[1] O documento discute o período pós-modernista dos anos 1960, marcado por movimentos culturais e contraculturais como os hippies, Panteras Negras e feminismo, que se opunham à ditadura militar no Brasil. [2] A década de 1970 foi marcada pelo endurecimento do regime ditatorial através de prisões, exílios e censura, dispersando a literatura e as artes. [3] No entanto, a poesia marginal, publicada e distribuída de forma artesanal, manteve a
2. Anos 60: Cultura ou Contracultura?
Tempo de
Nãos
A Rebelião
Jovem
Ditadura
Militar
Escrevo sobre o silêncio
sonoro
da floresta ou sobre a menina
que dorme
CONTEXTO
Proibido
Proibir
Poesia
Marginal
SOCIAL
com fome [...] Sobre a dor dos
deserdados e a esperança de
quem tem fé.
Thiago de Mello
MUSICAL
LITERÁRIO
3. Tempo de “Nãos”: Ascensão dos militares ao poder.
A rebelião Jovem: Movimentos da Juventude –
Hippies, Flower Power, Panteras Negras, Provos,
Feminismo, Movimento estudantil.
4. Para relembrar...
Hippies: Paz e amor.
Power Flower: Força das flores
Panteras Negras: Grupo revolucionário
americano – combatia a violência policial
contra negros.
Provos: Amsterdam e o nascimento da
contracultura.
Feminismo: Igualdade e divórcio (Brasil)
Movimento estudantil – Contra a Ditadura
6. “O que aconteceu depois todos nós
sabemos. Centenas deles foram presos,
barbaramente torturados e mortos nas
prisões do Regime Militar. Deram a vida
para que sobrevivesse um sonho
[...]”
Por: Manuel de Andrade
7. “Proibido proibir” - ícone cultural de uma
época.
Nome de uma canção que
Caetano Veloso apresentou sob
vaias em um festival (1968).
Conviviam nas rádios canções
da Bossa Nova, como Chega de
saudade e Garota de
Ipanema.Tom Jobim e Vinícius.
Estúpido cúpido -rock’n’roll de
Cely Campelo.
Geraldo Vandré – “Pra não dizer
que não falei das flores.”
Tropicália (movimento
encabeçado por Caetano e
Gilberto Gil).
O tropicalismo procurava
justapor o antigo e o novo, o
nacional e o importado, o samba
e a guitarra elétrica, entre outras
coisas.
Hélio Oiticica (arte) – o nome
tropicália foi tomado de uma de
suas obras.
8. Para refletir...
Com a decretação do AI-5,
em 1969, a década de 70 foi
marcada pelo endurecimento
político do regime militar,
que se manifestou sob forma
de prisões, exílios e censura
aos meios de comunicação.
Com exceção da Poesia
Marginal – a década de 70
caracterizou-se pela
dispersão na Literatura e nas
artes em geral.
Acreditou-se que, com fim
da censura, grandes obras
literárias viriam à tona. Isso
não aconteceu.
Os grandes escritores
continuaram a ser aqueles
já consagrados.
Verificou-se o surgimento
de uma vasta geração de
escritores sem que entre
eles houvesse um projeto
comum.
9. De mão em mão: a poesia
marginal dos anos 70
Eram cabeludos, universitários e
poetas. Imprimiam seus livros em
pequenas gráficas ou mesmo em
casa, num mimeógrafo – uma
velha máquina à base de álcool e
papel carbono. Os livros tinham
um caráter artesanal. O que esses
poetas queriam mesmo é que a
poesia chegasse logo às mãos do
leitor.
Ana Cristina Cesar, Paulo
Leminski, Chacal, Cacaso,
Francisco Alvim...
10. Tenho uma folha branca
e limpa à minha espera:
mudo convite
tenho uma cama branca
e limpa à minha espera:
Mudo convite
tenho uma vida branca
E limpa à minha espera.
Ana Cristina Cesar