SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  22
Télécharger pour lire hors ligne
Química Orgânica – Professor Sandro Greco                        1




           Estrutura atômica




     Em 1913, o pesquisador Niels Bohr publicou um polêmico modelo de átomo de
     hidrogênio. A princípio, seu modelo fazia uma analogia do sistema solar com o sistema
     atômico. Assim todas as equações da mecânica clássica, conhecidas para o sistema
     solar, poderiam ser aplicadas ao sistema atômico, ajustando-se apenas a natureza da
     força de atração envolvida.
     Este sistema é considerado Newtoniano, no entanto um problema grave surge quando
     esta analogia é feita nos seus detalhes.
     Um planeta gira em torno do sol em órbita estacionária, não há absorção ou emissão de
     energia;
     A mecânica clássica também consegue equacionar precisamente os sistemas
     eletrostáticos macroscópicos. Nessa mecânica, jamais um elétron poderá permanecer
     em órbita estacionária, em torno do núcleo, sem estar submetido a um processo de
     aceleração;
     Um elétron que gira em torno do núcleo sem absorver energia, irá obrigatoriamente
     emitir um arco-íris de cores, até finalmente colapsar com o núcleo.
     Bohr então apresentou alguns argumentos não-clássicos que não entraria em
     contradição com a mecânica clássica.
                                                             NÍVEIS   ESPECTRO
                                          N
                                          M                    6
                                          L                    5
                  ENERGIA                 K
                 CRESCENTE                               é     4
                                        núcleo
                                                     é         3
                 nível 1 (n = 1) = K             é
                 nível 2 (n = 2) = L       é                   2
                 nível 3 (n = 3) = M                           1
                 nível 4 (n = 4) = N                                       ENERGIA
                                                                          CRESCENTE


•   Os elétrons descrevem órbitas circulares (níveis de energia) ao redor do núcleo;
• Cada uma dessas órbitas tem energia constante (órbita estacionária). Os elétrons que estão
situados em órbitas mais afastadas do núcleo apresentarão maior quantidade de energia;
• Quando um elétron absorve certa quantidade de energia, ele passa para uma órbita mais
energética. Quando ele retorna à sua órbita original, libera a mesma quantidade de energia
na forma de onda eletromagnética (luz).
Química Orgânica – Professor Sandro Greco                                    2

  Elétron como partícula-onda: Embora o trabalho de Bohr tenha sido aceito pela
  comunidade científica, continha alguns argumentos não-clássicos, portanto era inegável
  que estava faltando um capítulo na ciência que pudesse explicar estes argumentos;
  Em 1924, Louis de Broglie, em sua tese de Doutorado, fez uma proposta revolucionária
  baseada nos trabalhos de Max Plank, Arthur Compton e Albert Einstein (mecânica
  quântica). Para descrever o elétron, Louis de Broglie considerou que tanto onda como
  matéria são energias e, portanto podem ser igualadas. A partir de sua hipótese, o elétron
  tem comportamento corpuscular (matéria) e ondulatório e passa a ser conhecido como
  partícula-onda. Surge então, O Princípio da dualidade do elétron.
  Em 1927, Davissom e Germer, funcionários da companhia Bell de telefones,
  observaram que o espalhamento dos elétrons bombardeados em cristal de níquel não era
  aleatório, mas sim, com periodicidade, que foi medida como reflexões dos elétrons nos
  planos do cristal. Nesta mesma época, Thomson fez a mesma observação mediante um
  experimento de emissão de elétrons através de finos filmes metálicos. Como a difração
  é um fenômeno ondulatório, estava, portanto comprovado, experimentalmente, o caráter
  dualístico dos elétrons.
  Em 1927, com visão dualística para o elétron (mecânica quântica), Werner Heisenberg
  apresentou uma restrição matemática quanto às características do elétron. O seu
  trabalho estabeleceu que não fosse possível determinar com precisão, em um dado
  momento, a posição e o momento do elétron. Logo não é possível conhecer,
  simultaneamente, a posição e a energia do elétron. Esta restrição ficou conhecida como
  Princípio da incerteza de Heisenberg.
  Equação de Schrödinger: Em 1926 e 1927, Erwin Schrödinger publicou seis trabalhos
  científicos que estabeleceram uma equação que possibilitou relacionar a energia do
  sistema eletrônico com suas propriedades ondulatórias, para qualquer elétron, de
  qualquer átomo, de todos os elementos químicos.

                                       psi = função de onda, trata-se de um sistema dualístico


                                                h2
Energia total do sistema = EΨ =                         x (v2Ψ) + vΨ           Energia potencial
                                        8π2m


                                        Energia cinética

       2     δ2           δ2           δ2
onde, v =             +            +                 x, y e z são coordenadas de espaço.
             δx   2
                          δy   2
                                       δz   2


m e h são a massa do elétron e a constante de Plank, respectivamente.

  A solução da equação de Shrödinger impõe três restrições que são conhecidos como
  números quânticos: número quântico principal (n) especifica o nível de energia do
  elétron como também o volume da região do espaço onde o elétron se encontra; número
  quântico secundário (l) determina a forma da região do espaço onde o elétron será
  encontrado; número quântico magnético (ml), este no não especifica energia, mas sim a
  orientação espacial da região no espaço onde o elétron poderá ser encontrado (orbital).
Química Orgânica – Professor Sandro Greco                             3

                      NÚMERO QUÂNTICO MAGNÉTICO (ml)
            Fornece o número de possibilidades de orientações espaciais
                                    L= 2l + 1
                    l é o número quântico secundário (subnível)
n (nível)              l (subnível)              2l + 1                    ml
    1                      0 (s)                    1                      0
    2                      0 (s)                    1                      0
                           1 (p)                    3                  -1, 0, +1
   3                       0 (s)                    1                      0
                           1 (p)                    3                  -1, 0, +1
                           2 (d)                    5              -2, -1, 0, +1, +2
Química Orgânica – Professor Sandro Greco                        4

Com a evolução dos equipamentos utilizados na análise espectroscópica, foi observado
que as linhas espectrais, tanto do hidrogênio como também dos metais alcalinos,
apresentavam desdobramentos quando submetidos a campo magnético. Em 1927,
George Uhlenbeck e Samuel Goudsmit sugeriram que além dos três números quânticos
impostos pela equação de Schörodinger, os elétrons deveriam também apresentar um
momento magnético intrínseco independente do momento angular orbital (ml). Este
novo momento angular ficou conhecido como spin ou número quântico spin (s).

                                              S
                                N




                                              N
                                 S



Recentemente, Pesquisadores da IBM em 1993, mostraram que a descrição dos elétrons
como ondas não é uma mera construção matemática e pode ser visualizada. Usando um
instrumento chamado microscópio de tunelamento com varredura, que permite a
obtenção de figuras em nível atômico, eles geraram esta visão aumentada, com auxílio
de computadores, de um círculo de átomos de ferro depositados em uma superfície de
cobre. A imagem que eles chamaram de curral quântico revela o movimento dos
elétrons em ondas.




                   Gráfico e diagrama do orbital atômico 1s
Química Orgânica – Professor Sandro Greco           5




                Gráfico e diagrama do orbital atômico 2s




                Gráfico e diagrama do orbital atômico 2p

O   PRINCÍPIO DA CONSTRUÇÃO: DISTRIBUI OS ELÉTRONS NOS ORBITAIS
Química Orgânica – Professor Sandro Greco                         6




Os orbitais de energia mais baixa são preenchidos antes dos orbitais de energia mais
alta;
Princípio da exclusão de Pauli – Cada orbital só pode acomodar dois elétrons de spins
contrários;
Regra de Hund – Cada um dos orbitais degenerados, como os orbitais p, recebe um
elétron de mesmo spin. Posteriormente, mas três elétrons de spins opostos são
acrescentados ao conjunto.
Química Orgânica – Professor Sandro Greco                           7




A partir da mecânica quântica, duas grandes teorias foram desenvolvidas para explicar
como ocorrem as ligações químicas. A primeira, teoria de ligação de valência (TLV)
começou a ser desenvolvida por Linus Pauling na década de 20, do século XX. Apesar
de fundamentalmente limitada em alguns de seus conceitos, é extensivamente usada,
pois além de simples, consegue explicar de forma precisa a geometria molecular.




A TLV prevê a existência de dois tipos de sobreposição de orbitais. O primeiro, quando
o orbital molecular formado apresenta densidade eletrônica exatamente no eixo da
ligação química (direção internuclear). Esta ligação é chamada de ligação sigma (σ).




A segunda situação é quando a sobreposição dos orbitais ocorre no plano da ligação,
sendo chamada de ligação pi (π). Neste caso a densidade eletrônica no eixo da ligação é
zero.
Química Orgânica – Professor Sandro Greco                                 8

Orbitais híbridos: é formado a partir da mistura de orbitais atômicos incompletos
do mesmo átomo, que sofrem um rearranjo estrutural, originando um número igual de
novos orbitais degenerados.




               CARBONO TETRAÉDRICO – O ORBITAL HÍBRIDO SP3




    configuração do carbono      configuração do carbono
    no seu estado mais estável    no seu estado excitado


               2p2                       2p2

                                                           4 orbitais híbridos sp3

                2s2                       2s2
                                                  O orbital 2s e os três orbitais 2p
                                                  se combinam para formar quatro
                                                orbitais híbridos sp3 de energias iguais
Química Orgânica – Professor Sandro Greco                                9




                       AMÔNIA E ÁGUA (NH3 e H2O)




          CARBONO TRIGONAL PLANO -O ORBITAL HÍBRIDO SP2




configuração do carbono      configuração do carbono
no seu estado mais estável    no seu estado excitado


           2p2                       2p2

                                                       3 orbitais híbridos sp2

            2s2                       2s2
                                              O orbital 2s e os dois orbitais 2p
                                               se combinam para formar três
                                            orbitais híbridos sp2 de energias iguais
Química Orgânica – Professor Sandro Greco   10




             B O R A N O (BH 3 )
Química Orgânica – Professor Sandro Greco                               11

       CARBONO COM GEOMETRIA LINEAR - O ORBITAL HÍBRIDO SP




configuração do carbono      configuração do carbono
no seu estado mais estável    no seu estado excitado


           2p2                       2p2

                                                  2 orbitais híbridos sp

            2s2                       2s2
                                                 O orbital 2s e o orbital 2p
                                               se combinam para formar dois
                                            orbitais híbridos sp de energias iguais
Química Orgânica – Professor Sandro Greco   12


         HIDRETO DE BERÍLIO (BEH2)




  O CÁTION, RADICAL E O ÂNION METIL (A)
Química Orgânica – Professor Sandro Greco                                   13




                                    GEOMETRIA MOLECULAR

   Geometria              Valência do átomo central              Hibridação      Exemplos
      linear                 duas ligações covalentes                sp       BeF4, CdBr2, HgCl2
     angular          duas ligações e dois pares eletrônicos         sp3          H2O, H2S
  trigonal plana             três ligações covalentes                sp2      BF3, B(CH3)3, GaI3
                                                                       3
piramidal trigonal       três ligações e um par eletrônico           sp           NH3, PCl3
   tetraédrica              quatro ligações covalentes               sp3       CH4, SiF4, TiCl4
                                                                                     -          -
    quadrado          quatro ligações e dois pares eletrônicos      sp2d        NiCl4 , PtCl4
     gangorra           quatro ligações e um par eletrônico         sp2d             SF4
                                                                      3
bipirâmide trigonal          cinco ligações covalentes              sp d      PCl5, MoCl5, TaCl5
                                                                                         -          -2
    octaédrica                seis ligações covalentes              sp3d2     SF6, SbF6 , SiF6
Química Orgânica – Professor Sandro Greco                       14




Os conceitos da teoria do orbital molecular (TOM) ou combinação linear de orbitais
atômicos (LCAO) foram introduzidos por Robert Mulliken nos anos 30 do século XX.
Naquela época, a TOM não recebeu a mesma atenção dedicada a TLV. Entretanto, com
a sofisticação e qualidade dos equipamentos espectroscópicos e o surgimento dos
computadores, aliados a exigência no tratamento de dados experimentais, a teoria do
orbital molecular tomou espaço e atualmente é uma unanimidade no meio científico.
Química Orgânica – Professor Sandro Greco            15




                                         MOLÉCULA DE H2
             SOBREPOSIÇÃO DE ORBITAIS




A MOLÉCULA DE HIDROGÊNIO: LIGAÇÃO COVALENTE SIGMA
Química Orgânica – Professor Sandro Greco      16




SOBREPOSIÇÃO DE ORBITAIS S E P: LIGAÇÃO SIGMA




SOBREPOSIÇÃO DE ORBITAIS P E P: LIGAÇÃO SIGMA




           LIGAÇÃO COVALENTE PI
Química Orgânica – Professor Sandro Greco   17
Química Orgânica – Professor Sandro Greco       18




   ENERGIA DOS ORBITAIS MOLECULARES

        Maior energia   Sigma antiligante

                        Pi antiligante

            ENERGIA     Não-ligante

                        Pi igante

        Menor energia   Sigma ligante




             ORDEM DE LIGAÇÃO

    Elétrons ligantes - Elétrons antiligantes
                      2
Química Orgânica – Professor Sandro Greco                         19


A ordem de ligação na molécula de H2 é (2-0)/2 = 1. Já na molécula hipotética de He2 a
ordem de ligação é (2-2)/2 = 0. O valor da ordem de ligação indica o número de
ligações feitas entre dois átomos.




    O HIDROGÊNIO É UMA MOLÉCULA DIATÔMICA, JÁ O HÉLIO É MONOATÔMICO.




                         ROTAÇÃO DE LIGAÇÕES SIGMA




                            RIGIDEZ DAS LIGAÇÕES PI
Química Orgânica – Professor Sandro Greco                             20




                               Isomeria Cis e Trans




                    Latim - trans = através de; cis = próximo a




A polaridade de uma ligação individual é determinada pelo seu momento dipolo (μ).
                                     μ=δxd
Onde, δ = quantidade de carga nos extremos do dipolo e d = distância entre as cargas.
Química Orgânica – Professor Sandro Greco                       21




   O momento dipolo é expresso em unidades de debye (D), onde 1 D = 3,34 x 10-30
   coulomb . metros. Se um próton e um elétron (carga = 1,60 x 10-19 coulomb) estiverem
   separados por 1 Ao (10-10 m) o momento dipolo será:



Expresso em debye (D):




            MOMENTO DIPOLO DE ALGUMAS LIGAÇÕES COVALENTES COMUNS




   O momento dipolo molecular é um bom indicador da polaridade total da molécula.
   Esse momento dipolo pode ser obtido diretamente, ao contrário do momento dipolo das
   ligações que deve ser estimado através da comparação de vários compostos. O valor do
   momento dipolo molecular é igual ao vetor soma dos momentos dipolos das ligações
   individuais. Este vetor soma reflete tanto a magnitude, quanto a direção de cada
   momento dipolo de ligação individual.
Química Orgânica – Professor Sandro Greco   22

Contenu connexe

Tendances

Exame unificado de física 2011 2 solution
Exame unificado de física 2011 2  solutionExame unificado de física 2011 2  solution
Exame unificado de física 2011 2 solution17535069649
 
Questoes Resolvidas Exame Unificado de Fisica 2015-2.pdf
Questoes Resolvidas Exame Unificado de Fisica 2015-2.pdfQuestoes Resolvidas Exame Unificado de Fisica 2015-2.pdf
Questoes Resolvidas Exame Unificado de Fisica 2015-2.pdf17535069649
 
Exame unificado de fisica 2013 1 solution
Exame unificado de fisica 2013 1 solutionExame unificado de fisica 2013 1 solution
Exame unificado de fisica 2013 1 solutionMarcosPacheco65
 
Exame unificado de fisica 2012 1 solution
Exame unificado de fisica 2012 1 solutionExame unificado de fisica 2012 1 solution
Exame unificado de fisica 2012 1 solution17535069649
 
Exame unificado de física 2010 2 solution
Exame unificado de física 2010 2 solutionExame unificado de física 2010 2 solution
Exame unificado de física 2010 2 solution17535069649
 
Exame unificado fisica 2010 1 solution
Exame unificado fisica 2010 1 solutionExame unificado fisica 2010 1 solution
Exame unificado fisica 2010 1 solution17535069649
 
Química Geral - Estrutura Atômica
Química Geral - Estrutura AtômicaQuímica Geral - Estrutura Atômica
Química Geral - Estrutura AtômicaFrancisco Garrido
 
Exercicios resolvidos quantica
Exercicios resolvidos   quanticaExercicios resolvidos   quantica
Exercicios resolvidos quanticaPedro Debossam
 
Aula 7: A partícula livre
Aula 7: A partícula livreAula 7: A partícula livre
Aula 7: A partícula livreAdriano Silva
 
Aula 8: O degrau de potencial. Caso I: Energia menor que o degrau
Aula 8: O degrau de potencial. Caso I: Energia menor que o degrauAula 8: O degrau de potencial. Caso I: Energia menor que o degrau
Aula 8: O degrau de potencial. Caso I: Energia menor que o degrauAdriano Silva
 
Aula 6: O caso estacioário em uma dimensão
Aula 6: O caso estacioário em uma dimensãoAula 6: O caso estacioário em uma dimensão
Aula 6: O caso estacioário em uma dimensãoAdriano Silva
 
Aula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrau
Aula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrauAula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrau
Aula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrauAdriano Silva
 
Aula 21: Exercícios
Aula 21: ExercíciosAula 21: Exercícios
Aula 21: ExercíciosAdriano Silva
 
Números quânticos
Números quânticosNúmeros quânticos
Números quânticoscmdantasba
 

Tendances (15)

Exame unificado de física 2011 2 solution
Exame unificado de física 2011 2  solutionExame unificado de física 2011 2  solution
Exame unificado de física 2011 2 solution
 
Questoes Resolvidas Exame Unificado de Fisica 2015-2.pdf
Questoes Resolvidas Exame Unificado de Fisica 2015-2.pdfQuestoes Resolvidas Exame Unificado de Fisica 2015-2.pdf
Questoes Resolvidas Exame Unificado de Fisica 2015-2.pdf
 
Exame unificado de fisica 2013 1 solution
Exame unificado de fisica 2013 1 solutionExame unificado de fisica 2013 1 solution
Exame unificado de fisica 2013 1 solution
 
Exame unificado de fisica 2012 1 solution
Exame unificado de fisica 2012 1 solutionExame unificado de fisica 2012 1 solution
Exame unificado de fisica 2012 1 solution
 
Exame unificado de física 2010 2 solution
Exame unificado de física 2010 2 solutionExame unificado de física 2010 2 solution
Exame unificado de física 2010 2 solution
 
Exame unificado fisica 2010 1 solution
Exame unificado fisica 2010 1 solutionExame unificado fisica 2010 1 solution
Exame unificado fisica 2010 1 solution
 
Química Geral - Estrutura Atômica
Química Geral - Estrutura AtômicaQuímica Geral - Estrutura Atômica
Química Geral - Estrutura Atômica
 
Exercicios resolvidos quantica
Exercicios resolvidos   quanticaExercicios resolvidos   quantica
Exercicios resolvidos quantica
 
Aula 7: A partícula livre
Aula 7: A partícula livreAula 7: A partícula livre
Aula 7: A partícula livre
 
Aula 8: O degrau de potencial. Caso I: Energia menor que o degrau
Aula 8: O degrau de potencial. Caso I: Energia menor que o degrauAula 8: O degrau de potencial. Caso I: Energia menor que o degrau
Aula 8: O degrau de potencial. Caso I: Energia menor que o degrau
 
Aula 6: O caso estacioário em uma dimensão
Aula 6: O caso estacioário em uma dimensãoAula 6: O caso estacioário em uma dimensão
Aula 6: O caso estacioário em uma dimensão
 
Aula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrau
Aula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrauAula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrau
Aula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrau
 
Aula3 modeloatômicoenúmerosquânticos.pptx
Aula3 modeloatômicoenúmerosquânticos.pptxAula3 modeloatômicoenúmerosquânticos.pptx
Aula3 modeloatômicoenúmerosquânticos.pptx
 
Aula 21: Exercícios
Aula 21: ExercíciosAula 21: Exercícios
Aula 21: Exercícios
 
Números quânticos
Números quânticosNúmeros quânticos
Números quânticos
 

Similaire à Sandrogreco Orbitais E LigaçõEs QuíMicas

Similaire à Sandrogreco Orbitais E LigaçõEs QuíMicas (20)

Pp 2ª Aula áTomo H
Pp 2ª Aula áTomo HPp 2ª Aula áTomo H
Pp 2ª Aula áTomo H
 
Pp 2ª Aula áTomo H
Pp 2ª Aula áTomo HPp 2ª Aula áTomo H
Pp 2ª Aula áTomo H
 
Sandrogreco Teoria AtôMica Q. Geral
Sandrogreco Teoria AtôMica   Q. GeralSandrogreco Teoria AtôMica   Q. Geral
Sandrogreco Teoria AtôMica Q. Geral
 
Modelo Quântico - Aprofundamento MÁXIMO 2012
Modelo Quântico - Aprofundamento MÁXIMO  2012Modelo Quântico - Aprofundamento MÁXIMO  2012
Modelo Quântico - Aprofundamento MÁXIMO 2012
 
582459657.estrutura atomica(pafor)
582459657.estrutura atomica(pafor)582459657.estrutura atomica(pafor)
582459657.estrutura atomica(pafor)
 
Números quânticos
Números quânticosNúmeros quânticos
Números quânticos
 
Aula 03 - Estrutura dos átomos e moléculas
Aula 03 - Estrutura dos átomos e moléculasAula 03 - Estrutura dos átomos e moléculas
Aula 03 - Estrutura dos átomos e moléculas
 
Postulados de bohr
Postulados de bohrPostulados de bohr
Postulados de bohr
 
O Experimento de Franck Hertz
O Experimento de Franck HertzO Experimento de Franck Hertz
O Experimento de Franck Hertz
 
Cap1
Cap1Cap1
Cap1
 
Campo elétrico
Campo elétricoCampo elétrico
Campo elétrico
 
Atomo vf 775748
Atomo vf 775748Atomo vf 775748
Atomo vf 775748
 
Atomo vf cq108.ppt - recuperado automaticamente
Atomo vf cq108.ppt  -  recuperado automaticamenteAtomo vf cq108.ppt  -  recuperado automaticamente
Atomo vf cq108.ppt - recuperado automaticamente
 
Aula geral-meri
Aula  geral-meriAula  geral-meri
Aula geral-meri
 
Estrutura atômica
Estrutura atômicaEstrutura atômica
Estrutura atômica
 
Estrutura atômica
Estrutura atômicaEstrutura atômica
Estrutura atômica
 
Física de partículas
Física de partículasFísica de partículas
Física de partículas
 
Química Geral (Aula Teoria Atômica 3).ppt
Química Geral (Aula Teoria Atômica 3).pptQuímica Geral (Aula Teoria Atômica 3).ppt
Química Geral (Aula Teoria Atômica 3).ppt
 
Química Geral (Aula Teoria Atômica 3).ppt
Química Geral (Aula Teoria Atômica 3).pptQuímica Geral (Aula Teoria Atômica 3).ppt
Química Geral (Aula Teoria Atômica 3).ppt
 
Modelo atual 2013
Modelo atual 2013Modelo atual 2013
Modelo atual 2013
 

Plus de Profª Cristiana Passinato

Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20q
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20qSandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20q
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20qProfª Cristiana Passinato
 

Plus de Profª Cristiana Passinato (20)

Sentimentos cris passinato
Sentimentos cris passinatoSentimentos cris passinato
Sentimentos cris passinato
 
Aula de iogurte
Aula de iogurteAula de iogurte
Aula de iogurte
 
Automassagem4
Automassagem4Automassagem4
Automassagem4
 
Qual Será A Tua Escolha
Qual Será A Tua EscolhaQual Será A Tua Escolha
Qual Será A Tua Escolha
 
Mae Terra
Mae TerraMae Terra
Mae Terra
 
MudanÇAs Na Ortografia Da LíNgua Portuguesa
MudanÇAs Na Ortografia Da LíNgua PortuguesaMudanÇAs Na Ortografia Da LíNgua Portuguesa
MudanÇAs Na Ortografia Da LíNgua Portuguesa
 
Slidepadrao
SlidepadraoSlidepadrao
Slidepadrao
 
Nietzsche Humano Demasiado Humano
Nietzsche   Humano Demasiado HumanoNietzsche   Humano Demasiado Humano
Nietzsche Humano Demasiado Humano
 
QuíMica 20 QuíMica OrgâNica
QuíMica 20 QuíMica OrgâNicaQuíMica 20 QuíMica OrgâNica
QuíMica 20 QuíMica OrgâNica
 
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20q
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20qSandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20q
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20q
 
Como Evangelizar Com Parabolas
Como Evangelizar Com ParabolasComo Evangelizar Com Parabolas
Como Evangelizar Com Parabolas
 
Pesquisando… «
Pesquisando… «Pesquisando… «
Pesquisando… «
 
Idaidd Oconto Il
Idaidd Oconto IlIdaidd Oconto Il
Idaidd Oconto Il
 
Iupac Periodic Table 3 Oct05
Iupac Periodic Table 3 Oct05Iupac Periodic Table 3 Oct05
Iupac Periodic Table 3 Oct05
 
Iupac Periodic Table 3 Oct05 Ci
Iupac Periodic Table 3 Oct05 CiIupac Periodic Table 3 Oct05 Ci
Iupac Periodic Table 3 Oct05 Ci
 
Iupac Periodic Table 14 Jan05 Ci
Iupac Periodic Table 14 Jan05 CiIupac Periodic Table 14 Jan05 Ci
Iupac Periodic Table 14 Jan05 Ci
 
O Atomo Por Andre Diestel
O Atomo Por Andre DiestelO Atomo Por Andre Diestel
O Atomo Por Andre Diestel
 
Idaidd Oconto
Idaidd OcontoIdaidd Oconto
Idaidd Oconto
 
Idaidd Completo
Idaidd CompletoIdaidd Completo
Idaidd Completo
 
FíSica Moderna, Cap. 7 Energia Nuclear
FíSica Moderna, Cap. 7   Energia NuclearFíSica Moderna, Cap. 7   Energia Nuclear
FíSica Moderna, Cap. 7 Energia Nuclear
 

Sandrogreco Orbitais E LigaçõEs QuíMicas

  • 1. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 1 Estrutura atômica Em 1913, o pesquisador Niels Bohr publicou um polêmico modelo de átomo de hidrogênio. A princípio, seu modelo fazia uma analogia do sistema solar com o sistema atômico. Assim todas as equações da mecânica clássica, conhecidas para o sistema solar, poderiam ser aplicadas ao sistema atômico, ajustando-se apenas a natureza da força de atração envolvida. Este sistema é considerado Newtoniano, no entanto um problema grave surge quando esta analogia é feita nos seus detalhes. Um planeta gira em torno do sol em órbita estacionária, não há absorção ou emissão de energia; A mecânica clássica também consegue equacionar precisamente os sistemas eletrostáticos macroscópicos. Nessa mecânica, jamais um elétron poderá permanecer em órbita estacionária, em torno do núcleo, sem estar submetido a um processo de aceleração; Um elétron que gira em torno do núcleo sem absorver energia, irá obrigatoriamente emitir um arco-íris de cores, até finalmente colapsar com o núcleo. Bohr então apresentou alguns argumentos não-clássicos que não entraria em contradição com a mecânica clássica. NÍVEIS ESPECTRO N M 6 L 5 ENERGIA K CRESCENTE é 4 núcleo é 3 nível 1 (n = 1) = K é nível 2 (n = 2) = L é 2 nível 3 (n = 3) = M 1 nível 4 (n = 4) = N ENERGIA CRESCENTE • Os elétrons descrevem órbitas circulares (níveis de energia) ao redor do núcleo; • Cada uma dessas órbitas tem energia constante (órbita estacionária). Os elétrons que estão situados em órbitas mais afastadas do núcleo apresentarão maior quantidade de energia; • Quando um elétron absorve certa quantidade de energia, ele passa para uma órbita mais energética. Quando ele retorna à sua órbita original, libera a mesma quantidade de energia na forma de onda eletromagnética (luz).
  • 2. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 2 Elétron como partícula-onda: Embora o trabalho de Bohr tenha sido aceito pela comunidade científica, continha alguns argumentos não-clássicos, portanto era inegável que estava faltando um capítulo na ciência que pudesse explicar estes argumentos; Em 1924, Louis de Broglie, em sua tese de Doutorado, fez uma proposta revolucionária baseada nos trabalhos de Max Plank, Arthur Compton e Albert Einstein (mecânica quântica). Para descrever o elétron, Louis de Broglie considerou que tanto onda como matéria são energias e, portanto podem ser igualadas. A partir de sua hipótese, o elétron tem comportamento corpuscular (matéria) e ondulatório e passa a ser conhecido como partícula-onda. Surge então, O Princípio da dualidade do elétron. Em 1927, Davissom e Germer, funcionários da companhia Bell de telefones, observaram que o espalhamento dos elétrons bombardeados em cristal de níquel não era aleatório, mas sim, com periodicidade, que foi medida como reflexões dos elétrons nos planos do cristal. Nesta mesma época, Thomson fez a mesma observação mediante um experimento de emissão de elétrons através de finos filmes metálicos. Como a difração é um fenômeno ondulatório, estava, portanto comprovado, experimentalmente, o caráter dualístico dos elétrons. Em 1927, com visão dualística para o elétron (mecânica quântica), Werner Heisenberg apresentou uma restrição matemática quanto às características do elétron. O seu trabalho estabeleceu que não fosse possível determinar com precisão, em um dado momento, a posição e o momento do elétron. Logo não é possível conhecer, simultaneamente, a posição e a energia do elétron. Esta restrição ficou conhecida como Princípio da incerteza de Heisenberg. Equação de Schrödinger: Em 1926 e 1927, Erwin Schrödinger publicou seis trabalhos científicos que estabeleceram uma equação que possibilitou relacionar a energia do sistema eletrônico com suas propriedades ondulatórias, para qualquer elétron, de qualquer átomo, de todos os elementos químicos. psi = função de onda, trata-se de um sistema dualístico h2 Energia total do sistema = EΨ = x (v2Ψ) + vΨ Energia potencial 8π2m Energia cinética 2 δ2 δ2 δ2 onde, v = + + x, y e z são coordenadas de espaço. δx 2 δy 2 δz 2 m e h são a massa do elétron e a constante de Plank, respectivamente. A solução da equação de Shrödinger impõe três restrições que são conhecidos como números quânticos: número quântico principal (n) especifica o nível de energia do elétron como também o volume da região do espaço onde o elétron se encontra; número quântico secundário (l) determina a forma da região do espaço onde o elétron será encontrado; número quântico magnético (ml), este no não especifica energia, mas sim a orientação espacial da região no espaço onde o elétron poderá ser encontrado (orbital).
  • 3. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 3 NÚMERO QUÂNTICO MAGNÉTICO (ml) Fornece o número de possibilidades de orientações espaciais L= 2l + 1 l é o número quântico secundário (subnível) n (nível) l (subnível) 2l + 1 ml 1 0 (s) 1 0 2 0 (s) 1 0 1 (p) 3 -1, 0, +1 3 0 (s) 1 0 1 (p) 3 -1, 0, +1 2 (d) 5 -2, -1, 0, +1, +2
  • 4. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 4 Com a evolução dos equipamentos utilizados na análise espectroscópica, foi observado que as linhas espectrais, tanto do hidrogênio como também dos metais alcalinos, apresentavam desdobramentos quando submetidos a campo magnético. Em 1927, George Uhlenbeck e Samuel Goudsmit sugeriram que além dos três números quânticos impostos pela equação de Schörodinger, os elétrons deveriam também apresentar um momento magnético intrínseco independente do momento angular orbital (ml). Este novo momento angular ficou conhecido como spin ou número quântico spin (s). S N N S Recentemente, Pesquisadores da IBM em 1993, mostraram que a descrição dos elétrons como ondas não é uma mera construção matemática e pode ser visualizada. Usando um instrumento chamado microscópio de tunelamento com varredura, que permite a obtenção de figuras em nível atômico, eles geraram esta visão aumentada, com auxílio de computadores, de um círculo de átomos de ferro depositados em uma superfície de cobre. A imagem que eles chamaram de curral quântico revela o movimento dos elétrons em ondas. Gráfico e diagrama do orbital atômico 1s
  • 5. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 5 Gráfico e diagrama do orbital atômico 2s Gráfico e diagrama do orbital atômico 2p O PRINCÍPIO DA CONSTRUÇÃO: DISTRIBUI OS ELÉTRONS NOS ORBITAIS
  • 6. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 6 Os orbitais de energia mais baixa são preenchidos antes dos orbitais de energia mais alta; Princípio da exclusão de Pauli – Cada orbital só pode acomodar dois elétrons de spins contrários; Regra de Hund – Cada um dos orbitais degenerados, como os orbitais p, recebe um elétron de mesmo spin. Posteriormente, mas três elétrons de spins opostos são acrescentados ao conjunto.
  • 7. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 7 A partir da mecânica quântica, duas grandes teorias foram desenvolvidas para explicar como ocorrem as ligações químicas. A primeira, teoria de ligação de valência (TLV) começou a ser desenvolvida por Linus Pauling na década de 20, do século XX. Apesar de fundamentalmente limitada em alguns de seus conceitos, é extensivamente usada, pois além de simples, consegue explicar de forma precisa a geometria molecular. A TLV prevê a existência de dois tipos de sobreposição de orbitais. O primeiro, quando o orbital molecular formado apresenta densidade eletrônica exatamente no eixo da ligação química (direção internuclear). Esta ligação é chamada de ligação sigma (σ). A segunda situação é quando a sobreposição dos orbitais ocorre no plano da ligação, sendo chamada de ligação pi (π). Neste caso a densidade eletrônica no eixo da ligação é zero.
  • 8. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 8 Orbitais híbridos: é formado a partir da mistura de orbitais atômicos incompletos do mesmo átomo, que sofrem um rearranjo estrutural, originando um número igual de novos orbitais degenerados. CARBONO TETRAÉDRICO – O ORBITAL HÍBRIDO SP3 configuração do carbono configuração do carbono no seu estado mais estável no seu estado excitado 2p2 2p2 4 orbitais híbridos sp3 2s2 2s2 O orbital 2s e os três orbitais 2p se combinam para formar quatro orbitais híbridos sp3 de energias iguais
  • 9. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 9 AMÔNIA E ÁGUA (NH3 e H2O) CARBONO TRIGONAL PLANO -O ORBITAL HÍBRIDO SP2 configuração do carbono configuração do carbono no seu estado mais estável no seu estado excitado 2p2 2p2 3 orbitais híbridos sp2 2s2 2s2 O orbital 2s e os dois orbitais 2p se combinam para formar três orbitais híbridos sp2 de energias iguais
  • 10. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 10 B O R A N O (BH 3 )
  • 11. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 11 CARBONO COM GEOMETRIA LINEAR - O ORBITAL HÍBRIDO SP configuração do carbono configuração do carbono no seu estado mais estável no seu estado excitado 2p2 2p2 2 orbitais híbridos sp 2s2 2s2 O orbital 2s e o orbital 2p se combinam para formar dois orbitais híbridos sp de energias iguais
  • 12. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 12 HIDRETO DE BERÍLIO (BEH2) O CÁTION, RADICAL E O ÂNION METIL (A)
  • 13. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 13 GEOMETRIA MOLECULAR Geometria Valência do átomo central Hibridação Exemplos linear duas ligações covalentes sp BeF4, CdBr2, HgCl2 angular duas ligações e dois pares eletrônicos sp3 H2O, H2S trigonal plana três ligações covalentes sp2 BF3, B(CH3)3, GaI3 3 piramidal trigonal três ligações e um par eletrônico sp NH3, PCl3 tetraédrica quatro ligações covalentes sp3 CH4, SiF4, TiCl4 - - quadrado quatro ligações e dois pares eletrônicos sp2d NiCl4 , PtCl4 gangorra quatro ligações e um par eletrônico sp2d SF4 3 bipirâmide trigonal cinco ligações covalentes sp d PCl5, MoCl5, TaCl5 - -2 octaédrica seis ligações covalentes sp3d2 SF6, SbF6 , SiF6
  • 14. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 14 Os conceitos da teoria do orbital molecular (TOM) ou combinação linear de orbitais atômicos (LCAO) foram introduzidos por Robert Mulliken nos anos 30 do século XX. Naquela época, a TOM não recebeu a mesma atenção dedicada a TLV. Entretanto, com a sofisticação e qualidade dos equipamentos espectroscópicos e o surgimento dos computadores, aliados a exigência no tratamento de dados experimentais, a teoria do orbital molecular tomou espaço e atualmente é uma unanimidade no meio científico.
  • 15. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 15 MOLÉCULA DE H2 SOBREPOSIÇÃO DE ORBITAIS A MOLÉCULA DE HIDROGÊNIO: LIGAÇÃO COVALENTE SIGMA
  • 16. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 16 SOBREPOSIÇÃO DE ORBITAIS S E P: LIGAÇÃO SIGMA SOBREPOSIÇÃO DE ORBITAIS P E P: LIGAÇÃO SIGMA LIGAÇÃO COVALENTE PI
  • 17. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 17
  • 18. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 18 ENERGIA DOS ORBITAIS MOLECULARES Maior energia Sigma antiligante Pi antiligante ENERGIA Não-ligante Pi igante Menor energia Sigma ligante ORDEM DE LIGAÇÃO Elétrons ligantes - Elétrons antiligantes 2
  • 19. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 19 A ordem de ligação na molécula de H2 é (2-0)/2 = 1. Já na molécula hipotética de He2 a ordem de ligação é (2-2)/2 = 0. O valor da ordem de ligação indica o número de ligações feitas entre dois átomos. O HIDROGÊNIO É UMA MOLÉCULA DIATÔMICA, JÁ O HÉLIO É MONOATÔMICO. ROTAÇÃO DE LIGAÇÕES SIGMA RIGIDEZ DAS LIGAÇÕES PI
  • 20. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 20 Isomeria Cis e Trans Latim - trans = através de; cis = próximo a A polaridade de uma ligação individual é determinada pelo seu momento dipolo (μ). μ=δxd Onde, δ = quantidade de carga nos extremos do dipolo e d = distância entre as cargas.
  • 21. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 21 O momento dipolo é expresso em unidades de debye (D), onde 1 D = 3,34 x 10-30 coulomb . metros. Se um próton e um elétron (carga = 1,60 x 10-19 coulomb) estiverem separados por 1 Ao (10-10 m) o momento dipolo será: Expresso em debye (D): MOMENTO DIPOLO DE ALGUMAS LIGAÇÕES COVALENTES COMUNS O momento dipolo molecular é um bom indicador da polaridade total da molécula. Esse momento dipolo pode ser obtido diretamente, ao contrário do momento dipolo das ligações que deve ser estimado através da comparação de vários compostos. O valor do momento dipolo molecular é igual ao vetor soma dos momentos dipolos das ligações individuais. Este vetor soma reflete tanto a magnitude, quanto a direção de cada momento dipolo de ligação individual.
  • 22. Química Orgânica – Professor Sandro Greco 22