Explicar o procedimento ao paciente e posicioná-lo
• Instalar o fluxômetro,
• Colocar AD no copo e instalá-lo junto ao fluxômetro,
• Medir o tamanho do cateter da ponta do nariz até o lóbulo
da orelha homolateral à narina na qual o cateter será
introduzido e sinalizar com um esparadrapo,
• Lubrificar o cateter com anestésico de uso tópico
(Xilocaína ou Lidocaína Gel a 2%),
Sistemas de Baixo Fluxo
• Cateter Nasofaríngeo:
• Procedimento:
• Conectar o cateter à extensão, abrir o fluxômetro e
regular o fluxo,
• Trocar o cateter diariamente,
• Trocar o umidificador e a extensão a cada 48hs,
Sistemas de Baixo Fluxo
• Máscara Facial
• Existem 3 tipos: Máscara Facial Simples, Máscara Facial
de Reinalação Parcial e Máscara Facial de Não-
reinalação.
Sistemas de Baixo Fluxo
• Máscara Facial Simples
• O corpo da máscara em si coleta e armazena o O2 entre
as inspirações do paciente e, a expiração se dá através
de orifícios laterais ou pela borda da máscara.
• A variação do fluxo é de 5 à 12 l/min a fim de se obter
uma oxigenação satisfatória.
• Fluxo inferior a 5 l/min a máscara atua como espaço
morto, favorecendo uma reinalação CO2.
• A magnitude de variação da FiO2 depende unicamente
do fluxo de entrada de O2, volume da máscara, extensão
do escape de ar e da FR e Volume Respiratório do
paciente
Sistemas de Baixo Fluxo
• Máscara Facial Simples
• Macronebulização com Tenda
Facial
• Máscara Facial Simples com
• orifício lateral
Sistemas de Baixo Fluxo
• Máscara de Reinalação Parcial
• Sistema não possui válvulas.
• Durante a inspiração o O2 passa diretamente ao paciente
e durante a expiração, parte do ar é armazenado na
bolsa e a outra parte exalada por orifícios laterais.
Sistemas de Baixo Fluxo
• Máscara de Reinalação Parcial
Sistemas de Baixo Fluxo
• Máscara de Não-Reinalação
• Impede a reinalação através de válvulas unidirecionais
• Uma válvula inspiratória no topo da Bolsa
• Válvulas Expiratórias cobrem as portas de expiração
sobre o corpo da máscara.
• Durante a inspiração, uma leve pressão negativa fecha
as válvulas expiratórias e impede a diluição aérea, ao
mesmo tempo que a válvula inspiratória se abre mediante
fluxo positivo de O2.
Sistemas de Baixo Fluxo
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• Máscara de Arrastamento de Ar (Sistema Venturi)
• O ar é arrastado por força de cisalhamento nos limites do
fluxo de jato de O2 que passa por um orifício, quanto
menor for o diâmetro deste orifício, maior a velocidade do
fluxo e maior a quantidade de ar arrastado.
• A FiO2 é regulada de acordo com a escolha do adaptador
do jato.
• Fluxo acima de 10 l/min não aumenta a FiO2.
Sistemas de Alto Fluxo
• Máscara de Arrastamento de Ar (Sistema Venturi)
Sistemas de Alto Fluxo
• Máscara de Arrastamento de Ar (Sistema Venturi)
Efeitos Fisiológicos e Toxicidade do O2
• Os efeitos neurológicos centrais incluindo
tremores, contrações e convulsões tendem a ocorrer
somente quando o paciente for submetido à pressões
supratmosféricas (oxigenoterapia hiperbárica), no
entanto, as respostas pulmonares ocorrem entre 12 e 72
horas de exposição a 100% de O2 inspirado.
OBRIGADO!!!!

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Oxigenoterapia: Definição, Indicações e Sistemas

  • 2. Definição • A oxigenoterapia consiste na administração terapêutica de oxigênio acima da concentração normal ambiental (21%), com objetivo de manter a oxigenação tecidual adequada e consequente correção de distúrbios hipoxêmicos, promovendo uma diminuição da carga de trabalho no sistema cardiopulmonar. • Vale ressaltar que alguns nebulizadores, apesar de utilizarem altos fluxos de oxigênio, os mesmos têm como objetivo promover névoa, e não necessariamente a reverter hipoxemia, e sim, partilhar partículas de medicamentos para reversão de broncoespasmos da musculatura lisa da árvore brônquica.
  • 3. Indicações • Segundo a American Association of Respiratory Care – AARC, as indicações básicas para a oxigenoterapia são: - PaO2 < 60mmHg ou SatO2 , 90% em ar ambiente - SatO2 < 88% durante a deambulação, exercícios ou o sono em portadores de doenças cardiorrespiratórias - IAM - Intoxicação por gases - Envenenamento por Cianeto
  • 4. Causas da Hipoxemia • PaO2 Baixa • Hipoventilação Alveolar • Comprometimento da Difusão dos Gases através da Barreira Alvéolo-capilar e Relação V/Q desigual • Desvio
  • 5. Baixa Pressão Parcial de O2 Inspirado (PaO2) • Se a pressão parcial de oxigênio inspirado é baixa, então uma quantidade reduzida de O2 é fornecida nas trocas gasosas em nível alveolar. • A PIO2 diminuída pode ser em decorrência de uma baixa oferta do gás ou simplesmente como resultado de uma baixa pressão barométrica. (Alpinistas em Grandes Altitudes). Nesta caso a PIO2 pode ser reduzida mesmo os pulmões do indivíduo sendo normais.
  • 6. Hipoventilação Alveolar • Se a ventilação alveolar é baixa, pode haver uma insuficiência de O2 entregue à estas estruturas a cada minuto, isto pode causar hipoxemia mesmo quando os pulmões são “normais”, de forma que a causa dessa hipoventilação alveolar seja extrínseca ao parênquima pulmonar (obstrução das VAs, depressão do centro respiratório/controle neural, fraqueza da musculatura respiratória, obesidade, entre outros)
  • 7. Comprometimento da Difusão dos Gases através da Barreira Alvéolo-capilar • Difusão diminuída através da membrana gás-sangue no pulmão, como por exemplo, um espessamento da Barreira Alvéolo-Capilar na LPA/SDRA (hipoxemia refratária). • Lei de Fick na difusão dos gases pulmonares afirma que a velocidade de transferência de um gás através da lâmina de tecido é proporcional à área do tecido e a diferença de pressão parcial entre os dois lados, e inversamente proporcional à espessura do mesmo.
  • 9. Desvio na Circulação (Shunt) • Desvio do sangue do lado direito para o lado esquerdo da circulação, de forma que o shunt intracardíaco gera uma alteração na PaO2, devido uma ateração na oferta de moléculas de O2.
  • 11. Tipos de Sistemas de Oxigenoterapia • No que concerne à variação de administração de oxigênio, podemos classificar os sistemas de liberação de gás em sistemas destinados a liberar concentrações baixas (<35%), moderadas (35% a 60%) ou altas (> 60%), de forma que essas concentrações irão variar de acordo com as “profundidade” das incursões respiratórias de cada indivíduo, quanto maior for uma inspiração, maior a diluição do O2 fornecido e menor FiO2 necessária.
  • 12. Tipos de Sistemas de Oxigenoterapia • Sistemas que forneçam uma parte do gás inspirado sempre irão produzir uma FiO2 variável, de forma que para se obter uma FiO2 precisa, necessita-se de um sistema de alto fluxo ou com reservatório, fazendo-se necessária uma avaliação prévia a fim de se eleger o sistema mais adequado àquele paciente. • Tais sistemas irão variar, podendo ser de alto ou baixo fluxo, sistema aberto ou fechado e com diferentes interfaces de administração.
  • 13. Classificação dos Sistemas de Oxigenoterapia • Sistemas de Baixo Fluxo • Sistemas de Alto Fluxo
  • 14. Sistemas de Baixo Fluxo • Fornecem O2 suplementar às VAs diretamente com fluxo igual ou inferior à 8 l/min. • Como o fluxo inspiratório do indivíduo adulto normalmente se sobrepõe à este valor, o oxigênio ofertado por este tipo de dispositivo de baixo fluxo se dilui com o ar ambiente, o que resulta em uma FiO2 baixa e variável.
  • 15. Sistemas de Baixo Fluxo • Cânula Nasal: - Pode causar desconforto e ressecamento da mucosa nasal, mesmo com dispositivos de umidificação acoplados.
  • 16. Sistemas de Baixo Fluxo • Cânula Nasal (Material e Procedimento) - Material: Cânula Nasal Dupla Estéril, Umi- dificador, Extensão, Fluxômetro e Água Destilada. POR QUE NÃO UTILIZA-SE SORO?
  • 17. Sistemas de Baixo Fluxo • Cânula Nasal (Material e Procedimento) • Procedimento: • Lavar as mãos, • Reunir o material, • Explicar ao paciente com clareza sobre o procedimento e sua finalidade, • Instalar o fluxômetro na rede de O2, colocar AD no copo umidificador (fechando bem) e conectá-los ao fluxômetro, • Conectar a extensão ao umidificador,
  • 18. Sistemas de Baixo Fluxo • Cânula Nasal (Material e Procedimento) • Procedimento: • Instalar e ajustar a cânula nasal no paciente, evitando tracionar as asas do nariz, • Conectar a cânula à extensão, abrir e regular o fluxômetro, • Trocar a cânula diariamente, • Trocar o umidificador e a extensão a cada 48hs.
  • 19. Sistemas de Baixo Fluxo • Cateter Nasofaríngeo: - Este dispositivo deve teoricamente posicionar-se até uma distância equivalente à úvula, no entanto, seu posicionamento geralmente se faz às cegas até uma profundidade igual à distância entre o nariz e o lóbulo da orelha. - Como este dispositivo afeta diretamente a produção de secreções em VAsS, o mesmo deve ser removido e substituído a cada 8hs e preferencilamente na narina oposta
  • 20. Sistemas de Baixo Fluxo • Cateter Nasofaríngeo: • A concentração de O2 neste dispositivo varia de acordo com o fluxo ofertado por minuto, o tamanho dos seios da face, FR e o Volume Respiratório do paciente.
  • 21. Sistemas de Baixo Fluxo • Cateter Nasofaríngeo: - Variação da Fluxo/FiO2
  • 22. Sistemas de Baixo Fluxo • Cateter Nasofaríngeo: • Procedimento: • Lavar as mãos e reunir o material, • Explicar o procedimento ao paciente e posicioná-lo • Instalar o fluxômetro, • Colocar AD no copo e instalá-lo junto ao fluxômetro, • Medir o tamanho do cateter da ponta do nariz até o lóbulo da orelha homolateral à narina na qual o cateter será introduzido e sinalizar com um esparadrapo, • Lubrificar o cateter com anestésico de uso tópico (Xilocaína ou Lidocaína Gel a 2%),
  • 23. Sistemas de Baixo Fluxo • Cateter Nasofaríngeo: • Procedimento: • Conectar o cateter à extensão, abrir o fluxômetro e regular o fluxo, • Trocar o cateter diariamente, • Trocar o umidificador e a extensão a cada 48hs,
  • 24. Sistemas de Baixo Fluxo • Máscara Facial • Existem 3 tipos: Máscara Facial Simples, Máscara Facial de Reinalação Parcial e Máscara Facial de Não- reinalação.
  • 25. Sistemas de Baixo Fluxo • Máscara Facial Simples • O corpo da máscara em si coleta e armazena o O2 entre as inspirações do paciente e, a expiração se dá através de orifícios laterais ou pela borda da máscara. • A variação do fluxo é de 5 à 12 l/min a fim de se obter uma oxigenação satisfatória. • Fluxo inferior a 5 l/min a máscara atua como espaço morto, favorecendo uma reinalação CO2. • A magnitude de variação da FiO2 depende unicamente do fluxo de entrada de O2, volume da máscara, extensão do escape de ar e da FR e Volume Respiratório do paciente
  • 26. Sistemas de Baixo Fluxo • Máscara Facial Simples • Macronebulização com Tenda Facial • Máscara Facial Simples com • orifício lateral
  • 27. Sistemas de Baixo Fluxo • Máscara de Reinalação Parcial • Sistema não possui válvulas. • Durante a inspiração o O2 passa diretamente ao paciente e durante a expiração, parte do ar é armazenado na bolsa e a outra parte exalada por orifícios laterais.
  • 28. Sistemas de Baixo Fluxo • Máscara de Reinalação Parcial
  • 29. Sistemas de Baixo Fluxo • Máscara de Não-Reinalação • Impede a reinalação através de válvulas unidirecionais • Uma válvula inspiratória no topo da Bolsa • Válvulas Expiratórias cobrem as portas de expiração sobre o corpo da máscara. • Durante a inspiração, uma leve pressão negativa fecha as válvulas expiratórias e impede a diluição aérea, ao mesmo tempo que a válvula inspiratória se abre mediante fluxo positivo de O2.
  • 31. Sistemas de Alto Fluxo • Máscara de Arrastamento de Ar (Sistema Venturi) • O ar é arrastado por força de cisalhamento nos limites do fluxo de jato de O2 que passa por um orifício, quanto menor for o diâmetro deste orifício, maior a velocidade do fluxo e maior a quantidade de ar arrastado. • A FiO2 é regulada de acordo com a escolha do adaptador do jato. • Fluxo acima de 10 l/min não aumenta a FiO2.
  • 32. Sistemas de Alto Fluxo • Máscara de Arrastamento de Ar (Sistema Venturi)
  • 33. Sistemas de Alto Fluxo • Máscara de Arrastamento de Ar (Sistema Venturi)
  • 34. Efeitos Fisiológicos e Toxicidade do O2 • Os efeitos neurológicos centrais incluindo tremores, contrações e convulsões tendem a ocorrer somente quando o paciente for submetido à pressões supratmosféricas (oxigenoterapia hiperbárica), no entanto, as respostas pulmonares ocorrem entre 12 e 72 horas de exposição a 100% de O2 inspirado.