1. CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS
APOSTILA DE SALVAMENTO
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DAS OPERAÇÕES DE SALVAMENTO
Introdução
A ocorrência de situações adversas geralmente ocasiona o acionamento de socorros
governamentais que ao chegarem ao local do evento passarão a compor um quadro a ser
completo pela existência de vítimas e público. A seguir são apresentadas algumas considerações
sobre este trinômio que vão influenciar diretamente no desenvolvimento das operações de
salvamento. Elementos integrantes da área de operações: Vítima – Socorrista – Público
Vítima Aquela que é envolvida no evento. Recebe toda a carga decorrente da situação,
podendo ser: fatal ou não-fatal.
Socorrista É o elemento que, isoladamente ou em conjunto, propõe-se a solucionar o
evento, sendo inerente à sua atuação o chamado processo de iniciativa, originado
fisiologicamente pela descarga de adrenalina no organismo. Pode ser: governamental ou
não-governamental.
Público Presente em todo e qualquer evento, em maior ou menor número, pode ser
classificado em: tenso (direto e indireto), crítico, ajudante e observador.
Bases do Socorrista:
Da mais simples a mais complexa, a operação de salvamento estará apoiada sobre o seu mentor
que é o homem. Este, por sua vez, para que possa realmente sustentar o seu trabalho, precisará
estar alicerçado sobre o trinômio composto dos seguintes aspectos: Preparo Psicológico –
Preparo Físico – Preparo Técnico
Atuação do Socorrista
Para que sejam bem desencadeadas todas operações de salvamento, os elementos
componentes de uma guarnição devem ter conhecimento do desenvolvimento ordenado da
atuação do socorrista, cuja seqüência de etapas pode ser expressa pelo seguinte fluxograma:
aviso saída chegada ao local isolamento método desfecho
1
2. ESCAPE
Uma das reações instintivas de qualquer pessoa, que se encontra num incêndio ou em qualquer
outra situação fora de seu domínio, é fugir do ambiente hostil. Este instinto de conservação,
primitivo em sua origem, se vê, às vezes, neutralizado pelo valor material de bens pessoais.
Como a fuga é instintiva, a via de escape de qualquer ponto de um edifício , deve ser, a mais
curta possível, de fácil acesso e suficientemente ampla para acomodar a todos que tentarem
escapar, e deve estar livre de gases e de fumaça.
Como em todos os problemas relacionados com o fogo, a fuga depende do tempo. Desta forma,
o tempo de escape não pode ser o mesmo para todos os edifícios, pois é função basicamente do
número de ocupantes dos mesmos.
A segurança humana é uma das principais finalidade de escape nos incêndios. Na decisão do
percurso de evacuação a ser adotado devem-se considerar cinco variáveis . Destas três são
previsíveis e duas aleatórias:
Variáveis Previsíveis :
Características dos ocupantes - a característica principal que deve ser levada em
consideração é a mobilidade dos ocupantes de um local sinistrado. A mobilidade determina a
capacidade de uma pessoa escapar. Os problemas de evacuação são muito piores em locais
onde as concentrações de doentes, idosos e crianças sejam maiores.
Planta do edifício - a característica arquitetônica de uma edificação deve se considerada
de grande importância devido a distancia que uma pessoa terá que se deslocar até um ponto
seguro. Em geral, a segurança está relacionada com a altura de um edifício, mas a distância
pode ter igual importância em edifícios de um único piso.
Os sistemas de escape existentes - sabemos que os locais onde os sistema de segurança
são existentes, o trabalho de evacuação se tornará mais fácil .
Variáveis Aleatórias:
Locais que poderão ser atingidos pelo incêndio – através de conhecimento do local onde
se concentra o sinistro, podem-se traçar algumas projeções dos locais mais susceptíveis a
incêndio. Através desta análise, podem ser definidas as vias de escape mais rápidas e
seguras.
Localização de uma pessoa em um edifício sinistrado - em alguns edifícios podemos
prever os locais onde se encontram os seus ocupantes, e o numero provável de pessoas que
ali normalmente estejam. Nos centros comerciais onde a população é flutuante, tal previsão
torna-se impossível.
As operações de evacuação a serem realizadas pelas equipes de salvamento devem ser
realizadas através de determinadas técnicas e conceitos teóricos.
Técnicas de Escape:
Escape Imediato - retirada dos ocupantes do edifício e executado por uma via de escape
direta.
Escape por Fases - ocupantes de um edifício são conduzidos a locais intermediários, de
forma que a saída definitiva seja efetuada de maneira ordenada.
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3. Escape para um Refúgio - ocupantes são transferidos para uma área protegida, dentro de
uma estrutura, até que a situação seja minimizada e, em seguida, são resgatados.
Conceitos Básicos:
O trabalho de evacuação de um local sinistrado deve ser executado obedecendo a
conceitos básicos, a fim de que a situação dos ocupantes do mesmo seja totalmente
minimizada. Sendo assim, a evacuação deve estar baseada nos seguintes princípios:
objetividade, precisão, disciplina e segurança.
É importante considerar que pessoas envolvidas por um sinistro, são tomadas pelo pânico,
apresentando reações próprias, tremores pelo corpo, choro convulsivo, ou simplesmente
permanecem estáticas, alheias a tudo que se passa. Cabe, portanto, ao homem que vai
efetuar o salvamento (evacuação), usar de sua criatividade, a fim de que esse quadro seja
revertido.
O primeiro objetivo a ser atingido é o aterramento do setor ou dos andares envolvidos,
através do seu sistema de emergência; logo a seguir, os andares diretamente envolvidos, com
os seguintes procedimentos:
− Realizar a abertura de todas as portas, inspecionar o interior dos ambientes, em
especial: banheiros, armários, sob camas e outros móveis que, porventura existam,
não esquecendo as escadas e janelas;
− Fazer a demarcação dos ambientes inspecionados;
− Conduzir as vítimas para as escadas de incêndio, deixando um bombeiro
encarregado de dar a orientação necessária para as vítimas, evitando a subida das
mesmas; mantendo a distância entre uma vítima e outra; mantendo-as de um lado
da escada, destinando o outro lado ao trânsito das equipes de salvamento; evitando
correrias e aglomerações desnecessárias;
- Concentrar as vítimas a fim de efetuar uma chamada e verificar se há falta de
pessoas;
- Solicitar o auxílio de pessoas que conheçam a estrutura do edifício.
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
É regra primordial que ninguém, no combate a incêndio, entre em ambiente saturado de gases,
fumaça e temperatura elevada, sem estar com equipamento de proteção respiratória. O fato de
deixar este tipo de material de lado nestas operações pode acarretar não só no fracasso do
socorro como também em conseqüências sérias, inclusive a morte. Isto porque o sistema
respiratório humano é mais vulnerável às agressões ambientais do que qualquer outra área do
corpo.
Podemos falar também da necessidade de usamos um equipamento de respiração autônoma nos
locais de diferentes índices de pressões atmosféricas (poços, túneis, cavernas) e no mergulho,
atividade existente no CBMERJ (GBS, Gmar ).
É muito importante salientarmos que nos incêndios encontramos quatro tipos distintos de riscos
no tocante a respiração: falta de oxigênio, temperatura elevada, fumaça e gases tóxicos.
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4. PORCENTAGEM DE OXIGÊNIO SINTOMAS
NO AR
21% Condução normal
17% Alguma perda de coordenação e aumento da freqüência
respiratória
12% Vertigem, dor de cabeça e fadiga
09% Inconsciência
06% Morte em poucos minutos por parada respiratória e
concorrência de parada cardíaca
Obs.: Estes dados não podem ser considerados como absolutos, pois não levam em
consideração o tempo de exposição e as diferentes capacidades respiratórias.
EFEITOS TÓXICOS DO MONÓXIDO DE CARBONO (CO) NO ORGANISMO
CO ( partes CO no SINTOMAS
por milhão ) AR
100 0,01 Nenhum sintoma
200 0,02 Leve dor de cabeça, podendo ocorrer outros sintomas
400 0,04 Dor de cabeça após 1 ou 2 horas
800 0,08 Dor de cabeça após 45 min. Náuseas, colapso e inconsciência, após
2h
1000 0,10 Risco de ocorrer inconsciência após 1 h
1600 0,16 Dor de cabeça, tontura, náuseas, após 20 min.
3200 0,32 Dor de cabeça e tontura, náuseas após 5 ou 10 min. Inconsciência
após 30 min.
6400 0,64 Dor de cabeça e tontura após 1ou2 min. Inconsciência após 10 ou 10
min.
12800 1,28 Inconsciência imediata perigo de morte entre 1 e 3 min.
Obs.: Não se trata de dados absolutos, porque não mostra a variação da freqüência ou do tempo
de exposição.
EQUIPAMENTO DE RESPIRAÇÃO AUTÔNOMA
Existem dois meios de se equipar:
Método de colocação por sobre a cabeça:
1) verificar a pressão no manômetro do cilindro;
2) o equipamento deve ser colocado no solo, com o cinto aberto, as alças de transporte
alargadas e colocadas para o lado de fora do suporte, para não atrapalhar o BM no
momento da colocação;
3) agachar ou ajoelhar-se na extremidade oposto ao registro do cilindro;
4) segurar o cilindro com as mãos, deixando as alças de transporte para o lado de fora;
5) levantar-se, erguendo o cilindro por sobre a cabeça e deixando que as alças de transporte
passem dos cotovelos;
6) inclinar-se levemente para frente, permitindo ao cilindro ficar nas costas, deixando as alças
caírem naturalmente sobre os ombros;
7) puxar os tirantes de ajuste, certificando-se que as alças não estejam torcidas;
8) ergue o corpo, fechar e ajustar o cinto e peitoral de forma que o equipamento acomode-se
confortavelmente; e
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5. 9) lembrar que a falta de ajuste da alça e do cinto provoca ma distribuição de peso.
a. Método de vestir:
1) verificar a pressão no manômetro do cilindro
2) vestir o equipamento, passando um braço por vez através da alças. Colocando-lo no solo,
com as alças alargadas e o cinto aberto;
3) agachar-se próximo à extremidade do registro do cilindro;
4) com a mão direita, segurar a alça que será colocada sobre o ombro direito ( ou, com, a
esquerda, a que será colocada sobre o ombro esquerdo );
5) levantar-se, colocando a correia no ombro, Durante este movimento, o cotovelo deve
passar por dentro da alça; e
6) ajustar as alças eo cinto como descrito no método anterior.
Colocação da peça facial:
1) alargar ao máximo os tirantes da máscara;
2) colocar a peça facial, introduzindo primeiramente o queixo dentro desta e, com as duas
mãos, colocar os tirantes por sobre a cabeça;
3) puxar simultaneamente e na mesma seqüência, os tirantes laterais interiores, o tirante
único superior e os dois temporais, para trás, ajustando-os com cuidado para não danifica-
los;
4) verificar a vedação da peça facial inspirando e tampando a entrada de ar. “Não pode
ocorrer entrada de ar“;
5) certificar-se de que a válvula de demanda de ar está fechada;
6) abrir o registro do cilindro;
7) efetuar a conexão da válvula de demanda da máscara; e
8) deve-se observar o funcionamento da válvula de exalação. Para tanto inspirar e expirar.
Com as costas das mãos sentir o ar sair pela válvula de exalação. Caso não ocorra a
saída do ar, expirar com força isto deverá liberar a válvula.
Principais cuidados
Observar:
1) conexão do cilindro ao redutor de pressão;
2) cinta que liga o cilindro ao suporte;
3) alças de transporte, cinto tirante peitoral ( confeccionados em NOMEX, para aumentar
a resistência ao calor );
4) placa de suporte;
5) conexão das mangueiras;
6) tirantes e peças facial;
7) pressão do cilindro;
8) vedação a alta pressão; e
9) alarme sonoro.
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6. TIPOS DE TRABALHO CONSUMO MÉDIO P/CADA 100PSI
Inspeção e 03 min.
reconhecimento....................... 1,5 min.
Operação ( c/ esforço físico )
....................
Exemplificando :
1º caso
pressão no cilindro ............................................................ 1500PSI
tempo de caminhada ( ida ) .............................................. 8 min.
tempo de caminhada ( volta ) ......................................... 8 min.
tempo de inspeção e reconhecimento ........................... ?
solução :
100 PSI ..........................................................3 min. X = 15000 x 3
1500 PSI .......................................................x 100
X= 45 min. De ar
Deduzindo-se os 16 minutos de caminhada ( 8 de ida e 8 de volta ), temos 45 – 16 = 29
min. De inspeção e reconhecimento.
2º caso
pressão do cilindro...................................................... 1500 PSI
tempo de caminhada ( ida ) ........................................ 8 min.
tempo de caminhada ( volta ) ..................................... 8 min.
Tempo de trabalho de operação ................................. ?
solução :
100 PSI ......................... 15 min. X= 15000 x 1,5
1500 PSI ....................... X 100
X= 22,5 min. de ar
de de
Deduzindo-se os 16 min. De caminhada ( 8 ida e 8 volta ), temos; 22,5 – 16 = 06,5 de
min. De trabalho de operação.
SALVAMENTO EM INCÊNDIO
Para melhor realizar operações de salvamento em locais de incêndio o BM tem que levar em
consideração primordialmente fatores como segurança, agilidade, controle, interação e
coordenação. Logo, não se pode esquecer de utilizar equipamento de proteção individual
adequado, assim como rádios portáteis, cabo guia, escadas enclausuradas (isoladas dos
pavimentos por portas corta-fogo, provendo saídas suficientes para todos os integrantes da
edificação), entre outros que serão comentados a seguir.
A finalidade das edificações também deve ser levada em consideração para se montar o estilo de
trabalho a ser utilizado pelas guarnições que realizará o salvamento, porque ocorrem sérias
complicações em locais de incêndio onde há concentração de público, como teatros, cinemas
estádios, salões de festas, mercados. Se as saídas normais ficarem bloqueadas, a situação
através de saídas pelas quais os ocupantes não estão familiarizados. O fator de existir fogo numa
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7. edificação pode resultar em pânico e prejudicar a operação A organização para evacuar um local
de concentração de público é fundamental.
Locais como sanatórios, asilos e nosocômios apresentam circunstâncias especiais: alguns de
seus ocupantes podem estar incapacitados de se locomover. Aqueles que executam trabalhos de
salvamento nesses locais, têm que estar preparados paras remover as vítimas para local seguro
sem agravar, ainda mais, a situação destes. O sucesso da operação nesses locais depende
sempre de estudos e treinamentos prévios. Não se deve em hipótese usar o elevador e as
pessoas envolvidas devem ser levadas sempre para pavimentos inferiores (de saída ).
PROCEDIMENTOS PARA RETIRADA DE VÍTIMAS EM LOCAIS DE INCÊDIOS:
1) Usar sempre equipamentos de proteção respiratória. Lembrar que grande parte das vítimas
em situações de incêndios perde a vida ou sofre lesões em conseqüência da intoxicação por
monóxido de carbono (CO).
2) Se o local for desconhecido, com pouca visibilidade e perigoso, deve-se usar o cabo-guia, não
só para a comunicação entre os BM, mas também para maior segurança nos trabalhos, uma vez
que o caminho de volta ficará marcado. O melhor meio de se prender o cabo ao BM é através do
nó de penetração com soltura rápida.
3) O trabalho deve ser efetuado sempre em duplas.
4) Na parte externa do prédio devemos procurar observar todos os meios de fuga visíveis.
5) Antes de começar o trabalho, procurar saber se já existem outros BM no sinistro.
6) Se dentro da edificação a visibilidade for ruim, e o BM não puder ver seus pés, deve dar
continuidade à busca “engatinhando”.
7) Começar a busca, sempre que possível, pela parede que dá para o exterior. Isso permitirá ao
BM ventilar o ambiente ao abrir as janelas tão logo seja oportuno
8) Usar todos meios de sinalização possíveis para evento.
9) Usar lanternas.
10) Utilizar qualquer tipo de material para reter as portas com dispositivos de fechamento
automático. Pois isto manterá ventilação e caminho, pelo qual o BM entrou livre.
11) Procurar sustentar a posição de confiança ao demonstrar calma, segurança e racionalidade
nas ordens dadas às vítimas.
12) Manter na mediada do possível, todos os integrantes da guarnição cientes de tudo que se
passa.
13) Se o cômodo estiver muito quente para entrar, procurar somente nas proximidades da porta,
pois a possibilidade de se encontrar vítimas neste local é muito grande.
14) As buscas devem ser planejadas para se evitar o desgaste desnecessário, assim como, a
maior eficiência nos trabalhos.
15) Procurar estabelecer pontos de referência dentro da edificação (Ex.: direção da luz, da
ventilação e meios secundários de fuga ).
16) Lembrar sempre que a localização de uma vítima pode ocorrer desde a parte externa da
edificação.
17) Procurar em todos os compartimentos da edificação, principalmente armários e boxes dos
banheiros.
18) Para localizar vítimas sob as camas, colocar a perna ou utilizar uma ferramenta longa que
possibilite a vistoria.
19) Quando existir muita fumaça e conseqüentemente pouca visibilidade, descer e subir escadas
apoiando-se sobre as mãos e os joelhos. Mantendo a cabeça elevada.
20) Não existe um tempo preestabelecido para que os trabalhos sejam paralisados e portanto se
possa ouvir pedidos de socorro. Tosse, gemidos, choro ou outro sinal que indique a existência de
7
8. vítimas nas proximidades. Ao se confirmar algum destes sons, dirigir-se imediatamente até a
vítima estabelecendo troca de informações com a mesma, quando possível.
21) Sempre que encerrar as buscas num cômodo, deixar marcas visíveis de que todo o local já
foi vasculhado. Gavetas em cima da cama, colchões enrolados e portas de armários são bons
indicativos de que este tipo de trabalho já foi efetuado.
22) Ao terminar as buscas num pavimento, deixar uma marca visível na entrada do mesmo para
informar que a procura por vítimas ali estão encerradas.
23) Assim que retirar uma vítima da edificação, deixá-la sob cuidados de alguém. Evitando assim,
que a mesma venha a retornar para o sinistro, seja qual for o motivo.
NÓS E AMARRAÇÕES
a) De extremidade:
Nó Simples
É o mais simples de todos os nós, sendo mais conhecido por “Nó Cego”. Será utilizado como
base para o Nó de Fita. Pode ser usado também para melhorar a pegada numa corda quando
esta é utilizada como apoio para a escalada a determinado ponto (“LEPAR”). Para tanto, um dos
métodos de confecção dos nós na corda é pelo processo de “fradear a corda”.
Nó em Oito
Também conhecido por “Alemão”. Será usado como base para a Azelha em Oito pela Ponta ou
para confecção da Azelha Dupla em Oito.
Nó de Frade
Utilizado basicamente para “falcaçar” as pontas das cordas. Também serve como base para o
Assento Americano quando passamos o cabo solteiro em volta da cintura e damos as duas voltas
com a corda, que nada mais é do que o nó em questão.
b) De emenda ou junção:
Nó Direito
Utilizado para unir cordas de mesmo diâmetro. Deve obrigatoriamente ser arrematado, pois
quando “frouxo” desfaz-se com relativa facilidade. Será utilizado como finalização do Assento
Americano.
Nó de Escota Simples
Seu uso destina-se a união de cordas de mesmo diâmetro ou de diâmetros diferentes.
Normalmente o utilizamos quando precisamos içar uma corda até determinado ponto através do
uso de uma retinida que é lançada até o chão.
Nó de Escota Dupla
Tem a mesma finalidade do Nó de Escota Simples, com a única e principal diferença de
aumentar a segurança evitando-se que o nó se desfaça. Em cordas molhadas é o ideal.
Nó de Fita
Também conhecido como “Nó Duplo”, é utilizado na maioria das vezes para unir as pontas de
fitas tubulares e/ou planas, formando anéis de fitas. Serve também para unir cordas, mas é pouco
utilizado para esse fim. Em nosso caso específico utilizaremos tal nó para unir pedaços de fitas
formando anéis que serão utilizados como “estropos” que poderão ser usados nas ancoragens.
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9. Nó Pescador Simples
É confeccionado basicamente fazendo-se um nó simples sobre outra corda e vice-versa. Utilizado
para unir cordas de mesmo diâmetro e nos arremates quando não for possível realizar o nó
Pescador Duplo devido ao comprimento insuficiente do chicote.
c) Alceados
Nó Azelha Simples
Nada mais é do que um Nó Simples realizado com o seio de uma corda. Destina-se a ancorar a
corda em determinado objeto pontiagudo ou na confecção de estribos. Seu inconveniente é o fato
de que, após submetido a tensão, fica difícil de desfazer-se. Pode ser feito pelo seio ou pela
ponta (“induzido”).
Nó Azelha em Oito
Confeccionado como o Nó em Oito (ou Alemão), só que pelo seio de uma corda. Sua vantagem
em relação ao Nó de Azelha Simples é que possui fácil soltura depois de submetido à tensão.
Pode ser feito pelo seio ou pela ponta (“induzido”). É um dos nós mais utilizados nos
“encordoamentos” às cadeirinhas (baudrier) por ser um dos mais seguros. Alguns o citam como
sendo Azelha Dupla, o que parece incorreto, pois após confecção tem-se apenas uma alça.
Nó Azelha Dupla
A doutrina de um modo geral não apresenta uma definição exata do que seja uma Azelha Dupla.
Assim sendo, iremos considerar tal nó como sendo aquele que proporciona duas alças para
serem empregadas em trabalhos diversos.
Nó Lais de Guia Simples
Trata-se de um dos nós mais antigos utilizados por escaladores os quais, antes do invento das
cadeirinhas, o atavam ao peito para se “protegerem” em caso de queda (ficavam pendurados
pelo peito numa posição bem incômoda e que impunha um risco de vida caso não fossem
resgatados rapidamente). Não sendo arrematado torna-se um nó perigoso sendo apontado como
o “culpado” por alguns acidentes em altura.
Nó Lais de Guia Duplo
Muito utilizado nos encordoamentos, pois mesmo após ser submetido à tensão possui fácil
soltura. Por isso deve ser obrigatoriamente arrematado, preferencialmente com o Nó de Pescador
Duplo. Quando feito pelo seio é conhecido entre os bombeiros como Balso pelo Seio de Duas
Alças.
d) De arremate
Nó de Pescador Simples
Ver confecção e características na subunidade referente a nós de junção ou emenda. Uma
observação a se fazer é que quando se utiliza apenas uma das partes do nó como arremate,
pode ser denominado de “Meio Pescador Duplo”.
Cote
Nada mais é do que um Nó Fiel confeccionado com o chicote da corda que sobra do nó principal
feito na outra corda. Detalhe: quando o desenho do nó assemelha-se ao Nó Boca de Lobo, o nó
não deve ser considerado como Cote.
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10. e) De ancoragem
Nó Boca de Lobo
Quando feito pela ponta deve ser arrematado sob pena de desfazer-se quando submetido à
tensão. Seu uso mais comum é pelo seio da corda ou fita. É utilizado para fixação dos anéis de
fita à cadeirinha. Seu ponto negativo é que, ao ser submetido à tensão, realiza um “efeito
guilhotina” sobre si mesmo, reduzindo em muito a resistência da corda (cerca de55%).
Nó Fiel
Trata-se do nó mais conhecido no CBMERJ e a prova de adestramento no tocante a confecção
de nós reside justamente no fato do bombeiro conseguir confeccioná-lo em condições mais
adversas possíveis, como de olhos vendados, na perna, etc. É um nó muito utilizado no
montanhismo, porém alguns profissionais o contra indicam sob a alegação de que depois de
confeccionado e sob tensão, as cordas se sobrepõem fazendo um “efeito guilhotina” (mordendo).
Não obstante isso é um nó extremamente confiável e de fácil confecção, podendo inclusive ser
feito num mosquetão com apenas uma das mãos, caso a outra esteja ocupada. Sendo
confeccionado e tencionado sobre uma superfície lisa e cilíndrica, pode correr com carga
aproximada de 400 kgf. Daí a importância do arremate quando o nó for feito pela ponta.
Nó Lais de Guia Duplo
Seu principal inconveniente em ocorrências reais é a demora na confecção. Nos treinamentos,
quando houver tempo para preparar o local de instrução, é o nó mais indicado para as
ancoragens, pois é fácil de desfazer-se após ser submetido à tensão. É o preferido por
escaladores por ser fácil de desfazer-se depois de submetido à tensão, no encordoamento da
cadeirinha.
f) Autoblocantes
Nó Prusik
Erroneamente chamado de Nó Prússico, é o nó autoblocante mais antigo que existe e seu nome
foi emprestado de seu inventor, um “músico” chamado Karl Prusik. Trata-se de um nó muito Sua
vantagem reside no fato de que pode ser confeccionado até mesmo com uma só mão e que se
trava em qualquer direção que for puxado. utilizado em “auto-resgates”. Alguns autores
recomendam apenas duas voltas em sua confecção. Por questões de segurança,
padronizaremos, no mínimo, três voltas.
Nó Machard
Também muito fácil de ser confeccionado, substitui à altura o Nó Prusik. Embora fique travado
em ambas as direções, é classificado como nó unidirecional (deve ser tracionado no sentido
oposto à alça).
Nó French Prusik
Também conhecido como Blocante Clássico, Machard pelo Seio ou Machard Bidirecional. É um
nó muito fácil de ser confeccionado e de ser afrouxado após receber carga. Sua característica
principal é a de aumentar em 200% a carga de ruptura do cordelete, uma vez que este é utilizado
de forma que fique dobrado, ou seja, o mosquetão é introduzido nas duas alças. Com isso, um
cordelete que tenha CR de750 kgf, p.ex., passa a suportar carga de 1500 kgf, desde que o nó
seja confeccionado com um número de voltas suficiente.
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11. g) De segurança
Nó UIAA
De tão confiável, recebeu o nome da União Internacional das Associações de Alpinismo. Aliás, é
o único “dispositivo de frenagem” (freio) homologado pela referida entidade.Também conhecido
por Nó Dinâmico, serve como freio durante a segurança na escalada ou durante um rapel de
mergência. Seu inconveniente é que o princípio de funcionamento baseia-se no atrito gerado pela
fricção de duas partes da mesma corda numa peça metálica. Com isso, num uso constante, a
corda poderia vir a se romper (isso no caso específico do rapel). Lembre-se que ele é para uma
emergência.
h) De tracionamento
Nó Paulista
Nó bastante conhecido dos caminhoneiros por facilitar o arranjo da carga na carroceria do
caminhão. Como o atrito de corda com corda não é recomendável, deve-se confeccionar o nó
utilizando mosquetão ou o freio em oito.
AUTOCORTE - EXPANSOR
O conjunto de salvamento “lukas” é um equipamento dotado de capacidades e dispositivos, que
torna adequado para serviços desta natureza.
Seus componentes foram desenvolvidos em laboratório, com o auxílio do computador, o que lhe
garante apesar de seu reduzido peso, o desenvolvimento de forças extremamente altas, aliado à
facilidade de operação em resgates ligeiros.
Devido a sua versatilidade, pode ser utilizado em acidentes envolvendo veículos, desabamentos,
ou até mesmo em trabalhos submersos, dentro do limite de 40 m de profundidade.
O autocorte-expansor cada vez mais é utilizado em todos os Corpos de Bombeiros pela sua
capacidade de soltar as vítimas com rapidez diminuindo o tempo de socorro neste tipo de
acidente. Com isso a longa espera que era causada pela falta de equipamentos específicos, para
salvamentos dessa natureza foi resolvida nos atendimentos hospitalares mais rápidos diminuindo
consideravelmente o número de óbitos.
O sistema consiste em um motor elétrico ou a gasolina que move uma bomba hidráulica, sendo
esta comum a todos os modelos. Ela se caracteriza por um aro que contém em seu interior quatro
pistões radiais permanentemente comprimidos por molas. No centro deste conjunto, há um
excêntrico movido pelo eixo do motor, que devido ao seu movimento irregular, ao passar por cada
um dos pistões provoca um movimento nos mesmos, impulsionando o fluído para dentro do aro
que é oco. No aro, há apenas uma saída, por onde escoa todo o fluído em direção à válvula.
Todo este conjunto permanece imerso no reservatório de óleo, tendo sob o aro, quatro tubos
pescadores que alimentam cada um dos pistões. No bloco da válvula, há ainda um pequeno tubo
encarregado de despejar o óleo que retorna das ferramentas hidráulicas.
Componentes:
O conjunto de salvamento é composto por: bomba hidráulica acionada por um motor a gasolina,
mangueiras com sistemas de engate rápido e várias ferramentas hidráulicas que podem ser
utilizadas para afastamento, tração e corte.
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12. Componentes da moto-bomba:
- 1: Bocal de abastecimento da gasolina;
- 2: Tela de proteção;
- 3: Manopla de acionamento;
- 4: Bocal de abastecimento de óleo do motor;
- 5: Silencioso com escudo protetor;
- 6: Comando de partida, aceleração e parada ( Sistema Choke-a-Mantic );
- 7: Filtro de ar;
- 8: Carburador;
- 9: Cabeçote;
- 10: Vela;
- 11: Identificação do motor;
- 12: Bocal de abastecimento do fluído hidráulico;
- 13: Visor de nível do fluído hidráulico;
- 14: Bujão de dreno;
- 15: Identificação do modelo de bomba;
- 16: Reservatório do fluído hidráulico;
- 17: Alavanca de pressurização;
- 18: Bloco da válvula .
Pinça hidráulica (LKS 35)
- 1: Braços antideslizantes de aço;
- 2: Eixo central de fixação;
- 3: Manga de proteção;
- 4: Alça;
- 5: Disco anatômico para abertura e fechamento;
- 6: Punho;
- 7: Plug de engate rápido.
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13. Pinça hidráulica (LSP 40 e LSP 44B)
Pinça hidráulica (LS 300 e LS 200)
LS 300 LS 200
Especificações:
MOTOR
Tipo Monocilíndrico a 4 tempos
Cilindrada 186,70 cm3
Potência 4 HP a 3.600 rpm
Distância entre os eletrodos da vela 0,76 mm
Combustível Gasolina pura
Óleo lubrificante SAE 10w - 30
Reservatório de gasolina 1,10 litros
Reservatório de Óleo 0,6 1itros
Autonomia 1:10 h
* com as molas das válvulas montadas.
13
14. BOMBA HIDRÁULICA
Capacidade do reservatório do fluído
4 1itros
hidráulico
Fluido hidráulico Óleo mineral
Peso ( com motor e gabinete) 33 kg
LSP
PINÇA HIDRÁULICA LKS 35 LSP 40 LS 200 LS 300
44B
Força de corte no centro 8.000
*** *** 240kN 240kN
das lâminas kgf
Força de afastamento/ 3.600
38 kN 45kN *** ***
tração kgf
Distância de afastamento/
320 mm 630mm 620mm *** ***
tração
Peso 14,5 kg 17Kg 23Kg 12,5 Kg 14kg
825 x 805 x 830 x 680 x 720 x
Dimensões L x B x H (mm) 190 x 299 x 299 x 210 x 278 x
160 170 170 163 163
MOTOSSERRA
As motosserras constituem-se de um motor a explosão de dois tempos e um sabre com corrente,
sendo utilizadas para corte de madeira, especialmente troncos de árvores.
Atualmente, encontramos os modelos 08 S e 051 AV, da marca STIHL, sendo utilizados com
maior freqüência na Corporação. Existem técnicas especiais para o desenvolvimento dos cortes
de árvore, que veremos a seguir.
1 – Sabre 7 – Afogador
2 – Corrente 8 –Protetor do punho
3 – Punho 9 – Retém do acelerador
4 – Filtro de ar 10 – Vela de ignição
5 – Acelerador 11 – Tampa do cárter
6 – Trava do acelerador 12 – Garra
6 9 10 3 8 1
5
7
4 2
11 12
14
15. Especificações
Quadro comparativo das Moto Serras STIHL
Moto Serra 020 - 041 - 051 - 075 - 08 - S /
015-L
STIHL AV AV AV AV TS 08
Mot Cilindr 60,3
32 cm3 32 cm3 61 cm3 89 cm3 111 cm3
or ada cm3
Peso
3,7 Kg 4,4 Kg 7,5 Kg 11,8 Kg 11,7 Kg 8,3 Kg
(completo)
Comprimento
33, 40, 43, 53, 53, 63,
s 25 e 30 30 e 35 33, 43
45 e 50 63 e 75 75 e 90
de corte / cm cm e 53 cm
cm cm cm
sabres
Capacidade
do
0,4 L 0,4 L 0,53 L 0,53 L 0,76 L 0,76 L
Tanque de
combustível
Capacidade
do tanque de
0,25 L 0,25 L 0,34 L 0,34 L 0,34 L 0,34 L
óleo
lubrificante
Mistura de
combustível / 1:20 1:20 1:20 1:20 1:20 1:20
óleo 2T
Correntes 1/4” 1/4” 3/8” 0,404” 0,404” 3/8”
MOTOCORTADOR
Equipamentos de corte, movido a motor a explosão de dois tempos. Atualmente, encontramos o
modelo TS 08, da marca STIHL, sendo utilizado com maior freqüência na Corporação.
Os motocortadores possuem discos que podem ser acoplados ao aparelho. Estes discos podem
ser de vários tipos, de acordo com o material a ser cortado. Na corporação, utiliza-se o disco para
corte de ferro, aço ou concreto, de uso freqüente para a retirada de vítimas presas às ferragens
de veículos, arrombamentos de portas de aço (lojas) ou mesmo outros tipos e outras situações
onde caibam sua utilização, como, por exemplo, o corte de vergalhões em desabamentos.
15
16. 5 – Acelerador
1 – Disco
6 – Trava do acelerador
2 – Protetor do Disco
7 – Afogador
3 – Punho
8 – Borboleta da regulagem do
4 – Filtro de ar
protetor
3 8 2
5 6 1
7
4
GÁS NATURAL VEICULAR
O Gás Natural Veicular (GNV) é um combustível “limpo”, composto por uma mistura de gases
extremamente leve, com aproximadamente 90% de metano (CH4). É econômico, pois
proporciona um rendimento maior para o veículo – um carro abastecido com R$50 de gás natural
anda uma distância maior do que um outro com o mesmo valor com gasolina. É seguro, por ser
inflamado apenas quando submetido a uma temperatura de 620º C ( o álcool se inflama a 200ºC
e a gasolina a 300ºC ). É ecológico, pelo fato de não emitir poluentes como óxidos nitrogenosos
(NOX), dióxido de carbono (CO2) e, principalmente, monóxido de carbono.
Os veículos podem ser adaptados em oficinas devidamente credenciadas pelo INMETRO, que os
tornam bi-combustíveis. Isto é, o motorista pode escolher entre o uso do gás natural e o
combustível original de seu veículo. Para isso, basta um clique em uma chave comutadora no
painel. Algumas montadoras já disponibilizam para compra carros estruturados para o uso do gás
natural com garantia de fábrica.
Adotado em diversos países como: Argentina, Austrália, Canadá e vários países da Comunidade
Européia, o GNV tem passado por muitas inovações tecnológicas em diversas montadoras,
principalmente na Europa. Vale lembrar que o GNV nada mais é do que o mesmo gás natural
usado também nos setores industrial, comercial, residencial e de geração de energia.
Atualmente, o Brasil conta com gás natural produzido em algumas regiões e com gás importado.
Antes de ser distribuído por gasodutos, o gás natural passa por uma unidade industrial
denominada Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN). O resultado desse
processamento é um combustível seco, limpo e com excelentes qualidades energéticas para o
consumo em diversos segmentos.
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17. A rede de abastecimento de GNV já conta com mais de 1000 postos espalhados pelo território
nacional e continua em franca expansão, assim como os projetos da rede de gasodutos.
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS – VEÍCULOS GNV
a)ESTABELECIMENTO DO SOCORRO
• Estabelecer o socorro a 100 mts. do local, no mínimo, em casos de veículos leves
(carros de passeio).
• Limitar as Linhas de mangueiras no menor número possível de militares no combate ao
veículo, em caso de chamas.
• Aproximar com o “vento pelas costas”, além de linha de mangueiras com jato em neblina,
a alta pressão, dando cobertura.
• Proteger as viaturas de forma a não ficarem expostas à linha de deslocamento de ar, em
casos de explosão ou “flashpoint”.
100 metros
b) ISOLAMENTO
• Deverá ser adotada a evacuação de pessoas e animais, num raio inicial de 400 m. do
local, nos casos de simples vazamento.
17
18. • Nos casos em que houver chamas envolvendo os cilindros, deverá ser adotado um raio
mínimo de 800 m.
• Fica terminantemente proibido o uso de aparelhos eletrônicos no local de socorro.
c) RECONHECIMENTO
Veículo movido a GNV, ainda não possui identificação legal, não sendo portanto, possível a
identificação imediata, sendo necessário observar:
• Quanto ao odor no local.
• Perguntar ao motorista do veículo se o mesmo é abastecido a GNV.
• Orientar quando na passagem de serviço, aos Comunicantes, para que tentem identificar a
informação quanto ao combustível do veículo, na solicitação do evento.
• Observar quanto à propagação não condizente quanto à classe “A”, ou seja, jatos ou
“línguas de fogo”.
• Observar quanto à coloração do fogo (chama azulada).
• Deverá o Comandante ou Chefe de Operações, identificar a fonte de vazamento
ou foco de incêndio e suas respectivas válvulas de fechamento, conforme o
esquema supracitado, verificando o melhor acesso ao local.
d) SALVAMENTO
Após ser estabelecido a segurança no local, deverá ser procedido ao salvamento das
vítimas. Quanto aos riscos para a saúde o GNV oferece:
• Pode ser nocivo se inalado.
• O contato poderá provocar queimaduras na pele.
• Os vapores podem causar tontura ou sufocação.
• O contato com o líquido, poderá causar lesões na pele por congelamento.
• Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos. São obrigatórios o
uso da Roupa de Aproximação com capacete e viseira abaixada, além do uso de Equipamento
de Proteção Respiratória (EPR), máscara autônoma.
18
19. CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS
APOSTILA DE SOCORROS DE URGÊNCIA
INSTRUTORA – 3º SGT BM DIANA
Primeiros Socorros
É o primeiro atendimento prestado a vítima no local do acidente.
Socorrista
Pessoa qualificada, portadora de um grau de conhecimento e que preste pronto atendimento a vítima.
Funções do Socorrista
Manter a vítima viva até a chegada do socorro.
Evitar causar o chamado 2º trauma ( não ocasionando outras lesões ou agravando as já existentes )
Parada Respiratória
Cessação súbita da Respiração.
Como Reconhecer uma Parada Respiratória?
Ausência do movimento Respiratório
Inconsciência
Cianose ( arroxeamento dos lábios e extremidades )
Dilatação das Pupilas
Chame o socorro ( 193 )
Delegue funções quando houver pessoas por perto.
Como reverter uma Parada Respiratória?
1º PASSO: Desobstruir Vias Aéreas
Ajoelhe-se junto a vítima, na altura do ombro.
Ponha uma mão na testa e a outra sob o queixo da vítima ( Ou elevação modificada ).
Atentar para objetos que possam estar obstruindo a passagem do ar
( próteses, dente solto, balas, chicletes e etc )
PRESTE MUITA ATENÇÃO
Se você tiver certeza que a vítima está inconsciente e o objeto estiver visível tente removê-lo.
Caso a vítima esteja consciente nunca introduza o dedo em sua boca.
SUFOCAMENTO
Vítima com dificuldade Respiratória devido a um corpo estranho obstruindo suas vias aéreas.
Manobra de HEIMLICH ( Desobstrução de Vias Aéreas Superiores )
19
20. Vítimas Conscientes ( após tentar tossir )
Mão acima do umbigo e abaixo do limite das costelas
Vítimas Inconscientes
CONTRA INDICAÇÃO
Pessoas obesas
Mulheres grávidas
Crianças menores de 1 ano
Desobstrução Respiratória em Crianças
Coloque a criança com a cabeça em posição
mais baixa que o corpo e dê 5 tapas nas costas.
Caso não seja efetiva, gire a vítima
de frente e tente 5 compressões torácicas
( com o dedo indicador ).
Após desobstruir Vias Aéreas
Esse paciente respira?
SIM → ótimo vamos esperar o Socorro
NÃO → Iniciar Respiração Artificial
Devemos agir rapidamente
Sabemos que as células do nosso corpo morrerão sem oxigênio
Até 4 min: Recuperação pode ser completa
4 a 6 min: Grande probabilidade de dano Cerebral
Após 6 min: Provável dano Cerebral
Como reverter uma Parada Respiratória?
2º PASSO: Respiração Artificial
AMBU
Máscara Individual
Caso você não tenha esses materiais espere o socorro chegar
Respiração Artificial
20
21. A Respiração Artificial com AMBU ou Máscara Individual, deve ser feita 2X em Intervalos de cinco
segundos até que a vítima recupere a Respiração ou obtenha atendimento médico.
IMPORTANTE
A Parada Respiratória e a Parada Cardíaca podem ocorrer separadas mas a ocorrência de uma, em pouco
tempo, acarretará na ocorrência da outra.
E quem será sempre a 1ª a acontecer?
A Parada Respiratória sempre virá primeiro que a Parada Cardíaca.
Parada Cardíaca
Ausência de Batimentos Cardíacos (Pulso)
Como Reconhecer uma Parada Cardíaca?
Ausência de Pulso.
Ausência de respiração.
Inconsciência.
Pele fria, amarelada e cianótica.
Pupilas dilatadas.
Onde verificar o Pulso?
Em adultos:
Pulso Carotideo
Pulso Femoral
Pulso Radial
Em Crianças e Lactentes:
Pulso Braquial
Como agir diante de uma Parada Cardíaca?
Ajoelhe-se ao lado da vítima.
A vítima deve estar deitada sob uma superfície plana e em decúbito dorsal.
Apóie o terço proximal da palma da sua mão sob o ponto de pressão
( osso esterno ), apóie a outra mão em cima dessa, mantenha os dedos voltados para cima longe das costelas.
Massagem Cardíaca
Adultos Crianças Bebês
Local da Massagem Cardíaca
21
22. Coloque suas mãos sobrepostas na metade inferior do esterno
Suporte Básico de vida
É o conjunto de técnicas que devem ser ensinadas aos profissionais que tenham a possibilidade de identificar
urgências clínicas e manter a viabilidade dos órgãos vitais até a chegada do socorro.
1 - Cena
2 - AVI
3 - ABC –D
Avaliar a Cena
1- O que aconteceu?
2- Número de vítimas?
3- Cena está segura?
Como verificar o Nível de Consciência?
A CORDADO, ALERTA ?
V ERBAL
I NCONSCIENTE ?
Após verificar Parada Respiratória e Parada Cardíaca, O que fazer?
A.B.C – D
A → Abertura de Vias Aéreas!
B → Boa Respiração?
C → Circulação?
D →Desfibrilação!
A
Abertura de Vias Aéreas Com elevação Modificada da
Mandíbula
B
Boa Respiração? Respiração Anormal? 2 Ventilações
C
Circulação Verificar Pulso
Caso não haja pulso iniciar a RCP
30 Compressões torácicas para 2 Respirações Artificiais
Após 5 ciclos REAVALIAR
D
Desfibrilação Se após 4 min de RCP a vítima continuar parada devemos
22
23. Iniciar a desfibrilação
RESUMO
Cena O que aconteceu? Quantas vítimas? A cena está segura?
A vítima: A.V.I.
Se vítima estiver inconsciente Peça ajuda!
Abertura de vias aéreas Mão na testa/queixo
Boa respiração Se não: 2 Ventilações
Circulação 30 Compressões para 2 ventilações ( 5 ciclos )
Desfibrilação
Como constatamos que uma vítima de PCR está reanimada?
Os movimentos respiratórios recomeçaram.
As pulsações recomeçaram.
As pupilas voltaram a reagir a luz.
A coloração geral da pele melhorou.
Nunca devemos esquecer:
EPI
Equipamentos de Proteção Individual
São eles:
Luvas
Máscaras
Botas e etc....
Utilizando sempre o EPI estaremos protegidos da contaminação por:
Sangue
Saliva
Vômito
Doenças de Pele
AIDS
Hepatite
Tuberculose e etc
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24. REMOÇÃO E TRANSPORTE DE VÍTIMAS
O conhecimento das várias técnicas de resgate é muito importante para iniciarmos o socorro.
O emprego de uma técnica errada pela equipe de resgate é arriscado para a vítima, que pode desenvolver o 2º
trauma, e arriscado para o próprio socorrista que pode desenvolver lesões musculares ou lesões na coluna.
A escolha da técnica utilizada no transporte das vítimas varia com a situação, com o risco no local , número
de socorristas e estabilidade do paciente.
EXTRICAÇÃO
Conjunto de manobras que tem como objetivo retirar o individuo de um local de onde ele não pode ou não
deve sair por seus próprios meios.
DESENCARCERAMENTO
É um tipo de extricação, porém o objetivo é retirar as ferragens e os escombros de cima da vítima.
ENCARCERAMENTO
É quando a vitima se encontra presa através de obstáculos físicos que podem ocorrer em situações de colisões
ou desabamentos
INDICAÇÕES DE EXTRICAÇÃO
1- Obstáculos físicos
2- Inconsciência
3- Risco de lesões secundárias
4- Combinação destes fatores
TÉCNICAS DE EXTRICAÇÃO
Existem duas técnicas de Extricação: A nossa escolha será feita de acordo com as condições do local e a gravidade do
paciente.
1- PADRÃO
Serve para cenas seguras e vitimas estáveis, ela emprega equipamentos de imobilização e deve ser a técnica
preferida.
2- RÁPIDA
Quando o paciente está instável ou quando há risco no local utilizando pouco ou nenhum equipamento.
24
25. Manobra desenvolvida para retirar, sem equipamento, rapidamente a vitima de um
acidente automobilístico, não encarcerada, e movimentando o mínimo possível a sua
coluna. É indicado quando existe risco iminente de vida para a vitima.
Chave de Rauteck :
3 – Vitima em Pé
Pacientes deambulando no local do acidente podem ter lesões graves de coluna e devem ser extricados.
TRANSPORTES DE EMERGÊNCIA
1) Técnica com 1 socorrista
a) Pacientes capazes de andar
Apoio lateral simples
b) Pacientes que não podem andar
Arrastamento pela roupa
Arrastamento por cobertor ( rolamento )
Transporte tipo bombeiro ( indicado em vitimas inconscientes )
c) Transporte nos braços
2) Técnica com 2 ou mais socorristas
a) Transporte pelas extremidades
b) Transporte em cadeira
c) Elevação manual direta
d) Elevação manual com 6 socorristas
e) Apoio lateral simples
EQUIPAMENTOS DE EXTRICAÇÃO E TRANSPORTE
COLAR CERVICAL
PRANCHA LONGA
Possui espaços para introduzir as mãos, sua superfície é lisa e a sua espessura deve ser de poucos centímetros
para facilitar a colocação do paciente. Para que a fixação seja uniforme devem existir de 3 a 4 cintos para fixação do
tronco e membros e de um imobilizador especial para a cabeça
( Head Block ) visando evitar a movimentação lateral durante o transporte.
Improvisação de prancha longa: Porta, tábuas e etc
Rolamento de 90º
Indicado para as vitimas em decúbito dorsal.
Rolamento de 180º
Indicado para as vitimas em decúbito ventral.
Elevação a cavaleiro
Indicado para as vitimas encontradas em decúbito dorsal nas quais não é possível se posicionar ao seu redor.
Tracionamento com Corda
25
26. Indicado nas situações onde o socorrista não pode se posicionar ao redor da vitima. Exemplos: Atropelamento
com a vitima em baixo do veiculo.
KED ( Dispositivo de Kendrick Extrication )
Dispositivo imobilizador de toda a coluna. O KED é um colete que é aplicado ao dorso do paciente e possui
duas abas laterais para a estabilização da cabeça e do tronco. O tronco do paciente e é fixado ao dispositivo através de
cintos coloridos, a cabeça e o pescoço são fixados através de uma tira mentoniana e uma tira frontal.
SOCORRO A QUEIMADURAS
Queimaduras são lesões da pele, provocadas por agentes térmicos, elétricos, químicos ou radioativos, que
causam dores fortes e podem levar a infecções.
Classificação das Queimaduras
As Queimaduras podem ser classificadas quanto ao:
1. Agente Causador
2. Grau
3. Extensão
1. Queimaduras quanto ao agente causador:
FÍSICOS:
Temperatura: vapor, objetos aquecidos, água quente, chama...
Eletricidade: corrente elétrica, raios...
Radiação: sol, aparelhos de raio X, raios ultra-violetas, energia nuclear...
QUÍMICOS:
Produtos Químicos: ácidos, álcool, gasolina...
BIOLÓGICOS:
Animais: lagarta, água – viva...
Vegetais: urtiga, látex de algumas plantas...
2. Queimaduras quanto ao grau
Queimaduras de 1º grau - vermelhidão (lesões de camadas superficiais da pele)
Queimaduras de 2º grau - vermelhidão e bolhas (lesões de camadas mais profundas da pele)
Queimaduras de 3º grau - destruição de tecidos (lesões de todas as camadas da pele, comprometimento dos tecidos
mais profundos e nervos)
3. Queimaduras quanto a Extensão
Baixa: Menos de 15% da Superfície Corporal atingida
Média: Entre 15% e 40 % da Superfície Corporal
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27. Alta: Mais de 40% do Corpo queimado
O Importante na queimadura não é o seu tipo e nem o seu grau, mas sim a extensão da pele queimada, ou seja,
a área corporal atingida.
A Inalação da fumaça é a principal causa de morte precoce e posteriormente a infecção.
REGRA DOS NOVE
Adultos
Cabeça = 9% Região Genital = 1%
9%
Braços ( cada ) = 9%
Pernas ( cada ) = 18%
36% Tórax = 36%
9% 9% Logo;
antebraço = 4,5%
1% braço = 4,5%
18% coxa =9%
18% perna = 9%
só as costas = 18%
só o peito = 18%
Localização
As queimaduras nas mãos, pés, face, olhos e períneo, são consideradas lesões graves.
Conduta
1. Afastar a vitima da origem da queimadura.
2. Sempre utilizar o E.P.I
3. Resfriar a lesão com água em temperatura ambiente.
4. Não aplicar gelo no local, pois causa vasoconstricção e a diminuição da irrigação sanguínea.
5. Proteger o paciente com lençóis limpos ou cobertores.
6. Remover jóias e vestes da vitima para evitar constricção com o aparecimento de um edema ( inchaço) caso
eles não se encontrem grudados no corpo.
7. Nunca utilizar remédios caseiros como manteiga, café, pasta de dente ou pomadas, pois estas substâncias
podem agravar a lesão, promover a infecção e dificultar a avaliação médica.
8. Não estourar as bolhas até chegar ao hospital.
9. Priorizar a manutenção das vias aéreas, respiração e circulação.
10. Administrar oxigênio em altas concentrações devido ao risco de intoxicação pelo monóxido de carbono.
11. Avaliar a superfície corporal queimada através da regra dos 9.
12. Transportar o mais rápido possível a vítima para o hospital.
27
28. CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS
APOSTILA DE CHEFIA E LIDERANÇA
INSTRUTORA – CAP BM ELIANE CRISTINE
1 - LIDERANÇA
1.1 - CONCEITOS: O significado etimológico do vocábulo líder (Leader) em língua inglesa significa
“pessoa que vai a frente para guiar ou mostrar o caminho, ou que precede ou dirige qualquer ação,
opinião ou movimento”.
A liderança é a capacidade de influenciar outras pessoas em torno de uma causa ou idéia.
Segundo James Hunter (2005), “liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem
entusiasticamente visando atingir aos objetivos como sendo para o bem comum”.
1.2 - TIPOS DE LIDERANÇA
• DEMOCRÁTICA – O líder valoriza as contribuições de cada integrante do grupo, e obtêm o
comprometimento através da participação.
• CARISMÁTICA – É o líder que possui o “dom natural” de influenciar pessoas.
• VISIONÁRIA – O líder conduz as pessoas rumo a sonhos compartilhados.
• SERVIDORA – O líder satisfaz as necessidades do grupo e não as vontades.
1.3 - QUALIDADES DE LIDERANÇA
• Servir;
• Comprometimento;
• Integridade;
• Entusiasmo;
• Imparcialidade;
• Firmeza;
• Zelo;
• Confiança;
• Humildade;
• Visão;
• Coragem;
• Inteligência;
• Auto-controle, etc.
28
29. 2 – CHEFIA
2.1 - CONCEITO – É aquele que tem a tarefa de fazer funcionar o grupo, ou de tomar deliberações e
incorporá-las e ordens e instruções gerais e especificas.
É assumir a responsabilidade do resultado final da atividade de várias pessoas que operam em
conjunto.
A Chefia Militar “É a arte de influenciar e conduzir homens a um determinado objetivo, obtendo sua
obediência, confiança, respeito e leal cooperação”.
2.2 - PRINCÍPIOS DA CHEFIA
• Conhecer sua profissão;
• Buscar conhecimento e aperfeiçoamento;
• Conhecer o grupo e zelar pelo seu bem estar;
• Manter o grupo bem informado;
• Dar o exemplo;
• Verificar se a ordem foi bem compreendida, fiscalizada e executada;
• Treinar seus homens como uma equipe;
• Assumir a responsabilidade dos seus atos; e
• Decidir com equilíbrio e conhecimento de causa.
2.3 – CARACTERÍSTICAS DO CHEFE
• Senso de julgamento;
• Boa apresentação;
• Espírito de decisão;
• Sentimento do dever;
• Bom humor;
• Energia;
• Iniciativa;
• Inteligência;
• Integridade;
• Auto-controle, etc.
3 – PODER E AUTORIDADE
Conceitos segundo Max Weber
“Poder é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade em função de sua posição ou força,
mesmo que a pessoa prefira não fazer”.
“Autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de
sua influência pessoal”.
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30. CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS
APOSTILA COMBATE A INCÊNDIO
AGENTES EXTINTORES
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Agentes extintores são produtos químicos usados na prevenção e extinção de incêndios e na
prevenção ou supressão de explosões. Habitualmente são utilizados através de equipamentos
especializados móveis ou fixos, com a finalidade de projetar os mesmos contra o fogo ou no ambiente a
fim de prevenir, combater ou suprimir incêndios ou explosões.
Nesta seção serão estudados os agentes extintores nas suas propriedades, características de
extinção, riscos à pessoa humana, maneira de empregá-los e os aditivos que existem para melhorar,
ampliar ou facilitar sua utilização ou função extintora.
Os agentes extinguem o fogo física ou quimicamente, podendo também às vezes; combinar estas
duas ações. São armazenados e utilizados nos estados: sólido, líquido ou gasoso. Existem aqueles que
executam a extinção nos estados líquido e gasoso, outros são aplicados líquidos, entretanto sua ação só é
efetivada quando no estado gasoso, ou vaporizado. Os sólidos, mesmo atuando neste estado, geralmente
recebem tratamentos para que se comportem como fluídos com a finalidade de serem empregados
através dos equipamentos e instalações de combate ao fogo.
Os agentes extintores mais conhecidos e utilizados para a prevenção, combate ou supressão de
incêndio ou explosão, são os seguintes:
a) Água;
b) Espuma;
c) Dióxido de carbono e ;
d) Pós químicos.
APARELHOS EXTINTORES DE INCÊNDIO
São equipamentos fundamentais para o estágio inicial das ações de combate a incêndio.
Aparelho Extintor Tipo Água
Extintor de Incêndio Portátil de Água-gás (AG)
Dados Técnicos
1) Mangueira
2) Esguicho
3) Alça para transporte
4) Recipiente
5) Tubo sifão
6) Cilindro de gás propelente
Capacidade: 10 litros Alcance médio do jato: 10 m
30
31. Técnicas de Utilização
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo.
Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Retire o lacre do volante da ampola externa.
Empunhe a mangueira para baixo e gire o volante da ampola externa no sentido anti-horário,
pressurizando assim a carga extintora e aperte o gatilho rapidamente (caso exista), a fim de confirmar o
agente extintor, neste momento afaste qualquer parte do corpo da trajetória da tampa, caso esta seja
projetada mediante o aumento da pressão interior do aparelho.
Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m).
Direcione o jato para a base do fogo a favor do vento em movimente-o em forma de "ziguezague"
horizontal.
Extintor de Incêndio Portátil de Água-Pressurizada (AP)
Dados Técnicos
1) Mangueira c/ Esguicho
2) Gatilho
3) Alça para transporte
4) Pino de Segurança
5) Tubo Sifão 6) Recipiente
7) Manômetro Capacidade: 10 litros
Alcance médio do jato: 10 m
Técnicas de Utilização
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no
manômetro se está carregado.
Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Retire o lacre e o pino de segurança.
Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente, a fim de confirmar o agente extintor.
Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m).
Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo a favor do vento em movimente-o em forma de
"ziguezague" horizontal.
Aparelho Extintor Tipo Espuma
Extintor de Incêndio Portátil de Espuma Química
O gás propelente é o próprio CO2 resultante da reação química dentro do aparelho no momento de sua
utilização.
Dados Técnicos
1) Tampa que serve como alça de transporte
2) Esguicho
3) Recipiente Interno (Sulfato de Alumínio)
4) Recipiente Externo (Bicarbonato de sódio, Água e Alcaçuz)
Capacidade: Produz ± 65 litros de Espuma
Alcance médio do jato: 10 metros
Técnicas de Utilização
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo.
31
32. Retire o Extintor do suporte preso à parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Inverta o Extintor (vire-o de "cabeça para baixo"), provocando assim a mistura das soluções que produzirá
espuma. A fim de confirma o agente extintor
Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 metros).
Direcione o jato para a base do fogo a favor do vento e procure formar uma camada de espuma cobrindo
toda a superfície em chamas, caso a espuma não seja expelida, verificar se há obstrução no esguicho,
persistindo o entupimento, afaste o aparelho, pois existirá risco de explosão mecânica.
Obs.: O aparelho portátil de espuma química bem como a carreta de espuma química são equipamentos
que começaram a ficar em desuso desde 1990.
Extintor de Incêndio Portátil de Espuma Mecânica
Dados Técnicos
1) Mangueira
2) Gatilho
3) Alça para transporte
4) Pino de Segurança
5) Tubo Sifão
6) Recipiente
7) Manômetro
8) Esguicho Aerador
Capacidade: Produz ± 80 litros de espuma
Alcance médio do jato: 5 m
Técnicas de Utilização
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no
manômetro se está carregado.
Retire o Extintor do suporte preso à parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Retire o lacre e o pino de segurança.
Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente a fim de confirmar o agente extintor.
Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m).
Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e procure formar uma camada de espuma cobrindo
a base das chamas.
Aparelho Extintor Tipo CO2
Dados Técnicos
1) Mangueira
2) Gatilho
3) Alça para transporte
4) Pino de Segurança
5) Tubo Sifão
6) Recipiente
7) Punho
8) Difusor
Capacidade: 4, 6 e 8 quilogramas
Alcance médio do jato: 3 m
Técnicas de Utilização
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo.
Retire o Extintor do suporte preso à parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Retire o lacre e o pino de segurança.
Empunhe o punho, aponte o difusor para baixo e aperte o gatilho rapidamente para confirmar o agente
extintor.
32
33. Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (4 m).
Direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal, a favor do
vento.
Aparelho Extintor tipo Pó químico Seco (PQS)
Extintor de Incêndio Portátil de PQS a Pressurizar
Dados Técnicos
1) Mangueira
2) Gatilho
3) Alça para transporte
4) Recipiente
5) Tubo Sifão
6) Tubo de pressurização
7) Cilindro de gás propelente (ampola externa) ,
Capacidade: 4, 6, 8, 10 e 12 quilogramas
Alcance médio do jato: 6 m
Técnicas de Utilização
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo.
Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Retire o lacre do volante da ampola externa.
Empunhe a mangueira para baixo e gire o volante da ampola externa no sentido anti-horário,
pressurizando assim a carga extintora e aperte o gatilho, rapidamente, a fim de confirmar o agente
extintor, neste momento afaste qualquer parte do corpo da trajetória da tampa, caso esta seja projetada
mediante o aumento da pressão no interior do aparelho.
Transporte o aparelho até próximo do local sinistrado (6 metros).
Direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal, a favor do
vento.
Extintor de Incêndio Portátil de PQS Pressurizado
O gás propelente está acondicionado junto com a carga extintora, mantendo o aparelho pressurizado
permanentemente.
Dados Técnicos
1) Mangueira com esguicho
2) Gatilho
3) Alça para transporte
4) Pino de Segurança
5) Tubo Sifão
6) Recipiente
7) Manômetro
Capacidade: 4, 6, 8, 10 e 12 quilogramas
Alcance médio do jato: 6 m
Técnicas de Utilização
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no
manômetro se está carregado.
Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Retire o lacre e o pino de segurança.
Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente a fim de confirmar o agente extintor.
Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 metros).
Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague"
horizontal, a favor do vento.
33
34. DECRETO Nº 897, DE 21 DE SETEMBRO DE 1976
REGULAMENTA o Decreto-lei nº 247, de 21-7-75, que dispõe sobre
segurança contra incêndio e pânico.
CÓDIGO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO
CAPITULO III
Da classificação das Edificações
(*) Art. 9º - Quanto à determinação de medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico, as
edificações serão assim classificadas:
I - Residencial
a) Privativa (unifamiliar e multifamiliar);
b) Coletiva ( pensionatos, asilos, internatos e congêneres);
c) Transitória ( hotéis, motéis e congêneres);
II - Comercial (mercantil e escritório);
III - Industrial;
IV - Mista (residencial e comercial);
V - Pública (quartéis, ministérios, embaixadas, tribunais, consulados e congêneres);
VI - Escolar;
VII - Hospitalar e Laboratorial;
VIII - Garagem (edifícios, galpões e terminais rodoviários);
IX - De Reunião de Público (cinemas, teatros, igrejas, auditórios, salões de exposição,
estádios, boates, clubes, circos, centros de convenções, restaurantes e congêneres);
X - De Usos Especiais Diversos (depósitos de explosivos, de munições e de inflamáveis,
arquivos, museus e similares).
(*) O art. 9º teve sua redação alterada pelo Decreto nº 13.004, de 08 de junho de 1989,
que foi considerado nulo pelo Decreto nº 17.653, de 23 de junho de 1992 e com isto a sua
redação original foi mantida.
CAPITULO IV
Dos Dispositivos
Art. 10 - Os dispositivos preventivos fixos serão exigidos de acordo com a classificação das
edificações e previstos neste Capitulo.
Art. 11 - As edificações residências privativas unifamiliares e multifamiliares, exceto as
transitórias, deverão atender às exigências dos incisos deste artigo:
I - A edificação com o máximo de 3 (três) pavimentos e área total construída superior a
900m 2 (novecentos metros quadrados) é isenta de Dispositivos Preventivos Fixos Contra
Incêndio;
II - Para a edificação com o máximo de 3 (três) pavimentos e área total construída superior
a 900m 2 (novecentos metros quadrados), será exigida a Canalização Preventiva Contra Incêndio
prevista no Capitulo VI;
34
35. III - Para a edificação com 4 (quatro) ou mais pavimentos serão exigida Canalização
Preventiva Contra Incêndio, prevista no Capitulo VI, e portas corta-fogo leves e metálicas e
escadas previstas no capitulo XIX;
IV - Para a edificação cuja altura exceda a 30m (trinta metros) do nível do logradouro
publico ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio, prevista no
Capitulo VI, e portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX, e rede de
chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” prevista no capitulo X;
V - A edificação dotada de elevadores (serviço ou social), independentes do numero de
pavimentos, possuíra, no elevador e no vão do poço, portas metálicas, obedecendo o disposto no
art. 229 deste Código.
(*) Parágrafo único - Quando se tratar de edificações residenciais multifamiliares, consideradas
de interesse social, para as quais a respectiva Legislação Municipal de Obras dispensar,
expressamente, a instalação de elevadores, serão as referidas edificações isentas da escada
enclausurada de que trata o Capítulo XIX do Decreto nº 897, de 21.9.76.
(*) Já com a redação dada pelo Decreto nº 11.682, de 09 de agôsto de 1988, que
alterou o Decreto nº 5.928, de 18 de agôsto de 1982
Art. 12 - As edificações residências transitórias e coletivas; hospitalares e laboratoriais
deverão atender às seguintes exigências:
I - A edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída até 900m 2
(novecentos metros quadrados) é isenta de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio;
II - Para a edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída superior
a 900m 2 (novecentos metros quadrados), será exigida a Canalização Preventiva Contra Incêndio
prevista no Capitulo VI;
III - Para a edificação com mais de 2 (dois) pavimentos, cuja altura seja até 12m (doze
metros) do nível do logradouro público ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva
Contra Incêndio prevista no Capitulo VI, portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas
no capitulo XIX;
IV - Para a edificação cuja altura exceda a 12m (doze metros) do nível do logradouro
publico ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio, prevista no
Capitulo VI, e portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX, e rede de
chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” prevista no capitulo X, e sistema elétrico ou eletrónico de
emergência previsto no art. 195 deste Código;
V - A edificação dotada de elevadores (serviço ou social), independentes do numero de
pavimentos, possuíra, no elevador e no vão do poço, portas metálicas, obedecendo o disposto no
art. 229 deste Código.
Art. 13 - Os agrupamentos de edificações residências unifamiliares e as vilas estarão
sujeitos às exigências dos incisos abaixo:
I - Com número de lotes ou casas até 6 (seis), são isentos de Dispositivos Preventivos
Fixos Contra Incêndio;
II - Com número de lotes ou casas superior a 6 (seis), será exigida a colocação de
hidrantes, conforme o Capitulo V;
Art. 14 - Os agrupamentos de edificações residências multifamiliares deverão atender às
exigências dos seguintes incisos;
I - Além do estabelecido nos incisos de I a V do art. 11, serão exigidos tantos hidrantes
quantos necessários, conforme o Capitulo V;
II - O sistema convencional de alimentação da Canalização Preventiva Contra Incêndio de
cada prédio poderá ser substituído pelo Castelo d’água previsto no Capitulo IX.
35
36. Art. 15 - As edificações mistas, publicas, comerciais, industriais e escolares atenderão às
exigências deste artigo:
I - I - A edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída até 900m 2
(novecentos metros quadrados) é isenta de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio;
II - Para a edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída superior
a 900m 2 (novecentos metros quadrados), bem como para todas as de 3 (três) pavimentos, será
exigida a Canalização Preventiva Contra Incêndio prevista no Capitulo VI;
III - Para a edificação com 4 (quatro) ou mais pavimentos, cuja altura seja até 30m (trinta
metros) do nível do logradouro público ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva
Contra Incêndio prevista no Capitulo VI, portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas
no capitulo XIX;
IV - Para a edificação cuja altura exceda a 30m (trinta metros) do nível do logradouro
publico ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio, prevista no
Capitulo VI, rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” prevista no capitulo X, portas corta-
fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX;
V - A edificação dotada de elevadores (serviço ou social), independentes do numero de
pavimentos, possuíra, no elevador e no vão do poço, portas metálicas, obedecendo o disposto no
art. 229 deste Código.
VI - O galpão com área total construída igual ou superior a 1.500m 2 (um mil e quinhentos
metros quadrados) será dotado de Rede Preventiva Contra Incêndio (Hidrante) prevista no
Capítulo VII.
Parágrafo único - Quando se tratar de edificação industrial ou destinada a grande
estabelecimento comercial a exigência da Canalização Preventiva Contra Incêndio será
substituída pela Rede Preventiva Contra Incêndio (Hidrante). Nessas edificações, a critério do
Corpo de Bombeiros, segundo o grau de periculosidade, a instalação de rede de chuveiros
automáticos do tipo “Sprinkler” poderá ser exigida.
Art. 16 - Para as garagens e edifícios, galpões e terminais rodoviários, obedecer-se-á ao
seguinte:
I - Para edificio-garagem serão formuladas as exigências constastes do Capítulo VIII;
II - Para galpão-garagem com área total construída inferior a 1.500m 2 (um mil e quinhentos
metros quadrados) não haverá exigência de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio
prevista no Capítulo VII;
III - Para galpão-garagem com área total construída igual ou superior a 1.500m 2 (um mil e
quinhentos metros quadrados) será exigida Rede Preventiva Contra Incêndio prevista no Capítulo
VII;
IV - Para terminal rodoviário com área total construída inferior a 1.500m 2 (um mil e
quinhentos metros quadrados) não haverá exigência de Dispositivos Preventivos Fixos Contra
Incêndio prevista no Capítulo VII;
V - Para terminal rodoviário com área total construída igual ou superior a 1.500m 2 (um mil e
quinhentos metros quadrados) será exigida Rede Preventiva Contra Incêndio prevista no Capítulo
VII;
VI - O terminal rodoviário com 2 (dois) ou mais pavimentos ficará sujeito às exigências
previstas no Capítulo VII, onde couber, e outras medidas julgadas necessários pelo Corpo de
Bombeiros.
Art. 17 - Para as edificações de reunião de publico e de usos especais diversos, conforme
o caso, será exigido o previsto no art. 11 e no Capítulo XII, bem como outras medidas julgadas
necessárias pelo Corpo de Bombeiros.
36
37. Art. 18 - Para o cumprimento das exigências previstas neste Código, os pavimentos de uso
comum, sobrelojas, pavimentos para estacionamentos, pavimento de acesso e subsolo serão
computados como pavimentos em qualquer edificação.
Art. 19 - Para as edificações localizadas em encostas, possuindo ou não entradas em níveis
diferentes, com 4 (quatro) ou mais pavimentos no somatório, serão exigidas portas corta-fogo
leves e metálicas e escadas previstas no Capítulo XIX.
CAPÍTULO V
Da Instalação de Hidrantes Urbanos
Art. 20 - Será exigida a instalação de hidrantes nos casos de loteamentos, agrupamentos
de edificações residenciais unifamiliares com mais de 6 (seis) casas, vilas com mais de 6 (seis)
casas ou lotes, agrupamentos residenciais multifamiliares e de grandes estabelecimentos.
Art. 21 - Os hidrantes serão assinalados na planta de situação, exigindo-se um numero que
será determinado de acordo com a área a ser urbanizada ou com a extensão do estabelecimento,
obedecendo-se ao critério de 1 (um) hidrante do tipo coluna, no máximo, para a distância útil de
90m (noventa metros) do eixo da fachada de cada edificação ou eixo da fachada de cada
edificação ou de eixo de cada lote.
Art. 22 - A critério do Corpo de Bombeiros, poderá ser exigido o hidrante nas áreas de
grande estabelecimentos.
Art. 23 - Nos logradouros públicos a instalação de hidrantes compete ao órgão que opera e
mantém o sistema de abastecimento d’água da localidade.
Parágrafo único. O Corpo de Bombeiros, através de suas Seção e Subseções de Hidrantes,
fará, anualmente junto a cada órgão de que trata este artigo, a previsão de hidrantes a serem
instalados no ano seguintes.
CAPÍTULO VI
Da Canalização Preventiva
Art. 24 - O projeto e a instalação da Canalização Preventiva Contra Incêndio deverão ser
executados obedecendo-se ao especificado neste Capítulo.
Art. 25 - São exigidos um reservatório d’água superior e outro subterrâneo ou baixo, ambos
com capacidade determinada, de acordo com o Regulamento de Construções e Edificações de
cada Município, acrescido, o primeiro, de uma reserva técnica para incêndio (fig. 4), assim
calculada:
I - Para edificações com até 4 (quatro) hidrantes: 6.000 l (seis mil litros);
II - Para edificação com mais de 4 (quatro) hidrantes: 6.000 l (seis mil litros), acrescido de
500 l (quinhentos litros) por hidrante excedente a 4 (quatro);
III - Quando não houver caixa d’água superior em face de outro sistema de abastecimento
aceito pelo Corpo de Bombeiros, o reservatório do sistema terá, no mínimo, a capacidade
determinada pelo regulamento de Construções e Edificações do Município, acrescida da reserva
técnica estabelecida nos incisos anteriores.
Art. 26 - A canalização preventiva de ferro, resistente a uma pressão mínima de 18kg/cm 2
(dezoito quilos por centímetro quadrado) e diâmetro mínimo de 63mm (2 1/2”), sairá do fundo do
reservatório superior, abaixo do qual será dotada de uma válvula de retenção e de um registro,
atravessando verticalmente todos os pavimentos, com ramificações para todas as caixas de
incêndios e terminando no registro de passeio (hidrante de recalque - fig. 4).
Art. 27 - A pressão d’agua exigida em qualquer dos hidrantes será, no mínimo, de 1kg/cm 2
(um quilo por centímetro quadrado), e, no máximo, de 4kg/cm 2 (quatro quilos por centímetro
quadrado).
37
38. Parágrafo único - Para atender à pressão mínima exigida no presente artigo, admite-se a
instalação de bomba elétrica, de partida automática, com ligação de alimentação independente da
rede elétrica geral.
Art . 28 - Os abrigos terão forma paralelepidical com as dimensões mínimas de 70cm
(setenta centímetros) de altura, 50cm (cinqüenta centímetros) de largura e 25cm (vinte e cinco
centímetros) de profundidade; porta com vidro de 3mm (três milímetros), com inscrição
INCÊNDIO, em letras vermelhas com o traço de 1cm (um centimetro), em moldura de 7cm (sete
centímetros) de largura; registro de gaveta de 63mm (2 1/2”) de diâmetro, com junta “STORZ” de
63mm (2 1/2”), com redução para 38mm (1 1/2”) de diâmetro, onde será estabelecida a linha de
mangueiras (Fig. 5 e 6).
Parágrafo único. - As linhas de mangueiras, com o máximo de 2 (duas) seções
permanentemente unidas com juntas “STORZ”, prontas para uso imediato, serão dotadas de
esguichos com requinte de 13mm (1/2”) - (Fig. 7), ou de jato regulavel, a critério do Corpo de
Bombeiros.
Art. 29 - As mangueiras serão de 38mm (1 1/2”) de diâmetro interno, flexíveis, de fibra
resistente à umidade, revestidas internamente de borracha, capazes de resistir à pressão mínima
de teste de 20kg/cm 2 (vinte quilos por centimetro quadrado), dotadas de junta “STORZ” e com
seções de 15m (quinze metros de comprimento.
Art. 30 - O registro de passeio (hidrante de recalque) será do tipo gaveta, com 63mm (2
1/2”) de diâmetro, dotado de rosca macho, de acordo com a norma P-EB-669 da ABTN
(Associação Brasileira de Normas Técnicas), e adaptador para junta “STORZ” de 63mm (2 1/2”),
com tampão protegido por uma caixa com tampa metálica medindo 30cm (trinta centímetros) X
40cm (quarenta centímetros), tendo a inscrição INCÊNDIO. A profundidade máxima da caixa será
de 40cm (quarenta centímetros), não podendo a borda do hidrante ficar abaixo de 15cm (quinze
centímetros) da borda da caixa (Figs. 8 e 9).
Art. 31 - O numero de hidrantes será calculado de tal forma que a distancia sem obstáculos,
entre cada caixa e os respectivos pontos mais distantes a proteger seja de, no máximo, 30m
(trinta metros).
Seção I
Dos Reservatórios
Art. 33 - O abastecimento da Rede Preventiva será feito, de preferência pelo reservatório
elevado, admitindo-se, porem, o reservatório subterrâneo ou baixo, facilmente utilizável pelas
bombas do Corpo de Bombeiros, em substituição só primeiro.
Art. 34 - A distribuição será feita por gravidade, no caso do reservatório elevado e, pro
conjunto de bombas de partida automática, no caso do reservatório subterrâneo ou baixo (Figs.
10, 11 e 12).
Art. 35 - No caso de reservatório elevado, serão instalados uma válvula de retenção e um
registro, junto à saída da Rede Preventiva e, no caso de reservatório subterrâneo ou baixo , junto
ao recalque das bombas. (Fig. 4 e 13).
Art. 36 - Deverá ser usado para incêndio o mesmo reservatório destinado ao consumo
normal, assegurando-se a reserva técnica para incêndio (Fig. 13), prevista nesta Seção.
Art. 37 - A reserva técnica mínima para incêndio será assegurada mediante diferença de
nível entre saídas da Rede Preventiva e as da distribuição geral ( água fria).
Art. 38 - O reservatório (elevado e subterrâneo ou baixo) terá capacidade determinada pelo
Regulamento de Construções e Edificações do Município, acrescida, no mínimo, da reserva
técnica de incêndio de 30.000 l (trinta mil litros).
38
39. Art. 39 - A capacidade mínima da instalação deve ser tal que permita o funcionamento
simultâneo de 2 (dois) hidrantes, com uma vazão total de 1.000 l (um mil litros) por minuto,
durante 30 (trinta) minutos, à pressão de 4 kg/cm 2 (quatro quilos por centimetro quadrado).
Parágrafo único - A capacidade da instalação será aumentada se o risco de incêndio a
proteger assim exigir.
Art. 40 - A altura do reservatório elevado ou a capacidade das bombas deverá atender à
vazão e à pressão exigidas no artigo anterior.
Seção II
Dos Conjuntos de Bombas
Art. 41 - Se o abastecimento da Rede Preventiva for feito pelo reservatório subterrâneo ou
baixo, este apresentará conjunto de bombas de acionamento independente e automático, de modo
a manter a pressão constante e permanente na rede.
Art. 42 - As bombas serão acoplamento direto, sem interposição de correias ou correntes,
capazes de assegurar instalação, pressão e vazão exigidas.
Art. 43 - Haverá sempre dois sistemas de alimentação, um elétrico e outro à explosão,
podendo ser este ultimo substituído por gerador próprio. (Figs. 10, 11 e 12).
Art. 44 - As bombas elétricas terão instalação independente da rede elétrica geral.
Art. 45 - As bombas serão de partida automática e dotadas de dispositivo de alarme que
denuncie o seu funcionamento.
Art. 46 - Quando as bombas não estiverem situadas abaixo do nível da tomada d’agua
(afogada) será obrigatório um dispositivo de escorva automático.
Seção III
Da Canalização
Art. 47 - O diâmetro interno mínimo da Rede Preventiva será de 75mm (3”), em tubos de
ferro fundido ou de aço galvanizado, que satisfaçam às especificações da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas).
Art. 48 - Os hidrantes terão suas saídas com adaptação para junta” “STORZ”, de 63mm (2
1/2”) ou 38mm (1 1/2”), de acordo com o diâmetro da mangueira exigida.
Art. 49 - Os hidrantes serão assinalados nas plantas, obedecendo aos seguintes critérios:
I - Em pontos externos, próximos às entradas e, quando afastados dos prédios, nas vias de
acesso, sempre visíveis.
II - A altura do registro do hidrante será, no mínimo, de 1m (um metro) e no máximo de
1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) do piso.
III - O numero de hidrantes será determinado segundo a extensão da área a proteger, de
modo que qualquer ponto do risco seja, simultaneamente, alcançado por duas linhas de
mangueiras de hidrantes distintos. O comprimento das linhas de mangueiras não poderão
ultrapassar a 30m (trinta metros), o que será calculado medindo-se a distancia do percurso do
hidrante ao ponto mais distante a proteger.
IV - As linhas de mangueiras, com um máximo de 2 (duas) seções, permanentemente
unidas por junta “STORZ” prontas para uso imediato, serão dotadas de esguichos com requinte
ou de jato regulavel, a critério do Corpo de Bombeiros.
V - Os hidrantes serão pintados em vermelho de forma a serem localizados facilmente.
39
40. VI - Os hidrantes serão dispostos de modo a evitar que, em caso de sinistro, fiquem
bloqueados pelo fogo.
VII - Os hidrantes poderão ficar no interior do abrigo das mangueiras ou externamente ao
lado deste.
VIII - Os abrigos serão pintados em vermelho, terão ventilação permanente e o fechamento
da porta será através de trinco ou fechadura, sendo obrigatório que uma das chaves permaneça
junto ao abrigo, ou em seu interior desde que haja uma viseira de material transparente e
facilmente violável.
Seção IV
Do Hidrante de Passeio (Hidrante de Recalque)
Art. 50 - O hidrante de passeio (hidrante de recalque) será localizado junto à via de acesso
de viaturas, sobre o passeio e afastado dos prédios, de modo que possa ser operado com
facilidade.
Art. 51 - O hidrante de passeio (hidrante de recalque) terá registro tipo gaveta, com 63mm
(2 1/2”) de diâmetro e seu orifício externo disporá de junta “STORZ”, à qual se adaptara um
tampão, ficando protegido por uma caixa metálica com tampa de 30cm (trinta centímetros) X 40cm
(quarenta centímetros), tendo a inscrição INCÊNDIO. A profundidade máxima da caixa será de
40cm (quarenta centímetros), não podendo o rebordo do hidrante ficar abaixo de 15cm (quinze
centímetros) da borda da caixa.
Seção V
Das Linhas de Mangueira
Art. 52 - O comprimento das linhas de mangueira e o diâmetro dos requintes serão
determinados de acordo com a seguinte tabela:
LINHAS DE MANGUEIRA REQUINTES
Comprimento máximo Diâmetro Diâmetro
30m (trinta metros) 38mm (1 1/2”) 13mm (1/2”)
30m (trinta metros) 63mm (2 1/2”) 19mm (3/4”)
Parágrafo único. - As linhas de mangueiras, de que trata a presente Seção, poderão ser
dotadas de esguicho de jato regulável, em substituição ao esguicho com requinte, a critério do
Corpo de Bombeiros.
Art. 53 - As mangueiras e outros petrechos serão guardados em abrigos, junto ao
respectivo hidrante, de maneira a facilitar o seu uso imediato.
Art. 54 - As mangueiras, outros petrechos e os hidrantes poderão ser acondicionados
dentro do mesmo abrigo de medidas variáveis, desde que ofereçam possibilidade de qualquer
manobra e de rápida utilização.
Art. 55 - as mangueiras serão de 38mm (1 1/2”) ou de 63mm (2 1/2”) de diâmetro interno,
flexiveis, de fibra resistente à umidade, revfestida internamente de borracha, capazes de suportar
a pressão mínima de teste de 20 kg/cm 2 (vinte quilos por centímetro quadrado), dotados de junta
“STORZ” e com seção de 15m (quinze metros) de comprimento.
CAPÍTULO IX
Da Canalização Preventiva nos Agrupamentos de Edificações Residenciais
Multifamiliares
40
41. Art. 70 - Nos agrupamentos de edificações residências multifamiliares (conjuntos
residências), admite-se a supressão da caixa d’agua superior de cada bloco, prevista no Capítulo
VI, desde que a canalização preventiva seja alimentada por Castelo d’agua, na forma estabelecida
neste Capítulo.
Art. 71 - O castelo d’agua terá uma reserva técnica de incêndio de, no mínimo, 6.000 l (seis
mil litros), acrescida de 200 l (duzentos litros) por hidrante exigido para todo o conjunto.
Art. 72 - O castelo d’agua terá o volume determinado pelo Regulamento de Construções e
Edificações do Município, acrescido da reserva técnica de incêndio prevista no artigo anterior.
Art. 73 - O distribuidor das canalizações preventivas dos blocos será em tubo de ferro
fundido ou de aço galvanizado que satisfaça às especificações da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas), com 75mm (3’’) de diâmetro, no mínimo, saindo do fundo do castelo d’água,
abaixo do qual será dotado, o tubo, de válvula de retenção e registro geral (Fig. 15).
Art. 74 - Na frente de cada bloco, o distribuidor deixará uma canalização de 63cm (2 1/2’’)
de diâmetro mínimo, dotado de hidrante de passeio, e atrevessara todos os pavimentos
alimentadando as caixas de incêndios (Fig. 17).
Parágrafo único - Nessa canalização será instalada uma válvula de retenção com a
finalidade de impedir, em caso de recalque para os hidrantes, o abastecimento do castelo d’água
por meio dessa canalização (Fig. 14).
Art. 75 - A canalização preventiva de cada bloco terá as mesmas características das
Canalizações Preventivas Contra Incêndio, constantes do Capítulo VI.
CAPÍTULO X
Da Instalação da Rede de Chuveiros Automáticos
Art. 76 - O projeto e a instalação de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers” serão
executados obedecendo às normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Art. 77 - O projeto e a instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers”,
serão de inteira responsabilidade das respectivas firmas executantes.
Art. 78 - A instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers” somente poderá
ser executado depois de aprovado o respectivo projeto pelo Corpo de Bombeiros.
Art. 79 - Os projetos e instalações de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers”
somente serão aceitos pelo Corpo de Bombeiros, mediante a apresentação de Certificado de
Responsabilidade emitido pela firma responsável.
Art. 80 - O Corpo de Bombeiros exigirá a instalação de rede de chuveiros automáticos do
tipo “Sprinklers”, obedecendo aos seguintes requisitos:
I - Em edificação residencial privativa multifamiliar, cuja altura exceda a 30m (trinta metros)
do nível do logradouro público ou da via interior, será exigida a instalação de rede de chuveiros
automáticos do tipo “Sprinklkers”, com bicos de saídas nas partes de uso comum a todos os
pavimentos, nos subsolos e nas áreas de estacionamento, exceto nas áreas abertas dos
pavimentos de uso comum.
II - Em edificação residencial coletiva e transitória, hospitalar ou laboratorial, cuja altura
exceda a 12m (doze metros) do nível do logradouro público ou de via interior, será exigida a
instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers”, com bicos de saída em todos os
compartimentos das áreas localizadas acima da altura prevista, bem como em outras
dependências que, a juízo do Corpo de Bombeiros, exijam essa instalação, mesmo abaixo da
citada altura.
III - Em edificação mista pública ou escolar, cuja altura exceda a 30m (trinta metros) do
nível do logradouro público ou da via interior, será exigida a instalação de rede de chuveiros
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